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Academic year: 2021

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Regulação e Supervisão Financeira

Regulação e Supervisão Financeira

Wilhelm Milward Meiners IBQP/UniBrasil/Metápolis

Regulação e Supervisão Financeira

¾ Regulação Financeira

ƒ Leis e Normas do Banco Central e Autoridades

Monetárias

ƒ Determina a Estrutura Financeira

• Limita a ação dos agentes financeiros • Define operações legais das IF

¾ Supervisão Financeira

ƒ Assegura o cumprimento das regras e normas

ƒ Atividade especializada e complexa

¾ Importância e Necessidade para o Sistema

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Externalidades

¾ Positivas:

ƒ Sistema de pagamentos e de movimentação bancária • Benefícios de um sistema bancário estável e operacional

para facilitar e dar segurança às transações. Se há uma crise bancária o efeito recai não só sobre os depositantes, mas sobre o conjunto da economia.

ƒ Concessão de créditos

• Benefícios pelo aumento do movimento comercial e produtivo da economia (efeitos positivos vão além do lucro ou satisfação do consumidor) – amplia a escala de utilização de recursos

¾ Negativas

ƒ Crises sistêmicas provocadas pelo sistema financeiro,

corrompendo o sistema de pagamento e a concessão de crédito contaminando o conjunto da economia, reduzindo a produção e geração de empregos

Externalidades e Regulação

¾ Medidas de Regulação

ƒ Preservação do Sistema de Pagamento

• Redesconto de Liquidez • Seguros de Depósito

• Bacen como emprestador de última instância

ƒ Fortalecimento do Sistema de Crédito

• Restrições a operações da IF sobre ativos a comprar e passivos a assumir

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Assimetria de Informação

¾ Falta de transparência – contratos opacos

ƒ Informações não são livres, disponíveis e com distribuição simétrica ƒ Há informações privilegiadas que não são livres:

• Clientes:

– Escondem reais intenções de uma operação de crédito – Ocultação de riscos

• IF:

– Processamento de informações que não são acessíveis aos clientes – Linguagem legal dos contratos financeiros não permite uma

avaliação adequada de riscos e fraudes

¾ Medidas de Regulação para simetria e clareza/transparência das informações:

• Serviços de proteção de crédito • Normas de proteção do consumidor

• Imposição de limites às formas de operação das IF

Regulação e Eficiência

¾ Regulação Prudencial: impedir a realização de

negócios que ameacem a segurança do sistema

ƒ Gera limites à liberdade de escolha privada

ƒ Gera distorções de mercado

ƒ Porém, necessário para:

• Manter confiança do sistema • Corrigir distorções pré-existentes • Reduzir o risco de crises sistêmica

ƒ Agentes livres ampliariam exposição a riscos

(empréstimos a clientes duvidosos) – Ex. trânsito na

ausência de regras

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Evolução das Estratégias de Regulação

1 – Regulacão de Balanços

ƒ Controle direto sobre operações financeiras

ƒ Atenção sobre índices de liquidez (relação entre

ativos e passivos e níveis adequados de liquidez)

ƒ Imposição de limites operacionais e restrições a

algumas classes de atividades para cada tipo de IF

(ex. EUA)

• Proibição a alguns tipos de investimento de maior risco • Incentivos à aquisição de ativos redescontáveis

ƒ Foco Maior: Passivos das IF

Evolução das Estratégias de Regulação

2 – Coeficientes de Capital

ƒ Estratégia é desenvolvida pela obsolescência do sistema de regulação de balanços diante da introdução de inovações financeiras e pela diversificação de passivos (que reduziram a importância dos depósitos à vista).

ƒ Percepção de que o maior risco das IF derivam do modo como o Mercado incentiva o seu crescimento

• IF passam a ter incentivos para correr riscos excessivos e maior exposição

– Ganhos advém de maior volume de negócios (o que envolve uma menor seleção das operações e maior complexidade de regulação interna e externa sobre riscos)

– Maior risco →maior rentabilidade

ƒ Foco Maior: risco excessivo nas aplicações – ativos

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Acordo de Basiléia

O aumento do risco das IF levou ao Acordo da Basiléia Elevação do volume aplicado em ativos de risco Aumento da Rentabilidade Redução da Liquidez Elevação do risco do Sistema Bancário Necessidade de controle do nível de risco Acordo da Basiléia

Comitê de Supervisão Bancária de Basiléia

¾ Em 1974 as autoridades de supervisão bancária e bancos centrais dos países G-10 (Alemanha, Benelux, Canadá, EUA, França, Itália, Japão, Reino Unido, Suécia e Suiça) criaram

Basel Committee on Banking Supervision, ou Comitê da

Basiléa, com sede no Bank for International Settlements (BIS), ou Banco de Compensações Internacionais, na cidade de Basiléia, Suíça.

¾ O intuito do comitê é ser um fórum de discussão para

estabelecimento de melhores práticas de supervisão bancária entre elas de requerimento mínimo de capital para as

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Acordo de Basiléia I (1988)

¾ Como o objetivo macro da Comissão é enquadrar o mercado financeiro aos padrões de solvência e liquidez internacional uma das maiores preocupações é estabelecer níveis mínimos de requerimento de capital.

¾ Até 1988 os padrões internacionais de requerimento de capital foram baseados na fixação de índices máximos de alavancagem. Em 1988 o Comitê publicou o documento "International Convergence of Capital

Measurement and Capital Standards", conhecido como Acordo de

Basiléia I.

¾ Passou-se a exigir que as instituições financeiras mantenham capital suficiente para cobrir as possíveis perdas de valor dos seus ativos e, desse modo, garantir sua solvência.

ƒ O requerimento de capital passou a ser baseado em risco. O capital regulamentar foi definido como proporção do total de ativos ponderados pelo risco (APR) - percentagem mínima: 8%, no Brasil: 10%.

ƒ Objetivo: capital próprio proporcional aos ativos de acordo com grau de risco, imputa parte das perdas ao Banco e protege melhor os

poupadores, além de envolver interesse das IF em fazer investimentos mais seguros.

Problemas do Basiléia I

¾ Foco no risco de crédito tornou as operações de

crédito mais caras

¾ Diversificação das operações bancárias

(derivativos) que não demandam capital próprio e

sujeitam a IF a riscos de mercado, de liquidez e de

operações

¾ Necessidade de supervisão mais complexa para

cobrir riscos em operações diversificadas e em

permanente mutação

¾ 1996, emenda ao Acordo:

ƒ Requerimento de capital para risco de mercado

(ações, juros, câmbio e commodities)

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Evolução das Estratégias de Regulação

3 – Auto-Regulação

ƒ Foco: Grau de risco e não característica de cada ativo

ƒ Cada banco define uma estratégia de avaliação e tratamento de riscos, com estratégias formais submetidas à Autoridade Monetária (método de cálculo de risco)

ƒ Sistema posto em cheque com as crises asiática, russa e brasileira.

Acordo de Basiléia - Razões p/ Revisão

¾ Conglomerados Financeiros (CF):

ƒ operação em carteiras diversificadas, em muitos mercados financeiros (globalização) e formas desintermediadas de alocação de recursos financeiros

¾ Bancos: participação mais ativa em outros negócios;

¾ Novas e mais complexas operações/produtos (derivativos de crédito, securitização, etc);

¾ Integração dos mercados internacionais;

¾ Desenvolvimento de técnicas sofisticadas de gestão de risco; ¾ Evolução tecnológica;

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Questões da Supervisão Financeira

¾ Limites da regulação funcional e supervisão por instituições especializada em cada segmento para Conglomerados Financeiros (CF);

¾ Contaminação de práticas de um segmento por outro: ƒ Fundos de pensão e bancos comerciais conservadores

contaminados pela competição dinâmica dos asset management e bancos de investimento (critérios de “sucesso” dos

rendimentos de curto prazo).

¾ Conflitos de interesse entre IF e seus clientes: ƒ Assimetria de informação;

ƒ Manipulação de mercados; ƒ “empurrar” produtos indesejáveis

ƒ Perda de transparência nas transações com o público

• Ex: extratos bancários povoados com taxas de serviços, comissões e descontos e seus códigos confusos)

ƒ Operação simultânea em diversas linhas e segmentos abre a possibilidade de novos riscos sistêmicos

Acordo de Basiléia II (2004)

¾ As crises econômicas recentes desdobraram-se em crises bancárias sérias ou até delas mesmo derivaram. Os escândalos corporativos como WorldCom, Barings e Enron expuseram a faceta mais negra do mundo das grandes corporações e a fraqueza dos mecanismos vigentes de controles internos, regulamentar e de mercado.

¾ Em junho de 2004, o Comitê de Basiléia cumpre então seu papel de formulador, avaliador e disseminador das melhores práticas de governança bancária, publicado em "International Convergence of

Capital Measurement and Capital Standards: A Revised Framework", conhecida como Basiléia II.

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Acordo de Basiléia II

¾ Basiléia II incorpora maior flexibilidade, com menus de

abordagens e incentivos a um melhor gerenciamento de riscos garantindo uma maior sensibilidade a riscos. Desta forma é dado um maior ênfase nas metodologias internas dos bancos, na revisão pelos supervisores e na disciplina de mercado.

¾ Ao invés de impor ponderações de risco aos ativos é incentivada a utilização de modelos internos para cálculo de capital,

fortalecendo o princípio da auto-gestão de riscos. O BC deixa de ser, progressivamente, formulador de política de gestão de riscos e passa a ser validador.

¾ Basiléia II introduz o risco operacional. Também introduz dois conceitos novos sobre o papel da supervisão bancária e da necessidade de transparência de mercado através do estabelecimento de um sistema de três pilares:

PILAR 1 PILAR 2 PILAR 3

Responsabilidade Disclosure* Transparência Requerimento Minímo de Capital Disciplina de Mercado Processo de Supervisão Crédito Operacional Mercado

Novo

Acordo de

Basiléia

Acordo de Basiléia II

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Acordo de Basiléia II

¾ Pilar 1 - Requerimentos de Capital

ƒ Requerimentos devem ser mais sensíveis ao risco, demonstrando uma relação mais direta entre risco e capital.

¾ Pilar 2 - Supervisão Bancária

ƒ A relação entre supervisores e as instituições financeiras deve ser de constante diálogo, com o objetivo de qualificar as metodologias de cálculo de capital.

ƒ A nova proposta sublima a importância dos administradores dos bancos desenvolverem um eficiente gerenciamento de risco e um processo interno de mensuração de capital de acordo com o perfil de risco e controle de sua instituição. Esses processos internos serão submetidos à aprovação da Supervisão Bancária, podendo haver interferência quando necessário.

¾ Pilar 3 - Transparência de Mercado

ƒ Estimula maior disciplina do mercado através do aumento da quantidade e granulidade de informação a ser aberta ao público para que os agentes de mercado sejam bem informados e possam entender melhor o perfil de risco dos bancos.

ƒ Deve ser clara ao mercado a forma pelo qual o banco calcula sua adequação às necessidades de capital e seus métodos de aviação de risco.

Supervisão no Contexto de Basiléia II

Passado Presente Futuro

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Implementação de BII – principais questões

¾ Incentiva desenvolvimento de procedimentos

adequados à gestão de risco;

¾ Regulamentação considera características da

legislação e do mercado nacional;

¾ Abrangência

ƒ Bancos internacionalmente ativos e sistemicamente

importantes;

ƒ Competitividade interna: bancos de diferentes portes;

¾ Coordenação Internacional:

ƒ Objetivo: aplicação consistente de Basiléia II com

outros países/jurisdições;

ƒ Competitividade entre bancos nacionais e

estrangeiros.

Balanço (Ativo) .... .... Operações de crédito .... .... .... ....

Itens fora do balanço

... .... .... .... .... Itens do balanço Exposiçõ es d e cré d ito Exposiçõ es d e cré d ito potenc ia is Basiléia Risco de Crédito (mais amplo) Exposições ao Risco de Crédito

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De BI para BII: Risco de Crédito - O que mudou?

¾ Alguns aprimoramentos em relação ao Acordo de

1988 (abordagem padrão):

ƒ Mais faixas de ponderação de risco (granularidade);

ƒ Operações de varejo;

ƒ Captura do risco de crédito associado a operações

“fora do balanço”;

ƒ Reconhecimento de instrumentos de mitigação de

risco de crédito (colaterais, garantias, netting,

derivativos de crédito).

Contratos e instrumentos estejam devidamente documentados (qualidade da documentação)

Sejam legalmente executáveis em todas as jurisdições relevantes (enforceability)

Não haja correlação positiva da contraparte e do valor da garantia

Bancos devem assegurar que:

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Conclusão

¾ Desafios para as instituições...

ƒ Governança Corporativa: comprometimento da alta

gestão e monitoramento;

ƒ Desenvolvimento, manutenção e aprimoramento de

controles internos;

ƒ Cultura: disseminação interna da política de risco da

instituição;

ƒ Processos e sistemas adequados;

ƒ Compliance e Transparência.

Conclusão

¾ Desafios para o supervisor...

ƒ Ponto Crucial: avaliação da adequação das precauções

tomadas pela IF face aos riscos que correm depende da clareza com que esses riscos possam ser reconhecidos e medidos ƒ A estrutura institucional e as formas de ação de supervisores

devem ser adaptados aos novos padrões de organização dos mercados de atuação das IF e CF

ƒ Estabelecimento de regulação adequada, com maior antecedência possível;

ƒ Capacitação: pessoal, tecnologia;

• Os quadros de supervisão devem receber o treinamento adequado para lidar com os CF e nova dinâmica de mercado

ƒ Desenvolvimento de Processos de supervisão;

• Atuação de instituições especializadas em rede ou por instituições unificadas de atuação em amplas partes do sistema financeiro

Referências

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