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Aula 03 - Atualidades

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Academic year: 2022

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Aula 03 - Atualidades

Atualidades para Soldado da PM/CE

Prof. Danuzio Neto

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SUMÁRIO

SUMÁRIO 2

CHINA 3

ORITMODECRESCIMENTOCHINÊS 5

ERRADICAÇÃODAPOBREZA 6

Renda do trabalhador chinês 6

CRISEDEMOGRÁFICACHINA 8

Reversão da política do filho único 8

China permite terceiro filho 9

BILIONÁRIOSCHINESES 10

A Nova Rota da Seda 10

HONGKONGECHINA 14

Hong Kong e as mudanças legislativas durante a pandemia 16

Surgimento da covid-19 16

RÚSSIA 18

A crise diplomática com o Ocidente 18

Envenenamento de Alexei Navalny 18

O Palácio de Putin 19

Nova expulsão de diplomatas russos 19

Reforma constitucional russa e mandatos de Putin 20

Rússia nas Olímpiadas 20

O conflito na Bielorrússia 21

OTAN X RÚSSIA(RESQUÍCIOS DA GUERRA FRIA) 22

O que freia o conflito 24

E os Estados Unidos? 24

QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR 25

LISTA DE QUESTÕES 31

GABARITO 35

RESUMO DIRECIONADO 36

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CHINA

Em 2010, a China ultrapassou o Japão e se tornou a segunda maior economia do mundo, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Pelo critério do FLUXO COMERCIAL, no entanto, que considera a soma das IMPORTAÇÕES e EXPORTAÇÕES de um país, a China ultrapassou até mesmo os Estados Unidos e, desde 2012, tornou-se a maior potência COMERCIAL – a supremacia chinesa no fluxo comercial no mundo é confirmada pelos números oficiais também dos Estados Unidos.

Apesar de toda a ascendência chinesa sobre a economia mundial, é bom lembrar que seu prestígio não se restringe apenas a esta área. Ele se estende, dentre outras, às esferas política e militar.

São fatores que contribuem para o sucesso do alto ritmo de crescimento chinês:

Elevado número de habitantes (1,4 bilhão de pessoas, a maior população do planeta);

Grande extensão territorial (é o terceiro país em extensão territorial, atrás apenas da Rússia e Canadá); e

• O dinamismo de sua economia.

Em suas análises, o FMI divulga o nível do PIB a partir de dois critérios, ambos em dólares:

Preços correntes; e

Paridade de poder de compra (PPC).

Em 2020, de acordo com a primeira métrica, os EUA ocupavam a primeira posição, com um PIB de US$

20,8 trilhões e a China vindo logo em seguida com US$ 14,8 trilhões. O Brasil estava na décima segunda posição (US$ 1,4 trilhão).

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Quando se considera a métrica de US$ PPC, a China já é a maior economia do mundo desde 2017, e os EUA, ocupam o segundo lugar, conforme ilustrado no Gráfico 1. O Brasil, em 2019, estava no décimo lugar.

Fonte da imagem: https://blogdoibre.fgv.br/posts/como-o-brasil-se-situa-entre-maiores-economias-do-mundo-no-pos-covid

Além dos fatores econômicos, a China possui arsenal nuclear e, ao lado de Rússia, Estados Unidos, França e Reino Unido, possui um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, o que lhe garante enorme poder na diplomacia mundial.

Num contexto histórico mais amplo, percebemos que, nos últimos quarenta séculos, a China foi a líder global na maioria deles, numa época bem anterior à globalização moderna que conhecemos. Os chineses não serem a atual maior potência global, portanto, é que é a grande novidade do nosso tempo.

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O RITMO DE CRESCIMENTO CHINÊS

A economia da China cresceu 2,3% em 2020, apesar da pandemia. O país foi o único entre as grandes economias a crescer em 2020.

A alta do PIB chinês em 2020 foi impulsionada sobretudo pelos bons resultados do último trimestre de 2020, quando a economia chinesa cresceu 6,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior, surpreendendo economistas.

Em 2021, a potência asiática continuou crescendo. O Produto Interno Bruto (PIB) da China cresceu 7,9%

no segundo trimestre, em relação ao mesmo período de 2020. A expectativa do mercado era de um avanço de 8,1%.

O resultado, mais fraco do que o esperado, deve-se:

• À desaceleração da atividade industrial;

• Ao aumento dos custos das matérias-primas; e

• Aos novos surtos de Covid-19 que pesaram na recuperação do país.

O crescimento desacelerou de forma significativa ante o recorde de 18,3% no primeiro trimestre de 2021, quando a taxa anual foi fortemente afetada pela queda provocada pela Covid-19 no primeiro trimestre de 2020.

A desaceleração do crescimento ficou mais evidente no terceiro trimestre de 2021, o que fez o Banco Mundial diminuir a previsão da taxa de crescimento da China para 2021 e para 2022.

De acordo com estudo do Banco Mundial, a China cresceu 8% em 2021 e só crescerá 5,1% em 2022.

Segundo último relatório da corporação, as atividades industriais do país asiático obtiveram uma forte recuperação o primeiro semestre de 2021, mas “arrefeceu rapidamente” no segundo semestre do ano.

No terceiro trimestre de 2021, o PIB cresceu 4,9% após avanços de 18,3% e de 7,9% nos primeiros trimestres do ano.

Segundo o relatório, os surtos recorrentes de covid-19, que complicaram a retomada dos setores de serviços e a crescente regularização nos setores imobiliários e financeiros “complicaram” a retomada do ritmo de crescimento.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/noticia/2021/10/17/economia-da-china-cresceu-49percent-no-terceiro-trimestre.ghtml

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ERRADICAÇÃO DA POBREZA

Em 1949, no início da República Popular da China, o país era um dos mais pobres do mundo. Agora, o país alimenta 20% da população mundial com apenas 9% de terras cultiváveis do planeta, e sua produção de grãos, há anos, ocupa o primeiro lugar no mundo.

O notável crescimento de sua economia fez ainda a China enriquecer a sua população. Nas últimas três décadas, o país tirou mais de 850 milhões de habitantes da pobreza.

De 2013 a 2020, a China retirou 93 milhões de pessoas da pobreza. Em 2018, por exemplo, o número de moradores rurais na pobreza caiu para 16,6 milhões. No final de 2012, este número era de 98,99 milhões de pessoas.

Em novembro de 2020, a China anunciou erradicação da pobreza absoluta no país.

Em 2020, a linha de pobreza absoluta foi estabelecida na China em 4 mil yuans de renda anual, equivalente a cerca de US$1,52 por dia, menos do que US$1,90 definido pelo Banco Mundial.

Por conta da magnitude das transformações sociais ocorridas, e também por causa do tamanho da população da potência asiática, os êxitos alcançados pela China aceleraram o processo da redução da pobreza em todo o mundo. Mas não é só a população chinesa que enriquece com o crescimento da maior potência asiática, já que o país oferece auxílios a países da Ásia, da África e da América Latina.

A fim de dar melhor qualidade de vida para a sua população, o Partido Comunista da China elaborou uma agenda clara para realizar as metas da redução da pobreza e buscou medidas específicas para diferentes regiões, como a redução da pobreza através do turismo, das indústrias e da ecologia.

Xi Jinping, presidente da China, já afirmou que o desenvolvimento é a melhor maneira para se livrar da pobreza.

Atualmente, existem ainda mais de 700 milhões de pessoas no planeta que vivem na linha da pobreza e a erradicação dessa condição continua sendo a primeira e a mais importante tarefa dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU.

Renda do trabalhador chinês

Diante do cenário de enriquecimento chinês, pesquisa da Euromonitor International, divulgada em 2017, demonstra que a média dos salários da indústria chinesa ultrapassou o total do que é pago para os trabalhadores de países latino-americanos como Brasil, México e Argentina. Ademais, o salário chinês já está próximo do que ganham os trabalhadores de alguns países europeus – como Portugal e Grécia.

De acordo com as informações da Euromonitor International, o único país da América Latina que os chineses ainda não ultrapassaram em questões salariais foi o Chile. O estudo demonstra ainda que os bons resultados chineses melhoraram o padrão de vida de toda a população daquele país. No período que vai de 2005 até 2016, os salários na indústria chinesa aumentaram três vezes, indo para US$ 3,60 a hora trabalhada. Enquanto no Brasil, por exemplo, o valor recebido pelo trabalhador industrial caiu no mesmo período, passando de US$ 2,90 para US$ 2,70.

Mas o que explica essas mudanças no mercado de trabalho chinês? Em resumo, um grande período de sucessivas liberalizações econômicas.

Com liberdade para escolher onde trabalhar, os trabalhadores chineses promoveram a maior migração da história da humanidade, da pobreza rural para a vida urbana de classe média. Centenas de milhões de pessoas saíram da zona rural e se mudaram para as grandes cidades.

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Em relação ao arcabouço jurídico, há poucas leis e restrições governamentais sobre a contratação destes trabalhadores, além de não haver, praticamente, nenhum sistema de seguridade social imposto pelo estado.

O mercado de trabalho chinês é considerado mais livre do que vários mercados de trabalho do Ocidente, onde há maior número de leis trabalhistas, de regulamentações, de sindicatos e de encargos sociais e trabalhistas.

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CRISE DEMOGRÁFICA CHINA

De 2010 a 2020, a população da China teve o menor crescimento em décadas. É uma tendência que pode representar sérios problemas para a segunda maior economia do mundo.

De acordo com o Departamento Nacional de Estatísticas da China, a população cresceu 5,38% na última década, chegando a 1,41 bilhão de pessoas - ou 72 milhões de pessoas a mais do que em 2010.

Os dados mais recentes representam uma taxa média de crescimento anual da população de 0,53%, valor 0,04% menor do a taxa relatada entre 2000 e 2010. É o menor crescimento populacional da China desde, pelo menos, os anos 1960.

Os números também aumentam a perspectiva de uma crise demográfica para a nação mais populosa do mundo, com a queda na taxa de natalidade e o acelerado envelhecimento da força de trabalho ameaçando reduzir o rápido crescimento econômico do país.

Reversão da política do filho único

A China realizou seu sétimo censo nacional em 1º de novembro de 2020, enviando 7 milhões de agentes para coletar dados de sua população em meio a uma pandemia mundial.

Nos últimos anos, o governo chinês tem lutado para reverter o declínio do crescimento populacional, ao mesmo tempo em que enfrenta a realidade de menos trabalhadores sustentando uma sociedade cada vez mais envelhecida.

A desaceleração do crescimento populacional da China é, em parte, resultado de sua política de filho único, introduzida em 1979 e que por mais de 35 anos limitou os casais a terem apenas uma criança.

Três anos após a política ser promulgada, o terceiro censo nacional da China registrou um crescimento médio anual de 2,1% nos últimos 18 anos, com a população quase dobrando entre 1964 e 1982.

O governo disse em 2015 que mudaria a política para permitir até dois filhos, mas a taxa de natalidade da China tem tido dificuldades para se recuperar.

O censo de 2020, o primeiro desde a suspensão da política, mostrou um ligeiro aumento na proporção de cidadãos com menos de 14 anos - de 16,6% em 2010 para 17,95% em 2020 - mas não o suficiente para reverter a tendência geral de envelhecimento da população, juntamente com uma desaceleração da taxa de crescimento.

Os dados também mostram que o número de recém-nascidos registrados na China em 2020 caiu quase 15% com relação ao ano anterior, de 11,79 milhões em 2019 para 10,03 milhões.

Como resultado da queda na taxa de natalidade, a força de trabalho da China está envelhecendo, e o governo está preocupado com a mudança na demografia, o que pode levar ao aumento dos custos de aposentadorias e à queda do crescimento econômico.

Os dados do censo de 2020 mostraram que a proporção da população com mais de 65 anos aumentou rapidamente, de 8,87% em 2010 para 13,5% em 2020.

O governo chinês vem discutindo o aumento da idade de aposentadoria para lidar com o envelhecimento da força de trabalho - atualmente os homens se aposentam aos 60 anos, enquanto mulheres podem parar de trabalhar aos 55 anos se forem funcionárias de empresas, e aos 50 se operárias de fábricas.

Apesar da desaceleração do crescimento populacional, Stuart Gietel-Basten, professor de ciências sociais e políticas públicas da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong, disse que há uma série de pontos positivos para a China nos dados do censo de 2020.

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“A proporção do sexo dos bebês parece ter caído bastante, o que significa que o aborto seletivo de meninas parece ter diminuído. As taxas de analfabetismo estão caindo, o número de pessoas com formação universitária aumentou bastante", comentou.

"Não é tão importante quando a China vai passar para uma situação de declínio populacional, mas sim o quanto a população consegue se adaptar a uma era sem crescimento".

China permite terceiro filho

Em maio de 2021, a China anunciou que cada casal terá permissão para ter até três filhos. A decisão foi tomada depois que os dados do censo mostraram que a taxa de natalidade vem caindo no país desde 2017.

A mudança foi aprovada durante uma reunião com o presidente Xi Jinping, informou a agência de notícias oficial Xinhua.

O problema da baixa natalidade na China, no entanto, vai além das políticas de permissão de um único filho ou até três. Em pesquisa realizada na Weibo (uma versão chinesa da rede social Twitter) com 31 mil jovens chineses, por volta de 95% responderam que pretendiam ter, no máximo, um filho, porque não podiam sustentar uma família maior.

Com o custo de vida elevado, educação e moradia caros e jornadas de trabalho exaustivas, os chineses, por si só, adiam a chegada de filhos.

Como forma de incentivo, então, diversas províncias chinesas e o próprio Partido Comunista da China realizaram uma série de medidas.

A começar com o aumento do período de licença-maternidade, o qual várias regiões concederam o prazo adicional de 30 dias. Com isso, em cidades como Pequim, as mulheres poderão retirar 158 dias de licença- maternidade.

Outros vilarejos chineses adotaram, como forma de incentivo, o pagamento de abonos mensais por bebê nascido. Foi o caso do vilarejo Huangzhugen, na cidade de Lianjiang, que pagará o valor de 510 dólares por mês a cada bebê nascido a partir de setembro de 2021. As famílias receberão os subsídios mensais até que os bebês alcancem 2 anos e meio.

Dentro do Partido Comunista da China, foi determinado que todos os integrantes tivessem três filhos para o “bem do país” e que “nenhum membro do partido deve usar qualquer desculpa, objetiva ou pessoal, para não se casar ou ter filhos, nem pode usar qualquer desculpa para ter apenas 1 ou 2 filhos”.

O comunicado estatal viralizou quando foi divulgado, mas não se encontra mais disponível na agência de notícias oficial do governo.

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BILIONÁRIOS CHINESES

O fundador do portal de vendas online Alibaba, Jack Ma, estava prestes a se tornar o homem mais rico da China. Em novembro de 2020, porém, na véspera do fechamento de outro de seus negócios, o bilionário desapareceu de repente.

A empresa Alibaba, hoje, chega a quase 800 milhões de usuários com serviços que incluem compras online, computação em nuvem e inteligência artificial.

Seu mais recente empreendimento, o Ant Group, comanda o mercado de pagamento digital na China por meio de seu aplicativo de finanças móveis, o Alipay.

Em 24 de outubro, em Xangai, o Ant Group estava pronto para lançar a maior oferta pública inicial de ações (IPO na sigla em inglês) na bolsa de valores.

Antes do evento, Ma discursou em uma reunião com uma fala bastante polêmica, na qual criticou o sistema financeiro chinês.

Depois desse discurso, o empresário não voltou a ser visto publicamente por três meses. Houve rumores de que Ma estaria em prisão domiciliar ou detido pelas autoridades chinesas. Alguns duvidaram que ele ainda estivesse vivo.

Depois, Ma e seus colegas mais próximos foram convocados para uma reunião com reguladores e o IPO do Ant Group foi interrompido. As ações de empresas pertencentes a Ma despencaram, com uma perda de US$

76 bilhões em relação ao seu valor inicial.

Depois de reunião em novembro de 2020, Jack Ma não foi visto novamente por semanas.

Depois de três meses, em 20 de janeiro de 2021, Ma reapareceu em um pequeno vídeo para um evento de caridade. No mês seguinte, ele apareceu jogando golfe na ilha de Hainan.

A Nova Rota da Seda

A Iniciativa Cinturão e Rota (BRI, na sigla em inglês para Belt and Road Initiative), apelidada de a Nova Rota da Seda Chinesa, é o ambicioso plano de Pequim de interligar diversas partes do globo por meio de milhares de obras de infraestrutura e investimentos de bilhões de dólares.

O plano, que nasceu em 2013, já acumula muitos sucessos, mas também alguns problemas.

A Iniciativa Cinturão e Rota tem uma finalidade muito clara: melhorar a conectividade entre países numa escala transcontinental, facilitando o comércio e investimentos e promovendo o crescimento econômico mundial. Para tanto, foram definidas cinco áreas de cooperação:

- Políticas públicas;

- Finanças;

- Cultura;

- Comércio; e

- Infraestrutura (a área que mais recebe mais atenção).

Com a construção de uma rede de portos, estradas, ferrovias, gasodutos e outros projetos, o objetivo inicial do projeto era ligar, por mar e por terra, a China com a Ásia, a África e a Europa. Estimativas conservadoras previam que seriam gastos US$ 1 trilhão na década seguinte, o que fez com muitos analistas apelidassem a iniciativa de Plano Marshall chinês.

De 2013 para cá, a BRI cresceu em volume de recursos, países participantes e importância dentro do projeto diplomático chinês, a ponto de ser incluída na constituição do país, em fins de 2017. Tornou-se também

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uma marca para definir diversas iniciativas chinesas nos mais diversos campos, como cooperação espacial, cibernética e polar.

Se inicialmente a BRI pretendia interligar a China com a Ásia, a África e a Europa, agora a Nova Rota da Seda parece estar em toda parte. Expandindo-se para a América Latina e Oceania, restou apenas à América do Norte o papel de terreno em que a influência dos Estados Unidos é inconteste. A BRI alcançou até o G7, grupo dos sete países que eram considerados os mais poderosos do mundo à época da sua criação, com a adesão da Itália.

Até o momento, 137 países e 29 organizações internacionais integram o projeto, dentro do qual já assinaram 173 acordos de cooperação com a China.

Segundo o Banco Mundial, a BRI engloba hoje:

• Mais de 30% do PIB global;

• Cerca de 60% da população do planeta; e

75% das reservas energéticas conhecidas.

Até o final de 2018, segundo previsões da consultoria RWR, Pequim investiu 700 bilhões de yuanes (quase US$ 104 bilhões) na forma de investimentos em infraestrutura e empréstimos para governos.

O motivo de tanto crescimento é que a BRI se encaixa bem nas demandas dos países em desenvolvimento, sobretudo dos de renda média e baixa, que são a maioria dos participantes da iniciativa.

O Banco Asiático de Desenvolvimento estima que somente a Ásia precise de US$ 26 trilhões de investimentos em infraestrutura até 2030 para manter o crescimento econômico, reduzir a pobreza e mitigar impactos climáticos.

Além disso, ao oferecer financiamentos com menos burocracia, a China passou a preencher uma lacuna deixada por doadores tradicionais. Nos últimos anos, organismos multilaterais ocidentais de crédito direcionaram seus recursos para outras áreas, como educação e saúde, e passaram a exigir uma gama de requisitos de transparência e governança, impactos socioambientais e sustentabilidade financeira, cuja complexidade acabou por afastar países mais pobres. Não por acaso, da lista da ONU de 47 países menos desenvolvidos do mundo, 34 fazem parte da BRI.

É bem verdade que as projeções de crescimento econômico e de outros benefícios da iniciativa chinesa também ajudaram muito na atração de novos parceiros. Assim, desde 2013, o comércio entre os países membros da BRI cresceu 21,8%, acima da média mundial.

Numa série de relatórios de 2018, o Banco Mundial prevê que a BRI poderá reduzir os custos mundiais de transporte em até 2,5%, o que, por sua vez, diminuiria os custos comerciais em 2,2% e aumentaria o PIB global em 2,9%. Até 2030, a renda global cresceria 0,7%, ajudando a tirar 8,7 milhões de pessoas da pobreza extrema e 34 milhões da pobreza moderada.

No entanto, ao mesmo tempo em que a iniciativa se expandia, dúvidas começaram a pairar sobre alguns projetos, especialmente em relação aos seguintes aspectos:

• Críticas contra práticas trabalhistas chinesas;

• Atrasos de obras;

• Falta de transparência;

• Valores excessivamente altos; e

• Alto endividamento de alguns países.

A China foi também acusada de não estimular a participação de empresas locais nas obras. Análise do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais de janeiro de 2018 concluiu que, em projetos financiados por

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Pequim, 89% das empresas envolvidas são chinesas, porcentagem que cai para 29% quando o projeto é financiado por bancos de desenvolvimento multilaterais.

Estudos de 2018 do Financial Times e da agência de avaliação de risco Moody’s alertaram que algumas das economias de maior risco no mundo, segundo classificação da OCDE, estavam entre as que recebiam investimentos chineses. Relatório de 2019 do Centro para Desenvolvimento Global, sediado em Washington, identifica oito países da BRI que apresentam alta probabilidade de inadimplência.

Em meio a polêmicas e críticas com alguns projetos da BRI, Pequim sediou em abril de 2019 a segunda Cúpula da Iniciativa Cinturão e Rota. Trinta e sete governantes, cerca de trezentos ministros, e representantes de mais de noventa organizações internacionais e 150 países estiveram presentes, num total de 5 mil participantes estrangeiros.

A nova Rota da Seda chinesa, portanto, fez avanços notáveis nos últimos anos, mas também acumulou polêmicas. A iniciativa ajudou a levar infraestrutura e investimentos necessários a muitas regiões do globo, facilitando a movimentação de mercadorias e pessoas. No entanto, expandiram-se e ganharam eco críticas quanto:

• À EXECUÇÃO e SUSTENTABILIDADE dos projetos,

• Sua FALTA DE TRANSPARÊNCIA e

• Os RISCOS DE ALTO ENDIVIDAMENTO de alguns países parceiros.

Fonte: https://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2018/11/14/china-busca-diversificar-compra-de-graos-com-nova- rota-da-seda.ghtml

Fique atento !

BANCO ASIÁTICO DE DESENVOLVIMENTO (BAD)

Fundado em 1966, com sede em Manila, nas Filipinas, tem como principal missão fomentar o crescimento e a cooperação entre os países da região Ásia-Pacífico. Foi responsável por vários grandes projetos na região, levantando capital através dos mercados de títulos internacionais.

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Os principais acionistas do Banco Asiático de Desenvolvimento são os ESTADOS UNIDOS e o JAPÃO.

A maioria dos seus membros são da região Ásia-Pacífico, mas as nações industrializadas também estão representadas.

BANCO ASIÁTICO DE INVESTIMENTOS EM INFRAESTRUTURA (AIIB)

O Acordo Constitutivo do Banco de Investimentos e Infraestrutura da Ásia (AIIB) foi assinado pelo Brasil, juntamente com 49 outros países, em 29 de junho de 2015.

Todos os membros dos BRICS são fundadores do AIIB (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), assim como parceiros extrarregionais, como Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Austrália.

A AIIB tem sede em Pequim, China, e possui capital inicial de US$100 bilhões. Os membros regionais terão aproximadamente 75% das ações.

Os principais objetivos do AIIB são:

• Promover o investimento nas regiões da Ásia e Oceania, em particular no desenvolvimento em infraestrutura e em setores produtivos;

• Financiar projetos que promovam o crescimento econômico, em especial de países menos desenvolvidos;

• Fomentar o investimento privado em projetos de infraestrutura; e

• Promover a interconexão e integração econômica.

O Banco pode financiar projetos em países fora da região, mas a iniciativa deverá produzir benefícios significativos para a Ásia, como a conectividade física e o comércio com a Ásia, projetos que promovam 'bens globais', ou projetos que gerem benefícios de desenvolvimento sustentável 'próximos' (em termos geográficos) da Ásia.

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HONG KONG E CHINA

Ao longo de junho de 2019, a população de Hong Kong foi às ruas para protestar.

Inicialmente, protestou-se contra um projeto de lei apresentado pelo governo que facilitava a extradição de pessoas para a China. Depois, para pedir a demissão da chefe do poder executivo de Hong Kong, uma região administrativa especial da China.

Na maior das manifestações, realizada no dia 16 de junho, 2 milhões de pessoas foram às ruas (27% da população total do território), segundo os organizadores.

Em 2019, as manifestações começaram depois que Carrie Lam, a representante de Hong Kong, apresentou um projeto de lei que autoriza a justiça a deportar cidadãos condenados em países com os quais Hong Kong não tem acordo de extradição, como a China continental. Apesar da defesa do projeto pelo governo, a população acredita que será para que as autoridades enviem para a China dissidentes políticos.

Depois das primeiras manifestações, Carrie Lam anunciou a suspensão da apresentação do projeto para o poder legislativo. Como ela apenas suspendeu a negociação do projeto para um tempo futuro, os protestos continuaram.

Assim, as manifestações seguintes também passaram a pedir a demissão da Chefe do Executivo, reconhecidamente alinhada a interesses chineses. Libertado da prisão, onde estava desde maio 2019, o mais famoso líder dos protestos ocorridos em 2014 pelo “Diretas Já” de Hong Kong, Joshua Wong, longo se juntou aos manifestantes.

O governo chinês, como era de se esperar, manifestou apoio à continuidade do governo de Lam. Para a mídia chinesa, os manifestantes seriam fantoches norte-americanos que passaram a se manifestar após a ascensão da guerra comercial entre a China e os Estados Unidos.

Em outubro de 2019, com a intensificação dos protestos, Lam invocou uma lei de 1922, que era aplicada durante o domínio britânico para proibir o uso de máscaras em manifestações. Centenas de pessoas não se conformaram com a decisão e foram às ruas com os rostos cobertos. Gritando palavras de ordem, a maior parte dos estabelecimentos que sofreram depredação tinha origem chinesa.

As máscaras foram um dos artifícios utilizados pelos manifestantes para não serem identificados pela polícia. Além desse subterfúgio, os manifestantes inutilizaram câmeras de segurança do governo e usaram lasers, para dificultar a identificação dos manifestantes (um estudante chegou a ser preso com dez canetas com laser e acusado de posse de "arma ofensiva").

Esse decreto emergencial também permitiria que Lam aprovasse leis sem a intervenção do Legislativo, como censura à imprensa. Ela nega que teria esta intenção.

QUESTÃO PARA FIXAR

(Instituto Tupy - Prefeitura de Guaramirim/SC - 2020)

O ano de 2019 foi marcado por diversos protestos em Hong Kong, sobre esse assunto analise as afirmações:

Um projeto de lei de extradição, que permitiria o envio de suspeitos de Hong Kong à China continental para serem julgados, foi o estopim da maior onda de protestos na ex-colônia britânica desde a devolução à Pequim, em 1997.

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Em 2019, as manifestações começaram depois que foi apresentado um projeto de lei que autoriza a justiça local a deportar cidadãos condenados em países com os quais Hong Kong não tem acordo de extradição, especialmente Macau, Taiwan, Coreia do Sul, Filipinas, Tailândia e a China continental.

A economia local encolheu pela primeira vez em dez anos, contrastando com o aumento acentuado no turismo e no comércio de marcas de luxo como Louis Vuitton e Hennessy.

Carrie Lam é a chefe-executiva de Hong Kong, responsável pelo projeto que desencadeou os protestos.

Os críticos temem que a China passe a ter maior influência sobre Hong Kong, o que poderia ser usado para atacar ativistas e jornalistas.

Está correto o que se afirma em:

a) Somente I, IV e V.

b) Somente I, II e III.

c) Somente IV e V.

d) Somente I e III.

e) Somente II e V.

RESOLUÇÃO:

Um projeto de lei de extradição, que permitiria o envio de suspeitos de Hong Kong à China continental para serem julgados, foi o estopim da maior onda de protestos na ex-colônia britânica desde a devolução à Pequim, em 1997. ITEM CORRETO.

Em 2019, as manifestações começaram depois que foi apresentado um projeto de lei que autoriza a justiça local a deportar cidadãos condenados em países com os quais Hong Kong não tem acordo de extradição, especialmente Macau, Taiwan, Coreia do Sul, Filipinas, Tailândia e a China continental.

Em 2019, as manifestações começaram depois que foi apresentado um projeto de lei que autoriza a justiça local a deportar cidadãos condenados em países com os quais Hong Kong não tem acordo de extradição, especialmente a China continental. ITEM INCORRETO.

A economia local encolheu pela primeira vez em dez anos, contrastando com o aumento acentuado no turismo e no comércio de marcas de luxo como Louis Vuitton e Hennessy.

Os protestos não foram de ordem econômica, mas política, pois foram motivados pela tentativa chinesa de interferir cada vez mais em Hong Kong. ITEM INCORRETO.

Carrie Lam é a chefe-executiva de Hong Kong, responsável pelo projeto que desencadeou os protestos. ITEM CORRETO.

Os críticos temem que a China passe a ter maior influência sobre Hong Kong, o que poderia ser usado para atacar ativistas e jornalistas. ITEM CORRETO.

Resposta: A

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Hong Kong e as mudanças legislativas durante a pandemia

Durante meses, o isolamento social imposto pelo novo coronavírus arrefeceu as manifestações pró- democracia em Hong Kong. Em maio de 2020, porém, as ruas voltaram a ser ocupadas. Após poucos minutos de protestos, bombas com gás lacrimogêneo e canhões de água tentavam dispersar os milhares de manifestantes e centenas de pessoas foram presas.

Mas por que a população estava de volta às ruas?

Porque, em meio à pandemia, a China tentou novamente diminuir a autonomia da região.

Na reabertura do Congresso Nacional do Povo, em 22 de maio, Pequim propôs uma Lei de Segurança Nacional sobre Hong Kong que, uma vez aprovada, permite que a China legisle no território sem autorização do governo local. Entre as medidas mais polêmicas está a que criminaliza a “traição, secessão, sedição e subversão”

de cidadãos e integrantes do governo, além de casos de evasão de divisas do Estado, terrorismo e interferências estrangeiras. No plano prático, portanto, essas medidas colocam fim à autonomia da região. A proposta visa ainda instalar um Escritório Nacional de Pequim sobre a Segurança em Hong Kong e Macau. Pequim afirma que o

“terrorismo está crescendo na cidade”, o que pode prejudicar a prosperidade econômica da região.

A proposta encaminhada pela China foi aprovada em junho de 2020, de forma definitiva. A lei entrou em vigor em caráter imediato um dia antes do 23º aniversário da devolução de Hong Kong pelo Reino Unido à China, que ocorreu em 1º de julho de 1997.

Em maio de 2020, o então secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, já tinha notificado o Congresso americano de que o governo deixaria de considerar Hong Kong um território autônomo da China. Este foi o primeiro passo para deixar de existir o status de comércio preferencial com Hong Kong, que estava em vigor desde 1997.

Apesar dessa medida, que é vista como uma reação à tentativa de interferência de Pequim em Hong Kong, avalia-se que é difícil deter a China.

Dependente financeiramente dos acordos comerciais com a China, a maioria dos países não consegue impor pressões significativas, ainda mais que estão fragilizados economicamente por causa da pandemia de covid- 19. Além disso, instituições como a OMC e a OMS perderam o protagonismo na mediação de conflitos internacionais, o que torna uma pressão coletiva ainda mais improvável.

A China aproveita ainda para ocupar novos espaços que eram dos EUA, mas que foram tirados por Donald Trump – como o suporte financeiro à OMS.

Surgimento da covid-19

Os primeiros casos suspeitos do novo coronavírus foram notificados em 31 de dezembro de 2019, na China, com os primeiros sintomas aparecendo algumas semanas antes, em 1 de dezembro de 2019. Inicialmente, não havia uma certeza de que se tratava de uma nova doença. Por isso, esta ainda não tinha um nome próprio e era identificada pelos médicos chineses, onde a doença surgiu, como uma espécie de pneumonia.

O MERCADO ATACADISTA DE FRUTOS DO MAR DE HUANAN foi fechado em 1 de janeiro de 2020 e as pessoas com os sintomas foram isoladas. Mais de 700 pessoas, incluindo mais de 400 profissionais de saúde, que entraram em contato próximo com casos suspeitos, foram então monitoradas. Com o desenvolvimento de um teste de PCR de diagnóstico específico para detectar a covid-19, foram confirmadas 41 infecções em Wuhan.

A primeira morte causada pela COVID-19 ocorreu em 11 de janeiro de 2020. No dia 9 deste mês, foram anunciadas, pela OMS e pelas autoridades chinesas, as primeiras análises sequenciais do vírus.

(17)

Atenção!

Apesar de os primeiros casos do novo coronavírus terem surgido em dezembro de 2019, foi apenas em 20 de janeiro de 2020, após várias declarações em contrário, que a Comissão Nacional de Saúde da China confirmou que o novo coronavírus pode ser transmitido entre seres humanos.

Até então, vários profissionais de saúde já tinham sido infectados.

Logo em seguida, a OMS, que também não confirmava a possibilidade de transmissão entre seres humanos, passou a alertar a comunidade internacional sobre esta possibilidade.

Na ocasião, havia ainda preocupações de haver um número grande infecções devido à alta temporada de viagens da China por causa do Ano-Novo Chinês, que em 2020 aconteceu no dia 25 de janeiro.

No dia 20 de janeiro, a China registrou um aumento acentuado nos casos, incluindo duas pessoas em Pequim e uma em Shenzhen.

Em 23 de janeiro de 2020, Wuhan foi colocada em quarentena, no qual todo o transporte público dentro e fora de Wuhan foi suspenso.

No dia 24 de janeiro de 2020, Huanggang e Ezhou, próximas de Wuhan, também foram colocadas em quarentena semelhante. Neste mesmo dia, o primeiro caso do novo coronavírus foi confirmado na Europa, na França.

No dia 13 de fevereiro de 2020, Robert Redfield, diretor do Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC), disse à CNN que a transmissão assintomática do novo coronavírus é possível.

Apesar de a doença em pouco tempo ter alcançado escala global, a Organização Mundial da Saúde (OMS) elogiou os esforços das autoridades chinesas na gestão e contenção da epidemia. A OMS salientou o contraste com o que aconteceu com a epidemia de SARS de 2002-2004, quando autoridades chinesas foram acusadas de esconder a existência da então nova doença, o que impediu, à época, que medidas de prevenção e contenção fossem tomadas em tempo hábil.

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RÚSSIA

A crise diplomática com o Ocidente

Na mais grave crise diplomática entre Rússia e Ocidente desde a anexação da Crimeia, em 2014, Reino Unido, EUA, Canadá, Austrália, 23 países europeus e a Otan (aliança militar ocidental) anunciaram a expulsão de mais de 140 diplomatas russos em março de 2018.

A expulsão foi uma retaliação ao ataque, com o gás nervoso Novichok, de um ex-espião russo e sua filha em solo britânico. Segundo o Reino Unido, o envenenamento na cidade de Salisbury foi obra do governo russo, que nega ter participação no episódio.

A adesão da retaliação à Rússia por outros países significou vitória diplomática para a então primeira- ministra britânica Theresa May, que vivia momentos tensos com a União Europeia por causa do Brexit. O episódio também evidenciou um endurecimento da posição do governo americano no que diz respeito à Rússia.

Nos Estados Unidos, houve a expulsão de 48 diplomatas e fechamento do Consulado russo em Seattle, além da determinação da saída de outros 12 diplomatas russos que atuavam na ONU, que foram descritos pelo Departamento de Estado americano como "agentes de inteligência" que "abusaram de seu privilégio de residência nos Estados Unidos".

Envenenamento de Alexei Navalny

Em agosto de 2020, Alexei Navalny, o principal líder da oposição russa foi envenenado. Navalny passou mal durante um voo da Sibéria para Moscou e o avião precisou fazer um pouso de emergência na cidade de Omsk, onde foi levado às pressas para a UTI. Depois, ele foi transportado de avião para Berlim.

O governo alemão afirmou que Navalny foi envenenado por uma sofisticada substância conhecida como Novichok, o que deu ainda mais atenção ao caso, ao reforçar suspeitas de que o Estado russo esteja por trás do envenenamento. O Kremlin negou as acusações de envolvimento.

Conhecidas como agentes neurotóxicos, essas substâncias são usadas em pó ou em forma líquida. E são tão perigosas que só podem ser fabricadas em laboratórios avançados, que são em grande maioria de propriedade de governos, ou controlados por eles.

Em janeiro de 2021, depois de meses fora da Rússia, Navalny voltou para o país comandado por Vladimir Putin pela primeira vez desde seu envenenamento e foi preso.

O motivo da prisão é que ele teria violado condições de uma sentença de liberdade de anos atrás.

Depois, um tribunal de Moscou sentenciou Navalny a três anos e meio de prisão por violar as condições de uma pena suspensa, ao não se apresentar regularmente para autoridade penitenciárias.

A prisão de Navalny gerou uma onda de protestos pela libertação dele e contra o Kremlin. Milhares se reuniram em toda a Rússia, apesar da forte presença policial.

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O Palácio de Putin

Fonte: YOUTUBE/ALEXEI NAVALNY

Em janeiro de 2021, Navalny divulgou informações que revelam um suposto palácio de R$ 7,2 bilhões, localizado no Mar Negro, que seria do presidente russo. Ele acusa Putin de ter gastado recursos ilícitos na mansão.

O material foi publicado pela equipe de Alexei Navalny depois que ele foi preso.

Navalny descreve a propriedade como tendo 39 vezes o tamanho do principado de Mônaco.

O Kremlin nega qualquer envolvimento. As acusações de Navalny sobre o envolvimento do serviço de segurança russo foram, no entanto, corroboradas por reportagens de jornalistas investigativos.

As reportagens afirmam que a propriedade na cidade turística de Gelendzhik foi construída com fundos ilícitos fornecidos por membros do círculo íntimo de Putin, incluindo oligarcas do petróleo e bilionários.

Nova expulsão de diplomatas russos

Em fevereiro de 2021, os governos da Alemanha, Suécia e Polônia anunciaram a expulsão de diplomatas russos em seus países, depois de uma ação similar do Kremlin.

O governo da Rússia expulsou diplomatas dos três países sob a acusação de que eles teriam participado de protestos considerados ilegais contra a prisão do líder opositor, Alexei Navalny.

Os ministérios de Relações Exteriores alemão e polonês indicaram, cada um, um funcionário russo como 'persona non grata'. Já a Suécia informou ao embaixador russo em Estocolmo que ele deve escolher um diplomata da delegação estrangeira para deixar o país.

A Rússia afirmou que a decisão tomada pelos países é "infundada e hostil".

A chanceler alemã, Angela Merkel, condenou a expulsão de um funcionário da diplomacia da Alemanha.

Ela considerou a medida como "injustificada".

O ministro das Relações Exteriores da Polônia, Zbigniew Rau, convocou o embaixador polonês na Rússia para consulta, e disse esperar que o país reverta a decisão de expulsar o diplomata que atuava em São Petersburgo.

Uma porta-voz da diplomacia sueca disse à agência de notícias Reuters que é falsa a acusação de que um servidor do país tenha participado das manifestações.

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Reforma constitucional russa e mandatos de Putin

Em julho de 2020, foi validada pela população russa, por meio de um referendo, uma reforma constitucional que permite a Vladimir Putin permanecer no poder até 2036. Atualmente, Putin tem mandato até 2024. Vladimir Putin, que é acusado pelos opositores de tentar ser "presidente vitalício", já é o segundo líder com mais tempo de poder no país, atrás apenas de Stálin.

Outras medidas da reforma constitucional são:

• Inclusão na Constituição da "fé em Deus";

• Previsão do matrimônio como instituição heterossexual; e

• Princípios sociais como a garantia do salário mínimo e a revisão das pensões de acordo com a inflação.

As mudanças reforçam ainda algumas prerrogativas presidenciais, como a competência para nomear e demitir juízes.

A reforma constitucional foi validada por 77,92% dos eleitores que compareceram, os votos contrários à reforma alcançaram 21,27% e a taxa de participação no referendo foi de quase 65%.

A votação deveria ter acontecido em abril, mas foi adiada devido à pandemia de coronavírus.

Em março de 2020, as reformas já tinham sido aprovadas pelo Poder Legislativo, quando, a partir de então, o novo texto constitucional passou a ser vendido nas livrarias.

A votação foi tachada de enorme mentira pela oposição.

Vladimir Putin chegou ao Kremlin em 1999, no cargo de primeiro-ministro.

Rússia nas Olímpiadas

Atenção: mais informações sobre as Olímpiadas serão tratadas na Aula 06.

Adiado por um ano e imerso em um clima de incerteza, desconforto e medo, as Olímpiadas de Tóquio 2020, a segunda realizada pelo Japão, aconteceu em 2021.

Quando os atletas russos subiam ao pódio depois de ganhar um ouro olímpico em Tóquio, eles ouviam um concerto para piano de Tchaikovsky, em vez do hino nacional da Rússia. Eles também não podiam agitar a bandeira do país ou competir em nome de sua nação.

Essas sanções foram uma resposta ao recente histórico de uso de substâncias proibidas por atletas da Rússia.

Por quatro anos, o país operou um programa de doping patrocinado pelo Estado. Ele foi usado na "grande maioria" dos esportes olímpicos de verão e inverno. Também houve adulteração de testes nos Jogos de Inverno de 2014 de Sochi, na Rússia, onde os anfitriões terminaram no topo do quadro de medalhas.

Desde então, os atletas russos enfrentam restrições nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, mais de 300 atletas de 30 modalidades estão competindo sob o nome de Comitê Olímpico Russo (ROC), que até esta segunda-feira era o quinto no quadro de medalhas, com 12 de ouro e 50 no total.

A Rússia foi praticamente proibida de competir na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, e apenas aqueles que conseguiram provar estarem limpos foram autorizados a participar dos Jogos de Inverno de Pyeongchang, na Coreia do Sul, em 2018. Porém, os atletas tiveram que competir sob uma bandeira neutra.

(21)

Sob a proibição atual da Wada, a Rússia não pode competir em grandes eventos esportivos. Tóquio é agora a terceira competição em que os atletas enfrentam restrições.

Os competidores da ROC não podem usar a bandeira russa, mas podem usar as mesmas cores - azul, vermelho e branco - desde que suas roupas não tenham a palavra Rússia ou qualquer outro emblema nacional.

O conflito na Bielorrússia

Enquanto isso, em um país vizinho, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, foi envolvido em uma prisão que abalou o cenário geopolítico mundial.

Em maio de 2021, o ativista político Roman Protasevich viajava em uma linha comercial de Atenas a Vilnius, na Lituânia, quando a Força Área de Belarus enviou um caça MIG-29 para interceptá-lo. O voo foi desviado para Minsk, onde o jornalista dissidente e ativista foi preso.

O ativista e jornalista Roman Protasevich é cofundador e ex-editor da NEXTA, um canal popular do telegram em que a população contrária ao governo compartilhava informações e organizava manifestações. O ativista é conhecido por ser um crítico ferrenho do governo de Lukashenko.

Em junho do mesmo ano, o jornalista apareceu na mídia estatal bielorrussa e confessou ser culpado de organizar “protestos não sancionados” em grande escala após as eleições do país em agosto de 2020.

“Admito abertamente que fui uma das pessoas que publicou apelos para ir às ruas no dia 9 de agosto.

Assim que fui apresentado aos documentos e acusado, me declarei imediatamente culpado, nos termos do artigo 342 da Código Penal, que impede a organização de protestos não sancionados em grande escala”, afirmou Protasevich.

Na época, a aparição do ativista levantou críticas da oposição do governo de que o jovem teria sido coagido a realizar a declaração.

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OTAN x RÚSSIA (resquícios da Guerra Fria)

Durante a Guerra Fria, muitos setores da sociedade norte-americana acreditavam que se a União Soviética estendesse sua influência a outros países além do Leste Europeu e da China, todos os países sucessivamente ficariam sob domínio comunista. Esse pressuposto geopolítico ficou conhecido como efeito dominó. Para contê- lo, os Estados Unidos criaram alianças militares na Europa Ocidental (Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte), no Sudeste Asiático (Otase – Organização do Tratado do Sudeste da Ásia) e no Oriente Médio (Pacto de Bagdá), além de acordos bilaterais com alguns países como Japão e Coréia do Sul, estabelecendo um cinturão de isolamento em torno da superpotência rival que ficou conhecido como CORDÃO SANITÁRIO.

De todas essas organizações militares, a mais importante foi a Otan, que foi criada em 1949, com sede em Bruxelas (Bélgica). Sua criação foi a resposta norte-americana ao bloqueio à Berlim Ocidental implementado pela União Soviética (1948-1949), como reação ao início da utilização do marco, moeda que circulava no lado ocidental da Alemanha.

Com a criação da Otan, os Estados Unidos delimitaram sua zona de influência na Europa Ocidental por meio da construção de uma série de bases militares e da constituição de um gigantesco mercado de armamentos.

Quando a Alemanha Ocidental ingressou na Otan, em 1955, a resposta soviética veio com a criação de uma aliança militar sob seu comando: o PACTO DE VARSÓVIA, assinado no mesmo ano na capital da Polônia. A União Soviética delimitava, assim, sua própria zona de influência e seu principal mercado de armas, o que consolidou a divisão da Europa pela “cortina de ferro”.

Com o fim da Guerra Fria, as alianças militares tiveram sua importância reduzida – o Pacto de Varsóvia, por exemplo, foi extinto, enquanto outras alianças sofreram reestruturação. A mais importante delas, a Otan, reduziu bastante o seu arsenal militar, ganhou mais mobilidade, flexibilidade e novas atribuições. Entre suas novas funções constam garantir paz na Europa e dar apoio em intervenções internacionais, como no Afeganistão. Além disso, vem ganhando novos países membros: em 1999 entraram na organização a Hungria, a Polônia e a República Tcheca. Atualmente, a Otan possui 29 membros.

Durante as negociações para a incorporação de países do Leste, a Rússia posicionou-se contra essa política expansionista, alegando que isso poria em risco sua segurança, mas acabou aceitando-a em troca de sua entrada no G-7, que foi rebatizado de G-8. Nos últimos anos, no entanto, novos focos de tensão surgiram, quando países antes alinhados com a antiga União Soviética também passaram a fazer parte da aliança militar. Em 2004, mais sete países do antigo bloco oriental ingressaram na Otan e, em 2009, mais dois. Ou seja, a Otan tem invadido progressivamente uma zona de influência que até pouco tempo estava sob domínio “russo”.

Países outrora incorporados à União Soviética, como as três repúblicas bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia), ou ex-aliados de Moscou no Pacto de Varsóvia, como a Polônia, são membros da Otan. A resposta da Rússia se dá por meio do reforço ao seu arsenal nuclear e na tentativa de restabelecer sua influência internacional.

A campanha bem-sucedida de Putin para apoiar o regime de Bashar al-Assad na Síria é um exemplo disso.

A expansão levou as fronteiras da Otan para uma distância de menos de mil quilômetros de Moscou.

Em maio de 2018, a Colômbia se tornou o primeiro país da América do Sul a integrar o bloco, pouco depois de também ter sido aceita na OCDE.

Com a anexação da Crimeia pela Rússia em março de 2014, a Rússia foi afastada do G-8, dando início a uma nova etapa de tensão entre a Rússia e a Otan.

Em outubro de 2018, ocorreu na Noruega a "Trident Juncture 18", um exercício militar que reuniu quase 50.000 soldados, 10.000 veículos, 65 navios e 250 aeronaves de 31 países, o que marcou a maior movimentação militar da Aliança desde a Guerra Fria. Segundo os membros da Otan, há preocupação com as ameaças

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representadas pelo Irã, a Coreia do Norte e, especialmente, a Rússia, que com suas recentes ações estaria criando uma instabilidade na região que contribui para a insegurança no mundo. A Rússia, por seu lado, classificou o

“Trindent Juncture” como "anti-Rússia" e afirmou que parece uma "provocação, apesar da tentativa de justificativa com objetivos puramente defensivos".

Anteriormente, em setembro de 2017, Rússia e Bielorrússia já tinham iniciado manobras militares em áreas fronteiriças com a União Europeia, no que foram criticados, principalmente, pela OTAN e alguns governos ocidentais. Países da fronteira oriental da OTAN ficaram em estado de alerta. Polônia e Lituânia, por exemplo, afirmaram temer que as manobras sejam indícios de futuros ataques à Ucrânia e alguns países bálticos. Apesar da negação do governo russo, o seu histórico de conflitos recentes justifica o temor dos Estados vizinhos.

Países membros da OTAN (azul) e membros do Pacto de Varsóvia (vermelho) durante a Guerra Fria

Países membros da OTAN próximos da Rússia na atualidade

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Observando os dois mapas acima, fica claro que houve nos últimos anos um avanço da OTAN sobre território antes tidos sob influência russa, o que explica o acirramento da tensão geopolítica na região.

O que freia o conflito

Tanto economicamente quanto militarmente, uma nova Guerra Fria, neste momento, não representaria grandes ganhos para ambas as partes. A Rússia, por exemplo, ainda se mantém dependente de capital e tecnologia ocidentais para incrementar a sua infraestrutura. Um conflito direto, portanto, geraria fuga de capitais e encolhimento do seu mercado de crédito.

Além disso, países como Armênia, Bielorrússia e Cazaquistão poderiam optar por minar seus acordos econômicos com os russos com o objetivo de não arruinar suas relações com o Ocidente.

E os Estados Unidos?

Durante o governo de Donald Trump, os Estados Unidos mantiveram a estratégia de dissuasão em relação à Rússia. Embora Trump, em uma de suas declarações mais antigas, tenha afirmado que a OTAN caminha para um fim obsoleto, o seu objetivo, na realidade, seria exigir algumas redefinições institucionais e uma partilha mais equilibrada dos custos e encargos com os europeus – no que Trump obteve sucesso, já que os países do Leste europeu passaram a fazer maiores desembolsos para a área militar.

Assim, a proteção de países na Ásia e na Europa pela OTAN só será mantida se houver o comprometimento europeu em contribuir mais financeiramente – o que acarretaria, logicamente, na diminuição dos gastos dos americanos com a Aliança.

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QUESTÕES COMENTADAS PELO PROFESSOR

1. (Fauel – Prefeitura de Bela Vista da Caroba/PR – 2021)

Considere a notícia jornalística a seguir, que trata de um recente episódio com repercussões para as relações internacionais, e marque a alternativa que preenche CORRETAMENTE a lacuna.

“O ativista político Roman Protasevich, de 26 anos, tornou-se o protagonista de um dos episódios mais sombrios da longa história de repressão do regime de Alexander Lukashenko, atual presidente da ___________. O avião em que seguia em maio deste ano, rumo a Vilnius, foi desviado para Minsk, onde o jornalista foi detido. Num país onde a difusão de informação crítica do governo é vista como um ato criminoso, divulgar apenas o que acontece é um desafio”. 

(Público, 24/05/2021, com adaptações).

a) Bielorrússia b) Polônia c) Sérvia d) Turquia

RESOLUÇÃO: Alexander Lukashenko é o atual presidente da Bielorrússia, sendo a letra A a alternativa correta.

O ativista político Roman Protasevich é cofundador e ex-editor da NEXTA, um canal popular do telegram em que a população contrária ao governo compartilhava informações e organizava manifestações. O ativista é

conhecido por ser um crítico ferrenho do governo de Lukashenko.

Resposta: A

2. (Avança SP – Prefeitura de Pereiras/SP – 2021)

No dia 9 de janeiro do ano de 2021, um avião (Boeing) caiu no oceano após decolar com 62 pessoas a bordo.

Assinale o nome do país em que ocorreu referida tragédia:

a) Filipinas.

b) Cingapura.

c) Indonésia.

d) China.

e) Índia.

RESOLUÇÃO: Em 9 de janeiro de 2021, o Boeing 737, da Sriwijaya Air, desapareceu por volta de quatro minutos após a decolagem em Jacarta com destino à Indonésia. Mais tarde, constataram que o avião havia caído no mar da Java, próximo às Mil Ilhas.

Resposta: C

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3. (Avança SP – Prefeitura de Laranjal Paulista/2021 - SP)

No mês de maio de 2021, um país anunciou que aumentará de dois para três o limite de filhos por casal, numa tentativa de aumentar a taxa de natalidade e desacelerar o envelhecimento da população. Assinale a alternativa que apresenta o nome de tal país:

a) China.

b) Índia c) Indonésia.

d) Paquistão.

e) Rússia.

RESOLUÇÃO: Adotada em maio e implementada em agosto de 2021, a políticia de filho único na China passou por uma alteração e aumentou o limite para três filhos. A medida foi implementada para incentivar o aumento da taxa de natalidade no país e reduzir o custo de criar mais crianças.

Resposta: A

4. (IBADE - IDAF/AC - 2020)

O plano foi visto como uma ameaça às liberdades individuais no território autônomo e acabou revogado. O movimento passou a englobar outas demandas do povo, que vê interferência crescente do regime chinês e também pede a responsabilização de agentes que atacaram manifestantes durante os atos, os maiores ocorridos ali desde 1997.

(Folha, 02/11/2019. Disponível em: http://bit.ly/39iWbxM>. Adaptado) A notícia trata das manifestações ocorridas em Hong Kong no segundo semestre de 2019, sobre estes episódios é correto afirmar que:

a) as manifestações começaram com o aumento da tarifa do transporte público.

b) a revolta começou após sucessivos escândalos de corrupção e cortes no fornecimento de combustível.

c) os atos de protesto começaram a partir da imposição de restrições à propriedade privada.

d) a revolta começou após o anúncio de um projeto de lei que facilitaria a extradição de suspeitos para serem julgados na China continental.

e) os protestos começam após a China apresentar um projeto de lei que sobretaxaria os produtos de Hong Kong.

RESOLUÇÃO:

A notícia trata das manifestações ocorridas em Hong Kong, no segundo semestre de 2019, que foram motivadas pelo anúncio de um projeto de lei que facilitaria a extradição de suspeitos para serem julgados na China continental.

O plano, que acabou suspenso, era considerado pelos manifestantes como uma ameaça às liberdades individuais no território autônomo.

Resposta: D

5. (AMEOSC - Prefeitura de Descanso/SC - 2020)

Desde julho de 2019, Hong Kong tem sido palco de protestos contra o domínio político exercido pela China, legalmente é uma região administrativa especial da China, mas possui uma forte autonomia política e econômica.

O início dos protestos ocorreu após um projeto de lei chinesa, cujo efeito deveria:

a) Transformar Hong Kong numa província chinesa.

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b) Cancelar as eleições locais nomeando interventores chineses.

c) Registrar e monitorar os cidadãos por meio de aplicativos de celulares.

d) Extradição de suspeitos e criminosos para a China continental.

RESOLUÇÃO:

Ao longo de junho de 2019, a população de Hong Kong foi às ruas para protestar.

Inicialmente, protestou-se contra um projeto de lei apresentado pelo governo que facilitava a extradição de pessoas para a China. Depois, para pedir a demissão da chefe do poder executivo de Hong Kong, uma região administrativa especial da China.

Resposta: D

6. (Quadrix - CRB-1 - 2020)

Um vírus é bem mais poderoso que qualquer um de nós,embora alguns posem de super-heróis. Nenhuma ação isolada resolve um problema coletivo, embora cada um de nós seja responsável por tudo e por todos, lição que Dostoiévski nos deu muito antes do coronavírus – aliás, está aí um daqueles projetos para se colocar em prática: ler o escritor russo na quarentena.

Internet: <https://www.greenme.com.br> (com adaptações).

Acerca das consequências da pandemia do novo coronavírus para o mundo e para o Brasil, julgue o item.

A dependência de muitos países, até mesmo os ricos, como os Estados Unidos, em relação aos suprimentos médicos produzidos pela China ficou patente durante a pandemia.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

Impulsionadas pela demanda global por máscaras chinesas e outros suprimentos médicos, as exportações do país aumentaram 3,6% em 2020, apesar da guerra tarifária com os Estados Unidos. A dependência de muitos países, até mesmo os ricos, como os Estados Unidos, em relação aos suprimentos médicos produzidos pela China ficou patente durante a pandemia.

Resposta: Certo

7. (Quadrix - CRP/MS - 2021)

As duas primeiras décadas do século XXI confirmam a realidade que o século anterior criara: a crescente importância do conhecimento científico e as incessantes inovações tecnológicas; a economia globalizada, ampliando os mercados e a circulação de capitais e de produtos; a mudança climática, negada por alguns, mas parecendo cada vez mais evidente; e as enormes desigualdades, que não dão sinal de arrefecimento.

Considerando esse cenário da atualidade como referência inicial, julgue o item.

Maior democracia do mundo atual, com uma população superior a um bilhão e trezentos milhões de habitantes, a China amplia sua participação no comércio mundial, ainda que praticamente desconheça o mercado latino- americano, especialmente o Brasil.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

A maior democracia do mundo, em número de eleitores, é a Índia.

A China, apesar de ter uma população maior que a indiana, não é uma democracia.

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Resposta: Errado

8. (FUNDATEC - Prefeitura de Panambi/RS - 2020)

Aconteceu na capital federal, em novembro de 2019, a 11ª Cúpula do BRICS 2019. Presidida pelo Brasil, a reunião teve como lema “Crescimento Econômico para um Futuro Inovador”. Foram discutidos, prioritariamente, temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação, economia digital, saúde e combate à corrupção e ao terrorismo. Essa foi a segunda vez que Brasília sediou a conferência.

(Fonte: https://vestibular.brasilescola.uol.com.br/).

O BRICS tem um grande peso econômico e político. Atualmente o grupo é composto por cinco países além do Brasil, quais sejam:

a) Romênia, Índia, China e Argentina.

b) Romênia, Irlanda, China e Argentina.

c) Rússia, Índia, China e África do Sul.

d) Rússia, Irlanda, Colômbia e África do Sul.

e) Uruguai, Paraguai, Colômbia e Argentina.

RESOLUÇÃO:

O termo BRICS é utilizado para designar o grupo de países de economias emergentes formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Como dá para perceber, o termo "BRICS" é um acrônimo. Ou seja, representa a junção das iniciais de palavras que formam outro termo. Seu criador é o economista Jim O'Neill, do grupo financeiro Goldman Sachs, em 2001.

Resposta: C

9. (PS Concursos - Prefeitura de Turvo/SC - 2021)

As Olimpíadas 2021 estão se aproximando. No segundo semestre deste ano, está previsto para acontecer o principal evento esportivo do mundo. Atletas de diversas modalidades e de diferentes partes do mundo estarão competindo pelas medalhas em Tóquio, na capital japonesa.

São países que irão participar das Olímpiadas de Tóquio em 2021, EXCETO:

a) Nova Zelândia b) Holanda c) Coreia do Sul d) Rússia e) África do Sul RESOLUÇÃO:

Por quatro anos, a Rússia operou um programa de doping patrocinado pelo Estado. Ele foi usado na "grande maioria" dos esportes olímpicos de verão e inverno. Também houve adulteração de testes nos Jogos de Inverno de 2014 de Sochi, na Rússia, onde os anfitriões terminaram no topo do quadro de medalhas.

Desde então, os atletas russos enfrentam restrições nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, mais de 300 atletas de 30 modalidades estão competindo sob o nome de Comitê Olímpico Russo (ROC), que até esta segunda-feira era o quinto no quadro de medalhas, com 12 de ouro e 50 no total.

Resposta: D

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10. (CONTEMAX - Prefeitura de Alagoa Nova/PB - 2020)

Foram os gregos que criaram os Jogos Olímpicos. Por volta de 2500 a.C., os gregos já faziam homenagens aos deuses, principalmente Zeus, com realização de competições. Porém, foi somente em 776 a.C. que ocorreram pela primeira vez os Jogos Olímpicos, de forma organizada e com participação de atletas de várias cidades-estados. Atletas das cidades- estados gregas se reuniam na cidade de Olímpia para disputarem diversas competições esportivas: atletismo, luta, boxe, corrida de cavalo e pentatlo (luta, corrida, salto em distância, arremesso de dardo e de disco). Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros. Além da religiosidade, os gregos buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega.

Mostra também a importância que os gregos davam aos esportes e a manutenção de um corpo saudável. Quando os romanos invadiram e dominaram a Grécia no século II, muitas tradições gregas, entre elas as Olimpíadas, foram deixadas de lado. No ano de 392 d.C., os Jogos Olímpicos e quaisquer manifestações religiosas do politeísmo grego foram proibidos pelo imperador romano Teodósio I, após converter-se para o cristianismo.

Fonte: http://www.pbclasalle.seed.pr.gov.br/redeescola/escolas/

O texto acima discorre sobre a origem dos Jogos Olímpicos. Se não tivesse ocorrido a pandemia provocada pelo coronavírus, qual país sediaria os Jogos Olímpicos de 2020?

a) Tailândia b) China c) Japão

d) Coreia do Norte e) Coreia do Sul RESOLUÇÃO:

A alteração mais relevante no calendário esportivo aconteceu com os Jogos Olímpicos de Verão que iriam acontecer em Tóquio, no Japão, em meados de 2020. O Comitê Olímpico Internacional (COI), porém, decidiu adiar o evento para 2021 (23 de julho a 8 de agosto).

Resposta: C

11. (INÉDITA)

Com liberdade para escolher onde trabalhar, os trabalhadores chineses promoveram a maior migração da história da humanidade, da pobreza rural para a vida urbana de classe média.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

Correto! Centenas de milhões de pessoas saíram da zona rural e se mudaram para as grandes cidades.

Resposta: Certo

12. (INÉDITA)

Durante meses, o isolamento social imposto pelo novo coronavírus arrefeceu as manifestações pró-democracia em Hong Kong.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

Correto! Em maio de 2020, porém, as ruas voltaram a ser ocupadas. Após poucos minutos de protestos, bombas com gás lacrimogêneo e canhões de água tentavam dispersar os milhares de manifestantes e centenas de pessoas foram presas.

(30)

Resposta: Certo

13. (INÉDITA)

Em julho de 2020, não foi validada pela população russa, uma reforma constitucional que permite a Vladimir Putin permanecer no poder até 2036.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

Errado! Em julho de 2020, foi validada pela população russa, por meio de um referendo, uma reforma constitucional que permite a Vladimir Putin permanecer no poder até 2036. Atualmente, Putin tem mandato até 2024. Vladimir Putin, que é acusado pelos opositores de tentar ser "presidente vitalício", já é o segundo líder com mais tempo de poder no país, atrás apenas de Stálin.

Resposta: Errado

14.(INÉDITA)

Tanto economicamente quanto militarmente, uma nova Guerra Fria, neste momento, representaria grandes ganhos para ambas as partes, Rússia e Estados Unidos.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

Errado! Tanto economicamente quanto militarmente, uma nova Guerra Fria, neste momento, não representaria grandes ganhos para ambas as partes. A Rússia, por exemplo, ainda se mantém dependente de capital e tecnologia ocidentais para incrementar a sua infraestrutura. Um conflito direto, portanto, geraria fuga de capitais e encolhimento do seu mercado de crédito.

Resposta: Errado

15. (INÉDITA)

Com a criação da Otan, os Estados Unidos delimitaram sua zona de influência na Europa Ocidental por meio da construção de uma série de bases militares e da constituição de um gigantesco mercado de armamentos.

( ) Certo ( ) Errado RESOLUÇÃO:

De todas essas organizações militares, a mais importante foi a Otan, que foi criada em 1949, com sede em Bruxelas (Bélgica). Sua criação foi a resposta norte-americana ao bloqueio à Berlim Ocidental implementado pela União Soviética (1948-1949), como reação ao início da utilização do marco, moeda que circulava no lado ocidental da Alemanha.

Resposta: Certo

Referências

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