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(1959/2012) Memória de Luis Mansilla Autor(es):

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Academic year: 2022

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(1959/2012) Memória de Luis Mansilla Autor(es): Costa, Alexandre Alves

Publicado por: Editorial do Departamento de Arquitetura URL

persistente: URI:http://hdl.handle.net/10316.2/37313

DOI: DOI:http://dx.doi.org/10.14195/1647-8681_3_1 Accessed : 13-Oct-2022 14:51:30

digitalis.uc.pt impactum.uc.pt

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abril, 2012 revista de Cultura arquiteCtóniCa

edarq

Joelho

# 03 viagem-memórias:

aprendizagens de arquiteCtura

——

Coordenação:

Alexandre Alves Costa Domingos Tavares Exposição Viagem Exposição Memórias Luis Mansilla

Alexandre Alves Costa Domingos Tavares Jorge Figueira

José Miguel Rodrigues José António Bandeirinha José Fernando Gonçalves Paulo Providência Gonçalo Canto Moniz Armando Rabaça Patrícia Miguel Bruno Gil

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(1959/2012) Memória de Luis Mansilla

10 Joelho #03

H o MEN A GEM

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São para ti, Emílio, estes pensamentos que em tempos dirigi a ambos. Para mim, pensar num, foi sempre pensar nos dois. Foi assim e vai continuar a ser. E, companheiros, com que alegria vivemos a nossa amizade.

Sempre que estivemos juntos parece que nunca nos tínhamos, antes, separado.

Não se tratava de arquitectura. Sempre me tocou a forma como sendo tão empenhados, como todos sabemos que são, no exercício disciplinar, nunca separem aquele exercício, da própria vida. E é essa saudável vitalidade que se reflecte na riqueza de forma e conteúdo das suas obras. É uma paixão pela arquitectura que decorre da paixão pela vida e isso é legível na obra, tanto, como no seu convívio pessoal.

E sendo disso que se tratou, porque hei-de ser obrigado a falar da morte?

Ainda não sei se é verdade que perdemos o Luis Mansilla. Não sei se me interessa saber.

Se um dia o perdermos vou olhar para um vazio cujo misterioso sentido, a existir, retirará sentido a tudo o resto.

Mas, porque a arquitectura, como ele escreve, não é senão a vida que se finge natureza, falarei de arquitectura, no passado e no presente, para que os olhos não se embaciem, tentando vencer as descontinuidades do tempo.

O discurso do Emílio e do Luis foi, sempre, profundamente poético. Diria melhor, talvez, literário e figurativo: preso a uma leitura do real, retirando da sua complexidade aquilo que poderá informar o futuro projecto. É como se a ideia decorresse daquela leitura, selectiva, porque a narrativa da arquitectura não pode conter todo o real. Este reconhecimento daquelas limitações constitui um primeiro gesto de bom senso que impede qualquer excesso.

Nada disto tem a ver com minimalismo, pelo contrário, tem a ver com uma ambição maximalista

Luis Mansilla, Sessão de avaliação dos trabalhos dos alunos de Projecto II (2006/2007) no DARQ.

Fotografia de Nelson Mota.

no reconhecimento do conteúdo dos espaços a que a construção vai dar forma.

É um processo enigmático, porque do real, não se busca a forma mas sim o sentido e, por isso, também não é uma arquitectura contextualista ou talvez seja, pelo contrário e passe o paradoxo, a única verdadeiramente contextualista.

E todos quisemos saber, sobretudo aqui no Porto, qual é o processo de desenho que, de cosa mentale desce à manualidade e ao extremo do seu radical rigor compositivo e, por isso, estrutural e construtivo.

Parece que a riqueza dos espaços que nos propõem é consequência natural, espécie de fatalidade, de um processo que se desenvolve entre uma poética do real e a ciência.

Temos a certeza de que não é assim, mas não sabemos como é, porque nunca saberemos decifrar os mistérios da criação.

E, de repente, apetece pôr tudo ao contrário, porque também é possível o contrário ser verdadeiro, como afirmava Távora, e dizer que é da forma artística dos espaços que nasce a estrutura e que o resultado vai descobrir um real que não é mais do que uma invenção que funciona como justificação a-posteriori.

O que sei, e isso sei mesmo, é que para o Emílio e para o Luis, tudo é criação artística, as formas da arquitectura, o real e a vida.

Tudo é inventado e manuseado conforme lhes convém.

Tudo é inventado e manuseado com um subtil humor para nos maravilhar

Para quê falar da morte?

Só porque nos lembramos, que o próprio Luis, dedica o seu trabalho de doutoramento, ”Apuntes de viaje al interior del tiempo”, ao seu aboelo oculista que murió como a todos nos gustaría morir, de improviso, mientras dormia.

Fevereiro 2012

Alexandre Alves Costa

Joelho #03 11

H o MEN A GEM

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