• Nenhum resultado encontrado

Radiol Bras vol.35 número5

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Radiol Bras vol.35 número5"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

IV

Radiol Bras 2002;35(5):IV Sr. Editor,

Li com grande atenção o trabalho publica-do em Radiologia Brasileira 2002;35(1):15– 25, escrito por Murta e colaboradores sobre Dopplervelocimetria do ducto venoso. Oferecer às gestantes e cônjuges dados para a difícil decisão de realizar ou não um estudo citogené-tico é uma meta que devemos perseguir. Foi particularmente empolgante ler que “é prová-vel que a realização do Doppler do ducto veno-so asveno-sociada à medida da translucência nucal possa subtrair a exigência do estudo citogené-tico em alguns casos”.

Interessante o caso de fluxo reverso no ducto venoso em feto de oito semanas com trissomia do 21. Esse caso, além de inédito na literatu-ra, contribui para o entendimento da complexa fisiopatologia da circulação fetal no primeiro trimestre. A identificação de um feto com pos-sível agenesia de ducto venoso exemplifica a que minúcias chegou a especialidade.

Seria apropriado, no entanto, o esclareci-mento de alguns pontos:

1. Uma vez que não se relatou estar sendo examinada uma população previamente triada, como os autores explicam a ocorrência de 21

casos de trissomia do 21 entre 450 pacientes (4,66%)? Mesmo sabendo que a incidência da trissomia do 21 é maior no primeiro trimestre que ao nascimento, há um claro excesso de casos positivos em relação ao esperado na população normal.

2. Entre as gestantes que não realizaram estudos citogenéticos houve casos de trissomia do 21? (o texto do artigo não traz essa informa-ção).

3. As indicações de estudos citogenéticos foram: história familiar, translucência nucal au-mentada, ansiedade e idade maternas. Como se explica a realização de um total de 132 es-tudos citogenéticos em 491 (26,88%) gestan-tes, inclusive sendo 18,70% dessas gestantes com menos de 35 anos? Como houve apenas 37 fetos com translucência nucal acima do percentil 95, a história de cromossomopatias é algo raro, e muitas das pacientes com mais de 35 anos teriam o risco modificado para baixo pela translucência nucal normal, entende-se que a ansiedade materna tenha sido uma das principais indicações de estudo citogenético. Como os autores explicam esse alto grau de ansiedade prevalente nessa população, muito diferente do que vemos em nosso dia-a-dia?

Carta ao Editor

4. Os autores relatam a ocorrência de nove abortamentos, número esperado para a idade gestacional estudada, mas não indicam se hou-ve abortamento associado aos 132 procedi-mentos de estudo citogenético.

5. A análise da Tabela 1 mostra que não houve casos de trissomia do 21 com translu-cência nucal menor que 3 mm e idade menor que 35 anos, portanto, a idade materna com-binada à translucência nucal tiveram uma óti-ma sensibilidade na detecção de trissomia do 21. No caso 19, se usássemos o ducto venoso para modificar o risco de acordo com a Fetal Medicine Foundation, teria reduzido a sensibili-dade. O caso 19 sugere que ainda precisamos caminhar na relação especificidade/sensibili-dade para encontrarmos um ponto de equilíbrio em geral em benefício da paciente.

Finalizando, congratulo-me com os autores da pesquisa de tema de tal importância. Que esses progressos tragam uma “contribuição efetiva na melhora da saúde neonatal e dimi-nuição do ônus emocional do casal”.

Hélio Sebastião Amâncio de Camargo Júnior

Referências

Documentos relacionados

natural do médico nuclear, e que o cirurgião pode ser orientado quanto ao manejo do “Gama Probe” antes da entrada no centro cirúrgico, de maneira simulada, logo em seguida

Médica Radiologista do HC-FMUFG, Pós-graduanda do Departamento de Radiologia da FMUSP, Médica Radiologista da Divisão de Radio- logia Ortopédica e de Emergência do Centro

Os exames foram bem tolerados, exceto por claus- trofobia (um caso). Em dois casos houve falha de sincronização com o ECG, um indivíduo de- sistiu da pesquisa. 2) O VDF pelo

Procedeu-se a uma revisão de exames de ressonância magnética de 100 pacientes com o diagnóstico confirmado de microadenoma hipofisário, com o objetivo de determinar a im-

Esta, em seu lugar de escuta diferenciada, mostrou- se sempre solícita para acolher as dificuldades que a equipe apresentava e, como efeito, con- tribuir para melhorar o atendimento

Análise das variações anatômicas e anas- tomoses vasculares arteriais penianas em pacientes com disfunção erétil, mediante ultra-sonografia com Doppler colorido.. Autor: Glenn

Resultados: Não se observou diferença es- tatisticamente significante para os valores de freqüência de pico sistólico e índice de resisti- vidade entre os hepatocarcinomas e

Na seqüência, vêm os seios esfenoidais, cuja pre- sença foi verificada a partir de dois a três anos de idade, com crescimento rápido até os 14 anos, seguido por um platô..