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TÍTULO: CARTILHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE INFANTIL PARA SEUS EDUCADORES E RESPONSÁVEIS

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Academic year: 2022

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TÍTULO: CARTILHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE INFANTIL PARA SEUS EDUCADORES E RESPONSÁVEIS

CATEGORIA: CONCLUÍDO

ÁREA: CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS

SUBÁREA: Pedagogia

INSTITUIÇÃO: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO - IFSP

AUTOR(ES): SANDYARA BEATRIZ DORO PERES

ORIENTADOR(ES): NELSON DA SILVA PAZ

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CARTILHA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE O TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO E

HIPERATIVIDADE INFANTIL PARA SEUS EDUCADORES E RESPONSÁVEIS

Sandyara Beatriz Doro Peres1 – Instituto Federal de São Paulo Orientador: Ms. Nelson da Silva Paz

RESUMO

O presente projeto tem como objetivo mitigar as dificuldades de uma criança com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido como TDAH, em seu processo de aprendizado. O TDAH é um transtorno neurobiológico infantil causado por uma disfunção em regiões do córtex cerebral, podendo persistir até a vida adulta. Durante o processo pedagógico, é comum as crianças que tenham esse transtorno apresentarem dificuldades relacionadas à dislexia, disgrafia, discalculia e dislalia além de características comuns ao transtorno atreladas à hiperatividade, desatenção e a impulsividade. Com isso, foi desenvolvido uma cartilha a qual destaca como analisar essas características na criança, em sala de aula ou não, para concluir se é necessária uma avaliação profissional.

Palavras-chave: TDAH, educação, conscientizar, cartilha.

ABSTRACT

This project aims to mitigate the difficulties of a child with Attention Deficit Hyperactivity Disorder, known as ADHD, in their learning process. ADHD is a childhood neurobiological disorder caused by dysfunction in regions of the cerebral cortex and may persist into adulthood. During the pedagogical process, it is common for children who have this disorder to present difficulties related to dyslexia, dysgraphia, dyscalculia and dyslalia, besides common characteristics of the disorder linked to hyperactivity, inattention and impulsivity. Thus, a guideline was developed which highlights how to analyze these characteristics in children, in the classroom or not, to conclude if a professional evaluation is required.

Key-words: ADHD, education, raise awareness, guidelines.

1. INTRODUÇÃO

O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é um transtorno neurobiológico infantil causado por uma disfunção em regiões do córtex cerebral, podendo persistir até a vida adulta. É possível identificar uma criança que no geral tem

1 - Graduanda em Análise e Desenvolvimento de Sistemas – e-mail: sandyara.peres@ifsp.edu.br

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dificuldade em manter a concentração, nunca consegue terminar uma atividade iniciada e não consegue obedecer a ordens e nem cumprir tarefas, mesmo que simples, como uma possível criança com TDAH. Diga-se possível, pois somente um profissional será capaz de diagnosticar e para ser encaminhado ao mesmo, um adulto próximo, seja esse um educador ou o próprio responsável, terá o dever de identificar previamente.

Os primeiros indícios do transtorno foram em 1798 com os escritos do médico Alexander Crichton em Londres, onde o mesmo descreve em seu livro An Inquiry Into the Nature and Origin of Mental Derangement (volume I, 1798) que nesta doença de atenção, qualquer imperfeição que pareça agitar a pessoa dá a ela um estado não-natural de inquietude mental.

“Este transtorno é um distúrbio neuroquímico que leva a uma série de alterações comportamentais e de relacionamentos. É provocado por baixa atividade de neurotransmissores catecolaminérgicos, desregulando os sistemas dopaminérgicos e noradrenérgicos que controlam a atenção, organização, planejamento, cognição, motivação, funções executivas como atividades motoras e também o sistema emocional” (Solanto et al, 2001).

Em uma entrevista com a psicopedagoga e consulta de educação inclusiva Marina Almeida, a criança com TDAH, no geral, apresenta características de rendimento escolar e rotineiro baixo, introspecção, dificuldades em memorização, organização, ilustração de conceitos e aprendizagem. Caso não seja tratado, acarreta em outros transtornos comportamentais, tais como a bipolaridade, histeria, ansiedade, depressão e vícios, resultando no uso de drogas. Inclusive, existe a possibilidade de vir acompanhado de outros transtornos como o Transtorno do Espectro Autista (TEA) ou Transtornos de Aprendizagem, como a dislexia, que interfere no aprendizado da leitura, a discalculia, que gera dificuldades com números, e a disortografia, que causa dificuldades na escrita.

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

De acordo com a Revista Brasileira de Psiquiatria (2012), com base nos dados fornecidos pelo IBGE (2010), há pelo menos 924.732 pessoas diagnosticadas com TDAH no Brasil, estimando-se cerca de 250.000 pessoas entre 5 e 19 anos sem tratamento. A revista com maior índice de impacto nas áreas de neurociência na América Latina, portanto, caracteriza uma negligência na abordagem do TDAH no Brasil, causando

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generalização na hora de tratar os casos e uso excessivo de medicamentos decorrente, de acordo com o jornal Estadão, o Brasil registrou 775% no consumo da Ritalina, medicamento principal usado no tratamento, em 2014. Há a falta de preparo e habilitação para diagnóstico e tratamento nos sistemas de saúde e educação públicos, o número então só tende a crescer.

Portanto, o TDAH é marcado por um nível inadequado de atenção em relação ao esperado para a idade - trata-se, portanto, de um distúrbio do desenvolvimento - gerando déficits motores, perceptivos, cognitivos e comportamentais (Barkley, 2002; Rotta, 2006).

As avaliações de intuito cognitivo, comportamental e emocional, em geral, são aplicadas por profissionais, envolvendo também o uso de exames médicos de exclusão para descartar outras possibilidades. Após diagnóstico, a pessoa deve ser submetida a um tratamento completo que atue em todas as áreas e desempenhe o estímulo cognitivo.

Diante dessa complexidade, é essencial a estimulação cerebral desde a primeira infância, pois após a adolescência, os níveis de dopamina já estão estabelecidos, logo, o tratamento é feito diretamente com as medicações prescritas. As principais metodologias usadas no processo pedagógico das crianças são o TEACCH, que induz o indivíduo a treinar a coordenação visual e motora, o ABA, que induz o ensino da organização, conceito este que a pessoa com TDAH sente dificuldade em virtude do déficit de atenção, e metodologias fonéticas, a criança com TDAH não consegue relacionar letras ou palavras sem o uso de imagens e sons, ou seja, ela não entende as definições de objetos por escrito e sim via audiovisual. (Almeida, 2018)

Logo, vê-se a necessidade em abordar esse tema, em virtude da relevância e a negligência do assunto no contexto socioeconômico brasileiro, a necessidade do diagnóstico e estímulo cognitivo precoce, devido as suas consequências a longo prazo pela falta dos mesmos na vida do indivíduo.

3. OBJETIVOS

Mitigar as dificuldades de uma criança com Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, conhecido como TDAH, em seu processo de aprendizado; conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce bem como os impactos já na vida adulta e enfim valorizar a atuação do psicólogo e do psicopedagogo nesse processo.

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4. METODOLOGIA

A princípio, foi levantado o referencial teórico do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, bem como a importância do diagnóstico e estimulação cerebral desde a infância, assim como a falta dos mesmos acarreta na vida adulta a fim de embasar e justificar a relevância da pesquisa.

Com os artigos mais relevantes sobre o tema foi feita uma pesquisa de campo feita uma pesquisa de campo com o psicólogo Gabriel Fujarra Magalhães Capello e psicopedagoga Beatriz Quiquinato de Lima no qual foi apontado o preconceito em relação ao transtorno e a dificuldade em diagnosticar o mesmo na infância. Assim foi feita uma cartilha com base nas informações da Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), que, apesar de já possuir cartilhas, as mesmas não são bem difundidas e as informações se encontram em cartilhas diferentes, logo não são centralizadas. Não só a ABDA, mas a cartilha também é baseada no livro DSM-V, o Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais da Associação Americana de Psiquiatria contém dados de transtornos de aprendizado, incluindo o TDAH, e como é feito o diagnóstico, destaca- se que esse livro é utilizado por psicólogos, médicos e ainda terapeutas ocupacionais.

5. RESULTADOS

O Brasil ainda não possui uma estrutura bem construída na formação de educadores e responsáveis a fim de lidar com crianças que possuam esse transtorno: Em uma escola privada, ou o educador exige muito da criança a aprender ou a dificuldade é tanta que a criança por fim é reprovada e seus pais ficam desapontados.

Já em uma pública os casos podem ir além da má estrutura até desassistência, ocorrendo casos de que a criança é aprovada no final do ano letivo sem ao menos ter aprendido algo de fato. Tendo em vista esses cenários, a cartilha para educadores e responsáveis foi criada para saber como ajudar a criança nesses casos e enfim aprovada pelos profissionais já citados.

6. CONCLUSÃO

A idade de início escolar é a melhor para se diagnosticar, sendo essa dos 4 aos 6 anos, por conta de a criança ainda não ter uma estrutura formada, não só suas capacidades cognitivas mas também seu ego. Se tratado desde cedo, os impactos do transtorno e a possibilidade de medicação como a Ritalina serão mínimos ao crescer. Logo, é importante

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a atenção do educador e responsável durante o processo pedagógico para que possa verificar todos os pontos possíveis para concluir a possibilidade de a criança possuir o TDAH e enfim poder encaminhar para um profissional para avaliação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, Marina. Entrevista concedida a Sandyara Beatriz Doro Peres. São Vicente, 12 jun. 2018.

Barkley, R. TDAH: Guia completo para pais, professores e profissionais de saúde.

(L. Roizman, Trad.) Porto Alegre: Artmed, 2002. (Trabalho original publicado em 2000).

Cambricoli, F. Brasil registra aumento de 775% no consumo de Ritalina em dez anos.

Disponível em: <https://saude.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-registra-aumento-de- 775-no-consumo-de-ritalina-em-dez-anos,1541952>. Acesso em 13 jun 2018.

Crichton, A. An Inquiry into the Nature and Origin of Mental Derangement. Vol. 1.

Londres: Cadell, Junior, and Davies, 1798.

Fujarra, Gabriel. Entrevista concedida a Sandyara Beatriz Doro Peres. São Vicente, 06 mar. 2019.

Lima, Beatriz. Entrevista concedida a Sandyara Beatriz Doro Peres. São Vicente, 14 mar. 2019.

Mattos, P., Rohde L. A., Polanczyk, G. V.(2012). O TDAH é subtratado no Brasil.

Revista Brasileira de Psiquiatria. Vol. 34, n. 4. São Paulo: Elsevier Editora, 2012.

Rotta, N. Transtorno da atenção: Aspectos clínicos. Em N. Rotta, L. Ohlweiler e R.

Riesgo (Orgs.), Transtornos da aprendizagem: Abordagem neurobiológica e multidisciplinar (pp. 301-313). Porto Alegre: Artmed, 2006.

Solanto, M. V., et al. Stimulant drugs and ADHD: Basic and clinical neuroscience. 1 ed. Estados Unidos: Oxford University Press, 2001.

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