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Uma Agenda Propositiva para Crianças e Adolescentes no Congresso Nacional – Relatório Técnico
SUMÁRIO
1. Apresentação ... 03
2. Nota metodológica ... 04
3. Principais resultados ... 08
4. Processos legislativos prioritários e para acompanhamento ... 11
4.1. Ato Infracional e Medidas Socioeducativas ... 11
4.2. Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos ... 20
4.3. Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal ... 23
4.4. Convivência Familiar e Comunitária, Desaparecidos, Registro e Identificação ... 28
4.5. Respeito, Liberdade e Dignidade ... 32
4.6. Educação ... 34
4.7. Informação, Cultura e Lazer ... 41
4.8. Vida e Saúde ... 44
4.9. Profissionalização e Proteção no Trabalho ... 48
4.10. Prevenção ... 51
4.11. Acesso à Justiça, Associações Civis e Fundos ... 53
4.12. Outros temas ... 54
5. Conclusão ... 56
Sobre o Autor ... 58
Anexo 1 – Lista de processos legislativos na casa revisora (não prioritários)... 59 Documento externo – Planilha de sistematização de proposições de interesse
Apresentação
Este estudo, proposto pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), com o apoio do UNICEF Brasil e do Fundo Canadá para Iniciativas Locais, tem como objetivos traçar um panorama geral das proposições legislativas sobre criança e adolescente no Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) que se encontram em tramitação no início do ano legislativo de 2013. A partir do conjunto de projetos identificados, busca propor uma agenda de acompanhamento e incidência prioritária para as organizações da sociedade civil que militam em favor da integral implementação do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente e demais políticas e garantias relacionadas à área.
O presente Relatório Técnico foi antecedido de uma Relatório Preliminar, apresentado e discutido por ocasião da Oficina: Agenda Propositiva para Crianças e Adolescentes 2013, realizada em Brasília nos dias 28 de fevereiro e 1º de março de 2013, por iniciativa das organizações proponentes. Da rica discussão nesse evento, resultaram aprimoramentos metodológicos e, o que é mais importante, uma agenda de trabalho conjunta, voltada ao monitoramento das deliberações do Congresso Nacional.
A partir de uma seleção inicial de 95 processos legislativos para acompanhamento, a Oficina indicou 23 processos prioritários para constituição da referida Agenda em 2013.
Nesse universo, há tanto projetos que merecem rejeição integral, por significarem retrocessos em direitos e garantias assegurados a crianças e adolescentes devido à sua peculiar condição de desenvolvimento, como há projetos que merecem ser aprovados, alguns deles sob a condição de passarem por um maior debate e modificação.
A metodologia que permitiu chegar a tal deliberação e os resultados finais do estudo estão explicados neste Relatório. Logo após a abordagem geral que se segue, passamos a apontar, em quadros analíticos que aglutinam determinadas temáticas, as matérias indicadas para acompanhamento e, dentre elas, aquelas que merecem iniciativa prioritária por parte dos atores da sociedade civil. Ao final, apresentamos conclusões gerais e, sobretudo, recomendações, tendo em vista que essa experiência iniciada em 2013 tem forte vocação de continuidade.
Como o estudo aponta, há uma ampla agenda legislativa de reformas no campo dos direitos infantojuvenis que merece ser acompanhada e qualificada com a participação social e a abertura ao debate público democrático, não apenas representativo, mas efetivamente participativo. Essa iniciativa de monitoramento amplo, recém‐iniciada, tem o potencial de aglutinar forças e agendas no campo da sociedade civil, pondo em prática também no Legislativo federal uma visão integral e interdependente dos direitos e garantias de crianças e adolescente.
Salomão Barros Ximenes – consultor técnico
Nota metodológica
Tomou‐se como base o banco de proposições já desenvolvido pela Fundação Abrinq / Save the Children, por meio da iniciativa de monitoramento e incidência “De Olho no Congresso” (www.fundabrinq.org.br/de_olho_no_congresso.php). Tal banco de dados foi construído como ferramenta de acompanhamento do trabalho da referida Fundação no Congresso Nacional, identificando um conjunto amplo de proposições que haviam tramitado no Legislativo, principalmente nas Comissões relacionadas.
Levando em conta que o presente estudo tinha como um de seus objetivos identificar o universo de proposições relacionadas aos direitos e garantias de crianças e adolescentes, o referido banco de proposições passou por um processo de revisão, ampliação e atualização. Foram pesquisadas as proposições que estão ativas no Congresso Nacional, nos bancos de dados remotos de cada uma das casas legislativas, utilizando‐se das palavras “criança”, “adolescente”, “infância”, “adolescência”, “jovem”
e “juventude” (nos dois últimos casos, em função da proposta de incorporação legal e incorporação nas políticas públicas da população com idade entre 15 e 18 anos na categoria juventude).
Esse levantamento por palavras controladas foi confrontado com outra pesquisa na base de dados remota, dessa vez utilizando‐se como referência especificamente as proposições legislativas que têm como foco alterações em dispositivos ou referências expressas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei n° 8.069/1990). Nesses levantamentos foram pesquisadas as seguintes tipologias de proposições: Proposta de Emenda Constitucional (PEC); Proposta de Lei Complementar (PLP); Projeto de Lei (PL);
Projeto de Lei do Senado (PLS); Projeto de Lei da Câmara (PLC); Medida Provisória (MPV); e Substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD).
Tomando em conta o objetivo do trabalho, essencialmente voltado para a convergência de agendas e a incidência prática dos atores da sociedade civil, duas opções metodológicas foram necessárias, considerando ainda a celeridade requerida. Primeiro, optamos por identificar projetos de interesse no universo de proposições, assim entendidos aqueles que têm como objetivo, em termos gerais, ampliar ou restringir direitos e garantias da população infantojuvenil. Foram descartadas, passando a constituir um banco de dados próprio complementar ao presente estudo, as proposições de caráter geral, com impacto apenas indireto no público pesquisado, e aquelas com baixíssimo ou nenhum impacto em termos de garantia de direitos.
Principalmente as proposições de caráter geral identificadas no levantamento controlado, mas que não integram a base de projetos de interesse para os propósitos do presente levantamento, merecerão maior atenção na sequência do trabalho de monitoramento, uma vez que possibilitam, inclusive, a construção de alianças estratégicas mais amplas.
Outra opção metodológica relevante foi focalizar o olhar analítico para os processos legislativos, e não para cada uma das proposições. Essa opção tem evidentes razões práticas, tornando o estudo factível e aplicável no tempo político pretendido. Mas há também forte fundamento substantivo em destacar processos legislativos, pois são estes que precisam ser monitorados, e não isoladamente os projetos que lhes deram início ou foram apensados. Ou seja, neste estudo não buscamos identificar autorias específicas de projetos, ou mesmo concepções e tendências de determinados parlamentares e/ou partidos – tema cuja importância é inquestionável do ponto de vista científico e da prática política.
Na tramitação de matérias no Congresso Nacional, em regra, proposições sobre um mesmo tema tramitam e são apreciadas em conjunto, por meio do mecanismo de apensamento. É importante que se ressalte que a determinação sobre os apensamentos, ou seja, sobre quais proposições devem ser apreciadas em conjunto, tem um forte componente de decisão política. Em muitos desses casos, sobretudo quando um único processo legislativo reúne mais de três matérias apensadas com proposições diversas, o Legislativo adota como saída a formulação de substitutivos nas comissões temáticas. Por isso, na análise das proposições prioritárias, destacamos as modificações presentes em tais substitutivos, que podem tanto contrariar substancialmente como ampliar significativamente a proposição inicial. Esse trabalho de identificação de proposições e emendas, assim como de tendências e concepções de determinados parlamentares e/ou partidos, deve ser feito na etapa de implementação da Agenda Prioritária.
Levando em conta esses critérios, foram identificados e fichados em banco de dados 375 processos legislativos de interesse, que aglutinam um universo de 1.566 projetos legislativos ativos no Congresso Nacional, havendo, portanto, 1.190 apensados.
Excepcionalmente, 64 proposições apensadas também foram fichadas, nesses casos porque os projetos principais não apresentam a amplitude das matérias discutidas no processo legislativo por eles impulsionados, seja porque são de caráter geral, extrapolando o público infantojuvenil, seja porque os apensados propõem soluções opostas que precisaram ser explicitadas1.
Em seguida, as proposições foram separadas em grupos temáticos, inspirados na estrutura normativa do ECA:
1.1. Ato Infracional e Medidas Socioeducativas;
1.2. Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos;
1.3. Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal;
1.4. Convivência Familiar e Comunitária, Desaparecidos, Registro e Identificação;
1.5. Respeito, Liberdade e Dignidade;
1.6. Educação;
1 Banco de proposições completo, que constitui o “Documento externo – Planilha de sistematização de
proposições de interesse”.
1.7. Informação, Cultura e Lazer;
1.8. Vida e Saúde;
1.9. Profissionalização e Proteção no Trabalho;
1.10. Prevenção;
1.11. Acesso à Justiça, Associações Civis e Fundos;
1.12. Outros temas.
Essa organização estrutural permite uma visão de conjunto sobre as propostas de alteração legislativa que teriam impacto direto ou indireto nos direitos e garantias assegurados no ECA. Além dessa aglutinação temática mais ampla e estrutural, no banco de dados eletrônico incluímos outras colunas de pesquisa, por subtemas específicos, o que permitirá aos futuros utilizadores do banco de proposições a aglutinação por agendas específicas de incidência e/ou por instrumentos normativos que são alvo de possível alteração. Assim, por exemplo, é possível pesquisar por subtemas, como exploração sexual, pedofilia, autorização para viajar, internação, educação infantil, gestação, idade penal, idade mínima para o trabalho, financiamento de políticas etc.; ou por normas jurídicas, como ECA, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Código Penal etc.
Dentro de cada grupo temático, foram identificados os processos legislativos com indicação de acompanhamento pelas organizações sociais e militantes da área no próximo período, por trazerem grande potencial de impacto real e simbólico na ampliação ou restrição de direitos e garantias da população infantojuvenil. Com esse critério, foram identificados 95 processos legislativos para acompanhamento, cujas fichas de acompanhamento, antecedidas de breve comentário, podem ser consultadas no tópico 4 deste Relatório.
Tais processos legislativos foram antão analisados mais a fundo e classificados como: 1.
Rejeição Integral; 2. Aprovação com Modificação; e 3. Aprovação. Em seguida, na Oficina dos dias 28 de fevereiro e 1º de março, tais classificações foram analisadas e validadas, apontando‐se, nas três categorias, quais projetos merecerão incidência prioritária em 2013.
Vale ressaltar neste ponto um alerta que decorre da dificuldade de classificar matérias tão complexas que, por vezes, reúnem em um único processo (ou mesmo projeto) aspectos negativos e positivos do ponto de vista da ampliação de direitos e garantias.
Enquanto nos casos de Rejeição Integral e Aprovação os aspectos negativos e positivos, respectivamente, impõem‐se de forma a deixar o juízo mais objetivo, na classificação dos processos legislativos como passíveis de Aprovação com Modificação será necessário se deter em cada uma das matérias, com a indicação de quais pontos precisam ser incluídos, excluídos ou modificados. Portanto, que não se entenda a Aprovação com Modificação como um juízo favorável à matéria, mas como uma condicionante.
Um exemplo que ajuda a elucidar essas hipóteses é o PLC 103/2012, que aprova o Plano Nacional de Educação, classificado como Aprovação com Modificação. Em geral, mesmo que se reconheça que pode ser aprimorado em vários de seus pontos, o PLC apresenta um conjunto de avanços na proteção aos direitos educacionais da população infantojuvenil, o que recomendaria sua aprovação. No entanto, há dispositivos no projeto que podem significar retrocessos, em relação seja à normativa nacional e internacional em vigor, seja à proposta inicial. Falamos, como exemplos reais, do possível retrocesso em relação à inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais na escola comum e da exclusão de metas intermediárias de ampliação dos recursos destinados à educação em relação ao PIB, o que, na prática, esvaziaria essa meta. Ou seja, o PNE deve ser aprovado desde que corrigidos esses graves retrocessos.
Também foram identificados e destacados 84 processos legislativos que se encontram nas respectivas casas legislativas revisoras, ou seja, que já foram aprovados, ou na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal (ou em ambas e retornaram para a Casa de origem), e que, por esse motivo, constituindo ou não processo merecedor de monitoramento, chamam nossa atenção em razão da possibilidade concreta de aprovação definitiva2.
Esperamos que essa organização ajude no mapeamento da agenda real do Congresso Nacional no campo infantojuvenil, identificando em quais temas é possível avançar do ponto de vista da ampliação de direitos e garantias e quais temas exigem, pelo contrário, o aprofundamento das discussões e da resistência social a pressões regressivas.
Por fim, é importante ressaltar que este estudo é um retrato do momento, mais especificamente do início do ano legislativo de 2013. Serve para que se tenha uma compreensão ampliada da agenda legislativa, para além das proposições que dominam o debate público quando se fala em criança e adolescência ou alterações no ECA. Mas é antes de tudo um instrumento de trabalho, que requererá atualização permanente no âmbito do monitoramento social e, mais adiante, que seja revisitado e necessariamente atualizado, para pensar a Agenda dos anos vindouros.
Teremos cumprido nosso objetivo imediato se o trabalho servir à articulação supratemática das organizações da sociedade civil, dos militantes e dos pesquisadores, dando sentido de permanência e integralidade à sua voz no Legislativo Federal.
2 Os processos legislativos que se encontram nas Casas revisoras e que não foram selecionados para acompanhamento estão organizados no Anexo 1 – Lista de processos legislativos na casa revisora (não monitoramento).
Síntese dos resultados
Abaixo apresentamos um quadro resumo do estudo, no qual sintetizamos, para cada um dos agrupamentos temáticos sistematizados, o número de processos de interesse e, dentro destes, os processos indicados para acompanhamento e aqueles que foram apontados como prioritários para a Agenda de 2013. Sintetizamos ainda, no caso dos processos legislativos para acompanhamento ou prioritários, as indicações de posicionamento das organizações da sociedade civil de defesa de direitos infantojuvenis em seu trabalho de acompanhamento da pauta legislativa, construída após processo de validação na Oficina já mencionada. Por fim, para complementar o quadro, estão expressos os números gerais de processos na Casa revisora, destacando‐se aqueles indicados para acompanhamento daqueles de interesse geral. Somente estes últimos não estão detalhados na continuidade do relatório, mas constam listados no anexo.
Quadro Resumo dos Processos Legislativos Analisados – Número por Agrupamento Temático e Classificação
Agrupamento Temático
Processos Legislati‐
vos de Interesse
Processos Legislativos para
Acompanhamento
Processos Prioritários Processos na Casa Revisora
Rejeição Integral Aprovação com Modificação Aprovação Rejeição Integral Aprovação com Modificação Aprovação Monitoramento Interesse Geral Ato Infracional e
Medidas Socioeducativas
30 (22/5) 20 1 1 5 0 0 3 0
Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos
18 (5/2) 1 2 2 0 0 2 0 3
Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal
50 (11/1) 7 2 2 1 0 0 6 6
Convivência Familiar e Comunitária,
Desaparecidos, Registro e Identificação
46 (10/2) 1 1 8 1 0 1 5 6
Respeito, Liberdade e Dignidade
7 (3/1) 1 0 2 0 0 1 1 1
Educação 108 (21/5) 9 8 4 2 2 1 6 18
Informação, Cultura e Lazer
24 (5/2) 0 3 2 0 1 1 4 2
Vida e Saúde 31 (8/1) 2 2 4 1 0 1 2 5
Profissionalização e Proteção no Trabalho
19 (5/1) 3 2 0 1 0 0 1 3
Prevenção 21 (2/0) 0 1 1 0 0 0 1 7
Acesso à Justiça, Associações Civis e Fundos
15 (2/1) 1 0 1 1 0 0 0 1
Outros temas 6 (1/1) 0 1 0 0 1 0 1 2
Subtotal 375 45 23 27 12 4 7 30 54
Total 375 95 23 84
Percebe‐se que praticamente a metade dos processos destacados para acompanhamento ou incluídos como prioritários é merecedora de rejeição integral, o que expressa a preocupação geral das organizações da sociedade civil de defesa de direitos quanto ao viés regressivo de muitas proposições legislativas. No entanto, o que o estudo demonstra é que o caráter regressivo ou progressivo da agenda legislativa, ou mesmo sua relevância, coloca‐se de forma muito diferente em relação a cada um dos direitos e garantias atribuídos às crianças e aos adolescentes.
A maior concentração de processos legislativos de interesse e prioritários foi identificada no agrupamento Ato Infracional e Medidas Socioeducativas, com cerca de 73% de todos os processos legislativos de interesse indicados para monitoramento e cerca de 17% como prioritários. Isso se deve à centralidade que determinadas propostas de redução de direitos e garantias da infância e adolescência, nomeadamente a garantia de inimputabilidade penal e o atual regime de medidas socioeducativas, ganham no debate legislativo dos últimos anos e ao potencial simbólico de tais propostas de alteração na própria concepção de adolescência e desenvolvimento humano. Nesse tema, praticamente todas as propostas estão indicadas para rejeição, o que expressa o caráter regressivo da agenda legislativa.
Com exceção dos três últimos agrupamentos temáticos, os demais contam com relevante número de processos legislativos que merecem acompanhamento. Nesses casos, no mínimo 20% dos processos legislativos de interesse foram indicados para monitoramento, com diferentes avaliações quanto à sua classificação e priorização.
No caso do agrupamento Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos, por exemplo, percebe‐se uma agenda de monitoramento a exigir maior debate e articulação entre as diferentes propostas, sendo que foram indicados com prioritários somente os processos que representam uma evidente agenda de aprimoramento institucional.
No agrupamento Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal, também se impõe a necessidade de uma ampliação do debate legislativo sobre as soluções de endurecimento da legislação penal que são comumente representadas nas proposições legislativas. Aparentemente desconectadas de uma avaliação mais a fundo sobre a eficácia do sistema penitenciário e sobre a seletividade punitiva, tais propostas – que, por essas razões, merecem ser rejeitadas – buscam enfrentar o problema dos crimes contra a infância com o mesmo remédio pensado para o enfrentamento aos atos
infracionais: mais tempo de restrição de liberdade e menos garantias processuais e legais.
Também se pode perceber um viés regressivo em termos de direitos e garantias, nesse caso especificamente da infância e juventude, no agrupamento temático Profissionalização e Proteção no Trabalho, marcadamente nas propostas de flexibilização da idade mínima para ingresso no trabalho e das normas que regulamentam o estágio e o contrato de aprendizagem.
O tema Educação, por sua vez, destaca‐se como aquele no qual há um maior número de processos legislativos de interesse (cerca de 29% do total identificado) e para monitoramento (cerca de 22% dos processos assim classificados). Nesse agrupamento, foram indicados cinco processos prioritários para a Agenda de 2012. Causou certa surpresa identificar a existência de uma significativa agenda regressiva na Educação, um tema sobre o qual há uma aparente convergência de interesses e visões, quando considerado o observador não especialista na área. Há, no entanto, no Congresso, um conjunto de propostas tendentes a reduzir a definição do conceito de qualidade do ensino e de responsabilização de pais e escolas com base em resultados acadêmicos medidos em testes padronizados de larga escala. O próprio debate sobre o PNE, conforme já mencionado, encerra ameaças de retrocesso em direitos e garantias já protegidos – como é o caso do direito à educação escolar inclusiva, estipulado na Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro com força de emenda constitucional3.
Informação, Cultura e Lazer; Respeito, Liberdade e Dignidade; Vida e Saúde e Prevenção são agrupamentos que apresentam tendencialmente uma agenda positiva, mas também incorporam proposições merecedoras de alteração substancial ou mesmo rejeição. Em todos os casos, o que se aponta é a necessidade de aprofundamento do debate legislativo em tais áreas, a partir do fortalecimento da iniciativa de monitoramento por parte da sociedade civil organizada.
Em Convivência Familiar e Comunitária, Desaparecidos, Registro e Identificação, agrupamento que congrega proposições relacionadas à filiação, guarda, tutela e identificação, percebemos mais claramente um viés geral positivo, no sentido de que as propostas em regra ampliam direitos e garantias. Nesse caso, merecem especial apoio as proposições que visam ampliar o direito à proteção no trabalho de gestantes, mães, pais e responsáveis legais. Também merecem apoio aquelas iniciativas que ampliam as hipóteses legais de guarda, tutela e adoção, incluindo casais do mesmo sexo ou indivíduos.
Passamos agora ao detalhamento das proposições prioritárias e para monitoramento em cada um dos agrupamentos temáticos.
3 Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009.
4. Processos legislativos prioritários e para acompanhamento
TEMA(S): 1.1. Ato Infracional e Medidas Socioeducativas
Quadro‐resumo
LOCAL PLANILHA EXTERNA PROJETOS PARA ACOMPANHAMENTO / INDICAÇÃO PROJETOS
PRIORITÁRIOS
PROJETOS CASA REVISORA
SUBTOTAIS
Processos legislativos de interesse (exclui apensados) – 30 Rejeição integral: 20 5 2
Projetos apensados fichados – 1 Acompanhamento / Aprovação com modificação: 1 0 1
Projetos apensados não fichados –47 Acompanhamento / Aprovação: 1 0 0
TOTAIS Total geral de projetos: 78 Total de projetos para acompanhamento: 22 5 3
Uma visão limitada, uma agenda historicamente regressiva.
Esse agrupamento temático reúne o maior número de processos legislativos que merecem um acompanhamento permanente por parte da sociedade civil organizada em defesa da ampliação dos direitos e garantias infantojuvenis. Também reúne a maior concentração de processos indicados para Rejeição Integral (20 projetos em um total de 45 assim classificados), sendo que todos aqueles cinco projetos que foram considerados prioritários representam graves ameaças reais e simbólicas à própria concepção de desenvolvimento da criança e do adolescente e de sua consequente proteção integral.
Destacam‐se aí dois processos legislativos, em trâmite em cada uma das casas legislativas, que buscam alterar a Constituição Federal para rebaixar a maioridade penal para 16 anos de idade, mantendo as demais previsões. A PEC 171/1993 tramita na Câmara dos Deputados, encabeçando 32 outras proposições com similar conteúdo. Está sob a relatoria do Dep. Luiz Couto, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Maior preocupação merece, no entanto, a PEC 20/1999, que reúne cinco proposições similares e se encontra disponível para inclusão na ordem do dia no Plenário do Senado.
Uma relativa novidade no debate sobre a redução da maioridade penal foi a apresentação da PEC 33/2012, que não altera a idade mínima de imputabilidade penal para todos os casos, mas propõe que seja previsto na Constituição um instituto de desconsideração da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos, delegando a lei complementar sua regulamentação. Na prática, a proposta não difere das anteriores em termos de princípio. No entanto, a aparente excepcionalidade da desconsideração de idade mínima de 18 anos para efeitos penais pode deslocar apoios de parlamentares hoje reticentes em relação à redução da idade penal para todos os casos. Todas essas
propostas, assim como outras destacadas nos quadros abaixo, precisam ser analisadas também sob o enfoque de sua inconstitucionalidade, uma vez que propõem retroagir em garantias irrevogáveis da Constituição.
Outras proposições que merecem prioridade são o PLS 85/2012, que estende efeitos civis e políticos aos adolescentes em cumprimento de media socioeducativa, e o PLC 82/2008, já aprovado na Câmara dos Deputados, que propõe a modificação do Código Penal para estabelecer a obrigatoriedade de consideração dos antecedentes do agente infrator quando da apuração e processamento de crime por ele cometido após os 18 anos. Com o mesmo princípio, fortalecendo um viés de “direito penal juvenil”, seja por meio de alterações diretamente no ECA, seja por meio de legislação correlata, estão um conjunto de propostas destacadas para monitoramento com indicação de rejeição.
Para aprofundar:
NOTA TÉCNICA ‐ Porque dizemos não à redução da maioridade penal? Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente / Save the Children, 2013. Disponível:
http://sistemas.fundabrinq.org.br/biblioteca/acervo/NotaTecnica_Web.pdf.
PUBLICAÇÃO – Direitos de crianças e adolescentes: guia de atendimento. Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (CEDECA Ceará), 2007. Disponível:
http://www.cedecaceara.org.br/index.php?q=publicacoes/196.
PUBLICAÇÃO ‐ Porque dizer não à redução da idade penal. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 2007. Disponível:
http://www.mpdft.gov.br/portal/pdf/unidades/promotorias/pdij/Diversos/estudo_idade_penal_completo.pdf.
NORMA JURÍDICA ‐ LEI Nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Disponível:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011‐2014/2012/lei/l12594.htm.
Quadro de acompanhamento / prioritários
Norma Jurídica Relacionada
Tema(s) Subtema(s) Projeto Órgão Autor Ementa / Explicação da
Ementa Tramitação Observação / Indicação
CF/88
Ato Infraciona l.
Idade Penal PEC 171/1993
Câmara dos Deputados
Benedit o Doming os ‐ PP/DF
Altera a redação do art. 228 da Constituição Federal
(imputabilidade penal do maior de 16 anos).
16/09/2009 ‐ Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC). Parecer do Relator, Dep. Marcelo Itagiba (PSDB‐RJ), pela admissibilidade desta, da PEC 386/1996, da PEC 426/1996, da PEC 242/2004, da PEC 37/1995, da PEC 91/1995, da PEC 301/1996, da PEC 531/1997, da PEC 68/1999, da PEC 133/1999, da PEC 150/1999, da PEC 167/1999, da PEC 169/1999, da PEC 633/1999, da PEC 260/2000, da PEC 321/2001, da PEC 377/2001, da PEC 582/2002, da PEC 64/2003, da PEC 179/2003, da PEC 272/2004, da PEC 302/2004, da PEC 345/2004, da PEC 489/2005, da PEC 48/2007, da PEC 73/2007, da PEC 85/2007, da PEC 87/2007, da PEC 125/2007 e da PEC 399/2009, apensadas.
24/11/2011 ‐ CCJC: Designado Relator, Dep. Luiz Couto (PT‐PB) 28/11/2012 ‐ Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA): Apense‐se a este(a) o(a) PEC‐
223/2012; 12/12/2012 ‐ Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA): Apense‐se a este(a) o(a) PEC‐228/2012.
Apensados (32): PEC 386/1996, PEC 426/1996, PEC 242/2004, PEC 37/1995, PEC 91/1995, PEC 301/1996, PEC 531/1997, PEC 68/1999, PEC 133/1999, PEC 150/1999, PEC 167/1999, PEC 169/1999, PEC 633/1999, PEC 260/2000, PEC 321/2001, PEC 377/2001, PEC 582/2002, PEC 64/2003, PEC 179/2003, PEC 272/2004, PEC 302/2004, PEC 345/2004, PEC 489/2005, PEC 48/2007, PEC 73/2007, PEC 85/2007, PEC 87/2007, PEC 125/2007, PEC 399/2009, PEC‐57/2011, PEC‐
223/2012 e PEC‐228/2012.
PRIORITÁRIO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
CF/88
Ato Infraciona l.
Idade Penal PEC 20/1999
Senado Federal
José Roberto Arruda e outro(s) Sr(s).
Senador (es)
Altera o artigo 228 da Constituição Federal,
reduzindo para 16 anos a idade para imputabilidade penal.
05/04/2011 ‐ PLENÁRIO Situação:
DESARQUIVADA. Ação: Aprovado o Requerimento nº 296, de 2011.
Uma vez que já se encontra instruída pela CCJ, aguardará inclusão em Ordem do Dia.
16/04/2012 COORD. LEGISLATIVA DO SENADO. Ação: Aguardando inclusão em Ordem do Dia.
Tramitam em conjunto (5): PEC 18/1999, PEC 3/2001, PEC 26/2002, PEC 90/2003, PEC 9/2004.
EMENDA N. 1 – CCJ, pela aprovação com nova redação.
PRIORITÁRIO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
CF/88
Ato Infraciona l.
Idade Penal.
Desconsideração da
Inimputabilidade .
PEC 33/2012
Senado Federal
Aloysio Nunes Ferreira e outro(s) Sr(s).
Senador (es)
Altera a redação dos arts. 129 e 228 da CF/88, acrescentando um parágrafo único para prever a possibilidade de desconsideração da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos por lei
complementar. Dispõe que são funções institucionais do Ministério Público (MP) promover, privativamente, a ação penal pública e o incidente de desconsideração de inimputabilidade penal de menores de 18 e maiores de 16 anos. Dispõe que Lei Complementar estabelecerá os casos em que o MP poderá propor incidente de desconsideração da sua inimputabilidade.
30/11/2012 ‐ CCJ ‐ Comissão de
Constituição, Justiça e CidadaniaSituação:
INCLUÍDA NA PAUTA DA REUNIÃO. Ação:
Matéria constante da Pauta da 47ª Reunião da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, agendada para o dia 05/12/2012. 31/01/2013 SGM ‐
SECRETARIA GERAL DA MESA Ação: Em sua 1ª Reunião, realizada no dia 31.01.2013, a Mesa do Senado Federal aprovou o Requerimento nº 1.175, de 2012, do Senador Benedito de Lira, que solicita a tramitação conjunta das Propostas de Emenda à Constituição n.º 74 e 83, de 2011, e nº 33, de 2012. Ao Plenário.
Tramitação em conjunto (2): PEC 74/2011 (nos casos de crimes de homicídio doloso e roubo seguido de morte, tentados ou consumados, são penalmente inimputáveis os menores de quinze anos) e PEC 83/2011 (Estabelece a
maioridade civil e penal aos 16 anos, tornando obrigatório o exercício do voto nesta idade).
PRIORITÁRIO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Ato Infraciona l.
Efeitos da sentença. Efeitos civis e políticos.
PLS 85/2012
Senado Federal
Paulo Bauer
Altera o ECA para especificar como efeitos automáticos da sentença por ato infracional cometido mediante violência ou grave ameaça à pessoa:
início da maioridade civil aos 21 anos; elevação para 21 anos da idade mínima para retirar carteira de motorista; e suspensão dos direitos políticos; alterando também o Código Civil e o Código de Trânsito.
06/02/2013 CDH ‐ Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa Situação: AGUARDANDO DESIGNAÇÃO DO RELATOR. Ação: Devolvido pelo Senador Cássio Cunha Lima. Matéria aguardando redistribuição.
PRIORITÁRIO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
CP
Ato Infraciona l. Medidas socioeduc
Egresso.
Antecedentes.
Pena.
PLC 82/2008 Origem:
PL
Senado Federal
Dep.
Márcio França
Modifica o CP para estabelecer a obrigatoriedade de
consideração dos antecedentes do agente
20/09/2012SACEI. Ação: Ao Senador Pedro Taques para relatar, conforme Artigo 374, II, do Regimento Interno do Senado Federal.
Comissão de Revisão do Código Penal (PLS 236/ 2012)
CASA REVISORA.
ativas. 938/2007 infrator, relativos a medidas socioeducativas de internação.
PRIORITÁRIO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania ‐ PRONASCI
Medidas socioeduc ativas.
Profissionais.
Formação em serviço.
PL 84/2011
Câmara dos Deputados
Weliton Prado ‐ PT/MG
Altera a Lei nº 11.530/2007, incluindo os profissionais que trabalhem com socioeducação de adolescentes como beneficiários do Projeto Bolsa‐
Formação.
13/07/2012 ‐CSPCCO ‐Parecer do Relator, Dep. Pastor Eurico (PSB‐PE), pela
aprovação deste, e do PL 1392/2011, apensado, com substitutivo, incluindo
“socioeducadores e demais
monitores de centros de internação de adolescentes apreendidos” como
beneficiários do Bolsa‐Formação.
06/12/2012 ‐ CFT ‐ Prazo para Emendas ao Projeto
Apensado (1): PL 1392/2011 PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO:
APROVAÇÃO.
ECA
Medidas socioeduc ativas.
Internação.
Liberação compulsória.
Idade.
PL 345/2011
Câmara dos Deputados
Hugo Leal ‐ PSC/RJ
Altera a Lei nº 8.069/1990, para elevar de 21 para 26 anos a idade limite para a soltura do adolescente infrator,
reincidente em qualquer tipo de conduta infracional, condenado a medida
socioeducativa de internação.
04/09/2012 ‐ CSPCCO. Parecer Vencedor, Dep. Enio Bacci (PDT‐RS), pela aprovação, com substitutivo. 19/11/2012 – Parecer da CSPCCO publicado.
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Medidas socioeduc ativas.
Internação.
Liberação compulsória.
Prestação de serviços.
PLS 107/2003
Senado Federal
Paulo Paim
Modifica os artigos 121 e 122 da Lei nº 8069/1990 (ECA), para possibilitar que no caso de liberação compulsória aos 21 anos de idade, o restante do tempo da internação seja convertido em prestação de serviços à comunidade.
Estabelece a aplicação da medida de internação quando o adolescente for integrante do crime organizado ou envolvido com o tráfico de drogas.
21/11/2012 ‐ CDH ‐ Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa Situação: PRONTA PARA A PAUTA NA COMISSÃO
Ação: Reunida a Comissão, o Presidente concede a Palavra ao Relator. Lido o relatório (pela aprovação parcial), fica adiada a discussão e votação por falta de quórum.
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Ato Infraciona l.
Internação provisória.
Processo de apuração.
PLS 469/2008
Senado Federal
Demóst enes Torres
Altera a Lei nº 8.069/1990 (ECA), para aumentar o prazo de internação provisória de adolescente infrator, fixar o
16/05/2012 CCJSSP ‐Subcomissão Permanente de Segurança Pública Ação: Recebido nesta Subcomissão, o relatório do Senador Aloysio Nunes
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
prazo máximo para a autoridade policial concluir e encaminhar procedimento investigatório ao MP e alterar o prazo máximo para o procedimento judicial.
Ferreira, com voto favorável ao Projeto, nos termos do Substitutivo que apresenta.
Matéria pronta para a Pauta na Subcomissão.
ECA
Ato Infraciona l. Medidas socioeduc ativas.
Idade Penal.
Internação.
Liberação compulsória.
Progressão de medida.
PLS 71/2010
Senado Federal
Marcelo Crivella
Altera a Lei 8.069/1990 (ECA) para determinar que, alcançado o período máximo de 3 anos de internação ou ao alcançar a maioridade e antes da liberação, o adolescente que praticou ato infracional equiparado a crime hediondo, será submetido a exame pericial; com base no qual poderá ser liberado, colocado em regime de semiliberdade, de liberdade assistida ou transferido para a prisão; onde permanecerá até a sentença a título de garantia da ordem pública; dispõe sobre o processo penal de apuração do crime anteriormente
classificado como ato infracional e sua execução.
03/04/2012 ‐ CDH ‐ Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa.
Situação: PRONTA PARA A PAUTA NA COMISSÃO (com relatório favorável).
Ação: Devolvido pelo Senador Magno Malta sem manifestação por escrito
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Medidas socioeduc ativas.
Direito à Convivênc ia Familiar e
Comunitá ria.
Internação.
Direitos
individuais. Visita íntima.
PL 3844/201 2
Câmara dos Deputados
Roberto de Lucena ‐ PV/SP
Altera o art. 124 da Lei nº 8.069/1990 (ECA). Estabelece a impossibilidade de visita íntima a adolescente submetido a medida socioeducativa de internação.
22/08/2012 ‐ Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF)
Parecer do Relator, Dep. Onofre Santo Agostini (PSD‐SC), pela aprovação.
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Ato Infraciona l. Medidas
Internação.
Internação provisória.
PL 347/2011
Câmara dos Deputados
Hugo Leal ‐ PSC/RJ
Altera dispositivos da Lei nº 8.069/1990 (ECA) para tratar das hipóteses de aplicação da
22/03/2012 ‐Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO). Designado Relator, Dep. Onyx
Apensados (4): PL 1052/2011 (1), PL
1895/2011; PL 3503/2012;
socioeduc ativas.
medida de internação e aumentar o prazo de internação provisória de adolescente infrator, nos casos que especifica, para 90 dias.
Lorenzoni (DEM‐RS)
02/05/2012 ‐ Mesa Diretora da Câmara dos Deputados (MESA): Apense‐se a este(a) o(a) PL‐3680/2012.
PL 3680/2012.
Os PLs apensados estabelecem, dentre outras medidas: extensão do período máximo de internação, com ampliação nos casos de reiteração e graves infrações, aplicação de medida de segurança após laudo psiquiátrico e internação preventiva.
Tudo na linha do chamado
“Direito Penal Juvenil”.
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Ato Infraciona l. Medidas socioeduc ativas.
Internação.
Internação psiquiátrica.
Antecedentes.
PL 348/2011
Câmara dos Deputados
Hugo Leal ‐ PSC/RJ
Altera a Lei nº 8.069/1990 (ECA), para dispor sobre antecedentes, tratamento ambulatorial, internação em estabelecimento de
tratamento psiquiátrico e responsabilidade do Estado.
23/05/2011 ‐Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO)
Parecer do Relator, Dep. William Dib (PSDB‐SP), pela aprovação deste, com substitutivo, e pela rejeição do PL 1035/11, apensado.
Apensado (1): PL 1035/2011 (específico sobre antecedentes) PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Medidas socioeduc ativas.
Direito à Profission alização e à
Proteção no Trabalho.
Internação.
Período.
Educação profissional.
PL 346/2011
Câmara dos Deputados
Hugo Leal ‐ PSC/RJ
Altera dispositivo do ECA, para prever aumento do tempo de internação de adolescente autor de ato infracional grave para até 5 anos, nos casos em que a Lei Penal puna com reclusão.
05/04/2011 ‐ Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (CSPCCO)
Designado Relator, Dep. Alessandro Molon (PT‐RJ).
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Medidas socioeduc ativas.
Direito à Educação.
Internação.
Semiliberdade.
Liberdade assistida.
Período.
Educação.
PLS 478/2003
Senado Federal
Demóst enes Torres
Altera os artigos 61, 118, 120, 121, 122 e 123 do ECA, para fixar novos prazos de duração das medidas de liberdade assistida, de semiliberdade e de internação, e estabelecer a
17/11/2011‐CAS ‐Comissão de Assuntos Sociais Situação: MATÉRIA COM A RELATORIAAção: O Presidente da
Comissão, Senador Jayme Campos, designa a Senadora Angela Portela Relatora da matéria.
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
oferta obrigatória de atividades pedagógicas.
ECA
Medidas socioeduc ativas.
Internação.
Semiliberdade.
Prestação de serviço à comunidade.
Período.
PLS 118/2007
Senado Federal
Pedro Simon
Altera o ECA para dispor sobre a prestação cumulativa de medidas socioeducativas, regulamenta a medida de prestação de serviços comunitários, proíbe
atividades externas e estende os prazos de internação para até 6 anos quando da prática de crime hediondo, não limitado à superveniente maioridade. Atingidos os limites da media deve ser liberado, colocado em regime de semiliberdade ou liberdade assistida.
03/05/2011: CDH ‐ Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa Situação: MATÉRIA COM A RELATORIA.
Ação: O Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa, Senador Paulo Paim, designa o Senador Magno Malta relator da matéria.
Ao Gabinete do Senador Magno Malta.
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA
Ato Infraciona l. Medida Socioeduc ativa.
Prevençã o.
Internação.
Idade máxima.
Período máximo.
Proibição de venda de fumo.
PLS 389/2011
Senado Federal
Vital do Rêgo
Altera dispositivos do ECA para dispor que o período máximo de internação é de 5 anos e que a liberação será compulsória aos 23 anos de idade. Adiciona, dentre as hipóteses de medida de internação, o tráfico ilícito de entorpecentes e o racismo.
Adequa o art. 60 do ECA ao disposto na CF/88 e proíbe a venda de produtos fumígenos.
26/04/2012 CAS ‐ Comissão de Assuntos Sociais. Situação: MATÉRIA COM A RELATORIAAção: Reencaminhado ao Gabinete do Relator, Senador Paulo Davim.
Tramita em conjunto com (2): PLS 357/2011 (Proíbe a venda de derivados do tabaco) e PLS 568/2011 (Torna crime a venda de substância fumígena a menores de 18 anos).
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.
ECA e Lei do SINASE ‐ Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativ o (Lei nº 12.594/2012)
Medidas socioeduc ativas.
Nova medida.
Atendimento médico‐
psiquiátrico.
PLS 23/2012
Senado Federal
Aloysio Nunes Ferreira
Altera o ECA para prever nova modalidade de medida socioeducativa: o atendimento médico‐psiquiátrico,
consistente em tratamento ambulatorial ou internação.
Estabelece as hipóteses e o procedimento para a aplicação de tal medida e que esta não
16/05/2012 CAS ‐Comissão de Assuntos Sociais. Situação: APROVADO PARECER NA COMISSÃO. Ação: Em Reunião
Extraordinária realizada nesta data, é aprovado o Relatório do Senador Cyro Miranda, que passa a constituir o Parecer da CAS favorável ao Projeto, nos termos da Emenda nº 1‐CAS (Substitutivo).
29/05/2012 CDH ‐ Comissão de Direitos
PARA
ACOMPANHAMENTO.
INDICAÇÃO: REJEIÇÃO INTEGRAL.