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RELATÓRIO CRIANÇAS Locais.

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Academic year: 2021

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(2)

 

Uma Agenda Propositiva para Crianças e Adolescentes no Congresso Nacional –  Relatório Técnico 

 

SUMÁRIO 

1. Apresentação ... 03 

  2. Nota metodológica ... 04 

  3. Principais resultados ... 08 

  4. Processos legislativos prioritários e para acompanhamento ... 11 

  4.1. Ato Infracional e Medidas Socioeducativas ... 11 

4.2. Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos ... 20 

4.3. Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal ... 23 

4.4. Convivência Familiar e Comunitária, Desaparecidos, Registro   e Identificação ... 28  

4.5. Respeito, Liberdade e Dignidade ... 32 

4.6. Educação ... 34 

4.7. Informação, Cultura e Lazer ... 41 

4.8. Vida e Saúde ... 44 

4.9. Profissionalização e Proteção no Trabalho ... 48 

4.10. Prevenção ... 51 

4.11. Acesso à Justiça, Associações Civis e Fundos ... 53 

4.12. Outros temas ... 54 

  5. Conclusão ... 56 

Sobre o Autor ... 58 

Anexo 1 – Lista de processos legislativos na casa revisora (não prioritários)... 59  Documento externo – Planilha de sistematização de proposições de interesse 

         

(3)

Apresentação 

Este estudo, proposto pelo Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), com o apoio  do UNICEF Brasil e do Fundo Canadá para Iniciativas Locais, tem como objetivos traçar  um  panorama  geral  das  proposições  legislativas  sobre  criança  e  adolescente  no  Congresso Nacional (Câmara dos Deputados e Senado Federal) que se encontram em  tramitação no início do ano legislativo de 2013. A partir do conjunto de projetos  identificados, busca propor uma agenda de acompanhamento e incidência prioritária  para as organizações da sociedade civil que militam em favor da integral implementação  do Sistema de Garantias de Direitos da Criança e do Adolescente e demais políticas e  garantias relacionadas à área.  

O presente Relatório Técnico foi antecedido de uma Relatório Preliminar, apresentado e  discutido por ocasião da Oficina: Agenda Propositiva para Crianças e Adolescentes 2013,  realizada em Brasília nos dias 28 de fevereiro e 1º de março de 2013, por iniciativa das  organizações proponentes. Da rica discussão nesse evento, resultaram aprimoramentos  metodológicos e, o que é mais importante, uma agenda de trabalho conjunta, voltada  ao monitoramento das deliberações do Congresso Nacional.  

A partir de uma seleção inicial de 95 processos legislativos para acompanhamento, a  Oficina indicou 23 processos prioritários para constituição da referida Agenda em 2013. 

Nesse universo, há tanto projetos que merecem rejeição integral, por significarem  retrocessos em direitos e garantias assegurados a crianças e adolescentes devido à sua  peculiar condição de desenvolvimento, como há projetos que merecem ser aprovados,  alguns deles sob a condição de passarem por um maior debate e modificação.  

A metodologia que permitiu chegar a tal deliberação e os resultados finais do estudo  estão explicados neste Relatório. Logo após a abordagem geral que se segue, passamos  a apontar, em quadros analíticos que aglutinam determinadas temáticas, as matérias  indicadas  para  acompanhamento  e,  dentre  elas,  aquelas  que  merecem  iniciativa  prioritária por parte dos atores da sociedade civil. Ao final, apresentamos conclusões  gerais e, sobretudo, recomendações, tendo em vista que essa experiência iniciada em  2013 tem forte vocação de continuidade.  

Como o estudo aponta, há uma ampla agenda legislativa de reformas no campo dos  direitos infantojuvenis que merece ser acompanhada e qualificada com a participação  social e a abertura ao debate público democrático, não apenas representativo, mas  efetivamente participativo. Essa iniciativa de monitoramento amplo, recém‐iniciada,  tem o potencial de aglutinar forças e agendas no campo da sociedade civil, pondo em  prática também no Legislativo federal uma visão integral e interdependente dos direitos  e garantias de crianças e adolescente.   

Salomão Barros Ximenes – consultor técnico   

(4)

Nota metodológica 

Tomou‐se como base o banco de proposições já desenvolvido pela Fundação Abrinq /  Save the Children, por meio da iniciativa de monitoramento e incidência “De Olho no  Congresso” (www.fundabrinq.org.br/de_olho_no_congresso.php). Tal banco de dados  foi construído como ferramenta de acompanhamento do trabalho da referida Fundação  no Congresso Nacional, identificando um conjunto amplo de proposições que haviam  tramitado no Legislativo, principalmente nas Comissões relacionadas.  

Levando em conta que o presente estudo tinha como um de seus objetivos identificar o  universo  de  proposições  relacionadas  aos  direitos  e  garantias  de  crianças  e  adolescentes, o referido banco de proposições passou por um processo de revisão,  ampliação  e  atualização.  Foram  pesquisadas  as  proposições  que  estão  ativas  no  Congresso Nacional, nos bancos de dados remotos de cada uma das casas legislativas,  utilizando‐se das palavras “criança”, “adolescente”, “infância”, “adolescência”, “jovem” 

e “juventude” (nos dois últimos casos, em função da proposta de incorporação legal e  incorporação nas políticas públicas da população com idade entre 15 e 18 anos na  categoria juventude).  

Esse levantamento por palavras controladas foi confrontado com outra pesquisa na  base de dados remota, dessa vez utilizando‐se como referência especificamente as  proposições legislativas que têm como foco alterações em dispositivos ou referências  expressas ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei n° 8.069/1990). Nesses  levantamentos foram pesquisadas as seguintes tipologias de proposições: Proposta de  Emenda Constitucional (PEC); Proposta de Lei Complementar (PLP); Projeto de Lei (PL); 

Projeto de Lei do Senado (PLS); Projeto de Lei da Câmara (PLC); Medida Provisória  (MPV); e Substitutivo da Câmara dos Deputados (SCD). 

Tomando em conta o objetivo do trabalho, essencialmente voltado para a convergência  de  agendas  e  a  incidência  prática  dos  atores  da  sociedade  civil,  duas  opções  metodológicas foram necessárias, considerando ainda a celeridade requerida. Primeiro,  optamos  por  identificar  projetos  de  interesse  no  universo  de  proposições,  assim  entendidos aqueles que têm como objetivo, em termos gerais, ampliar ou restringir  direitos  e  garantias  da  população  infantojuvenil.  Foram  descartadas,  passando  a  constituir  um  banco  de  dados  próprio  complementar  ao  presente  estudo,  as  proposições de caráter geral, com impacto apenas indireto no público pesquisado, e  aquelas com baixíssimo ou nenhum impacto em termos de garantia de direitos.  

Principalmente  as  proposições  de  caráter  geral  identificadas  no  levantamento  controlado, mas que não integram a base de projetos de interesse para os propósitos do  presente  levantamento,  merecerão  maior  atenção  na  sequência  do  trabalho  de  monitoramento,  uma  vez  que  possibilitam,  inclusive,  a  construção  de  alianças  estratégicas mais amplas.  

(5)

Outra opção metodológica relevante foi focalizar o olhar analítico para os processos  legislativos, e não para cada uma das proposições. Essa opção tem evidentes razões  práticas, tornando o estudo factível e aplicável no tempo político pretendido. Mas há  também forte fundamento substantivo em destacar processos legislativos, pois são  estes que precisam ser monitorados, e não isoladamente os projetos que lhes deram  início ou foram apensados. Ou seja, neste estudo não buscamos identificar autorias  específicas  de  projetos,  ou  mesmo  concepções  e  tendências  de  determinados  parlamentares e/ou partidos – tema cuja importância é inquestionável do ponto de vista  científico e da prática política.  

Na tramitação de matérias no Congresso Nacional, em regra, proposições sobre um  mesmo tema tramitam e são apreciadas em conjunto, por meio do mecanismo de  apensamento.  É  importante  que  se  ressalte  que  a  determinação  sobre  os  apensamentos, ou seja, sobre quais proposições devem ser apreciadas em conjunto,  tem um forte componente de decisão política. Em muitos desses casos, sobretudo  quando um único processo legislativo reúne mais de três matérias apensadas com  proposições diversas, o Legislativo adota como saída a formulação de substitutivos nas  comissões temáticas. Por isso, na análise das proposições prioritárias, destacamos as  modificações  presentes  em  tais  substitutivos,  que  podem  tanto  contrariar  substancialmente como ampliar significativamente a proposição inicial. Esse trabalho de  identificação de proposições e emendas, assim como de tendências e concepções de  determinados parlamentares e/ou partidos, deve ser feito na etapa de implementação  da Agenda Prioritária.   

Levando em conta esses critérios, foram identificados e fichados em banco de dados  375 processos legislativos de interesse, que aglutinam um universo de 1.566 projetos  legislativos  ativos  no  Congresso  Nacional,  havendo,  portanto,  1.190  apensados. 

Excepcionalmente, 64 proposições apensadas também foram fichadas, nesses casos  porque os projetos principais não apresentam a amplitude das matérias discutidas no  processo  legislativo  por  eles  impulsionados,  seja  porque  são  de  caráter  geral,  extrapolando o público infantojuvenil, seja porque os apensados propõem soluções  opostas que precisaram ser explicitadas1

Em  seguida,  as  proposições  foram  separadas  em  grupos  temáticos,  inspirados  na  estrutura normativa do ECA:  

1.1. Ato Infracional e Medidas Socioeducativas; 

1.2. Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos; 

1.3. Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal; 

1.4. Convivência Familiar e Comunitária, Desaparecidos, Registro e Identificação;  

1.5. Respeito, Liberdade e Dignidade; 

1.6. Educação; 

      

1 Banco de proposições completo, que constitui “Documento externo – Planilha de sistematização de 

proposições de interesse”.  

(6)

1.7. Informação, Cultura e Lazer; 

1.8. Vida e Saúde; 

1.9. Profissionalização e Proteção no Trabalho; 

1.10. Prevenção; 

1.11. Acesso à Justiça, Associações Civis e Fundos; 

1.12. Outros temas. 

Essa organização estrutural permite uma visão de conjunto sobre as propostas de  alteração legislativa que teriam impacto direto ou indireto nos direitos e garantias  assegurados no ECA. Além dessa aglutinação temática mais ampla e estrutural, no banco  de dados eletrônico incluímos outras colunas de pesquisa, por subtemas específicos, o  que permitirá aos futuros utilizadores do banco de proposições a aglutinação por  agendas específicas de incidência e/ou por instrumentos normativos que são alvo de  possível  alteração. Assim,  por  exemplo,  é  possível  pesquisar  por  subtemas,  como  exploração  sexual,  pedofilia,  autorização  para  viajar,  internação,  educação infantil,  gestação, idade penal, idade mínima para o trabalho, financiamento de políticas etc.; ou  por normas jurídicas, como ECA, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB),  Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), Código Penal etc.  

Dentro de cada grupo temático, foram identificados  os processos legislativos  com  indicação de acompanhamento pelas organizações  sociais e militantes  da área no  próximo  período,  por  trazerem  grande  potencial  de  impacto  real  e  simbólico  na  ampliação ou restrição de direitos e garantias da população infantojuvenil. Com esse  critério, foram identificados 95 processos legislativos para acompanhamento, cujas  fichas de acompanhamento, antecedidas de breve comentário, podem ser consultadas  no tópico 4 deste Relatório.  

Tais processos legislativos foram antão analisados mais a fundo e classificados como: 1. 

Rejeição Integral; 2. Aprovação com Modificação;  e 3. Aprovação. Em seguida, na  Oficina dos dias 28 de fevereiro e 1º de março, tais classificações foram analisadas e  validadas,  apontando‐se,  nas  três  categorias,  quais  projetos  merecerão  incidência  prioritária em 2013.  

Vale ressaltar neste ponto um alerta que decorre da dificuldade de classificar matérias  tão complexas que, por vezes, reúnem em um único processo (ou mesmo projeto)  aspectos negativos e positivos do ponto de vista da ampliação de direitos e garantias. 

Enquanto nos casos de Rejeição Integral e Aprovação os aspectos negativos e positivos,  respectivamente, impõem‐se de forma a deixar o juízo mais objetivo, na classificação  dos  processos  legislativos  como  passíveis  de  Aprovação  com  Modificação  será  necessário se deter em cada uma das matérias, com a indicação de quais pontos  precisam ser incluídos, excluídos ou modificados. Portanto, que não se entenda a  Aprovação  com Modificação  como um  juízo favorável  à  matéria,  mas  como uma  condicionante.  

(7)

Um exemplo que ajuda a elucidar essas hipóteses é o PLC 103/2012, que aprova o Plano  Nacional de Educação, classificado como Aprovação com Modificação. Em geral, mesmo  que se reconheça que pode ser aprimorado em vários de seus pontos, o PLC apresenta  um  conjunto  de  avanços  na  proteção  aos  direitos  educacionais  da  população  infantojuvenil, o que recomendaria sua  aprovação. No  entanto, há dispositivos no  projeto que podem  significar retrocessos, em relação seja à normativa nacional e  internacional em vigor, seja  à  proposta  inicial. Falamos, como  exemplos reais, do  possível retrocesso em relação à inclusão de crianças com necessidades educacionais  especiais na escola comum e da exclusão de metas intermediárias de ampliação dos  recursos destinados à educação em relação ao PIB, o que, na prática, esvaziaria essa  meta. Ou seja, o PNE deve ser aprovado desde que corrigidos esses graves retrocessos.  

Também foram identificados e destacados 84 processos legislativos que se encontram  nas respectivas casas legislativas revisoras, ou seja, que já foram aprovados, ou na  Câmara dos Deputados ou no Senado Federal (ou em ambas e retornaram para a Casa  de origem), e  que, por  esse motivo, constituindo ou não processo merecedor  de  monitoramento,  chamam  nossa  atenção  em  razão  da  possibilidade  concreta  de  aprovação definitiva2.  

Esperamos que essa organização ajude no mapeamento da agenda real do Congresso  Nacional no campo infantojuvenil, identificando em quais temas é possível avançar do  ponto de vista  da  ampliação  de  direitos e  garantias  e  quais  temas  exigem,  pelo  contrário,  o  aprofundamento  das  discussões  e  da  resistência  social  a  pressões  regressivas.  

Por fim, é importante ressaltar que este estudo é um retrato do momento, mais  especificamente do início do ano legislativo de 2013. Serve para que se tenha uma  compreensão ampliada da agenda legislativa, para além das proposições que dominam  o debate público quando se fala em criança e adolescência ou alterações no ECA.  Mas é  antes de tudo um instrumento de trabalho, que requererá atualização permanente no  âmbito do monitoramento social e, mais adiante, que seja revisitado e necessariamente  atualizado, para pensar a Agenda dos anos vindouros.  

Teremos  cumprido  nosso  objetivo  imediato  se  o  trabalho  servir  à  articulação  supratemática das organizações da sociedade civil, dos militantes e dos pesquisadores,  dando sentido de permanência e integralidade à sua voz no Legislativo Federal.  

       

      

2 Os processos legislativos que se encontram nas Casas revisoras que não foram selecionados para  acompanhamento estão organizados no Anexo – Lista de processos legislativos na casa revisora (não  monitoramento). 

(8)

Síntese dos resultados 

Abaixo apresentamos um quadro resumo do estudo, no qual sintetizamos, para cada um  dos agrupamentos temáticos sistematizados, o número de processos de interesse e,  dentro destes, os processos indicados para acompanhamento e aqueles que foram  apontados como prioritários para a Agenda de 2013. Sintetizamos ainda, no caso dos  processos  legislativos  para  acompanhamento  ou  prioritários,  as  indicações  de  posicionamento das organizações da sociedade civil de defesa de direitos infantojuvenis  em seu trabalho de acompanhamento da pauta legislativa, construída após processo de  validação  na Oficina já  mencionada.  Por fim,  para complementar o quadro, estão  expressos os números gerais de processos na Casa revisora, destacando‐se aqueles  indicados para acompanhamento daqueles de interesse geral. Somente estes últimos  não estão detalhados na continuidade do relatório, mas constam listados no anexo.  

Quadro Resumo dos Processos Legislativos Analisados – Número por Agrupamento Temático e  Classificação  

Agrupamento Temático   

Processos  Legislati‐

vos de  Interesse 

Processos Legislativos  para 

Acompanhamento 

Processos Prioritários  Processos  na Casa  Revisora 

Rejeição Integral  Aprovação com  Modificação  Aprovação  Rejeição Integral  Aprovação com  Modificação  Aprovação  Monitoramento  Interesse Geral  Ato Infracional e 

Medidas  Socioeducativas 

30 (22/5) 20 1 1 5 0 0 3 0

Conselhos Tutelares e  Conselhos de Direitos 

18 (5/2) 1 2 2 0 0 2 0 3

Crimes, Infrações  Administrativas e  Processo Penal 

50 (11/1) 7 2 2 1 0 0 6 6

Convivência Familiar e  Comunitária, 

Desaparecidos, Registro  e Identificação 

46 (10/2) 1 1 8 1 0 1 5 6

Respeito, Liberdade e  Dignidade 

7 (3/1) 1 0 2 0 0 1 1 1

Educação  108 (21/5) 9 8 4 2 2 1 6 18

Informação, Cultura e  Lazer 

24 (5/2) 0 3 2 0 1 1 4 2

Vida e Saúde  31 (8/1) 2 2 4 1 0 1 2 5

Profissionalização e  Proteção no Trabalho 

19 (5/1) 3 2 0 1 0 0 1 3

Prevenção  21 (2/0) 0 1 1 0 0 0 1 7

(9)

Acesso à Justiça,  Associações Civis e  Fundos 

15 (2/1) 1 0 1 1 0 0 0 1

Outros temas  6 (1/1) 0 1 0 0 1 0 1 2

Subtotal  375 45 23 27 12 4 7 30 54

Total  375 95 23 84

 

Percebe‐se  que  praticamente  a  metade  dos  processos  destacados  para  acompanhamento ou incluídos como prioritários é merecedora de rejeição integral, o  que expressa a preocupação geral das organizações da sociedade civil de defesa de  direitos quanto ao viés regressivo de muitas proposições legislativas. No entanto, o que  o estudo demonstra é que o caráter regressivo ou progressivo da agenda legislativa, ou  mesmo sua relevância, coloca‐se de forma muito diferente em relação a cada um dos  direitos e garantias atribuídos às crianças e aos adolescentes.   

A  maior  concentração  de  processos  legislativos  de  interesse  e  prioritários  foi  identificada no agrupamento Ato Infracional e Medidas Socioeducativas, com cerca de  73% de todos os processos legislativos de interesse indicados para monitoramento e  cerca de 17% como prioritários. Isso se deve à centralidade que determinadas propostas  de redução de direitos e garantias da infância e adolescência, nomeadamente a garantia  de inimputabilidade penal e o atual regime de medidas socioeducativas, ganham no  debate legislativo dos últimos anos e ao potencial simbólico de tais propostas de  alteração na própria concepção de adolescência e desenvolvimento humano. Nesse  tema, praticamente todas as propostas estão indicadas para rejeição, o que expressa o  caráter regressivo da agenda legislativa.  

Com  exceção  dos  três  últimos  agrupamentos  temáticos,  os  demais  contam  com  relevante número de processos legislativos que merecem acompanhamento. Nesses  casos, no mínimo 20% dos processos legislativos de interesse foram indicados para  monitoramento, com diferentes avaliações quanto à sua classificação e priorização.  

No caso do agrupamento Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos, por exemplo,  percebe‐se uma agenda de monitoramento a exigir maior debate e articulação entre as  diferentes propostas, sendo que foram indicados com prioritários somente os processos  que representam uma evidente agenda de aprimoramento institucional.  

No agrupamento Crimes, Infrações Administrativas e Processo Penal, também se impõe  a  necessidade  de  uma  ampliação  do  debate  legislativo  sobre  as  soluções  de  endurecimento da legislação penal que são comumente representadas nas proposições  legislativas. Aparentemente desconectadas de uma avaliação mais a fundo sobre a  eficácia do sistema penitenciário e sobre a seletividade punitiva, tais propostas – que,  por essas razões, merecem ser rejeitadas – buscam enfrentar o problema dos crimes  contra a infância com o mesmo remédio pensado para o enfrentamento aos atos 

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infracionais: mais tempo de restrição de liberdade e menos garantias processuais e  legais.   

Também se pode perceber um viés regressivo em termos de direitos e garantias, nesse  caso  especificamente  da  infância  e  juventude,  no  agrupamento  temático  Profissionalização  Proteção  no  Trabalho,  marcadamente  nas  propostas  de  flexibilização  da  idade  mínima  para  ingresso  no  trabalho  e  das  normas  que  regulamentam o estágio e o contrato de aprendizagem.  

O tema Educação, por sua vez, destaca‐se como aquele no qual há um maior número de  processos  legislativos  de  interesse  (cerca  de  29%  do  total  identificado)  e  para  monitoramento (cerca de 22% dos processos assim classificados). Nesse agrupamento,  foram indicados cinco processos prioritários para a Agenda de 2012. Causou certa  surpresa identificar a existência de uma significativa agenda regressiva na Educação, um  tema sobre o qual há uma aparente convergência de interesses e visões, quando  considerado o observador não especialista na área. Há, no entanto, no Congresso, um  conjunto de propostas tendentes a reduzir a definição do conceito de qualidade do  ensino e de responsabilização de pais e escolas com base em resultados acadêmicos  medidos em  testes padronizados de larga escala. O  próprio debate sobre o  PNE,  conforme já mencionado, encerra ameaças de retrocesso em direitos e garantias já  protegidos – como é o caso do direito à educação escolar inclusiva, estipulado na  Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência, incorporada ao ordenamento  jurídico brasileiro com força de emenda constitucional3.    

Informação, Cultura e Lazer; Respeito, Liberdade e Dignidade; Vida e Saúde e Prevenção  são agrupamentos que apresentam tendencialmente uma agenda positiva, mas também  incorporam proposições merecedoras de alteração substancial ou mesmo rejeição. Em  todos os casos,  o que  se aponta é a necessidade de aprofundamento do debate  legislativo em tais áreas, a partir do fortalecimento da iniciativa de monitoramento por  parte da sociedade civil organizada.  

Em  Convivência  Familiar  Comunitária,  Desaparecidos,  Registro  Identificação,  agrupamento  que  congrega  proposições  relacionadas  à  filiação,  guarda,  tutela  e  identificação, percebemos mais claramente um viés geral positivo, no sentido de que as  propostas em regra ampliam direitos e garantias. Nesse caso, merecem especial apoio  as proposições que visam ampliar o direito à proteção no trabalho de gestantes, mães,  pais e responsáveis legais. Também merecem apoio aquelas iniciativas que ampliam as  hipóteses  legais  de  guarda, tutela e  adoção, incluindo  casais do  mesmo  sexo  ou  indivíduos.   

Passamos agora ao detalhamento das proposições prioritárias e para monitoramento  em cada um dos agrupamentos temáticos.    

      

3 Decreto n° 6.949, de 25 de agosto de 2009. 

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4.  Processos legislativos prioritários e para acompanhamento    

TEMA(S): 1.1. Ato Infracional e Medidas Socioeducativas   

Quadro‐resumo 

LOCAL  PLANILHA EXTERNA  PROJETOS PARA ACOMPANHAMENTO / INDICAÇÃO  PROJETOS 

PRIORITÁRIOS 

PROJETOS CASA  REVISORA 

SUBTOTAIS 

Processos legislativos de interesse (exclui apensados) – 30  Rejeição integral: 20 

Projetos apensados fichados – 1  Acompanhamento / Aprovação com modificação: 1  0

Projetos apensados não fichados –47  Acompanhamento / Aprovação: 1  0

TOTAIS  Total geral de projetos: 78  Total de projetos para acompanhamento: 22  5

 

Uma visão limitada, uma agenda historicamente regressiva.  

Esse agrupamento temático reúne o maior número de processos legislativos que merecem um acompanhamento permanente por parte da sociedade civil organizada em defesa  da ampliação dos direitos e garantias infantojuvenis. Também reúne a maior concentração de processos indicados para Rejeição Integral (20 projetos em um total de 45 assim  classificados), sendo que todos aqueles cinco projetos que foram considerados prioritários representam graves ameaças reais simbólicas à própria concepção de  desenvolvimento da criança e do adolescente e de sua consequente proteção integral.  

Destacam‐se aí dois processos legislativos, em trâmite em cada uma das casas legislativas, que buscam alterar a Constituição Federal para rebaixar a maioridade penal para 16  anos de idade, mantendo as demais previsões. PEC 171/1993 tramita na Câmara dos Deputados, encabeçando 32 outras proposições com similar conteúdo. Está sob  relatoria do Dep. Luiz Couto, na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Maior preocupação merece, no entanto, a PEC 20/1999, que reúne cinco proposições similares e se  encontra disponível para inclusão na ordem do dia no Plenário do Senado.  

Uma relativa novidade no debate sobre a redução da maioridade penal foi a apresentação da PEC 33/2012, que não altera a idade mínima de imputabilidade penal para todos  os casos, mas propõe que seja previsto na Constituição um instituto de desconsideração da inimputabilidade penal de maiores de 16 anos e menores de 18 anos, delegando a lei  complementar sua regulamentação. Na prática, a proposta não difere das anteriores em termos de princípio. No entanto, a aparente excepcionalidade da desconsideração de  idade mínima de 18 anos para efeitos penais pode deslocar apoios de parlamentares hoje reticentes em relação à redução da idade penal para todos os casos. Todas essas 

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propostas, assim como outras destacadas nos quadros abaixo, precisam ser analisadas também sob o enfoque de sua inconstitucionalidade, uma vez que propõem retroagir em  garantias irrevogáveis da Constituição.  

Outras proposições que merecem prioridade são PLS 85/2012, que estende efeitos civis e políticos aos adolescentes em cumprimento de media socioeducativa, PLC  82/2008, já aprovado na Câmara dos Deputados, que propõe a modificação do Código Penal para estabelecer a obrigatoriedade de consideração dos antecedentes do agente  infrator quando da apuração e processamento de crime por ele cometido após os 18 anos. Com o mesmo princípio, fortalecendo um viés de “direito penal juvenil”, seja por  meio de alterações diretamente no ECA, seja por meio de legislação correlata, estão um conjunto de propostas destacadas para monitoramento com indicação de rejeição.  

Para aprofundar:  

NOTA TÉCNICA ‐ Porque dizemos não à redução da maioridade penal?  Fundação Abrinq pelos Direitos da Criança e do Adolescente / Save the Children, 2013. Disponível: 

http://sistemas.fundabrinq.org.br/biblioteca/acervo/NotaTecnica_Web.pdf. 

PUBLICAÇÃO – Direitos de crianças e adolescentes: guia de atendimento. Centro de Defesa da Criança e do Adolescente do Ceará (CEDECA Ceará), 2007. Disponível: 

http://www.cedecaceara.org.br/index.php?q=publicacoes/196. 

PUBLICAÇÃO ‐ Porque dizer não à redução da idade penal. Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), 2007. Disponível: 

http://www.mpdft.gov.br/portal/pdf/unidades/promotorias/pdij/Diversos/estudo_idade_penal_completo.pdf. 

NORMA JURÍDICA ‐ LEI Nº 12.594, de 18 de janeiro de 2012, que institui o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase). Disponível: 

http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011‐2014/2012/lei/l12594.htm.  

   

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Quadro de acompanhamento / prioritários 

Norma  Jurídica  Relacionada 

Tema(s)  Subtema(s)  Projeto  Órgão  Autor  Ementa / Explicação da 

Ementa  Tramitação  Observação / Indicação 

CF/88 

Ato  Infraciona l. 

Idade Penal  PEC  171/1993 

Câmara dos  Deputados 

  Benedit Doming os ‐  PP/DF  

Altera a redação do art. 228 da  Constituição Federal 

(imputabilidade penal do  maior de 16 anos).  

16/09/2009 ‐ Comissão de Constituição e  Justiça e de Cidadania (CCJC). Parecer do  Relator, Dep. Marcelo Itagiba (PSDB‐RJ),  pela admissibilidade desta, da PEC  386/1996, da PEC 426/1996, da PEC 242/2004,  da PEC 37/1995, da PEC 91/1995, da PEC  301/1996, da PEC 531/1997, da PEC 68/1999,  da PEC 133/1999, da PEC 150/1999, da PEC  167/1999, da PEC 169/1999, da PEC 633/1999,  da PEC 260/2000, da PEC 321/2001, da PEC  377/2001, da PEC 582/2002, da PEC 64/2003,  da PEC 179/2003, da PEC 272/2004, da PEC  302/2004, da PEC 345/2004, da PEC 489/2005,  da PEC 48/2007, da PEC 73/2007, da PEC  85/2007, da PEC 87/2007, da PEC 125/2007 e da  PEC 399/2009, apensadas.              

24/11/2011 ‐ CCJC: Designado Relator,  Dep. Luiz Couto (PT‐PB)       28/11/2012 ‐  Mesa Diretora da Câmara dos Deputados  (MESA): Apense‐se a este(a) o(a) PEC‐

223/2012; 12/12/2012 ‐ Mesa Diretora da  Câmara dos Deputados (MESA): Apense‐se  a este(a) o(a) PEC‐228/2012.  

Apensados (32): PEC  386/1996, PEC 426/1996,  PEC 242/2004, PEC  37/1995, PEC 91/1995,  PEC 301/1996, PEC  531/1997, PEC 68/1999,  PEC 133/1999, PEC  150/1999, PEC 167/1999,  PEC 169/1999, PEC  633/1999, PEC 260/2000,  PEC 321/2001, PEC  377/2001, PEC 582/2002,  PEC 64/2003, PEC  179/2003, PEC 272/2004,  PEC 302/2004, PEC  345/2004, PEC 489/2005,  PEC 48/2007, PEC  73/2007, PEC 85/2007,  PEC 87/2007, PEC  125/2007, PEC 399/2009,  PEC‐57/2011, PEC‐

223/2012 e PEC‐228/2012.   

PRIORITÁRIO.    

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

CF/88 

Ato  Infraciona l. 

Idade Penal  PEC  20/1999 

Senado  Federal 

José  Roberto  Arruda e  outro(s)  Sr(s). 

Senador (es)  

Altera o artigo 228 da  Constituição Federal, 

reduzindo para 16 anos a idade  para imputabilidade penal.  

05/04/2011 ‐ PLENÁRIO Situação: 

DESARQUIVADA. Ação: Aprovado o  Requerimento nº 296, de 2011. 

Uma vez que já se encontra instruída pela  CCJ, aguardará inclusão em Ordem do Dia.

16/04/2012 COORD. LEGISLATIVA DO  SENADO. Ação: Aguardando inclusão em  Ordem do Dia. 

Tramitam em conjunto  (5): PEC 18/1999, PEC  3/2001, PEC 26/2002,  PEC 90/2003, PEC  9/2004.         

EMENDA N. 1 – CCJ,  pela aprovação com  nova redação.  

PRIORITÁRIO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.       

(14)

CF/88 

Ato  Infraciona l. 

Idade Penal. 

Desconsideração  da 

Inimputabilidade .  

PEC  33/2012 

Senado  Federal 

Aloysio  Nunes  Ferreira  outro(s)  Sr(s). 

Senador (es)  

Altera a redação dos arts. 129  e 228 da CF/88, acrescentando  um parágrafo único para  prever a possibilidade de  desconsideração da  inimputabilidade penal de  maiores de 16 anos e menores  de 18 anos por lei 

complementar. Dispõe que são  funções institucionais do  Ministério Público (MP)  promover, privativamente, a  ação penal pública e o  incidente de desconsideração  de inimputabilidade penal de  menores de 18 e maiores de  16 anos. Dispõe que Lei  Complementar estabelecerá os  casos em que o MP poderá  propor incidente de  desconsideração da sua  inimputabilidade.  

30/11/2012 ‐ CCJ ‐ Comissão de 

Constituição, Justiça e CidadaniaSituação: 

INCLUÍDA NA PAUTA DA REUNIÃO. Ação: 

Matéria constante da Pauta da 47ª Reunião  da Comissão de Constituição, Justiça e  Cidadania, agendada para o dia  05/12/2012. 31/01/2013 SGM ‐ 

SECRETARIA GERAL DA MESA Ação: Em sua  1ª Reunião, realizada no dia 31.01.2013, a  Mesa do Senado Federal aprovou o  Requerimento nº 1.175, de 2012, do  Senador Benedito de Lira, que solicita a  tramitação conjunta das Propostas de  Emenda à Constituição n.º 74 e 83, de  2011, e nº 33, de 2012. Ao Plenário. 

Tramitação em  conjunto (2): PEC  74/2011 (nos casos de  crimes de homicídio  doloso e roubo seguido  de morte, tentados ou  consumados, são  penalmente  inimputáveis os  menores de quinze  anos) e PEC 83/2011  (Estabelece a 

maioridade civil e penal  aos 16 anos, tornando  obrigatório o exercício  do voto nesta idade). 

PRIORITÁRIO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA  

Ato  Infraciona l.  

Efeitos da  sentença. Efeitos  civis e políticos.  

PLS  85/2012 

Senado  Federal 

Paulo  Bauer 

Altera o ECA para especificar  como efeitos automáticos da  sentença por ato infracional  cometido mediante violência  ou grave ameaça à pessoa: 

início da maioridade civil aos  21 anos; elevação para 21 anos  da idade mínima para retirar  carteira de motorista; e   suspensão dos direitos  políticos; alterando também o  Código Civil e o Código de  Trânsito.  

06/02/2013 CDH ‐ Comissão de Direitos  Humanos e Legislação Participativa  Situação: AGUARDANDO DESIGNAÇÃO DO  RELATOR. Ação: Devolvido pelo Senador  Cássio Cunha Lima. Matéria aguardando  redistribuição. 

PRIORITÁRIO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

CP 

Ato  Infraciona l. Medidas  socioeduc

Egresso. 

Antecedentes. 

Pena.  

PLC  82/2008  Origem: 

PL 

Senado  Federal 

Dep. 

Márcio  França  

Modifica o CP para estabelecer  a obrigatoriedade de 

consideração dos  antecedentes do agente 

20/09/2012SACEI.  Ação: Ao Senador  Pedro Taques para relatar, conforme Artigo  374, II, do Regimento Interno do Senado  Federal. 

Comissão de Revisão  do Código Penal (PLS  236/ 2012) 

CASA REVISORA.  

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ativas.  938/2007 infrator, relativos a medidas  socioeducativas de internação. 

PRIORITÁRIO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.  

Programa  Nacional de  Segurança  Pública com  Cidadania ‐  PRONASCI  

Medidas  socioeduc ativas.  

Profissionais. 

Formação em  serviço.  

PL  84/2011 

Câmara dos  Deputados 

Weliton  Prado ‐  PT/MG  

Altera a Lei nº 11.530/2007,  incluindo os profissionais que  trabalhem com socioeducação  de adolescentes como  beneficiários do Projeto Bolsa‐

Formação. 

13/07/2012 ‐CSPCCO ‐Parecer do Relator,  Dep. Pastor Eurico (PSB‐PE), pela 

aprovação deste, e do PL 1392/2011,  apensado, com substitutivo, incluindo 

“socioeducadores e demais  

monitores de centros de internação de  adolescentes apreendidos” como 

beneficiários do Bolsa‐Formação.         

06/12/2012 ‐ CFT ‐ Prazo para Emendas ao  Projeto  

Apensado (1): PL  1392/2011        PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: 

APROVAÇÃO.       

ECA 

Medidas  socioeduc ativas.  

Internação. 

Liberação  compulsória. 

Idade.  

PL  345/2011 

Câmara dos  Deputados 

Hugo  Leal ‐  PSC/RJ   

Altera a Lei nº 8.069/1990,  para elevar de 21 para 26 anos  a idade limite para a soltura do  adolescente infrator, 

reincidente em qualquer tipo  de conduta infracional,  condenado a medida 

socioeducativa de internação.  

04/09/2012 ‐ CSPCCO. Parecer Vencedor,  Dep. Enio Bacci (PDT‐RS), pela aprovação,  com substitutivo. 19/11/2012 –  Parecer  da CSPCCO publicado.  

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Medidas  socioeduc ativas.  

Internação. 

Liberação  compulsória. 

Prestação de  serviços.  

PLS  107/2003 

Senado  Federal 

Paulo  Paim 

Modifica os artigos 121 e 122  da Lei nº 8069/1990 (ECA),  para possibilitar que no caso  de liberação compulsória aos  21 anos de idade, o restante  do tempo da internação seja  convertido em prestação de  serviços à comunidade. 

Estabelece a aplicação da  medida de internação quando  o adolescente for integrante  do crime organizado ou  envolvido com o tráfico de  drogas.  

21/11/2012 ‐ CDH ‐ Comissão de Direitos  Humanos e Legislação Participativa  Situação: PRONTA PARA A PAUTA NA  COMISSÃO 

Ação: Reunida a Comissão, o Presidente  concede a Palavra ao Relator. Lido o  relatório (pela aprovação parcial), fica  adiada a discussão e votação por falta de  quórum. 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Ato  Infraciona l.   

Internação  provisória. 

Processo de  apuração.  

PLS  469/2008 

Senado  Federal 

Demóst enes  Torres 

Altera a Lei nº 8.069/1990  (ECA), para aumentar o prazo  de internação provisória de  adolescente infrator, fixar o 

16/05/2012 CCJSSP ‐Subcomissão  Permanente de Segurança Pública   Ação: Recebido nesta Subcomissão, o  relatório do Senador Aloysio Nunes 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

(16)

prazo máximo para a  autoridade policial concluir e  encaminhar procedimento  investigatório ao MP e alterar  o prazo máximo para o  procedimento judicial. 

Ferreira, com voto favorável ao Projeto,  nos termos do Substitutivo que apresenta.

Matéria pronta para a Pauta na  Subcomissão. 

ECA  

Ato  Infraciona l. Medidas  socioeduc ativas.  

Idade Penal. 

Internação. 

Liberação  compulsória. 

Progressão de  medida.  

PLS  71/2010 

Senado  Federal 

Marcelo  Crivella 

Altera a Lei 8.069/1990 (ECA)  para determinar que,  alcançado o período máximo  de 3 anos de internação ou ao  alcançar a maioridade e antes  da liberação, o adolescente  que praticou ato infracional  equiparado a crime hediondo,  será submetido a exame  pericial; com base no qual  poderá ser liberado, colocado  em regime de semiliberdade,  de liberdade assistida ou  transferido para a prisão; onde  permanecerá até a sentença a  título de garantia da ordem  pública; dispõe sobre o  processo penal de apuração do  crime anteriormente 

classificado como ato  infracional e sua execução.  

03/04/2012 ‐ CDH ‐ Comissão de Direitos  Humanos e Legislação Participativa. 

Situação: PRONTA PARA A PAUTA NA  COMISSÃO (com relatório favorável). 

Ação: Devolvido pelo Senador Magno  Malta sem manifestação por escrito 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA  

Medidas  socioeduc ativas. 

Direito à  Convivênc ia Familiar 

Comunitá ria.  

Internação. 

Direitos 

individuais. Visita  íntima.  

PL  3844/201

Câmara dos  Deputados 

Roberto  de  Lucena ‐  PV/SP 

Altera o art. 124 da Lei nº  8.069/1990 (ECA). Estabelece a  impossibilidade de visita íntima  a adolescente submetido a  medida socioeducativa de  internação. 

22/08/2012 ‐ Comissão de Seguridade  Social e Família (CSSF) 

Parecer do Relator, Dep. Onofre Santo  Agostini (PSD‐SC), pela aprovação. 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Ato  Infraciona l. Medidas 

Internação. 

Internação  provisória.  

PL  347/2011 

Câmara dos  Deputados 

Hugo  Leal ‐  PSC/RJ 

Altera dispositivos da Lei nº  8.069/1990 (ECA) para tratar  das hipóteses de aplicação da 

22/03/2012 ‐Comissão de Segurança  Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO). Designado Relator, Dep. Onyx 

Apensados (4): PL  1052/2011 (1), PL 

1895/2011; PL 3503/2012;  

(17)

socioeduc ativas.   

medida de internação e  aumentar o prazo de  internação provisória de  adolescente infrator, nos casos  que especifica, para 90 dias.   

Lorenzoni (DEM‐RS)   

02/05/2012 ‐ Mesa Diretora da Câmara dos  Deputados (MESA): Apense‐se a este(a)  o(a) PL‐3680/2012. 

PL 3680/2012. 

Os PLs apensados  estabelecem, dentre  outras medidas: extensão  do período máximo de  internação, com ampliação  nos casos de reiteração e  graves infrações, aplicação  de medida de segurança  após laudo psiquiátrico e  internação preventiva. 

Tudo na linha do chamado 

“Direito Penal Juvenil”.      

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Ato  Infraciona l. Medidas  socioeduc ativas.  

Internação. 

Internação  psiquiátrica. 

Antecedentes.  

PL  348/2011 

Câmara dos  Deputados 

Hugo  Leal ‐  PSC/RJ 

Altera a Lei nº 8.069/1990  (ECA), para dispor sobre  antecedentes, tratamento  ambulatorial, internação em  estabelecimento de 

tratamento psiquiátrico e  responsabilidade do Estado.  

23/05/2011 ‐Comissão de Segurança  Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) 

Parecer do Relator, Dep. William Dib  (PSDB‐SP), pela aprovação deste, com  substitutivo, e pela rejeição do PL  1035/11, apensado. 

Apensado (1): PL  1035/2011 (específico  sobre antecedentes)  PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Medidas  socioeduc ativas. 

Direito à  Profission alização e  à 

Proteção  no  Trabalho.  

Internação. 

Período. 

Educação  profissional.  

PL  346/2011 

Câmara dos  Deputados 

Hugo  Leal ‐  PSC/RJ 

Altera dispositivo do ECA, para  prever aumento do tempo de  internação de adolescente  autor de ato infracional grave  para até 5 anos, nos casos em  que a Lei Penal puna com  reclusão.  

05/04/2011 ‐ Comissão de Segurança  Pública e Combate ao Crime Organizado  (CSPCCO) 

Designado Relator, Dep. Alessandro Molon  (PT‐RJ). 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Medidas  socioeduc ativas. 

Direito à  Educação. 

Internação. 

Semiliberdade. 

Liberdade  assistida. 

Período. 

Educação.   

PLS  478/2003 

Senado  Federal 

Demóst enes  Torres 

Altera os artigos 61, 118, 120,  121, 122 e 123 do ECA, para  fixar novos prazos de duração  das medidas de liberdade  assistida, de semiliberdade e  de internação, e estabelecer a 

17/11/2011CAS ‐Comissão de Assuntos  Sociais Situação: MATÉRIA COM A  RELATORIAAção: O Presidente da 

Comissão, Senador Jayme Campos, designa  a Senadora Angela Portela Relatora da  matéria. 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

(18)

oferta obrigatória de  atividades pedagógicas. 

ECA 

Medidas  socioeduc ativas.  

Internação. 

Semiliberdade. 

Prestação de  serviço à  comunidade. 

Período.   

PLS  118/2007 

Senado  Federal 

Pedro  Simon 

Altera o ECA para dispor sobre  a prestação cumulativa de  medidas socioeducativas,  regulamenta a medida de  prestação de serviços  comunitários, proíbe 

atividades externas e estende  os prazos de internação para  até 6 anos quando da prática  de crime hediondo, não  limitado à  superveniente  maioridade. Atingidos os  limites da media deve ser  liberado, colocado em regime  de semiliberdade ou liberdade  assistida.  

03/05/2011: CDH ‐ Comissão de Direitos  Humanos e Legislação Participativa  Situação: MATÉRIA COM A RELATORIA. 

Ação: O Presidente da Comissão de  Direitos Humanos e Legislação 

Participativa, Senador Paulo Paim, designa  o Senador Magno Malta relator da matéria. 

Ao Gabinete do Senador Magno Malta. 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA 

Ato  Infraciona l. Medida  Socioeduc ativa. 

Prevençã o. 

Internação. 

Idade máxima. 

Período máximo. 

Proibição de  venda de fumo.    

PLS  389/2011 

Senado  Federal 

Vital do  Rêgo 

Altera dispositivos do ECA para dispor que o período máximo  de internação é de 5 anos e  que a liberação será  compulsória aos 23 anos de  idade. Adiciona, dentre as  hipóteses de medida de  internação, o tráfico ilícito de  entorpecentes e o racismo. 

Adequa o art. 60 do ECA ao  disposto na CF/88 e proíbe a  venda de produtos fumígenos.  

26/04/2012 CAS ‐ Comissão de Assuntos  Sociais.  Situação: MATÉRIA COM A  RELATORIAAção: Reencaminhado ao  Gabinete do Relator, Senador Paulo Davim.

Tramita em conjunto  com (2): PLS 357/2011  (Proíbe a venda de  derivados do tabaco) e  PLS 568/2011 (Torna  crime a venda de  substância fumígena a  menores de 18 anos). 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

ECA e Lei do  SINASE ‐  Sistema  Nacional de  Atendimento  Socioeducativ o (Lei nº  12.594/2012)  

Medidas  socioeduc ativas.  

Nova medida. 

Atendimento  médico‐

psiquiátrico.  

PLS  23/2012 

Senado  Federal  

Aloysio  Nunes  Ferreira 

Altera o ECA para prever nova  modalidade de medida  socioeducativa: o atendimento  médico‐psiquiátrico, 

consistente em tratamento  ambulatorial ou internação. 

Estabelece as hipóteses e o  procedimento para a aplicação  de tal medida e que esta não 

16/05/2012 CAS ‐Comissão de Assuntos  Sociais. Situação: APROVADO PARECER NA  COMISSÃO. Ação: Em Reunião 

Extraordinária realizada nesta data, é  aprovado o Relatório do Senador Cyro  Miranda, que passa a constituir o Parecer  da CAS favorável ao Projeto, nos termos  da Emenda nº 1‐CAS (Substitutivo).       

29/05/2012 CDH ‐ Comissão de Direitos 

PARA 

ACOMPANHAMENTO. 

INDICAÇÃO: REJEIÇÃO  INTEGRAL.      

Referências

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