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A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O OFICIAL COMBATENTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO

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ACADEMIA MILITAR DAS AGULHAS NEGRAS ACADEMIA REAL MILITAR (1811)

CURSO DE CIÊNCIAS MILITARES

Wilson Castro Silva Júnior

A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O OFICIAL COMBATENTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Resende

2019

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Wilson Castro Silva Júnior

A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O OFICIAL COMBATENTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Militares, da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN, RJ), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Militares

Orientador: Marcelo João Naves

Resende

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2019

Wilson Castro Silva Júnior

A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O OFICIAL COMBATENTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO

Monografia apresentada ao Curso de Graduação em Ciências Militares, da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN, RJ), como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Ciências Militares

Aprovado em ____ de ______________________ de 2019:

Banca examinadora:

_____________________________________

Marcelo João Naves – Maj QCO (Presidente/Orientador)

_____________________________________

_____________________________________

(4)

Resende 2019

Dedico esta monografia a Deus, primeiramente, que tem me sustentado até aqui diante

de todas as dificuldades, e que hoje me possibilita enxergar, cada vez mais, o tão almejado

sonho de formar-me um oficial do Exército Brasileiro. Aos meus pais, Wilson e Gleide, que

sempre me apoiaram em todas as minhas decisões. À minha mãe de coração, Mary, que

sempre se dedicou a mim da melhor maneira. Também, à minha namorada Isabelle, que tem

enfrentado ao meu lado essa jornada. Por fim, quero dedicar este trabalho aos nossos eternos

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irmãos que, devido à permissão de Deus, ficaram pelo caminho nessa formação, mas que foram até o fim de suas vidas cumprindo seu nobre dever.

AGRADECIMENTOS

Agradeço, primeiramente, ao meu Deus, pois sem Ele eu não conseguiria exatamente nada do que tenho hoje. Por ter me permitido chegar até aqui e me proporcionar a esperança de que, em breve, serei um oficial do Exército Brasileiro.

Agradeço ao meu pai, Wilson Castro, que foi extremamente fundamental para que eu concluísse esta monografia, dando-me todo o alicerce necessário para que eu obtivesse o êxito.

Agradeço à minha família, especialmente aos meus pais, por serem meus principais exemplos de vida e que sempre me incentivaram a lutar pelo que acredito e, em momento algum, permitiram que eu desistisse dos meus objetivos.

Agradeço à minha namorada Isabelle, pois ela é minha motivação, todos os dias, para tornar-me uma pessoa melhor.

Agradeço aos meus camaradas, pois sem eles é impossível vencer essa formação.

Agradeço ao meu orientador, major Naves, que esteve dedicando seu tempo e sempre cobrando o meu melhor nessa complexa monografia.

Enfim, quero agradecer a todos que, de alguma forma, contribuíram para que eu me

mantivesse firme até aqui, pois não cheguei ao final sozinho, disso eu tenho a plena certeza.

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RESUMO

A IMPORTÂNCIA DA GRAMÁTICA DA LÍNGUA PORTUGUESA PARA O OFICIAL COMBATENTE DO EXÉRCITO BRASILEIRO

AUTOR: Wilson Castro Silva Júnior ORIENTADOR: Marcelo João Naves

A gramática é o grupo de regras que regulamenta a norma culta da fala e da escrita de um determinado idioma. Conhecer e dominar as regras gramaticais é de grande importância para o profissional, independente da área de atuação. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a importância da gramática da língua portuguesa para o oficial do Exército Brasileiro, formado na Academia Militar das Agulhas Negras. A pesquisa foi na abordagem qualitativa, os procedimentos técnicos utilizados foram do tipo pesquisa bibliográfica, com a finalidade de recolher informações para análise das diversas posições acerca do problema da pesquisa. A gramática da língua portuguesa é dividida em tipos, e defini-los permite refletir sobre a forma mais adequada de abordá-la no ensino da língua portuguesa, levando em consideração o trabalho com gêneros textuais e discursivos. Esta pesquisa fundamentou-se em pesquisar apenas três tipos de gramática: normativa, descritiva e internalizada, que são consideradas relevantes para o aprimoramento profissional do oficial do Exército Brasileiro. É necessário que se discuta com mais profundidade a importância da gramática da língua portuguesa para o oficial do Exército Brasileiro, pois é perceptível que a maioria da população brasileira e muitos profissionais de diversas áreas não dominam as regras gramaticais. Sendo assim, a gramática da língua portuguesa, principalmente a normativa e internalizada, com seus aspectos diferentes, mas importantes, tem grande importância, tanto para a formação, quanto para a valorização, credibilidade e desenvolvimento do oficial do Exército Brasileiro, formado na Academia Militar das Agulhas Negras.

Palavras-chave: Língua portuguesa. Gramática. Exército Brasileiro. AMAN.

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ABSTRACT

THE IMPORTANCE OF THE GRAMMATICS OF THE PORTUGUESE LANGUAGE FOR THE COMBATING OFFICIAL OF THE BRAZILIAN ARMY

AUTHOR: Wilson Castro Silva Júnior ADVISOR: Marcelo João Naves

Grammar is the group of rules that regulates the cultured standard of speech and writing of a particular language. Knowing and dominaring the rules is important for the professional, regardless of the area of activity. The objective of this research was to evaluate the importance of the Portuguese language grammar for the Brazilian Army officer, graduated from the Military Academy of Agulhas Negras. The research was in the qualitative approach, the technical procedures used were of the type bibliographic research, with the purpose of gathering information to analyze the various positions about the research problem. The grammar of the portuguese language is divided into types, and defining them allows us to reflect on the most appropriate way to approach it in the teaching of the portuguese language, taking into account the work with textual and discursive genres. This research was based on searching only three types of grammar: normative, descriptive and internalized, which are considered relevant for the professional improvement of the Brazilian Army official. It is necessary to discuss in more depth the importance of the grammar of the portuguese language to the official of the Brazilian Army, since it is noticeable that the majority of the brazilian population and many professionals of diverse areas do not dominate the grammatical rules.

Thus, the grammar of the portuguese language, mainly normative and internalized, with its diferent aspects, but importante, has great importance, both for the formation, as for the valorization, credibility and development of the Brazilian Army official, graduated from the Military Academy of the Agulhas Negras.

Keywords: Portuguese language. Grammar. Brazilian Army. AMAN.

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Entrevista do General Villas

Boas...21

Figura 2 - Twitter do Exército

Brasileiro...25

Figura 3 - Militar argumentando com manifestantes em Operação GLO...26

Figura 4 - Atividade de ordem à

Patrulha...29

Figura 5 - Militar discursando perante a

tropa...33

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

AMAN Academia Militar das Agulhas Negras

FATD Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar PBCE Posto de Bloqueio e Controle de Estradas

GLO Garantia da Lei e da Ordem

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 121

1.1 OBJETIVOS ... 143

1.1.1 Objetivo Geral ... 143

1.1.2 Objetivos Específicos ... 143

2 REFERENCIAL METODOLÓGICO...14

2.1 TIPO DE PESQUISA...14

3 REFERENCIAL TEÓRICO... 165

3.1 16ASPECTOS GERAIS SOBRE A GRAMÁTICA...15

3.2 TIPOS DE GRAMÁTICA...15

3.2.1 Gramática normativa ... 227

3.2.2 Gramática descritiva ... Erro! Indicador não definido.9 3.2.3 Gramática internalizada...20

3.3 DOCUMENTOS E TEXTOS OFICIAIS DURANTE A CARREIRA MILITAR ... 21

3.4 A COMUNICAÇÃO DO OFICIAL COM O PÚBLICO CIVIL ... 232

(11)

3.4.1 A gramática utilizada nas mídias sociais...23

3.4.2 A gramática como auxílio para a persuasão...25

3.5 A GRAMÁTICA NO ÂMBITO MILITAR

INTERNO...27

3.6 A INTEGRAÇÃO DA GRAMÁTICA COM A CARREIRA

MILITAR...29

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... Erro! Indicador não definido.1

REFERÊNCIAS ... Erro! Indicador não definido.3

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1 INTRODUÇÃO

Os registros históricos dizem que a primeira gramática produzida na história da civilização foi a de um gramático indiano chamado Pãnini, mas é aceito que os primeiros a estudarem, de maneira formal, foram os gregos por meio da filosofia, afinal estes sempre foram grandes admiradores do conhecimento.

De acordo com Travaglia (2005, p. 2), “gramática pode ser entendida como o próprio mecanismo da língua e que a configura enquanto tal em sua constituição e funcionamento”. A gramática é o grupo de regras que regulamenta a norma culta da fala e da escrita de um determinado idioma. É a área da linguística que estuda a estrutura das frases e das orações, de modo que estas estejam todas grafadas e posicionadas corretamente.

Toda língua, tal como suas variantes, possui uma gramática própria. A língua portuguesa, por exemplo, tem a sua, a qual é dividida em três partes: fonologia, morfologia e sintaxe.

A fonologia, de maneira geral, estuda a pronúncia correta dos vocábulos, a tonicidade das palavras e a exposição escrita da língua. Já a morfologia estuda a composição das palavras e suas classes gramaticais. Por fim, a sintaxe estuda a maneira em que as palavras vão se dispor nas frases e as frases nas orações. Tendo o conhecimento sobre essas três partes, o indivíduo passa a dominar a escrita e a fala da língua portuguesa, que, atualmente, é um fator muito importante.

O domínio da norma culta da língua portuguesa é um aspecto bastante avaliado pelas pessoas e, principalmente, no campo profissional. A falta de habilidade com a língua portuguesa pode ser um dos problemas principais encontrados, para que a pessoa ingresse no campo de trabalho, além de ser um fator que causa má impressão e desconfiança do profissional, no exercício de sua profissão.

Uma boa comunicação é, sem dúvida, muito importante no mundo corporativo. Os profissionais de diversas áreas precisam comunicar-se por meio de telefone, documentos, correio eletrônico e pessoalmente. Em qualquer dessas formas de comunicação são essenciais o conhecimento e o correto funcionamento da língua portuguesa, inclusive o domínio desta é ainda mais valorizado em algumas profissões.

Ao realizar uma conexão desse assunto com as expectativas sobre um oficial

combatente do Exército Brasileiro, isto é, de um militar formado na Academia Militar das

Agulhas Negras – AMAN, surge a seguinte questão que norteia esta pesquisa: qual a

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importância da gramática da língua portuguesa para o oficial combatente do Exército Brasileiro?

Um dos aspectos esperados no oficial do Exército Brasileiro é o domínio da língua portuguesa. O oficial está em constante comunicação com as pessoas, tanto por meio da oralidade, como pela escrita, seja com subordinados, superiores ou com a sociedade civil.

Um oficial lida bastante com fatores que exigem o conhecimento de gramática no decorrer da carreira, como, por exemplo, documentações do tipo sindicâncias, inquéritos, Formulário de Apuração de Transgressão Disciplinar - FATD, plano de segurança, gerenciamento de risco, entre outros. Além disso, o oficial transmite aos seus subordinados ordens verbais e escritas, assim como reporta diversas informações aos seus superiores. Todos esses fatores requerem que os procedimentos sejam escritos ou falados corretamente, pois uma vírgula errada na escrita ou uma frase posicionada incorretamente na fala pode provocar um entendimento incorreto da informação, e assim comprometer o cumprimento de missão.

O motivo de alguns oficiais cometerem erros gramaticais na fala e na escrita pode estar associado à falta de conhecimento de regras gramaticais, podendo trazer consequências indesejáveis. De acordo com Vaz Pedro (2019), a importância da gramática é fundamental para o ensino como para o domínio da língua. Conhecer as regras é essencial e permite que o leitor compreenda como as palavras são articuladas na frase ou no texto e, dessa forma, melhore a sua capacidade de interpretação e comunicação, aspectos essenciais na carreira profissional do oficial do Exército Brasileiro.

Esta pesquisa apresenta grande relevância, pois tem sua contribuição ao trazer para o centro das discussões a importância da gramática da língua portuguesa para o oficial combatente do Exército Brasileiro e, também, mostrar os impactos positivos e negativos que podem ser causados pela utilização ou inobservância das regras gramaticais. Discutir a importância e as consequências da gramática da língua portuguesa e suas relações com a profissão do oficial militar tem reflexos diretos nas suas ações, relacionamentos, comunicação, valorização, credibilidade, entre outros aspectos, durante o seu desenvolvimento profissional, ao longo da carreira militar.

Conhecer e dominar as regras gramaticais é de grande importância para o profissional,

independente da área de atuação. A falta de domínio dessas regras pode acarretar problemas,

como erros de comunicação, falta de segurança, ausência de persuasão e falta de

credibilidade.

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A metodologia da pesquisa, quanto à abordagem, foi qualitativa. Quanto aos procedimentos técnicos utilizados para o desenvolvimento, a pesquisa teve o caráter bibliográfico.

Este trabalho monográfico foi organizado e dividido em quatro capítulos. No capítulo 1, foi realizada a Introdução; no capítulo 2, foi abordado o referencial metodológico, em que se apresentou o tipo de pesquisa utilizado para a realização deste trabalho; no capítulo 3, desenvolveu-se o referencial teórico, elencando-se os aspectos gerais sobre a gramática.

Foram apresentados os tipos de gramáticas, a normativa, a descritiva e a internalizada, com suas particularidades e aplicações. Foi feita uma abordagem sobre a importância da gramática na produção de documentos e textos oficiais durante a carreira militar. Em seguida, descreveu-se a comunicação do oficial com o público civil, mostrando a importância do conhecimento das regras gramaticais para uma boa comunicação nas mídias sociais e no poder de persuasão para influenciar pessoas. Também foi apresentada a utilização da gramática no âmbito militar interno, nos procedimentos de comunicação com superiores e subordinados. E, por fim, mostrou-se a integração da gramática com a carreira militar. No capítulo 4, foram apresentadas as considerações finais.

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo geral

Avaliar a importância da gramática da língua portuguesa para o oficial do Exército Brasileiro, formado na Academia Militar das Agulhas Negras.

1.1.2 Objetivos específicos

Realizar uma abordagem sobre os tipos de gramática da língua portuguesa.

Apresentar a importância da gramática para a elaboração de documentos e textos oficiais.

Mostrar a importância da gramática para o oficial formado na AMAN ao comunicar-se com a sociedade civil.

Mostrar a importância da gramática para o oficial combatente ao se comunicar no

ambiente militar.

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2 REFERENCIAL METODOLÓGICO

2.1 TIPO DE PESQUISA

A pesquisa teve a abordagem qualitativa. Considerando o critério de classificação de pesquisa proposto por Vergara (1990), quantos aos procedimentos técnicos utilizados para o seu desenvolvimento, ou seja, quanto aos meios, a pesquisa foi do tipo bibliográfica, a qual foi realizada a partir do levantamento de referências teóricas, já analisadas e publicadas, por meio escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, teses, dissertações, páginas de web sites e outras, com a finalidade de recolher informações ou conhecimentos prévios, para análise das diversas posições acerca do problema da pesquisa.

A pesquisa bibliográfica traz subsídios para o conhecimento sobre o que já foi pesquisado, conforme esclarece Boccato (2006, p. 266):

a pesquisa bibliográfica busca a resolução de um problema (hipótese) por meio de referenciais teóricos publicados, analisando e discutindo as várias contribuições científicas. Esse tipo de pesquisa trará subsídios para o conhecimento sobre o que foi pesquisado, como e sob que enfoque e/ou perspectivas foi tratado o assunto apresentado na literatura científica. Para tanto, é de suma importância que o pesquisador realize um planejamento sistemático do processo de pesquisa, compreendendo desde a definição temática, passando pela construção lógica do trabalho até a decisão da sua forma de comunicação e divulgação.

Conforme especifica Kaimen et al. (2008), a pesquisa bibliográfica é de grande importância e tem o objetivo de levantar conhecimentos disponíveis sobre teorias, a fim de avaliar, analisar, produzir ou explicar um objeto que está sendo investigado. Essa pesquisa analisa as principais teorias de um tema e pode ser realizada com diferentes finalidades.

De acordo com Pizzani et al. (2012), a pesquisa bibliográfica é um trabalho investigativo minucioso em busca do conhecimento e base fundamental para uma pesquisa.

Proporciona um aprendizado sobre uma determinada área do conhecimento; facilita ao pesquisador a identificação e seleção dos métodos e técnicas que serão utilizados na pesquisa;

e auxilia o pesquisador, oferecendo subsídios para a redação da introdução e dos demais

capítulos de um trabalho científico.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 ASPECTOS GERAIS SOBRE A GRAMÁTICA

“A gramática teve origem há dois séculos antes da era cristã na escola de Alexandria, sendo os gregos os primeiros a se dedicarem ao estudo gramatical e às suas estruturas gramaticais com objetivo de preservar a pureza da língua grega que estava sendo contaminada por barbarismos”. (LIMA, 2006, p. 36).

Sobre a origem da gramática da língua portuguesa, Kemmler (2013, p. 145) relata que:

A história da linguística portuguesa teve o seu início com a publicação da Grammatica da lingoagem Portuguesa (1536) de Fernão de Oliveira (1507-ca.1581) e da Grammatica da Lingua Portuguesa (1540) de João de Barros (1496-1570), quatro décadas após a impressão da primeira gramática de uma língua vernácula, nomeadamente a Gramática de la lengua Castellana (1492) do espanhol Elio Antonio de Nebrija (1444-1522). No entanto, é de constatar que à divulgação de gramáticas em vernáculo cabia somente um papel secundário em toda a Europa renascentista, visto que a língua dominante no sistema de ensino (e também na maioria da produção metalinguística) era o latim, que continuou a preencher um papel preponderante até meados do século XIX.

De acordo com Carvalho (1988, p. 21):

Foi editada em Lisboa, em 1536, a gramática da linguagem portuguesa, escrita por Fernão de Oliveira, com grande atenção à questão ortográfica. Não foi considerada exatamente uma gramática, mas uma primeira anotação da língua portuguesa, apesar de ter sido um marco nesse tipo de estudo. João de Barros, em 1540, elaborou a gramática, que foi reconhecida como a primeira gramática da língua portuguesa, que tinha os cunhos normativo e pedagógico.

Há diferentes posturas entre os linguistas em torno da noção de gramática. Para Franchi (2006, p. 99), a gramática é um “conjunto de regras e princípios de construção e transformação das expressões de uma língua natural que as correlacionam com seu sentido e possibilitam a interpretação”.

3.2 TIPOS DE GRAMÁTICA

A gramática da língua portuguesa é dividida em tipos, e defini-los permite refletir

sobre a forma mais adequada de abordá-la no ensino da língua portuguesa, levando em

consideração o trabalho com gêneros textuais e discursivos (FERREIRA, 2013).

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Com base em autores como Antunes (2007), Bagno (2009), Travaglia (2009), Possenti (2012), entre outros que produzem estudos a respeito da língua portuguesa materna, foram apresentados três tipos de gramáticas que são considerados relevantes para o ensino da língua portuguesa: a Normativa, a Descritiva e a Internalizada, de modo que não se desprestigie os outros tipos de gramáticas, apesar de não serem explorados (MACIEL; SILVA, 2016).

Possenti (2012, p. 64) estabelece uma definição, de forma ampla, à gramática como sendo um “conjunto de regras” e, também, afirma que é possível caracterizá-la em três tipos:

“1) conjunto de regras que devem ser seguidas; 2) conjunto de regras que são seguidas; 3) conjunto de regras que o falante domina”. De acordo com Kaodoinski (2015, p. 84) “para o teórico, é importante destacar essas três noções porque cada uma delas representa o eixo central de uma concepção de gramática, respectivamente: por normativa, descritiva e internalizada.”

Quadro 1 – Tipos de gramática

Gramática normativa = conjunto de regras que devem ser seguidas

Gramática descritiva = conjunto de regras que são seguidas

Gramática internalizada = conjunto de regras que o falante domina

Regra Obrigação: assemelha-se à lei jurídica: “é o que deve ser”

Busca pelas

regularidades da língua:

assemelha-se à lei da natureza: “é o que é”

É a língua em situações de uso pela falante: são conhecimentos/usos

linguísticos dos falantes, com regras implícitas (sem que se tenha consciência delas, muitas vezes)

Língua -Expressão das pessoas cultas – regras baseadas apenas na modalidade escrita – critério literário – norma culta ou variante padrão ou dialeto padrão

- Regularidades – não existem línguas uniformes – o critério não é apenas literário

Erro - O que foge da boa linguagem, segundo a norma culta

- Há variáveis entre padrões de uso – só é erro o que não faz parte sistemática de nenhuma variante da língua Fonte: Nery (2019).

Antes de buscar explicar a relevância da gramática, é importante conhecer os seus

tipos. O oficial do Exército Brasileiro, no decorrer da carreira, trabalhará muito com a

elaboração de textos e, principalmente, com discursos. Então, percebe-se a importância de

abordar e ter definidos os tipos de gramática para saber como conduzirá esse conhecimento

diariamente. Para este trabalho, serão abordados os três tipos de gramática citados no

parágrafo anterior, pois eles norteiam de forma suficiente o conteúdo a ser tratado ao longo da

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leitura. Há muitos outros tipos de gramáticas, mas, apesar de eles não terem sido mencionados, todos possuem suas finalidades específicas e não devem ser desprestigiados.

3.2.1 Gramática normativa

A gramática normativa da língua portuguesa surgiu em 1940, publicada por Silveira Bueno, o qual se preocupava com a formação de leitores e de produtores proficientes de textos e não no estudo das normas. Esta autora tentou subverter o modo de ensinar a língua portuguesa no Brasil, porém não obteve êxito (CAVALIERI, 2014). A autora afirmava que o estudo das normas se posicionava de forma anacrônica e inútil, entretanto, não obteve êxito no seu intuito, pois, se a gramática é normativa, deve-se basear nas normas, independente dos usos e costumes de época.

“Conjunto de regras que devem ser seguidas” refere-se à gramática normativa (gramáticas pedagógicas) presente nos livros didáticos, a qual apresenta um conjunto de regras que devem ser dominadas e que produz como efeito o emprego da variedade padrão, ou seja, o falar e o escrever “corretamente”. Obrigação e avaliação do certo e do errado são expressados por meio das regras da gramática normativa, sendo que, se o oficial violar essas regras, pode tornar-se objeto de reprovação, desvalorização e descrédito, mas, se segui-las na forma padrão, pode ser avaliado positivamente e valorizado, tanto na vida profissional, como na vida social.

Possenti e Ilari (1987, p. 12) afirmam que a gramática normativa enquadra-se na acepção de “conjunto de regras a serem seguidas para que se possa falar e escrever corretamente”. Dessa forma, esse tipo de gramática só faz sentido para quem a domina, pois está estabelecida dentro de padrões da norma culta.

Conforme Perini (1985, p. 22), “a gramática normativa pode ser entendida como o esforço de ensinar um dialeto particular de uma língua (língua padrão) a pessoas que conhecem e empregam outro (língua coloquial)”. Interessante observar a particularidade da linguagem formal ou culta carregando consigo a rigidez das normas gramaticais, e a informalidade da linguagem coloquial utilizada no cotidiano, que não exige a observância total da gramática.

De acordo com Ferreira (2013), essa primeira maneira que o conjunto de regras pode

ser entendido está se referindo à gramática normativa. Essa é a que se apresenta nos livros

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19

didáticos e que define as regras que são consideradas o padrão a ser seguido, isto é, a forma

“correta” de falar e escrever.

Segundo Possenti (1996), as regras da gramática normativa expressam um dever e através delas se classificam o certo e o errado, e quando não são seguidas, aquele que discursa ou escreve torna-se objeto de reprovação, porém, quando não violadas, é avaliado positivamente na vida social.

Quando se trata do termo “norma culta” da língua portuguesa, refere-se à gramática normativa. Esse é o tipo de gramática que o oficial combatente do Exército Brasileiro deve considerar de fundamental importância, pois é por meio dela que ele demonstrará que possui o domínio da fala em seus discursos e da escrita nas elaborações de documentos oficiais.

Também é por meio dela que o militar causará uma impressão positiva ou negativa aos seus ouvintes.

Segundo Surdi (2010, p. 17):

A gramática normativa é um espaço de contenção de sentidos por excelência, pois almeja conter os sentidos que as palavras carregam, suas possibilidades de uso, suas possíveis combinações entre outros aspectos, em uma tentativa de afastar as possibilidades do equívoco, da falha, do deslize serem constitutivos da gramática e, por conseguinte, da língua.

De acordo com Orlandi (2007, p. 54):

As gramáticas são objetos históricos, são instrumentos linguísticos e constituem um lugar de construção e representação da unidade e da identidade (Língua/Nação/Estado), através do conhecimento, em uma tentativa de salvaguardar a língua. Esse movimento de salvaguardar a língua está ligado ao processo de gramatização, ou seja, sistematizar para transmitir o saber linguístico. Isso implica em distinguir quem sabe e quem não sabe a língua corretamente. O saber gramatical indica a escolaridade do sujeito e lhe dá o estatuto de falar corretamente porque domina as regras da língua através da sua descrição. Além de ser um processo de construção de um saber sobre a língua nacional, o saber gramatical tem como consequência algo mais substancial e definidor: a constituição de sujeito nacional, um cidadão brasileiro com sua língua própria, visível na gramática.

Observando o que concerne sobre o conceito de gramática normativa, Neves (2011, p.22) especifica que:

No que concerne ao conceito de gramática normativa, é possível ainda arriscar um desdobramento que resulte na ocorrência de dois outros tipos de gramática: a normativa pedagógica, que não são senão os célebres manuais didáticos, isto é, livros preparados com a clara intenção de adoção em sala de aula, por isso mesmo com apresentação de exercícios após a lição teórica; e a normativa teórica, aquela que, sem uma explícita intenção didática, procura registrar regras e preceitos voltados para o uso supostamente correto de um determinado idioma, a partir de uma variante culta que se constitui, assim, na norma padrão da língua.

A gramática normativa é conhecida como a norma culta, dentro dos padrões da língua

corretamente falada e escrita. Suas regras gramaticais estabelecem, por exemplo, normas de

concordância e regência verbal e nominal; flexões de gênero, número e pessoa; as colocações

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20

de palavras nas frases; além de pontuação e acentuação. Este tipo de gramática é muito valorizada, pois a pessoa que a domina é considerada uma boa falante e possui uma ótima produção de textos, pontos fundamentais e essenciais em diversas atividades profissionais (BRAGA, 2018).

De acordo com Fontenele (2012), a gramática normativa é aquela que estuda apenas os fatos da língua padrão, da norma culta de uma língua, norma que se tornou oficial. Esse tipo de gramática é o que se estuda nas escolas, e não aceita nenhuma variedade que a língua apresenta. A autora destaca que este tipo de gramática, muitas vezes, pode ser problemática, pois, por ser considerada culta, atende, normalmente, às classes sociais mais elevadas, com alto poder econômico, político e cultural e outros.

A gramática normativa da língua portuguesa estabelece parâmetros e normas, que definem se a sua utilização está correta ou não. Em se tratando de língua padrão e de norma culta, a gramática normativa tem suas normas definidas e apresenta uma única estrutura possível. O domínio das regras gramaticais é de fundamental importância para o oficial do Exército Brasileiro, pois lhe dá o poder de escrever e falar corretamente, pontos essenciais que demonstram a excelência no desenvolvimento da sua profissão, atingindo patamares mais elevados e reconhecimento do seu nível de intelectualidade.

É de grande relevância para o oficial do Exército Brasileiro a utilização das normas que representam o ideal da expressão correta, a linguagem coerente, a qual está dentro dos padrões da norma culta, observando que a pessoa que a domina é considerada uma boa falante e a sua produção textual é mais valorizada.

3.2.2 Gramática descritiva

A segunda maneira que o conjunto de regras pode ser entendido, de acordo com Possenti (1996), diz a respeito da gramática descritiva: “o conjunto de regras que são seguidas”. Esta não atenta a regras normativas, ou seja, não foca na forma correta de falar ou escrever. Ela colabora com o trabalho dos linguistas, que buscam descrever e/ou explicar as línguas tais como elas são faladas, tornando-as conhecidas.

De acordo com Ferreira (2013, p. 12):

A gramática descritiva orienta o trabalho dos linguistas, que explicam as línguas

como elas são faladas, tornando-as conhecidas. Essa gramática explicita as regras

que são realmente utilizadas pelos falantes, assim, ao observar os fatos da língua,

não os critica apenas os descreve sem qualquer posição valorativa. Para essa

gramática, nenhuma expressão da língua descrita, ou seja, nenhuma de suas

variedades é considerada errada. Na perspectiva da gramática descritiva, erro é

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ocorrência de formas ou construções que não fazem parte da maneira sistemática de nenhuma das variantes de uma determinada língua. Assim, ela faz distinção entre diferença linguística e erro linguístico. Aquela é apenas construções ou formas que divergem de certo padrão e este é construções que não se enquadram em qualquer das variedades da língua descrita.

Travaglia (2001) relata que a gramática descritiva tem o seu ponto de estudo da língua de uma forma mais crítica. Descrevem a estrutura e o funcionamento da língua, preocupando- se em descrever e explicar as línguas como elas são faladas. De acordo com Fontenele (2012), esta gramática descreve e registra uma variedade de língua e não apenas a variedade culta, procurando explicar os usos da língua e que não existem língua uniformes. Além de utilizar da informalidade, não tem o objetivo de apontar erros, mas de identificar todas as formas de expressão existentes.

A gramática descritiva, apesar de ter suas finalidades, não é fundamental para a profissão militar. O oficial não precisará descrever ou explicar a forma como as línguas são faladas, ele precisa falar a língua da maneira correta. Este tipo de gramática não se importa se a palavra está escrita da forma correta ou não, para ela nenhuma variedade linguística é considerada errada. Por esta razão, este trabalho não irá se ater a esse tipo de gramática, mas priorizará a normativa.

3.2.3 Gramática internalizada

Ainda dando continuidade à citação de Possenti, sobre a terceira maneira que o conjunto de regras pode ser entendido, trata-se da gramática internalizada do indivíduo. Essa gramática diz sobre a capacidade de uma pessoa elaborar frases e sequências, totalmente, compreensíveis sem possuir um estudo formal (FERREIRA, 2013). “Pode-se entender então que a gramática internalizada é o conhecimento implícito dos falantes” (FERREIRA, 2013, p.13).

A gramática internalizada foi nomeada por Antunes (2007) como sendo a gramática da língua. O autor (2007) afirma que: “essa gramática está inerentemente ligada à exposição da pessoa aos usos da língua. A escola virá depois, para ampliar” (p. 27). Esta ampliação do uso da língua pode causar a hipercorreção, que é a aplicação de uma regra de maneira generalizada, ainda que a regra não se aplique a determinado contexto.

Essa gramática se faz importante para o oficial militar no seguinte quesito: ele lidará

com diversos tipos de pessoas, as quais podem ter o domínio da gramática ou não. Em

situações em que o indivíduo a ser lidado tem o domínio somente da gramática internalizada,

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22

o oficial do Exército Brasileiro deve ser capaz de compreender esse indivíduo e também de ser claro ao tentar transmitir uma mensagem a ele.

Logo, apesar da gramática normativa poder ser utilizada com clareza sempre, a gramática internalizada, muitas vezes, pode ser útil também perante diversas situações, as quais internalizam a fala mais cotidiana, que varia conforme as regiões do país.

3.3 DOCUMENTOS E TEXTOS OFICIAIS DURANTE A CARREIRA MILITAR

Uma documentação que não possui erros e que é compreendida sem dificuldades, quando é enviado de uma empresa para outra, transmite a ideia de que a instituição em questão tem uma imagem séria (PIRES, 2015).

“(...) A gramática normativa apresenta e dita normas de bem falar e escrever, normas para a correta utilização oral e escrita do idioma, prescreve o que se deve e o que não deve se usar na língua (...)” (TRAVAGLIA, 2005, p. 30).

Essa questão se aplica muito bem às documentações que o oficial combatente do Exército Brasileiro lidará durante sua carreira. O militar, após formado na AMAN, ao chegar nos corpos de tropa, provavelmente, irá elaborar muitos documentos oficiais como: DIEx – Documento Interno do Exército, sindicâncias, licitação, planos de sessão, formulários de apuração de transgressão disciplinar, planos de segurança, gerenciamento de risco, editais para o concurso de admissão para o Exército, entre muitos outros. Como qualquer documento oficial, esses também exigem que os textos neles escritos estejam formalmente corretos. Neste caso, vê-se a relevância do domínio da gramática normativa, por exemplo. Se o determinado documento não estiver violando nenhuma regra da gramática normativa, aqueles que tiverem acesso a tal documentação terão a imagem positiva da instituição, assim como uma boa impressão do militar que elaborou o documento em questão.

“É de fundamental importância saber discernir o que é adequado a cada situação, para se poder, com eficiência, escolher esta ou aquela norma, este ou aquele padrão vocabular, este ou aquele tom, esta ou aquela direção argumentativa” (ANTUNES, 2007, p. 99).

O oficial do Exército Brasileiro nem sempre necessita falar ou escrever formalmente,

ele precisa ter a sensatez de utilizar cada norma em seu devido contexto inserido.

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Obviamente, tratando-se de elaboração de documentos, o padrão adequado para essa situação é a linguagem da norma culta.

Pelo fato de, na maioria das vezes, o oficial usar uma linguagem informal na rotina do quartel, alguns militares não atentam para a aprendizagem da norma culta da gramática da língua portuguesa. No momento em que ele se depara com a responsabilidade de produzir um texto oficial, ele percebe a importância de se ter o domínio da gramática da língua portuguesa.

Um texto configura-se como “uma teia de relações, de recursos, de estratégias, de operações, de pressupostos, que promovem a sua construção, que promovem seus modos de sequenciação, que possibilitam seu desenvolvimento temático, sua relevância informativo- contextual, sua coesão e sua coerência, enfim.” (ANTUNES, 2009, p. 51-52).

Entende-se que o texto tem toda uma estrutura lógica, não são palavras e frases soltas sem semântica. Por isso, é importante que, com o auxílio da gramática, se entenda como funciona a produção de um texto.

Escrever não é somente juntar sequências de letras. É fazer com que seus pensamentos expressos, nas escrituras, sejam compreensíveis o suficiente, para quem se quer dizer (ALVES, 2010).

Pode-se até explicar a produção de um texto de uma forma metafórica, como fez Marcuschi (2008, p. 77-78): “produzir um texto assemelha-se a jogar um jogo. [...] Para que o jogo ocorra, todos devem colaborar. [...] A produção textual, assim como um jogo coletivo, não é uma atividade unilateral. Envolve decisões conjuntas.” Nessa coletividade a qual Marcuschi se refere, com certeza, está incluída a gramática. Sem o conhecimento dela não há a possibilidade de produzir um texto nos padrões da norma culta.

3.4 A COMUNICAÇÃO DO OFICIAL COM O PÚBLICO CIVIL

O oficial é considerado como parte da elite da sociedade, isso significa que ele é reconhecido de forma diferente dos demais. O oficial, nos dias atuais, mantém bastante contato com a população, visto que uma das missões do Exército Brasileiro é prestar o apoio necessário aos civis. Com isso, ele também passa a ser exibido pelas mídias sociais, que logo dissipa sua imagem a uma parcela muito grande da sociedade.

De acordo com Melo (2012), olhando pela perspectiva da comunicação, pode se

considerar que empresas são “máquinas de gerar sentido” com o objetivo de obter respostas

do público que serve. Nesse caso o Exército Brasileiro, como instituição, se aplicaria como

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24

essa “empresa”, pois espera respostas da população no que diz respeito à preservação da imagem da instituição.

Esses fatores significam que o oficial combatente não está livre de receber qualquer julgamento da população, pois, hoje, ele se faz muito presente diante dela, sendo que sua imagem representa toda a instituição do Exército Brasileiro. O oficial do Exército, nos dias atuais, está sempre aparecendo na mídia, como em programas de televisão e na internet. Para que não ocorra esse julgamento, é interessante que se atente para todos os aspectos que podem soar negativo, um desses aspectos é a observância do domínio da gramática da língua portuguesa. Não é interessante, para a imagem do Exército Brasileiro, que um militar apresente erros gramaticais, na fala e na escrita, isso causaria consequências negativas a respeito da instituição.

Figura 1 – Entrevista do General Villas Boas no Programa Conversa com Bial

Fonte: DefesaNet (2017)

3.4.1 A gramática utilizada nas mídias sociais

“Estamos vivendo uma época de comunicação aberta e os espaços devem ser

preenchidos com sinceridade mútua e jogo aberto de ideias” (TORQUATO, 1992, p. 17).

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“Os ambientes das redes sociais mostram uma nova relação entre texto e escrita, pois são partes integrantes da oralidade e da escrita e que são vistas agora sob uma nova perspectiva (...)” (PERTILE; BUSSE, 2014, p. 9).

Nos dias de hoje, o Exército Brasileiro tem participado das mídias a fim de utilizá-las como ferramenta para se tornar mais conhecido, retirar dúvidas e transmitir informações específicas a respeito da instituição. O Exército estabeleceu, como uma de suas metas, aproximar-se de um segmento de público importante, são estes os usuários das mídias sociais, que também são influenciadores da opinião pública.

Segundo Hoffman e Fodor (2010), as redes sociais possuem uma estrutura que pode atender a objetivos distintos entre público-alvo. Um exemplo dessa interação do Exército com o público são as contas nas redes sociais como facebook, instagram e twitter, pois muitos oficiais superiores e generais as têm utilizado para manter uma conversa com o público civil, ser “transparente” em seus deveres constitucionais e se mostrarem dispostos a discutir novas ideias sobre a instituição.

“A Internet é uma espécie de protótipo de novas formas de comportamentos comunicativo. Se bem aproveitada, ela pode tornar-se um meio eficaz de lidar com as práticas pluralistas sem sufocá-las” (MARCUSCHI; XAVIER, 2004, p. 13).

Os formadores de opinião são instituições ou indivíduos que servem de inspiração para as pessoas, que, por sua vez, observam comportamentos que são tidos como referência (FLYNN; GOLDSMITH; EASTMAN, 1996).

O twitter, por exemplo, é uma rede social que disponibiliza até, aproximadamente, 140 caracteres para escrever sua opinião sobre qualquer assunto. Logo o oficial militar do Exército Brasileiro, que é um formador de opiniões, que também é tido como referência positiva por uma alta parcela da população, deve atentar para não cometer erros gramaticais, tendo em vista a população, que o acompanha pelas redes, ter acesso a suas opiniões postadas, de modo que a imagem do Exército Brasileiro não seja manchada.

Figura 2 – Twitter do Exército Brasileiro

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Fonte: Exército Brasileiro (2019)

A disseminação dos conteúdos, na internet, é difundida rapidamente. “Com o advento da linguagem virtual as informações do mundo, do país, específicas e pessoais acontecem quase que instantaneamente, pois os meios eletrônicos digitais possibilitam cada dia mais a interligação entre as pessoas e o assunto que desejam obter conhecimento” (PERTILE;

BUSSE, 2014, p. 8).

Toda essa atenção dada à gramática é devido à forte opinião pública. A sociedade é muito crítica, e qualquer erro cometido é motivo de julgamento, e ainda, com a Internet, tudo se dissemina com bastante facilidade e rapidez. Segundo Pertile e Busse (2014, p. 9), “sabe-se que a Internet usada como fonte referencial pela sociedade é geradora de questionamentos no que tange à formação dos sujeitos, principalmente dos adolescentes, cidadãos deste contexto emblemático e emergente”.

Nas relações profissionais, o grande diferencial está naqueles que conseguem

expressar uma melhor comunicação, pois não se trata apenas de ler e escrever, mas sim de

entender o que se lê e ter a capacidade de transmitir às outras pessoas o conhecimento por

meio de seus próprios pensamentos (ALVES, 2010). A aproximação do oficial com a

sociedade civil se inclui como um tipo de relação profissional, visto que faz parte da profissão

militar esse contato com a população.

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27

Segundo Antunes (2007), não há a possibilidade de existência da gramática sem a língua, bem como não existe a língua sem a gramática. Toda língua, independente da maneira que ela esteja sendo utilizada, ela é regida por uma gramática.

Professores de língua portuguesa que regem aulas do ensino fundamental e médio consideram que o ensino da gramática auxilia para um melhor resultado no desenvolvimento linguístico, isto é, no melhor desempenho no ato de falar e escrever (TRAVAGLIA, 2009).

A gramática é oferecida, aos que a estudam, como um manual, como regras as quais, se não forem violadas, ou seja, forem seguidas adequadamente, vão servir de bom uso para aqueles que querem se expressar adequadamente. Observando a essa conceituação, entende-se que para se expressar, se comunicar de maneira bem adequada é necessário possuir determinado conhecimento das regras de gramática que auxiliam ao falante para um domínio correto da língua (TRAVAGLIA, 2005).

3.4.2 A gramática como auxílio para a persuasão

O indivíduo que possui o domínio da gramática, na maioria das vezes, consegue se expressar bem, ou seja, consegue manter uma boa comunicação, ao passo que consegue transmitir bem suas ideias e pensamentos, apresentando uma boa impressão a quem o ouve.

Gnerre (2009, p. 3) destaca que:

A linguagem não é usada somente para veicular informação, isto é, a função referencial denotativa da linguagem não é senão uma entre outras: entre estas ocupa uma posição central a função de comunicar ao ouvinte a posição que o falante ocupa de fato ou acha na sociedade em que vive.

O oficial combatente formado na AMAN, por sua vez, devido aos trabalhos de comunicação social do Exército Brasileiro, irá se deparar com situações em que deverá falar em público para a sociedade civil, e nessas oportunidades ele poderá ter que apresentar suas opiniões, seus argumentos, sua posição diante de determinada situação. A gramática, que está intrínseca na linguagem, dá o apoio necessário para essas ocasiões.

Segundo Koch (2000, p. 19), “a interação social por intermédio da língua caracteriza- se fundamentalmente, pela argumentatividade”. Essa interação social ocorrerá, provavelmente, muitas vezes na carreira do oficial e ele deve estar preparado para isso com o apoio dos conhecimentos da gramática da língua portuguesa.

O oficial também pode lidar com a situação de ter que convencer as pessoas. A

linguagem e persuasão podem estabelecer uma conexão inseparável, podendo interferir

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diretamente nas escolhas das pessoas. A persuasão está associada a um discurso ideológico e são argumentos capazes de modificar pensamentos e ações. Por isso, é importante a utilização das técnicas de persuasão em algumas atividades (PEREZ, 2019).

Em Operações de Garantia da Lei e da Ordem, por exemplo, quando o agente perturbador da ordem pública está muito agitado, é interessante que, antes de ter que fazer o uso da força, o militar convença os agitadores com o diálogo. Para isso, é necessário que faça um bom uso das palavras, da oratória, com a base que a gramática proporcionou ao militar para desenvolver bons argumentos. E a gramática, sendo bem empregada, faz com que aumente a credibilidade da argumentação, pois mostra que o militar entende sobre o que diz.

Figura 3 – Militar argumentando com manifestantes em Operação GLO

Fonte: Silva Júnior (2019)

3.5 A GRAMÁTICA NO ÂMBITO MILITAR INTERNO

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29

Muitas vezes, lemos e ouvimos palavras que, quando estão em diferentes contextos, recebem outros significados, e isso pode acarretar uma falha na comunicação. Tendo em vista que não conhecemos o real significado no contexto apropriado, e assim a comunicação não é transmitida. Assim, qualquer que seja o canal utilizado para a transmissão de uma mensagem, vale checar se o que foi recebido confere com a intenção original (PERES, 2010). De acordo com Garcia (2001), uma das causas mais diferentes e impressionantes de mudança é aquela que acontece quando há um equívoco na interpretação da palavra.

O oficial combatente do Exército Brasileiro trabalha, frequentemente, transmitindo ordens aos seus subordinados, sejam elas verbais ou escritas. Para isso, é necessário clareza, pois um simples erro ortográfico pode ocasionar um desentendimento provocando falha no cumprimento da missão. Da mesma forma, o oficial deve se atentar ao receber ordens de seus superiores, pois se entender de maneira incorreta, a missão será prejudicada da mesma forma.

Segundo Peres (2010), é importante nunca subestimar a importância de uma pontuação correta. Sobretudo se sua ausência der margens a interpretações que podem gerar conflitos de interesses.

Uma atividade muito comum que se realiza pelo oficial combatente do Exército Brasileiro com seus subordinados é a emissão de ordens, seja ordem à patrulha, ordem de operações entre outros tipos de ordens. Essa atividade exige que o militar entenda bem o que está escrito, as ordens são, em sua maioria, dadas por meios visuais, e o oficial deve interpretar bem o objetivo da missão e atentar para que seus subordinados também não entendam errado.

Figura 4 – Atividade de ordem à patrulha

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Fonte: 10º Batalhão de Infantaria Leve (2018)

Figura 5 – Militar discursando perante a tropa

Fonte: Mauricio Sordilli/Secop Suzano (2019)

O ensino da gramática, não é, somente, ensinar a norma culta, apesar de que ter essa variedade linguística dominada é muito importante no quesito sócio-cultural e quem a utiliza adquire mais uma competência comunicativa. Porém, o ensino da gramática também se amplia ao uso de diferentes variedades linguísticas (TRAVAGLIA, 2002).

Segundo Travaglia (2002, p. 139-140):

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(...) mesmo que o professor decida não ensinar a teoria a seus alunos, é necessário que ele tenha um conhecimento teórico o mais amplo possível, pois sem esse conhecimento dificilmente o professor saberá estruturar e controlar atividades pertinentes de ensino e que realmente caminhem em direção a fins determinados de forma específica e clara.

A gramática pode auxiliar, inclusive no sistema de segurança, por exemplo: é importante que o oficial tenha o domínio da gramática, para ensinar seus subordinados, a fim de que ambos estejam em condições de analisar placas, cartazes e documentos, de modo que não sejam enganados. Em uma atividade de PBCE – Posto de Bloqueio e Controle de Estradas, por exemplo, muitos caminhões de carga transportam produtos ilícitos anunciando ser um produto legal, porém ocorre, com muita frequência, de esses anúncios estarem escritos incorretamente, o que já torna o veículo suspeito. Da mesma forma, pode haver a placa de um carro com erros linguísticos da mesma maneira. O militar, possuindo o conhecimento da gramática, tem condições de estar realizando esse tipo de análise.

3.6 A INTEGRAÇÃO DA GRAMÁTICA COM A CARREIRA MILITAR

Diante das afirmações dos capítulos anteriores, entende-se que a gramática da língua portuguesa abrange diversos aspectos que contribuem para a carreira do oficial militar do Exército Brasileiro. Essa integração entre a área de estudo da gramática e a carreira militar pode ser vista, por exemplo, na comunicação, seja no âmbito militar seja no civil, no poder de persuasão que o oficial deve possuir, na boa escrita para elaborar documentações, assim como nos momentos de dar ordens verbais e não-verbais, e em outras situações citadas no decorrer do trabalho.

Arrais (2018) explica que é muito importante conhecer as regras gramaticais no dia a dia de trabalho. O autor afirma que ser aprovado em processos seletivos, concursos públicos ou comunicar-se de maneira formal ficam aquém, se não houver a dedicação à compreensão das regras gramaticais, que são fundamentais para a compreensão de uma obra literária, sociológica, história, jurídica e outras; dão suporte e habilidade para que o sujeito faça a transposição do seu pensamento para o papel; além de garantirem ao orador, na sua comunicação com o público, o poder da persuasão. Segundo o autor, para que se exerça uma comunicação produtiva na profissão, é necessário que o comunicador tenha como seu grande aliado o conhecimento gramatical.

Observa-se que os aspectos referentes à compreensão das regras gramaticais a que o

autor supracitado se refere, quando analisados isoladamente, não demonstram sua

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32

fundamental importância, porém o sinergismo dessas características é essencial para o oficial e irá refletir no exercício do comando, da chefia e da liderança. Seus subordinados, principalmente, e até mesmo seus superiores, provavelmente, inspirar-se-ão no oficial que possui esses atributos de chefia e de liderança, que o conhecimento da gramática, intrinsicamente, colabora para que se desenvolvam.

Assim, percebe-se que essa relação interdisciplinar é relevante para a compreensão e desenvolvimento da capacitação técnico-profissional dos oficiais, visto que os estudos da gramática são base para que o oficial tenha uma boa comunicação, uma boa escrita e fala, atributos que o tornam e aperfeiçoam-no como um líder, o que deve ser o caso de um oficial combatente do Exército Brasileiro.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho, acerca dos três tipos de gramática: a normativa, a descritiva e a

internalizada, mostra a importância de o oficial do Exército Brasileiro conhecer essas

modalidades e dominá-las, a fim de aprimorar e desenvolver os aspectos referentes,

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33

principalmente, à fala e à escrita, conforme os padrões da norma culta, que são exigidos desse profissional na elaboração de documentos e textos oficiais, na comunicação e no relacionamento com subordinados, pares e superiores e com a sociedade civil.

Esta pesquisa oferece, como contribuição para o público militar, o incentivo a estudar a gramática da língua portuguesa, pois apresenta argumentos que auxiliam o militar a ter uma visão de como o conhecimento e o domínio das regras gramaticais podem contribuir com o aperfeiçoamento de atributos inerentes ao desenvolvimento da sua profissão no Exército Brasileiro.

Vale ressaltar que o conhecimento da gramática da língua portuguesa não é, somente, um aperfeiçoamento opcional para o oficial, mas também é um dever, pois empenhar-se no aprimoramento intelectual sobre a gramática, buscando o domínio da escrita e da fala, constitui aspecto fundamental e facilitador para as diversas missões que serão desenvolvidas durante a sua carreira militar no Exército Brasileiro.

É necessário que se discuta com mais profundidade a importância desse assunto para o oficial, pois é perceptível que a maioria da população brasileira e muitos profissionais de diversas áreas não dominam as regras gramaticais. Consequentemente, aquela encontra dificuldades na empregabilidade e estes, de permanecer e ascender na sua profissão. No âmbito da Exército Brasileiro, esse é um fator que deve ser observado com mais profundidade, pois, tendo em vista o fato de o oficial formado na AMAN ocupar importantes funções nos corpos de tropa e em todos os campos da Força Terrestre, não dominar as regras gramaticais pode acarretar problemas críticos na carreira bem como para a própria instituição.

É importante observar que, nas relações profissionais, o grande diferencial está naqueles que conseguem desenvolver uma melhor comunicação, pois não se trata apenas de ler e escrever, mas sim de entender o que se lê e ter a capacidade de transmitir às outras pessoas o conhecimento por meio de ideias corretas, coerentes, objetivas e claras. No âmbito militar, a relação profissional e a comunicação inteligível do oficial com superiores, pares e subordinados são fundamentais para o desenvolvimento das atividades. E a aproximação do oficial com a sociedade civil se inclui como um tipo de relação profissional, visto que faz parte da profissão militar esse contato e a comunicação com a população.

Sendo assim, a gramática da língua portuguesa, principalmente a normativa e a

internalizada, com seus aspectos diferentes, mas importantes, tem grande pertinência, tanto

para a formação, quanto para a valorização, a credibilidade, o aprimoramento intelectual e o

desenvolvimento do oficial do Exército Brasileiro formado na Academia Militar das Agulhas

Negras.

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