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Sumário 1. Intervenção de Terceiros 1

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Sumário

1. Intervenção de Terceiros ____________________________________________ 1 1.1 Assistência __________________________________________________________ 2

1.1.1 Assistência Litisconsorcial ou Qualificada _______________________________________ 2 1.1.2 Assistência Simples ou Adesiva _______________________________________________ 2

1.2 Denunciação da Lide _____________________________________________________ 5

1.2.1 Legal ou Contratual _________________________________________________________ 5

1.3. Chamamento ao Processo ________________________________________________ 8 1.4 Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica _____________________ 9 1.5 Amicus Curiae (Amigo da Corte) ________________________________________ 11 1.6. Recurso de Terceiro ____________________________________________________ 12

1. Intervenção de Terceiros

CPC/73 CPC/2015

Assistência

Art. 119 Intervenção Voluntária

Oposição

A oposição deixou de ser espécie de intervenção de terceiros e está

regulamentada como procedimento especial (art. 682, CPC). Ganhou, portanto, mais força

Nomeação à Autoria

A nomeação à autoria deixou de existir. Porém, criou-se uma possibilidade correlata nos artigos

338 e 339, CPC.

Denunciação da Lide

Art. 125, CPC. Intervenção Forçada

Chamamento ao Processo

Art. 130, CPC. Intervenção Forçada

Recurso de Terceiro

Art.996, CPC. Intervenção Voluntária

(2)

Incidente de Desconsideração da Personalidade da Pessoal Jurídica –

Art. 133, CPC.

Intervenção Forçada

“Amicus Curiae” – Art. 138, CPC. Intervenção Voluntária /Forçada

1.1 Assistência

Será possível quando houver interesse jurídico em auxiliar uma das partes no processo. Sempre com fundamento no interesse jurídico. O interesse jurídico não se confunde com o interesse econômico. Um não se confunde com o outro, não habilitando o sujeito a ingressar no processo como assistente.

Exemplo: Compra de uma loja dentro de um empreendimento imobiliário sofre problemas relativos a intervenções estatais. Aquele que adquiriu uma unidade nesse empreendimento poderá intervir no processo? Não. Pois o interesse é exclusivamente patrimonial.

O interesse Jurídico ocorrerá nas seguintes hipóteses:

1.1.1 Assistência Litisconsorcial ou Qualificada

Ocorre quando o sujeito é co-titular da relação jurídica discutida e este poderia ser litisconsorte, uma vez que também pertence à relação jurídica.

Exemplo: Contrato com um credor e dois devedores. Se o credor ajuíza uma ação somente contra um dos devedores, o outro devedor, como co-titular do contrato, terá direito a intervir no processo como assistente.

Na assistência litisconsorcial ou qualificada, há somente uma relação jurídica sendo discutida, e todos são titulares.

1.1.2 Assistência Simples ou Adesiva

Quando o sujeito é titular de relação jurídica subordinada à relação jurídica

discutida no processo; há duas relações jurídicas. No entanto, nem todas as partes estão

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diretamente numa relação jurídica. No exemplo abaixo, o assistente (sublocatário) não possui relação jurídica com o adversário do assistido (o locador)

Exemplo: Locador e Locatário em relação contratual e, numa outra esfera, um sublocatário. Esta última relação jurídica está subordinada à primeira. O sublocatário está numa relação jurídica que é subordinada à que está sendo discutida, tendo, portanto, interesse jurídico.

Algumas observações:

Observação

1

: Art. 5º, parágrafo único, Lei 9469/97. Traz a hipótese de assistência atípica ou assistência anômala. É uma anomalia ao sistema uma hipótese que permite a assistência sem interesse jurídico, somente com interesse econômico. É restrita aos entes públicos.

A CF/88, no art. 109, I, previu que todas as vezes que União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, a competência será da justiça federal. Esta assistência é baseada no interesse jurídico, deste modo, não engloba a hipótese da Lei 9469/97. O processo tramitando na justiça estadual, portanto, NÃO será deslocado para a justiça federal. Permanecerá na justiça estadual, uma vez que não há interesse jurídico, apenas interesse econômico.

Art. 5º A União poderá intervir nas causas em que figurarem, como autoras ou rés, autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas federais.

Parágrafo único. As pessoas jurídicas de direito público poderão, nas causas cuja decisão possa ter reflexos, ainda que indiretos, de natureza econômica, intervir, independentemente da demonstração de interesse jurídico, para esclarecer questões de fato e de direito, podendo juntar documentos e memoriais reputados úteis ao exame da matéria e, se for o caso, recorrer, hipótese em que, para fins de deslocamento de competência, serão consideradas partes.

CF/88. Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

(4)

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

A competência para decidir se há interesse jurídico ou não é da justiça federal.

Além disso, não há conflito de competência entre juízo estadual e federal neste exemplo, uma vez que o juízo estadual não competência para decidir sobre interesse jurídico.

Súmula 150, STJ - Compete à Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico que justifique a presença, no processo, da União, suas autarquias ou empresas públicas.

Súmula 224, STJ - Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a declinar da competência, deve o Juiz Federal restituir os autos e não suscitar conflito.

Súmula 254, STJ - A decisão do Juízo Federal que exclui da relação processual ente federal não pode ser reexaminada no Juízo Estadual.

Observação

2

: No rito dos juizados, em regra não se admite intervenção de terceiros. Não dá para afirmar peremptoriamente que em todo e qualquer procedimento será admitida a assistência.

CPC/15, Art. 119. Parágrafo único. A assistência será admitida em qualquer procedimento e em todos os graus de jurisdição, recebendo o assistente o processo no estado em que se encontre.

Lei 9.099, Art. 10. Não se admitirá, no processo, qualquer forma de intervenção de terceiro nem de assistência. Admitir-se-á o litisconsórcio.

Observação

3:

Na assistência litisconsorcial, o assistente é titular do direito

material discutido, portanto, é atingido pela coisa julgada. Na assistência simples, o

assistente não é titular do direito material discutido, portanto, não será atingido

diretamente pelos efeitos da coisa julgada.

(5)

1.2 Denunciação da Lide

Caberá sempre que houver direito de regresso ou garantia. Decorrente de duas hipóteses:

1.2.1 Legal ou Contratual

É aquela decorrente da lei ou de contrato.

Exemplo: Ana sofre acidente de transito por culpa de Bruno, o qual propõe uma ação de regresso em fazer da seguradora de seu carro. A ação de regresso está condicionada à sucumbência do denunciante. Só será analisada a denunciação da lide se houver sucumbência de Bruno. Por cautela, o denunciante propõe a ação, todavia, a análise só se dará na hipótese de sua sucumbência.

Evicção

Ocorre quando há perda de direito de propriedade em virtude de decisão judicial.

Exemplo: Ana compra apartamento de Bruno. O apartamento, uma vez tornado litigioso, poderá ser causa para ação de regresso proposta por Ana em face de Bruno, caso ela perca o imóvel em virtude de ação judicial.

Observações:

No antigo CPC, utiliza-se a palavra “obrigatória” para a propositura da denunciação da lide. A evicção, por sua vez, era regulamentada pelo Código Civil, o qual demandava que a ação de evicção deveria observar a lei processual, reiterando a ideia da obrigatoriedade da denunciação da lide nos casos da evicção, por força do art. 456, do CC (hoje revogado).

O STJ, por fim, à época, entendeu que a denunciação da lide não seria obrigatória

em nenhuma circunstância. Com o novo CPC, a denunciação da lide deixou

definitivamente de ser obrigatória. Haja vista a ausência de menção a obrigatoriedade

no art. 125, a revogação do art. 456, do Código Civil e o enunciado, nº 120, do Fórum

Permanente de Processualistas Civis.

(6)

CPC/15. Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem for vencido no processo.

§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar de ser promovida ou não for permitida.

§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.

Art. 1.072. Revogam-se:

II - os arts. 227, caput, 229, 230, 456, 1.482, 1.483 e 1.768 a 1.773 da Lei no10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil);

ENUNCIADOS DO FÓRUM PERMANENTE DE PROCESSUALISTAS CIVIS - Curitiba, 23, 24 e 25 de outubro de 2015

120. (art. 125, §1º, art. 1.072, II) A ausência de denunciação da lide gera apenas a preclusão do direito de a parte promovê-la, sendo possível ação autônoma de regresso. (Grupo: Litisconsórcio e Intervenção de Terceiros)

Atenção! Denunciação “per saltum” não é mais é admitida:

O art. 456, do Código Civil, já revogado, aduz que na evicção, o adquirente poderá notificar o litígio ao alienante imediato ou a qualquer dos anteriores. Hoje, não há mais fundamento legal para a denunciação per saltum.

CC/2002. Art. 456. Para poder exercitar o direito que da evicção lhe resulta, o adquirente notificará do litígio o alienante imediato, ou qualquer dos anteriores, quando e como lhe determinarem as leis do processo.

Exemplo: O Ana (terceiro) adquire imóvel de Bruno (alienante imediato). O qual adquiriu o imóvel anteriormente de Carlos (alienante anterior). Ana, nesta hipótese, poderia notificar tanto Bruno, quanto Carlos.

No art. 125, I e §2º, temos a possibilidade de denunciação da lide per saltum.

Admite-se, no entanto, uma única denunciação sucessiva. Se houver mais alienantes na

(7)

cadeia dominial, o direito deverá ser exercitado por meio de ação autônoma e não pela denunciação.

CPC/15.Art. 125

I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;

§ 2o Admite-se uma única denunciação sucessiva, promovida pelo denunciado, contra seu antecessor imediato na cadeia dominial ou quem seja responsável por indenizá-lo, não podendo o denunciado sucessivo promover nova denunciação, hipótese em que eventual direito de regresso será exercido por ação autônoma.

É possível a condenação direta do denunciado?

No antigo CPC, não era possível.

O STJ, porém, passou a entender que graças à função social do contrato de seguro, é gerada uma solidariedade entre segurado e seguradora. Além disso, esse contrato de seguro seria uma estipulação em favor de terceiro, portanto, ao prever que reparará danos perante terceiros, cria-se uma relação jurídica total entre este terceiro e a seguradora. Se há uma relação jurídica, existe a possibilidade de condenação direta da seguradora.

A vítima poderá demandar a seguradora E o segurado, mas não apenas e diretamente a seguradora. O novo CPC encampa esta ideia e passa a admitir a condenação direta perante a seguradora. A lei admite a execução direta do causador do dano ou que se execute diretamente a seguradora.

Súmula 529-STJ: No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro prejudicado direta e exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano.

Súmula 537-STJ: Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se aceitar a denunciação ou contestar o pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidariamente junto com o segurado, ao pagamento da indenização devida à vítima, nos limites contratados na apólice.

CPC/15. Art. 128. Parágrafo único. Procedente o pedido da ação principal, pode o

autor, se for o caso, requerer o cumprimento da sentença também contra o

denunciado, nos limites da condenação deste na ação regressiva.

(8)

1.3. Chamamento ao Processo

CPC/15, Art. 130. É admissível o chamamento ao processo, requerido pelo réu:

I - do afiançado, na ação em que o fiador for réu;

II - dos demais fiadores, na ação proposta contra um ou alguns deles;

III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.

Sempre que tiver no processo uma hipótese de:

Co-devedores solidários

A lei ou um contrato estabelece uma solidariedade entre os devedores, podendo o credor cobrar de qualquer dos devedores, o chamamento ocorrerá quando o credor demanda apenas um dos devedores e este chama ao processo o outro devedor, ou os outros, devedores. É diferente da assistência litisconsorcial, pois esta última é voluntária, enquanto o chamamento é uma espécie forçada de intervenção.

Fiança

O fiador, em regra, não é devedor, ele é garantidor, um responsável pela dívida alheia, sua responsabilidade é subsidiária e com direito ao benefício de ordem. O contrato, porém, poderá dispor que o fiador se torne um devedor solidário, fazendo com que este se torne um co-devedor solidário junto ao locatário.

Art. 130, III - dos demais devedores solidários, quando o credor exigir de um ou de alguns o pagamento da dívida comum.

Sendo proposta ação contra o fiador, este poderá chamar ao processo o devedor (afiançado). Sendo proposta a ação contra um fiador, caso haja outros fiadores, este poderá chamar ao processo os outros fiadores existentes.

Características do chamamento:

 A ação é exclusiva do réu;

 O réu deverá fazê-lo dentro do prazo para contestar;

(9)

 Será gerado um litisconsórcio passivo posterior à propositura da ação, formado pela vontade do réu.

 A sentença prolatada gerará um título executivo proporcional à solidariedade entre o réu e o/os chamado/os.

CPC. Art. 132. A sentença de procedência valerá como título executivo em favor do réu que satisfizer a dívida, a fim de que possa exigi-la, por inteiro, do devedor principal, ou, de cada um dos codevedores, a sua quota, na proporção que lhes tocar.

1.4 Incidente de Desconsideração da Personalidade Jurídica

O novo CPC apenas discute como se dará a desconsideração da personalidade.

Anteriormente ao novo CPC, na ação proposta contra o sócio cabia o pedido de desconsideração da personalidade para chegar ao patrimônio do sócio ou para chegar ao patrimônio da própria pessoa jurídica. Primeiro há a desconsideração para depois dar o direito ao contraditório à ré.

CC, Art. 50. Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

CDC, Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

O novo CPC deseja dar o contraditório prévio, então, antes de se desconsiderar,

concede-se o contraditório. A ré poderá apresentar sua resposta em até 15 dias,

podendo, inclusive, produzir provas. Primeiramente se discute se estão ou não

presentes os requisitos da desconsideração e, posteriormente, está obrigado a provar

os requisitos da desconsideração. Da decisão que desconsidera a personalidade jurídica,

caberá agravo.

(10)

Legitimidade:

 Parte

 Ministério Público

 De Ofício, conforme o Código de Defesa de Consumidor, nas hipóteses de ordem pública.

CPC, Art. 1.015. Cabe agravo de instrumento contra as decisões interlocutórias que versarem sobre:

IV - incidente de desconsideração da personalidade jurídica;

CPC, Art. 133. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica será instaurado a pedido da parte ou do Ministério Público, quando lhe couber intervir no processo.

§ 1

o

O pedido de desconsideração da personalidade jurídica observará os pressupostos previstos em lei.

§ 2

o

Aplica-se o disposto neste Capítulo à hipótese de desconsideração inversa da personalidade jurídica.

Para que haja a desconsideração da personalidade jurídica, deverá haver o incidente. O Incidente processual, portanto, é obrigatório, independentemente da fase processual que se encontre.

CPC, Art. 134. O incidente de desconsideração é cabível em todas as fases do processo de conhecimento, no cumprimento de sentença e na execução fundada em título executivo extrajudicial.

§ 1

o

A instauração do incidente será imediatamente comunicada ao distribuidor para as anotações devidas.

§ 2

o

Dispensa-se a instauração do incidente se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na petição inicial, hipótese em que será citado o sócio ou a pessoa jurídica.

§ 3

o

A instauração do incidente suspenderá o processo, salvo na hipótese do § 2

o

.

§ 4

o

O requerimento deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais

específicos para desconsideração da personalidade jurídica.

(11)

Além disso, o incidente é obrigatório também no âmbito dos juizados.

Significando que há uma espécie de intervenção de terceiros no âmbito dos juizados.

CPC, Art. 1.062. O incidente de desconsideração da personalidade jurídica aplica- se ao processo de competência dos juizados especiais.

CPC, Art. 135. Instaurado o incidente, o sócio ou a pessoa jurídica será citado para manifestar-se e requerer as provas cabíveis no prazo de 15 (quinze) dias.

CPC, Art. 136. Concluída a instrução, se necessária, o incidente será resolvido por decisão interlocutória.

Parágrafo único. Se a decisão for proferida pelo relator, cabe agravo interno.

CPC, Art. 137. Acolhido o pedido de desconsideração, a alienação ou a oneração de bens, havida em fraude de execução, será ineficaz em relação ao requerente.

Exceções à obrigatoriedade do incidente:

a) O Incidente será dispensável se a desconsideração da personalidade jurídica for requerida na inicial, nas situações de litisconsórcio desde a propositura da ação (art. 134, §2º).

b) Nos casos de execução fiscal. Enunciado nº 6, do FOREXEC:

“A responsabilidade tributária regulada no art. 135 do CTN não constitui hipótese de desconsideração da personalidade jurídica, não se submetendo ao incidente previsto no art. 133 do CPC/2015”

1.5 Amicus Curiae (Amigo da Corte)

Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade

do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por

decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda

manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica,

órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15

(quinze) dias de sua intimação.

(12)

§ 1

o

A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3

o

.

§ 2

o

Caberá ao juiz ou ao relator, na decisão que solicitar ou admitir a intervenção, definir os poderes do amicus curiae.

§ 3

o

O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.

Legitimados: Qualquer um. Bastando que tenha conhecimento especializado. Além disso, é exigida a relevância da matéria.

 Pessoa Natural

 Pessoa Jurídica

 Ente despersonalizado

A intervenção do amicus curiae poderá se dar de ofício ou por requerimento, sendo forçada ou voluntária. Como terceiro interveniente, o amicus curiae terá legitimidade recursal, uma vez que assumem qualidade de parte.

A jurisprudência sempre entendeu o amicus curiae como um auxiliar do juízo, algo como um perito, um colaborador. Caso visto como colaborador, o perito não teria legitimidade recursal.

Em regra, não cabe recurso por parte do amicus curiae. Exceções:

- Decisão de sua inadmissão

- Decisão sobre os Embargos de Declaração

- Decisão sobre o IRDR (Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas) 1.6. Recurso de Terceiro

CPC, Art. 996. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público, como parte ou como fiscal da ordem jurídica.

Parágrafo único. Cumpre ao terceiro demonstrar a possibilidade de a decisão sobre

a relação jurídica submetida à apreciação judicial atingir direito de que se afirme

titular ou que possa discutir em juízo como substituto processual.

(13)

O terceiro terá legitimidade recursal nas hipóteses em que demonstre o seu prejuízo, ou seja, o seu interesse.

Exemplo: Ana ajuíza ação contra o Estado pedindo atendimento médico. O juiz defere a realização do atendimento médico no Hospital Público, que não cumpre a ordem. O Juiz, por sua vez, obriga um hospital particular a realizar o atendimento. Este hospital poderá intervir no processo apresentando o chamado recurso de terceiro, desde que ele demonstre o seu prejuízo.

Cuidado! Recurso de terceiro é uma modalidade de intervenção de terceiros e não uma espécie de recurso. O terceiro, por sua vez, poderá apresentar qualquer modalidade recursal, tudo dependerá da natureza da decisão judicial. Além disso, estará sujeito aos mesmos prazos recursais das partes, bem como o mesmo termo inicial de contagem do prazo.

A Súmula 202, do STJ, gera uma exceção à Súmula 267, do STF. O terceiro poderá recorrer mesmo que por meio do mandado de segurança.

Súmula 267 - STF

“Não cabe mandado de segurança contra ato judicial passível de recurso ou correição”.

Súmula 202- STJ

“A impetração de segurança por terceiro, contra ato judicial, não se condiciona a interposição de recurso”.

O sujeito que apresenta a oposição (procedimento especial) poderia se valer do recurso de terceiros?

A oposição é uma ação manejada por um terceiro, onde ele tem uma pretensão

própria sobre o que discute autor e réu. Caso a oposição não seja apresentada, aquele

que perde o prazo para ajuizamento da oposição NÃO poderá ajuizar recurso de

terceiro, restará a ele o ajuizamento de uma ação autônoma. Não teria como dentro de

um sistema recursal vir a discutir uma demanda própria.

(14)

CPC, Art. 682. Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que

controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição

contra ambos.

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