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XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

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XVII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS

DA UNAERP - CAMPUS GUARUJÁ

Prevalência de dores musculoesquelética em funcionários de escritório Mayara Ferreira Marcelino da Silva¹; Alan Carlos Brisola Barbosa²

¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Mayara Ferreira Marcelino da Silva. mayara_ferreira14@outlook.com

² Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Alan Carlos Brisola Barbosa.alan.cbb@hotmail.com

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee

Fisioterapia: Epidemiologia em saúde

Formato: Artigo

Apresentação: Oral

RESUMO:

Introdução: as LER e as DORT são um conjunto de síndromes resultado da

superutilização das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular associada à falta de tempo de recuperação, caracterizado pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como, dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, causando incapacidade laboral temporária ou não. Objetivo: analisar qual o segmento corporal mais acometido em funcionários de escritório. Referencial

teórico: a LER/DORT é uma das mais importantes causas de afastamento e

destaca-se entre as maiores repercussões na saúde do trabalhador decorrentes das transformações do trabalho. Metodologia: foi utilizado o questionário nórdico dos sintomas musculoesquelético onde participaram da pesquisa 33 funcionários.

Resultados: a zona corporal mais acometida nos últimos 7 dias: pescoço (30,3%),

coluna lombar (21,2%), ombro esquerdo (15,2%), nos últimos 12 meses: coluna lombar (45,5%), pescoço (36,4%), ombro direito (24,2%), deixaram de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses são: ombros (15,2%), coluna lombar (6,1%), coluna dorsal (6,1%), pescoço (6,1%).Discussão: o estudo mostrou que o acometimentos maiores são de membros superiores e lombar, sendo assim necessário averiguar e modificar a ergonomia do trabalho para melhora e consequentemente diminuição das lesões relacionadas a carga física do trabalho. Considerações finais: O fisioterapeuta tem como objetivo diminuir os impactos negativos na saúde do trabalhador e possíveis afastamentos e atuando na prevenção primária a fim de

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evitar fatores de riscos para desenvolver patologias relacionadas ao trabalho e menos riscos de adoecimentos relacionados a sua função e importante ferramenta para prevenir o aparecimento de sintomas osteomusculares.

Palavras – chave: Fisioterapia; Questionário nórdico;Lesões musculoesquelética.

ABSTRACT:

Introduction: RSI and WMSD are a set of syndromes resulting from the overuse of

the anatomical structures of the musculoskeletal system associated with the lack of recovery time, characterized by the occurrence of several concomitant symptoms or not, such as pain, paraesthesia, feeling of weight, fatigue, causing temporary work disability or not. Objective: to analyze which body segment is most affected by office workers. Theoretical framework: RSI / WRMSD is one of the most important causes of leave and stands out among the greatest repercussions on worker health resulting from work changes. Methodology: the Nordic musculoskeletal questionnaire was used, in which 33 employees participated in the survey. Results: the most affected body zone in the last 7 days: neck(30.3%), lumbar spine (21.2%), left shoulder (15.2%), in the last 12 months: lumbar spine (45.5%), neck (36.4%), right shoulder( 24.2%), stopped working sometime in the last 12 months are: shoulders (15.2%), lumbar spine (6.1%), dorsal spine (6.1%), neck (6.1%). Discussion: the study showed that the greatest involvement is of the upper and lower limbs, so it is necessary to investigate and modify the ergonomics of the work to improve and consequently decrease the injuries related to the physical work load. Final

considerations: The physiotherapist aims to reduce the negative impacts on the

worker's health and possible leave and acting on primary prevention in order to avoid risk factors for developing work-related pathologies and less risk of illnesses related to their function and an important tool for prevent the onset of musculoskeletal symptoms.

Key words:Physiotherapy; Nordic Quiz; Musculoskeletal injuries

1 INTRODUÇAO

As Lesões por Esforços Repetitivos (LER) e os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são um conjunto de síndromes resultado da superutilização das estruturas anatômicas do sistema osteomuscular associada à falta de tempo de recuperação, caracterizado pela ocorrência de vários sintomas concomitantes ou não, tais como, dor, parestesia, sensação de peso, fadiga, causando incapacidade laboral temporária ou não. (VENDRAME, 2013).

O trabalho humano pode ser considerado uma atividade que traz prazer, satisfação e realização. Porém, o trabalho pode adquirir um aspecto negativo, tornando-se nocivo à saúde quando as especificidades de seu processo e organização levam ao desgaste do corpo e da mente. (DELCOR et al, 2004).

Alguns fatores relacionados à causalidade estão diretamente ligados ao aparecimento dos DORTS no ambiente de trabalho que são eles: Repetitividade; Postura inadequada; Força Excessiva; Compressão; Vibração Mecânica e Predisposição. (BARBOSA, 2009).

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O trabalhador administrativo desenvolve suas atividades laborais na postura prolongada sentada diante do computador (especialmente em ambiente ergonômicos inadequados) e sua relação com surgimento de dores na coluna é discutida em diversas pesquisas. Funções que exigem o uso de teclado e monitor de vídeo muitas vezes expõem estes trabalhadores a posturas inadequadas e os movimentos repetitivos e constantes das extremidades superiores têm sido frequentemente relacionados como causas de dor em ombro e pescoço. De forma que os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) são comumente relatados por trabalhadores administrativos. (FABRIZIO, 2009; MAHMUD NORASHIKIN; KENNY; RAHMAN, 2012; NEJATI et al., 2014).

A postura sentada possibilita pouca margem para a movimentação corporal, provocando um aumento significativo da carga biomecânica sobre os discos intervertebrais, principalmente na região lombar (RIO E PIRES, 1999).

As LER/DORT representam hoje importantes evidências das condições de trabalho impostas a muitos trabalhadores de diversas ocupações. Essas patologias são reconhecidamente multicausais, a partir de um conjunto de fatores da situação de trabalho, atingindo, dimensões psicológicas, biológicas e sociais. (CHIAVEGATO FILHO E PEREIRA JR, 2004).

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional (COFFITO), em sua Resolução nº 351/2008, reconhece a especialidade Fisioterapia do Trabalho, enquanto que a Resolução nº 259/2003 registra as competências e habilidades da especialidade em questão, entre essas competências, enfatiza-se a participação deste profissional na intervenção preventiva à LER/DORT, considerando-as como doenças vinculadas ao trabalho, cuja etiologia está relacionada às causas biomecânicas da atividade laboral, em conformidade com o que dispõem as Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). (COFFITO, 2008;2003)

Apesar de precisar de uma abordagem multidisciplinar para o tratamento dos DORT, a fisioterapia é na maioria das vezes a primeira e única técnica terapêutica convencional acessível e pode ser um procedimento de longa duração na vida destes pacientes. A aplicação de recursos físicos como cinesioterapia, acupuntura, laser, entre outros, é imprescindível para o domínio da dor dos pacientes acometidos. (MENDES e LANCMAN, 2010)

A fisioterapia é de grande importância para diminuição dos desequilíbrios posturais e das dores e consequentemente a melhora funcional do trabalhador para cumprir sua carga horaria de trabalho e atividades do dia-a-dia com melhor qualidade de vida. Importância: Reforçar a necessidade da presença de fisioterapeutas nas empresas que são essenciais para prevenir doenças musculoesqueléticas.

2 OBJETIVOS

Verificar qual é o segmento corporal mais acometido pela dor, em funcionários que trabalham em escritórios.

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3 REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO (DORT) OU LESOES POR ESFORÇOS REPETITIVOS (LER).

A LER/DORT é uma das mais importantes causas de afastamento e destaca-se entre as maiores repercussões na saúde do trabalhador decorrentes das transformações do trabalho, principalmente dos novos modelos organizacionais e de gestão. (MENDES e LANCMAN, 2010).

Ela está relacionada à biomecânica corporal, onde a posição incorreta das estruturas osteomusculares (músculo, tendões, fáscias e nervos), geram consequências como dor, fadiga, queda do rendimento no trabalho e incapacidade temporária, podendo causar uma síndrome dolorosa crônica. (OLIVEIRA, 2007).

3.2 ESTUDOS

Estudos datados do século XVIII (Ramazzini, 1992) descrevem o sofrimento físico e mental dos escribas e notários acometidos por esses distúrbios. Nas últimas décadas, com as transformações no processo de produção, a reestruturação produtiva (automação do processo de produção), as elevadas exigências de produção, a competitividade exacerbada, as mudanças na gestão do trabalho e as novas políticas de gestão de pessoal, o que antes se restringia aos artesãos, escribas e digitadores, se estende a diversas categorias profissionais.

3.3 ERGONOMIA

A ergonomia é uma ciência que visa melhorar a segurança, saúde, conforto e eficiência no trabalho, avaliando as condições de insegurança, desconforto, ineficiência, eliminando-os e adaptando as capacidades e limitações físicas e psicológicas, estudando vários aspectos como a postura e os movimentos do corpo, fatores ambientais como ruídos e agentes químicos, tendo a intenção de tornar os ambientes mais seguros, saudáveis, confortáveis e eficientes, tanto no trabalho como na vida cotidiana, pois todos esses fatores podem interferir na saúde, a segurança e no conforto deste trabalhador. (DUL J, WEERDMEESTER B, 2004).

4 FISIOTERAPIA NA LER E DORT

A especialidade Fisioterapia do Trabalho, em processo de legitimação, preconiza a atuação do fisioterapeuta na prevenção, resgate e manutenção da saúde do trabalhador. O enfoque multiprofissional e interdisciplinar, a abordagem dos aspectos ergonômicos e biomecânicos e exercícios laborais devem estar presentes na atuação do fisioterapeuta do trabalho. (Baú, 2002.)

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5 MATERIAIS E MÉTODOS

Amostra realizada em um escritório de contabilidade Razão Social: Katia Costa de Oliveira ADM, nome fantasia: KR3 Contabilidade, com 33 funcionários que trabalham na função de auxiliar administrativo no município do Guarujá de segunda a sexta – feira, durante 8 horas por dia com carga horaria de 40 horas semanais com duas horas de almoço, a maior parte do trabalho é executado na posição sentado onde cada funcionário tem sua mesa, cadeira, apoio ergonômico para os pés e apoio de pulso. Não possui ginástica laboral no ambiente de trabalho. O questionário ficou disponível para ser respondido do dia: 16/04/2020 a 02/05/2020 realizado através do questionário nórdico dos sintomas musculoesquelético (Barros e Alexandre 2003), com a finalidade de analisar qual o segmento corporal mais acometido.

6 RESULTADO E DISCUSSÃO

O presente estudo tem como objetivo saber qual a zona corporal mais acometida pela dor em funcionários de escritório, e foi realizado atrás do questionário nórdico dos sintomas musculoesqueléticos.

Figura 1 – Frequência de desconforto por zona corporal nos últimos 7 dias.

0 5 10 15 20 25 30 35 Pescoço Ombro direito Ombro esquerdo Dois ombros Cotovelo direito Cotovelo esquerdo Dois cotovelos Punho/mão direita Punho/mão esquerda Ambos punhos/mãos Coluna dorsal Coluna lombar Quadril/coxa direita Quadril/coxa esquerda Dois quadris/coxas Joelho direito Joelho esquerdo Dois joelhos Tornozelo/pé direito Tornozelo/pé esquerdo Dois tornozelos/pés

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Figura 2 – Escala visual de dor por zona corporal nos últimos 7 dias.

De acordo com as figuras 1 e 2, observa-se que as maiores áreas de desconforto no período dos últimos 7 dias relatados pelos entrevistados são: pescoço (30,3%), próxima zona corporal acometida é coluna lombar (21,2%), seguido pelo ombro esquerdo (15,2%).

Figura 3 - Frequência de desconforto por zona corporal nos últimos 12 meses

0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 Pescoço Ombro direito Ombro esquerdo Dois ombros Cotovelo direito Cotovelo esquerdo Dois cotovelos Punho/mão direita Punho/mão esquerda Ambos punhos/mãos Coluna dorsal Coluna lombar Quadril/coxa direita Quadril/coxa esquerda Dois quadris/coxas Joelho direito Joelho esquerdo Dois joelhos Tornozelo/pé direito Tornozelo/pé esquerdo Dois tornozelos/pés

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Figura 4 - Escala visual de dor por zona corporal nos últimos 12 meses.

De acordo com as figuras 3 e 4, observa-se que as maiores áreas de desconforto no período dos últimos 12 meses relatados pelos entrevistados são: coluna lombar (45,5%) a próxima zona corporal acometida é o pescoço (36,4%), seguido pelo ombro direito (24,2%).

Figura 5 - Deixaram de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses devido ao problema. 0 2 4 6 8 10 12 14 16 Pescoço Ombros Cotovelos Ambos punhos/mãos Coluna dorsal Coluna lombar Quadris/coxas Joelhos Tornozelos/pés

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Figura 6 - Escala visual de dor por zona corporal, deixaram de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses devido ao problema.

De acordo com as figuras 5 e 6, observa-se que as maiores áreas de desconforto no período em que deixaram de trabalhar algum dia nos últimos 12 meses relatados pelos entrevistados são: ombros (15,2%), a próxima zona corporal acometida é coluna lombar (6,1%), seguido pela coluna dorsal (6,1%), pescoço (6,1%).

Com os resultados obtidos, foi possível conhecer os sintomas músculos esqueléticos apresentados pelos funcionários de escritório do município de Guarujá em 2020.

Podemos comparar nossos achados com outros trabalhos que realizaram o mesmo tipo de pesquisa, (PIROCCA, 2011) identificou a prevalência na região lombar e cervical seguido pela coluna dorsal e punhos e mãos. E no estudo feito por (DE MELO et al, 2013) a prevalência foram as regiões da coluna lombar e ombro. Analisando podemos perceber que ambos estudos mostram que os acometimentos são de membros superiores, sendo assim necessário averiguar e modificar a ergonomia do trabalho e acrescentar a ginastica laboral para melhora e consequentemente diminuição das lesões relacionadas a carga física do trabalho.

Os indivíduos cujo trabalho era realizado, principalmente na postura sentada, apresentaram três vezes mais chances de possuir dor em mais de um local. A postura sentada gera várias alterações nas estruturas musculoesqueléticas dos diversos segmentos corporais: aumenta em, aproximadamente, 35% a pressão interna no núcleo do disco intervertebral, estira todas as estruturas (ligamentos, pequenas articulações e nervos) da coluna vertebral, reduz a circulação de retorno dos membros inferiores e promove o desenvolvimento de processos inflamatórios nas estruturas osteomusculares com sintomatologia dolorosa associada. (ZAPATER et al, 2004 e BRASIL. MINISTERIO DA SAÚDE, 2008).

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Essas disfunções são frequentes e crescentes nos postos de trabalho, portanto, é necessária a implantação de métodos preventivos contra esses distúrbios como adaptação ergonômica, ginástica laboral e outras estratégias que foquem a saúde do trabalhador. Desta forma é possível evitar ou diminuir o absenteísmo, reduzir custos e melhorar o rendimento da empresa. (ALCÂNTARA; NUNES; FERREIRA, 2011; MEHRPARVAR et al., 2014; SAKAMOTO; NAVARRO, 2011).

Enquanto o estudo realizado em Prevalência de sintomas musculoesqueléticos em trabalhadoras de enfermagem (GURGUEIRA, 2003), as participantes apresentaram as mais elevadas taxas de distúrbios osteomusculares nos últimos 12 meses nas seguintes regiões anatômicas: lombar (59%), ombros (40%), joelhos (33,3%) e região cervical (28,6%). Em relação à presença de dor nos últimos 7 dias, a região lombar continuou sendo a mais citada (31,4%), seguida pelos ombros (16,2%), também responderam quais as atividades ocupacionais que elas achavam que causavam dor lombar. Os procedimentos mais citados estavam relacionados com a movimentação e transporte de pacientes. As trabalhadoras relataram, em primeiro lugar, movimentar pacientes (87,6%) e, em seguida, o transporte dos mesmos (49,5%), analisando os dados as enfermeiras trabalham a maior parte do tempo em pé e com paciente com alto grau de dependência física gerando grande carga na região lombar ao contrário dos trabalhadores de escritório que passam sua carga horária de trabalho sentado e com predomínio de acometimentos de membros superiores.

No estudo de sintomas osteomusculares em professores do ensino fundamental (CARVALHO e ALEXANDRE, 2006), nos últimos 12 meses, apresentaram ocorrência maior de sintomas osteomusculares principalmente nas regiões lombar (63,1%), torácica (62,4%), cervical (59,2%), ombros (58,0%) e punhos e mãos (43,9%). Em relação à prevalência nos últimos 7 dias, as áreas corporais mais citadas foram ombros (29,9%), cervical (28,7%), lombar (27,4%), torácica (27,4%) e punhos e mãos (14,6%). O risco ocupacional para os professores contam com a ausência de filhos (espera-se que mulheres com filhos tenham mais responsabilidades, o que acarretaria uma dupla jornada de trabalho, significando, desta maneira, uma maior sobrecarga física e os que não tem filhos podem atuar em mais de uma rede de ensino prolongando a sua jornada de trabalho). Pode se considerar que os sintomas musculoesquelético aparecem pelo fato de muitas vezes os professores trabalharem em 3 turnos com a ergonomia incorreta, o que pode ocorrer com trabalhadores de escritório que as vezes é necessário fazer hora extra.

Em comparação com o estudo Prevalência de sintomas osteomusculares e fatores associados em trabalhadores de uma indústria metalúrgica de Canoas – RS (PICOLOTO e SILVEIRA, 2007) à localização anatômica do sintoma osteomuscular relacionado aos períodos de últimos doze meses e sete dias, prevalece a região lombar (45% nos últimos doze meses e 29,1% nos últimos sete dias), seguida pelos ombros (35,1% e 21,6%), cervical (pescoço) (34,5% e 18,0%) e dorsal (28,3% e

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17,5%). Já no item afastamento, a região que se destaca também é a lombar (22,9%), seguida pela dorsal (12,9%), ombros (12,8%) e cervical (9,6%). Baseado nos fatores de risco e por se tratar de uma indústria metalúrgica, encontraram-se predominantemente, homens, com idade média de 33 anos e ocupando cargos operacionais, evidenciando, assim, uma maior ocorrência de queixas na região lombar. Salienta-se que as atividades de trabalho realizadas em indústria metalúrgica se caracterizam pela presença de fatores biomecânicos como manuseio e transporte de carga, utilização de peso/força implicando em esforço físico e, em alguns casos, alta repetitividade, e em trabalhadores de escritório a maior parte do horário de trabalho sendo sentado e tarefas com o uso de papéis, telefone e computadores, causando impactos.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Através dos resultados obtidos neste estudo, evidenciou que o predomínio de acometimento em funcionários de escritório são de membros superiores e mostra que a atuação do fisioterapeuta tem como objetivo diminuir os impactos negativos na saúde do trabalhador e possíveis afastamentos. A fisioterapia aplicada na prevenção primaria através de palestras e panfletos pode ser de grande ajuda, para que os funcionários tenham conhecimentos necessários sobre as LER/DORT, a ginastica laboral associada com atividade física proporciona um bem estar para o funcionário e menos riscos de adoecimentos relacionados a sua atividade laboral e um melhor resultado para a empresa sendo uma importante ferramenta para prevenir o aparecimento de sintomas osteomusculares.

Referências

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