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COMPLIANCE, LEI ANTICORRUPÇÃO EMPRESARIAL E CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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Academic year: 2021

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COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Pós-graduação Lato Sensu

COMPLIANCE, LEI ANTICORRUPÇÃO EMPRESARIAL E

CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

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1. NOME DO CURSO E ÁREA DE CONHECIMENTO

Curso de Pós-graduação em Compliance, Lei Anticorrupção Empresarial e Controle da Administração Pública

Área do Conhecimento: Direito Constitucional, Direito Administrativo Sancionador, Direito Penal, Direito Processual, Direito Trabalhista e Direito Empresarial

Forma de oferta: curso presencial

2. JUSTIFICATIVA

A Lei Anticorrupção Empresarial, que entrou em vigor em janeiro do ano passado e foi impulsionada pelas manifestações populares de junho de 2013, veio, na verdade, cumprir compromissos que o Brasil havia assumido no plano internacional, especialmente a convenção da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 1997, que prevê a adoção pelos países signatários de instrumentos legais para responsabilizar empresas que participassem de ações ilícitas junto à administração pública, nacional ou estrangeira.

“Tanto rouba quem vai à horta como quem fica à porta”, diz um velho adágio português. Por isso, dentre as principais novidades da Lei 12.846 está a responsabilização objetiva das pessoas jurídicas por atos lesivos à administração pública, o que significa, em outras palavras, que uma empresa poderá ser responsabilizada, por exemplo, se qualquer de seus funcionários entregue ou simplesmente ofereça vantagem indevida a um agente público, ainda que a alta cúpula ou a direção daquela mesma corporação não tenha dado ordem nesse sentido, não tenha tomado conhecimento ou até mesmo não tenha se beneficiado daquela conduta.

Nesse sentido, provada a conduta do funcionário pelas autoridades públicas, a empresa será responsabilizada e poderá sofrer pesadas sanções, como multa, que pode chegar a 20% do faturamento bruto do último exercício anterior, e proibição, por até cinco anos, de receber empréstimos de instituições financeiras públicas ou controladas pelo poder público, como BANDES e BNDES, dentre outras.

Uma importante defesa que pode ser utilizada em casos tais é a demonstração pela empresa que ela implementou previamente mecanismos e procedimentos internos de integridade, auditoria e incentivo à denúncia de irregularidades (“compliance”), bem como que ela aplica efetivamente códigos de ética e de conduta. O Brasil incorpora em seu ornamento jurídico, assim, as mais modernas ferramentas legislativas de combate à corrupção, as quais partem da premissa de que, se não existir a figura do corruptor, não haverá o corrupto.

Exige a Lei Anticorrupção Empresarial que as ferramentas de proteção à empresa sejam “efetivas”. Por isso, não basta que as pessoas jurídicas criem códigos de conduta, abram canais de denúncia ou contratem um “compliance officer” (controlador de lisura das operações); se qualquer de seus funcionários for flagrado praticando uma das condutas ilícitas

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descritas na lei, as empresas só terão direito ao benefício da atenuação das sanções se comprovarem, concretamente, a idoneidade e a adequação de seus controles internos.

Para a lei, a virtude não está naquilo que a empresa aparenta ser, mas sim naquilo que ela verdadeiramente é, como deve acontecer na vida de todos nós.

Claro que a conscientização da necessidade dessas providências e sua respectiva implementação prática – que deve ser encarada como investimento, e não como despesa – passa por uma mudança de cultura no meio empresarial. Exatamente para entender melhor o impacto da Lei 12.846/2013 nas empresas brasileiras, a consultoria ICTS Protiviti publicou, no início deste ano, uma pesquisa realizada com 231 empresas que mantem operações no Brasil. Do total das empresas pesquisadas, 61% afirmaram não ter mapeado os riscos de exposição à Lei Anticorrupção, enquanto apenas 12% indicaram possuir um programa de compliance efetivo.

A mudança de mentalidade decorrente da nova realidade que se descortina no âmbito negocial brasileiro depende, obviamente, de uma sinalização e uma movimentação do Poder Público no mesmo sentido. O Espírito Santo, um dos cinco Estados que já regulamentou a Lei Anticorrupção Empresarial, é pioneiro na criação de uma estrutura administrativa específica na Secretaria de Controle e Transparência para tratar exclusivamente dos processos administrativos de responsabilização, sendo que, muito em breve, as primeiras sanções já começarão a ser aplicadas, algo ainda inédito no Brasil.

Por tudo isso, é fundamental que haja uma perfeita compreensão do sentido e dos objetivos da nova legislação não apenas por parte do empresariado, que precisa urgentemente investir em medidas preventivas, mas também por parte dos profissionais da área jurídica e das ciências econômicas, os quais têm a sua frente um campo deficitário e completamente inexplorado no mercado brasileiro.

3. OBJETIVOS

Este curso tem como objetivo principal formar especialistas para o mercado de trabalho e como objetivos específicos os seguintes:

 Propiciar ao aluno embasamento teórico para identificar, diferenciar, analisar, interpretar e criticar os instrumentos brasileiros de combate à corrupção, em especial a Lei nº 12.846/2013;

 Aprimorar os conceitos do aluno relacionados à GRC (Governança, Riscos e Compliance);  Capacitar o aluno para resolver questões práticas do dia-a-dia profissional, especialmente os

desafios encontrados na área de Compliance, fornecendo subsídios teóricos e práticos para o desafio da função;

 Capacitar o aluno para interação em debates e discussões sobre temas atuais envolvendo os diversos modelos de controle da Administração Pública.

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4. HISTÓRICO DA INSTITUIÇÃO

A FDV – Faculdades de Vitória – teve o curso de graduação em Direito aprovado em julho de 1995, com início de sua primeira turma no segundo semestre do mesmo ano. Como resultado do trabalho desenvolvido, a FDV teve o curso de graduação em Direito reconhecido ainda no terceiro ano de seu funcionamento, fato inédito no País. O curso de Direito obteve nota “A” no provão em 2001, 2002 e 2003, sendo a única faculdade particular do Espírito Santo a repetir a nota máxima por três anos consecutivos. Desde 1996, são oferecidos cursos de pós-graduação latu sensu em Direito. Em 2002, tiveram início as aulas da primeira turma de Mestrado da FDV, na área de Direito e Garantias Constitucionais, o primeiro curso de Mestrado em Direito no Estado do Espírito Santo, reconhecido pela Capes. No ano de 2007, a FDV iniciou o seu curso de Direito em horário integral. No mesmo ano recebeu o selo “OAB Recomenda”. Em 2008, a FDV alcançou o primeiro lugar no Estado do Espírito Santo, e ficou em terceiro lugar no Brasil, dentre as faculdades que oferecem o curso de Direito, segundo o Índice Geral de Cursos (IGC), indicador do Ministério da Educação (MEC).

A missão da instituição exerce a função orientadora e delimitadora da ação institucional. É a razão de ser da instituição, o propósito central que justifica a existência da mesma. A missão da FDV é: “Formar cidadãos competentes, éticos, responsáveis e em condições de atuar com destaque no mercado de trabalho e na sociedade”.

A visão é o lugar para onde a instituição pretende se dirigir; é o ponto futuro onde se encontram as intenções, possibilidades, desejos, análises, emoções, necessidades e probabilidades da instituição. A FDV tem a seguinte visão: “Ser referência nacional de qualidade no ensino superior em suas áreas de atuação”.

Os valores de uma instituição são um conjunto de crenças essenciais ou de princípios morais que devem governar todos os comportamentos da instituição. Transformados em políticas, os valores são guias genéricos para decisão e ação. A FDV definiu como sendo seus valores: seriedade, responsabilidade social, criatividade, satisfação, comprometimento, excelência.

5. PÚBLICO ALVO

Advogados e profissionais das demais carreiras jurídicas, docentes, administradores públicos, auditores, dirigentes e quadros superiores de empresas e outras organizações com funções na área de planejamento e controle de gestão, de planejamento e execução de estratégia, e demais bacharéis em Direito com interesse na matéria.

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O perfil do egresso do Curso de Pós-Graduação Lato Senso – Especialização em Direito Processual Civil da FDV é fruto, principalmente, de discussões permeadas por reflexões jurídicas, sociológicas, filosóficas e políticas, considerando a realidade do mercado de trabalho: compreensão interdisciplinar do fenômeno jurídico e das transformações sociais; formação humanística; senso jurídico e ético-profissional, associado à responsabilidade social e à consciência da necessidade de permanente atualização; compreensão da causalidade e da finalidade das normas jurídicas; capacidade de apreensão, transmissão crítica e produção criativa do Direito; visão atualizada de mundo e, em particular, consciência solidária dos problemas de seu tempo e de seu espaço.

Entende-se que este perfil será alcançado a partir do desenvolvimento, ao longo do curso, das seguintes habilidades: leitura, análise e compreensão de textos e documentos; interpretação do Direito e sua aplicação no âmbito individual e social; pesquisa e utilização da legislação, da jurisprudência, da doutrina e de outras fontes do Direito; correta utilização da linguagem; utilização do raciocínio lógico, de argumentos e de reflexão crítica; compreensão interdisciplinar e produção criativa do Direito.

7. COORDENAÇÃO DO CURSO

Coordenação Acadêmica: Marcelo Zenkner

Coordenação Geral de Especialização: Marcos Encarnação

8. PERÍODO E PERIDIOCIDADE

Período de Realização: de abril de 2017 a outubro de 2018

Horário das aulas: quartas quintas e sextas-feiras, das 19h às 22h30.

9. CARGA HORÁRIA

O curso possui carga-horária total de 360 horas/aula, sendo organizado em aulas/tema semanais totalizando 300 horas/aula de conteúdo jurídico, e o módulo de Metodologia da Pesquisa Científica com 60 horas/aula.

10. CONTEUDO PROGRAMÁTICO

 A cultura de corrupção no Brasil e a responsabilidade das empresas: origens da Lei nº 12.846/2013

Corrupção e organizações criminosas: a importância da Lei nº 12.850/2013

Sistema de transparência e prevenção à corrupção

Controle interno e externo da Administração Pública

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Crimes contra a Administração Pública previstos no CPB e na Lei de Licitações

Cidadania plena e a ação popular como direito constitucional fundamental

Lei de Defesa da Probidade Administrativa (aspectos materiais)

Lei de Defesa da Probidade Administrativa (aspectos processuais)

O crime de lavagem de dinheiro e o papel do COAF

 Atuação do CADE e da CVM na prevenção e repressão às infrações contra a ordem econômica (Lei nº 12.529/2011)

Investigações internas

Ilícitos da Lei nº 12.846/2013: sanções judiciais e administrativas

Governança corporativa e estruturação de um sistema de Compliance

Desafios e tendências do compliance criminal

A importância da gestão de terceiros nos programas de compliance

Acordos de leniência: controvérsias, competência e abrangência

Gestão de risco reputacional no âmbito empresarial

Compliance trabalhista e tributário

 A CGU, a SECONT e o Processo Administrativo de Responsabilização (PAR) Federal e Estadual

11. CORPO DOCENTE (PROFESSORES SUGERIDOS)

 Wagner Giovanini  Jorge Hage

 Paulo Henrique Cunha  Ricardo Monteiro Oliveira  Simony Rattis

 Marcelo Altoé

 Horário Augusto Mendes de Souza  Israel Domingos Jório

 Américo Bedê  Gustavo Senna  Diego Moraes  Andreza Merçon  James Walker Júnior  Alessandra Gonsales  Paulo Wanick

 Geraldo Prado

 Flávio Rezende Dematté  Bruno Calabrich

 Jonathan Raicher  Sebastião Ranna  Jorge Munhós de Souza

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 Alessandro Dantas Coutinho  Sidemberg Rodrigues  Antônio Gustavo Rodrigues  Alexandre Cordeiro

 Alexandre Pinheiro dos Santos  Flávia Ribas

 Shin Jae Kim  Mário Spinelli  Alexandre Serpa

10. METODOLOGIA

Aulas expositivas, estudos de caso, debates e orientação ao trabalho final de conclusão do curso.

11. INTERDISCIPLINARIDADE

O microssistema brasileiro de combate à corrupção envolve toda a legislação relativa ao controle da Administração Pública e à repressão administrativa, civil e penal aos ilícitos relacionados à corrupção. Sendo assim, há uma evidente intercomunicação entre o Direito Constitucional, o Direito Administrativo Sancionador, o Direito Penal, o Direito Processual, o Direito Trabalhista e o Direito Empresarial.

12. ATIVIDADES COMPLEMENTARES

Estágio profissional facultativo, orientação de elaboração do projeto de pesquisa e orientação para elaboração do trabalho de conclusão de curso.

13. TECNOLOGIA

A FDV possui recursos variados que estarão à disposição do Curso, de acordo com as necessidades da metodologia utilizada. Data-show, retro-projetores, quadro e pincel, aparelho de som, acervo bibliográfico, fotocopiadora, laboratório de informática.

14. INFRAESTRUTURA FÍSICA

Salas de aula climatizadas, biblioteca atualizada com livros e periódicos, auditório, estacionamento para alunos e professores, laboratório de informática, além dos recursos tecnológicos elencados no item anterior.

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Critério de seleção: análise de Curriculum Vitae e entrevista. Pré-requisito para ingresso no curso: graduação em Direito.

16. SISTEMAS DE AVALIAÇÃO

O aluno deverá frequentar com aproveitamento todos os temas/módulos e ser aprovado no Trabalho de Conclusão de Curso para obter o título de Especialista.

Relativo ao módulo de conteúdo jurídico, as atividades práticas realizadas em sala de aula serão valorizadas e a sua média representará 50% da avaliação total dos alunos. Serão aplicadas, ao longo do curso, DEZ atividades práticas, que serão avaliadas com notas de ZERO a DEZ, com o descarte das TRÊS NOTAS mais baixas.

Serão aplicadas ao longo do curso, OBRIGATORIAMENTE, duas avaliações individuais, cada uma representando 25% da avaliação total dos alunos. Estas avaliações contemplarão temas de mais de um módulo, se houver.

Relativo ao Módulo de Metodologia da Pesquisa a avaliação se dá através do Projeto de Monografia. É exigida nota mínima 7,0 (sete) ao final de todos os temas/módulos e 7,0 (sete) no trabalho de conclusão de curso, sendo que os critérios de correção do trabalho de conclusão de curso estão descritos em regulamento específico.

Referências

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