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CAPA E ÍNDICE

ACTA REUMATOLÓGICA PORTUGUESA

ACTA

REUMATOLÓGICA

PORTUGUESA

Vol. XX

N

9

7 3

Abril-Junho 1 9 9 5

(2)

ARTHROTEC

(3)

^ S i S S ^

ACTA REUMATOLÓGICA PORTUGUESA

(Órgão Oficial d a S o c i e d a d e P o r t u g u e s a d e R e u m a t o l o g i a )

Vol. XX N

8

7 3 A b r i l - J u n h o 1 9 9 5

índice

E d i t o r i a i s

Editorial

Armando Malcata 59

VIII Congresso P o r t u g u ê s d e R e u m a t o l o g i a

J . A . Melo Gomes 60

Artigo original

A n t i c o r p o s a n t i - e s t r a t o c ó r n e o d o e p i t é l i o do esófago d e r a t o ( " a n t i q u e r a t i n a " )

e f a c t o r e s r e u m a t ó i d e s n a a r t r i t e r e u m a t ó i d e d o a d u l t o

Isabel Abreu, J . A. Melo Gomes, J a i m e C. Branco, René Humbel, J . A. Machado Caetano 61

Artigo de revisão

Exercício e m a s s a ó s s e a

J a i m e C. Branco 71

Caso clínico

Lombalgia de c a u s a m e n o s f r e q u e n t e

Natália Ramos, J . A. Melo Gomes, Carlos Paios, Eduardo Mata, Ricardo Ferreira 79

Artigos d e o p i n i ã o

Opinião

Antonio Castillo-Ojugas 8 3

Alocução d e A b e r t u r a d a s 3.** J o r n a d a s R e u m a t o l ó g i c a s d o Sul e I l h a s

e 3.° Ciclo de E s t u d o s A v a n ç a d o s e m R e u m a t o l o g i a "Dr. Loução Martins"

Manuel Loução Martins J ú n i o r 8 3

Notícias 85

R e g u l a m e n t o s de P r é m i o s e Bolsas 86

Agenda n a c i o n a l 88

Agenda i n t e r n a c i o n a l 88

N o r m a s d e publicação 90

VIII Congresso P o r t u g u ê s de R e u m a t o l o g i a - P r o c e e d i n g s d a s Mesas R e d o n d a s

e R e s u m o s d a s C o m u n i c a ç õ e s Livres e P o s t e r s 9 5

(4)

(Official J o u r n a l of t h e P o r t u g u e s e S o c i e t y for R h e u m a t o l o g y )

Vol. XX N

fi

7 3 A p r i l - J u n e 1 9 9 5

Contents

Editorials

E d i t o r i a l

Armando Malcata 59

VIII P o r t u g u e s e C o n g r e s s of R h e u m a t o l o g y

J . A . Melo Gomes 60

Original Article

Antibodies t o t h e r a t o e s o p h a g u s s t r a t u m c o r n e u m (anti-keratin antibodies) a n d r h e u m a t o i d

factors i n r h e u m a t o i d a r t h r i t i s

Isabel Abreu, J . A. Melo Gomes, J a i m e C. Branco, René Humbel, J. A. Machado Caetano 61

Introduction: The advantages and restrictions of Rheumatoid Arthritis (RA) serological markers, a role

classi-cally ascribed to the Rheumatoid Factor (RF), are well known.

Lately, new and more sensitive RF assays were introduced, RIA and ELISA, which allowed to reduce the

num-ber of seronegative patients a s well a s to measure other RF isotypes. Recently, other antibodies (Ab) the Ab to

the stratum corneum of rat oesophagus epithelium, so-called "anti-keratin Ab" (AKA), have been reported as a

new marker.

Objective: The aim of this study was to measure by distinct methods, the sensitivity and specificity of the

clas-sical serological markers (IgM RF), to evaluate the IgA and IgG RF isotypes as well as a new marker, the AKA.

Patients and methods: Two hundred fifty-seven patients were studied. Ninety-one with RA and 166 with other

chronic rheumatic diseases (control group).

The IgM RF were evaluated in the RA patients by agglutination (latex and Waaler Rose), EUSA and Nephelometiy.

The IgA and IgG RF isotypes were measured by ELISA in the RA patients a s well as in the control group.

The AKA were assayed by indirect immunofluorescence technique using infixed cryostat sections of the middle

third of rat oesophagus.

Results: In RA patients, the sensitivity of the distinct methods used on IgM RF evaluation was not statistically

different. Fifty-six percent of RA patients react simultaneously to the human and rabbit G immunogloblns and

50.5% have concomitantly the 3 RF isotypes (IgM, IgG and IgA).

With regard to the AKA we found a 44% sensitivity and a 100% specificity. They were detected in 54% of the

patients with IgM RF as well as in 26% of the patients without IgM RF.

Conclusions: We concluded that the RF and AKA are complementary serological markers for the RA diagnosis

and we emphasize the high specificity of the AKA.

Keywords: Rheumatoid Arthritis - Rheumatoid Factors - Anti-keratin Antibodies - Serological markers.

Review Article

Exercise a n d Bone Mass

J a i m e C. Branco 71

Osteoporosis is charaterized by bone mass reduction with a consequent tendency to bone fracture. Bone mass

is influenced by several factors namely physical activity.

The relationship between exercise and bone is well established and demonstrated by the rapid bone loss that

occurs when mechanical load or gravity are absent and by the increase in bone mass when an extra load acts

upon bone.

(5)

Acta Reumatológica Portuguesa

CONSELHO EDITORIAL

EDITOR CHEFE (Chief Editor)

EDITOR EXECUTIVO (Executive Editor) EDITORES ASSOCIADOS (Associated Editors)

EDITORES ADJUNTOS (Assistant Editors)

Viuiona T a u a r e s J . C a n a s d a Silva A. Aroso Dias E u g e n i a Simões J a i m e Branco J . A. Melo Gomes J . A. Pereira d a Silva J . C. Teixeira d a Costa J o s é António Silva H e l e n a S a n t o s Ma J o s é Leandro Pedro Gonçalves Rui A n d r é S a n t o s T e r e s a Nóvoa PRESIDENTE VICE-PRESIDENTES SEC.-GERAL SEC.-ADJUNTO

Sociedade Portuguesa de Reumatologia

DIRECÇÃO

Dr. J . A. Pereira d a SUva Dr. Adriano Neto DrB S a r a d e F r e i t a s Dr. A. C. Alves d e Matos Dra Viviana T a v a r e s TESOUREIRO VOGAL REGIÃO SUL

CENTRO NORTE ILHAS Dr. Cartas M i r a n d a R o s a D ra Cristina Catita Dr. J o r g e Silva Dr. Simões Ventura Dr. Guilherme Figueiredo

MESA DA ASSEMBLEIA GERAL

PRESIDENTE Prof. Dr. Mário Viana Queiroz VOGAIS Dr. Rui A n d r é S a n t o s

Dra E u g e n i a Simões

CONSELHO FISCAL

PRESIDENTE Prof. J o s é António Silva RELATOR Dr. A u g u s t o F a u s t i n o VOGAL D ra Maria d o Céu Maia

PRESIDENTE ELEITO

Dr. J o s é António Meto Gomes

CONSELHO CIENTÍFICO

ANATOMIA PATOLÓGICA BIOQUÍMICA CARDIOLOGIA ENDOCRINOLOGIA GASTROENTEROLOGIA HIDROLOGIA IMUNOLOGIA

MED. FÍSICA E DE REAB. MEDICINA INTERNA

D rs Odete Almeida

Prof Dr. J . Martins e Silva Prof Dr. Mário Lopes Prof. Dr. Galvão Teles Prof Dr. Guilherme Peixe Prof Dr. Frederico Teixeira Prof Dr. Rui Victorino Dr. Martins d a C u n h a Dr. Monteiro B a t i s t a MEDICINA DO TRABALHO NEUROCIRURGIA OFTALMOLOGIA ORTOPEDIA PATOLOGIA CLÍNICA PEDIATRIA RADIOLOGIA REUMATOLOGIA Dr. A. Meyrelles d o Souto Prof Dr. António T r i n d a d e Prof Dr. C a s t a n h e i r a Diniz Prof Dr. Salis A m a r a l Prof Dr. Pinto d e B a r r o s D r3 Maria J o s é Vieira Dr. J . Covas d e Lima Prof Dr. A. Lopes Vaz

EDIÇÃO E PROPRIEDADE: Sociedade Portuguesa de Reumatologia

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: Sociedade Portuguesa de Reumatologia - Rua D. Estefânia, 177, 1S-D - 1000 Lisboa

FOTOCOMPOSIÇÃO E IMPRESSÃO: Seleprinter Sociedade Gráfica, Lda. - Rua Nova do Zambujal, 6 - 2735 Cacém PREÇO: Ns AVULSO: 500$00 ($10 USD); ANUAL (4 números): 2000$00 ($30 USD)

TIRAGEM: 2000 exemplares DEPÓSITO LEGAL: 86 955/95

REGISTO: Inscrita na Direcção-Geral da Comunicação Social com o ns 101 897

(6)

More investigation is needed to understand how bone recognizes load modifications.

Although! there are some conflicting results in studies regarding exercise and bone mass and the noxious effect

of excessive exercise in female amenorrheic athletes is recognized the beneficial effects of physical activity on

bone are well established.

More investigation is needed in order to identify the appropriate activities to maximize bone mass in young

adults, maintain bone mass during premenopause and minimize bone loss after the menopause.

Keywords: Osteoporosis - Bone m a s s - Physical exercise.

Case R e p o r t

Low Back Pain - An u n c o m m o n c a u s e

Natália Ramos, J . A. Melo Gomes, Carlos Paios, Eduardo Mata, Ricardo Ferreira 79

Although degenerative changes of the spine represent the main cause of low back pain, this manifestation can

occur in other, less frequent and sometimes unsuspected diseases.

The authors present a review, based on a clinical case, about the rheumatological manifestation of bacterial

endocarditis, pointing out that low back pain can be the main manifestation of endocarditis, and that this

diag-nosis should always be considered in patients with previous valvular disease and low back pain of increasing

intensity.

Keywords: Low b a c k pain - Bacterial endocarditis.

Opinion A r t i c l e s

Opinion

Antonio Castillo-Ojugas 8 3

O p e n n i n g a d d r e s s - 3rd R h e u m a t o l o g y M e e t i n g a n d 3 r d Advanced C o u r s e of R h e u m a t o l o g y

"Dr. Loução M a r t i n s "

Manuel Loução Martins J ú n i o r 8 3

News 8 5

G r a n t s a n d Prizes 86

National Agenda 8 8

I n t e r n a t i o n a l Agenda 88

I n s t r u c t i o n s t o A u t h o r s 9 0

VIII P o r t u g u e s e C o n g r e s s of R h e u m a t o l o g y - P r o c e e d i n g s a n d A b s t r a c t s 9 5

(7)

EDITORIAIS

EDITORIAIS

Para além dos factores reumatóides,

descober-tos h á j á mais de cinquenta anos, outros

auto-anti-corpos foram identificados n a Artrite Reumatóide

(AR). Entre eles têm merecido particular destaque

os anticorpos anti-queratina - AAQ (dirigidos

con-tra o escon-tracto córneo do esófago de rato), o factor

anti-perinuclear - FAP (dirigido a grânulos

querato-hialinos perinucleares de células da mucosa bucal)

e o anticorpo anti-RASS"

1

.

Muito do interesse que o s e u e s t u d o tem

des-pertado prende-se com a possibilidade de poderem

servir como marcadores de diagnóstico e mesmo de

prognóstico, n a AR.

É conhecido que, relativamente aos factores

reu-matóides a s u a sensibilidade é elevada, m a s a s u a

especificidade baixa, para a AR, porquanto podem

ocorrer de forma t r a n s i t ó r i a ou n ã o em diversas

doenças r e u m á t i c a s ou doutros foros.

Contraria-mente, os auto-anticorpos mais recentemente

iden-tificados apresentam, é certo, u m a menor

sensibi-lidade, m a s têm u m a especificidade b e m m a i s

elevada, nomeadamente o anticorpo anti-queratina

(98-100%).

Valores desta ordem permitem pensar n a

utili-dade da identificação destes auto-anticorpos como

critério de diagnóstico de AR, tanto mais que

sur-gem não só n a s formas seropositivas para factores

r e u m a t ó i d e s , como t a m b é m n a s s e r o n e g a t i v a s

(embora nestas com menor frequência).

S a b e - s e , t a m b é m q u e e s t e s a u t o - a n t i c o r p o s

podem ocorrer antes mesmo da doença clinicamente

manifesta, admitindo-se que a s u a presença se

tra-duza n u m risco a u m e n t a d o p a r a o seu

desenvolvi-mento (risco que seria mais elevado nos indivíduos

que, concomitantemente, apresentem factores

reu-matóides)'

21

.

Podem t a m b é m s u r g i r em fases precoces d a

doença quando, muitas vezes não é fácil o

estabe-lecimento do diagnóstico, e em que os próprios

cri-térios do ACR terão m e n o r utilidade, dado o s e u

carácter cumulativo

131

.

Dada a alta especificidade do AAQ para a AR e,

desde logo, a s u a não identificação n a maior parte

d a s a r t r i t e s seronegativas com a s q u a i s a AR se

pode confundir, podemos pensar que a s u a

identi-ficação poderá ser u m importante contributo para

o diagnóstico, no caso individualmente considerado

e, eventualmente, vir a ser proposto como critério

de diagnóstico e/ou classificação da AR, a exemplo

do que acontece com outros auto-anticorpos

nou-tras doenças auto-imunes.

O prognóstico da AR é muito variável. Dum modo

geral aceita-se que as formas seronegativas para os

factores reumatóides têm u m melhor prognóstico

que a AR seropositiva. Estudos recentes a p o n t a m

para que a AR com factores reumatóides negativos,

m a s com Factor Anti-perinuclear presente, t e n h a

u m comportamento semelhante ao da AR

seropo-sitiva

14

'. Este facto, entre outros, leva a que

diver-sos autores venham propondo u m a reclassificação

da AR, por forma a que fossem a p e n a s

considera-d a s com seronegativas, aquelas em que se

verifi-casse a ausência de todos os auto-anticorpos

refe-ridos'

31

. Tal classificação teria como consequência a

constituição de subgrupos mais homogéneos

den-tro da AR seronegativa, aspecto importante para o

estudo desta entidade.

T a m b é m a evolução d a AR, é m u i t o variável.

Aceita-se, actualmente, que a intervenção precoce,

antes do estabelecimento d a s lesões cartilagineas

e s u b s e q u e n t e desenvolvimento de erosões é d a

máxima importância para o sucesso terapêutico'

21

.

Para se intervir, em tempo útil, h á que tentar

esta-belecer u m diagnóstico precoce e avaliar quais os

doentes com maior probabilidade de desenvolver

doença progressiva. Segundo os dados actuais, os

AAQ parecem associar-se a doença crónica erosiva;

no e n t a n t o a s u a principal utilidade r e s u l t a n ã o

tanto d a identificação dum qualquer subgrupo de

doentes com doença de maior gravidade, m a s da

s u a elevada especificidade, favorecendo o

diagnós-tico precoce e intervenção terapêutica atempada'

31

.

Podemos concluir, então, que o estudo destes

auto-anticorpos é de grande interesse e, tal como

escrevem os a u t o r e s do excelente artigo original,

publicado n e s t a revista

151

, devem merecer "maior

atenção de quem se dedica ao diagnóstico e

trata-mento dos reumatismos crónicos do adulto".

Armando Malcata

1. Meyer O, Tauxe F, Fabregas et al. Anti-RA 33 antinu-clear antibody in rheumatoid arthritis and mixed connective tissue disease: comparision with antikeratin and antiperi-nuclear antibodies. Clin Exp Rheumatol 1993:11:473-478.

2. Aho K, Palusero T, Kurki P. Marker antibodies of rheu-matoid arthritis: diagnostic and pathogenetic implications. J Rheumatol 1987;14:893-897.

3. Aho K, Kurki P. Seropositive versus seronegative rheu-matoid arthritis - time for a new definition. J Rheumatol

1994;21:388-340.

4. Westgeest A, Boerbooms AMT, J o n g m a n s et al. Antiperinuclear factor: indicator of more severe disease in rheumatoid arthritis. J. Rheumatol 1987;14:893-897.

5. Abreu I, Melo Gomes JA, Branco JC, Humbel R, Machado Caetano JA. Anticorpos anti-estrato córneo do epi-télio do esófago de rato ("anti-queratina") e factores reuma-tóides na Artrite Reumatóide do Adulto. Acta Reum Port 1995;73:61-70.

(8)

Editoriais

VIII CONGRESSO PORTUGUÊS

DE REUMATOLOGIA

O Congresso, o que é?

O (um) Congresso Nacional é (deve) ser u m a

mos-tra do d i n a m i s m o e capacidade organizativa dos

vários centros que no País se dedicam à actividade

a s s i s t e n c i a l , de e n s i n o ou de investigação d a

Especialidade-Médica. Pode também constituir u m

polo de agregação dos vários especialistas e

técni-cos paraméditécni-cos relacionados, em t o m o da

especi-alidade e dos objectivos de vária ordem (científica,

económica, educacional, de gestão) q u e lhes são

comuns.

Nesse sentido, fazia j á falta u m Congresso

Português de Reumatologia, após interregno de 3

anos.

E m b o r a se c o n t i n u e m a realizar a n u a l m e n t e

muitas (demasiadas?) reuniões dedicadas ao Ensino

Pós-Graduado de Reumatologia, e s t a s n ã o têm o

âmbito, n e m os objectivos, de u m Congresso

Nacional.

Seria até desejável que os vários c e n t r o s

reu-matológicos nacionais reflectissem u m pouco no

número elevado de organizações e, sob a égide da

S.P.R. que todos r e p r e s e n t a , c o o r d e n a s s e m

ade-quadamente estas actividades. Da nossa parte

esta-mos abertos p a r a esta discussão e coordenação.

Mas voltemos ao Congresso. Após várias

orga-nizações idênticas, estamos agora em condições de

garantir que este Congresso terá a s u a organização

científica i n t e i r a m e n t e a cargo d a Comissão

Científica, que é p a r a tal soberana.

Esta Comissão Científica reuniu j á u m a vez e é

previsível que t e n h a mais d u a s reuniões.

Nela estão r e p r e s e n t a d a s todas a s Unidades e

Serviços de Reumatologia existentes no País à data

da s u a constituição.

Temos pedido a todos os r e s p o n s á v e i s de

Unidades ou Serviços que estejam presentes a estas

reuniões, ou se façam representar, de forma a

evi-tar mal-entendidos e equívocos, sempre

dispensá-veis.

Esta forma de trabalhar, embora consuma mais

tempo e energias de alguns, é o único g a r a n t e de

u m a representação equitativa e j u s t a de todos os

que se preocupam com os aspectos organizativos

do nosso Congresso.

Tal constitui t a m b é m prática c o m u m de todas

a s Sociedades Científicas, que se regem por

princí-pios de democracia interna, dos quais não

abdica-mos.

Organizado com a p o u c a a n t e c e d ê n c i a que o

Calendário Eleitoral d a S.P.R. p e r m i t i u , este

Congresso t e r á fundamentalmente t r ê s vertentes

distintas:

Cientíjica, que n o s proporcionará a exposição a

participantes com conhecimentos práticos relevantes

dos t e m a s que abordam.

Relações Internacionais, através d a presença de

d i s t i n t o s r e u m a t o l o g i s t a s r e p r e s e n t a n t e s d a

Reumatologia Brasileira (Prof. António Carlos

Ximenes) e Espanhola (Dr. G. Herrero-Beaumont),

que muito enriquecerão este Congresso e

permiti-rão o reforçar de ligações institucionais

estrategi-camente importantes.

Social, com u m a m a n h ã dedicada à

dinamiza-ção e divulgadinamiza-ção de grupos de doentes com

diver-sas patologias reumatismais, e também dos Grupos

de Trabalho, formados ou em vias de formação, no

âmbito dos estatutos da S.P.R.

Queiram os Reumatologistas (e os Internos de

Especialidade, força dinamizadora fundamental)

p o r t u g u e s e s c o n s i d e r a r e s t e Congresso como A

Reunião d a Reumatologia P o r t u g u e s a e e s t a m o s

certos que, apesar de todas a s limitações, este "VIII

Congresso Português de Reumatologia" terá o êxito

que todos os Reumatologistas merecem.

J. A. Melo Gomes

Presidente da Comissão Científica do

"VIU Congresso Português de Reumatologia"

(9)

ARTIGO ORIGINAL

ANTICORPOS ANTI-ESTRATO CÓRNEO DO EPITÉLIO DO ESÓFAGO DE RATO

("ANTIQUERATINA") E FACTORES REUMATOIDES NA ARTRITE REUMATOIDE DO ADULTO

-LSABEL ABREU. J.A. MELO GOMES, JAIME C. BRANCO, RENÉ HUMBEL. J.A. MACHADO

CAETANO

ARTIGO ORIGINAL

ANTICORPOS ANTI-ESTRATO CÓRNEO DO EPITÉLIO

DO ESÓFAGO DE RATO ("ANTI-QUERATINA") E

FACTORES REUMATÓIDES NA A R T R I T E

REUMATÓIDE DO ADULTO

Isabel Abreu

1

, J.A. Melo Gomes

2

, J a i m e C. Branco

3

, René Humbel

4

, J.A. Machado Caetano

5

RESUMO

Introdução: São bem conhecidas as vantagens e limitações dos marcadores serolcgicos da Artrite Reumatóide (AR),

papel classicamente atribuído aos Factores Reumatóides (FR) IgM.

A disponibilidade de testes mais sensíoeis como os de RIA e EUSA para a avaliação dos FR reduziu a proporção de

doentes diagnosticados como seronegativos e permitiu a determinação de FR de outros isóttpos.

Recentemente, entre outros anticorpos (Ac), os Ac anti-estrato córneo de esófago de Rato ou Ac anti-queratina (AAQ)

têm sido referidos como um novo marcador.

Objectivo: Este trabalho teve como objectivo a avaliação por vários métodos, na AR, da especificidade e da

sensi-bilidade dos marcadores serológicos clássicos (FR IgM), dos FR de isóttpos IgA e IgG e de um marcador mais recente, os

AAQ.

Doentes e métodos: Foram estudados 257 doentes. Noventa e um com AR e os restantes 166 com outras doenças

retimáticas (DR) crónicas (grupo controlo).

Avaliámos pelos métodos de aglutinação (latex e Waaler RoseJ, método imunoenzímáíico (EUSA) e por nefelometria

nos doentes com AR, os FR IgM e pelo método de ELISA os FR de ísótipos ígA e IgG na AR e no grupo de controlo.

Os AAQ foram pesquisados por imunofluorescência indirecta (IFT) usando como substracto cortes não fixados do terço

médio do esófago de rato.

Resultados: Verificámos não existirem diferenças estatisticamente significativas na sensibilidade dos vários

méto-dos de detecção méto-dos FR IgM em doentes com AR.

Nos doentes com AR 56% tinham reactividade simultânea para as imunoglobulinas IgG humana e de coelho e 50,5%

apresentavam concomitantemente FR dos 3 isóttpos (IgG, IgM e IgA),

No que diz respeito aos AAQ encontrámos uma sensibilidade de 44% na AR e uma especificidade de 100%. Os AAQ

estavam presentes em 54% dos doentes com FR IgM e em 26% dos doentes sem FR IgM no soro.

Conclusões: Este trabalho permite-nos concluir que os FR e os AAQ sâo marcadores serológicos complementares

para o diagnostico de AR, sendo de realçar a elevada especificidade dos AAQ. (Acta Reuma Port 1995;73:61-70).

Palavras-chave: Artrite Reumatóide - Factores Reumatóides - Anticorpos "anti-queratina" - Marcadores Serológicos.

INTRODUÇÃO

Uma das características da Artrite Reumatóide

(AR) é a existência de alterações imunológicas.

Todavia a s u a n a t u r e z a não é ainda inteiramente

conhecida, resultando frequentemente no

apareci-mento e persistência dos Factores Reumatóides (FR)

e outros auto-anticorpos (AAc) circulantes"

1

.

Muitos AAc encontram-se associados com

con-siderável especificidade a certas doenças, sendo

uti-lizados como marcadores de prognóstico e de

diag-nóstico

121

.

1 Assistente de Investigação. Serviço de Imunologia da Faculdade

de Ciências Médicas de Lisboa.

2 Reumatologista. Responsável pela Unidade de Reumatologia do

Hospital Militar Principal. Lisboa.

3 Reumatologista. Assistente de Reumatologia da Unidade de

Reumatologia do Hospital de Egas Moniz. Lisboa.

' Director do Laboratoire de Biochemie-Immunopathologie du Centre Hospitalier de Luxembourg.

5 Director do Serviço de Imunologia da Faculdade de Ciências

Médicas de Lisboa.

Os FR n a AR e os anticorpos anti-nucleares no

Lupus Eritematoso Sistémico (LES) estão incluídos

nos critérios de diagnóstico para as respectivas

doen-ças

1341

. Porém, os FR não estão presentes em todos

os doentes com AR, nem são específicos desta doença.

Além dos FR, outros AAc, potenciais

marcado-res da AR, têm sido descritos: o factor

anti-perinu-clear (FAP) descrito por Nienhuis e Mandema em

1964'

51

que é u m Ac que reage com os grânulos

que-ratohialinos das células da mucosa bucal h u m a n a

e os Ac anti-estrato córneo do esófago de rato (Ac

anti-queratina, AAQ) cuja ocorrência em doentes com

AR foi pela primeira vez descrita por Young e col. em

1979

l61

. Ulteriormente, numerosos Autores

evidencia-ram também no soro de doentes com AR, Ac capazes

de se ligarem ao estrato córneo do epitélio do esófago

derato

17

'

15

».

Neste e s t u d o clínico e serológico de v á r i a s

d o e n ç a s r e u m á t i c a s (DR) crónicas avaliámos por

diferentes métodos os FR de vários isótipos e u m

m a r c a d o r serológico m a i s recente, a AAQ cujas

(10)

p o t e n c i a l i d a d e s m e r e c e m u m a m a i o r a t e n ç ã o d e q u e m s e d e d i c a a o diagnóstico e t r a t a m e n t o d a s DR c r ó n i c a s . C o m o objectivo s e c u n d á r i o d o t r a b a l h o , c o r r e l a c i o n á m o s a p r e s e n ç a d o s d o i s m a r c a d o r e s s e r o l ó g i c o s e s t u d a d o s e d e c a d a u m d e l e s c o m a v e l o c i d a d e d e s e d i m e n t a ç ã o . DOENTES E MÉTODOS D o e n t e s

Foram estudados u m total de 257 doentes. Noventa e u m com AR, diagnosticados de acordo com os critérios do American College of Rheumatology de 1987 e os res-tantes 166 com o u t r a s DR inflamatórias e não inflama-tórias, que constituíram o grupo de controlo e foram agru-pados do seguinte modo: Outras Conectivites (OC) que incluem o LES e a s Vasculites, a s Espondilartropatias Seronegativas (EASN) que incluem a Espondiiite Anquilosante (EA) e a Artrite Psoriática (AP) e o grupo das Doenças Reumáticas não inflamatórias (DRNI) que inclui a Fibromialgia (FM), a s Artropatias Microcristalinas (AMC) e a Osteoartrose (OA).

A média d a s Idades dos doentes, s e u s valores limites máximo e mínimo b e m como o sexo estão referidos no Quadro I.

F a c t o r e s R e u m a t ó i d e s

Os FR foram avaliados pelos seguintes métodos: Aglutinação

Apenas nos doentes com AR, os FR homólogos foram detectados pelo teste de aglutinação em latex u s a n d o o

"kit" comercial (Rapitex RF; Behring) e os FR heterólogos pelo teste Waaler-Rose (Cellognost RF; Behring). ELISA (Enzyme Linked Immunoabsorbent Assay)

Para o doseamento dos FR IgM e FR IgA homólogos, microplacas de PGET (GOSTAR) foram revestidas com IgG h u m a n a nativa (Baxter) diluída em tampão PBS n a con-centração de 10(tg/ml (100 fil por poço).

Para o doseamento dos FR IgM heterólogos, as placas foram revestidas com IgG de Coelho (Sigma) diluídas no mesmo tampão e à mesma concentração.

Os soros dos doentes bem como os soros padrão foram diluídos de 1:100 para o doseamento dos FR IgM homó-logos e heteróhomó-logos e de 1:50 p a r a o doseamento dos FR IgA, n u m a solução de gelatina em t a m p ã o Tris-NaCl, 0.15M, pH 7.4 e Tween 20 (0,05%).

Como conjugado utilizaram-se anti-soros de Coelho antl-IgM (fragmento Fab'2) e anti-IgA m a r c a d o s com peroxidase (Dako) n a diluição de 1:1000 em tampão de diluição.

O substrato usado foi u m a solução de ABTS (sal dia-mónico de ácido 2, 2' azldo dl 3-etil-benzotiazolidona-6--sulfónico) n u m tampão citrato pH 5.5 adicionado de u m peróxido (perborato de sódio) 5 0 m g / d l . Boehrlnger-Manhein.

Os FR de isótipo IgG foram também quantificados pelo método de ELISA tendo para isso sido utilizado u m "kit" comercial "SELISA IgG Rheumatoid Factor (class specific) código: S9396 da Walker Diagnostics". Este "kit" utiliza como antigénio IgG de Cavalo.

Os FR de Isótipo IgM foram t a m b é m avaliados por nefelometria n u m nefelómetro Behring - BNA. Neste método o antigenic utilizado são IgG H u m a n a s nativas adsorvidas em micropartículas de latex.

Quadro I

Dados demográficos da população estudada

DOENÇA Artrite R e u m a t ó i d e L u p u s E r i t e m a t o s o Sistémico Vasculite Espondiiite A n q u i l o s a n t e Artrite Psoriasica A r t r o p a t i a s Microcristalinas Fibromialgia O s t e o a r t r o s e TOTAL DOENTES F 71 2 7 8 5 2 8 3 7 2 4 182 SEXO M 2 0 4 1 2 0 14 4 3 9 7 5 IDADE (ANOS) M 5 9 . 8 9 3 4 . 4 1 9 6 3 . 2 2 2 3 4 . 9 6 4 8 . 3 1 2 6 8 . 5 4 6 . 2 2 5 6 3 . 3 9 4 + +

±

±

+

±

+

±

±

DP 12.048 1 5 . 9 9 3 2 1 . 7 9 3 12.088 11.965 11.928 9 . 1 4 7 7 . 4 9 6 VAL. LIMITE MIN -MÁX 3 6 - 8 6 9 - 58 2 2 - 79 1 9 - 6 1 16 - 6 8 4 8 - 8 5 2 7 - 6 6 4 4 - 7 4 DOENTES N 9 1 3 1 9 2 5 16 12 4 0 3 3 2 5 7

(11)

Isabel Abreu e coi. Anticorpos M a r c a d o r e s d a AR

AAQ

Os AAQ foram pesquisados pelo método da

imuno-fluorescência indirecta usando como substrato cortes não

fixados do terço médio do esófago de Rato (Biosystems).

Os soros dos doentes foram diluídos a 1:10.

O antl-soro conjugado com isotlacianato de

fluores-cceína (FITC) utilizado foi o soro de Cabra

anti-imuno-globulina G da Kallestad, referência n

e

139, na diluição

de 1:20.

As lâminas foram observadas num microscópio

equi-pado com epi-iluminação.

Apenas se consideraram positivos os soros dos

doen-tes que apresentavam uma coloração intensa e laminar

restricta ao estado córneo.

Velocidade de Sedimentação

A Velocidade de Sedimentação foi determinada pelo

método de Westergren"

61

.

Métodos Estatísticos

Utilizou-se o teste do qui-quadrado para a

compara-ção de proporções e a análise de variância para a

com-paração de médias entre mais de 2 grupos. Neste caso, a

comparação post-hoc entre pares de grupos diagnósticos

foi feita com o teste de Scheffé para correcção em

com-parações múltiplas.

Na comparação entre os diferentes métodos de

deter-minação do FR utilizou-se o teste de Cochran para

medi-ções repetidas no mesmo indivíduo.

RESULTADOS

Esta ligeira diferença não é estatisticamente

sig-nificativa (p < 0,1).

Pelo método de ELISA avaliámos nos d o e n t e s

com AR e n o s grupos controlo, os FR de isótipos

IgM anti-lgG H u m a n a e anti-lgG de Coelho, os FR

IgA anti-lgG H u m a n a e os FR IgG anti-lgG de

Cavalo.

O Q u a d r o III a p r e s e n t a , n a s diferentes DR, o

número de doentes com FR IgM que reagem com a

IgG H u m a n a , e com a m b a s .

Quadro III

FR IgM Anti-lgG H u m a n a e Anti-lgG

d e Coelho

Doença AR LES V A S C EA AP FM OA AMC Nsde Casos 9 1 3 1 9 2 5 16 4 0 3 3 12 IgG Humana 5 7 6 1 1 1 4 3 1 IgG Coelho 5 4 9 1 1 0 4 3 1 IgG Humana + Coelho 51 4 0 1 0 3 1 0

AR - Artrite Reumatóide AP - Artrite Psoriática LES - Lupus Eritematoso Sistémico FM - Fibromialgia VASC - Vasculite EA - Espondiiite Anquilosante OA - Osteoartrose AMC - Artropatias Microcristalinas

FR

Os FR de classe IgM foram p e s q u i s a d o s n o s

doentes com AR (n = 91) por diferentes métodos:

aglutinação (latex e Waaler Rose), método

imuno-enzimático (ELISA) e por nefelometria (BNA).

Pelo método de aglutinação, quer pela fixação

do latex quer pelo Waaler Rose, detectaram-se 51

(56%) doentes com FR IgM positivo. Pelo método

de ELISA 57 (63%) e pelo de nefelometria 51 (56%).

(Quadro II).

Quadro II

C o m p a r a ç ã o d e d i f e r e n t e s m é t o d o s d e

d e t e c ç ã o d e FR IgM n a AR

Aglutinação Latex n = 9 1 % 5 1 (56) Waaler Rose n = 91 % 51 (56) ELISA n = 9 1 % 5 7 (63) Nefelometria (BNA) n = 9 1 % 51 (56)

Verificámos que a reagir simultaneamente com

as d u a s IgG existem 56% dos doentes com AR, 10%

dos doentes com OC e 5% dos doentes com EASN

e com outras DRNI.

No que se refere aos FR de diferentes isótipos,

IgM, IgA e IgG observámos que n a AR 57 (63%) dos

doentes possuíam FR IgM, 56 (61,5%) FR IgA e 64

(70%) FR IgG.

No grupo d a s OC 7 (17,5%) dos doentes tinham

FR IgM, 5 (12,5%) FR IgA e 10 (25%) FR IgG. Nas

EASN detectaram-se 2 (5%) com FR IgM, 3 (7%) com

FR IgA e t a m b é m 3 (7%) com FR IgG.

Nas DRNI 9 (10,5%) t i n h a m FR IgM, 10 (12%)

FR IgA e 6 (7%) FR IgG.

Analisámos também os padrões de FR

detecta-dos pelo método de ELISA nos doentes com AR. No

Quadro IV estão expressos os resultados obtidos.

(12)

Quadro IV

P a d r õ e s de FR n o s 9 1 d o e n t e s c o m AR

FR FR IgM FR IgG FR IgA FR IgM + IgG FR IgM + IgA FR IgA + IgG FR IgM + IgA + IgG

Ns 2 6 3 6 2 4 4 6

%

2 6,6 3 6.6 2 4 5 0 , 5

Quadro VI

Valores d o s FR IgM Anti-lgG d e Coelho

(ELISA)

G r u p o s AR OC EASN DRNI N9d e Doentes 9 1 4 0 4 1 8 5 Média 2 3 3 , 5 2 7 6 1 , 6 7 2 2 , 9 3 9 2 5 , 0 4 Desvio Padrão 2 6 2 , 3 9 4 131,972 6 1 , 8 1 1 6 0 , 1 4 Erro P a d r ã o 2 7 , 5 0 6 2 0 , 8 6 7 9 , 6 5 3 6 , 5 2 3 AR - Artrite Reumatóide OC - Outras Conectivites EASN - Espondilartropatias Seronegativas DRNI - Doenças Reumáticas

não Inflamatórias

De salientar que 46 (50,5%) dos doentes com AR

possuem simultaneamente FR dos 3 isótipos.

D e t e r m i n á m o s a s médias, DP e EP d o s níveis

séricos dos FR IgM anti-lgG H u m a n a e anti-lgG de

Coelho, bem como os dos FR IgA e FR IgG n a AR e

nos grupos controlo, estando os s e u s valores

des-critos nos Quadros V, VI, VII e VIII.

Quadro V

Valores d o s FR IgM Anti-lgG H u m a n a

(ELISA)

G r u p o s AR OC EASN DRNI NB de D o e n t e s 9 1 4 0 4 1 8 5 Média 2 7 4 , 7 7 3 4 2 , 6 1 5 12,476 3 3 , 8 7 3 Desvio P a d r ã o 2 9 3 , 6 0 8 128,016 2 8 , 7 9 9 3 , 1 5 4 Erro P a d r ã o 3 0 , 7 7 8 2 0 , 2 4 1 4 , 4 9 6 10,104 AR - Artrite Reumatóide OC - Outras Conectivites EASN - Espondilartropatias Seronegativas DRNI - Doenças Reumáticas

não Inflamatórias

A análise de variância mostra existirem

diferen-ças estatisticamente significativas (p < 0,0001) nos

valores dos FR IgM anti-lgG H u m a n a e de Coelho

bem como nos valores dos FR IgA e FR IgG, entre

os 4 grupos estudados.

Comparando as médias dos valores dos FR acima

referidos, de c a d a u m dos g r u p o s c o n t r a os r e s

-tantes, a p e n a s se observa u m a diferença

significa-tiva (p < 0,0001) entre os doentes com AR e todos

os grupos n o s FR IgM anti-lgG H u m a n a e IgG de

Coelho.

Quadro VII

Valores d o s FR IgA Anti-lgG H u m a n a

(ELISA)

G r u p o s AR OC EASN DRNI Ne de D o e n t e s 9 1 4 0 4 1 8 5 Média 3 1 1 , 0 4 4 1 0 8 , 5 5 19,146 4 4 , 2 7 1 Desvio P a d r ã o 3 6 5 , 6 8 6 2 9 8 , 4 7 6 4 4 , 5 8 6 9 4 , 0 8 Erro P a d r ã o 3 8 , 3 3 4 4 7 , 1 9 3 6 , 9 6 3 10,204 AR - Artrite Reumatóide OC - Outras Conectivites EASN - Espondilartropatias Seronegativas DRNI - Doenças Reumáticas

não Inflamatórias

Quadro VIU

Valores d o s FR IgG Anti-lgG de Cavalo

(ELISA)

G r u p o s AR OC EASN DRNI Ned e Doentes 9 1 4 0 4 1 8 5 Média 1 8 4 , 7 2 5 4 7 , 1 7 3 1 6 , 8 7 8 17,247 Desvio P a d r ã o 192,476 9 7 , 0 4 4 19,04 2 9 , 7 5 Erro P a d r ã o 2 0 , 1 7 7 15,344 2 , 9 7 3 3 , 2 2 7 AR - Artrite Reumatóide OC - Outras Conectivites EASN - Espondilartropatias Seronegativas DRNI - Doenças Reumáticas

não Inflamatórias

Verifica-se a i n d a u m a diferença significativa

(p < 0,0001) nos FR IgA entre os doentes com AR e

os grupos EASN e DRNI e entre os doentes com AR

e OC (p = 0,0007).

(13)

/ s a b e i Abreu e cot Anticorpos M a r c a d o r e s d a AR

No que respeita a o s FR IgG existem t a m b é m

diferenças significativas (p < 0,0001) entre os

doen-tes com AR e os grupos controlo OC e DRNI e entre

a AR e o grupo d a s EASN (p < 0,001).

A média dos valores dos FR das 3 classes (IgM,

IgA e IgG) são sempre b a s t a n t e mais elevados n a

AR que em qualquer dos grupos controlo.

O teste de ELISA mostrou ter a m e s m a

especi-ficidade - 89% - p a r a os diferentes isótipos sendo

a s sensibilidades respectivamente de 6 3 % p a r a os

FR IgM, 6 1 , 5 % p a r a os FR IgA e 70% p a r a os FR

IgG (Quadro IX).

Quadro IX

Sensibilidade e Especificidade d o s FR d e

I s ó t i p o s IgM, IgA e IgG n a AR

Sensibilidade Especificidade FR IgM 6 3 % 8 9 % FR IgA 6 2 % 8 9 % FR IgG 7 0 % 8 9 %

Quanto aos FR IgM detectados por nefelometria

(BNA), n a AR e grupos controlo a média dos seus

valo-res, o DP e o EP estão descritos no Quadro X.

o b s e r v a m - s e diferenças significativas entre a

AR/DRNI (p = 0,0006), a AR/OC (p = 0,0192), e o

grupo das DRNI bem como entre a AR/EASN (p =

0,0079). O grupo da AR apresenta valores bem mais

elevados que os outros.

AAQ

Pesquisámos n a AR e n o s grupos controlo (OC,

EASN e DRNI) a p r e s e n ç a de AAQ d a classe IgG.

(Quadro XI).

Quadro XI

A n t i c o r p o s A n t i - Q u e r a t i n a

G r u p o s AR Seropositivas Seronegativas OC EASN DRNI AAQ Positivos/ Negativos 3 1 / 5 7 9 / 3 4 0 / 4 0 0 / 4 1 0 / 8 5 % 54 2 6 AR - Artrite Reumatóide OC - Outras Conectivites EASN - Espondilartropatias Seronegativas DRNI - Doenças Reumáticas

não Inflamatórias

Quadro X

Valores d o s FR IgM Anti-lgG H u m a n a

(Nefelometria)

G r u p o s AR CC EASN DRNI N9 de Doentes 9 1 4 0 4 1 8 5 Média 2 2 1 , 7 9 1 3 7 , 4 7 5 2 1 , 7 5 6 2 6 , 6 9 4 Desvio P a d r ã o 5 1 0 , 1 0 3 5 9 , 2 8 1 4 , 3 8 6 3 0 , 3 5 Erro P a d r ã o 5 3 , 4 7 3 9 . 3 7 3 0 , 6 8 5 3 , 2 9 2 AR - Artrite Reumatóide OC - Outras Conectivites EASN - Espondilartropatias Seronegativas DRNI - Doenças Reumáticas

não Inflamatórias

A análise de variância mostra existirem

diferen-ças estatisticamente significativas (p < 0,0001) nos

valores dos FR IgM entre os 4 grupos estudados.

Comparando a s médias dos valores dos FR IgM

e n t r e c a d a u m dos g r u p o s v e r s u s os r e s t a n t e s

Nos soros dos doentes com AR detectámos 40

(44%) com AAQ. A Fig. 1 mostra a coloração intensa

e laminar restricta ao estrato córneo característica

da presença dos AAQ.

Dos 57 doentes com FR de isótipo IgM

(seropo-sitivos) 31 (54%) p o s s u í a m t a m b é m AAQ. Dos 3 4

sem FR IgM (seronegativos) 9 (26%) t i n h a m

tam-bém estes Ac.

Em n e n h u m dos grupos controlo se observaram

AAQ.

Verificámos que 26 dos doentes com AAQ tinham

valores de FR IgM superiores a 250 Ul/ml, sendo a

média dos valores de FR IgM de 453,38 Ul/ml

(valo-res limite: 64 - 800 Ul/ml). A correlação entre os FR

e os AAQ é estatisticamente significativa (p < 0,01).

Vinte e cinco doentes com AAQ e FR IgM

pos-suíam concomitantemente FR IgA e FR IgG. Dos 6

restantes soros, 4 continham FR IgM e FR IgG, u m

tinha FR IgM e FR IgA e o outro só FR IgM.

Foram evidenciados valores elevados da VS em

t r i n t a e t r ê s d o e n t e s com AAQ positivos, n ã o

havendo contudo correlação estatisticamente

sig-nificativa (p > 0,1). Vinte e sete são seropositivos e

(14)

seis seronegativos. Dos 2 7 seropositivos 22 t ê m

além dos valores elevados da VS os FR d a s 3

clas-ses (IgM, IgA e IgG). A correlação entre os FR e a VS

não é significativa (p > 0,1).

Fig. 1 - Anticorpos anti-estrato córneo do esófago de rato (anti-que

ratina)

DISCUSSÃO

A determinação do FR continua a ter interesse

clínico tendo Morgan e col.

(17)

recentemente

reafir-mado o seu valor prognóstico.

Neste trabalho, avaliámos os FR IgM n o s soros

dos doentes com AR pelos métodos de aglutinação

(latex e Waaler Rose), nefelometria e ELISA.

Como referimos nos resultados, as sensibilidades

dos métodos de aglutinação (latex e Waaler Rose) e

do de nefelometria por nós encontradas foram

exac-tamente as mesmas (56%), tendo o método de ELISA

u m a sensibilidade ligeiramente superior (63%).

Ainda que g e r a l m e n t e seja referido'

18 19)

que o

método de aglutinação do latex é mais sensível que

o de aglutinação dos eritrócitos de Carneiro (Waaler

Rose) n ó s observámos u m a sensibilidade

equiva-lente o que e s t á de acordo com os r e s u l t a d o s de

Prentice e col.'

201

a p e s a r de e s t e s A u t o r e s terem

encontrado u m a sensibilidade superior à que nós

obtivemos. Pritchard e col. citados por Prentice e

col.'

201

também demonstraram que ambos os testes

tinham a m e s m a sensibilidade (61%), sendo estes

valores muito próximos dos nossos.

Quanto ao método de nefelometria a

sensibili-dade que determinámos (56%) é concordante com

a observada por outros Autores (55, P/o)'

20

'.

Gripenberg e col.'

211

observaram, como nós, FR

positivos em 6 3 % dos doentes com AR quando

ava-liados pelo método de ELISA.

Como no estudo de Lopez-Gonzalez'

221

a

compa-ração das sensibilidades dos métodos de

aglutina-ção, nefelometria e ELISA mostra que a s diferenças

não são estatisticamente significativas (p < 0,1).

A maior sensibilidade do teste de ELISA referida

por vários Autores'

21 23 241

pode, em parte, ser devida

ao facto de os soros serem testados em diluições

elevadas o que permite a detecção de a l g u n s FR

"escondidos" e não aglutinantes'

2 1 241

.

Utilizando o método de ELISA observámos que 51

dos 91 (56%) dos doentes com AR tinham FR IgM

que reagiam simultaneamente com a IgG Humana e

a de Coelho, enquanto que n a s outras DR o número

de amostras a reagir com a m b a s as IgG é bastante

inferior (OC - 10%, EASN - 5% e DRNI - 5%).

A média dos valores d o s FR IgM anti-lgG

H u m a n a e anti-lgG de Coelho nos doentes com AR

é b a s t a n t e mais elevada e significativamente

dife-rente dos grupos controlo (Quadros V e VI).

É j á conhecido que os FR não são específicos da

AR, podendo ser observados noutras doenças

auto-imunitárias, infecciosas e malignas. Tem contudo

sido referido que indivíduos simultaneamente

posi-tivos pelos testes de aglutinação do latex e Waaler

Rose possuem uma maior probabilidade de ter AR'

181

.

A positividade combinada dos dois testes confirma

u m a u m e n t o de especificidade para o diagnóstico

de AR.

Pasquali e col.'

251

referem que na maior parte das

DR, m a s não em t o d a s , os títulos de FR IgM são

geralmente inferiores aos observados n a AR e que

praticamente não reagem com as IgG de animais o

que está em consonância com os nossos

resulta-dos. Os títulos elevados de FR IgM e a importância

da reactividade com a s IgG animais são elementos

q u e p a r e c e m s e p a r a r os FR que a p a r e c e m n o

d e c u r s o d a AR e os que s u r g e m no d e c u r s o d a s

outras DR'

251

.

De facto, como mencionámos nos resultados a s

médias dos valores de FR IgM por nós

determina-d a s n o s determina-doentes com AR, i n determina-d e p e n determina-d e n t e m e n t e determina-do

método utilizado (ELISA ou nefelometria), foram

sem-pre significativamente muito superiores aos valores

dos grupos controlo (Quadros V, VI e X).

Níveis séricos elevados de FR em doentes com

AR, determinados pelos testes de aglutinação (FR

IgM), têm sido considerados como indicadores de

pior prognóstico'

26 271

.

A disponibilidade de testes mais sensíveis como

os de RIA e ELISA para a avaliação dos FR reduziu

a proporção de doentes diagnosticados como

sero-negativos e permitiu a determinação de FR de outros

isótipos'

24 281

.

Determinámos pelo método de ELISA nos

doen-tes com AR e nos grupos controlo os FR dos

(15)

Isabel Abreu e col. Anticorpos Marcadores da AR

pos M, A e G, tendo verificado que os s e u s níveis

séricos eram significativamente superiores aos dos

grupos controlo. Observámos FR IgM em 6 3 % dos

doentes, FR IgA em 62% e FR IgG em 70%, sendo

a especificidade do teste de 89% (Quadro IX).

Níveis elevados de FR IgM, IgG, IgA e IgE têm

sido demonstrados em doentes com AR'

29 32)

.

A análise dos padrões de FR nos doentes com

AR demonstrou que 50,5% destes doentes tinham

concomitantemente FR IgM, IgA e IgG, 2% tinham

a p e n a s FR IgM e outros 2% FR IgM associado a FR

IgA (Quadro IV).

Hannonen e col.'

331

demonstraram, tal como nós,

que níveis séricos elevados de FR IgG e IgA ocorrem

a maioria das vezes simultaneamente com FR IgM.

Jonsson e col.

134

' verificaram que a maioria dos

doen-tes com AR por eles estudados tinham aumento de

FR IgM e IgA com ou s e m a u m e n t o de FR IgG.

E b e r h a r d t e col.

1351

d e m o n s t r a r a m t a m b é m níveis

elevados de FR m a s a p e n a s de isótipos M e A n a

maioria de doentes com AR no início. Esta

associ-ação de a p e n a s FR IgM e IgA curiosamente só foi

por nós observada em 2% dos doentes com AR,

pro-vavelmente por os nossos doentes se encontrarem

n u m estádio mais avançado da doença.

Se a presença ou não de FR no soro de

indiví-duos saudáveis é u m factor de risco para o

desen-volvimento de AR foi d u r a n t e m u i t o t e m p o u m

a s s u n t o de controvérsia, porém nos últimos a n o s

foram várias a s publicações'

36

"

39)

que mostram que

os FR podem preceder vários anos o início clínico

da doença, sendo a s u a presença no soro em

títu-los elevados c o n s i d e r a d a como u m risco p a r a o

desenvolvimento de AR.

O valor clínico da avaliação dos diferentes

isóti-pos de FR tem vindo a ser discutido. Recentemente

J o n s s o n e col.

1301

consideraram a s u a medição

cli-nicamente útil, pois verificaram que indivíduos

sau-dáveis com níveis a u m e n t a d o s de FR IgA têm u m

risco maior de virem a desenvolver AR e que u m

a u m e n t o de FR IgA em associação com FR IgM é

m a i s específico p a r a a AR que outros isótipos ou

mesmo u m teste de aglutinação positivo. Contudo,

a avaliação dos diferentes isótipos parece não ter

utilidade n a monitorização d a actividade d a

doença'

30351

.

Tal como J o n s s o n e col.'

301

p e n s a m o s q u e é

importante saber que a maioria dos doentes com

u m aumento isolado de FR IgA, que podem ter u m

m a u prognóstico, são negativos q u a n d o t e s t a d o s

pelos métodos convencionais de aglutinação e pelo

método de nefelometria.

Em contraste, doentes com níveis séricos

eleva-dos a p e n a s de FR IgM, e com u m melhor

prognós-tico, podem ser fortemente positivos quando

testa-dos por aglutinação.

Um a u m e n t o de FR IgA deverá alertar o clínico

para a instituição de u m a terapêutica mais

agres-siva, devido à associação entre a p r e s e n ç a de FR

IgA e o desenvolvimento de erosões ósseas. Será,

pois, importante que o laboratório possa fornecer

ao clínico e s s a informação.

Os e s t u d o s anteriores sobre os AAQ d e m o n s

-traram que estes Ac são u m marcador específico da

A O (6. II. 13, 40)

Os resultados que obtivemos mostram haver de

facto u m a alta especificidade destes Ac p a r a a AR

(100%). A sensibilidade do teste foi de 44% tendo sido

detectados AAQ em 26% d a s AR seronegativas. Os

valores por nós obtidos referentes quer à sensibilidade

quer à especificidade estão de acordo com os

resulta-dos descritos por outros Autores que referem a

pre-sença de AAQ em doentes com AR'

7,2 40431

.

O resultado da sensibilidade por nós obtido está

dentro do intervalo de variação descrito por Vincent

e col.'

401

- 36,4% a 5 8 , 1 % - e que resultou de u m

tra-balho em que determinaram a média da

sensibili-dade (46,1%) e especificisensibili-dade (98%) e n c o n t r a d a s

por diferentes Autores de vários centros tendo

tam-bém incluído os s e u s próprios valores.

Se c o m p a r a r m o s os valores por nós

encontra-dos com os obtiencontra-dos por Vincent e col.

,40)

, verificamos

que eles são m u i t o próximos s o b r e t u d o q u a n d o

u s a m o limiar de intensidade de fluorescência 2.00

(sensibilidade 43,26% e especificidade 99,14%).

Os AAQ foram por nós evidenciados quer nas AR

seropositivas (54%) quer nas AR seronegativas (26%)

ainda que com ocorrência maior n a s seropositivas,

o que está também de acordo com o demonstrado

por outros Autores'

6

"

1315 40 44)

.

Dos 31 doentes seropositivos com AAQ, 26 (84%)

têm valores de FR IgM elevados (> 250 Ul/ml)

pos-suindo 25 deles (81%) FR IgA e FR IgG

simultane-amente.

Uma correlação significativa entre os AAQ e a

presença de FR IgM foi referida por vários Autores

16

7 40)

. Nós também verificámos u m a correlação

posi-tiva (p < 0,01 ) entre estes dois parâmetros. Outros

Autores demonstraram como nós que níveis séricos

significativamente elevados de FR IgG e FR IgA

ocor-rem concomitantemente com os FR IgM

1331

.

Tem sido referido que doentes com aumento de

FR IgA desenvolvem uma doença erosiva'

25 26 29)

e que

níveis elevados de FR IgG têm sido associados à

presença de manifestações extra-articulares'

301

tendo

Scott'

321

demonstrado a relação entre os níveis

séri-cos dos FR IgG e a vasculite reumatóide.

(16)

Uma a s s o c i a ç ã o entre a maior actividade d a

doença e a presença de FR IgA e FR IgG mais do que

com os FR IgM também foi mencionada'

30 45

.

O aumento combinado de FR IgM e FR IgA tem

sido referido como sendo a combinação mais comum

em doentes com AR seropositivas'

5

e que u m

aumento de FR IgA ou FR IgG ou de ambos parece

estar quase exclusivamente associado com a AR'

301

.

Como j á referimos verificámos que 25 (81%) dos

soros com AAQ são t a m b é m positivos p a r a os FR

das 3 classes (IgM, IgG e IgA) e que destes 2 5

doen-tes, 22 (88%) p o s s u í a m valores de VS elevados.

Contudo, não observámos u m a correlação

signifi-cativa (p > 0,1) entre os AAQ e VS elevada (> 20mm

n a primeira hora). Outros Autores t a m b é m

obser-v a r a m obser-valores de VS altos em d o e n t e s com AAQ

positivos'

9 40 42 461

. Uma associação significativa entre

os AAQ e vários critérios funcionais foi t a m b é m

demonstrada

1

"

40 42 43 m

.

Os nossos resultados vêm reforçar o j á

mencio-nado por outros Autores

16

'

7

'

9

"

13

-

41

-

431

de que os AAQ

d a classe IgG são m a r c a d o r e s serológicos da AR

com valor de diagnóstico, estando geralmente

asso-ciados à s formas mais graves da doença.

Nas AR de início recente ,os testes laboratoriais

em u s o são n a maioria d a s vezes inespecíficos, e

mesmo os FR são frequentemente negativos no

está-dio inicial, não tendo especificidade para a AR'

47

-

481

.

No entanto, foram recentemente descritos AAQ em

estádios precoces da AR bem como em indivíduos

saudáveis que ulteriormente viriam a desenvolver

a doença"

5 441

.

Parece-nos pois q u e e s t e s Ac têm de facto os

requisitos n e c e s s á r i o s p a r a serem c o n s i d e r a d o s

específicos da AR, como tendo não só valor de

diag-nóstico m a s t a m b é m de progdiag-nóstico.

A AR é considerada u m a doença n ã o benigna,

que causa não só u m a rápida deterioração n a

qua-lidade de vida m a s que a u m e n t a também a

morta-lidade

1471

. A esperança é que o t r a t a m e n t o iniciado

m a i s cedo que no p a s s a d o p o s s a m e l h o r a r este

prognóstico, daí a necessidade de se encontrarem

marcadores da doença que permitam o

diagnós-tico precoce'

471

.

Estamos de acordo com os Autores

140 491

que dizem

que os AAQ da classe IgG são de momento o

mar-cador mais fiável da AR.

O eventual papel patogénico dos AAQ n a AR

con-tinua a não se conhecer apesar de muito

recente-mente Girbal e col.

1501

terem isolado e caracterizado

os antigénios do epitélio do esófago de Rato

(pro-teínas A, B e C que correspondem a formas de

pró-filagrina específicas d e s s e epitélio) reconhecidos

pelos Ac específicos p a r a a AR.

CONCLUSÕES

1 - Não se verificaram diferenças estatisticamente

significativas entre a sensibilidade dos vários

méto-dos e s t u d a d o s p a r a a avaliação d o s FR IgM em

doentes com AR.

2 - Um avultado número (56%) dos doentes com

AR têm reactividade simultânea para a IgG h u m a n a

e IgG de Coelho pelo método de ELISA.

3 - Por este m e s m o método verificou-se a

pre-sença simultânea de FR dos 3 isótipos (IgG, IgM e

IgA) em idêntico número de doentes com AR, sendo

os valores sempre significativamente mais elevados

n a AR que nos grupos controlo.

4 - Os AAQ foram d e t e c t a d o s em 54% d a s AR

seropositivas e 26% d a s AR seronegativas.

Embora tenha u m a sensibilidade global de 44%

na AR, este teste permite a identificação serológica de

doentes em que outros marcadores estão ausentes.

5 - Dado que em n e n h u m dos doentes do nosso

grupo controlo se detectaram AAQ, a s u a

especifi-cidade é reveladora do elevado valor deste método

p a r a a identificação d a AR, em d o e n t e s com

Poliartrite Crónica.

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