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Algumas palavras sobre moral médica

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Academic year: 2021

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/ / X „. ARTUR DA COSTA OUVRIRA '

X J ,XÁLGUMAS PALAVRAS SOBRE MORAL MEDICA" ' -t^l/

«Sustine et abstine".

"Ne crois pas á la stérilité du devoir" Eiessinger.

» ur citoven quel,qu'il soit se grandit plus* par ï^acomplisPement de ses devoirs que por la revendicatloto de ses droits."

H. Poincaré.

Dissertagâo inaugural apresentada á Faculdade de Medicina do Perto.

£*&U fft't

1 'ufátP$#K

(2)

ÏACîiLDAD! m MTÏÏUCIHÀ DO POHTO Director - ar« Joué.Alfredo Mendes de Magalhães Secretario - Dr. Hernâni Testos ??onteiro

Corpo docente - Professores ordinário»

Anatomia descritiva - Ur. Joaquin Alberto Pires de Lina Histologia e TWbriologia - Dr. Abel da Lima Salazar Fisiologia geral e especial - Vaga

Farmacologia -

Vaga'-Patologia geral- Dr. Alberto Pereira Pinto de Aguiar

Anatomia patológica - Pr, Antonio Joaquim de Sousa Junior Bacteriologia e clinica das doenças infecciosas - r r .

Car-los Paria Moreira Ramalhâo

Higiene - Dr. Joio lopes da silva Martins Junior Medicina legal - Dr. Manoel Lourenço Gomes

Anatomia Cirúrgica - Dr. Hernâni Bastos Monteiro Patologia cirúrgica -'Dr. Álvaro Teixeira Bastos Clinica cirúrgica - Dr. Álvaro feixe Ira "Pastes

Patologia medica - Dr. Alfredo da Itecna Pereira Clinica medica - Dr. Tiago Augusto de -Almeida

Terapêutica geral - Dr. José Alfredo Mendes de Magalhães Clinica obstétrica - Dr. Manoel Antonio de Morais Frias Dermatologia e slflligrafia - Dr. lui?, de Freitas Viegas

Psiquiatria - Dr. Antonio de Sousa Magalhães Lemos Pediatria - Dr. Artcnio de Almeida Garrett

Professores jubilado»: Dr. jeadro Augusto Dias

Dr. Augusto Henrique de Alœelda Brandão

A Faculdade nãc responde pelas doutrinas expendidas na dissertação.

(Art.s írç.a $ 2,8 do Regulamento privativo da

Faculdade <ie Medicina do Porto, de 3 de Janeiro de 198Q).

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Post tot tantos^que labores venit tandem

dies

0 trabalho que hoje apresento cemo dinsertacão inaugu-r a l á ïaculdade de Medicina do Poinaugu-rto é um pequeno finaugu-ragmento, apenas, de um outro que, aiadlgosa, zelosa e nonestamante,

com o mesmo propósito elaborei, o qual foi atenta e atencio-samente revisto e visado pelo ilustre profeflsor, 35xm.a 8r. Dr. Sousa Junior, a quem reconhecidamente agradeso a nonra que me consede de aceitar a presidência do j ú r i perante o qual defendo t e s e .

Circunstancias de varia ordem, cuja descrição não vem ao caso, constrangem-tíe imperiosa e dolorosamente a pôr de lado, ao menos por agora, alem de alguns trechos e da

indicação das obras que tive de consultar, os três capitu-los que mais esforçado ,^ujdadpse e demorado labor exigiram de mim, o» quais tinha esoec^ab com os seguintes t i t u l o e :

"Deveres do medico para cora os doentes"; «Deveres dei medicos' para com os colegas»; «Honorários medicos».

sa sua totalidade o meu trabalho não t e r i a , por certo, mais do que mediocre valor. 7?sta fragâo não possue nenhum.

Reconheso-o e confesso-o antecipando-rae a qualquer cri-tica alheia.

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INTRODUÇÃO

-I

"La Science ne connaît, n'étudie e t ne démontre que le Vrai. m * irnore le Bien, - l i e n ' e s t certes pas immorale: nais e l l e est amorale. La Morale est une ftcience s i ou vent, m i s un« Science tout à f a i t

â part e d i s t i n c t e . Sc^object e s t la p r a t i

-que du Bien." * GRASSET

. " I l f a i t bon de vivre quand»o«^»'inte-resse aux choses de l a médecine.»

BOUC HAIO)

OS a c t o s de todo o homem dotado de n i t i d e z M i m i , ,

Î S S o ^ n Ï M ? , " ^ " B&^° ***"**£ que no se'u c o l Juncto constituem a Moral cu sciencia des costumes. o c o n n t ^ n L Z S °r ^ a c c n 8 c^ c l a moral, isto é,

aoX?e f i í í f V ° n a l' A e q u e * ^ l t a m as n o ^ e a

ao aever, do a i r e i t o e da r e s p o n s a b i l i d a d e

sâo i m u t ° a v í i Ín C i p l 0 9 o0™™**** ^ UÍ, sistema moral #âc

tn ™ 8 l 1 * u n i vS » » i » - Variam com os povos « com

a^doP T l fS' d i Z *» *>*• W » » twaP° todo e um uTvo

dado, e l e s devem ser i n v a r i á v e i s , pois que, se a S,-??

A oonsolancia óornl nao A i n a t a , o i »l a, mando » .

sentimento intimo da obrigação d« »—*-* 'íial" como pretenda «—

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tous lee c u l t u r e s , suivant que ses c e n t r e s c é r é b r a l e s sont normaux ou non; l a i s s é sans c u l t u r e ancune, i l ne x e r a i t qu'un dégénéré» un'.anormal; l e s principes, de moralité

l e s p l u s é l é m e n t a i r e s , 11 faut qu'on l e s l u i inculque par l ' é d u c a t i o n " . (lipra^ne)

A educação tem por fim o r i g i n a r e desenvolver as qua­ l i d a d e s morais, formar e e s t a b i l i z a r o c a r a c t e r moral de modo que o individuo . s.rocure constantemente p r a t i c a r o o e a , cumprir os deveres s o c i a i s e p r o f i s s i o n a i s , dominan­

do è orientando a sua vontade no sentido desses fcveres ■em c o a ç ã o , e s t r a n h a , mas de maneira completamente U v i e e autónoma. Convém que e s s a o b r i g a d o firme de s a t i s f a ­ z e r as obrigações moral■ e r e a l i s a r o bem tenda a t o r n a r ­ s e , t a n t o quanto p o s s í v e l , i n c o n s c i e n t e , v i s t o que: "la grandeur d'un c a r a c t è r e s » u t se mesurer á la force incons­ c i e n t e de sa m o r a l i t é . " (G. £e R>n).

t relativamente vulgar considerar como sinónimos os

t e m e s ­ educação e a t i n s t r u ç ã o , cone lu indo­se d ' a í que um individuo i n s t r u í d o é necessariamente educado, o que de modo alguia corresponde á verdade, o conne ciment o de muitos caaos permite­nes afirmar que se pode t e r uma i n s t r u ç ã o muito incompleta, ou a t é n u l a , possuinde­se com­ tudo um c a r a c t e r moral b a s t a n t e p e r f e i t o 0 que, ao c o n t r a ­ r i o , na indivíduos dotados de v a s t a e profunda i n s t r u ç ã o , inteiramente desprovidos de qualidades morais s u p e r i o r e s .

l a t o r e s u l t a de <iu«, como afirma G r a s s e t t : «a s c i e n c i a i n d i c a claramente qual é o i n t e r e s s e , o que convém f a z e r ; mas não pode de maneira alguma i n d i c a r qual e o dever, nem

mesmo se na algum dever; a aclame ia é amoral; ignora e não pode dar a noção do dever e de obrigação moral; e l a observa o que é*} desta observação é ­ l h e impossível dedu­ z i r a formula de que deve s e r " .

"apostas e s t a s d e s p r e t e n c l o s a s considerações, é­nos permitido i n f e r i r d e l a s a conclusão a que intentamos che­

c a r : o homem n e c e s s i t a de receber uma educação moral a fim de que e s t a faça s u r g i r , desenvolver e aperfeiçoar o sentimento de dever, a c o n s c i ê n c i a , o c a r a c t e r moral,

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s sea c que não poderá cumprir ce seus deveres sotflals e profissionais com a competência e prof i cu idade absoluta­ mente imprescindíveis.

ora, de todas as profissões a que exige' una consciên­ cia mai» sã e uni caracter mor ai ma is perfeito, atendendo . ao grande numero de imperiosos deveres que lne aãc espe­ cialmente inerentes, é sem duvida a do exercido da medi­ cina. Per consequência o medico, para que■podsa desempenhar condignamente a suais humanitária, altruísta, nobre e no­ Tallitáate missão que se impez por seu próprio alvedrio, deverá possuir uma elevada educarão moral, tam apurada

quanto possível, quer solvo ponto de vista geral, quer sob o aspecto particular concernente A profissão neaica.

Assa educação, que convém ser iniciada muito preco­ cemente, intensificada e memorada durante todo o tir'.­ CiOlo escolar, especialmente no decurso da aprendizagem profissional, deverá ter por ba»e fundamental e solida

um ideai grandioso, o bem fisico e moral da humanidade, o altruísmo, a piedade, "esse facto admirável, misterio­ so, pelo qual vemos a linha de demarcação, que aos olhos da razão separa totalmente um ser do outro, desaparecer, e o não eu tomar­se de algum modo o eu". (Schopenhauer.).

0 seu escopo terá de ser a obtenção de qualidades mo­ rais superiores, cujo somatório constitue o caracter ético e o caracter profissional, por meie des quais se condegue dominar, nos limites do possivel, os instintos animalescos e o egoísmo', incompatíveis com o exercido da medicina, como afirma Ferreira Braga nas palavras seguintes; «... ^.no fia de tão longo currículo a investidura num sacer­ dócio dedicado ao 'amor e caridade dos homens; as delicias e passatempos que licitamente se concedem aos outros mes­ teres da sociedade; as ferias que interrompem os seus tra­ balhos não as gosa o medico, cu meditando sobre os fastes da arte ou invocado para a cabeceira do enfermo; nunca li­ vre seu; emquanto soar o gemido da dor, 3o repousa aquele que quizer atingir o alvo eminente que fitou; e, á demais destas prendas, quem não sentir de; tre do peito palpitar* lhe o coração, cheio de doces aectos de benevolência e compaixão, de probidade', ' prudência, caridade , branduras honestidade, não.nasceu para a profissão medica; se não for capaz de sacrificar todos os eeus interesses ao bem e saúde publica, profanou a santidade de suas funções,

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t r a i u a humanidade a cujc serviço se oonsagrara. Será muito .exigi» da nature sa humana ? Parece que elm ás alaa»

t i b i a s , ao egoísta sen ciréngaSi nâc agitado do e n t u s i a s mo da verdade, da r e l i g i ã o , ao aiicr da p á t r i a «* au f i l a n -t r o p i a ; aqueles po "en, que aquecidos a es-te san-to fof-to e erguidos era tão a l t o p e d e s t a l , compreendera c sub Une destino do homem, sacrificam tudo A pèrfeigao moral, cciíiO alguém diz.- a' materia' a 'ideia. »

Assim como nenhum individuo pode considerar em qualquer fase da vida, fmãa a sua instrução por maioren que sejam os seus talentos e por raais vasta que pareça a soiaa dos conhecimentos adquiridos, também, con c a i s razão ainda, s e r i a e s t u l t í c i a requintada alguém pretender que a sua educagâc e s t á , era qualquer a l t u r a . t e r a i n á d a . De maneira alguma i s t o pode ser admitido a quem quer que seja e muito menos ao medico que no exercício da soa profissão t e r á de manifestar de modo concreto e insofismável a i n s u f i c i -ência ou a penúria de um e s p i r i t e repleto cu vasio das a l t a s qualidades essenciais de cuja existência nem ele próprio , certamente, tinha conhecimento, por ainda não t e r tido o ensejo de se experimentar; porisso deverá cons-cienciosamente, se for probo, se não quizer falsear a sua missão, procurar desenvolver e aperfeiçoar a educação que lue tenha sido ministrada, nunca esquecendo

os^preoei-tos e ensinamenos^preoei-tos preciosos legados pelos nossos maiores, animado sempre de desejo imarce.seivel e insaciável de tender constantemente para a perfectibilidade infinitamen-t e longínqua, compreendendo que, como diz Grasseinfinitamen-t; « o me-dico n e c e s s i t a , no f i n a l do seu curso, uma dedicação con-tinua para cumprir dignamente todos os deveres da sua pro-f i s s ã o , o medico tem de socorrer-se permanentemente duma forga dalma e de um valor moral superiores, pois que na nossa p r o f i s s ã o , a facilidade com que é possível p r a t i c a r astos imorais e as probabilidades de se ficar impune

sao muito maiores de quevqnaiquer outra . i-\@ não se qui-zer empregar o velho a consagrado termo "sacerdócio", pode muito bem dlKuJvsé que a vidt dum medico dímo den-t e nome e inden-teiramenden-te uma vida de s a c r i f í c i o . "

Assim preparado e ôfiantâdo sob o ponto d« v i s t a é t i co, imbuído de una sã f i l o s o f i a , que deve permanecer I n t i

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-tima e constantemente allad Lisiaa, pels porquanto segunde fcuber, "o medico verdade ire filósofo é um

seml-fl>eus" .• a qual a anima e estimula em tcd.oí< ia Vicissitudes. da vida, daridc—lhe forçai *a r e s i s t i r estóica e serena-' mente as maiorer, contrariedade?, àfi mule a-argas decepo-'es,

us mais r e f a i s a i s tfhgrat lace s , âe naa n i a i e ;ln mais .BceZeB m j ih, pener sinceridade de

um profundo respeito e amor pé Ia ' humanidade sem o qual não pode haver amor pela medicina, possuindo também, -ocioso é d i z e - i o , - ca conhecimentos s c i e n t i f i ç o s e

te^ru-ce a nete^ru-cessaries, aásij <feas ad assim pode 0 aedlco abalan-' gar-se afoitamente ,. riment o da sua missão , « . 7 . sobre todas m e r i t ó r i a , diz Pw-rreira sraga, a m i e augusta missão pia se -ode'exercer "entre es hw- inosf más quam escabrosa vereda tem de t r i l h a r o ministro que He consagra ao culto de H i g i a , » . . » , peia pue a desempenhara com nobre-za e proficiência» espargindo o bem, l i t i g a n d o an dores f í s i c a s a morais .queafligem, :os homens, impQftdóíôè ao r e s

-peito de todos, elevando-se e ..restituindo a classe a que pertence. Do contrario s e r i a mais p r e j u d i c i a l do que u t i l como no-lo ensina Yelozo da Cruz no trecho seguinte:

"A profissão a que ?os dedicais não exigé de VÓK só-mente s i l e n c i a : e l a requer também que a Honreis ceia um

ca-r a c t e ca-r nobca-re, coin costuca-ras* gca-raves e seveca-ros, e com a pca-ra- pra-t i c a de pra-todas, as v i r pra-t u d e s ; nenhuma oupra-tra profissão reclama um t a l conjuncto de coragem, resolução, paciência &

doci-lidade. Sem duvida que i s t o ê mala uma grande dificuldade para a arte» porem e s t a dificuláaae não ê para vce'desac^-rogoar. TM hdnera da probid-^e não se atreve a exercer uma profissão que lgncra; c talento sem a probidade tornaria a nossa arte um t e r r í v e l flagele para a sociedade.«

Não é de noje nem'de ontem que se impõem,ao medico obrigações morai H imperiosas e por consequência uma e l e -vação é t i c a t a s apurada quarto poésivel.'Bssde remotíssi-mas e r a s , desde os longínquos ^ri^oraios da u e d i a i r a ,

is»o está estabelecido e nos foi transmitido atravez de gerações sem conta como herança sagrada que não se aliena nem se desperdiça, pois constitue o património de que T l -pernos e os pergaminhos imorredouíce que engrandecem e

nobi-itam a profissão, d i s t i n t a entra fcodas, que cultiva a mais complexa das scianciaa, e « « r c e a mais Dela das a r t e s

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Não é d» hoje nem cie ©atum..., ma» factos de-veras lamentarei» e frequenteis insistem pertinazmente em demona-traí-nos quei no presente, os velho» preceitos da ética profissional são desprezados e esquecidos por alguns que,

animados de fúria iconoclasta, tentam derruir aa nobres e gloriosas tradigôes dos nossos antepassados que tão alto

conseguiram elevar o prestigio da profissão, e, impulsio-nados apenas pela sórdida e des^iedida ambigãb de dinhei-ro e de notariedade falaz e inconsistente, tende exagera-da pressa de chegar», de atingir os alvos que tão materi-almente fixaram, du se "governar" de conseguir es seus fins não olhando a meios para a obtengãb de «meios», poem de lado os princípios fundamentai» da honra?, da dignidade, da honestidade, do brio pessoal e da colecti-vidade de que fazem parte, aviltando - s e , e, o que é peior, maculando a classe a que pertencem, fazendo com que a auetoridade moral desta se apouque perante o

con-ceito do vulgo que, incense lent emente, muitas vezes toma o todo pela parte•

* bem certo que isso é um sinal dos tempos que vão correndo; é c resultado da influencia do meio social.

Com efeito, a sociedade encontra-se abandonada a um pavoroso estado de corrupção e decadência moral, cujo

inicio impreciso vem de longe, tendo porem nos ultimes anos atingido um g*au de extrema ravidade. AS celebradas v i r -tudes da raga e até a decantada brandura dos nossos cos-tume», se não se extinguiram por completo, aoham-se tão enfrequecidas e apagadas que e d i f í c i l descobrir-lhes os vestígios. A t e r á , a dignidade, a independência e a nobreza de caracter, a coragem moral, o desinteresse, a modéstia e simplicidade do viver, a competência, a in-teligência, os sent imante» alevantados, os ideai», em suma a» hierarquias morais e intelectual» nada valem para a grande maioria que só cura Ae saciar ealxes pra-zeres materiais, de satisfazer aiabigces tão desmedidas como torvas, e dar largas a estultas vaidades, nao escrupulizando em servir-se de todos os proieHBOS para

conseguir o seu unlcc designio - ganhar o mais possível, x», seja como for. Para os que constituam essa maioria, a

(10)

7

f r a s e fte Francisco I dep i s aa b a t a l n a de Pavia ­ «per­ deu­se tudo menos a ncnra" ­ , t c r n a ­ s e em Bgannou­se tudo á custa aa n c n r a " ^ S e c t á r i o s dedicados de Plutc ­a da Gastar, só pensam mo dinheiro v i l e no r e n t r e ;

são g a s t r o l a t r a s e por isso a e l e s se aplicam as p a l a v r a s de celebro medico e g e n | a i f i l o s o f e R a b e l a i s :

« I l s t e n a i e n t tous l a s t e r pour l e u r grana dieu, l ' a ­ d o r a i e n t comae t e l , nui s a c r i f i a i e n t comme á l e u r dieu omnipotent ; ne r e c o n n a i s s a i e n t pas à»autre dieu que l u i ;

le s e r v a i e n t , l ' a i m a i e n t au dessus de t o u t e enoses e t l'Honoraient comme l e u r d i e u . Vous áttsslez d i t que c ' é ­ t a i t d'eux que le s a i n t Snvoyyé a v a i t é c r i t : p l u s i e u r s sont de ceua­la dont j e vous a i sauvent p a r l é (Je vous

l e d i t e encore aujourd'hui l e s larmes aux yeux); enne­ mis du C n r i s t , de l a Croix, dontla mort s e r a l a consoma­ t i o n , dont le ventre est le d i e u . Pantagruel l e s compa­ r a i t au cyclope Polypheme qu'TSuripide f a i t p a r l e r de l a manière­ s u i v a n t e : Je ne s a c r i f i e qu.á moiCpo#nt aux dieux) e t á mon v e n t r e , le plus grand de tous l e s dieux.»

Não teem nenhum i û e i a l s u p e r i o r , nem de r e l i g i ã o , ne ; de p á t r i a , nem de humanidade. Acomodaticcs, numildes, s e r v i s , 11songeadores, mendigando Rasteiramente favores e b e n e s s e s , quando os ventos iepram desfavoravelmente;

insolentemente orguinoHOs, a r r o g a n t e s , p e t u l a n t e s , prepo­ t e n t e s , quando se encontram comodamente i n s t a l a d o s na v i d a que para e l e s não oferece d i f i c u l d a d e s . Mão tendo

sombras de puder nem de pundonor, são p o i t r ô e a , sentem um espantoso t e r r e * das re sp o n s a b i l id a d es que não assu»

mem, falseando■ ax a verdade.

St t o u t cela pour l a panse ( R a b e l a i s ) .

Tão grande á a decadência mural dest^ uaior numero, t a l a sua inconsciência que, não querendo reconhecer es seuB tremendos e r r o s ne . confessar es seus crimes imper­ d o á v e i s , não me'agradando abandonar o seu comodismo, emen­

dando­se, corrigindo­se,v■penitenciando­se , pondo, cobro aos

sofrimentos e a t r i b u l a ç õ e s via nossa p á t r í » , eivado do f a ­ talismo e sebastianismo deprimente a t r l b u e tuao o que tem acontecido e v a i acontecendo ao «tinha que s e r " o uundo

(11)

e s t á assim", e espera per v a r i c e messias­ redentores ( t a n t o s quantos as s e l t a s ( que ne« venham s a l v a r i Gomo se a salvação dependesse de algtta messias e não de bem intencionado esforço c o l e c t i v o , noore, nonrado, i n t e l i ­ gente e superioriaente orientado i

Perante . i s t o , a minoria tâc pequena em quantidade como v a l i o s a era qualidade moral e i n t e l e c t u a l , impotente para dominar o numero que, como diz Ch. F í e s s i n g e r "é o mi­ cróbio de 'decomposição " que invade as sociedades doentes"

l a o l a ­ a e , s o f r e , cem a l t i v e z e não cor. a resignação dos Tencidos, rtagè., l u t a , ­jaciíiauinanta é c e r t o , mas nem por I s s o com menos v a l o r e dificuldade , e'por ■fin, crê­mo lo Oem pin ce ramante, nade vencer .'

As cai; a as de s se­ estado de corrupção d­a sociedade são múltiplas e complexas; ccmtudo estamos convencido» dsí $ua a riais importante l e i a s I a f a l t a de' conveniente educação moral.'

o r a , num tiieio assim tão p e r v e r t i d o e d e l e t é r i o , alguns l a i n i s t r ó s de esculápio 'deixaram­Se contagiar e corromper.

Felizmente, constituem mima minoria de pouco v a l o r , mas muito e ' r n i c i e s a porque provoca am notável d e s p r e s t i g i o

da c l a s s e medica, . ( a r t . s 6*«tfflj código•■ Deontológico,da A. St. L. ). " . p o i s que es e r r o s de a l g u m atingem tnaifl ou menos toda a colectividade» C^spage ). uns servem­se de reclamos.■ilícitos absolutamente c o n t r á r i o s á d i g n i ­ dade p r o f i s s i o n a l , ou o&ientáriàc t í t u l o s que não possuem o que VÍ um noto de Manifesto cnarlatanismofart .fi 116 do C . r . ), ou fazendo,, i n s e r i r nos .­jornais anúncios ou a r t i g o s em que o reclamo que dissimula mais cu menos, o que cons­ t i t u e um processo desoneste & desonroso"'. í Verger), ou­ t r o s apreciando desfavoravelmente, fora do meio p r o f i s s i o ­ n a l os actos dos colegas sem que t e r n a navioc um rompi­ mento de r e l a ç õ e s p r o f i s s i o n a i e {Art.* l a . â do O.P. ). Ou­

t r o s oferecem'os seus serviços p r o f i s s i o n a i s «em que Inoa tennam s o l i c i t a d o , quer aos doentes que ainda não e s ­ t â o . em tratamento i n d i c o , quer aos que se enoont.r

sendo t r a t a d o s ou vão mr operados por algum colega. Ou­ t r o s "barateiam o s ' s e r v i ç o s c l í n i c o s o que é , do Ver­ ; e r , "uma f a l t a "corporatlva« e t amber, um­me lo desonesto de a c t u a r no e s p i r i t o ao doente", e "pelo e s p i r i t o de mer­

(12)

9 caatiiismo que map i r a «esse narateameoto « deprime o valor moral e scientific© do medico que c explora • compromete o p r e s t i g i o da clause" ( a r t . a 97.3 do C.B.). Ou-t r o s , f i -aimanOu-te» em regra os que se dedicam á c i r u r g i a , exigem îionorarios e x o r b i t a n t e s , em desproporção manifes-t a corn os recursos pecuniários do doenmanifes-te, con o "manifes-tempo g a s t o , fadiga e importância scient i r ica dos serviços prestados" o que é souremodo desprestigiante para a c o l e c t i -vidade por faser surgir na opinião publica a ideia de que os meaicos são i n t e r e s s e i r o s e gananciosos como vu

1garis-símes comerciantes, causando por isso um grande detrimen-to do r e c e i t o que- Lnen é devido e da confiança moral tão u t i l como necessária.

Do que deixamos exposto depreande-se que na entre nóa uaia crise medica, consequência imediata da c r i s e s o c i a l , ambas elas r e s u l t a n t e s sobretudo da f a l t a ou deficiência de educagão moral, embora também concorra para os agravar a tremenda crise económica que toma o "struggle por l i f e " extremamente árdua e penosa. De lastimar é , eomtudo, que alguns tíjedicop demasiadamente ambiciosos e apressados se desvairem nesaa l u t a , servinde-se de processos condenáveis e condenados, em vez de, paciente e serenamente, (a p a c i

ência e s serenidade são qualidades ímpresclr d i v e i s ) e s perarem a nora do t r i u n f o , se tiveren t a l e n t o s para c a l

-cançar, e a t i l a ' que se resignem â M áurea mediocrltas»

em que afinal é oem agradável v i v e r .

Todos se devem esforçar tanto quanto possível por im-pedir que o vírus da desmoralisação a l a s t r e , Invadindo mais intensamente uma classe ae tão nobres t r a d i ç õ e s , e também por "melíiorar a situação dos medicos, lutar centra o abatiuentoda consciência e aa dignidade medica, fazer da colectividade meaica uma i n s t i t u i ç ã o de nonestidade

inatacável que inspire mais coniiança d ci l e n t e l a e dê ao e s -tado a segurança necessária para a aplicação das l e i s soci-al's ("Etienne :,,arr,in).

,-iue todos conservem permanentemente cravados no espi-r i t e o seguinte: "i>e«de que o medico exeespi-rce à sua pespi-rocis- procissão adere imp l i c i t ..imante., sem dependência de qualquer o b r i -gação l e s a i , a refiras de conduct a. a pwm ****"**? — :

(13)

s i g n a l a depende ipenaa da conseienaia de oada um.. SI» é q­.■ici conatitttã à battra a à dignidade du corporação medica. $ fcámbem ela que j u s t i f i c a n co»fiánc,a do .toante no aea mediae, Sets \ quai c e x e r c í c i o da rnsdicina en vez de cons­ t i t u i r una a r t e ne bra e n t r e todas não s e r i a m i e de que

uma industria perigosa.

fi carne LUS p »xercieio da aedioina implica a e x i s t ê n ­

c i a de s e r t as quaiioaâaB ne r a i s s ate! de c e r t a s v i r t u d e s que i *'3« se aeclicam...

A uniea 002 previa para compreender e p r a t i c a r a

deontologia, aquela que c doente ten 0 d i r e i t o da e x i g i r de peu nedico, 3 que e s t e s e j a un homem Honesto ne mai?

large aentido da p a l a v r a . un medico desonesto, mesmo que se/ja 0 î â i B b a b i l e c nain d i s t i n t o des; c l í n i c o s , é de Cdrto modo, p e i o r que un t a a l i e i t c x ; c d i r e i t o cenun áó raramente ttá nargem a que seja punido, e muitíssimas vezes e l e pede o b t e r , á custa da sua daaonest i d a d e , bona p r o v t i ­ toa i t a t a r i a i t í . apez­ar de tudo aia nerece o desprezo dos seus colega* a o oproblc das pessoas de bem. .

Û médico para c o n s t i t u i r c l i e n t e l a e para a e c n s s i r a r dava procurar i n s p i r a r confiança. Rira conseguir xsso a t r a d i ç ã o pruCiaiiional interdiz­Xhe certo? meios.

Hon«stxt(uante o aedlcô nâo deve contar senão con o sseu saber p r a f í » s i o n a l e cor. q cenjuncte das qualidades, aificefe de d e f i n i r , que cohatifcues a p e r í c i a , brandura, a Lfabi­

lidnda a a atenção para com oa d o e n t e s , a a r t e de empre­ gar para cada caso a linguagem conveniente, de d i z e r as verdades duras e as mentiras consoladora».aa Verdade tudo

i s t o constitue um con June to que de i n i c i o nãc se impõe.

t preciso tempo, paciência e,aesmc que algunas c i r c u n s t a n ­

c i a s favoráveis o auxiliem, quantas c i l a a a s d i f i c u l t a m c caminho do p r i n c i p i a n t e . " CHettri Vergar )

(14)

CAPITULO I

11

Bases da deontologia

-m na u-ma profissão que i-mponha

aos que a exercei a oDrigagao de uma moral severa, é sem duvida a dos medicos

MAX JlMOH

0 estudo ÊBMxmní dos deveres constitue a aeontologia. Jíste termo, criado por Jeremias Beatnam, filosofo ingiez do fim do século XVIII, tem sido empregado exclusivamente em relação á profissão medica.

A noção do *ever encontra-se estritamente relacionada com a noção de direito de modo que, para designar o estudo ou soiencia dos d i r e i t o s , se criou a palavra "Ploeologla" a qual caiu em desuso, utilisando-se apenas o vocahuio

"deontologia" o qual alsrange o estudo dos deveres e dos direitos dos medicos, podendo portanto deflnir-se como sendo - «o conjunto das regras de conducta, ou princípios morais, do medico no exercício da sua profissão.

Segundo Lopes Vieira • não se compreendem na deontologia os deveres impostos ao medico pelas l e i s civis e c r i -minais e se t r a t a só de uma axts outra ordem de deveres que apenas a Doa razão e as conveniências sociais estão ditando e embora nem sempre deflniveis e de imediata inter-pretação."

Verger eMartln, ao contrario de L. Vieira, englobam na deontologia não s£ os deveres morais mas também os que

são impostos pelas l e i s .

Desconhecemos quaisquer argumentos que Justifiquem a maneira de ver adoptada por L. Vieira, e por isso

pomo-la de parte, pois não reconhecemos vantagem alguma em des-viar da deontologia o estudo da legislação que se refere

ao exercicic da medicina.

A deontologia tem por bases fundamentais, por alicerces, a tradição e a legislação, tendo sido comtudo aquela que

(15)

es-tabeleceu, desde remotíssimos tempos* oa seus princípios essenciais.e imutáveis. Bode, com efeito, . afirmar­se

que a tradição deontológica é coeva das origens da medici­ na, a qual, inicialmente e durante muitos séculos, mística e exclusivamente empírica, era exercida pelos magos « pe­

los sacerdotes pois se encontrava intimamente ligada á religião.

Jios povos antigos em que floresceram brilhantes civi­ lisaçdes, as obras de legislação, tais como os livros egí­ pcios , o Aye­r­Veda (Sclencia da Vida) dos nindus, o ieviti­

co dos hebreus, o Código de Hamurabi dos caldeus, ccnêem vários preceitos de moral medica.

Assim no Ayur­Veda, suoruta, seu auctor, estabelce alem doutras as seguintes regras de conduta; "o medico não deve preocupar­se com o amor, com o odlo ou com o orgulho; deve resistir e até fugir da ganância e da ambição, ser escravo da verdade; deve atender de um modo conveniente e polido todos os que se lhe dirijam; a sua solicitude Jun­ to doa doentes deve ser levada até ao ultimo ponto; deve evitar as más companhias e nunca irá tratar um doente sem ser previâriente chamado*.

1, comtudo, aos sábios da antiga gracia que devemos os melhores elemento» da tradição deontológica» especial­ mente aos que pertenceram á famosa escola de Cós fundada pele genial Hipocrates, o qual teve o grande mérito de ins­ tituir a medicina em sclencia, quebrando os lagos que a Jungia^á religião e, desse modo, pondo term© á fase hierá­ tica e exclusivamente ampirica da ©%­cluça© histórica da arte de curar, estabeleoendo­lhe por base a observação clinica. Devemos porem observar que, segundo Dechambre © outros, a obra que nabltualmente^atribue a Hipocrates não lhe pertence exclusivamente, na sua totalidade, por­ quanto foi produzida durante varias gerações por diverses individues da família dos Aecleplades, da qual ó incon­ troverso, Hipocrates foi a figura de maior relevo e de tão grande notabilidade que ofuscou todos os outros.

T*n todos os cinco livros hipocraticos ­ "Do medico" , "Da decência ■, "Preceito?", "Juramento» , "Lei" ­ se encon­

tram valiosos principies deontológicos.

BO livro "Do medico» encontra­se de inicio a seguinte passagem:

(16)

davel e boa saude, poïa julga-se ordinariamente que urn medico doente não poderá t r a t a r os outros

oonvenientemen-t e . "È preciso que ele seja cuidadoso consigo, que ande limpo e bem vestido e que use perfume» agradareis cujo cheiro nada tenha de suspeito, pois tudo isso dispô*e o doente a seu favor. Pelo que diz respeito A moral, o medico deve observar o seguinte: era primeiro legar saber guardar silencio, era seguida ter uma vida regular pois que ÍSPO ê muitíssimo importante para a sua reputação.

.4 preciso tamisem que ele tenha um caraoter honestíssimo sendo ao mesmo tempo grave e afectuoso, porque o excesso de solicitude em prestar serviços pode fazer diminuir o respeito que lhe e devido. Severa ser muito ponderado e sem orgulho, do contrario parecerá arrogante e severo.

Alem disso, não ê conveniente que se abandone demasia-damente ao riso e á alegria, porque se não torna-se fas-tidioso e ê isso sobretudo o que ê necessário evitar.

Deve ser honesto em todas as suaa relaçtfes perque a honestidade é-lhes muitas v#zes de um grande préstimo: os doentes confiam-lhe* sem reservas, assuntos gravas; a cada passo ele té» de t r a t a r mulheres e donzelas; pre-cisa portante saber dominar-se constantemente. J5is c que deve ser o medico quanto ao flaico e quanto ao moral."

ífo livro «Da decência" estatue-se o preceito seguinte: simplicidade na maneira de v e s t i r , atitudes austeras, de-licadeza, sobriedade de palavras, modéstia.

So livro intitulado "Preceltosir o autor refere-se ainda ao vestuário, á descrição no f a l a r , e aconselha que não se estabelegam antecipadamente os honorários es quais devem ser proporcionais áo posses do doente; recomenda ainda que, nos casos graves e difíceis, o aedicc deve provocar conferencias.

& no livro "Juramento" que mais particularmente se

trata des deveres dos medicos, es quais se encontram re-sumidamente mencionados no celebre juramento de Hipocra-tes de que damos a tradução do texte francês publicado por t i e n n e Martins ("Precis de iDeontclogie» ):

Por Apolo raeflico, por isculapio, por Higias por Pana-ceia, por todos os deuses e deusas, os quais tomo por ten-temunhas, juro cumprir cora todas as minhas faculdades o

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14 seguinte: respeitar tante como meu preprie pae quem me ensinou a medicina, fazer vida comum cem e l e , e, se ror necessário, repartir comsigo ou meus bens; considerar os

seus n i n e s como WUH irmãos, e, se

ftS3ontaKa3tj?xrtKxr«^iac-&ixxBtfa&psœxxaui^xMÊiXM3pL eles c desejarem ,

ensinar-ia*! esta arte sem retriouigão nem promessa por escrito; ministrar-lhe todos os ensinamentos e dar-lhes as mais

completas explicações, asnlm como aos meus filhos e a t c -lua os discípulos que se inscreverem segundo os precei-tos da profissão, mas exclusivamente a esses. Prescreve-r e i aos doentes o Prescreve-regimen que melhoPrescreve-r lhes «enviePrescreve-r, segun-de o meu saber e a minha opinião, esforçando-me por nfc errar e per nunoa causar malefícios a alguém. A ninguém darei, mesmo que ia'o pesam, um remédio mortal, ou algum

conselho da que resulte prejuízo.

Sunca prescreverei substancias abortivas ás mulheres. Manterei sempre pura e imaculada a minha <Vida« assim como a minha a r t e . Mo executarei a talha nos cálculos*) manifestos; e&sa operação deixa-la hei aqueles que a tenham praticado e doía façam profissão. Nâc t e r e i outro desígnio ao entrar em qualquer casa a não ser o de t r a t a r os doen-t e s , absdoen-tendo-me por compledoen-to de pradoen-ticar quaisquer acdoen-tos menos honestos com homens ou com mulheres, quer l i v r e s , quer «wftssrsitx escravos. Guardarei inteiro segredo acerca de tudo o que Veja e oiça, que nao deva ser divulgado,

tanto no exercício do meu ministério como no trato social. Que eu goze uma vida feliz e boa reputação na minha a r t e , entre os homens para sempre, se cumprir co. fidelidade este juramento; se eu riâo cumprir, mux se eu for um per-j u r e , que me aconteça o contrario."

Deenambre menciona um outro juramento de origem grega cuja data ê desconhecida, o seu texto è o seguinte;

"Jure muito sinceramente perante o Grande Deus que nâo usarei de praticas homicidas para com algum doente, quer estrangeiro, quer do meu paiz; que ninguém ne in-duzirá, por aeiO de ofertas, a cometer um crime horrivel dando a alguém remecnos capatés da irie proV'.earem a morte ; mesmo por amizade não me encarregarei de os administrar a quem quer que seja. Levanto piedosamente as mãos ao ceu e nunca terei senão pensamentos isentos da macula do crime.

(18)

15 Baiorgar-me hei por valvar c démâte «s Hara todoa

procura-r e i a saude qua pprocura-rolonga a vida».

Martin (ofcr, c i t . ) a propósito do juramento de Hipocra-t e s ruísírHipocra-ts-esHipocra-tí ao que acHipocra-tualmenHipocra-te «e presHipocra-ta na ïnculdadd de Medicina de Montpellier, cora as seguinte H palavras;

"BR Montpellier, depois ao candidato t a r defendido tese» e imediatamente após a decisão favorável do j ú r i que o declara apto a e n t r a r no exercício da profiãsão, o ncv^l doutor é convidado a p r e s t a r o juramento usual cujos termos exactos são os seguintes;

•39a presença dos profesfeores desta s s c c l a , dos meus caros condiscipulca e perante a e f i g i e de Hipocrates, eu prometo e j u r o , em nc^uo do ftnte superior, ser f i e l ás l e i s Humanas e da probidade no exercício da medicina.

P r e s t a r e i os iaeua servigoa gratuitamente aos indigen-t e s , e nunca e x i g i r e i Honorários e x o r b i indigen-t a n indigen-t e s .

os meus cinca nada verão nas casas cade seja admi-t i d o , .1 minha coca caiará admi-todos os segredos que me forem confiados, g nunca me s e r v i r e i da minna profissão para corromper os costumes, nem para favorecer o crime. Res peitoso e recounecidc para com os meus professores, darei aos seus f i l n o s a instrução que deles r e c e b i .

Que os homens me concedam a sua estima, se guardar i n t e i r a fidelidade As minhas promessas .* <iue seja coberto de opróbrios e desprezado pelos meus colegas se não as

cumprir i n

3ste juramento é lido pelo novel doutor, de pé, emquan-t o s os membros do j u r l , revesemquan-tidos das suas becas, os p a r e n t e s , OH amigos, toda a a s s i s t ê n c i a , igualmente de pé escuta conservando-se no mais r e l i g i o s o silencio1'.

Ba ïaouldade de Medicina de Trenos Aires também os ex-lunos prestam um juramento de que encontramos o seguinte fragmento na tese de Oianattasio;

" . . . JUrais que admitido ria intimidade das famílias ca vossos oIH©s serão cegos e a vossa boca caiará os segre-des que vos forem confiados . . . ? »

(19)

16

As mais importantes disposições legais que se referem ao exercício da medicina em Portugal sâo as que sucintamente vamos indicar;

CÓDIGO PEIAL ; - «Art.» £50.8. 0 facultativo que em caso urgente recusar o auxilio da sua profissão, e cem assim aquele que competentemente convocado ou intimado para exercer acto da sua profissão, necessário segundo a l e i para o desempenno das funções da autoridade publica, recusar exercê-lo, será condenado a prisão cor-reclonal de 2 meses a 1 ano e multa correspondente.

I único. 0 não comparecimento sem legitima escusa no lugar e nora para que for convocado ou intimado será considerado como recusa, para todos os efeitos do que dispõe este artigo. •

A escusa terá áe ser pedida no praso de 34 noras a contar da intimação, conforme estabelece o » l . i do n.» 5.» do Art.fi 340 do Código do processo Civil. Sâo au-toridades competentes para convocar o medico para servi-ço publico: os Juizes do Supremo Tribunal de justifia e das Relações, os juizes de d i r e i t o , os juizes de paz, (excepto em Lisboa e Porto), os governadores civis,

comissários de policia e administradores de conceino; os r e -gedores só o podem faser por delegação dos administrado-res do ccnceino, a não ser que se t r a t e da verificação de óbito, pois nesse caso terão autoridade propria para efectuar a convocação, de acordo com o estabelecido no n.« 3.2 do a r t . a 34.a do Decreto de 3 de Dezembro de 1368.

0 n.fi 3.» do art.» l.a das Instituições regulamenta-res , aprovadas por decreto de 33 de Dezembro de 1900 preceitua que todo o medico, que não seja militar em exer-clo nem tenha mais de 70 anos, deve atender a requisição da autoridade publica competente para fazer a verificação de óbito de individuo que morra sem assistência medica, desde que não possa comparecer ou esteja legalmente im-pedido o sub-delegado de uaude.

0 art.» 60.fi do Decreto de 34 de Dezembro de 1901 de-termina que todo o medico e obrigado, sob pena de desobe-diência, a participar ao sub-delegado de saúde do ccnceino qualquer caso ou óbito que na sua clinica observe de:

(20)

fe-17 bre tifóide, tifo exantemático, varioia, escarlatina, saram-po, difteria, tuberculose, Meningite cerebro-espinal, coque-luobe, lepra, raiva, mormo; ou qualquer caso suspeito de: peste, colara, febre amarela, assim como «qualquer molés-t i a lnficicsa ou epldemlca" que consmolés-timolés-tua perigo para a saúde publica ou que importe reconhecer sanit ar lamente.

o n.» 6.8 do a r t . a 74.» do mesmo Decreto estabelece a Obrigatoriedade da desinfecção nos casca de; tifo exante-mático, febre tifóide, variola, escarlatina, d i f t e r i a , meningite cerebro-espinal, tuberculose (por óbito ou por mudança de domicilio, suspeita de peste, de cólera, de fe-bra amarela, ou de qualquer outra moléstia contagiosa, quan-do as circunstancias o imponnam.

0 $ 2 . » do a r t . » 17.» do Decreto de 3 de Dezembro de 1868, assim como o n . » 21 do art»» 84.» do Decreto de s i de Dezembro de 1876, determinam que nâc é permitido exercer clinica aos medicos que não tiverem registado o d i -ploma lesai de Habilitação do Comissariado de policia, ou, se este não e x i s t i r na povoação, na Administração do conce-rne

o art.» 65.» do Decreto de & de Dezembro de 1868 comina a pena de a a ?to dias de prisão e multa para o medico que exercer a clinioa sem ter previamente registado o seu diplo-ma na repartição competente.

o § s.» do Art.» 2^8.» do código penal estabelece a pena de 6 meses a 2 anos de prisão e multa corresponden-te para quem exercer ilegalmencorresponden-te a medicina (e outras profissões), ou fizer uso de t í t u l o s aos quais não tenfca d i r e i t o .

0 art.» 390 do Código penal estabelece a pena de prisão correoional a t i 6 meses e multa correspondente "aplicável a todos aqueles que, exercendo qualquer profissão que r e -queira t i t u l o , e sendo em razão dela depositários de se-gredos que Inês confiarem, revelarem os que ao seu

conhe-cimento vierem no exercício do seu ministério8.

o Art.» 936 dei novíssima Reforma Judiciaria estabellece que os medicos "não são obrigados, depondo, a revelar se-gredos que tiverem obtido em razão da sua profissão".

código Penal . «Art.» 858. % 4.» . Todo o cirurgião ou farmacêutico que, abusando da sua profissão, tiver

(21)

18 voluntariamente concorrido para a execução deste crime, indicando ou subministrandc os meios, incorrerá respecti-vamente nas mesmas penas (de prisão maior celular de S a

8 anos, ou na alternativa da prisco maior temporária ) agravadas segundo as regras gerais.1

Os artigo3 104 e 105 do o© soe Código punem a tentativa fruscrada de Mirto,»

O JDeerete de 3 de Dezembro ie 1068 preserve acerca, de receitas entre outras as seguintes disposições: "toda a receita deve ser escrita em língua portuguesa, « center, por extenso, tante es nomes das substancia», cojno as

do-ses daa mesmas"; Hé proibido formular noutros pesos ou

medidas, que não sejam as do sistema métrico decimal"; "é proibido designar es medicamentos por noriie que so" pos-sa ser entendido por um determinado farmacêutico"; "um medico não deve impedir um seu cliente de aviar a sua

re-ceita na farmácia que preferir" ; «o medico nSe pode êer parceria em farmácia com o farmacêutico".

0 Secreto n.a 3431 de IS de ïevereiro de 1924 esWoele-ce o seguinte: Art.*;;.* aac poderá const1tuir-ae socie-dades de qualquer género pira a exploração da industria farmacêutica entre farmacêutico e qualquer diplomado da medicina".

0 Art.a 08.a do Decreto de 34 deDezembro de 1901 dispee o seguinte:

"A obrigado o facultativo a verificar o óbito das pes-soas a quem tenha prestado assistência medica, e a passar a certidão de óbito, indicando a moléstia e a causo da morte, preenchendo os diferes do modelo respectivo, na confo naidade re gulament ar.

*i l.a . Ê, para o efeito desta obrigação, considerado

como assistente o facultativa que preceituou e dirigiu o tratamento da doença que terminou pela morte, ou que fez vizita clinica, cu deu consulta ao enfermo; dentro da semana que precede o óbito.

j 2.8 . Eos casos de suspeita de morte violenta, o me-dico declarará, por escrito, que nâo passou a certidão de óbito, por necessidade ^e exame medico-legal.

i 3.a Sempre que o medico possa supor que o óbito fosse devido a moléstia pestilencial, dará parte das suas sus-peitas á autoridade sanitaria, dispensando-se de passar a respectiva certidão.

(22)

19 ■ $ 4.2 SCS casos de epidemia, Oe moléstia t r a n s i a ! r a i v e i que assim o e x i j a , ou de qualquer o u t r a c i r c u n s t a n c i a que i n t e r e s s e á saúde p u b l i c a , i n d i c a r á o medico na c e r t i d ã o « a necessidade do enterramento, t r a n s p o r t e e ..inumação do cadaver, ■ quande não estejam especialmente regulamenta­

d a s . " . m

o mesmo ÏJecretc determina que o encargo da v e r i f i c a ç ã o de c o i t o sem a s s i s t ê n c i a medica pertence aos medicos muni» c i p a i s , e» no impedimento­ou f a l t a d e s t e s , aos sub­delegados de s a ú d e .

­ código C i v i l . »Art.« 1409.e ©s vencimentos dos que exercem p r o f i s s õ e s l i b e r a i s , serão ajustados e n t r e os que prestarem e s s a espécie de serviços e os que os receberem* "i ú n i c o . BR f a l t a de a j u s t e , os t r i b u n a i s a r b i t r a r ã o os vencimentos conforme o costume da t e r r a , A verba dos Vencimentos regulada por e s t e costume poderá comtudo s e r modificada tendo at ene .ao á importância «specinl do s e r v i g o , á reputagSô de quem o Houver prestado e àa posses de quem o neuver r e c e b i d o . "

0 aeamc códice p r e c e i t u a que a divida de nenorarios c l í n i c o s por v i s i t a s f e l t a a á mesma pessoa durante a mesma doenga prescreve decorrido um ano a p a r t i r do dia cia ultima v i s i t a • a d i v i d a de nonorarlos por v i s i t a s avulsas p r e s ­

creve também passado um anc contado desde o dia em que cada uma ê f e i t a . ( A r t . 2 359.fi).

Comtudo o c l i e n t e nâo f i c a isento da obrigação de s a t i s f a z e r os n o n o r a r i o i devidos ao medico pelo simples f a c t o de t e r passado o prazo a que se r e f e r e e s t e a r t i g o

Visto que a p r e s c r i ç ã o não se r é a l i s a de modo espontâneo ; t e r á de ser competentemente provada perante o Tribunal para que poaaa s e n t i r es seus e f e i t o s j u r í d i c o s .

Os nenorarios do medico, r e l a t i v o s a Q o e z e s , por s e r ­ v i ç o s c l i n i c e s prestados a qualquer pessoa gosam do p r e ­ v i i e g i o o r e d i t o r l o (Art.a 884 do C . c ) .

Os p r e c e i t o s b a s i l a r e s da deontologia encontram­se c o d i ­ ficados no "Código deontológico* elaborado pelo Dr. Cândido da Cruz e aprevado na sessão de 8 de Dezembro de 1914

da Assembleia g e r a l da Associação Medica Lusitana, d© aoordo com as bases apresentadas ao I "Congresso ïï&clcnal de

(23)

Beontcl^gia Medica e Interesses Profissionais» realisado no Porte em 1812. Bate Redigo comporta ©it© capítulos

COm 08 titulCS SsgUlnt#Si' ,

l*a ­ «Bases da moral profissional»;

S.fi ­«Severas de camaradagem•, cora o» sub­capitulos; »i Oonfratemidade medio*"; i l «Creacão de c l i e n t e l a ­ Conco­­. rencia«; I I I «Clinica domiciliaria»; I ? «Conferencias»;* V ­Ho Consultora©» ; ¥1 «Medicos e s p e c i a l i s t a s » ; v u «3u­ DStituigoes»; :

3.» ­ »o medico e o doente», com os suo­eaultulos; «i Hegras gerais de conduta» ;. » i l Atestados e certificados»'

4.a ­ «Stógredo profissional"; ■5.fi ­ "Honorários» '

. V ­ *ô r , e5i w> e a sociedade », com os suo­capitulos :

1 ­ Considerações g e r a i s ; n ­ Reclamos; i n ­Farmacêu­ t i c o s e outros a u x i l i a r e s ; l ? ­ Associações s proventos

i l í c i t o s .

7.8 ­.conselhos disciplinares ­ Penalidades. a.2 ­ DispcsiscVs g e r a i s .

M Í . Í S L ? u^c c 4 c c d i^G «« deontologia medica que existe

em Portusal. Per isso e l e deve servir de norma e de guia orientador a todos os radices portugueses nos múltiplos e complexos assuntos de aoral profissional, embora não s e d a d a expressão do sentir, de toda a classe neaica por­ tuguesa, representada pelas suas associações profissionais^ ao 2SifS?Í*S­ t f é r à: rt í ­a û r*l at © r i o m o Auetor apensa

2 K S Í í S Í S , ^ ■u?r*o l t*d ô «><"•». que certos próceres

?n £inrf i'™ fn tfa ? a a c s S o ^ C o d^o a *««* estabelecem

v LPí ínS ^ f g?r aíS ** ^ ^ t a que o aedicc deve obser­

l^lJnnttÍàT d a *** t 3° *>**•• «*» ^ « a missão»

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^ ^ n t o s nâo resistem á mais l i ­

geira analise nem á aais benévola critica. uorauantÍ *Ji

a pretensão, ingénua se^nlo estulta, Ï f a t / a S í í L ^

d e ° u W ^

«oJ?L L f î ^ i °4 n l V ô 1 BK>ral» q u ô **> carecem de qualquer

S 2 ! ~ : estranha á sua consciência, que os guie no cumorí­ mento dos seus deveres, o qual permi?a é c ^ S S ^ S T ^

(24)

SI

grino privilegio de os isentar de qualquer sangâo quando deles se afastei®. Ora todos sabem que t a l não acontece.

Infelizmente temos de reconner, e não é desdouro con-fessá-lo, embora com profunda magua, que a classe sa encon-t r a «infesencon-tada de planencon-tas parasiencon-tas e daninnas ao» mais elevados interesses da profissão medica, comprometendo o prestigio de qutí ela carece de se revest** para eficaz-mente deseâpennar a sua missão social». (Dr. cândido da

cruz ) •

Í S Í S do que nunca, noje, nes calamitosos tempos que

vão correndo em que a de«moralisagIo e a dissolução dos ccístiuaes, o aviltamento dos caracteres, o desprezo pelas l e i s tutelares da sociedade e pela moral dos bons veJUoi tempos caixpeiam desembestadas, infrenes e iconoclastas, aquelas palavras exprimem flagrantemente a t r i s t e verda-de, e demonstram de modo iniludível e ínsosflmavel que na mister da adopção dum código deontológico oujos pre-ceitos devem sor acatados rigorosa e escrúpulosãmente e cujas sanções «devem aplicar#se com^severa justiça a todos os que prevariquem, a fim de expurgar a classe medica dos elementos perniciosos, e exalçar o prestigio e a considerado a que ela tem,direito por tradição assim como pelo seu constante, e por vezes arriscado, labor em prol da Humanidade.

(25)

qualidades morais de indico

"Hue toe la ê a sciencia qtte noa condena a sempre praticarmos o toem i ■

furtado Galvão

• I l faut penser qua le dévouement c'est l'outolfc de »ol même, l'amour du prochain, sans autre récompense que celle que porte, avec l u i , le fcien."

JPuhel­Benoy

TodcB os que sotore moral medica teem escrito encarecem com exutoerancia de argumentos o valor das virtudes morais que, a par das qualidades i n t e l e c t u a i s , © medico deve

possuir para que possa desempenhar honrada a proficuamente a a l t a missão a que se votou. Ha verdade, come Julgamos t e r demonstrado com clareza e de modo suficiente, elas são em atosoluto indispensável», e seria fastidioso i n s i s t i r mais sotore a indiscutível vantegem de as cultivar e aper­ feiçoar incessantemente. A este propósito. Surtoled diz o seguinte ;

"As virtudes medicas são indispensáveis, ."las não constituem unicamente o nosso dever, mas são tamtoem a nossa honra e a nossa força, a alegria do nosso coração e a sa­ tisfação da nossa consciência, são as seguintes: j u s t i ç a , caridade, dedicação, coragem, paciência, desinteresse, d i s ­ crição, dignidade, honestidade, sciencia. Itotar­se ha que e l a s não foram enunciadas ao acaso da pena, mas segundo uma ordem desejada, para corresponder a uma necessidade moral e lógica, AS virtudes do coração, as qualidades de caracter estão apresentadas antes das virtudes i n t e l e c t u a i s .

São as mais importantes, as mais necessárias, posto que todas sejam indispensáveis. £referir­se ha sempre um igno­ rante a um individuo sem escrúpulos; mas importa que o medico não seja uma nem outra c o i s a . " .

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23 Versando o acamo assunto, I-cpes vieira» sot) a designação de "Deveres cio medico para consigo próprio", escreve:

Besumimoa todos estes nos cinco se/quintes; - honestida-de, dignidahonestida-de, coragem, constante desejo cie saber e lns-trugão variada, q,ual destes sejaiji mais importante e apreciável para a sociedade ou para aqueles que tem de va-ler-se do medico» não o dl H cut iremos, rwm. nos atreveremos a dize-lo. Cada um deles prima per al, e por s,i BÒ se

toma recomendável. *

O mesmo autor, sot» a designação de "Deveres de medico para com os seus clientes", acreacenta:

"Kâo menos de nove virtudes entendeu Beenatíbre que deve t e r o medico, para poder cumprir satisfatoriamente com todos os deveres da profissão em relação aos seus doentes; paciência, dedicação, abnegação, torandura, caridade, auto-ridade, discrição, prudência e consciência, « k ^

Vario a outros escritores como í e r r e i r a 99**$», Autoer, Legendre, e t c . que teem tratado de ética profissional, dizem, mutatis mutandis", o mesmo que aqueles aos quais j á fizemos referencia.

Acima de tudo, como já dissemos, o medico tem de possuir uma perfeita consciência moral e, correlativamente» um ar-reigado sentimento da obrigação, que d i r i j a toda a sua actividade,que,sem tergiversações nem desânimos» oriente sempre o seu procedimento no sentido do escrupuloso cum-primento dos seus deveres.

381a otoriga-o mais do que todos os códigos, casti-ga-o rails do que todas as l e i s , constrange-o a fazer cons-tantemente a analise das suas acções» convencendo-o dos seus erros, forçando-o a corrigir-se e a aperfeiçoar-se na medida do possivel, e» por fim, concede-Itie a maxima das recompensas - a satisfação intima de p*er praticado o toem.

t obedecendo apenas aos ditames da sua conaciência que

o medico deve ajuizar da oportunidade e frequência das vizitas que tem de fazer aos doentes.

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Ê a eonscêicnaa que : aconselha o medice a t r a t a r con

igual carinho e solicitude o pobre e o rico, c quo paga e o que não porte retribuir-lhe -o* aervígotf, não olhando a categorias sociais, ou'materiais,, pois tortos não rteentes

com iguais direitos aos seus socorros, ft ela que lhe

lam-pos que nâc abandone qualquer úcente, principalmente qr.ando o seu estado for grave, devendo t r a t á - l o sem desesperança até que volte a saúde ou sobrevenha a norte. A ela tam-bém que lhe indica o dever de estipular os seus honorários

em relação com as posses do doente, pois seria uma flagran-te injustiça preflagran-tender, por um falso principio de igualda-de, que todos fossem obrigados a retribuir os serviços clínicos do mesmo modo. Todo aquele que» levado pelos impulsos da sua consciência, proceder como fica exposto demons"rara ser dotado de ; - caridade, dedicarão, desin-teresse e espirito de sacrifício.

- A mais acrisolada honestidade é uma-das virtudes que o medico deve constantemente patentear em todos os seus actos, mas em especial nos tocantes ao exercício da c l i -nica. .Animado e dominado por ela o medico r e s i s t i r á a quaisquer paixões ou estímulos que poderiam induzi-lo a pratica de acções menos correctas ou até vergonhosas.

De modo algum lhe é consentido abusar da confiança que os clientes nele depositam, ou aproveitar-se com

propó-sitos inconfessáveis da liberdade que lhe concedem. lio trato com os doentes ou com a família destes o medico não cuidará doutra coisa que nâb s j a a prestação dos

seus serviços clínicos com o máximo escruplao. curapre-Ihe manter sempre intacto e á prova de qualquer censura o seu prestigio e o da classe a que pertence.

Hão se devora, com o fim de amedrontar, de encarecer serviços, ou de alardear sciencia vã & falsa, simular a gravidada da doença e declarar o perigo emímente quando t a l nâo aconteça» A inobservância deste preceito cons-titue uma oharlatanice soez. Por outro lado, nâc convém que o medico se deixe arrastar por otimismos exagerados expondo-se a dissabores que muito desagradavelmente afecta-riam o se^ bom nome assim como a confiança dos clientes que lhe è indispensável. "In medio est v i r t u s " .

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26 Contudo, ne « case* embaraçosos e d i f í c e i s mais vale ear HBicXmisixxiiK p e s s i m i s t a do que o p t i m i s t a .

Não é permitido o emprego de processes inûeccroscs de r e c i b o , assim como não é l i c i t o fazer quaisquer s o l i ­

c i t a ç õ e s ou combinações mais ou menos d i s c r e t a s para e f e i t o s de publicidade espaventosa.

« it i n c o n t e s t á v e l , diz Burblecfr. que c reclamo, desconhecido dos nossos antepassados, é consentido e , a t e c e r t o ponto, n e c e s s á r i o ; was é preciso que seja henes­ t o . 0 e s s e n c i a l é não u l t r a p a s s a r os l i m i t e s l e g i t i m e s e não descambar no charlatanisme».

o único processo de reclamo autorisado pelo uso e pelo consenso geral è o que se faz por meio de anúncios p u b l i ­ cados nos j o r n a i s , em que figurem as indicações r e l a t i v a s ao nome, t i t u l e s a que se tem insofismável d i r e i t o , mora­ da, c o n s u l t ó r i o , lieras de serviço e e s p e c i a l i d a d e s a que se dedica o anunciante, A^pesa* dte tudo, porem, a verda­

d e i r a publicidade c o n s i s t e nas nessas c u r a s , na p r e f i c u i ­ dade dos nossos serviços e na dedicação que dispensamos aos nossos c l i e n t e s " . (Burbled).

A comparticipação de lucros e n t r e indico e farmacêu­ t i c o ou qualquer o u t r a entidade é absolutamente condená­ vel por r e v e l a r tun e s p i r i t o de baixo mercantilismo, incom­ p a t í v e l com o p r e s t i g i o e a dignidade da p r o f i s s ã o .

­ t completamente indispensável que o medico se a p r e ­ sente sempre, em toda a p a r t e , com a aaxima c e r r e g ã c . con­ vém que o seu Vestuário seja rigorosamente limpo, mas sem j a n o t i «ao nem e x t r a v a g â n c i a . A sua linguagem nao pade­ cerá de exageres de p r o l i x i d a d e ou concisão, nem de q u a i s ­ quer vislumbres de pedantismo ou g r o s s e r i a . As suas a t i ­ t u d s s não serão a f e c t a d a s , nem descompostas, nem e x c ê n t r i ­ cas nem v u l g a r e s .

Tendo de frequenta* os variados meios sociais» em nenhum deve s e n t i r ­ s e Hospede. T r a t a r á com a mesma delicadeza s a f a b i l i d a d e os pobres e os r i c o s , e de modo algum s e r á i n ­ solente e desatencioso para a q u e l e s , ou s e r v i l e demasia­ damente s o l i c i t o para e s t e s . J3everá e v i t a r todos os ex­

c e s s o s , t e r costumes a u s t e r o s ■ cumprir tedos os seus en­ cargos com r i g o r e e s c r ú p u l o .

Procedendo assim, o medico impor­se na ao r e s p e i t o de toda a gente e provará t e r ­ d i g n l d a d s .

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- uma das mais belas e noires qualidades que exalçam a profissão iwdica é sem duvida a coragem, (iraças a ela o medico vota-se sem exitaçces, intemeratamente» ao cum-primento do seu dever em qualquer grave conjuntura, por maia arriscado que seja o perigo, em toda a parte onde naja vidas a salvar, com uma força de alma e uma energia que afugentam todos os receios e reprimem todos os terro-res com serena impassibilidade, dominado apenas pelo inte-resse do doente, instigado s orientado somente pela sua consciência. Devido á coragem doa medicos é que o martl-rologio da medicina é tão numeroso e comovente, A cada passo ela se manifesta, mas á por ocasião das guerras

e principalmente durante as epidemias que mais exuberante-mente se manifesta dando-nos surpreendentes exemplos

de abnegação e sacrifício máximo.

«Sas crises epldemicas o medico tem de esquecer a sua pessoa e de esquecer a sua família. A abnegação extério-risa- as com a maior nitidez, o dever dos outros è fugir. 0 dever do medico ê ficar*. (Tiago de Almeida)

% por ocasião das grandes epidemias que, pondo-se á

prova a coragem do medico, se pode aquilatar o valor moral deste, nomo no-lo diz Furtado Galvão no seguinte trecno:

"Ha certas conjunturas na vida, formidáveis provanças de coragem e abnegação, em que o facultativo pode no

exer-cício da sua a r t e , ou elevar-se ao pináculo da gloria e dignidade medicas, ou. descer ao sórdido abismo da degra-dação e infâmia. Paio das grandes epidemias. Uas grandes epidemias em que uma moléstia temerosa assola povoações

i n t e i r a s , grandes e pequenas; quando todos os laços sociais se relaxam, e o egoísmo absorve e anula os generosos sen-timentos , que prendem uns aos outros o pai ao fiino, o marido á mulner,©'irmão á xxxsdbc irmã, o amigo ao amigo; quando as Habitações são abandonadas, e falece quem cure dos doentes e aos mortos cubra de t e r r a ; ê nestas épocas de dissolução física e moral que o medico, qual soldado no campo da peleja, corre onde o perigo ê maior e a neces-sidade mais urgente; que vae procurar o foco da epidemia; a, com risco da propria vida, veta-se todo ao serviço dos

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enfermos, & ao estudo da enferiáidade. Que ioagetítosc quadro, que espetaculo de respeito e veneração não é, ao entrar

num povoado as s lia deserto e abandonado, alem de algumas almas de tempera forte que Deus formara para modelo dos mais, ver firmei de rosto tranquilo, ao lado doe enfermos o ministro do 8ennor e o ministro de Hlgia i *

Keste lance é de justiça afirmar com desvanecimento que os medicos portugueses deram notáveis provas de abne-gação e coragem que multo os nobilita, não sé por ocasião da Grande Guerra mas também quando o pais foi assolado e devastado pelas ultimas epidemias de tifo exantemático e de gripe pneumónica, em 1918, durante os quais o martl-rologlo da medicina portuguesa sofreu um lugubre incremento pois que alguns baquearam no seu posto, no cumprimento

•xtrea»0dos seus deveres, Vitimas da sua dedicação e Intre-pidez.

De entre aqueles que então sucumbiram em virtude de con-tagio dos doente» que animosamente tratavam, destaca-se o vulto Insigne do eminente Professor íteberte Frias que tanto enobreceu e prestigiou a faculdade de Medicina do Porto.

- íOdo aquele que exerce a clínica precisa de ser dotado de paciência, qualidade tâ© u t i l como necessária para supor-t a r com serenidade e calma, sem se exasperar, as impersupor-ti- imperti-nências enfadonhas, os comentários insensatos, per vezes tâo agrestes e contundentes quam injustos e injustificados, as imoderadas exigências dos doentes ou das pessoas que vivem com eles. Alguns doentes sSc demasiadamente prolixos fazem longas narrações das suas doenças comprazendo-se em r e f e r i r as mais insignificantes minúcias, abordam assuntos estrannos, formulam um sem numero de perguntas.

outros são reservados, exageradamente concisos, manteem um laconismo desesperante. Qtftros @ão desconfiados, nâo respondem com precisão ao interrogatório, dâo informações confusas ou propositadamente falsas. Outros mostram-se aborrecidos com o exame metódico e consciencioso que é mister fazer-se-lnes, e rtesagradavelmente surpreendido» por o medico não estebecer "in continent!» o diagnostico, e i n s t i t u i r uma terapêutica due de pronto afugente os seus males.

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Outros nab querem sujsitar-Se ac tratamento que se lhes pres-creve, sâc descrentes e seeptices. Outrer, finalmente» sãb estupidamente supersticiosos, acreditem e pretendem praticar repugnantes crendices. 5fci todos estes cases a paciência do medico è experimentada e tem de atingir não poucas vezes 00 limites da verdadeira Heroicidade*

t também a paciência que deve dominar os impulsos e

pre-cipitações do medico, principalmente do novato, com o fim de o constranger a não variar prematuramente a medicação que Julgou conveniente, por os seus resultados não serem tão rá-pidos come conotava, obrigaridc~c a esperar atento e sereno os seus efeitos.

m. todos ca actos medicos, consultas, v i s i t a s , intervenções,

conferencias, ela é absolutamente necessária e indispensável. - Uma, outra qualidade que nâo deve abandonar o medico é a discrição, isto é, «a reserva delicada que devemos observar para com os nossos doentes presentes ou ausentes, respeitando escrupulosamente a sua pessoa, a sua honra, o seu pudor, os seus interesses, todos es seus segredos*. (Burbled).

Convém que o medico seja muitíssimo prudente a respeito de - diagnósticos e prognósticos, nâc se aventurando a fazer afirmações prematuras e sem fundamento seguro, pois isso afectaria scbreia&do o seu prestigio no caso sempre possível de factos posteriores demonstrarem o seu erro.

m& circunstancia alguma ê l i c i t o fazer revelações

desfa-voráveis ao.doente acerca do estado em que se encontra, mes-mo que ele o s o l i c i t e , assim comes-mo também não & conveniente f aze-las a outras pessoas niv sua presença.

Por vezes acontece que indivíduos estranhos a família do doente* mestraado-se f i c t í c i a eu verdadeiramente interessados, dirigem perguntas ao medis» sobre o seu estado; cu não se lhes dá resposta nenhuma, ou lança-se mão de evasivas e circumlo-quies que nada esclareçam a curiosidade dessas pessoas.

O medico, quaisquer que se#.am as suas opiniões, deva guardar sempre o máximo respeito pelas crenças do doente ou da sua f a * l l i a .

finalmente "convém advortír de q\4© - nunca deve o medico meumbir-se, e ainda menos tomar a iniciativa de aconselhar aos doentes os sacramentos da ílgreja; pois que, fazertlo-o, pode desanimar cruelmente o enfermo; e "raírá assim a sua missão.

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leva. *» resra, ifc

S

ar-«.

e

a aatlaras*r . M . iaaîtSo S J Í

M», noB qual» p o a a a ^ l t a ? p l a q u a ? î n o o S e n t ë . 2

tal flecte** - . M . w e quanflo flliU i ^ a U o ^ fltntl.

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A educagãb moral des futures medicos, pelo .muno* tão importante como a educação profissional, deverá merecer a mais escrupulosa atengâo do» corpos docentes das escolas de medicina, a fim de que a colectividade medica seja constituída por Homens no sentido nobre e elevado da pala-vra, l i a deverá ser ministrada atenta e intensamente duran-te todo o tirocínio escolar, mas em especial duranduran-te a frequência das clinicas, onde o estudante praticará com o máximo rigor a deontologia no que diz respeito ás rela-ções com os doentes, com os colegas, a com os que exercem profissões para-medicas.

A missáto do professor jonot de qualquer grau de ensino nâo consiste apenas em forneoer um certo numero de

conheci-mentos l i t e r á r i o s ou seientifices aos alunes, porquanto um dos seus encargos mais importantes è o de estuaar o caracter à morai des alunos , modificar e corrigir o que

seja defeituoso, desenvolver e aperfeiçoar o que teima valos. Isto é» todo o professor tem de ser educador.

A educação moral ministra-se principalmente pele exemplo, c qual consiste fundamentalmente no rigoroso cumprimentos de todos os deveres, unloo modo de alguém se impor ao res-p e i t o . Só aqueles que tenham conquistado Jus ao resres-peito conseguem exercer uma influencia benéfica no espirito das

os conceitos morais proferidos simplesmente "ex-cathedra" sem que o seu enunciado tenha sido e seja constantemente

acompanhado pela sua reallsação ostensiva e pratica, não teea em geral valor positivo porque nâo se consegue incu-t i - l o s no espiriincu-to dos ouincu-tros.

O exercício da profissão medica è uma carreira a que todos teem o direito de concorrer. A inegável. Mas isso não queredizer que a todos deva ser consentido exercê-la, porquanto nem todos possuem as qualidades morais indis-pensáveis. A seleçac soo o ponto de vista intelectual tem uma grande importância e ê imprescindível, mas só por s i é «ítxíBXKWXii insuficiente visto que a seleçâo noral é também absolutamente necessária. <iual o seu "modus faciendi", isto A, como proceder a esta ultima emquanto nao

se inventar um psicoscepio que permita descortinar e 1er no cérebro de cada um as suas intenções, ideias, pensamen-tos e tendências morais, o qual até" hoje só existiu na

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imaginação tâo f é r t i l como poderosa de Paulc Mar.tegazza T "Bis um problema delicado e complicado, nas interessante, cu;}o estudo e soluqão se oferece a quem cumpre interessar-es por t a i s quinteressar-estõinteressar-es - os luminarinteressar-es da pedagogoa nacional.

. H necessário criar em cada faculdade de Medicina uma cadeira d© deontologia, independente de qualquer eutra, regida por quem tenna. demonstrado praticamente a pua indis-cutível competência.

A tradição deontológica ê uma das mais orimandes flo-rias da medicina, t necessário conserva-la e renpeitá-la. 0 juramento de Hipocrates - o mais antigo padrão deontoló-gico - condensa na sua simplicidade es mais importantes preceitos de moral medica.

A circunstancia de em todos os tempos os medicos se dedicarem ao estudo e ctmprimentc dos seus deveres mais do que á defesa dos seus d i r e i t o s , demonstra a sua superio-ridade moral sobre qualquer outra classe. Convém manter atravez de tudo esse ascendente que constitue a notre e bela jramlx poesia da profissSo,

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íatologla externa - A nalioterapla assam enha u. ™,-i

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v y u a b w s - Antas i a juulquer lnte»verv"ni IÍ»VÍ» , •—,,, ...

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