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Com o propósito de oferecer

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(1)

2 11

Centrais Sindicais

6ª Marcha da Classe

Trabalhadora será em

11 de novembro

5 a 7 4

Terceirização

Projeto que terceiriza

atividade-fim tramita

na surdina

“Cabeças”

do Congresso

DIAP divulga lista dos

100 parlamentares

mais influentes

Dirigente Sindical

CCJ da Câmara

aprova indenização a

sindicalista demitido

por justa causa

C

om o propósito de oferecer aos leitores em geral, e aos que gostam de política, em particular, uma visão do funcio-namento do Estado brasileiro, com foco no Poder Executivo, o DIAP publicará em novembro, dentro da série Estudos Políticos, o livro “Por dentro do Governo: como funciona a máquina pública”.

A publicação, de autoria do jor-nalista, analista político e diretor de Documento do DIAP, Antônio Augusto de Queiroz, segue o mesmo padrão de outro sucesso editorial da entidade, o livro “Por dentro do processo decisório – como se fazem as leis”, cuja tiragem já superou 10 mil exemplares.

Este novo livro nasceu da consta-tação de que poucas pessoas no Brasil sabem o que são, para que servem, o que fazem e como funcionam as ins-tituições do Estado, e isto, do ponto de vista da cidadania, é algo trágico, pois compromete o aperfeiçoamento dessas instituições.

Em nosso País, infelizmente, as

editoras, as escolas e os veículos de comunicação não têm dado a devida atenção ao papel das instituições públicas, com esclarecimentos sobre sua importância estratégica para a sociedade, seja na regulação das relações entre as pessoas ou entre estas e o Estado, seja no provimento de políticas públicas que requeiram a alocação de recursos orçamentários.

A publicação, portanto, destina-se a proporcionar ao leitor uma visão sistêmica do arranjo institucional do Estado brasileiro, cujas bases estão consagradas no ordenamento jurídico, particularmente nas leis e na Constituição do País.

O livro traz ainda informações sobre o funcionamento do aparelho de Estado, seus órgãos, agentes e espaços, para que a sociedade civil e os cidadãos, informados da estrutura e das regras do processo decisório no Poder Executivo, possam atuar no acompanhamento, formulação, im-plementação, avaliação e fiscalização das políticas públicas.

A Diretoria

Por dentro do

Governo: como

funciona a

máquina pública

(2)

Publicação do DIAP Departamento Intersindical de

Assessoria Parlamentar

BOLETIM DO DIAP

Ano XVI - NO 231 - Setembro de 2009

Publicação mensal do DIAP - Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar SBS - Edifício Seguradoras - Salas 301/7

70093-900 - Brasília-DF

Fones: (61) 3225-9704/9744 Fax: (61) 3225-9150

Supervisão

Ulisses Riedel de Resende

Edição

Viviane Ponte Sena

Redação

Alysson Alves, André dos Santos, Antônio Augusto de Queiroz, Marcos Verlaine, Ricardo Dias de Carvalho e

Viviane Ponte Sena

Página: www.diap.org.br Endereço eletrônico: diap@diap.org.br

Diagramação

Fernanda Medeiros

Fone: (61) 3321-8200 Impressão: Stephanie Gráfica e Editora

CONSELhO DIRETOR DO DIAP Presidente: Celso Napolitano

(SINPRO/SP e FEPESP)

Vice-Presidentes:

José Gabriel Teixeira dos Santos (CNTI) Aramis Marques da Cruz (SINDICATO NACIONAL DOS MOEDEIROS)

João Batista da Silveira (SAAE/MG) Jacy Afonso de Melo (SEEBB/DF)

Lúcio Flávio Costa (FEBRAD)

Superintendente:

Epaminondas Lino de Jesus (SINDAF/DF)

Suplente: Carlos Lacerda (CNTM) Secretário: Wanderlino Teixeira de Carvalho

(FNE)

Suplente: Ricardo Nerbas (SINTEC/SP) Tesoureiro: Izac Antonio de Oliveira (FITEE)

Suplente: Wellington Teixeira Gomes

(FITEE)

Conselho Fiscal

Efetivos: Jânio Pereira Barbosa (SENGE/DF)

Itamar Revoredo Knurte (Sind. Adm. de Santos/SP) José Aquiles de Almeida (CNTEEC)

Suplentes: José Edmilson Maciel (CSPB)

José Caetano Rodrigues (CNTS) Francílio Pinto Paes Leme (SINPRO/RJ)

6ª Marcha da Classe

Trabalhadora será em

11 de novembro

A

s centrais sindicais - Força Sindical, CUT, CTB, CGTB, UGT e NCST – já divulgaram a data da 6ª Marcha da Classe Traba-lhadora em Brasília. Será no dia 11 de novembro. O principal item da pauta da marcha este ano é a apro-vação da PEC (Proposta de Emenda Constitucional) 231/95, que reduz a jornada semanal de trabalho de 44 para 40 horas.

Compõem também a pauta da 6ª Marcha: a ratificação das Con-venções 151 e 158 da OIT, o fim do trabalho escravo, a retirada dos

projetos de terceirização, entre outras questões de interesse direto da classe trabalhadora.

Importantes conquistas dos trabalhadores nos últimos cin-co anos foram cin-conseqüência da grande mobilização e visibilidade das cinco edições anteriores do evento. A política de valorização do salário mínimo que irá vigorar até 2023 e o aumento real para os aposentados que ganham acima do mínimo são exemplos de negocia-ções que resultaram das marchas das centrais.

O plenário da Câmara dos De-putados aprovou, por consenso, em 1º de outubro, a ratificação da Convenção 151, da OIT, que trata das relações de trabalho na Administração Pública e dispõe sobre a proteção do direito de sin-dicalização e procedimentos para definir as condições de emprego no serviço público.

A convenção estende aos tra-balhadores do serviço público as mesmas garantias e condições de associação e de liberdade sindicais asseguradas para os trabalhadores da iniciativa privada.

A mensagem presidencial foi aprovada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Na-cional e passou a tramitar como Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 795/08.

A proposição, além de aprovar o texto da Convenção 151, ratifica o texto da Recomendação 159, da

OIT, complementar ao texto da Convenção 151, de 1978, de ordem prática, em que estão definidos, entre outros:

1) os critérios para o

reconhe-cimento das entidades sindicais representantes dos servidores da Administração Pública;

2) procedimentos para coibir a

proliferação de organizações atu-ando na mesma base;

3) determinação da fixação no

ordenamento jurídico pátrio da legitimidade ativa, para fins de negociações e procedimentos para colocar em prática as condições de trabalho estabelecidas no âmbito da Administração Pública; e

4) especificação detalhada do

conteúdo do acordo decorrente das negociações.

O projeto agora vai ao exame do Senado Federal - Casa revisora.

Câmara aprova Convenção

151; texto vai ao Senado

(3)

André Santos

E

ntre os vetos do presidente ao PL 5.498/09, sancionado como Lei nº 12.034/09, des-taque para a medida que previa a aplicação, na internet, das mes-mas regras do debate eleitoral em rádio e televisão.

A justificativa do Presidente Lula para vetar mudanças nas regras do debate eleitoral na rede mundial de computadores foi de que “a internet é, por natureza, um ambiente livre para a manifestação do pensamento, sendo indevida e desnecessária a regulamentação do conteúdo relacionado à ativida-de eleitoral em vista da existência de mecanismos legais para evitar abusos”.

AmpliAção do debAte A nova lei eleitoral dá segu-rança para que o cidadão possa expressar sua opinião sobre as eleições em páginas pessoais e em sites de relacionamento, como o Orkut e o Twitter. Por ser uma mídia barata e, nos dias atuais, de fácil manuseio, a Internet tende a ser um grande palanque eleitoral e provocará vários debates entre eleitores e candidatos.

A permissão da propaganda gratuita na internet, em sites, blogs e outros meios eletrônicos de comunicação via rede serão permitidos nas 48 horas que an-tecedem as eleições e nas 24 horas posteriores. Foi mantida também na Lei 12.034 a proposta que aca-ba com o prazo de 24 horas para o provedor de Internet retirar a

propaganda considerada irregular por decisão da Justiça Eleitoral. O prazo agora será determinado pelo Poder Judiciário.

Fundo pArtidário As mulheres foram contempla-das, em parte de suas reivindica-ções, com as novas regras da lei eleitoral. Uma das novidades é a determinação de que ao menos 30% das candidaturas sejam reser-vadas às mulheres.

Outro ponto importante refere-se ao fundo partidário. Agora, de-verão ser usados 5% dos recursos do fundo partidário para o partido político criar e manter programas destinados à promoção e partici-pação das mulheres na política. A proposta original, defendida pela bancada feminina, era de 10%.

Caso o partido não cumpra com a decisão, serão acrescidos aos 5% fixados, mais 2,5% no ano seguinte ao descumprimento da lei. Nas propagandas de rádio e TV fora de anos eleitorais, entre 19h30 e 22h, pelo menos 10% do tempo deve ser destinado para promoção e difusão da participação das mu-lheres na política. A reivindicação feminina era de 20% no tempo da programação das emissoras de TV e rádio.

reFormA ou remendo? A nova lei eleitoral aprovada pelo Congresso Nacional e san-cionada pelo presidente Lula está longe das necessidades do País. Representa, segundo alguns seg-mentos da sociedade, apenas um ”remendo eleitoral”.

A constatação é procedente, pois entidades da sociedade ci-vil, insatisfeitas com a posição do Parlamento, trabalham na promoção de um intenso debate sobre o sistema eleitoral e político do Brasil por meio da Sugestão Legislativa 174/09. A matéria, que tramita na Comissão de Le-gislação Participativa da Câmara dos Deputados (CLP) busca uma reforma política de fato.

Entre os temas da reforma elei-toral contemplados na Sugestão Legislativa 174/09 estão o finan-ciamento público de campanha, a lista pré-ordenada de candidatos e a fidelidade partidária. Esse te-mário foi amplamente discutido no Parlamento, mas não houve consenso quanto ao conteúdo de uma proposta que contemplasse os partidos e os parlamentares.

A proposta, que conta com o apoio da Frente Parlamentar pela Reforma Política com Participação Popular, liderada pela deputada Luíza Erundina (PSB/SP), tem como relator na CLP o deputado Pedro Wilson (PT/GO). Para a coordenadora da frente, “remen-dos, como a reforma eleitoral que realizamos neste ano, não resolvem as distorções de nosso sistema político".

O relator da Sugestão Legisla-tiva 174/09 vai promover debates nos estados. O primeiro encon-tro ocorreu em Belo Horizonte. Ainda este ano, devem acontecer reuniões em Goiânia, Fortaleza e Brasília.

Lula sanciona lei eleitoral e

veta censura na Internet

Depois de muito debate no Congresso Nacional e da tentativa de censurar a Internet nas

campanhas, deputados e senadores aprovaram o projeto de reforma da lei eleitoral. O presidente

(4)

enFermeiros

Comissão de Seguridade

Social aprova piso

A

Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados aprovou, em 16 de setembro, o PL 4.924/09, do de-putado Mauro Nazif (PSB/RO), que fixa o piso salarial para enfermeiros em R$ 4.650.

O projeto altera a Lei 7.498/86, que trata da regulamentação do exercício da enfermagem.

O autor argumenta que os pro-fissionais da área da saúde preci-sam de melhores garantias, pois são obrigados a uma jornada de trabalho desgastante, associada ao estresse pelos constantes des-locamentos entre diversos locais de trabalho.

Para Nazif, o piso salarial vai proporcionar melhores condições de trabalho e valorizar os profis-sionais da área de saúde.

O colegiado acatou o parecer do relator, deputado Jofran Fre-jat (PR/DF), pela aprovação da matéria. Frejat modificou o texto para que os técnicos de enferma-gem recebam 70% do piso em vez dos 50% previstos no projeto original.

Os auxiliares de enfermagem e parteiras, com a modificação, terão direito a 50% do piso.

Frejat afirmou que, em vários locais do País, os enfermeiros

re-cebem muito pouco pelo seu traba-lho. "Não restam dúvidas que um dos principais fatores impeditivos do aperfeiçoamento do SUS é a falta de atenção especial com os profissionais de saúde".

"Os baixos salários e as condi-ções de trabalho a que são sub-metidos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, entre outros profissionais da área de saú-de, constituem-se, portanto, num meio de cultura altamente favorá-vel a degradação da qualidade dos serviços de saúde", criticou.

Agora, o projeto segue para as comissões de Trabalho; e de Consti-tuição e Justiça, respectivamente.

A Comissão de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio da Câmara dos Deputados aprovou o PL 4.059/08, do deputado Edu-ardo Moura (PPS/MT), que autoriza as empresas a tercei-rizarem atividade-fim.

O relator da matéria, de-putado Renato Moling (PP/ RS), disse, em seu parecer favorável, concordar com o argumento de que a distin-ção entre atividade-meio e atividade-fim não caracteriza o vínculo empregatício, mas

sim os requisitos de pessoali-dade, habitualipessoali-dade, subordi-nação e onerosidade previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

O próximo passo na trami-tação da matéria será o exame na Comissão de Trabalho, onde foi designado relator o deputado Luiz Carlos Busato (PTB/RS).

Antes de ir a plenário, o projeto ainda será analisado pela Comissão de Constitui-ção, Justiça e Cidadania.

Projeto que terceiriza

atividade-fim tramita

na surdina

Senado aprova

licença-paternidade

de cinco dias para

pai adotante

No dia 10 de setembro, a Co-missão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovou a concessão de licença-paternidade de cinco dias úteis aos trabalhadores do setor priva-do que apriva-dotarem ou obtiverem a guarda judicial de criança de até cinco anos de idade.

Do ex-senador Carlos Be-zerra, o projeto (PLS 157/02) estende aos pais adotantes be-nefício que os pais biológicos conquistaram desde a Consti-tuição de 1988.

O projeto segue para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde receberá decisão terminativa.

(5)

cAbeçAs do congresso

A

edição de 2009 é a 16ª na série histórica que mapeia as principais lideranças do Parlamento Federal e indica os nomes que estão em ascensão nas duas Casas do Congresso.

Entre os 100 “Cabeças” do Congresso, há 71 deputados e 29 senadores. Os dois partidos com maior número de parlamentares na elite são o PT, ao qual é filiado o presidente da República, com 25 nomes, e o PMDB, detentor da maior bancada na Câmara dos Deputados e no Senado, com 16. Na terceira posição em número de parlamentares está o PSDB, com 13 nomes. A relação completa com a representação dos partidos na elite do Parla-mento poderá ser consultada na publicação.

A pesquisa inclui apenas os parlamentares que estão no efetivo exercício do mandato. Os ministros José Pimentel (PT/CE), José Múcio Monteiro (PTB/PE), e os secretá-rios de Estado Alexandre Cardo-so (PSB/RJ), Augusto Carvalho (PPS/DF), Jorge Bittar (PT/RJ), Paulo Renato Souza (PSDB/SP) e Walter Pinheiro (PT/BA), todos influentes, só não constam des-ta lisdes-ta por esdes-tarem licenciados de seus mandatos no momento do levantamento dos dados da publicação dos “Cabeças”.

Além dos “Cabeças”, desde a sétima edição da série, o DIAP divulga levantamento

incluin-do na publicação um anexo com outros parlamentares que, mesmo não fazendo parte do grupo dos 100 mais influen-tes, estão em plena ascensão, podendo, mantida a trajetória ascendente, estar futuramente na elite parlamentar.

Nessa nova edição, doze parla-mentares entraram para o seleto grupo dos mais influentes do Le-gislativo. Por Casa do Congresso, a terceira sessão legislativa da 53ª Legislatura apresenta nove deputados e três senadores como novos operadores-chave do pro-cesso legislativo.

A presença feminina entre os “Cabeças” do Congresso, em termos proporcionais, é inferior à participação da mulher no Legislativo Federal. Enquanto as mulheres representam 9,42% do Congresso (56, sendo 45 deputadas e onze senadoras), na elite do Congresso (Câmara e Senado) elas correspondem a apenas 5% (2 deputadas e 3 senadoras).

São as deputadas Luiza Erundina (PSB/SP) e Rita Ca-mata (PMDB/ES) e as senadoras Ideli Salvatti (PT/SC), Kátia Abreu (DEM/TO) e Marina Sil-va (PV/AC).

elite

Dos 100 parlamentares da primeira edição da série os “Ca-beças” do Congresso, apenas

seis – sendo quatro senadores e dois deputados – se mantive-ram na lista em todos os 16 anos da publicação, demonstrando grande prestígio, influência e ca-pacidade de articulação. Destes, apenas o senador Paulo Paim fez parte da lista como deputado e como senador.

São parlamentares que, além de excelente trânsito entre seus pares, carregam habilidades que os credenciaram a exercer influ-ência por 15 anos consecutivos no Congresso.

“cAbeçAs” desde A primeirA edição em 1994

deputAdos

Inocêncio de Oliveira (PR/PE) Luiz Carlos Hauly (PSDB/PR)

senAdores Eduardo Suplicy (PT/SP)

José Sarney (PMDB/AP) Paulo Paim (PT/RS)* Pedro Simon (PMDB/RS)

* também foi “Cabeça” como de-putado federal

dA Ascensão à elite Sete parlamentares que faziam parte do grupo em ascensão dos “Cabeças” do Congresso Nacio-nal em 2008 passaram nesta 16ª edição para o seleto grupo de parlamentares mais influentes do Parlamento brasileiro.

DIAP divulga lista dos

100 parlamentares

(6)

São seis deputados e um senador. Por partido, o PT foi quem mais se beneficiou com a ascensão de parlamentares para o seleto grupo de “Cabeça” do Congresso Nacional. São eles: Antônio Carlos Biscaia (PT/RJ), que já compôs a lista dos “Ca-beças” nos anos de 2005 e 2006; e o deputado Pepe Vargas (PT/ RS), que chega pela 1º vez entre os “Cabeças”.

Em seguida, estão o PPS, o PDT, o PV, o PMDB e o PTB com um parlamentar cada. Passaram a compor a elite do Congresso Nacional os deputados Arnaldo Jardim (PPS/SP), Mário Herin-ger (PDT/MG), Roberto Santia-go (PV/SP) e Tadeu Filippelli (PMDB/DF) e o senador Gim Argello (PTB/DF).

estreAnte por cAsA do congresso

Nesta 16ª edição dos “Cabe-ças” do Congresso Nacional, 12 parlamentares entraram para o se-leto grupo dos mais influentes do Parlamento brasileiro. Por Casa do Congresso, a 3ª Sessão Legisla-tiva da 53ª Legislatura apresenta nove deputados e três senadores como novos operadores-chave do processo legislativo.

Os partidos que apresentaram a melhor performance foram o PT e o PDT, empatados com dois deputados. Em seguida, com um deputado, estão o PMDB, o PSDB, o PPS, o PV e o PCdoB. Também passaram a contar com um senador no restrito grupo de parlamentares mais influentes do Congresso Na-cional o DEM, o PTB e o PV.

Todas as cinco regiões do País: Norte, Nordeste, Sul, Sudeste, e

Centro-Oeste tiveram parlamenta-res de 1º mandato entre os deputa-dos e senadores mais influentes do Congresso Nacional em 2009.

deputAdos Arnaldo Jardim (PPS/SP) Antônio Carlos Biscaia (PT/RJ)* Brizola Neto (PDT/RJ)

Daniel Almeida (PCdoB/BA) Eduardo Gomes (PSDB/TO)* Mário Heringer (PDT/MG) Pepe Vargas (PT/RS) Roberto Santiago (PV/SP) Tadeu Filippelli (PMDB/DF) senAdores Gim Argello (PTB/DF) Kátia Abreu (DEM/TO)* Marina Silva (PV/AC)*

* já foram “Cabeças” em outras edições

cAbeçAs do congresso 2009 por estAdo Acre

senAdores

• Geraldo Mesquita Júnior (PMDB) • Marina Silva (PV) • Tião Vianna (PT) AlAgoAs senAdor • Renan Calheiros (PMDB) AmApá senAdor • José Sarney (PMDB) AmAzonAs senAdor • Arthur Virgílio (PSDB) bAhiA deputAdos • ACM Neto (DEM)

• Daniel Almeida (PCdoB)

• José Carlos Aleluia (DEM) • Jutahy Júnior (PSDB)

• Sérgio Barradas Carneiro (PT) ceArá

deputAdo • Ciro Gomes (PSB)

senAdores • Inácio Arruda (PCdoB) • Tasso Jereissati (PSDB) distrito FederAl deputAdos • Magela (PT) • Rodrigo Rollemberg (PSB) • Tadeu Filippelli (PMDB) senAdores • Cristovam Buarque (PDT) • Gim Argello (PTB) espírito sAnto deputAdA • Rita Camata (PMDB) senAdor • Renato Casagrande (PSB) goiás deputAdos • Jovair Arantes (PTB) • Sandro Mabel (PR) • Ronaldo Caiado (DEM)

senAdor

(7)

mArAnhão

deputAdo • Flávio Dino (PCdoB) mAto grosso do sul

senAdor • Delcídio Amaral (PT) minAs gerAis deputAdos • Gilmar Machado (PT) • Mário Heringer (PDT) • Paulo Abi-Ackel (PSDB) • Rafael Guerra (PSDB) • Virgílio Guimarães (PT) pArá deputAdo • Jader Barbalho (PMDB) senAdor • José Nery (PSOL)

pArAná

deputAdos • Abelardo Lupion (DEM) • Dr. Rosinha (PT)

• Gustavo Fruet (PSDB) • Luiz Carlos Hauly (PSDB) • Ricardo Barros (PP) senAdor • Osmar Dias (PDT) pernAmbuco deputAdos • Armando Monteiro (PTB) • Fernando Ferro (PT) • Inocêncio Oliveira (PR) • Maurício Rands (PT) • Pedro Eugênio (PT)

• Roberto Magalhães (DEM) senAdores • Jarbas Vasconcelos (PMDB) • Marco Maciel (DEM)

• Sérgio Guerra (PSDB)

piAuí

senAdor • Heráclito Fortes (DEM)

rio de JAneiro deputAdos

• Antônio Carlos Biscaia (PT) • Brizola Neto (PDT)

• Chico Alencar (PSOL) • Eduardo Cunha (PMDB) • Fernando Gabeira (PV) • Miro Teixeira (PDT) • Rodrigo Maia (DEM)

senAdor • Francisco Dornelles (PP)

rio grAnde do norte deputAdo

• Henrique Eduardo Alves (PMDB)

senAdores • Garibaldi Alves (PMDB) • José Agripino Maia (DEM)

rio grAnde do sul deputAdos • Beto Albuquerque (PSB) • Eliseu Padilha (PMDB) • Henrique Fontana (PT) • Ibsen Pinheiro (PMDB) • Marco Maia (PT)

• Mendes Ribeiro Filho (PMDB) • Onyx Lorenzoni (DEM)

• Pepe Vargas (PT) • Vieira da Cunha (PDT) senAdores • Paulo Paim (PT) • Pedro Simon (PMDB) rorAimA senAdor • Romero Jucá (PMDB) sAntA cAtArinA deputAdos • Fernando Coruja (PPS) • Paulo Bornhausen (DEM) • Vignatti (PT)

senAdorA • Ideli Salvatti (PT)

são pAulo

deputAdos • Aldo Rebelo (PCdoB)

• Antônio Carlos Mendes Thame (PSDB)

• Antônio Carlos Pannunzio (PSDB) • Antônio Palocci (PT) • Arlindo Chinaglia (PT) • Arnaldo Faria de Sá (PTB) • Arnaldo Jardim (PPS) • Arnaldo Madeira (PSDB) • Cândido Vaccarezza (PT) • José Aníbal (PSDB)

• José Eduardo Cardozo (PT) • Luiza Erundina (PSB) • Márcio França (PSB) • Michel Temer (PMDB) • Paulo Pereira da Silva (PDT) • Regis de Oliveira (PSC) • Ricardo Berzoini (PT) • Roberto Santiago (PV) • Vicentinho (PT) senAdores • Aloizio Mercadante (PT) • Eduardo Suplicy (PT) tocAntins deputAdo • Eduardo Gomes (PSDB) senAdorA

• Kátia Abreu (DEM)

Os parlamentares em negrito e itálico são os novos “Cabeças” 2009

(8)

No dia 6 de agosto, o presidente Lula sancionou a Lei 12.014/09, que reconhece como educadores os funcionários das escolas públi-cas de todo Brasil, devidamente habilitados.

"É um momento histórico para a educação brasileira. Finalmente, esses profissionais tiveram sua dig-nidade resgatada", comemora Ro-berto Leão, presidente da CNTE.

A sanção da lei, cujo texto foi mantido na íntegra pelo presidente da República, ocorreu menos de um mês após o projeto ter sido aprovado no Senado.

A lei modifica um dos artigos da Lei de Diretrizes e Bases da Educa-ção (9.394/96), discriminando as categorias de trabalhadores que

de-vem ser consideradas profissionais da educação, mediante a formação em cursos reconhecidos.

"Agora, o novo desafio é exigir-mos a aplicabilidade da legislação e cobrar do Ministério da Educação maior empenho no desenvolvimento do projeto Profuncionário e a criação de cursos superiores para as áreas de apoio escolar", afirma Leão.

Ele diz que a sanção sem vetos da Lei 12.014 valoriza mais de um milhão de trabalhadores em educação.

Trata-se de "um incentivo à for-mação profissional dos funcioná-rios de escolas, para que tenham o merecido valor na contribuição da melhoria da educação brasileira", finaliza o presidente da CNTE.

Lula sanciona lei que

valoriza funcionários

de escolas públicas

N

o dia 30 de setembro, o plenário da Câmara aprovou, em segundo turno, por 390 votos favoráveis e 3 abstenções, a proposta de emenda à Constituição (PEC) 277/08, da senadora Ideli Sal-vatti (PT/SC).

A proposta acaba, gradu-almente, com a incidência da Desvinculação de Receitas da União (DRU) sobre os recursos do Governo Federal destinados à Educação.

O texto assegura o direito à educação básica gratuita para

as pessoas de 4 a 17 anos. Como houve mudanças no texto original aprovado pelos senadores, a matéria retornará ao Senado para nova votação em dois turnos.

Fim grAduAl dA incidênciA

A PEC foi aprovada na forma de substitutivo da comissão es-pecial, de autoria do deputado Rogério Marinho (PSDB/RN). Atualmente, a DRU é desconta-da desconta-da arrecadesconta-dação dos tributos e contribuições federais no índice de 20%.

De acordo com o substituti-vo, será gradualmente reduzi-da ao longo de três anos para o setor educacional. Em 2009 e 2010, serão descontados, res-pectivamente, 12,5% e 5%.

Em 2011, não haverá mais a incidência da DRU sobre os recur-sos que a União deve direcionar à Educação. Eles são estipulados, pela Constituição, em 18% da arrecadação federal.

Os estados, o Distrito Fe-deral e os municípios devem destinar 25% dos seus tributos ao setor.

Câmara aprova

aumento de recursos

O PLS 248/06, do senador Paulo Paim (PT/RS), que regula-menta a cobrança da contribuição assistencial, terá que passar na Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ) antes de ir a Plenário.

A aprovação do Requerimento 1.055/99, da senadora Kátia Abreu (DEM/TO), determina a delibe-ração também na CCJ de texto já aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

As articulações do Fórum Social dos Trabalhadores (FST), das cen-trais sindicais e do senador Paim - que apresentou requerimento para que a matéria seguisse direto ao Plenário - não foram suficientes para barrar o recurso protelatório da senadora Kátia Abreu.

Na CCJ, foi designada para relatar o projeto a senadora Lúcia Vânia (PSDB/GO).

Contribuição

assistencial será

debatida na CCJ

do Senado

educAção

(9)

C

erca de 1.500 lideran-ças sindicais levanta-ram seus crachás, no último dia 26 de setembro, em São Paulo, para coroar um encontro denso, coeso e altamente propositivo.

Foi assim que aprovaram, por unanimidade, a Declaração Polí-tica do 2º Congresso Nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil).

Sob a perspectiva do sindi-calismo classista, o documento atualiza e sintetiza as princi-pais bandeiras de luta para os trabalhadores.

Entre essas bandeiras, a CTB coloca em destaque a consolidação da unidade das centrais sindicais e a reali-zação de uma nova Conclat (Conferência Nacional da Classe Trabalhadora).

A cerca de um ano das elei-ções presidenciais de 2010, a Declaração Política também sai em defesa de uma plataforma unificada dos trabalhadores e do desenvolvimento com valo-rização do trabalho.

Ao ser elaborado e debatido, o documento levou em conta o contexto da grave crise do capitalismo que, conforme o

do-cumento, "evidencia os limites do capitalismo e o fracasso das políticas neoliberais em todo o mundo. Ao lado dos seus efeitos negativos, a crise também pode abrir oportunidades para o mo-vimento sindical". Leia a íntegra do documento.

declArAção políticA do 2º congresso

nAcionAl dA ctb

1 - A crise econômica mundial

evidencia os limites do capita-lismo e o fracasso das políticas neoliberais em todo o mundo. Ao lado dos seus efeitos ne-gativos, a crise também pode abrir oportunidades para o movimento sindical. Realça, em primeiro lugar, a necessida-de necessida-de lutar por novos monecessida-delos de desenvolvimento e defen-der com energia a soberania das nações e, em especial, os interesses e direitos da clas-se trabalhadora, duramente castigada pelas demissões em massa, precarização e arrocho dos salários.

2 - No Brasil, em processo de

recuperação econômica, e em muitos países da América Latina vivemos um novo e promissor cenário geopolítico, caracteri-zado pela crescente contestação (em diferentes graus) das políti-cas neoliberais e da hegemonia dos EUA. Frente a esta

conjun-tura, a CTB (Central dos Tra-balhadores e Trabalhadoras do Brasil) julga oportuno levantar as seguintes bandeiras:

3 - Unidade - Consolidar e

ampliar a unidade de todas as centrais e organizações sindicais é o caminho para elevar o prota-gonismo da classe trabalhadora nas lutas políticas nacionais.

4 - Conclat. Para coroar o

processo de unidade que já está em curso, a CTB propõe a realização de uma nova Con-clat - Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, reunin-do milhares de sindicalistas de todas as centrais e entidades sindicais, independentemente das posições políticas e ideo-lógicas, sem discriminações. A Conclat vai elevar a um novo patamar o nível de intervenção e influência do sindicalismo e da classe trabalhadora na vida nacional.

5 - Desenvolvimento com

va-lorização do trabalho. Na pauta do Conclat é preciso incluir o debate e a defesa de um novo projeto de nação, oposto ao ne-oliberalismo e fundado na sobe-rania e valorização do trabalho. Devemos lutar por um processo de desenvolvimento cujo objeto e objetivo é o ser humano e não o capital, uma sociedade onde

Nova pauta da CTB inclui

unidade, Conclat e plataforma

para eleição de 2010

(10)

a produção seja destinada a satisfazer as necessidades do povo e não a ganância capitalis-ta. Queremos crescimento com justiça social, pleno emprego, distribuição mais justa da ren-da, respeito ao meio ambiente, igualdade entre homens e mu-lheres, negros e brancos, jovens e idosos. Apoiamos o Projeto de Desenvolvimento Rural Alter-nativo Solidário e Sustentável proposto pela Contag.

6 - Plataforma unificada para

2010. O pleito de 2010 será de-cisivo na definição dos rumos da nação nos próximos anos. O sindicalismo não pode ficar indi-ferente, pois estará em questão a continuidade e o aprofunda-mento do ciclo de mudanças iniciado em 2002 ou o retrocesso neoliberal. É aconselhável a in-tervenção unitária das centrais sindicais neste processo. A CTB propõe a construção de uma plataforma unificada da classe trabalhadora para 2010.

7 - Integração solidária. A

libertação nacional e social dos países latino-americanos passa pelo avanço do processo de integração política e econômico da América Latina. O movi-mento sindical precisa intervir com o propósito de apoiar o processo de integração, inter-ligar as lutas sociais na região e conferir à união um caráter social mais avançado. É neces-sário dar consequência prática às resoluções do 2º Encontro Sindical Nossa América, que reuniu lideranças de 21 países do continente nos dias 22 a 24 de setembro em São Paulo.

8 - Defesa da Democracia e da

Paz. A reação oposta pelas for-ças conservadores e de direita às mudanças, em cumplicidade com o imperialismo, exige uma defesa enérgica da democracia. A CTB repudia os golpistas de Honduras, manifesta sua solidariedade ao povo hon-durenho e defende a imediata recondução de Manuel Zelaya à Presidência daquele país. Também levanta a bandeira da Paz, a luta pelo fim das bases militares dos EUA na Colôm-bia, no continente americano e em todo o mundo, pela desati-vação definitiva da 4ª Frota. O capitalismo é um sistema em crise, esgotado historicamente, que já não oferece alternativa de progresso e bem estar aos povos. O sindicalismo classista deve intensificar a propaganda em defesa do socialismo como saída para os dilemas políticos, econômicos, energéticos, so-ciais e ambientais que desafiam a humanidade.

9 - A CTB deve se empenhar

pelo sucesso da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, que le-vantará em primeiro plano a bandeira da redução da jornada sem redução de salários e deve reunir dezenas de milhares de pessoas em Brasília.

10 - O petróleo tem que ser

nosso. Por um novo marco regulatório petrolífero no país subordinado e integrado a um projeto nacional de desenvol-vimento. Os lucros do pré-sal devem ser apropriados pelo Estado e distribuídos em bene-fício do povo brasileiro.

11 - Marcha pela reforma

agrária em Brasília. A CTB defende a organização de uma grande manifestação em Brasília pela efetivação da reforma agrária e por um Projeto de Desenvolvimento Rural Alternativo solidário e sustentável, em conjunto com a Contag.

12 - Também estão

inscri-tas na agenda da CTB para o próximo período a luta pelo fim do fator previdenciário; a defesa da unicidade sindical e o combate sem tréguas ao divi-sionismo; pelo fim da Portaria 186 do Ministério do Trabalho; contra a criminalização dos mo-vimentos sociais; pela criação e institucionalização dos comitês sindicais de base; pela universa-lização dos serviços públicos e dos benefícios previdenciários; a defesa do direito irrestrito de greve; proibição das demissões em massa; ratificação das Con-venções 158 e 151 da OIT; a luta por mudanças na política eco-nômica, pelo fim do superávit primário, redução dos juros e do spread bancário, controle do câmbio e do fluxo de capitais, taxação das remessas de lucros e dividendos; mais investimen-tos públicos e maior interven-ção do Estado na economia; defesa de uma reforma tribu-tária progressiva, que desonere o trabalho e onere o capital fi-nanceiro; reforma educacional progressista; reforma política democrática; reforma urbana; democratização dos meios de comunicação. As bandeiras da valorização do trabalho são bandeiras do desenvolvimento com igualdade, justiça social e democracia."

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A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou recente-mente três propostas que ampliam a proteção ao trabalhador.

A primeira, do senador César Borges (PR/BA), irá melhorar a ren-tabilidade das aplicações dos recursos do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) ao dispor que os resultados das aplicações desses fundos deverão ser repartidas, igual-mente, entre os detentores das contas e o gestor do Fundo, ou seja, a Caixa Econômica Federal (CEF).

Na justificativa do PLS 301/08, o senador baiano afirma que dados extraídos da empresa e dos relatórios de gestão do FGTS levam a crer que a situação atual é marcada por uma excessiva carga de despesas admi-nistrativas.

"Ao repartir, igualmente a ren-tabilidade das aplicações entre os

detentores das contas e o gestor do Fundo, a proposição caminha para melhorar, decisivamente, a remuneração dos depósitos dos trabalhadores", destacou.

bAncário inAdimplente não pode sAir por

JustA cAusA

A segunda proposição apro-vada para beneficiar o traba-lhador diz respeito à revogação da cláusula da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que permite a rescisão de contrato de trabalho por justa causa do ban-cário que estiver inadimplente em relação a suas contas.

Para o relator do PLC 46/08, senador Paulo Paim (PT/RS), essa cláusula é injusta e contra-producente uma vez que, "se o bancário for demitido, será ainda mais difícil que consiga quitar seus débitos".

AusênciA do serViço sem preJuízo dA

remunerAção

A CAS aprovou também uma terceira matéria para beneficiar o trabalhador, ao permitir sua ausên-cia do serviço sem prejuízo de sua remuneração por um período de até três dias úteis para realização de exames preventivos de câncer, devidamente comprovados através de atestados médicos.

O relator do PLC 158 de 2008, se-nador Mão Santa (PMDB/PI), afir-mou ser importante permitir que os trabalhadores possam realizar exames de rotina, preventivos de câncer, porque isso é uma questão de saúde pública.

As três matérias aprovadas prosseguem sua tramitação no Senado, devendo ser analisadas e votadas ainda pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

CAS aprova projetos que

ampliam proteção aos assalariados

A

Comissão de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania da Câmara aprovou, no dia 17 de setembro, a obrigação de o empregador indenizar o trabalhador, que for dirigente sindical, demitido sob alegação de justa causa, não reconhecida judicialmente.

A medida foi proposta pelo deputado Fernando Ferro (PT/PE) no PL 5.710/01.

A proposta altera a Conso-lidação das Leis do Trabalho

(CLT), e seu relator, deputado Zenaldo Coutinho (PSDB/PA), ofereceu parecer pela consti-tucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, sem entrar na análise de mérito.

Aprovado em caráter conclusivo, o projeto seguirá para análise do Senado, caso não haja recurso para que seja votado pelo plenário.

custo de discriminAr De acordo com o projeto, a indenização será correspon-dente ao dobro da remuneração

devida durante todo o período de afastamento, até a reintegra-ção ou até o final do período de estabilidade provisória.

Segundo o autor, o projeto, na prática, assegura estabilidade até um ano após o fim do mandato sindical, porque a indenização for-ça a empresa a considerar o custo das atitudes discriminatórias.

A intenção do projeto é evi-tar que as empresas aleguem alguma falta grave para coibir a atividade sindical.

CCJ da Câmara aprova indenização a

sindicalista demitido por justa causa

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Álvaro Sólon de França*

É

incrível como no Brasil as ma-térias legislativas que tratam diretamente dos interesses da sociedade brasileira tramitam sem a participação na cena política dos legítimos proprietários do Estado: o povo brasileiro.

Por outro lado, "os consultores de plantão", a soldo do sistema fi-nanceiro nacional e internacional, propagam nos grandes veículos de comunicação que os salários dos servidores públicos pressionam como nunca as contas públicas; que as aposentadorias e pensões pagas àqueles que construíram com suor e lágrimas a Nação bra-sileira poderá em breve ter "um déficit trilionário"; que os direitos trabalhistas (como férias remu-neradas, 13ºsalário, FGTS, entre outros) aumentam o "custo Brasil", mas sobre os lucros estratosféricos, que enriquecem a banca nacional e internacional, eles mantêm um silêncio tumular.

Neste cenário, previamente preparado, tramita, longe dos olhos da vida nacional, a Proposta de Emenda à Constituição 341/09, do deputado Regis de Oliveira (PSC/SP), que reduz de 250 para 60 os artigos permanentes da Constituição, e de 95 para apenas um os artigos das Disposições Transitórias, retirando do texto constitucional todos os direitos e garantias dos trabalhadores que implicam despesas para empresas ou para o Estado, remetendo tudo para a lei.

Somente a título de exemplo, seriam excluídas do texto consti-tucional todas as regras sobre os direitos sociais dos trabalhadores, as regras previdenciárias dos servi-dores e trabalhaservi-dores celetistas, as garantias de atuação do sindicato como substituto processual e repre-sentativo de categoria profissional, suas fontes de financiamento, assim como a proteção à saúde, educação, suas fontes de financiamento, que

passariam a depender apenas de lei ordinária.

Ora, quem, em sã consciência, acreditaria que estes direitos e ga-rantias dos trabalhadores, ao per-derem o "status de direitos consti-tucionais", seriam mantidos em lei ordinária, ou que seriam editadas leis ordinárias que melhorariam as aposentadorias e pensões; que recomporiam as perdas que erodi-ram os salários dos trabalhadores; que trariam dignidade aos usuários dos serviços públicos de saúde; que robusteceriam as prerrogativas do Poder Judiciário e do Ministério Público? Ninguém.

Folheiem as últimas edições dos grandes jornais, estejam atentos à mídia televisa, e vejam a atuação dos "consultores a soldo" sobre os investimentos sociais: Previdência Social, Bolsa Família, salário dos servidores públicos, orçamento das universidades públicas fede-rais, aumento do salário mínimo, "custo" da Justiça brasileira. Todos sabem o que eles querem.

Está escrito nas entrelinhas das suas "consultorias", regiamente pagas pela banca nacional e inter-nacional: benefícios previdenciá-rios e assistenciais desvinculados do salário mínimo; salário mínimo somente com a recomposição in-flacionária e sem ganhos reais; Re-gime Geral de Previdência Social contemplando somente valores até três salários mínimos; de três a dez, compulsório privado, ad-ministrado pelo sistema financeiro nacional e internacional; aposen-tadorias e pensões dos servidores públicos atreladas a fundos de pensão administrados pelas regras do "mercado"; retirar o preceito constitucional de que saúde é di-reito de todos e dever do Estado; acabar com o ensino superior pú-blico gratuito; manietar, com falta de recursos, o Poder Judiciário, e suprimir as prerrogativas do Mi-nistério Público.

Democracia, com justiça

so-cial, depende, basicamente, de serviços de saúde e de educação, como direito de todos e dever do Estado; de uma previdência social pública e eficaz; do Poder Judici-ário e do Ministério Público com prerrogativas robustecidas.

Sendo assim, se você é trabalha-dor do campo ou da cidade, servitrabalha-dor público, aposentado, pensionista ou pensa em se aposentar um dia, utiliza os serviços públicos de saú-de, sonha que um dia seu filho irá estudar numa universidade pública gratuita, e crê na importância do Poder Judiciário e do Ministério Público para o fortalecimento do Es-tado Democrático de Direito, acorra ao Parlamento brasileiro e reivin-dique a rejeição dessa proposta de emenda à Constituição, até porque a democracia só é dignificada com a participação de todos.

Os exemplos recentes demons-tram que o Poder Legislativo, com a pressão da "voz rouca das ruas", tem mais sintonia com os mais legítimos interesses da sociedade brasileira.

Utilizemos o nosso direito de ci-dadão, sob pena de sermos "pegos de surpresa" pelos piratas sociais travestidos de arautos da moderni-dade, mas que, na realimoderni-dade, estão a serviço do sistema financeiro na-cional e internana-cional, até porque essa gente tem ojeriza a tudo o que diz respeito a: redução da pobreza, soberania nacional, solidariedade entre as pessoas e as gerações e, se pudessem (e eles querem), revoga-riam a Lei Áurea no País.

Mas, um dia, e ele está próximo, com a nossa participação democrá-tica, os piratas sociais irão para a lata de lixo da história.

(*) Auditor Fiscal da Previdência Social, ex-presidente do Conselho Curador da Fundação Anfip de Es-tudos da Seguridade Social. É autor

dos livros "A Previdência Social é Cidadania" e "A Previdência Social e a economia dos municípios". Email: alvarosolon@uol.com.br

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