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(1)UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA E FISIOLOGIA ANIMAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIA ANIMAL. PRODUÇÃO E PURIFICAÇÃO DE FRUTOSILTRANSFERASE POR Aspergillus flavus UTILIZANDO BORRA DE CAFÉ (Coffea sp.) ATRAVÉS DA FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO. STELIANE LIMA SANTOS. .. Orientadora: Prof.ª Dr.ªMaria Taciana Cavalcanti Vieira Soares Co-Orientador: Prof. Dr. Cynthia de Oliveira Nascimento. Recife/2018.

(2) UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA E FISIOLOGIA ANIMAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIA ANIMAL - PRPPG. DISSERTAÇÃO DE MESTRADO. PRODUÇÃO E PURIFICAÇÃO DE FRUTOSILTRANSFERASE POR Aspergillus flavus UTILIZANDO BORRA DE CAFÉ (Coffea sp.) ATRAVÉS DA FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO. Dissertação apresentada ao programa de. Pós-Graduação. em. Biociência. animal da Universidade Federal Rural de Pernambuco, como requisito final para obtenção do grau de Mestre em Biociência. Discente: Steliane Lima Santos Orientadora: Prof.ª Dr.ª Maria Taciana Cavalcanti Vieira Soares Co-Orientadora: Prof.ª Dr.ª Cynthia de Oliveira Nascimento Recife/2018.

(3) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema Integrado de Bibliotecas da UFRPE Nome da Biblioteca, Recife-PE, Brasil. S237p. Santos, Steliane Lima Produção e purificação de frutosiltransferase por Aspergillus Flavus utilizando borra de café (Coffea sp.) através da fermentação em estado sólido / Steliane Lima Santos. – 2018. 69 f. : il. Orientadora: Maria Taciana Cavalcanti Vieira Soares. Coorientadora: Cynthia de Oliveira Nascimento. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Biociência animal, Recife, BR-PE, 2018. Inclui referências. 1. Frutosiltransferase 2. Fermentação em estado sólido 3. Café. I. Soares, Maria Taciana Cavalcanti Vieira, orient. II. Nascimento, Cynthia de Oliveira, coorient. III. Título CDD 636.089.

(4) UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA E FISIOLOGIA ANIMAL PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM BIOCIÊNCIA ANIMAL. Parecer da comissão examinadora da dissertação de mestrado STELIANE LIMA SANTOS. PRODUÇÃO E PURIFICAÇÃO DE FRUTOSILTRANSFERASE POR Aspergillus Flavus UTILIZANDO BORRA DE CAFÉ (Coffea sp.) ATRAVÉS DA FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO Área de concentração: Biotecnologia Recife, 26 de fevereiro de 2018 Comissão examinadora composta pelos seguintes professores. _______________________________________________ Prof.ª Dr.ªMaria Taciana Cavalcanti Vieira Soares Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Universidade Federal Rural de Pernambuco- UFRPE (Presidente) _______________________________________________ Prof.ª Dr. Emmanuel Viana Pontual Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal Universidade Federal Rural de Pernambuco UFRPE (1º Membro) _______________________________________________ Prof.ª Dr. Polyana Nunes Herculano Membro Externo Faculdade São Miguel (2º Membro) _______________________________________________ Dr. Ana Karoline Caitano do Nascimento Membro Externo (3º Membro).

(5) Dedico A todos que fizeram esse sonho ser possível..

(6) “Em um lugar escuro estamos nós. E. mais. nosso. conhecimento caminho”.. (Star. ilumina Wars:. Episódio V - O ImpérioContra-Ataca).

(7) AGRADECIMENTOS A Deus, por sempre guiar meu caminho e por me ajudar a nunca desistir dos obstáculos e sempre os enfrentar com coragem e dedicação. A minha orientadora a professora Drª. Maria Taciana Cavalcanti e minha coorientadora a professora Drª. Cynthia de Oliveira Nascimento, por ter me trazido para este maravilhoso laboratório, pelos ensinamentos e conselhos durante todos os momentos, me direcionando da melhor maneira possível para o alcance dos nossos objetivos, em especial na elaboração desta dissertação. Agradeço a professora Ana porto por me dar a oportunidade de fazer uma iniciação cientifica no LABTECBIO, ao professor Romero Marcos Pedrosa Brandão Costa por estar sempre ao meu lado durante o decorrer desse trabalho, muito obrigado por todo o ensinamento e paciência. A todos do LABTECBIO, um lugar em que conheci e fiz muitos amigos, Juanize, Meire, Eliz, Carol, Livia, Sabrina. Também obtive conhecimento para a vida toda, onde fazemos e vivemos ciência. Aos amigos da vida e da graduação, Luiz Andre que esteve comigo em toda a graduação, me ajudando, aconselhando, divertindo e sempre me guiando. Rafaella Leandra, amizade antiga e linda que temos. Obrigada por ouvir meus problemas e por me ajudar emocionalmente. Agradeço imensamente a João Victor por enfrentar todos os obstáculos ao meu lado, por não me deixar desistir, me incentivar a continuar e realizar mais uma conquista, e a sua família por me apoiar e me ajudar em todos os momentos de desespero e em momentos cruciais. A minha família que é meu porto seguro, pessoas que me amam e que sempre poderei contar para toda e qualquer eventualidade. Agradeço imensamente a minha mãe Rosicleide por sempre acreditar em minha capacidade e determinação para conseguir tudo que almejo, agradeço ao meu pai Severino por seu apoio, a minha irmã Stefanne que sempre torceu por minhas conquistas e ficou feliz a cada uma..

(8) A Universidade Federal Rural de Pernambuco por ter me acolhido tão bem, e a todos os professores, estudantes e funcionários da pós-graduação em Biociência animal que conviveram comigo. Agradeço por todo o conhecimento compartilhado..

(9) RESUMO Frutosiltransferase (FTase) é uma enzima que catalisa a quebra de ligações glicosídicas da molécula de sacarose transferência do grupo frutosil para uma outra molécula, podendo ser sacarose ou frutooligossacarídeos (FOS), ocorrendo a liberação de 6 glicose. O FOS é um prebiótico convencional que apresenta um baixo valor calorimétrico e promove a estimulação seletiva do crescimento microbiano intestinal, especialmente de bifidobactérias e lactobacilos, reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares, câncer de cólon e obesidade. No entanto para obtenção a utilização de processos enzimáticos é mais caro devido ao alto custo de produção e baixa estabilidade das enzimas. Contudo esses fatores podem ser contornados com a utilização de microrganismos e resíduos agroindustriais como um meio de cultivo para uma fermentação solida, tornando o procedimento mais econômico e viável. O objetivo desse trabalho foi à produção da enzima frutosiltransferase em fermentação solida utilizando borra de café a partir de Aspergillus flavus, onde foi possível ainda verificar que 72h de crescimento apresentou maior produção da enzima com atividade especifica de 31,5 U/mg nas seguintes condições, 60% de umidade, concentração de esporos 106 esporos/mL a 30°C durante 120 horas. O extrato bruto contendo a enzima foi submetido a uma seleção de precipitação entre a cetona, sulfato de amônia e etanol, onde a maior atividade enzimática se deu utilizando a precipitação com acetona 161,85 U/mL e fator de purificação relativamente alto de 10,70. Posteriormente a amostra foi purificada através de sistema de cromatografia de troca iônica DEAE SEPHADEX A50 e SUPERDEX AKTA nas colunas DEAE-sephadex sistema haithap e superdex 75 sendo realizadas em sequência. A enzima purificada apresentou peso molecular de 57 kDa em Superdex G-75. Quanto a caracterização, apresentou temperatura ótima de 60ºC respectivamente, obtendo termo estabilidade a 50ºC. Os resultados da purificação mostraram uma fração com atividade enzimática para frutosiltransferase pura na qual obtive um fator de purificação de 86,16. Quando observado sua síntese enzimática foi constatado que a enzima consegue produzir frutooligossacarideos, sendo eles kestose e nistose. Os resultados obtidos no presente estudo mostram o potencial promissor da frutosiltransferase produzida por Aspergillus flavus e na sua utilização para produção de frutooligossacarideos. Palavras – chaves: Frutosiltransferase, Fermentação em estado sólido, Café..

(10) ABSTRACT Frutosiltransferase (FTase) is an enzyme that catalyzes the breakdown of the glycosidic bonds of the sucrose molecule by transferring the fructosyl group to another molecule, which can be sucrose or fructooligosaccharides (FOS), resulting in the release of glucose. FOS is a conventional prebiotic that has a low calorimetric value and promotes the selective stimulation of the intestinal microbial growth, especially of bifidobacteria and lactobacilli, reducing the risks of cardiovascular disease, colon cancer and obesity. However to obtain the use of enzymatic processes is more expensive due to the high cost of production. However, these factors can be overcome with the use of microorganisms and agroindustrial residues as a culture medium for a solid fermentation, making the procedure more economical and feasible. The objective of this work was the production of the enzyme fructosyltransferase in solid fermentation using coffee grounds from Aspergillus flavus, where it was possible to verify that 72h of growth presented higher production of the enzyme with specific activity of 31.5 U / mg in the following conditions, 60% moisture, spore concentration 106 spores / mL at 30 ° C for 120 hours. The crude extract containing the enzyme was subjected to a precipitation selection between ketone, ammonium sulfate and ethanol, where the highest enzymatic activity was given using the precipitation with acetone 161.85 U / mL and relatively high purification factor of 10.70. Subsequently the sample was purified by DEAE SEPHADEX A50 and SUPERDEX AKTA ion exchange chromatography systems on the DEAE-sephadex system haithap and superdex 75 columns being carried out in sequence. The purified enzyme had 57 kDa molecular weight in Superdex G-75. Regarding the characterization, it presented optimum temperature of 60ºC respectively, obtaining thermo stability at 50ºC. The purification results showed a fraction with enzymatic activity for pure fructosyltransferase in which it obtained a purification factor of 86.16. When observed its enzymatic synthesis it was verified that the enzyme can produce fructooligosaccharides, being kestose and nystose. The results obtained in the present study show the promising potential of the fructosyltransferase produced by Aspergillus flavus and its use for the production of fructooligosaccharides. Key - words: fructosyltransferase, Solid state fermentation, Coffee residue..

(11) LISTA DE FIGURAS CAPITULO I Figura 1 curva de produção da Frutosiltransferase por Aspergillus flavus cultivado de forma estática em fermentação em estado sólido utilizando a borra de café como substrato por 120h, a 30C.. 41. Figura 2 Cromatografia da enzima frutosiltransferase de Aspergillus flavus em resina DEAE sephadex A50 frações não adsorvido e adsorvido.. 43. Figura 3. Perfil cromatográfico da enzima frutosiltransferase obtida a partir da fermentação em estado solido do Aspergillus flavus precipitado com acetona e carregado em cromatografia de troca iônica DEAE-Sephadex do sistema AKTA haithap.. 43. Figura 4. Cromatograma do sistema automatizado de cromatografia liquida rápida de proteínas AKTA para purificação de frutosiltransferase por Aspergillus flavus em fermentação em estado sólido (FES) utilizando borra de café como substrato.. 44. Figura 5. Efeito da temperatura ótimo (A), da temperatura ótima e termoestabilidade (B) na atividade da frutosiltransferase purificada de Aspergillus flavus. Todos os resultados foram realizados em triplicata.. 45. Figura 6 Analise da presença do FOS de fração pre-purificada da enzima frutosiltransferase produzida por Aspergillus flavus em fermentação em estado sólido. (A) Kestose e (B) Nistose.. 46.

(12) LISTA DE TABELAS Revisão Bibliográfica Tabela 1 Diferentes tipos de resinas cromatográficas utilizadas para purificação de biomoléculas.. 22. Tabela 2 Métodos empregados para purificação de frutosiltransferase produzida por Aspergillus flavus.. 24. CAPITULO I Tabela 1. Resumo da purificação de frutosiltransferase obtida a partir de Aspergillus flavus cultivado de forma estática em ferementação em estado sólido utilizando a borra de café como substrato por 120h, a 30C.. 42.

(13) SUMÁRIO RESUMO..................................................................................................................... 9 ABSTRACT............................................................................................................... 10 LISTA DE FIGURAS ................................................................................................. 11 LISTA DE TABELAS ................................................................................................ 12 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 15 2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA ............................................................................. 17 2.1 BORRA DE CAFÉ ............................................................................................ 17 2.3. ASPERGILLUS ............................................................................................... 18 2.2 FERMENTAÇAO SÓLIDA ................................................................................ 19 2.4 FRUTOSILTRASFERASE ................................................................................ 20 2.5 METODOS DE PURIFICAÇÃO ........................................................................ 20 2.6 FOS .................................................................................................................. 25 3 – OBJETIVOS ........................................................................................................ 27 3.1. OBJETIVO GERAL ............................................................................................... 27 3.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS .................................................................................... 27 4. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 28 CAPÍTULO I .............................................................................................................. 32 RESUMO ............................................................................................................... 32 1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 33 2. MATERIAIS E METODOS .................................................................................... 34 2.1 MICRORGANISMO E MEIO DE ESTOQUE E ESPORULAÇÃO ......................................... 34 2.2 FERMENTAÇÃO EM ESTADO SÓLIDO ...................................................................... 34 2.3 OBTENÇÃO DO EXTRATO ENZIMÁTICO ................................................................... 34 2.4. ATIVIDADE ENZIMÁTICA ....................................................................................... 35 2.5. DETERMINAÇÃO DA CONCENTRAÇÃO DE PROTEÍNA ............................................... 35 2.6. PRECIPITAÇÃO DA FTASE ................................................................................... 35 2.7. PURIFICAÇÃO DA FTASE ..................................................................................... 36 2.7.1. Cromatografia de troca iônica em DEAE-Sephadex A50.......................... 36 2.7.2. Cromatografias no sistema ÄKTA em Deae-Sephadex e Superdex-75... 36 2.8. CARACTERIZAÇÃO PARCIAL DO EXTRATO ENZIMÁTICO BRUTO E PURIFICADO ............ 36 2.8.1. Determinação da temperatura ótima......................................................... 36 2.8.2. Determinação da estabilidade à temperatura ........................................... 37 2.9. CARACTERIZAÇÃO DO FRUTOOLIGOSSACARIDEOS (FOS) PURIFICADO .................... 37 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................ 37 4. CONCLUSÃO ....................................................................................................... 47 AGRADECIMENTOS ................................................................................................ 47.

(14) 5. REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 47 ANEXO ..................................................................................................................... 52.

(15) 15. 1. INTRODUÇÃO Enzimas são proteínas com capacidade de acelerar reações das mais diversas, estão presentes nos seres vivos sejam eles animais, vegetais ou microrganismos. A frutosiltransferase (FTase) é uma enzima com capacidade de catalisar e converter dissacarídeos em frutoligossacarideos (FOS), por meio da reação de transfrutosilação sendo produzida de forma intracelular ou extracelular por microrganismos como às bactérias, as leveduras e os fungos filamentosos. Entre estes últimos, se destaca o gênero Aspergillus, onde as espécies Aspergillus oryzae e Aspergillus niger apresentam o status de GRAS (Generallyrecognized as safe – geralmente reconhecido como seguro) pela FDA – USA (Food and drug administration) (THAMER; PENNA, 2006, KUHN; FILHO, 2010). . Os FOS são oligossacarídeos formados por unidades de frutosil, encontrados naturalmente em pequenas quantidades em vários vegetais, porém em concentração muito baixa para exercer qualquer efeito benéfico. Eles são utilizados como componentes de alimentos funcionais e receberam o status de GRAS Atualmente FOS é o nome comum dado apenas a oligômeros de frutose que são compostos de 1-Kestose (GF2), nistose (GF3) são ligadas na posição β 2-1 da sacarose, o que diferenciam de outros oligômeros (PASSOS et al., 2003; HERNANDEZ et al., 2005; GHAZI et al., 2007). Com a finalidade de que uma biomolécula chegue ao mercado consumidor é necessário realizar métodos de separação, identificação, quantificação e purificação da molécula em questão. Dentre os métodos analíticos empregados para purificação de FTases estão: precipitação com solventes orgânicos, precipitação pelo ponto isoelétrico, cromatografias (FEKETE et al., 2015). Devido as suas propriedades físico-químicas, a produção e aplicação comercial de FOS têm gerado um grande interesse comercial. A FTase pode ser amplamente utilizada nas indústrias alimentícias, pois os FOS constitui um importante grupo prebiótico. A ingestão destes oligossacarídeos estimula o crescimento de bifidobactérias e lactobacilos, consequentemente, diminuem os microrganismos patógenos presentes no intestino e facilitam a adsorção de cálcio e magnésio. Também têm sido evidenciados na contribuição para a prevenção do.

(16) 16. câncer de colón, osteoporose, e na redução dos níveis de colesterol, fosfolipídios e triglicerídeos (ALMÉCIGA-DÍAZ et al., 2011). O mercado consumidor de alimentos funcionais cresce ano após ano, sendo este crescimento justificado pela preocupação da sociedade atual em ter uma vida saudável. Dentre estes alimentos funcionais enfatizamos os FOS que nos últimos anos teve grande importância comercial devido às suas propriedades funcionais favoráveis à saúde humana (PANESAR et al.,2016). Sobretudo, o objetivo deste trabalho é produzir e purificar frutosiltransferase produzida por Aspergillus flavus utilizando como substrato borra de café que diminui o custo de produção desses compostos já que é considerado um meio agroindustrial propicio para a produção de enzimas e sua utilização ajuda a combater a poluição ambiental proveniente do descarte inadequado desses resíduos no meio ambiente (PHIMSEN, S. et al. 2016)..

(17) 17. 2. REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA 2.1 BORRA DE CAFÉ O café é uma das bebidas mais consumidas no mundo, tendo grande importância socioeconômica, de acordo com a Organização internacional do café OIC (2017), a cafeicultura está presente em quinze estados da federação, possibilitando uma diversificada disposição espacial da produção, onde neste contexto o Brasil é um dos maiores produtores, sendo um dos responsáveis por mais da metade do suprimento mundial. O processamento do grão de café gera inúmeros resíduos obtidos durante a produção, onde o grão de café torrado e moído é extraído com água quente para preparar café instantâneo, o resultando deste processo é o resíduo denominado “borra de café”, composto principalmente por sólidos insolúveis, contendo ainda quantidades significativas de água e minerais (ESQUIVEL E JIMÉNEZ, 2012). Considerando a fabricação e o consumo mundial do café, pode-se afirmar que toneladas de resíduos são geradas a partir da produção industrial e doméstica, onde a principal consequencia da produção e consumo deste produto é a enorme quantidade de resíduos gerados. Nos últimos anos, a utilização da borra de café recebeu atenção especial por ser um resíduo agroindustrial com aplicações práticas em vários processos. Algumas tentativas de reutilização desse resíduo foram feitas, usando-o como biodiesel (LIU et al., 2017), como um antioxidante (SHANG et al., 2017), fertilizante de solo (CRUZ et al. 2015), adsorventes catiônicos em tratamentos de águas residuais (FRANCA et al. 2009), produção de bebidas alcoólicas (SAMPAIO et al. 2013), produção de combustível líquido a partir de óleo de café moído (PHIMSEN et al. 2016). No entanto, uma pequena parte dessas estratégias é realmente implementada como nos exemplos acima, e os resíduos permanecem inutilizados, apresentando um alto risco para a saúde humana e ambiental (KARMEE 2017). Visto que existe uma pressão política e social para reduzir a poluição das atividades industriais é necessária a elaboração de planos de gestão adequados para solucionar o problema de deposição do produto. Os resíduos são facilmente adquiridos por serem desprezados no meio ambiente e a reutilização deste material é um assunto de extrema relevância. Neste sentido, a conversão dos resíduos para.

(18) 18. compostos de valor agregado é de interesse ambiental e econômico, já que a reciclagem do mesmo reabastece os solos com nutrientes, sendo importante no ponto de vista ambiental e sustentável (PHIMSEN et al., 2016). O Brasil é um país que se destaca mundialmente por possuir um potencial biotecnológico para utilizar seus resíduos agroindustriais. O desenvolvimento de bioprocessos industriais gera uma expectativa de conseguir produzir algumas substâncias utilizadas no mercado biotecnológico, tais como proteínas, pigmentos, enzimas, polissacarídeos, entre outros. Consequentemente os resíduos passam a serem considerados como matéria prima para processos elaborados apresentando aplicações interessantes (BALLESTEROS et al. 2017). De acordo com Mussatto e colaboradores (2010), os resíduos de café contem quantidades consideráveis de açúcares fermentáveis e outros nutrientes, estes constituem substratos interessantes para o crescimento de microrganismos e também para a produção de produtos de valor acrescentado como as enzimas. Em seu trabalho Mussatto et al., (2012) utilizou resíduo de café como substrato para produção da enzima frutosiltransferase por Aspergillus japonicus. Assim, uma alternativa para a produção de enzimas, passou a ser a borra de café, na fermentação em estado sólido (FES), que garante nutrientes para o crescimento de fungos por conter elevado teor de carbono, e níveis adequados de nitrogênio orgânico. Além da possibilidade da redução de custos de produção em torno de 40 a 60% (KOURMENTZA et al., 2018). 2.3. ASPERGILLUS O gênero foi descoberto por Pietro Antonio Micheli, um sacerdote e botânico que nomeou e o descreveu em 1729. Existem mais de 250 espécies oficialmente reconhecidas e o ritmo de descoberta continua crescente. A classificação dos Aspergillus é baseada em caracteres morfológicos através da produção de hifas especializadas. São fungos mitospóricos, pois apresentam esporos de origem assexuada e, portanto, seu nome faz referência ao seu tipo de ciclo sexual (figura 2) (SAMSON et al., 2014). Os fungos do gênero Aspergillus são capazes de colonizar diversos substratos, plantas, matéria orgânica em decomposição, compostos agrícolas, como.

(19) 19. café, arroz, milho entre outros cereais e frutas. Em virtude disso, as espécies que compõem o gênero são consideradas uma fábrica de substâncias biotecnológicas amplamente utilizadas ao longo dos anos, onde é possível explorar sua tolerância a diferentes condições ambientais e capacidade de degradar diversas fontes de carbono (PAULUSSEN et al., 2016). Os representantes desse gênero são úteis em processos industriais por sintetizarem compostos bioativos provenientes do metabolismo primário e/ou secundário que são utilizados em benefício do homem, do meio ambiente e demais seres vivos. Algumas espécies estão relacionadas com a produção de antifúngicos, antibióticos, ácidos orgânicos, biosurfactantes, antioxidantes, antiprotozoários e produção em grande escala de enzimas que podem ser utilizadas no meio industrial para a produção de bebidas e molhos obtendo destaque comercial (GIBBONS et al. 2013). Entre os metabólitos secundários de origem fúngica, as enzimas têm despertado grande interesse, levando pesquisadores à realização de algumas investigações objetivando a descoberta de novas moléculas ou compostos para o desenvolvimento de produtos mais eficientes (ARZANLOU et al. 2016). As enzimas produzidas por espécies desse gênero têm grande utilidade nas áreas farmacêutica, agrícola, de alimentos, papel, detergentes, têxteis, tratamento de resíduos e na indústria de petróleo são catalisadores de alto peso molecular (ALANIO A. et al. 2017). 2.2 FERMENTAÇAO SÓLIDA A Fermentação em estado sólido (FES) é um método que utiliza material sólido umidificado para o crescimento de microrganismos, na ausência ou quase ausência de água livre no substrato. Essas condições são mais adequadas para o microrganismo se desenvolver, pois simulam as condições de crescimento natural favorecendo tanto o metabolismo quanto a capacidade produtiva (SINDHU, 2015). Sendo assim, esse método oferece diversas vantagens, entre elas estão: maior produtividade, rendimento do produto, diminuição no tempo de fermentação e utilização de substrato de baixo custo (BARRIOS-GONZALEZ 2012). Existem vários dados que mostram as vantagens da FES sobre a fermentação submersa, dentre eles estão à natureza extracelular da enzima, maior.

(20) 20. rendimento na produção e exploração de resíduos agroindustriais de baixo custo para o cultivo de enzimas microbianas, esses aspectos são relativamente econômicos frente a ausência de formação de espuma, redução do risco de contaminação e a liberação de alguns compostos metabólicos essenciais em meios fermentados (SONI ET AL., 2015; A FES tem um enorme potencial para a produção de enzimas e algumas estratégias como a seleção de um meio ideal de cultura, otimização das condições, teor de umidade inicial, pH e temperatura de cultivo, presença de nutrientes e a quantidade de inóculo adicionada são fatores determinantes na produção da biomolécula de interesse (SINGH, 2013). 2.4 FRUTOSILTRASFERASE A ação enzimática da frutosiltransferase (FTase) ocorre através da hidrólise da sacarose na ligação β-1,2 e a transferência do grupo frutosil para uma outra molécula, podendo ser outra molécula de sacarose ou frutooligossacarídeos (FOS), ocorrendo a liberação de glicose (figura 3) (GANAIE et al. 2017). Diversos organismos podem produzir FTase, tais como: plantas, mas nesse caso, dependem muito da sazonalidade. Leveduras, bactérias e fungos, sob condições especificas, em altas concentrações de sacarose. , são capazes de produzir FTase com baixa atividade hidrolítica e alta atividade de transfrutolisação (XU et al. 2015). Os fungos filamentosos pertencentes ao gênero Aspergillus são grandes produtores da enzima FTase, e como a função dessa enzima é obtenção de FOS, um composto utilizado em alimentos, precisamos purificar a enzima para garantir a inocuidade do produto gerado por ela (DOMINGUEZ et al., 2013). 2.5 METODOS DE PURIFICAÇÃO O processo de purificação é uma etapa complexa que envolve a separação do produto de interesse de resíduos gerados durante sua produção. Existem inúmeros métodos de purificação de biomoléculas, com diversas etapas, a escolha vai depender das características da molécula alvo (tabela 1). Entre os métodos analíticos empregados para purificação de moléculas estão: precipitação com solventes orgânicos, precipitação pelo ponto isoelétrico, cromatografias (FEKETE et al., 2015)..

(21) 21. O desenvolvimento de diferentes resinas cromatográficas com características adequadas e especificas, tornou-se uma solução promissora para conseguir a purificação de uma substância biotecnológica de qualidade (WEI et al., 2014)..

(22) 22. Tabela 1. Diferentes tipos de resinas cromatográficas utilizadas para purificação de biomoléculas. Cromatografia de permeação em gel ou gel-filtração. Separação de moléculas pela massa molecular, os géis são porosos, funcionando como peneiras ou filtros. Cromatografia de troca iônica. Separação de moléculas pela carga elétrica, os géis apresentam grupos carregados positiva- ou negativamente. Cromatografia de partição (fase reversa ou hidrofóbica). Separação de moléculas pela solubilidade relativa em meio aquoso géis possuem caráter hidrofóbico. Cromatografia de afinidade. Separação de moléculas pela capacidade de interagir com um ligante, os géis possuem ligante específico ligado covalentemente à resina.

(23) 23. No geral as cromatografias são seletivas, têm uma alta capacidade de ligação, permitem uma transferência de massa adequada, apresentam algumas interações não específicas, são reutilizáveis, porosas, uniformes e hidrofílicas tal método tem como princípio a separação dos compostos de uma mistura de acordo com diferenças nas suas propriedades específica (FERREIRA et al., 2012) Dentre os métodos cromatográficos citados, a cromatografia de troca iônica tem extrema relevância, pois se baseia na ligação competitiva da carga superficial da enzima ou de sais de mesma carga, a um trocador de íons. Esta é uma técnica amplamente utilizada e aplicada na purificação de proteínas, peptídeos e enzimas, de forma a caracterizar e purificar as biomoléculas oferecendo alta resolução e eficiência nos graus de pureza e recuperação (ROCHA et al., 2014). Com o passar dos anos, tecnologias inovadoras possibilitaram a utilização de enzimas em diversas áreas, para atender às necessidades do mercado, sendo preciso buscar novas fontes com potencial para produção de FTase e síntese enzimática de FOS (NADEEM et al., 2015), no entanto, a sua produção e purificação têm um custo elevado, limitando a aplicação industrial. A utilização de resíduos em uma FES pode aumentar o potencial de produção, sendo este método proposto como uma alternativa significativa por apresentar menor custo de produção (HARRIS, 2012). A literatura descreve várias estratégias para purificar a FTase obtidas de várias fontes, sendo constante a presença de algum tipo de cromatografia, como mostrado na (tabela 2). Desta forma, com a enzima purificada é possível produzir o FOS de forma adequada para ser utilizado como prebiótico (tabela 2) (MACIEL et al., 2014)..

(24) 24. Tabela 2. Métodos empregados para purificação de frutosiltransferase produzida por Aspergillus flavus. Espécie fúngica. Métodos de purificação. Fator de purificação. Referências. Aspergillus aculeatus. Cromatografia de troca iônica e gel de filtração.. 38.1. (VIRGEN-ORTÍZ et al., 2016). Aspergillus flavus. Precipitação sulfato de amônio e cromatografia de troca iônica.. 5.8. (UMA et al., 2010). Aspergillus oryzae. Precipitação com sulfato de amônio e cromatografias de troca iônica.. 17. (WEI et al., 2014). Penicillium oxalicum GXU20. Precipitação com entanol e cromatografias. 210.68. (XU et al., 2015). Aspergillus Níger. Cromatografia de troca iônica. 34,56. (OYEDEJI et al., 2017). Aspergillus phoenicis. Cromatografias de troca iônica. 19.9. (RUSTIGUEL et al., 2015).

(25) 25. 2.6 FOS Frutooligossacarideos (FOS) é um grupo de compostos funcionais, que devido às suas propriedades benéficas para a saúde, vem recebendo atenção especial como ingrediente importante na indústria de alimentos. Apresentam um baixo valor calorimétrico e promovem o estimulo seletivo do crescimento microbiano intestinal, especialmente bifidobactérias e lactobacilos, reduzindo os riscos de doenças cardiovasculares, câncer de cólon e obesidade (ALMÉCIGA-DÍAZ et al., 2011). Os FOS são prebióticos convencionais produzidos por certas plantas e microrganismos sendo polímeros de cadeia curta, classificados de acordo com suas configurações de ligação únicas entre os resíduos de monossacarídeos formados através da ligação de uma a três unidades de frutose à sacarose que consistem principalmente em 1-kestose, nystose e 1F-fructofuranosylnystose (XU et al., 2015). As enzimas mais utilizadas para a produção de FOS em escala industrial, são as. frutosiltransferases. (FTases,. EC. 2.4.1.9). que. realizam. a. síntese. de. transfrutosilação formando o FOS um prebiótico e as frutofuranosidase (FFases, EC 3.2.1.26) que realiza a hidrolise da molécula de sacarose liberando uma mistura aqui molar denominada açúcar invertido com alto poder adoçante e poucas calorias, porém as FTases possuem maior ação na transferência do grupo frutosil do que as FFases (PATEL; GOYAL, 2012). Os frutooligossacarideos são compostos de 1-Kestose (GF2), nistose (GF3), nistose 1-β-frutofuranosil (GF4) e frutoranosilnistone (F) são ligadas na posição β 2-1 da sacarose, o que diferenciam de outros oligômeros (PASSOS et al., 2003; HERNANDEZ et al., 2005; GHAZI et al., 2007; KUHN; FILHO, 2010). Os frutooligossacarídeos são encontrados naturalmente em pequenas quantidades em vários vegetais, porém dependentes da sazonalidade e em concentração muito baixas para exercer qualquer efeito benéfico. A produção do FOS através de microrganismos pode ocorrer em duas etapas, com a purificação da enzima e aplicação em sacarose para produção de FOS ou em uma única etapa em que durante a fermentação ocorre a reação de transfrutosilação, ou seja, ocorre a quebra da ligação β-1,2 da sacarose e a transferência do grupo frutosil para outra molécula, podendo ser sacarose ou FOS (NASCIMENTO et al., 2017).

(26) 26. Com a grande busca por alimentos saudáveis, associados ao avanço das indústrias de alimentos, os FOS destacam devido as suas propriedades funcionais, sendo reconhecidos com propriedades funcionais, que podem proporcionar alterações úteis no sabor e nas características físico-químicas dos alimentos, assim a sua ingestão tem o objetivo de trazer benefícios à saúde (PATEL; GOYAL, 2012)..

(27) 27. 3 – OBJETIVOS 3.1. Objetivo geral Produzir e purificar frutosiltransferase obtida de Aspergillus flavus utilizando borra de café (coffea sp.) por fermentação sólida. 3.2. Objetivos específicos . Comparar produção, extração e purificação da FES com resíduo de. café com e sem sacarose. . Purificar frutosiltransferase utilizando métodos cromatográficos.. . Analisar o grau de pureza da frutosiltransferase através da eletroforese.. . Caracterizar. bioquimicamente. estabilidade térmica e massa molecular.. a. enzima. purificada,. avaliando.

(28) 28. 4. REFERÊNCIAS ALANIO, A., BRETAGNE, S. (2017). Challenges in microbiologicaldiagnosisofinvasiveAspergillusinfections. F1000Research, v. 6, n. 0, p. 157. ALEGRE, A. C. P.; POLIZELI, M. L. T. M.; TERENZI, H. F.; JORGE, J. A.; GUIMARÃES, L. H. S. 2009. Production on thermostable Invertase by Aspergillus caespitosus under submerged or solid state fermentation using agroindustrial residues as carbon source. Braz. J. Microbiol., v. 40, p. 612-622. ALMÉCIGA-DÍAZ, C. J.; GUTIERREZ, A. M.; BAHAMON, I.; et al. Computational analysis of the fructosyltransferase enzymes in plants, fungi and bacteria. Gene, v. 484, n. 1-2, p. 26–34, 2011 ARANDA, C.; ROBLEDO, A.; LOERA, O.; ESQUIVEL, J. C. C.; RODRIGUEZ, R.; AGUILAR, C. N. 2006. Fungal Invertase expression in solid-state fermentation. Food Technol. Biotechnol., v. 44, n. 2, p. 229-233. ARZANLOU, M. et al. Two novel Aspergillus species from hypersaline soils of The National Park of Lake Urmia, Iran. Mycol Progress, 2016 BARRIOS-GONZÁLEZ, J. (2012). Solid-statefermentation: Physiologyofsolidmedium, its molecularbasisandapplications. ProcessBiochemistry, v. 47, n. 2, p. 175–185. BENNET, J. W. (2010). Na Overview ofthe Genus Aspergillus. Aspergillus: Molecular BiologyandGenomics. CaisterAcademic Press. BENNETT, J. W., KLICH, M., MYCOTOXINS, M. (2003). Mycotoxins. Clinicalmicrobiology reviews, v. 16, n. 3, p. 497–516. BUENROSTRO-FIGUEROA, J. (2013). ET ofdifferentagroindrustrialproducts as fungalellagitannaseproductionundersolidstatefermentation. FoodandBioproductsProcessing, v. 92, n. 4, p. 376-382.. AL. Potential supports. use for. CRANSHAK JASKO, A., ANDRADE, J. DE, FABER DE CAMPOS, P. (2010). et al. Diferentes Fontes De Carbono. Revista Brasileira de Tecnologia Agroindustrial, v. 3, n. S1, p. 28–41. CASTRO, A. M., TEIXEIRA, M. M. P., CARVALHO, D. F., FREIRE, D. M. G., CASTILHO, L. D. R. (2011).Multiresponseoptimizationofinoculumconditions for theproductionofamylasesand proteases byAspergillusawamori in solidstatefermentationofBabassuCake. Enzymeresearch, v. 2011, p. 392- 457. CONAB – COMPANHIA NACIONAL www.conab.gov.br, (16 outubro de 2017).. DE. ABASTECIMENTO.. http://. CRUZ, R., E. Mendes, Á. Torrinha, S. Morais, J. A. Pereira, P. Baptista, e S. Casal, “Revalorization of spent coffee residues by a direct agronomic approach,” Food Res. Int., vol. 73, pp. 190–196, 2015. ESQUIVEL, P., JIMÉNEZ, V., Functional properties of coffee and coffee byproducts. Food Research International, v. 46, n. 2, p. 488-495, 2012. A. S. Franca, L. S. Oliveira, e M. E. Ferreira, “Kinetics and equilibrium studies of methylene blue adsorption by spent coffee grounds,” Desalination, vol. 249, no. 1, pp. 267–272, 2009..

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(32) 32. Capítulo I Produção e purificação de frutosiltransferase obtida de Aspergillus flavus por fermentação solida utilizando borra de café (Coffea sp.) Steliane L. Santosª, Romero M. P. B. Costaª, Ana L. F. Portoª, Cynthia O. Nascimento, Maria T. H. Cavalcantiª ªDepartamento de Morfologia e Fisiologia Animal - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Dois Irmãos –CEP: 52171-900 – Recife- PE – Brasil.. RESUMO A produção e purificação de frutosiltransferase (FTase) por Aspergillus flavus, a produção foi avaliada em fermentação estado sólido (FES) a 30ºC durante 72 horas, usando resíduo agrícola de baixo custo, afim de analisar o potencial da produção de frutooligossacarideos (FOS). O borra de café é um substrato promissor para o desenvolvimento microbiano, que funciona como indutor na produção da enzima FTase, sendo dispensável a utilização da sacarose no meio, contribuindo para redução de custos na etapa de produção. A atividade máxima obtida nesta etapa foi de 31,5 U/mg. A enzima purificada apresentou peso molecular de 57,96KDa em uma fração única com fator de purificação 86,16, que apresentou a temperatura ótima de 60ºC e foi estável a 50ºC por 30 minutos. A FTase produziu os frutoologossacarideos (FOS) nistose e kestose. Os resultados obtidos no presente estudo demonstram o potencial promissor da FTase produzida por Aspergillus flavus utilizando borra de café como substrato, e na sua utilização na síntese de FOS. A não utilização da sacarose como indutora foi analisada pela primeira vez para produção de FTase. Entretanto, ainda se faz necessário novos estudos quanto a otimização dos parâmetros para produção e determinação da viabilidade comercial da enzima em escala industrial.. Palavras-chave: Aspergillus , Frutosiltransferase, Coffea sp., Fermentação em estado sólido, Caracterização, Purificação, Frutooligossacarideos.. Autor correspondente: Maria Taciana Holanda Cavalcanti. Departamento de Morfologia e Fisiologia Animal, Universidade Federal Rural de Pernambuco, Dois Irmãos – CEP: 52171-900 – Recife- PE – Brasil. fone: (+5581) 33206345, Fax:(+5581) 33206388. email: MTCVsoares@yahoo.com.br.

(33) 33. 1. INTRODUÇÃO Frutosiltransferase (FTase) é uma enzima utilizada na indústria, sua ação enzimática ocorre através da hidrólise da sacarose na. ligação β-1,2 e a. transferência do grupo frutosil para uma outra molécula, podendo ser a própria sacarose ou frutooligossacarídeos (FOS), ocorrendo a liberação de glicose, essa reação específica chama-se transfrutosilação (Ganaie et al. 2017). Essa enzima foi amplamente descrita em microrganismos, atraindo interesse para várias aplicações industriais, incluindo as indústrias de alimentos e bebidas. Sua produção através de fonte microbiana é uma opção atrativa por levar a redução de custos no processo (Shafiq, k. et al., 2003). Os fungos filamentosos do gênero Aspergillus são capazes de produzir enzimas extracelulares, entre elas a FTase, utilizada nas indústrias para a produção de FOS. A FTase caracteriza-se por possuir baixa atividade hidrolítica e alta atividade de transfrutolisação (Xu et al. 2015). O FOS, também chamado de oligofrutose ou oligofrutano é explorado como um adoçante artificial ou alternativo que é considerado seguro para pessoas com diabetes. Além disso, eles são benéficos para a saúde humana atuando na microbiota intestinal, de forma específica, pois estimulam o crescimento seletivo de lactobacilos e bifidobactérias (Rawat et al., 2015). Porém, poucos trabalhos apresentam fermentação em estado sólido como metodologia para produção da enzima FTase por fungos filamentosos, mesmo sendo um método mais simples, econômico e sustentável, que pode utilizar resíduos agroindustriais de baixo custo para o crescimento microbiano e consequente produção de enzimas, solucionando o problema de deposição e poluição do meio ambiente (Soni et al., 2015; Aruldass et al., 2016). A fermentação em estado sólido é uma alternativa viável, pois, uma porção significativa do processo de produção é atribuída ao substrato de crescimento microbiano que pode ser remediada através da utilização de recursos renováveis como resíduos agroindustriais, gerando uma economia, ao mesmo tempo em que agrega valor ao produto biotecnológico produzido (Oyedejia et al., 2017). De acordo com Mussatto e colaboradores (2011), os resíduos de café contêm quantidades consideráveis de açúcares fermentáveis e outros nutrientes, que o torna.

(34) 34. um substrato interessante para o crescimento de microrganismos e também para a produção de produtos de valor agregado, como as enzimas. Assim, devido a importância do FOS como ingrediente de alimentos funcionais, o objetivo desse estudo foi avaliar a produção da enzima FTase por Aspergillus flavus em fermentação sólida utilizando borra de café como substrato alternativo sem a adição de sacarose e sua posterior purificação e caracterização.. 2. MATERIAIS E METODOS 2.1 Microrganismo e meio de estoque e esporulação Foi utilizado Aspergillus flavus identificado pela MICOTEC-URM, UFPE. O meio de cultura utilizado para a manutenção do microrganismo e sua esporulação foi o Ágar Czapek. As condições para esporulação foram 30ºC em estufa por 7 dias, e para estoque foi armazenado em óleo mineral. 2.2 Fermentação em estado sólido Para a produção de FTase a espécie selecionada foi cultivada e após a esporulação no meio e condições descritos no item 2.1, uma solução de esporos foi preparada em NaCl (0,9% p/v) e Tween 80 (0,01% v/v) previamente esterilizados. E após a contagem em câmara de Neubauer, uma quantidade suficiente para a concentração final de 106 esporos/mL foi inoculada nos Erlenmeyers contendo 4g de borra de café previamente esterilizado a 121°C por 20 minutos. O resíduo de café utilizado para a fermentação em estado sólido (FES) foi obtido, inicialmente, do comércio local (Restaurantes Universitários, Cafeterias e Lanchonetes). Esse resíduo foi seco em estufa a 65ºC até completa desidratação e em seguida armazenado. Após a esterilização o substrato foi umedecido com uma solução tampão fosfato de sódio (10 mM, pH 6,5) até um teor de umidade 60% determinada de acordo com as normas do Instituto Adolfo Lutz (Zenebon, Pascuet, & Tiglea, 2008). A fermentação foi realizada a 30 °C mantidos no escuro por 120 horas em BOD, sendo retirado um frasco a cada 24h para acompanhamento da produção da enzima. 2.3 Obtenção do extrato enzimático Após cada tempo de fermentação, o extrato enzimático foi obtido a partir da mistura utilizando a proporção de 7,2 mL de tampão fosfato de sódio 0,1M pH 6,5.

(35) 35. para cada 1g de substrato, sob agitação em agitador orbital a 100 rpm durante 10 min. Em seguida, foi realizada a maceração da mistura e posterior filtração em papel de filtro e uma bomba a vácuo, por fim, o sobrenadante foi submetido à centrifugação em 2000rpm por 10 minutos a 4ºC para total clarificação, sendo avaliado quanto a atividade enzimática e concentração de proteína. 2.4. Atividade enzimática A atividade de FTase foi determinada de acordo com Ganaie et al., (2014) por quantificação da glicose liberada a partir da sacarose. A mistura reacional foi composta por 0,25 mL do extrato enzimático, com 0,75 mL do substrato (solução de sacarose a 60 % em tampão fosfato de sódio 0,1M no pH 6,5), a seguir foi incubada a 55°C por 60 minutos, decorrido o tempo de reação, a quantidade de glicose liberada no sobrenadante foi determinada utilizando um Kit de glicose-oxidase (Biosystem S.A). Uma unidade (U) da atividade de FTase foi definida como a quantidade de enzima necessária para liberar 1 µmol de glicose por minuto, a partir da sacarose nas condições acima mencionadas. 2.5. Determinação da concentração de proteína As concentrações de proteína foram realizadas através do método de Smith et al., (1985), com uma curva padrão de proteína na concentração de 100 para 1000 µg/ mL de albumina bovina, as amostram foram lidas em espectrofotômetro a 595nm (GE, Ultrospec 7000, Reino Unido). 2.6. Precipitação da FTase A pré-purificação da enzima foi iniciada através da precipitação, sendo avaliados 3 agentes precipitantes: acetona (70%), etanol (70%) e sulfato de amônio (0-60%).O ensaio foi realizado utilizando um volume de 30 mL de extrato enzimático obtido de acordo com o item 2.3. As proteínas precipitadas foram recolhidas por centrifugação a 10 000 rpm, 4 °C durante 10 min e ressuspendido em 3 mL de tampão fosfato de sódio (10 mM, pH 6,5). A remoção do agente precipitante foi realizada através da evaporação nas amostras de acetona e etanol e dialise na amostra com sulfato de amônio..

(36) 36. 2.7. Purificação da FTase 2.7.1. Cromatografia de troca iônica em DEAE-Sephadex A50 Uma alíquota de 0,5 mL da amostra precipitada com o melhor agente precipitante foi submetida em triplicata à cromatografia de troca iônica de acordo com SHARMA et al., (1999) modificado. A coluna de 5mL foi empacotada com resina DEAE- Sephadex A50, previamente ativada com soluções de HCL e NaOH a 0,1 M respectivamente, equilibrada e lavada com 100 mL de tampão fosfato de sódio 0,1 M, (10mM, pH 6,5). A eluição foi realizada a um fluxo de 1,0 mL / min, foram recolhidas frações (1 mL) em tubos de ensaio. As amostras coletadas foram lidas em espectrofotômetro a 280nm e mensuradas a atividade de FTase e concentração de proteínas de acordo com os itens 2.4 e 2.5, respectivamente. 2.7.2. Cromatografias no sistema ÄKTA em Deae-Sephadex e Superdex-75 A fração não adsorvida da cromatografia de troca iônica realizada de acordo com o item 2.7.1, que apresentou maior atividade enzimática, foi liofilizada e solubilizada em tampão fosfato de sódio 0,1M pH 6,5 e adicionada na coluna DEAESephadex QFF do sistema AKTA, na sequência uma alíquota de 1mL da fração não adsorvida que apresentou maior atividade foi aplicada em coluna de gel filtração Superdex 75 10/300 GL do sistema ÄKTA Avant (GE Healthcare, Uppsala, Suécia) utilizando tampão fosfato de sódio 0,1M pH 6,5, com 0,15 M de NaCl. A calibração da coluna foi realizada usando uma mistura de filtração em gel, marcadores de peso molecular (1 mg / mL): albumina de soro bovino, anidrase carbônica e albumina de ovo de galinha e um inibidor de tripsina. A curva padrão plotada usando o software UNICORN-6.0 seguiu a equação y = -7,674 + 134,7 (R2 = 0,991). A absorbância das amostras foi lida no comprimento de onda de 215 nm e 280nm. As frações enzimáticas foram separadas por tamanho molecular e coletadas a partir de um coletor de amostras (1,0 mL). As frações coletadas foram armazenadas para posterior caracterização. 2.8. Caracterização parcial do extrato enzimático bruto e purificado 2.8.1. Determinação da temperatura ótima A temperatura ótima da enzima no extrato bruto e purificado foi avaliada utilizando uma faixa de 35ºC a 70ºC. Onde a atividade enzimática, de acordo com o item 2.4, foi realizada nas diferentes temperaturas..

(37) 37. 2.8.2. Determinação da estabilidade à temperatura A estabilidade térmica da enzima presente no extrato bruto e purificado foi determinada utilizando o valor da atividade residual realizada de acordo com Nascimento et al. 2016 que consiste na incubação do extrato e purificado. Incubando-se a enzima nas temperaturas que apresentaram melhor atividade de acordo com o item 2.8.1 durante 15 a 90 min. Em seguida a atividade foi determinada de acordo com o item 2.4. 2.9. Caracterização do frutooligossacarideos (FOS) purificado Para analise da identificação do FOS por espectometria de massa foi utilizada a metodologia descrita por Ganaie et al. (2017). Os dados foram coletados utilizando XEVO TQ-S (Waters, technologies, Brasil) em uma coluna Hipercarb (50x3,0mm) com fase móvel composta de 75% metanol, 25% água e 0,1% ácido acético com taxa de fluxo de 0,35 mL/min. Foram comparados com os padrões de kestose e nistose os tempos de retenção e peso molecular dos FOS obtidos 3. Resultados e discussão A utilização de indutores é um dos parâmetros que influencia o metabolismo dos microrganismos, pois o tempo de fermentação promove o crescimento microbiano induzindo o rendimento da enzima (BHUNIA et al., 2012). Os resultados obtidos no nosso trabalho estão apresentados na figura1. Podemos observar que as atividades enzimáticas foram muito próximas nos vários tempos estudados, indicando que a borra de café contém todos os nutrientes necessários para estimular o microrganismo a produzir FTase, sendo dispensável a utilização da sacarose no meio, isso contribui para redução de custos na etapa de produção, deixando o processo mais econômico e sustentável. É possível ainda verificar que 72h de crescimento apresentou maior produção da enzima com atividade especifica de 31,5 U/mg em ambos os cultivos. De acordo com a literatura consultada o gênero Aspergillus é bastante estudado quanto à produção de FTase, variando os valores de produção de acordo com o substrato de crescimento e a espécie em questão. No trabalho de Guimaraes et al. (2007) extraindo b-frutofuranosidase de Aspergillus niveus utilizando resíduos agroindustriais obteveram em seu extrato bruto o valor de 3,9 U/mg com 72 horas de fermentação e Uma et al.(2010) que obteve maiores rendimentos entre os tempos de 72 e 96 horas com atividade máxima de 29,3 U/mg no extrato bruto da fermentação de Aspergillus flavus, sendo estes trabalhos com valores em atividade.

(38) 38. inferiores aos relatados nesta pesquisa. Os resultados obtidos para a seleção do agente precipitante da enzima FTase estão apresentados na tabela 1. Podemos observar que acetona foi o melhor agente precipitante, pois obteve o maior rendimento em atividade específica e maior fator de purificação, 10,70 e isto demonstra que a precipitação foi efetiva como uma etapa de pré-purificação. Os nossos resultados foram bastante promissores quando comparamos com a literatura consultada, ao utilizarmos uma substância como a acetona para precipitação de proteínas. Xu et al. (2015) quando purificaram a FTase obtida a partir de Penicillium oxalicum GXU20 utilizaram a precipitação com etanol e obtiveram uma atividade específica de 77,77 U/mg, inferior aos nossos resultados com a acetona, e NOVAKI et al. (2005) quando produziram invertase a partir de Aspergillus casiellus e precipitaram com etanol e acetona, demonstraram um fator de purificação de 1,38 e 1,87, respectivamente apresentaram resultados inferiores aos apresentados nesta pesquisa. Os resultados gerados a partir da produção da Ftase. obtida a partir do. Aspergillus flavusestá estão descritos na (tabela 2). A fração obtida da precipitação com acetona foi aplicada em cromatografia de troca iônica DEAE-Sephadex A50 de acordo com o item 2.7.1. Os resultados obtidos a partir da cromatografia de troca iônica estão apresentados na figura 2, onde podemos observar a presença de 2 picos nas frações adsorvidas e não adsorvidas. Entretanto, apenas na fração que corresponde a não adsorvida apresentou atividade enzimática de FTase, com 38,32 U/mL e fator de purificação de 5,86. Essa fração foi selecionada para as demais etapas de purificação. Quando comparamos os nossos resultados totais com a literatura consultada, podemos observar que obtivemos valores mais altos de fator de purificação, pois Guimarães et al., (2007) que utilizaram cromatografia de troca iônica DEAE-cellulose para purificar a enzima FFase obtida a partir do Aspergillus niveus, obtiveram fator de purificação de 2,9.. Nesse caso, os autores usando o mesmo princípio de. funcionamento da cromatografia obtiveram valores semelhantes quando se trata desse tipo de estratégia de purificação de enzimas. Virgen-ortiz et al., (2016) quando purificaram a FTase a partir de Aspergillus aculeatus em cromatografia de troca iônica em uma coluna Q-Sepharose HP, conseguiram 38,1 de fator de purificação e.

(39) 39. 21,0 em rendimento de atividade enzimática. Wei et al. (2014) relata em seu estudo a FTase produzida por Aspergillus oryzae ZZ-01 purificada em 4 etapas: precipitação com (NH4)2SO4 cromatografias de Q-Sepharose FF, Sepharose FF e SephacrylS-200 HR sendo esta com atividade especifica de 1 U/mg e fator de purificação 17. Com o objetivo de melhorar a resolução da purificação da enzima FTase, e obter o peso molecular, a amostra não adsorvida obtida da cromatografia DEAEsephadex QFF foi concentrada e reaplicada no sistema AKTA haithap utilizando a coluna Superdex-75 em que apresentou uma única fração de 1mL com atividade para FTase, apresentando peso molecular de 57.96 kDa (Figura 3). Comparando com os estudos de Nguyen et al., (2005) que utilizou a cromatografia através do sistema FPLC com colunas DEAE-Sepharose e Ultrogel Ac A44 para obter 40,0 e 49,8 em fator de purificação utilizando Aspergillus níger e Nadeem, H et al., (2009) que utilizaram o mesmo microrganismo com cromatografia em coluna Mono Q e obteve o fator de purificação de 101. Na figura 6 é possível observar que a temperatura ótima foi de 60ºC e é possível observar que tanto o extrato bruto quanto o purificado mantiveram estabilidade na temperatura de 50ºC em ate 30 min mantendo aproximadamente 100% da atividade enzimática, não havendo atividade acima da temperatura de 60ºC em que possivelmente ocorreu a desnaturação da enzima. No trabalho apresentado por Yiang et al. (2016) utilizando uma cromatografia de troca iônica em uma coluna coluna Ni 2+ (GE Healthcare, Houston, TX, EUA) do sistema AKTA, obteve um aumento na atividade da FTase nas temperaturas entre 30°C e 55°C e diminuição nas temperaturas entre 55°C a 70°C sendo a temperatura ótima de 55ºC, resultados semelhantes aos apresentados nesse trabalho. A produção de FOS através da reação de transfrutosilação da enzima FTase produzida por Aspergillus flavus em FES foi analisada de acordo com o item 2.9. em que a análise dos produtos da reação por espectrofotometria de massa mostrou que a enzima extracelular tinha atividade de transfrutosilação. Mais kestose do que nistose foi detectada (figura 8). Na sua mobilidade cromatográfica, os compostos.

(40) 40. correspondentes a kestose e nistose apresentaram o tempo de retenção de 0,63 mnts e 0,90 mnts..

(41) 41. 40 35 30. U/mg. 25 20. Com sacarose. 15. Sem sacarose. 10 5 0 0. 24. 48. 72 Tempo (h). 96. 120. Figura 1 curva de produção da Frutosiltransferase por Aspergillus flavus cultivado de forma estática em fermentação em estado sólido utilizando a borra de café como substrato por 120h, a 30C..

(42) 42 1 Tabela 1. Resumo da purificação de frutosiltransferase obtida a partir de Aspergillus flavus cultivado de forma estática em ferementação em estado sólido utilizando a borra de café como substrato por 120h, a 30C. Passo de purificação. Atividade. Proteínas. Atividade. Rendimento. total (U/mL). total mg/mL. especifica. em atividade (%). Fator de purificação. (U/mg-1) Extrato. 3632,40. 240,00. 15,13. 100,00. 1. Etanol. 1774,60. 15,63. 113,53. 48,85. 7,50. 92,52. 28,92. 3,20. 2,55. 0,21. 2427,63. 15,00. 161,84. 66,83. 10,70. 868,80. 9,80. 88,65. 23,92. 5,86. 38,32. 0,09. 395,05. 1,05. 26,11. 28,03. 0,022. 1303,60. 0,77. 86,16. Sulfato de amônio (0-60%) Precipitação acetone Fração não adsorvida Deae-Sephadex A50 Não adsorvido DEAE-Sephadex. QFF. sistema AKTA. Superdex-75 sistema AKTA.

(43) 43. 300 250. U/mg. 200 150. não adsorvido Adsorvido. 100 50 Frações. 0 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Figura 2 Cromatografia da enzima frutosiltransferase de Aspergillus flavus em resina DEAE sephadex A50 frações não adsorvido e adsorvido.. 900 800 700 600 mAU. 500 400. UV 215…. 300 200 100 0 0. 20. 40. 60. 80. 100. 120. min. Figura 3. Perfil cromatográfico da enzima frutosiltransferase obtida a partir da fermentação em estado solido do Aspergillus flavus precipitado com acetona e carregado em cromatografia de troca iônica DEAE-Sephadex do sistema AKTA haithap..

(44) 44. 300. 250. 200. mAU. 150. 100. 50. 0 0. 20. 40. 60. 80. 100. Frações mL. -50 Figura 4. Cromatograma do sistema automatizado de cromatografia liquida rápida de proteínas AKTA para purificação de frutosiltransferase por Aspergillus flavus em fermentação em estado sólido (FES) utilizando. borra. de. café. como. substrato..

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