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material didatico volume 2 27 08 13

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1

COLÉGIOESTADUALPROFESSOR

ELYSIOVIANNACURSOPROFISSIO

NALIZANTETÉCNICOEMMEIOAM

BIENTELEGISLAÇÃOAMBIENTAL

cursotécnicoemmeioambientes

ubsequentecursotécnicoemmei

oambientesubsequentelegislaçã

oambientalsegurançaambiental

leidapoliticanacionaldomeioam

bienteleidoscrimesa①①mbien

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MBIENTEINSTITUTOCHICOMEN

DESUNIDADEDECONSERVAÇÃOD

ABIODIVERSIDADEIBAMACONA

MAINSTITUTOAMBIENTALDOPA

RANÁLEIDAAÇÃOCIVILPÚBLICA

POLICIAFEDERALIBAMASISNAM

Meio Ambiente equilibrado e sustentável.

Legislação e

Segurança

Ambiental

Ensino técnico - Modalidade – Subsequente.

Adimar Garcia Machado.

(2)

“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

2

ORAÇÃO PELA NATUREZA

1

.

“BENDIZE, ó minha alma, ao SENHOR, DEUS meu, tu magnificentíssimo, estás vestido de glória e majestade. Ele cobre-se de luz como um vestido, estende os céus como uma cortina. Põe nas águas os vigamentos das suas câmaras, faz das nuvens o seu carro, anda sobre as asas do vento; Faz dos ventos seus mensageiros de seus ministros um fogo abrasador; Lançou os fundamentos da terra, para que não vacile em tempo algum. Tu a cobres com o abismo, como com um vestido; as águas estavam sobre os montes. A tua repreensão fugiram, à voz do teu trovão se apressaram. Sobem os montes, descem aos vales até ao lugar que para elas fundaste. Limite lhe traçaste, que não ultrapassarão, para que não tomem mais a cobrir terra.”

“Ó SENHOR, quão variadas são as tuas obras! Todas as coisas fizeste com sabedoria; cheia esta a terra das tuas riquezas. Tal é este vasto e espaçoso mar, onde se movem seres inumeráveis; animais pequenos e grandes. Ali passam os navios; e o leviatã que formaste para nele folgar. Todos esperam de ti que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno; Dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e enchem-se de bens. Escondes o teu rosto, e ficam perturbados; se lhes tira a respiração, morrem e voltam para o seu pó. Envias o teu espirito, e são criados e assim renovas a face da terra. A glória do SENHOR seja para sempre! Alegre-se o SENHOR em suas obras!”

1 Salmos nº 104,versos:1-9/24-31. Bíblia Sagrada, Versão Revista e Corrigida na grafia simplificada, tradução de

(3)

“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

3

Colégio Estadual Professor Elysio Vianna - Turma – 2011/12.

Colaboradores na revisão, correção e sugestões para a realização do

presente trabalho. Discentes do segundo semestre do Curso Técnico em

Meio Ambiente na modalidade Subsequente ao Ensino médio.

Adriano Lessa

Ailton Luiz de Oliveira

Darci Sidor

Hugo Leonel Huinca

Jussara de Oliveira

Leandro Henrique Correa

Leonardo Katsuo Uehara

Luciana Aparecida Tarnoposch

Marco Aurélio de Paula Godoy

Maristela Jacob Pereira

Robson Maia Rodrigues dos Santos

Rubia Mara dos Santos

Eleandro Gonçalves

Vanessa da Silva Luiz.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

4

“O Verde”

Estranha é a cabeça das pessoas. Uma vez, em São Paulo, morei numa rua que era dominada por uma árvore incrível. Na época da floração, ela enchia a calçada de cores. Para usar um lugar-comum, ficava sobre o passeio um verdadeiro tapete de flores; esquecíamos o cinza que nos envolvia e vinha do asfalto, do concreto, do cimento, os elementos característicos desta cidade.

Percebi certo dia que a árvore começava a morrer. Secava lentamente, até que amanheceu inerte, sem uma folha. É um ciclo, ela renascerá comentávamos no bar ou na padaria. Não voltou. Pedi ao Instituto Botânico que analisasse a árvore, e o técnico, concluiu: fora envenenada.

Surpresos, nós, os moradores da rua que tínhamos na árvore um verdadeiro símbolo, começamos a nos lembrar de uma vizinha de meia-idade que todas as manhãs estava ao pé da árvore com um

regador. Cheios de suspeitas, fomos até ela, indagamos, e ela respondeu com calma, os olhos brilhando, agressivos e irritados:

−Matei mesmo essa maldita árvore. −Por quê?

−Porque na época da flor ela sujava minha calçada, eu vivia varrendo essas flores desgraçadas.

(5)

O presente trabalho foi elaborado como material suplementar à ementa estabelecida pela SEED/PR para disciplina de Legislação e Segurança Ambiental do Curso Técnico de Meio Ambiente na modalidade subsequente no Colégio Estadual Professor Elysio Vianna, localizado em Curitiba – Paraná, e previsto para projeto de monografia de Especialização em Ministério Público, oferecido pela Fundação Escola do Ministério Público do Paraná.

Com objetivo geral de implementá-lo na disciplina de Legislação e Segurança Ambiental da grade curricular do Curso Técnico de Meio Ambiente, e especificamente como material suplementar para uso do professor e discentes.

Ventilando os principais tópicos da seara ambiental de forma gradativa, de uma maneira objetiva e de fácil compreensão, onde aluno possa acompanhar, participar e adquirir o conhecimento e aplicá-lo em futuros trabalhos técnicos.

Vale frisar, que este trabalho foi uma pesquisa elaborada nos mais renomados nomes da seara do Direito Ambiental e apresentado em três partes, obedecendo a ementa do curso e que no momento oportuno será explicado.

E por final, tecer um elogio a direção e equipe pedagógica do Colégio Estadual Professor Elysio Vianna, que, a cada ano letivo, vem procurando tornar-se referência especificamente no curso técnico de meio ambiente.

“Confia ao SENHOR as tuas obras, e os teus pensamentos serão estabelecidos”. (Provérbios: 16-3).

“Os nossos sonhos não podem ser cancelados, somente nós temos o comando para frustrá-los. Assim, sendo, desejo sucessos para todos e que a sua confiança não esteja pregoada em seus pensamentos, mas, sim, nos pensamentos do nosso poderoso SENHOR, que é JESUS CRISTO.”

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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ABREVIATURAS E SIGLAS.

AD – REFERENDUM - (expressão latina) Para apreciação e aprovação posterior por autoridade competente.

AGENDA 21 – Plano de ação para o século XXI, avaliado pelos representantes de 170 Países integrantes da Conferência da Organização das Nações Unidas, realizada no Brasil em 1992.

A.I.A. – Avaliação de Impacto Ambiental.

ALQUEIRE – Medida agrária. (alqueire Paulista = 22.400 metros quadrados; alqueires: mineiro, carioca e goiano= 44.800 metros quadrados e na região Nordeste = 27.225 metros quadrados.).

A.N.A. – Agência Nacional das Águas.

ANEXO – Documento não elaborado pelo autor. APÊNDICE – Documento elaborado pelo autor. Art. – Artigo.

A.R.T. - Anotação ou Registro de Responsabilidade Técnica Ambiental. AUTARQUIA – Órgão vinculado diretamente ao Ministério do Governo. CAPUT – Enunciado do Artigo (norma jurídica).

CARTA DA TERRA – Documento mundial de valores e princípios para um futuro sustentável.

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente.

C.R.F.B./88 – Constituição da República Federativa do Brasil de 05/10/1988. ECO – 92 – Conferência sobre o meio ambiente realizada no Rio de Janeiro em 1992.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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E.I.A – Estudo de Impacto Ambiental. E.I.V. – Estudo de Impacto de Vizinhança.

H. A. – Hectares - medida Agrária - Equivalente à dez mil metros quadrados. I.A.P. – Instituto Ambiental do Paraná,

IBAMA – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis.

I.C.M.- Bio – Instituto Chico Mendes – Unidade de Conservação da Biodiversidade.

IN DUBIO, PRO NATURA – (expressão latina)Na Duvida, Pela Natureza. I.P.T.U. – Imposto Predial e territorial Urbano.

I.R.F.M. – Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo. I.U.C.N. – União para a Conservação Mundial.

JBRJ – Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro. L.D.B. – Leis de Diretrizes de Base da Educação.

M.M.A. – Ministério do Meio Ambiente. O.N.U. – Organização das Nações Unidas. P.N.M.A. – Politica Nacional do Meio Ambiente. R.I.M.A. – Relatório de Impacto ao Meio Ambiente.

SEED/PR – Secretaria de Estado de Educação do Estado do Paraná. SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente.

S.M.M.A – Secretaria do Municipal do Meio Ambiente

SNUC – Sistema Nacional de Unidade de Conservação do Meio Ambiente. T.C.F.A. - Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental.

WCMC – Centro Mundial de Monitoramento da Conservação. WWF – Fundo Mundial para a Natureza.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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Sumário.

Capítulo – I 1 - Licenciamento Ambiental...9 1.1 - Conceito...9 1.2 - Natureza Jurídica...9 1.3 - Embasamento Legal...10 1.4 - Principais Caracteristicas...10

1.5 - Classificações das Licenças...11

1.6 - Modalidades das Licenças...11

1.6.1 - Licença Prévia...11

1.6.2 - Licença de Instalação...11

1.6.3 - Licença de Operação...12

Questionário...13

Capítulo – II. 1.7 - Mecanismos da Licença Ambiental...14

1.7.1 - Da Renovação da Licença Ambiental...14

1.7.2 - Da Prorrogação da Licença Ambiental...14

1.7.3 - Do Cancelamento...15

1.7.4 - Da Revogação da Licença Ambiental...16

1.8 - Competências para o Licenciamento Ambiental...16

1.9 - Procedimento para a concessão do Licenciamento. ...17

Questionário...18

Capítulo – III. 2 - Zoneamento Ambiental...19

3 - Noções de Normas Reguladoras de Segurança Ambiental...19

3.1- Monitoramento Ambiental...19

3.2 - Compensação Ambiental...20

4 - Avaliação do Impacto Ambiental – A.I.A...21

4.1 - Estudo do Impacto Ambiental – E.I.A...22

4.2 - Relatório do Impacto ao Meio Ambiente – R.I.M.A...24

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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Capítulo – IV.

5 - Medidas de Proteção ao Meio Ambiente...27

5.1- Medidas Administrativas...27

5.2 - Medidas Judiciais...28

6 - Responsabilidades por Danos Causados ao Meio Ambiente...29

6.1 - Responsabilidade Administrativa...30 6.2 - Responsabilidade Civil...31 6.3 - Responsabilidade Criminal...32 Questionário...34 Apêndice. E.I.A. - R.I.M.A...36 Anexo. Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente; Avaliação de Impacto Ambiental...40

Licenciamento Ambiental...48

Atividades e Empreendimentos sujeitos ao Licenciamento Ambiental...59

Resíduos Sólidos Industriais...66

(10)

“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

9

Capítulo – I.

1 – LICENCIAMENTO AMBIENTAL.

O Licenciamento Ambiental é um importante instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, para garantir o desenvolvimento sustentável. Dependem de licenciamento as atividades que possam causar degradação ao meio ambiente, tais como: seu potencial ou sua capacidade de gerar líquidos poluentes (despejos e efluentes), resíduos sólidos, emissões atmosféricas, ruídos e o potencial de risco, como por exemplo, explosões e incêndios.

1.1 - Conceito.

Ele vem definido no artigo 1ª da resolução de nº 237 de 1997, do CONAMA.

“Licenciamento Ambiental é o procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental competente licencia a localização, a instalação, a ampliação e a operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso.”

1.2

– Natureza Jurídica do Licenciamento Ambiental.

O Licenciamento Ambiental está previsto no artigo 225 da Constituição Federal de 88, e estabelece o seu procedimento na forma da lei, ou seja, as instruções contidas na Resolução nº. 237, publicada em 19 de dezembro de 1997 pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA,, em virtude de ser um procedimento praticado pela Administração Pública Indireta por meio de LEI, caracteriza-se a sua natureza jurídica como um Ato Vinculado à Lei.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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1.3

– Embasamento Legal.

A Constituição Federal de 1988 em seu artigo 225 diz que deve exigir,

na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade. Tarefa árdua que coube a lei Federal n.º

6.938, de 31/08/81, que instituiu a Politica nacional do Meio Ambiente e está

em vigência a mais de três décadas.

Vale frisar, que, esta norma foi recepcionada pela Constituição Federal, e responsável pelo o alicerce das legislações que cuida das questões ambientais, então vejamos;

A lei da Política Nacional do Meio Ambiente criou o Sistema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA) e delegou responsabilidades ao Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) a missão de órgão consultivo e deliberativo para criar diretrizes e critérios para o licenciamento de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras mediante resoluções.

Com edição da resolução de nº 237, em 19 de dezembro de 1997 no diário oficial da união, tornou-se obrigatório os requisitos administrativos exigidos para a concessão do licenciamento ambiental.

Outro importante documento é a lei dos crimes (9.605/98) para punir os infratores com medidas administrativas e judiciais.

1.4

- Principais Características.

O Licenciamento Ambiental tem como sua mais expressiva característica a participação social na tomada de decisão, por meio da realização de Audiências Públicas no decorrer do processo, em cumprimento ao Princípio da Participação.

Um detalhe que vale mencionar é que depois de concedida a licença ambiental para a operação do empreendimento ou atividade de exploração dos recursos ambientais, mesmo atendendo todos os requisitos exigidos pela resolução pertinente, pode ocorrer algumas mudanças e até mesmo a

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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revogação da autorização, como veremos mais adiante no estudo dos mecanismos gerais do licenciamento ambiental.

1.5 – Classificações das Licenças.

As Licenças Ambientais poderão ser expedidas isoladamente ou sucessivamente, dependendo de certos critérios:

 A natureza do empreendimento ou atividade;

 As características do empreendimento ou atividade;

 A fase em que se encontra o empreendimento ou atividade.

1.5.1 – Natureza Jurídica da Licença Ambiental.

Em razão da possibilidade de revogação e necessidade do pedido de renovação é a natureza jurídica da licença ambiental considerada uma autorização, tendo em vista a possibilidade de revogação. Logo, a licença ambiental é um ato administrativo discricionário (político) e precário (provisório).

1.6 – Modalidades das Licenças.

O Licenciamento Ambiental é composto de três modalidades: a primeira é a Licença Prévia (L.P.); o próximo passo; a Licença de Instalação (L.I.); e a modalidade final é a Licença de Operação (L.O.), que passaremos a estudar.

1.6.1 – Licença Prévia.

É concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade. Ela estabelece quais os requisitos que devam ser observados para a sua viabilidade ou compatibilidade. A Licença Prévia tem o seu prazo de vigência de 5 (cinco) anos.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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1.6.2 – Licença de Instalação.

A Licença de Instalação autoriza a instalação do projeto do empreendimento ou da atividade conforme o aprovado, e tem vigência de no máximo 6 (seis) anos. Note-se que o empreendedor, de posse dessa modalidade licença ainda não está autorizado a iniciar a operação da atividade, ainda que de modo experimental, durante a vigência da (L.I.), poderão ser realizados, por exemplo: Supressão vegetal - Construção de aterros - Abertura de vias locais.

1.6.3 – Licença de Operação.

A Licença de Operação permite o funcionamento de equipamentos ela autoriza o inicio das atividades depois de verificado as exigências contidas nas licenças anteriores, a licença de operação tem o prazo mínimo de 4 (quatro) e máximo de 10 (dez) anos.

Para arrematar, vale frisar, que o licenciamento ambiental tem como princípio o da prevenção, e repita-se, a construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais, considerados efetiva e potencialmente poluidores (veja relação no anexo), bem como os capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento ambiental, concedido pelo órgão competente, sem prejuízo de outras exigências.

Passaremos a analisar as questões propostas para melhor fixar os assuntos, caso não se lembre no momento das respostas, basta consultar no sumário o tema e a pagina, pois a intenção é de uma releitura para melhor assimilar. Vale lembrar, que, no próximo capítulo veremos os mecanismos gerais do licenciamento ambiental, repita-se, este instrumento que tem por objetivo atender o princípio da prevenção, ou seja, os requisitos necessários para sua concessão e os atos da administração pública, visando garantir a sustentabilidade dos recursos naturais e a preservação das reservas naturais.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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Questionários.

1) Qual a definição de Licenciamento Ambiental?

2) Qual é a natureza jurídica do Licenciamento ambiental?

3) Defina as modalidades do licenciamento ambiental e os prazos de validade.

4) Qual é o embasamento legal do licenciamento ambiental?

5) Na licença de instalação o empreendedor pode fazer alguma obra? Justifique a sua resposta!

6) O licenciamento ambiental é um instrumento da Politica Nacional do Meio Ambiente e imprescindível em todos os empreendimentos e atividades? Justifique!

Questão que foi cobrada no certame da COPEL/2011. As Licenças Ambientais poderão;

( ) ser expedidas isoladamente e cumulativas ( ) ser expedidas independente e isoladamente ( ) ser expedidas isoladamente ou sucessivamente ( ) ser expedida cumulativa ou sucessivamente ( ) nenhuma das respostas anteriores.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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Capítulo – II.

1.7 – Mecanismos da Licença Ambiental.

O Poder Público nas suas competências e jurisdições podem valer-se de mecanismos para preservar um meio ambiente equilibrado ecologicamente como principio fundamental estabelecido na Constituição Federal, sempre observando o melhor para a coletividade, é o caso da renovação, prorrogação, cancelamento, e a revogação das licenças ambientais. É o que vamos ver a seguir;

1.7.1 – Da Renovação da Licença Ambiental.

Entretanto, na renovação de uma atividade ou empreendimento, o órgão ambiental competente poderá, mediante decisão motivada, aumentar ou diminuir o seu prazo de validade, após avaliação do desempenho ambiental da atividade ou empreendimento no período de vigência anterior, respeitados o prazo já estabelecido.

Vale acrescentar, que deverá ser requerida com antecedência mínima de 120 (cento e vinte) dias da expiração de seu prazo de validade, fixado na respectiva licença, ficando este automaticamente prorrogado até a manifestação definitiva do órgão ambiental competente.

1.7.2 – Da Prorrogação da Licença Ambiental.

A Licença Prévia e a Licença de Instalação poderão ter os prazos de validade prorrogados, desde que não ultrapassem os prazos máximos estabelecidos.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de validade específicos para a Licença de Operação de empreendimentos ou atividades que, por sua natureza e peculiaridades, estejam sujeitos a encerramento ou modificação em prazos inferiores.

1.7.3 – Do Cancelamento da Licença Ambiental.

O órgão ambiental competente poderá cancelar a licença concedida, quando ocorrer afronta ao enunciado no artigo 225 da Constituição Federal, então vejamos o que está previsto;

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para os presentes e futuras gerações.”

Segundo o artigo 19 da Resolução 237/97 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA:

O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer:

 Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais.

 Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença.

 superveniência de graves riscos ambientais e de saúde.

Assim, a concessão da licença é passível da anulação quando tiver vÍcio não gerando direito adquirido ou qualquer indenização, mesmo que comprovar a legalidade do empreendimento ou atividade.

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1.7.4 – Da Revogação da Licença Ambiental.

Porém, se o órgão ambiental revoga a licença ambiental concedida por motivo de conveniência ou oportunidade, e o empreendimento já tiver começado (no caso de revogação) surge ao empreendedor o direito de indenização.

Nesta situação, o Poder Público pode usar do mecanismo da revogação, para que seja investido naquele local um bem para a coletividade, seja como exemplo, a implantação de uma rodovia, que deverá ocupar a área em que foi concedida para a operação de um empreendimento ou atividade, motivado pela oportunidade e conveniência ( em benefício do meio ambiente).

O órgão competente revoga a licença concedida, arca com os prejuízos causados ao empreendedor, podendo conceder uma nova licença, após os tramites legais, ou seja, apresentar os requisitos necessários para o licenciamento ambiental.

1.8 – Competências para o Licenciamento Ambiental.

As principais diretrizes para a execução do licenciamento ambiental estão expressas na Lei 6.938/81 e nas Resoluções CONAMA nº 001/86 e nº 237/97 Além dessas, o Ministério do Meio Ambiente emitiu recentemente o Parecer nº 312, que discorre sobre a competência.

Na esfera federal, o órgão competente é o IBAMA; atividades que causam

impactos em todo o território nacional terão licenciamento por órgão federal. O IBAMA tem competência para obras com significativo impacto ambiental.

Na esfera estadual, o órgão competente são as Secretarias Estaduais de

Meio Ambiente; responsável por licenciamentos em suas áreas. No Estado do

Paraná o órgão competente é Instituto Ambiental do Paraná – I.A.P.

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1.9

– Procedimento para a concessão do Licenciamento

Ambiental.

O Órgão ambiental competente definirá quais são os documentos e os estudos que deverão ser apresentados para início do projeto, o empreendedor requisitará a Licença Prévia, se for o caso será realizada audiência pública, podendo ser requerido esclarecimento por parte do empreendedor, em seguida será emitido um parecer técnico e o órgão ambiental concederá ou não a Licença Prévia.

Após a conclusão do procedimento poderá ser deferida a Licença de Instalação, e depois da conclusão das obras, poderá ser concedida a Licença de Operação. Vale acrescer, que nas exigências administrativas pelo órgão competente, cabe apenas uma exigência em cada modalidade de licença e

após o seu atendimento pelo empreendedor, sempre respeitando o prazo determinado, poderá ser deferido ou não.

Assim, vencido mais um capítulo, espera-se que tenha um bom aproveitamento dos assuntos abordados, adiante passamos a apresentar algumas questões referente aos mecanismos do licenciamento ambiental.

No próximo capítulo, vamos estudar importantes temas, entre eles, destacam-se; o monitoramento ambiental, um instrumento de cooperação em detrimento aos crimes ambientais; avaliação dos impactos ao meio ambiente, neste ínterim, passamos a analisar dois importantes documentos o Estudo de Impacto Ambiental – E.I.A., e o Relatório de Impacto ao meio ambiente – R.I.M.A.

Vale lembrar, que foram incluídos neste trabalho (volume ❷) a resolução 237 – CONAMA, que cuida dos procedimentos para a concessão Licenciamento Ambiental.

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Questionários.

1) O Poder Público pode recorrer aos mecanismos da renovação,

prorrogação, cancelamento, e a revogação das licenças ambientais.

Explique como ocorre a revogação de uma licença ambiental e os

seus efeitos.

2) Quais os procedimentos para a concessão do licenciamento

ambiental?

3) Sobre as prorrogações nas licenças ambientais. Faça o seu

comentário e consulte a resolução 237 - CONAMA, para

fundamentar a sua opinião.

4) Faça uma consulta na resolução 237/CONAMA (anexo), e

disserte sobre competência para licenciamento ambiental,

obedecendo o que se pede abaixo;

a) Competência na esfera federal;

b) Competência no estado do Paraná.

c) Competência municipal.

5) Pesquisar na Lei Complementar nº. 140, aprovada no

Congresso Nacional e publicada no Diário Oficial da União no final

de 2011.

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Capítulo –III.

2 - Zoneamento Ambiental.

Ele serve para garantir a sadia qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável, o zoneamento ambiental regulamenta as áreas de poluição critica, podendo desmembrar determinado território proibindo a valorização de algumas atividades em certas partes ou interditando estas atividades.

3 – Noções de Normas Reguladoras de Segurança Ambiental.

Um Meio Ambiente Sustentável e Ecologicamente Equilibrado é o objetivo principal no ramo do direito que disciplina as questões ambientais, o direito ambiental, para que isto aconteça a Constituição Federal de 1988, foi a primeira a se preocupar com o Meio Ambiente, dedicando um capítulo especial para as normas e pela segurança ambiental, entre muitos já estudado, mencionamos dois mecanismos importantíssimos para auxiliar os princípios da Precaução e Prevenção à qualidade ambiental; O Monitoramento e a Compensação Ambiental, que passamos a estudar.

3.1 – Monitoramento Ambiental.

Um dos grandes desafios para o futuro é conter os crimes ambientais em suas diversas formas; degradação ambiental, biopirataria e outros. Para melhor esclarecer, escolhemos o assunto bem conhecido que é o comércio ilegal da madeira. O ambientalista José Renato Nalini em seu trabalho “A Ética como Matéria –prima Indispensável a Ecologia2”, leciona;

A quantidade de madeira ilegal comercializada nos últimos dois anos, só no Mato Grosso, daria para carregar 66.000 (sessenta e seis mil)

2

Jose Renato Nalini ”Novos Rumos do Direito Ambiental; enfoques variados – Geraldo Ferreira Lanfredi (organizador). São Paulo: Millennium, 20064,p. 54.

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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caminhões. Enfileirados, eles ocupariam uma extensão de 2.640 quilômetros, o equivalente à distância entre o Rio de Janeiro e Natal.

O monitoramento feito pelo INPE.,3 na floresta amazônica entre os anos de 2003 e 2004, registrou os seguintes indicadores; “ mais de 26.140 quilômetros quadrados desflorestados”.

Assim, podemos citar inúmeros indicadores que são objetos de monitoramento, vejamos;  Consumo de água;  Consumo de energia;  Produção de resíduo;  Qualidade do ar;  Qualidade da Água;  Desemprego.

Nestes poucos indicadores, pode-se observar a importância do monitoramento ambiental, a diversidade de indicadores que estão sendo monitorados com rigor por órgãos competentes que obedecem procedimentos e normas regulamentadoras para um meio ambiente sustentável e equilibrado..

;

3.2 – Compensação Ambiental.

Os impactos adversos que não podem ser evitados ou mitigados (controlados) deverão ser compensados. Trata-se de um mecanismo de indenização financeira à sociedade. Pois, não seria correto, a sociedade arcar com os prejuízos causados pelo poluidor.

A compensação ambiental visa a responsabilidade objetiva do poluidor, independente de culpa, ele vai recompor o dano causado ao meio ambiente (degradação), importante ressaltar que, na execução de obras de recuperação às áreas degradadas, essa sanção deverá, ainda mais, contar com a participação do poluidor direto na recuperação do dano causado para surtir o devido efeito, ou ainda, a uma indenização financeira que poderá atingir até 50.000.00 (cinquenta ) milhões. E caso o dano se alongue ao tempo, será

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acrescido de multa diária, sem prejuízos de indenização a terceiros prejudicados.

4 – Avaliação de Impacto Ambiental – A.I.A.

O estudo de Avaliação de Impacto Ambiental, tem por finalidade implantar a harmonia instada em um meio ambiente ecologicamente sadio e equilibrado em detrimento à degradação por Fatores; natural e pela ação do homem, considerados até irreversíveis. Assim, o professor Marcus Vinicius Valle Junior, leciona sobre a degradação ambiental4;

O artigo 3º. Da lei 6.938 define degradação ambiental assim; “Degradação da qualidade ambiental: a alteração adversa das qualidades do Meio Ambiente”. Percebe-se facilmente pela simples leitura do dispositivo legal que, para se caracterizar uma degradação ambiental, é fundamental a ocorrência de uma alteração (mudança significativa) e adversa (negativa, maléfica) que atinja o Meio Ambiente, que pode ser por fatores naturais, como terremoto, furação, maremoto, etc., ou por ação humana de pessoa física ou jurídica ou pelos dois fatores conjugados.

Um dos grandes vilões em detrimento ao Meio Ambiente sustentável atualmente são as degradações por atividades humanas, vários são os exemplos apresentados na mídia; cidades sendo invadidas pelos rios, que, tiveram os seus trajetos modificados. Neste caso, podemos observar nitidamente à ação humana.

Fato ocorrido recentemente, no estado de Minas Gerais, onde varias cidades foram invadidas pelo rio Muriaé, com dezenas de milhares de famílias desabrigadas.

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Novos Rumos do Direito Ambiental. Capitulo III - Princípios do Direito Ambiental. Ed. Millennium, 2006. p. 43.

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Verifica-se a relevância da avaliação do Impacto ao meio ambiente, considerado como um instrumento necessário para garantir a divisão do espaço territorial natural, cultural, histórico, enfim. Notadamente, os documentos (E.I.A – R.I.M.A.) que se completam e testificam a viabilidade ou não do implemento desejado para atividades e empreendimentos de significativo potencial poluidor, ou seja, aqueles que estão sujeitas a causar dano, degradação, e impacto ao Meio Ambiente.

Neste sentido a resolução nº 001/86 do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, define impacto ambiental da seguinte forma;

Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos recursos ambientais.

Para atingir esta finalidade, deve-se levar em consideração dois documentos que trabalham em conjunto; o primeiro deles é o Estudo que se deve fazer da área ambiental, denominado de Estudo de Impacto Ambiental (E.IA.), e a elaboração do Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (R.I.M.A.).

4.1 - Estudo de Impacto Ambiental – E.I.A.

Este documento é um estudo que deve-se fazer em todas as atividades e empreendimentos que ofereçam riscos de degradação ao meio ambiente, a sua apresentação e custos deverão correm por conta do proponente (empreendedor) e a sua elaboração por equipe técnica multidisciplinar particular, cabe ao órgão competente a analise dos documentos apresentados.

Deverá obedecer os critérios estabelecidos no artigo 6ª da Resolução nº.001/86 (CONAMA), entre eles, destaca-se; a coleta e aquisição dos dados e informações, trabalhos e inspeções de campo, análises de laboratório, estudos

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técnicos e científicos e acompanhamento e monitoramento dos impactos de atividades modificadoras do Meio Ambiente. Podemos listar algumas;

 Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;

 Ferrovias;

 Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

 Aeroportos,

 Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;

 Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;

 Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;

 Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

 Extração de minério,

 Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

 Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW;

 Complexos e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, carvão, fóssil, extração e cultivo de recursos hídricos);

 Distritos industriais e zonas estritamente industriais.

 Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental.

 Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.

Vale acrescentar, que, em face das informações e detalhamentos técnicos sigilosos do empreendimento ou da atividade, requer do poder público

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a devida cautela na sua divulgação (princípio da publicidade), ou seja, este documento não pode ser acessível ao público.

Para arrematar, como já mencionado, a responsabilidade para apresentação do projeto e os custos correrão por conta do proponente, e em casos específicos, o órgão competente federal ou estadual, depender de instruções adicionais peculiares ao projeto apresentado, requisitará ao município, no que couber. pelas peculiaridades do projeto e características ambientais da área.

Lembre-se, que, o E.I.A., só será exigido para o licenciamento ambiental, em casos extremos, quando o empreendimento ou atividade realmente ofereça prejuízo ao meio ambiente (degradação), em caso de omissão do órgão responsável, estará sujeito as medidas protetoras do meio ambiente (administrativas e judiciais).

4.2 - Relatório de Impacto ao Meio Ambiente – R.I.M.A.

Com a conclusão do primeiro documento de estudo de impacto ambiental, iniciamos a segunda etapa, onde será explicado o estudo realizado para a implantação de empreendimento ou atividades modificadoras do meio ambiente, o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente – RIMA.

Este documento será de acesso ao Público, Entretanto, deverá obedecer critérios que facilitem as pessoas interessadas a sua compreensão, como passamos a analisar adiante;

 Deve ser apresentado de forma objetiva e adequada à sua compreensão.

 As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível.

 Ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens do projeto,

 Apresentar de forma transparente todas as consequências ambientais de sua implementação.

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O Relatório de Impacto ao Meio Ambiente, refletirá as conclusões do estudo de impacto ambiental, conforme o dispositivo da Resolução do CONAMA - 001/86, que trata do assunto; que deverá conter no mínimo:

 Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas setoriais, planos e programas governamentais;

 A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a serem gerados;

 A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do projeto;

 O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;

 Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem geral)... (artigo 9º).

Atendendo o Princípio da Publicidade, repita-se, permite a participação pública na aprovação de um processo de licenciamento que contenha este tipo de estudo, através de audiências públicas com a comunidade que poderá ser afetada pela instalação do projeto.

Suas cópias permanecerão à disposição dos interessados, nos centros de documentação, bibliotecas de controle ambiental, ou Secretária Municipal do Meio Ambiente.

É muito relevante, para o estudante do curso técnico de meio ambiente e gestão ambiental, recomenda-se uma visita à estes institutos para compreender melhor este processo de estudo de impacto ambiental necessário para a prevenção ambiental.

Sobre as responsabilidades do poluidor (infrator), reservamos o último capitulo deste volume.

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Questionários.

1) Escolha um indicador entre os três sugeridos; água

– ar –

trânsito. Elabore uma texto no mínimo de 15 (quinze) linhas,

sobre o tema” “Monitoramento Ambiental”.

2) Cite dois exemplos de compensação ambiental realizado no

estado do Paraná, não esquecendo de mencionar detalhes do

local e época da degradação e compensação.

3) Explique qual é a relação da avaliação de impacto ambiental com

o licenciamento ambiental.

4) Analise esta afirmativa e de a sua opinião sobre a necessidade

de concessão de licenciamento ambiental.

“ No centro da cidade de Curitiba está previsto para o ano de

2013, a instalação de um complexo administrativo da

Braspetro.( órgão responsável direto dos transportes de

produtos derivado do petróleo – Petrobras)”.

5) Sobre os dois documentos da avaliação de impacto ambiental

(EIA-RIMA). Explique a função de cada e como se pode ter

acesso a estes documentos, se , necessário.

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Capítulo – IV.

5 – Medidas de Proteção ao Meio Ambiente.

Existem dois mecanismos à disposição do Poder Público (Federal, Estadual e Municipal) na área ambiental, são as medidas; administrativa e Judicial, que passaremos a estudar adiante;

5.1 – Medidas Administrativas.

O poder público municipal exerce a função de agente fiscalizador, revestido com o Poder de Polícia administrativa, como autoridade sempre em prol dos interesses difuso ( da coletividade), para exercer o poder de polícia o agente fiscalizador deverá observar alguns critérios, vejamos o que a lei dos crimes ambientais menciona sobre o assunto;

Ao exercício do poder de polícia e como autoridade competente para aplicar a sanção administrativa, os agentes deverão observar o disposto no artigo 6ª da lei dos crimes ambientais, que diz:

”Para imposição e gradação da penalidade, a autoridade competente observará a gravidade do fato, tendo em vista os motivos da infração e suas consequências para a saúde pública e para o meio ambiente, os antecedentes do infrator quanto ao cumprimento da legislação de interesse ambiental e por final, a situação econômica do infrator, no caso de multa.”

Entretanto, no procedimento administrativo, como ele é um ato discricionário, isto é, um ato que pode ser invalidado, se não forem observados outros critérios importantes, como, a sua competência para autuação; nesta situação, vamos exemplificar da seguinte forma;

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“foi cometido uma infração ambiental no município “X”, o agente fiscalizador deverá ser do município “X”, outro exemplo; se foi cometido uma infração ambiental no município “X”, e o poluidor tem a sede da empresa no municio “Y”, será o agente do município “X” competente para lavrar o auto de infração.

Outras situações importantíssimas que deverão ser observadas pelo agente; a finalidade do ato da aplicação da penalidade, deve sempre observar que no direito ambiental o que se busca é a precaução e a preservação ambiental para um meio ambiente ecologicamente equilibrado.

Vale acrescentar, que entre as competências para o exercício de polícia administrativo, o município pode valer-se das normas do âmbito estadual ou federal e não apenas local, isto não quer dizer que pode autuar em matérias de competências estadual ou federal, se foi cometido uma infração local ele pode aplicar o lei que couber para a fundamentação do ato administrativo;

interdição (Suspensão de funcionamento), autuação de uma atividade (Ato

de lavrar um auto contra alguém, processar), multa, entre outras de sua competência como órgão fiscalizador local.

5.2 - Medidas Judiciais.

Outras ações que podem ser utilizadas na defesa do meio ambiente são

as ações demolitórias (Que contém ordens de demolição; que mandam

demolir, derrubar), as de reintegração de posse, a anunciação de uma obra

nova (início de obra ilegal, somente para obras novas) e a ratificação de embargo administrativo (Confirmação do impedimento judicial à execução de

obra capaz de causar prejuízo), desde que haja descumprimento da legislação municipal e o principal e mais eficiente instrumento legal para exigir ressarcimento ou reparação de danos ambientais é a ação civil pública ( lei nº. 7.347/85), além de contar com as medidas coercitivas da lei dos crimes

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6 - Responsabilidades por Danos Causados ao Meio Ambiente.

A Lei 6.938 (PNMA), diz que a responsabilidade pelo dano ambiental, cabe ao poluidor. Pelo artigo 3º. O POLUIDOR – é a pessoa fisica ou jurídica de direito público ou privado é responsável direta ou indiretamente pelos atividades de degradação ambiental, desde que resulte em;

 Prejuízo à saúde, à segurança, e ao bem-estar da população;

 Condições adversas às atividades sociais e econômicas;

 Afetam desfavoravelmente a biota;

 Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;

 Lancem matérias ou energias em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos no artigo 3ª.,III, da Lei 6.938/81.

Neste sentido o ambientalista e professor Marcus Vinicius Valle Junior, esclarece com exemplos;

 Uma indústria que emite fumaça causando (ou podendo causar) doenças respiratórias em moradores de um bairro próximo ( saúde).

 Uma represa que está sendo construída, mas cuja barragem é frágil e pode vir a causar inundações ou catástrofes (segurança)..

 Um ruído emitido com constância que impede grande numero de moradores de descansar ou de ter suas atividades habituais (bem - estar).

 Uma praia poluída que não esta sendo frequentada ( condições sociais), onde os pescadores não podem pescar e os comerciantes não podem exercer suas atividades ( condições econômicas).

 Qualquer atividade que afete as formas de vida vegetal ou animal, tais como desmatamento, caça, envenenamento de águas ou solo (biota).

 Poluição visual através de pichações, cartazes, placas de propagandas em locais proibidos, luminosos (estética).

 Esgoto corrente a céu aberto, e lixo depositado de forma inadequada (sanitárias).

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 Emissão de fumaça, vapor, gás, energia nuclear, som, dejetos,

lixo, em níveis acima do permitido e que gerem ou possam gerar modificações negativas.

A degradação ambiental repita-se, pode ser causada por eventos naturais, onde não se comprova o nexo causal entre o dano ambiental e a ação do agente, como a ocorrência de furação, maremoto, terremoto, bombardeios em guerras, terrorismos etc. Nestes casos que não se prevê e são fatais, não gera responsabilidades, porém, nos casos de chuvas fortes, raios e outros que são previsíveis criam responsabilidades.

Entretanto, a possibilidade real ou a ocorrência dos exemplos preconizados no artigo 3º da lei 6.938/81, caracteriza poluição e gera responsabilidades; administrativa, Civil e criminal, que passaremos a estudar a seguir;

6.1 - Responsabilidade Administrativa.

O texto legal que dispõe sobre as sanções administrativas e penais de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente outorga poderes aos integrantes do Sistema Nacional do Meio Ambiente – SINAMA, revestidos com o poder de polícia administrativa, podendo lavrar autos de infração ambiental.

O artigo 70 da lei 6.905/98 (dos crimes ambientais) define infração administrativa ambiental da seguinte forma;

“Considera-se infração administrativa ambiental toda ação ou omissão que viole as regras jurídicas de uso, gozo, promoção, proteção e recuperação do meio ambiente”.

Já o artigo 72, prevê as sanções aos infratores (pessoas física e jurídica tanto do direito público como do privado), vejamos;

Art. 72. As infrações administrativas são punidas com as seguintes sanções; observado o disposto no art. 6º:

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I - advertência;

II - multa simples; III - multa diária;

IV - apreensão dos animais, produtos e subprodutos da fauna e flora, instrumentos, petrechos, equipamentos ou veículos de qualquer natureza utilizados na infração;

V - destruição ou inutilização do produto;

VI - suspensão de venda e fabricação do produto; VII - embargo de obra ou atividade;

VIII - demolição de obra;

IX - suspensão parcial ou total de atividades; X – (VETADO)

XI - restritiva de direitos.

Em relação à multa, vale frisar, que, O valor da multa será fixado no valor mínimo de R$ 50,00 (cinquenta reais) e o máximo de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais), podendo ser acrescido de multa diária caso a infração se prolongue no tempo.

Os valores arrecadados em pagamento de multas por infração ambiental serão revertidos ao Fundo Nacional do Meio Ambiente, Fundo Naval, Fundos Estaduais ou Municipais de Meio Ambiente, ou correlatos, conforme dispuser o órgão arrecadador.

Entretanto, poderá esta multa poderá ser convertida em serviços de preservação, melhoria e recuperação da qualidade do meio ambiente.

6.2 - Responsabilidade Civil.

A responsabilidade civil no direito ambiental é tratada como objetiva, que prescinde de culpa, onde o causador do dano (o poluidor) pode ser, repita-se, pessoa física ou jurídica, que fica obrigado a responder independentemente de culpa, isto denomina-se responsabilidade objetiva, mesmo que não tenha a intenção de causá-lo. Vejamos o que diz o paragrafo 1º do artigo14 da lei 6.938/81;

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Sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo, é o poluidor obrigado, independentemente da existência de culpa, a indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por sua atividade. O Ministério Público da União e dos Estados terá legitimidade para propor ação de responsabilidade civil e criminal, por danos causados ao meio ambiente.

Repita-se, no que se refere a responsabilidade civil no direito ambiental, adota-se a responsabilidade objetiva e a teoria do risco integral, aquele que comete o crime ambiental tem o dever de repará-lo. Só vai ocorrer a exclusão da responsabilidade civil quando a degradação ambiental ocorrer por fator natural não previsível, como, furação, terremoto, maremoto entre outros, mas em caso de fator natural previsível, como chuvas fortes e raios e outros, vai ocorrer a responsabilidade.

6.3 - Responsabilidade Criminal Ambiental.

As ações criminais ambientais estão esculpidas na lei 6.905/98, dos crimes ambientais, mas existem outras consideradas leis esparsas, como exemplos: a lei dos agrotóxicos; a lei dos loteamentos; lei de biosegurança entre outras.

A responsabilidade criminal tanto para a pessoa física ou jurídica obedece os seguintes princípios;

Uma das inovações mais bem sucedidas da lei 9.605/98 é aquela que admite, expressamente, no julgamento dos crimes ambientais, a aplicação da transação penal e a suspensão condicional do processo, com a consequente extinção do processo. que passamos a explicar adiante.

A lei dos crimes ambientais faz referências aos crimes ambientais de pequeno porte, ou seja, de menor potencial ofensivo.

Sobre os crimes de menor potencial ofensivo vejamos o diz o artigo 27 do estatuto dos crimes ambientais (lei 9.605/98);

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“Nos crimes ambientais de menor potencial ofensivo, a proposta de

aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multa, prevista no artigo 76 da lei 9,099/95, somente poderá ser formulada , desde que tenha havido prévia composição do dano ambiental de que trata o artigo 74 da mesma lei, salvo em caso de comprovada impossibilidade”. .

É importante frisar que, nestes crimes mencionados não se exige a lavratura de auto de prisão em flagrante, na verdade, o que ocorre é a lavratura do auto de termo circunstanciado que deverá constar a anuência do poluidor (infrator) em comparecimento em audiência que será designada por autoridade judiciária.

No ato da realização da audiência, presentes; o magistrado, o promotor de justiça, o autor dos fatos (poluidor) e seu defensor. De primeiro ato; o magistrado deixará claro a possibilidade da transação penal, mediante dois requisitos; recomposição prévia dos danos ambientais e a aceitação de

pena não restritiva da liberdade (multa – pena restritiva de direitos).

Caso seja, aceita a recomposição dos danos ambientais e a transação penal, haverá a suspensão condicional do processo voltada a reparação ambiental.

Na suspensão condicional do processo, o infrator (poluidor) terá o tempo determinado relativos à composição do dano ambiental, reduzidos a termo e homologado pelo Magistrado condutor da audiência mediante sentença que terá eficácia de título executivo.

Uma vez, cumpridas condições, o processo deixa de suspensão condicional para extinção da punibilidade.

Para arrematar, vale acrescentar, que, se não ocorrer a transação penal, devido a ausência do autor dos fatos (poluidor), sem justificativa, ou pelo fato de não concordar com reparação dos danos ambientais, o Ministério Público oferecerá a denúncia e proceder-se-á ação penal.

Parabéns, pois, chegamos ao final dos estudos deste volume, e no próximo, trataremos de enfatizar vários assuntos de relevância para a disciplina de legislação e segurança ambiental, vale destacar; Excludente de Responsabilidade; Responsabilidade Criminal da Pessoa Jurídica; Processual do Meio Ambiente; Inquérito civil; Ação Civil Pública.

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Questionários.

1) Medidas administrativas do poder público. Elabore um texto

com o tema:

“O exercício de Poder de Polícia Administrativo ambiental”.

( apresentar o trabalho obedecendo normas da ABNT ).

2) Caso hipotético;

3) “Tício, comprou uma área de 50(cinquenta) hectares de terra

produtivas, utilizadas com a plantação de soja, e com 20% de

área verde consideradas de preservação ambiental, ocorre

que Tício resolveu ampliar à área de produção para um

agronegócio, derrubando 10% da área verde”.

Pergunta-se: quantos metros quadrados equivale a 10%

da área utilizada para o agronegócio?

Houve degradação ambiental?

Tício pode ter ser responsabilizado por crime ambiental?

Justifique a sua resposta.

Caso, seja lavrado um termo circunstanciado, o que vai

acontecer com o nosso amigo Tício?

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APÊNDICE.

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CURSO TÉCNICO EM MEIO AMBIENTE – 2º SEMESTRE.

Disciplina – Legislação e Segurança Ambiental – Prof. Adimar Garcia Machado

Estudo de Impacto Ambiental / Relatório de Impacto ao Meio

Ambiente

Dentre os estudos ambientais, é muito importante estudar

estes dois documentos, que constituem um conjunto, objetivam

avaliar os impactos ambientais decorrentes da instalação de um

empreendimento e estabelecer programas para monitoramento e

mitigação desses impactos.

Passaremos a tirar algumas dúvidas referentes ao assunto,

com perguntas e respostas.

1ª) É obrigatório a elaboração de um estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), na forma de um EIA e RIMA, no âmbito de processo de Licenciamento ambiental?

Resposta - a obrigação da elaboração de um estudo de Avaliação de Impacto Ambiental (AIA), na forma de um EIA/RIMA, é imposta apenas para algumas atividades com potencial altamente poluidor, pelos órgãos licenciadores competentes (estadual, municipal e o IBAMA) e pela legislação pertinente como a Resolução CONAMA no 001 de 1986, no âmbito do processo de licenciamento ambiental.

2ª) Existe alguma diferença entre o EIA e RIMA?

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“... guia-me mansamente a águas tranquilas”.(salmos:23-2).

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Meio Ambiente são um conjunto, a diferença entre estes dois documentos é que apenas o RIMA é de acesso público, pois o EIA contém maior número de informações sigilosas a respeito da atividade. Assim, o texto do RIMA deve ser mais acessível ao público, e instruído por mapas, quadros, gráficos e tantas outras técnicas quantas forem necessárias ao entendimento claro das consequências ambientais do projeto.

3ª) Quem participa da elaboração do EIA e do RIMA e o que é mais importante na sua elaboração?

Resposta = o Estudo de Impacto Ambiental e o RIMA é feito por uma equipe multidisciplinar, pois deve considerar o impacto da atividade sobre os diversos meios ambientais: natureza, patrimônio cultural e histórico, o meio ambiente do trabalho e o antrópico.

4ª) Qual é principio do direito ambiental que rege o EIA e o RIMA?

Resposta - o EIA e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente cumpre o princípio da publicidade, pois permite a participação pública na aprovação de um processo de licenciamento ambiental que contenha este tipo de estudo, através de audiências públicas com a comunidade que será afetada pela instalação do projeto.

5ª) O que deve conter em um EIA e RIMA?

Resposta - o conteúdo do EIA e do RIMA estão elencados no artigo 6º da Resolução 001 – CONAMA, determinando que o estudo de impacto ambiental desenvolverá, no mínimo, as seguintes atividades técnicas:

 Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:

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 O meio físico – o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d’água, o regime hidrológico, as correntes marinhas, as correntes atmosféricas;

 O meio biológico e os ecossistemas naturais – a fauna e a flora, destacando as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de extinção e as áreas de preservação permanente;

 O meio sócio-econômico – o uso e ocupação do solo, os usos da água e a sócio-economia, destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial utilização futura desses recursos.

 Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.

 Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma delas.

Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos positivos e negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados”.

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39

ANEXOS

5

.

5

Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente; 001 de 23/01/86 – 277 de 19/12/97 – 313 de 29 de outubro de 2002.

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40

RESOLUÇÃO CONAMA Nº 001, de 23 de janeiro de 1986.

O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - IBAMA, no uso das

atribuições que lhe confere o artigo 48 do Decreto nº 88.351, de 1º de junho de 1983, para efetivo exercício das responsabilidades que lhe são atribuídas pelo artigo 18 do mesmo decreto, e Considerando a necessidade de se estabelecerem as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, RESOLVE:

Artigo 1º - Para efeito desta Resolução, considera-se impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:

I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;

II - as atividades sociais e econômicas;

III - a biota;

IV - as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;

V - a qualidade dos recursos ambientais.

Artigo 2º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o

licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:

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II - Ferrovias;

III - Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos;

IV - Aeroportos, conforme definidos pelo inciso 1, artigo 48, do Decreto-Lei nº 32, de 18.11.66;

V - Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários;

VI - Linhas de transmissão de energia elétrica, acima de 230KV;

VII - Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos, tais como: barragem para fins hidrelétricos, acima de 10MW, de saneamento ou de irrigação, abertura de canais para navegação, drenagem e irrigação, retificação de cursos d'água, abertura de barras e embocaduras, transposição de bacias, diques;

VIII - Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão);

IX - Extração de minério, inclusive os da classe II, definidas no Código de Mineração;

X - Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos;

Xl - Usinas de geração de eletricidade, qualquer que seja a fonte de energia primária, acima de 10MW;

XII - Complexo e unidades industriais e agro-industriais (petroquímicos, siderúrgicos, cloroquímicos, destilarias de álcool, hulha, extração e cultivo de recursos hídricos);

(43)

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42

XIV - Exploração econômica de madeira ou de lenha, em áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas significativas em termos percentuais ou de importância do ponto de vista ambiental;

XV - Projetos urbanísticos, acima de 100ha. ou em áreas consideradas de relevante interesse ambiental a critério da SEMA e dos órgãos municipais e estaduais competentes;

XVI - Qualquer atividade que utilize carvão vegetal, em quantidade superior a dez toneladas por dia.

Artigo 3º - Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo RIMA, a serem submetidos à aprovação do IBAMA, o licenciamento de atividades que, por lei, seja de competência federal.

Artigo 4º - Os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do SISNAMA deverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento e implantação das atividades modificadoras do meio Ambiente, respeitados os critérios e diretrizes estabelecidos por esta Resolução e tendo por base a natureza o porte e as peculiaridades de cada atividade.

Artigo 5º - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:

I - Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização de projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do projeto;

II - Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação da atividade ;

Referências

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