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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, CRL (Fundão)

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Polytechnic

of Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

Licenciatura em Gestão

Guilherme José Matos Fortuna novembro 2017

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Escola Superior de Tecnologia e Gestão Instituto Politécnico da Guarda

RELATÓRIO DE ESTÁGIO

GUILHERME JOSÉ MATOS FORTUNA

RELATÓRIO PARA OBTENÇÃO DO GRAU DE LICENCIADO EM GESTÃO

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Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal C.R.L. Ruas dos Três Lagares * 6230 421 Fundão * Tel: 275750420 / Fax: 275752511

Endereço eletrónico: fundao@creditoagricola.pt

Número de Pessoa Coletiva e Inscrição na C.R.C. do Fundão 500.978.930 Capital Social Variável de no mínimo: €8.000.000; Capital Atual: €10.724.620

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Ficha de Identificação

Aluno: Guilherme José Matos Fortuna Nº de aluno: 1011656

Correio eletrónico: gui_fortuna@outlook.pt

Licenciatura: Gestão

Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda (ESTG-IPG)

Entidade acolhedora: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, CRL

Agência: Fundão

Morada: Rua dos Três Lagares, 6230-421, Fundão Telefone: 275 750 420

Fax: 275 752 511

Correio eletrónico: fundao@creditoagricola.pt

Tutor na instituição: Dr. Luís Antunes Grau Académico: Licenciado em Economia Cargo: Responsável Administrativo e Financeiro

Orientador na ESTG-IPG: Prof.ª Maria José Valente Grau Académico: Doutor em Ciências Económicas

Duração do Estágio: 400 horas

Início do Estágio Curricular: 3 de julho de 2017

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“A escola da experiência é a mais educativa.”

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Agradecimentos

Com o chegar ao fim de mais uma etapa de vida, sendo que ao longo da mesma foram muitos os obstáculos que apareceram, o estagiário quer deixar um especial agradecimento a quem cooperou e auxiliou, de uma maneira ou de outra, a superar os mesmos.

Em primeiro lugar, o estagiário agradece ao Instituto Politécnico da Guarda e à Escola Superior de Tecnologia e Gestão pelo acompanhamento, dedicação, pela oportunidade concedida de se licenciar na área de Gestão, e aos respetivos professores pelos conhecimentos fornecidos, ao longo de um período de três anos.

Em segundo lugar, o formando quer agradecer à Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, CRL pela oportunidade concedida e a toda a equipa pela simpatia, ajuda e integração. Dentro desta instituição, deixa um especial obrigado ao supervisor, Dr. Luís Antunes, que representou um papel fundamental não só na orientação e aprendizagem de vários conhecimentos, mas também pelo seu apoio, motivação, paciência e interesse mostrado em ajudar a realizar o estágio.

Por último, e não menos importante, o estagiário agradece a toda a sua família e amigos pelo forte apoio, motivação e confiança que sempre prestaram.

“Agradeço às pessoas que me rejeitaram e me disseram não. Por causa delas, agi por mim mesmo e cheguei até aqui.”

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Resumo

O objetivo do estágio curricular é pôr em prática os conhecimentos adquiridos nas unidades curriculares, de maneira a preparar os alunos no ingresso do mercado de trabalho, servindo no fundo como a primeira experiência laboral na área.

Este relatório de estágio tem como objetivo descrever as atividades desenvolvidas durante o período de estágio, bem como fazer a apresentação e caraterização da entidade acolhedora, Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Fundão e Sabugal, no sentido de se perceber o seu funcionamento. O referido estágio curricular teve início no dia 3 de julho e terminou a 22 de setembro de 2017, com uma duração total de 400 horas.

Relativamente ao conteúdo deste relatório, irá, primeiramente, focar-se na caraterização do Sistema Financeiro Português no sentido de contribuir para uma melhor perceção do funcionamento da entidade propiciadora do estágio, visto encontrar-se inserida no mesmo. Seguir-se-á a apresentação do Grupo Crédito Agrícola, contendo aspetos como a história do mesmo, a sua estrutura organizacional, a missão, os valores, as suas diversas empresas e, ainda, a agência onde o estágio curricular decorreu. Por último, serão descritas todas as atividades realizadas durante o período de permanência na instituição, primordialmente tarefas de back office, isto é, serviços administrativos, não diretamente em contacto com clientes.

Palavras chave: Estágio; Banco; Crédito; Back office; Crédito Agrícola; Fundão.

JEL Classification: G01 (Management); G20 (General); G21 (Banks, other Deposit

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Plano de Estágio

O plano de estágio que, de seguida, se apresenta foi elaborado pelo Responsável Administrativo e Financeiro da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Fundão e Sabugal que durante o período de estágio desempenhou também a função de supervisor no estágio curricular.

As tarefas desenvolvidas foram baseadas neste plano:

1. Conhecimento da história sobre a origem e percurso do Crédito Agrícola: Banco Agrícola;

Banco Universal;

2. A forma jurídica das Caixas Agrícola: Cooperativas de Crédito; A Caixa Central;

As empresas do grupo;

3. A Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal, CRL: A sua história;

Estrutura Funcional; 4. A área administrativa e financeira:

O Modus Operandi; A produção documental;

A produção documental financeira;

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Índice

Introdução ... 13

Capítulo 1 - Sistema Financeiro Português ... 14

1.1. Enquadramento e Importância do Sistema Financeiro Português ... 15

1.2. Instituições Financeiras ... 16

1.3. Modelo de Supervisão Português ... 17

Capítulo 2 - História e Enquadramento do Crédito Agrícola ... 18

2.1. Historial sobre a Origem e Percurso do Crédito Agrícola ... 19

2.2. O Grupo Crédito Agrícola ... 23

2.2.1. Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo ... 24

2.2.2. Empresas Participadas ... 26

2.3. Forma Jurídica das Caixas Agrícolas ... 30

2.4. Missão, Visão e Valores Grupo Crédito Agrícola ... 30

2.4.1. Missão ... 30 2.4.2. Visão ... 30 2.4.3. Valores ... 31 2.5. Objetivos ... 31 2.6. Logótipo ... 32 2.7. Comunicação Organizacional ... 33 2.7.1. Campanha Publicitária ... 33 2.7.2. Patrocínios e Eventos ... 34

Capítulo 3 - Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal ... 38

3.1. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Região do Fundão e Sabugal ... 39

3.2. Localização ... 40

3.3. Organização da CCAM da Região do Fundão e Sabugal ... 41

3.3.1. Comercial ... 42

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3.3.3. Crédito ... 42

3.3.4. Jurídico ... 42

3.3.5. Administrativo e Financeiro ... 43

Capítulo 4 - Atividades Desenvolvidas no Estágio ... 44

4.1. Análise do Exercício do Primeiro Trimestre de 2017 da CCAM do Fundão e Sabugal CRL. ... 46

4.1.1. Análise da Margem Financeira ... 47

4.1.1.1. Evolução do Crédito a Clientes ... 47

4.1.1.2. Evolução dos Recursos de Clientes ... 50

4.1.2. Análise do Produto Bancário ... 51

4.1.2.1. Análise Desagregada da Rubrica “Serviços e Comissões” ... 52

4.1.3. Evolução do Resultado Líquido ... 54

4.1.3.1. Situação Líquida ... 55

4.2. Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios ... 56

4.3. Análise de Risco ... 58

4.3.1. Tipos de Informação a Obter do Cliente ... 59

4.3.2. Garantias Bancárias ... 59

4.3.2.1. Garantias Reais ... 59

4.3.2.2. Garantias Pessoais ... 60

4.3.3. Análise da Situação de Risco... 60

4.4. Incumprimento e Recuperação de Crédito ... 63

4.4.1. Reestruturação do Crédito Vencido – Processo Extrajudicial ... 64

Reflexão Crítica das Competências e Conhecimentos Adquiridos ... 65

Bibliografia ... 68

Anexos ... 70

Anexo I – Relatório e Contas do 1º Trimestre de 2017 da Caixa de Crédito Agrícola do Fundão e Sabugal CRL. ... 71

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Balanço em 31 de março de 2017 – Capital Próprio e Passivo ... 72

Demonstração de Resultados em 31 de março de 2017 ... 73

Anexo II – Análise de Risco ... 74

(12)

Índice de Figuras

Figura 1: Logótipo do Centenário do Grupo Crédito Agrícola ... 21

Figura 2: Grupo Crédito Agrícola ... 23

Figura 3: Edifício da Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo ... 24

Figura 4: Logótipo AGROCAPITAL ... 26

Figura 5: Logótipo CA Consult ... 26

Figura 6: Logótipo CA Gest ... 27

Figura 7: Logótipo CA Imóveis ... 27

Figura 8: Logótipo CA Informática ... 28

Figura 9: Logótipo CA Seguros ... 28

Figura 10: Logótipo CA Vida ... 29

Figura 11: Logótipo CA Serviços ... 29

Figura 12: Missão e Valores do Grupo Crédito Agrícola ... 31

Figura 13: Evolução do Logótipo do Grupo Crédito Agrícola ... 32

Figura 14: Imagem ilustrativa da Campanha Publicitária de 2017 ... 33

Figura 15: Imagem representativa do 4º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola ... 34

Figura 16: Imagem representativa da Feira FATACIL 2017 ... 35

Figura 17: Imagem representativa da Feira OVIBEJA 2017 ... 35

Figura 18: Pedro Lopes, Grupo Crédito Agrícola no Ciclismo ... 36

Figura 19: Mário Patrão, Grupo Crédito Agrícola no Motociclismo ... 36

Figura 20: Teresa Almeida, Grupo Crédito Agrícola no BodyBoard... 37

Figura 21: João Ruivo, Grupo Crédito Agrícola no Campeonato de Rali ... 37

Figura 22: Rafael Lobato, Grupo Crédito Agrícola no Campeonato de Velocidade ... 37

Figura 23: Paulo Ramalho, Grupo Crédito Agrícola no Campeonato de Montanha ... 37

Figura 24:Localização Geográfica da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal ... 40

Figura 25:Edifício da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal ... 40

Figura 26: Organograma da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal ... 41

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Índice de Tabelas

Tabela 1: Modelo de Supervisão Portuguesa ... 17

Tabela 2: Evolução do Crédito Concedido a Clientes, de 2015 a 31 de março de 2017 48 Tabela 3: Evolução do Crédito Vencido, de 31 de dezembro de 2016 a 31 de março de 2017 ... 48

Tabela 4: Composição da Rubrica de "Crédito a Clientes", de 2015 a 31 de março de 2017 ... 49

Tabela 5: Composição da Rubrica "Recursos Captados a Clientes", de 2015 a 31 de março de 2017 ... 50

Tabela 6: Demonstração dos Encargos de "Serviços e Comissões" ... 52

Tabela 7: Demonstração dos Rendimentos de "Serviços e Comissões" ... 53

Tabela 8: Demonstração de Alterações nos Capitais Próprios ... 56

Tabela 9: Composição da Rubrica "Outras Reservas e Resultados Transitados" ... 57

Tabela 10: Ativo - Balanço em 31 de março de 2017 ... 71

Tabela 11: Capital Próprio e Passivo - Balanço em 31 de março de 2017 ... 72

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Índice de Gráficos

Gráfico 1: Evolução da Rubrica "Recursos Captados a Clientes", de 2015 a 31 de março de 2017 ... 51 Gráfico 2: Rendimentos e Encargos de "Serviços e Comissões" ... 54 Gráfico 3: Evolução do Resultado Líquido, de 2014 a 31 de março de 2017 ... 55

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Listagem de Abreviaturas e Siglas Utilizadas

CA Crédito Agrícola

CCAM Caixa de Crédito Agrícola Mútuo ESTG Escola Superior de Tecnologia e Gestão

FENACAM Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo FGCAM Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo

IES Informação Empresarial Simplificada IPG Instituto Politécnico da Guarda

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Introdução

No âmbito do curso de Gestão, do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), pretende-se que os alunos do terceiro ano finalizem a sua formação de licenciatura através da concretização de uma componente pragmática, nesta área, que se traduz na realização de um estágio curricular, de forma a por em prática todos os conhecimentos adquiridos. O estágio foi realizado na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, sede regional, tendo este como principal objetivo o conhecimento, mais detalhado e aprofundado, das atividades e procedimentos de gestão utilizados na área bancária.

O relatório está dividido em quatro capítulos principais. O primeiro capítulo servirá para se apresentar o Sistema Financeiro Português e qual a sua importância, uma vez que esta entidade se insere no mesmo.

O segundo ponto servirá para apresentar a instituição acolhedora, Grupo Crédito Agrícola, quanto à sua identificação, história, princípios, imagem, empresas participadas e por fim, os meios de divulgação utilizados pela instituição.

Em seguida, no terceiro capítulo, será apresentada a Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) da Região do Fundão e Sabugal, que engloba nove agências situadas nesta região, bem como a sua estrutura organizacional e o seu modo de operar.

O capítulo reservado para relatar toda a experiência no Crédito Agrícola será o quarto. Este dividir-se-á pelo tipo de factividade desenvolvida, mais concretamente a realização do relatório e contas do primeiro trimestre de dois mil e dezassete, a demonstração das variações de capital próprio e a análise de risco de concessão de crédito a empresas. Para finalizar, apresenta-se uma breve reflexão, sobre os conhecimentos adquiridos e experiências vividas durante o período de estágio, nesta entidade.

Pretende-se, também, que o relatório seja apelativo e coerente de forma a dar a conhecer ao leitor uma grande diversidade de informações relativas ao estágio desenvolvido e informações respeitantes ao próprio Crédito Agrícola.

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Capítulo 1

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1. Sistema Financeiro Português

Neste primeiro capítulo pretende-se dar uma breve noção do Sistema Financeiro Português1, evidenciando, também, a sua importância, pois a entidade acolhedora de

estágio, Crédito Agrícola, insere-se neste sistema.

1.1. Enquadramento e Importância do Sistema Financeiro

Português

O sistema financeiro compreende o conjunto de entidades financeiras que asseguram, essencialmente, a canalização da poupança para o investimento nos mercados financeiros, através da compra e venda de produtos financeiros, constituindo-se como intervenientes nos mercados financeiros, enquanto emitentes e transacionadores produtos financeiros. As instituições financeiras asseguram assim um papel de intermediação, ou seja, canalizam a poupança para o financiamento entre agentes económicos que, num dado momento, se podem assumir como aforradores (criadores de poupança) e, noutros momentos, como investidores.

Em parte, este papel de intermediação decorre da existência da moeda, reside na operação de canalizar o excesso de recursos (poupança) de determinado agente económico, seja indivíduo, seja família, seja empresa, para outros agentes económicos que deles necessitem (investimento). Esta operação, por um lado, possibilita a quem aplica os recursos ter um rendimento no futuro e, por outro lado, incrementa o investimento e o empreendedorismo.

A atividade económica, potenciada pelas facilidades da existência de moeda, tais como fluxos monetários por contrapartida de fluxos reais e a amplificação geográfica da dimensão dos negócios, assenta na existência de um sistema bancário bem estruturado capaz de permitir a circulação da moeda, que por sua vez alavanca os mercados de bens e serviços, e estimula a circulação de pessoas e bens.

Em suma, os bancos asseguram o funcionamento dos sistemas de pagamentos o que permite que os mercados locais desenvolvam a sua atividade e que os particulares e as empresas se desloquem e atuem respetivamente em locais distantes. Ainda que, sejam,

1 A informação a seguir exposta teve como fonte a informação disponibilizada na página de internet da Associação Portuguesa de Bancos: http://www.apb.pt/sistema_financeiro

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

igualmente, fundamentais na intermediação financeira, já que, recolhem a poupança de quem possui recursos excedentários e disponibilizam esses recursos a quem deles necessita. Sem esta operação, a capacidade de investir dos particulares e das empresas ficaria muito limitada.

1.2. Instituições Financeiras

As instituições financeiras exercem atividades específicas distintas que, para além de as caracterizarem, permitem classificá-las com base no papel que desempenham. Estas entidades financeiras podem ser divididas em dois grupos principais, sendo eles Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras.

Instituições de Crédito são entendidas como não só todas as entidades cuja atividade consiste em receber do público depósitos ou outros fundos reembolsáveis, a fim de os aplicarem por conta própria mediante a cedência de crédito, mas também instituições que tenham por objetivo a emissão de meios de pagamento sob a forma de moeda eletrónica. De entre as Instituições de Crédito, destacam-se os Bancos e as Caixas cuja atividade inclui a receção de depósitos ou outros fundos reembolsáveis e a concessão de créditos. O outro grupo, mais concretamente, Sociedades Financeiras representam todas as empresas cujas atividades principais consistam em exercer uma ou mais das seguintes atividades:

Operações de crédito, incluindo concessão de garantias e outros compromissos; Emissão e gestão de outros meios de pagamento;

Transações, por conta própria ou de clientes, sobre instrumentos do mercado monetário e cambial, instrumentos financeiros a prazo, opções e operações sobre divisas, taxas de juro, mercadorias e valores mobiliários;

Participações em emissões e colocações de valores mobiliários e prestação de serviços correlativos;

Atuação nos mercados interbancários;

Consultoria, guarda, administração e gestão de carteiras de valores mobiliários; Gestão e consultoria em gestão de outros patrimónios.

Alguns exemplos de Sociedades Financeiras são as sociedades corretoras, as sociedades mediadoras dos mercados monetário ou de câmbios, as sociedades gestoras de fundos de investimento, as sociedades gestoras de patrimónios, as agências de câmbios, entre outras.

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1.3. Modelo de Supervisão Português

A regulação do sistema financeiro é uma questão extremamente pertinente dada a necessidade de manutenção de níveis aceitáveis de estabilidade financeira. À regulação competem papéis, tais como a defesa da concorrência no setor financeiro e a prevenção do risco sistémico, que se revelam essenciais em ambientes vulneráveis a grandes crises. O modelo assenta numa rígida supervisão, com o objetivo de observar se as instituições estão a seguir as normas estabelecidas na regulamentação do mesmo.

A defesa da concorrência tem o intuito de garantir a estabilidade e a solidez do sistema financeiro e a eficiência do seu funcionamento, já a prevenção do risco sistémico pretende acautelar a possibilidade de ocorrência de um evento não antecipado ou repentino que possa afetar o sistema financeiro como um todo.

O Sistema Financeiro Português assenta num modelo de Supervisão Institucional com uma clara distinção entre os três segmentos de mercado existentes, sendo eles o bancário, o financeiro e o segurador. Na tabela 1 que se segue identificam-se as autoridades de supervisão para cada um dos segmentos de mercado, bem como o âmbito dessa supervisão. Segurador Bancário Financeiro Segmento de mercado Supervisão Vertical Supervisão Vertical Supervisão Horizontal Mercados de valores mobiliàrios e instrumentos financeiros derivados de atividade dos agentes que

neles atuam Atividade seguradora e resseguradora Instituições de crédito e Sociedades Financeiras Âmbito de supervisão Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões Banco de Portugal Autoridade de supervisão Comissão do Mercado de Valores Mobiliários

Tabela 1: Modelo de Supervisão Portuguesa

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Capítulo 2

História e Enquadramento do Crédito

Agrícola

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2. História e Enquadramento do Crédito Agrícola

No presente capítulo, irá proceder-se à definição e caraterização do Grupo Crédito Agrícola (CA), onde se abordará não só a sua história e percurso, mas também o seu enquadramento, ou seja, a ideologia do Grupo CA, a forma jurídica, a visão, a missão, os valores, os objetivos, as diversas empresas participadas pelo mesmo e, por último, os seus principais patrocínios.

2.1. Historial sobre a Origem e Percurso do Crédito Agrícola

2

As Caixas de Crédito Agrícola, associadas às Santas Casas da Misericórdia, foram fundadas em 1498 sendo assim as mais antigas cooperativas portuguesas. Em 1778, a Misericórdia de Lisboa foi a primeira a conceder empréstimos aos agricultores. Um exemplo seguido por outras Misericórdias, gerando uma dinâmica que justificou a decisão do recém-empossado Ministro das Obras Públicas, Andrade Corvo, de publicar, em 1866 e 1867, leis orientadas para a transformação das Confrarias e Misericórdias em instituições de crédito agrícola e industrial (Bancos Agrícolas ou Misericórdias-Bancos). No entanto, apenas em 1911, escassos meses depois da implantação da República através de um decreto-lei, foi criado um autêntico Crédito Agrícola.

Entre 1911 e 1929 foi surgindo um conjunto de Caixas Agrícolas que tinham como missão criar as condições de financiamento necessárias aos agricultores, estando também focadas para o desenvolvimento e solidariedade social.

No ano de 1929, as Caixas Agrícolas existentes até aí, foram submetidas à tutela da Caixa Geral de Depósitos, devido à crise bancária e económica que se sofria no momento, passando a política de crédito em vigor nesta última instituição a ser implementada nas várias Caixas Agrícolas.

Em abril de 1974, com a transformação do sistema político português, as Caixas existentes começaram a ter um caráter autónomo, alargando a sua atividade, à luz do modelo de desenvolvimento do crédito agrícola mútuo vigente em muitos países europeus.

2 Informação fornecida no período do estágio e, também, retirada da página de internet do Crédito Agrícola, mais concretamente em http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/GrupoCA/QuemSomos/Historia/

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Em meados de 1978, num clima de insegurança, foi criada a FENACAM(Federação Nacional Das Caixas De Credito Agrícola Mutuo) que tinha como objetivo a representação, nacional e internacional, e o apoio às Caixas de Crédito Agrícola. É de destacar também a criação, em 1982, de uma Caixa Central cujo o objetivo era garantir o financiamento das caixas agrícolas associadas, deixando as mesmas de estarem sob alçada da Caixa Geral de Depósitos. A sua primeira designação foi Banco Agrícola, já que o crédito concedido era única e exclusivamente dirigido ao setor agrícola.

No ano de 1987, visando garantir a solvabilidade do sistema, é instituído o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (FGCAM), no qual participam todas as Caixas Associadas. O FGCAM tem como objetivos principais garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo e suas associadas, bem como promover e realizar as ações necessárias para assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM), sendo este a denominação do modelo organizativo formado pelas diversas Caixas Associadas e pela Caixa Central que as representa e as coordena, e que tem poderes de fiscalização, intervenção e orientação.

Durante os anos 90, o grupo CA decidiu diversificar e valorizar a sua prestação de produtos e serviços, criando a CA Gest e a Rural Seguros, hoje designada CA Seguros. De seguida surge o Crédito Agrícola Vida, hoje CA Vida, mais tarde, foi a vez da CA

Consult, para a área de assessoria financeira. Por último, é criada a Rural Informática,

designando-se nos tempos de hoje CA Informática. Mais recentemente, o destaque vai para o lançamento da CA Serviços.

Ainda no decorrer dos anos 90, em 1998, o Crédito Agrícola assiste a uma unificação entre as Caixas Associadas e a Caixa Central, com a criação de uma única plataforma informática. Estas mudanças afirmam mais uma vez o Crédito Agrícola como um “banco completo”, com canais de distribuição diversificados e com ofertas especializadas de acordo com os segmentos de mercado, preservando e aumentando as suas quotas de mercado, num contexto mais competitivo.

Em 2006, é criada uma nova imagem do Grupo. A identidade histórica do Crédito Agrícola, associada a uma realidade de matriz cooperativa rural, é então renovada e

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alargada a uma realidade urbana, com uma oferta competitiva de soluções de produtos e serviços.

A caminho de completar 100 anos de existência, mais precisamente em 2009, o Grupo adota a assinatura “Juntos Somos Mais” que reflete o novo posicionamento distintivo da marca CA, em que se sublinham os valores de ajuda mútua e solidariedade que estão na essência da instituição e se materializam numa palavra, o Cooperativismo.

O ano de 2011 foi um ano muito especial para o Grupo Crédito Agrícola, pois comemorou 100 Anos de atividade. Foi um marco que simbolizou um longo caminho, marcado pelo apoio ao desenvolvimento económico e social de muitas comunidades e regiões do país e que por isso foi introduzido no logotipo da marca como vem ilustrado na figura 1 que se segue.

Passados dois anos, o Crédito Agrícola apresenta-se com uma nova assinatura “O Banco Nacional com Pronúncia Local” que reflete o posicionamento do mesmo enquanto instituição financeira que conhece, como nenhuma outra, as pessoas e as várias regiões do país, contribuindo significativamente para o desenvolvimento socioeconómico local e consecutivamente, para a economia nacional.

Nos últimos dois anos, mais precisamente 2015 e 2016, o Grupo CA foi galardoado com diversas distinções marcantes na área da banca, seguros e fundos de investimento. As notações mais importantes foram:

Ser considerado, pela revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World

Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro de capitais

exclusivamente nacionais;

Figura 1: Logótipo do Centenário do Grupo Crédito Agrícola

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Ganhar o prémio Cinco Estrelas 2015, na categoria “Banca, serviço de atendimento ao cliente”, promovido pela U-Scoot com base num estudo de mercado realizado pela Ipsos APEME;

Eleição da CA Seguros, pelo sexto ano, como Melhor Seguradora Não Vida. Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

Distinção do Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola Gest, Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), com o prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações de Taxa Indexada”. Trata-se de um prémio da autoria da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios (APFIPP) e do Diário Económico;

Clientes do Crédito Agrícola eram, segundo o BASEF Banca, os que estavam mais satisfeitos e recomendavam o Banco.

Com este breve resumo da história desta entidade, é percetível que não há muito tempo atrás este banco estava vocacionado para o setor agrícola, ideal assumido na própria marca. Hoje em dia, o banco tem um novo ideal, posiciona-se como um Banco Universal, abandonando a segmentação do seu mercado, um qualquer agente económico, de um qualquer sector de atividade, pode efetuar um pedido de empréstimo junto de uma qualquer Caixa de Crédito Agrícola.

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2.2. O Grupo Crédito Agrícola

3

O Grupo Crédito Agrícola é um Grupo Financeiro de âmbito nacional, integrando a Caixa Central, mais concretamente Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L., as oitenta e duas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas Associadas, as empresas de serviços auxiliares participadas, direta ou indiretamente, pela Caixa Central, e ainda a FENACAM, instituição de representação cooperativa e prestadora de serviços especializados ao Grupo. Para uma melhor visualização foi introduzida uma infografia do grupo constante da figura 2 que se segue.

A Caixa Central é o organismo central do SICAM, tendo os poderes de intervenção e de fiscalização das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas Associadas nos aspetos administrativo, técnico e financeiro e da sua organização e gestão. Por sua vez, as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo são igualmente instituições de crédito, sob a forma de cooperativa, cujo objetivo é o exercício de funções de crédito agrícola em favor dos seus associados, bem como a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária.

Este Grupo tem como base de sustentação as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, verdadeiras entidades dinamizadoras das economias locais, que com a sua autonomia e integração nas respetivas regiões, conhecem, em profundidade, as realidades do respetivo tecido empresarial e económico e os desafios que se colocam para o progresso

3 Texto adaptado da página online do Grupo Crédito Agrícola, nomeadamente em http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/GrupoCA/QuemSomos/Historia/

Figura 2: Grupo Crédito Agrícola

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

económico-social a nível local. As Caixas de Crédito Agrícola Mútuo, oitenta e duas, são detentoras de cerca de setecentas agências em todo o território nacional, mais de quatrocentos mil associados e um milhão e duzentos mil clientes.

Pelo que foi descrito o Grupo Crédito Agrícola é um dos principais grupos financeiros portugueses.

2.2.1. Federação Nacional das Caixas de Crédito Agrícola Mútuo

4

A FENACAM, fundada em 29 de novembro de 1978, por um grupo de 26 Caixas Agrícolas, foi a primeira estrutura de âmbito nacional do Crédito Agrícola a ser criada, visando defender os interesses das Caixas Agrícolas e respetiva representação aos mais diversos níveis, introduzindo-lhes uma nova dinâmica de funcionamento, ajustada aos objetivos de desenvolvimento e às necessidades impostas por um crescimento acelerado. Por iniciativa e imperativo legal a Federação, em 1984, com o envolvimento de larga maioria das Caixas Agrícolas então existentes no país, promoveu a criação da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo (figura 3), cúpula financeira do CA.

A FENACAM tem desempenhado um papel fundamental em prol do Crédito Agrícola, tendo criado e dinamizado vários serviços de apoio à atividade das Caixas Agrícolas associadas, alguns de natureza estruturante e com grande impacto no Grupo CA.

4 Texto adaptado da página online do Crédito Agrícola

http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/EstruturadoGrupo/FENACAM/

Figura 3: Edifício da Caixa Central do Crédito Agrícola Mútuo

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Ao longo dos anos, a Federação tem aumentado e diversificado o vasto conjunto de serviços que presta, os quais se encontram atualmente agrupados em quatro áreas departamentais:

Serviço Administrativo e Financeiro que tem como principal função o apoio aos vários serviços, bem como à direção da FENACAM, sendo responsável pela gestão contabilística, financeira, de tesouraria e faturação;

Serviço de Apoio Técnico, que através de um corpo especializado, apoia os agricultores na elaboração de candidaturas ao rendimento no âmbito da Política Agrícola Comum, elabora e analisa projetos de investimento, realiza ações de esclarecimento no âmbito dos incentivos comunitários e outras e faz avaliações imobiliárias, representando estas últimas atualmente parte significativa da sua atividade;

Serviço de Produção Documental e Aprovisionamento, fornecendo às CCAM e empresas do Grupo CA um leque variado de consumíveis informáticos e de papelaria, material de escritório, equipamentos de tratamento de dinheiro e de segurança, bem como todo o tipo de impressos inerentes ao exercício da atividade bancária das Caixas. É, também, responsável pela produção e expedição de todo o correio central do Grupo CA aos seus clientes. Disponibiliza ainda produtos não financeiros através de campanhas promocionais - ouro, porcelanas, brindes de Natal, etc.;

Serviço de Auditoria que acompanha quase todas as Caixas Agrícolas do Sistema. Analisa periodicamente os elementos de escrituração de natureza financeira das Caixas, avaliando aspetos organizacionais e de funcionamento de controlo interno e verifica de uma forma geral o cumprimento da legislação e normas aplicáveis, designadamente os elementos de reporte prudencial e contabilístico exigidos pelo Banco de Portugal e pelas diretrizes da Caixa Central;

Em suma, a FENACAM é, por excelência, o órgão de representação política e institucional do Crédito Agrícola, no âmbito nacional e internacional, sendo membro da Associação Europeia de Bancos Cooperativos (Bruxelas), da Confederação Internacional

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

do Crédito Agrícola (Zurique), da União Internacional de Raiffeisen (Bona) e da Aliança Cooperativa Internacional (Genebra).

2.2.2. Empresas Participadas

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Como dito anteriormente, o Grupo Crédito Agrícola apresenta uma ampla oferta de produtos e serviços para todos os segmentos e adaptados às realidades locais e ao mercado em geral. Estes produtos e serviços estão indexados às empresas participadas. Segue-se agora uma informação breve de cada uma, apresentando as ideologias e a razão de ser das mesmas.

AGROCAPITAL - Sociedade de Capital de Risco, S.A.

Esta empresa tem como objetivo principal gerir o Fundo de Capital de Risco dotado de 7,5 milhões de euros, subscritos pelos seus acionistas e pela própria sociedade, com fim a investir em pequenas e médias empresas dos sectores de atividade elegíveis. A figura 4 ilustra o logotipo desta empresa.

CA Consult - Assessoria Financeira e de Gestão, S.A.

CA Consult encontra-se especialmente vocacionada para a prestação de serviços de assessoria financeira e estratégica às grandes e médias empresas e entidades públicas. É dotada de competências técnicas e conhecimento sectorial. Na figura 5 que se segue o logotipo da empresa.

5 Todas as informações referentes a este ponto (subtítulo) foram obtidas no website do Crédito Agrícola, mais concretamente em http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/EstruturadoGrupo/EmpresasParticipadas/

Figura 4: Logótipo AGROCAPITAL

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 5: Logótipo CA Consult

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CA Gest - Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A.

É uma Sociedade Gestora de ativos do Grupo Crédito Agrícola que tem como principais atividades a gestão de Organismos de Investimento Coletivo, especializada no segmento de Fundos de Investimento Mobiliário, e a gestão discricionária e individualizada de carteiras por conta de outrem, de particulares, empresas e institucionais. Na figura 6 o logotipo da empresa.

CA Imóveis - Crédito Agrícola Imóveis, Unipessoal, Lda.

Esta empresa participada funciona como imobiliária, colocando ao dispor diferentes tipos de imóveis e empreendimentos aos seus clientes. Compete à CA Imóveis (logotipo presente na figura 7) definir as linhas de orientação estratégica, de curto e médio prazo, a observar pelo grupo CA para o setor, sem prejuízo da sua participação. É, também, responsável por fazer a gestão centralizada e unificada dos ativos que lhe estejam afetos e a coordenação da dinamização das diferentes vertentes dos processos de rentabilização desses mesmos ativos, nomeadamente da sua comercialização. Compete a esta entidade servir de interlocutora com as entidades responsáveis pela gestão de imóveis sob a forma de fundos e representação do Grupo CA.

Figura 6: Logótipo CA Gest

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 7: Logótipo CA Imóveis

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

CA Informática - Sistemas de Informação, S.A.

A CA Informática visa otimizar a utilização das infraestruturas (físicas e tecnológicas) que servem de suporte às tecnologias de informação e ao desenvolvimento de sistemas de informação. Esta empresa (logotipo na figura 8) tem por objetivo a prestação de serviços em três áreas fundamentais:

Gestão de ativos de base tecnológica;

Gestão e manutenção das instalações e dos centros de dados e de telecomunicações;

Serviços de apoio e suporte à atividade das empresas de serviços financeiros do Grupo e do Centro de Serviços Partilhados.

CA Seguros - Companhia de Seguros de Ramos Reais, S.A.

Esta empresa tem por objetivo servir aos seus clientes e associados seguros de ramos reais, fornecendo soluções para os problemas de segurança e proteção. Na figura 9 o logotipo da empresa. A Crédito Agrícola Seguros foi distinguida em novembro de 2016, pela Revista Exame, como a melhor seguradora “não vida” do seu segmento de dimensão, o que acontece pela sexta vez, nos últimos nove anos.

Figura 8: Logótipo CA Informática

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 9: Logótipo CA Seguros

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CA Vida – Companhia de Seguros, S.A.

Esta empresa participada nasceu em 1998, tendo como finalidade proporcionar aos seus clientes e associados seguros do ramo “vida”, sendo o mesmo um serviço completo e integrado. A existência da CA Vida (logotipo na figura 10) tem sido marcada por uma constante evolução e procura de produtos que melhor satisfaçam os seus associados, clientes e Caixas Agrícolas.

CA Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE

A CA Serviços, logotipo na figura 11, tem como principal finalidade a prestação de serviços partilhados no universo do grupo, nas áreas dos sistemas de informação e comunicação, bem como outros serviços especializados, designadamente nos domínios do apoio à dinamização do negócio e da assessoria fiscal, operação da compensação, serviços operacionais de suporte à atividade de banca direta (linha direta) e canais não-presenciais (serviços online, particulares, empresas e balcão 24).

Figura 10: Logótipo CA Vida

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 11: Logótipo CA Serviços

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

2.3. Forma Jurídica das Caixas Agrícolas

A forma jurídica do Crédito Agrícola é a de Cooperativa de Responsabilidade Limitada (CRL). Para a compreender há que introduzir o conceito de cooperativas de crédito. Assim, cooperativas de crédito são entidades constituídas por sócios cooperantes, os quais participam no Capital Social da cooperativa através da compra de títulos de capital. Em linha com esta perspetiva as Caixas Agrícolas são precisamente cooperativas de crédito. Entretanto o Capital Social da Caixa Central, cuja principal função é o do apoio logístico às Caixas Agrícolas e o garante de uma política de uniformização comportamental, no que toca à área financeira, é constituído pelo conjunto de capitais de todas as Caixas.

2.4. Missão, Visão e Valores Grupo Crédito Agrícola

2.4.1. Missão

6

O Grupo Crédito Agrícola é um motor de desenvolvimento local que tem por missão oferecer uma diversidade de soluções para responder às expectativas e necessidades dos seus clientes, nunca descurando a vocação histórica (apoio às comunidades rurais) e a proximidade e procurando sempre modernizar-se para afirmar sempre a sua identidade. Estes aspetos serão observados na figura 12 que será apresentada na subsecção 2.4.3. No quadro dos seus compromissos, destaca-se simultaneamente a missão de contribuir em diversos níveis, tais como económico, social, cultural e desportivo, com vista o progresso das comunidades locais. O teor da missão do CA constitui uma declaração concisa do propósito fundamental da organização, a finalidade de sua existência, e um compromisso com o desenvolvimento das comunidades locais.

2.4.2. Visão

6

O Crédito Agrícola tem como visão ser a entidade bancária de proximidade e de referência em diversos níveis, como a rapidez de decisão, eficiência e confiança. Este Grupo está integrado em diversas regiões, conhecendo as diversas dificuldades locais, o que permite uma maior empatia com os respetivos clientes.

6 Informação adaptada do website do Crédito Agrícola:

(34)

2.4.3. Valores

6

Os valores do Crédito Agrícola são inspirados na sua matriz cooperativa enraizada nas comunidades locais. Propõe-se a corporizar a sua missão suportada nos valores de solidez, confiança, proximidade e modernidade, segurança. Para o efeito propõe uma oferta de soluções, produtos e serviços capaz de satisfazer todas as necessidades financeiras e de proteção das famílias, negócios e empresas, que constituem fatores críticos de sucesso numa relação de parceria privilegiada com os seus clientes.

2.5. Objetivos

7

O Grupo Crédito Agrícola tem como objetivos principais:

A valorização do relacionamento com os Clientes, potenciando o conceito de “banca de proximidade”;

Oferecer produtos e serviços de qualidade sempre crescentes e sempre adaptados às necessidades dos seus Associados e Clientes, visando um elevado grau de satisfação; Contribuição para o progresso e elevação do nível de vida das comunidades locais,

através do apoio ao desenvolvimento das economias das respetivas regiões;

Assegurar a acessibilidade efetiva a serviços bancários ao maior número possível de particulares e empresas.

7 Informação retirada da página online do Grupo Crédito Agrícola:

http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/GrupoCA/QuemSomos/Objectivos/

Figura 12: Missão e Valores do Grupo Crédito Agrícola

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

2.6. Logótipo

8

O logótipo de qualquer instituição constitui a identificação imediata dessa mesma instituição, seja num documento ou num suporte publicitário. Identifica a marca que representa, quer pelo seu design, quer pela sua cor. Neste caso, as cores utilizadas refletem os valores do Crédito Agrícola. Se por um lado o verde reforça os valores existentes, o laranja reflete uma atitude de mudança e modernização. Como se pode visualizar na figura 13que se segue o logótipo evoluiu com o tempo, modernizou-se, foi se adaptando ao plano de comunicação que o CA pretendia difundir em cada momento em harmonia com os seus objetivos.

Importa referir que a cor verde é uma referência intemporal e persistente, bem como o motivo arbóreo.

8 Informação retirada da página online do Grupo Crédito Agrícola:

http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/GrupoCA/QuemSomos/Objectivos/

Figura 13: Evolução do Logótipo do Grupo Crédito Agrícola

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2.7. Comunicação Organizacional

2.7.1. Campanha Publicitária

Durante o período de realização do estágio, de 03 de julho a 22 de setembro, decorreu uma campanha de publicidade, ilustrada na figura 14, em diversos canais multimédia, com a participação da Sílvia Alberto, como habitualmente acontece. O slogan utilizado era “O sucesso é fruto de muito trabalho”. Nesta campanha, o Crédito Agrícola afirma-se como conhecedor das pessoas e das várias regiões do país, apoiante das novas ideias e projetos dos mesmos.

“Trabalhamos em parceria, conhecemos a vida e a dinâmica das regiões porque fazemos parte integrante delas. Somos o Banco nacional com pronúncia local.”

No fundo, o objetivo é realçar a imagem do Crédito Agrícola como um banco que conhece bem as pessoas e que as apoia, pois, ao captar e ao investir os recursos localmente, contribui para o desenvolvimento socioeconómico e, consequentemente para a economia nacional.

Figura 14: Imagem ilustrativa da Campanha Publicitária de 2017

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

2.7.2. Patrocínios e Eventos

O Grupo Crédito Agrícola mantém presença em diversos eventos e é, também, patrocinador de diversas feiras e de desportistas. Este tipo de ações permite ao Grupo não só um maior reconhecimento da sua imagem, já que o valor da marca se vê reforçado com o patrocínio dessas atividades, contribuindo para fortalecer o seu posicionamento de negócio, e, ainda, para gerar novos contactos e potenciais clientes, mas também um aumento do relacionamento com os atuais clientes. Abaixo, estão expostos alguns dos seus atuais patrocínios e eventos realizados9.

4º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola

O Grupo CA organiza, em parceria com a Associação dos Escanções de Portugal, o “4º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola”, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país (figura 15 - flyer relativo ao concurso). O concurso baseia-se em premiar os melhores vinhos brancos, tintos e espumantes com medalhas de ouro, prata e bronze, isto de acordo com a qualidade do mesmo, oriundos das regiões vitivinícolas dos Vinhos Verdes, Trás-os-Montes, Douro, Beiras, Dão, Bairrada, Tejo, Lisboa, Península de Setúbal, Alentejo e Algarve.

Esta é uma iniciativa do Grupo Crédito Agrícola para apoiar o sector e o desenvolvimento das economias locais, especialmente as cooperativas e os produtores, promovendo e colocando à prova a qualidade dos vinhos nacionais.

9 Informação adaptada do website do Grupo Crédito Agrícola, mais designadamente em http://www.creditoagricola.pt/CAI/Institucional/GrupoCA/PatrocinioseEventos/

Figura 15: Imagem representativa do 4º Concurso de Vinhos do Crédito Agrícola

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Feira FATACIL

A maior feira de Artesanato, Turismo, Agricultura, Comércio e Industria do Algarve é apoiada pelo Crédito Agrícola (flyer ilustrado na figura 16). O patrocínio desta feira pretende reforçar a proximidade do Crédito Agrícola às comunidades locais e aos sectores agrícola e industrial do sul do país. Ao longo dos anos o Banco tem apostado fortemente na valorização das várias regiões, como forma de potenciar o desenvolvimento local e, sucessivamente, o crescimento da economia nacional.

Feira OVIBEJA

O Crédito Agrícola patrocinou a 34.ª edição da OVIBEJA, a maior feira do sector primário do Alentejo que se realiza no Parque de Feiras e Exposições de Beja (flyer ilustrado na figura 17). Com um espaço próprio, onde apresentava aos visitantes a sua ampla oferta de produtos e serviços universal, o Grupo Crédito Agrícola continua a demonstrar o apoio ao sector primário que conhece em profundidade e com o qual tem uma relação muito forte.

Figura 16: Imagem representativa da Feira FATACIL 2017

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 17: Imagem representativa da Feira OVIBEJA 2017

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Ciclismo

No que toca a desporto, neste caso o ciclismo, o Grupo Crédito Agrícola apoia equipas de referência do pelotão nacional nas mais variadas classes, desde os mais novos até aos sub-23, tal como se pode observar na figura 18. A aposta na formação cívica e desportiva dos jovens é um objetivo sempre presente na política de patrocínios e apoios do Grupo CA. A entidade marca presença nos grandes eventos velocipédicos, tanto em Portugal como no estrangeiro.

Motociclismo

O Grupo CA está, também, presente no motociclismo. Patrocina o piloto Mário Patrão, ilustrado na figura 19, considerado um dos melhores pilotos de motociclismo nacional, pelos críticos e entusiastas. No seu currículo constam 25 títulos de Campeão Nacional de enduro e de todo o terreno, bem como diversas medalhas de ouro em campeonatos do mundo. A participação, dedicação e competitividade deste piloto em diversas provas, não só a nível nacional, mas também no estrangeiro, leva as cores do Crédito Agrícola além-fronteiras.

Figura 18: Pedro Lopes, Grupo Crédito Agrícola no Ciclismo

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 19: Mário Patrão, Grupo Crédito Agrícola no Motociclismo

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BodyBoard

Teresa Almeida, ilustrada na figura 20, é um dos nomes mais carismáticos do BodyBoard nacional e internacional, esta jovem de 22 anos, foi em 2014, Campeã do Mundo, em Iquique, no Chile. Esta competição envolveu 170 atletas, de 24 países, tendo a atleta alcançado a medalha de ouro no escalão feminino, título que não era conquistado por nenhuma atleta portuguesa há 16 anos. Mais uma vez a as cores do Crédito Agrícola foram levadas além-fronteiras.

Automobilismo

Quanto ao desporto automóvel, o Crédito Agrícola é representado por três pilotos em diferentes categorias, imagens constantes das figuras 21, 22 e 23. João Ruivo, apoiado desde 2004 pelo Grupo CA, compete na categoria de rali num projeto de sucesso que se caracteriza por uma postura de fair play e profissionalismo. Paulo Ramalho e seu irmão Rui Ramalho, sendo o primeiro patrocinado desde 2011 e o segundo desde 2014, competem no Campeonato Nacional de Montanha. Por último na secção do Campeonato Nacional de Velocidade, Rafael Lobato é o jovem representante de 16 anos e uma grande promessa do automobilismo nacional e internacional, patrocinado desde 2014.

Figura 20: Teresa Almeida, Grupo Crédito Agrícola no BodyBoard

Fonte: http://www.creditoagricola.pt/

Figura 21: João Ruivo, Grupo Crédito Agrícola no Campeonato

de Rali

Figura 23: Paulo Ramalho, Grupo Crédito Agrícola no Campeonato de Montanha

Figura 22: Rafael Lobato, Grupo Crédito Agrícola no Campeonato

de Velocidade

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Capítulo 3

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da

Região do Fundão e Sabugal, CRL.

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3. Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do

Fundão e Sabugal, CRL.

Neste ponto irá ser feita uma breve apresentação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal, entidade onde se realizou o estágio curricular de quatrocentas horas.

3.1. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo Região do Fundão e

Sabugal

A Caixa de Crédito Agrícola da Região do Fundão e Sabugal, instituição especial de crédito sob forma de cooperativa foi constituída a 14 de julho de 1932, procurando dinamizar o setor agrícola da região onde está inserida.

Inicialmente, esta Caixa denominava-se por Caixa de Crédito do concelho do Fundão, tendo adquirido o nome atual apenas após a fusão, em 1997, com a CCAM do Alto Côa e Alto Zêzere. Esta fusão deveu-se a algumas dificuldades financeiras que a Caixa de Crédito Agrícola do Alto Côa e Alto Zêzere enfrentava.

A Caixa tem por objetivo o exercício das funções de crédito agrícola, a prática dos demais atos inerentes à atividade bancária e ainda o exercício de atividades protocoladas em nome de empresa do grupo Crédito Agrícola, nomeadamente CA Seguros, CA Vida e CA

Gest.

A missão da instituição passa não só por proporcionar serviços financeiros de qualidade aos seus associados e clientes, afirmando-se como instrumento de desenvolvimento económico e social sustentado da região onde está inserida, mas também por assegurar uma melhoria da sua rendibilidade e solidez patrimonial, através da diversificação de atividades e serviços prestados.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal é a sede desta mesma na região, aí se realiza a análise e a conceção de crédito a conceder, com origem na zona. Esta sede é, também, composta por uma rede de agências situadas em diferentes localidades, mais concretamente em Almeida, Alpedrinha, Belmonte, Caria, Covilhã, Figueira de Castelo Rodrigo, Fundão, Sabugal e Silvares.

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

3.2. Localização

A CCAM de Fundão e Sabugal está localizada na cidade do Fundão conforme mapa constante da figura 24, na Rua dos Três Lagares, num edifício moderno como se pode visualizar na figura 25.

Figura 24:Localização Geográfica da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

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3.3. Organização da CCAM da Região do Fundão e Sabugal

A estrutura de funcionamento da CCAM da Região do Fundão e Sabugal vem ilustrada no organograma constante da figura 26. Observa-se alguma complexidade na sua estrutura organizativa, a qual virá descrita a seguir.

Figura 26: Organograma da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Fonte: Fornecido pela própria entidade

Conselho de Administração

Conselho Fiscal ROC Assembleia Geral Coordenador Geral Auditor Interno Administrativo e

Financeiro Jurídico Gestão de Risco

Comercial Crédito

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

Esta CCAM possui nove balcões dispersos por dois distritos, Guarda e Castelo Branco (Fundão – sede, Alpedrinha, Silvares, Caria, Belmonte, Covilhã – Anil, Almeida, Sabugal e Figueira de Castelo Rodrigo), com um responsável em cada um deles, de forma a haver um maior controlo de todas as atividades desenvolvidas.

Os departamentos existentes na Caixa Agrícola são o comercial, gestão de risco, crédito, jurídico e administrativo e financeiro.

3.3.1. Comercial

Este departamento é da responsabilidade da coordenação comercial. Quando há o interesse de um cliente em fazer um depósito ou obter um empréstimo ou um outro produto qualquer é com a área comercial que primeiramente vai interagir.

3.3.2. Gestão de Risco

De seguida, temos o departamento da Gestão de Risco. Este tem tido ao longo do tempo uma preocupação constante com os diferentes tipos de riscos a que a Caixa pode ficar exposta, ganhando maior destaque no contexto de crise recente.

Tem, também, um papel fundamental no estudo da situação financeira das empresas que efetuam um pedido de crédito, junto ao banco, de modo a perceber se não irá trazer consequências indesejadas à respetiva Caixa Agrícola.

3.3.3. Crédito

Há uma grande relação entre o departamento de crédito, comercial e da gestão do risco pois existem responsabilidades partilhadas nos pedidos de crédito. A diferença está em que esta secção é responsável pela verificação das propostas enquanto a área comercial é responsável pela sua elaboração.

3.3.4. Jurídico

Tal como o nome indica este é o departamento relacionado com todas as questões legais relativas ao banco. Estas questões não se prendem apenas com o crédito, mas com todas as atividades desenvolvidas pela Caixa.

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3.3.5. Administrativo e Financeiro

A secção administrativa e financeira é responsável pelo lançamento dos documentos contabilísticos e pela elaboração de mapas contabilísticos, mapas designados de Reporte Prudencial a serem enviadas ao Banco de Portugal, Fundo de Garantia e Autoridade Tributária (entidades responsáveis pela averiguação de quaisquer inconformidades).

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Capítulo 4

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4. Atividades Desenvolvidas no Estágio

Este capítulo do relatório tem como objetivo apresentar o que foi realizado durante o período de estágio, mostrando o funcionamento, a prática de diversas atividades, com o objetivo de aprender novos conhecimentos e aplicar os já adquiridos. As atividades realizadas focaram-se principalmente na análise financeira da própria Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal no primeiro trimestre de dois mil e dezassete (atividade principal), demonstração das alterações do capital próprio e na análise do risco associado à concessão de crédito a empresas, sendo para isto necessários conhecimentos relacionados com a análise financeira e contabilidade financeira.

Para se perceber o trabalho abaixo realizado importa saber a importância e o significado de análise financeira. Em termos semânticos, “análise” é a tarefa de distinguir e separar as partes de um todo nos seus elementos e nos seus princípios. Esta análise permite estudar as características de um qualquer “trabalho”, avaliar as respetivas potencialidades e limitações, e apresentar possíveis soluções para um problema detetado. Já o termo, “financeiro”, é um adjetivo relativo a finanças, um conceito relacionado com ativos, passivos e fluxos monetários.

A análise financeira é, portanto, um método para analisar as implicações financeiras das decisões no mundo dos negócios. Para este efeito, deve aplicar técnicas que permitem reunir informações relevantes, avaliar uma série de aspetos e tirar conclusões, com o grande apoio e conhecimento contabilístico. Graças à análise financeira, é possível estimar o desempenho de um investimento, para avaliar os riscos e saber se os fluxos de caixa da empresa são suficientes para lidar com os pagamentos, entre outras questões. Em suma, a análise financeira ajuda a compreender o funcionamento do negócio, a otimizar a eficiência dos recursos existentes e a avaliar a eficácia dos resultados pelo que constitui ferramenta fundamental para estimar o nível de risco das decisões dos investidores, ora é esta a valência utilizada pela CCAM do Fundão e Sabugal para determinar qual o risco existente para recuperar o dinheiro um crédito ou um empréstimo.

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

4.1. Análise do Exercício do Primeiro Trimestre de 2017

da CCAM do Fundão e Sabugal CRL.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo, a nível geral, está orientada para atividades enquadradas no negócio bancário, cobrindo as necessidades financeiras das empresas e dos particulares. Além destas podemos referir também que a Caixa tem outras linhas de atividade, isto é, empresas participadas pela mesma, como é o caso da, CA Informática,

CA Seguros, CA Serviços e CA Vida, as quais contribuem para ajudar a rentabilidade do

banco.

Os critérios básicos do negócio são a procura da rentabilidade, e para isso o banco tem que efetuar uma análise estratégica do seu plano de negócios anual, de forma a conseguir uma margem financeira a partir do diferencial entre o preço (taxa de juro) aplicado ao crédito concedido a clientes, e o montante pago (juros) aos clientes que lhes confiam os seus depósitos, e, ainda, desenvolver atividade na área do comissionamento (serviços). Em suma, o encaixe positivo em cada negócio bancário decorre da margem financeira alcançada a partir do diferencial entre o que o banco paga aos clientes (depositantes) e o que cobra aos clientes (credores). Já na questão do comissionamento, conexo com as empresas do grupo, o ganho revela-se por uma comissão negociada entre o próprio banco e a respetiva entidade pela venda de outros produtos, estas operações não constituem atividade principal da Caixa de Crédito Agrícola.

Sendo a procura de rentabilidade um aspeto contingencial do grupo CA, foi solicitado ao estagiário informação relativa ao desempenho da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal ao nível desse agregado. O estagiário para responder ao pedido decidiu proceder a uma análise evolutiva da rentabilidade financeira. Para o efeito, a partir das peças contabilísticas (demonstração de resultados e balanço), comparou algumas rubricas chave referentes ao primeiro trimestre de 2017 com os valores do ano de 2016. Como os dados disponíveis relativos a 2016 eram anuais optou por apurar uma média trimestral para permitir comparar com o primeiro trimestre de 2017. O ideal seria comparar semestres homólogos, por forma a expurgar variações sazonais em algumas rubricas, não sendo possível houve que recorrer a valores médios trimestrais mesmo com o risco de interpretações enviesadas.

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Em suma, com base no que foi escrito anteriormente, importa considerar que quaisquer valores associados a termos como “trimestre” ou “mar/17” estão contabilizados até à data de 31/03/2017 (trinta e um de março de dois mil e dezassete). Outro aspeto importante, nas tabelas e gráficos quando aparece a designação de “Trim.2016” é referente à média trimestral extraída dos valores anuais de 2016. Um último ponto a ter em conta, é relacionado com as informações que aqui foram expostas, sendo as mesmas retiradas das demonstrações financeiras em 31 de março de 2017, extraídas do balancete do mesmo (informação pode ser consultada no anexo I do relatório).

4.1.1. Análise da Margem Financeira

A partir da Demonstração de Resultados do primeiro trimestre de 2017 da CCAM do Fundão e Sabugal, constante do anexo I, verifica-se que a margem financeira, diferença entre os juros cobrados pelos créditos concedidos (juros/proveitos das operações ativas) e os juros pagos aos depositantes pelos montantes que estes confiam aos bancos (juros/custos das operações passivas), desce 8,32% face à média trimestral de 2016. Entretanto, a partir do Balanço do primeiro trimestre de 2017, o crédito a clientes regista uma subida de 2,59% face à média trimestral de 2016 do mesmo agregado, peça contabilística também presente no anexo I. A priori estes dois valores sinalizam uma contradição, rapidamente dissipada pelo facto de as taxas de juro estarem em níveis muito baixos e estar-se face a um rácio de transformação (relação entre os depósitos e os empréstimos) abaixo da média. Para ajudar à compreensão e à justificação desta ocorrência segue-se um estudo das rubricas, Crédito e Recursos de Clientes, a partir do Balanço.

4.1.1.1. Evolução do Crédito a Clientes

Através do estudo do Balanço, especificamente da rubrica de “crédito a clientes” integrada na categoria do ativo, observa-se que no 1º trimestre de 2017 há uma inversão na tendência de crescimento da mesma face ao que acontece em 2016. Na verdade, regista-se um crescimento de 2,59% contrariando as variações negativas registadas entre 2016 e 2015 e entre 2015 e 2014, respetivamente -1,64% e -5,34%, de acordo com tabela 2. A explicação pode residir no esforço de melhorar as condições de acesso ao crédito, com taxas de juro mais competitivas e com condições mais adequadas de financiamento, em que o nível de risco é considerado bom, apesar da fraca procura, do excesso de oferta

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Guilherme José Matos Fortuna || Relatório de Estágio

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Caixa de Crédito Agrícola Mútuo da Região do Fundão e Sabugal

impulsionada pela política monetária desenvolvida pelos bancos centrais e do nível cada vez mais elevado de exigências de controlo.

Juntamente com o crédito concedido, há a existência de crédito vencido, indicador importantíssimo, pois quanto menor este for, melhor será para a instituição. Observando a tabela 3, o valor do 1º trimestre de 2017 comparado com de dezembro de 2016, tem-se €5.054.088 (valor bruto) contra €4.799.906, mais cerca de 5,3%, e o montante de provisões / imparidades acumuladas para crédito vencido e de cobrança duvidosa era de €4.179.272, ficando assim com uma taxa de cobertura de 82,5% da totalidade de crédito vencido.

dez/16 4 799 906,00 € 3 921 698,00 €

mar/17 5 054 088,00 € 4 170 272,00 € 82,51% 5,30%

Crédito Vencido Provisões / Imparidades acumuladas p'ra crédito Tabela 2: Evolução do Crédito Concedido a Clientes, de 2015 a 31 de março de 2017

Tabela 3: Evolução do Crédito Vencido, de 31 de dezembro de 2016 a 31 de março de 2017

dez/15 71 761 981,12 € -5,34% dez/16 70 585 621,99 € -1,64% mar/17 72 415 263,84 € 2,59% Crédito Concedido Crescimento do Crédito Concedido

Referências

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