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Análise da viabilidade contábil, econômica e financeira de uma loja de materiais de construção

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Academic year: 2021

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UNIJUÍ – UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU EM CONTROLADORIA E GESTÃO EMPRESARIAL

ANÁLISE DA VIABILIDADE CONTÁBIL, ECONÔMICA E

FINANCEIRA DE UMA LOJA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

ALINE ANDRESSA WANDSCHEER

Profª Orientadora: Msc. Maria Margarete Baccin Brizolla

IJUÍ (RS) 2016

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ANÁLISE DA VIABILIDADE CONTÁBIL, ECONÔMICA E FINANCEIRA DE UMA LOJA DE MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

Aline Andressa Wandscheer 1

Maria Margarete Baccin Brizolla 2

RESUMO

O presente artigo tem como objetivo identificar como o estudo de viabilidade do ponto de vista contábil, econômico e financeiro para incremento de investimento em uma empresa de materiais de construção pode auxiliar o gestor na tomada de decisão. A metodologia utilizada classifica-se como aplicada-descritiva, da qual fará uso de documentos, sendo portanto uma pesquisa documental e um estudo de caso. Os dados foram analisados por meio da forma qualitativa, com auxílio do sistema de informações da empresa. A análise de viabilidade a partir do incremento do investimento baseou-se nos indicadores econômicos e financeiros: Lucratividade, rentabilidade, tempo de retorno contábil, valor presente líquido (VPL), Taxa interna de retorno (TIR), Payback (Simples e Descontado). O trabalho revelou que o incremento é viável sob o ponto de vista contábil, econômico e financeiro, alcançando os indicadores desejados para o investimento dentro período estimado melhorando os indicadores atuais da empresa.

Palavras Chave: Incremento. Investimento. Receita. Despesa.

1 INTRODUÇÃO

Um dos setores mais dinâmicos do país que é a construção civil tem se aprimorado ao longo dos anos para conseguir atender o mercado com qualidade e inovação. Mello e Amorim (2009) caracterizam o segmento como um setor heterogêneo que se relaciona a cerca de uma série de atividades complexas ligadas entre si por uma ampla gama de produtos. Nesta relação envolve-se diferentes tecnologias para cada tipo de demanda. O ramo incluí desde indústrias de tecnologia de ponta com grandes investimentos, como cimento, siderurgia, química, até milhares de microempresas de serviços, a maior parte com baixa capacidade tecnológica.

Os profissionais que atuam na área dividem-se nas mais variadas funções, sendo engenheiros, arquitetos, mestres de obras, pedreiros, encanadores, eletricistas, desenhistas,

1 Bacharel em Ciências Contábeis, pós graduanda em Controladoria e Gestão Empresarial pela Unijuí – RS.

2 Professora do DACEC, Mestre em Contabilidade e Controladoria, Doutoranda pela Fundação Universidade de

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entre outros. Cada um de acordo com a sua qualificação técnica e conhecimento. Além deles, o mercado da construção civil dispõe de uma grande quantidade de lojas de materiais de construção que revendem os produtos e estão sempre atentas as novidades do negócio. Atualmente, o Brasil apresenta grandes oportunidades para as empresas que desejam fazer a diferença e adotar soluções que diminuam o impacto no meio ambiente causados pela construção civil. A sustentabilidade nos empreendimentos contribui para a redução da pobreza e promoção da igualdade social nas cidades. Pequenas mudanças podem trazer grandes benefícios sem impactar muito no custo final da obra, fortalecendo o conceito de moradia sustentável (CORRÊA, 2009).

Com a certeza de que inovar é preciso, o estudo de viabilidade contábil, econômica e financeira de um projeto torna-se imprescindível para que a organização alcance o sucesso e se mantenha no mercado através da escolha de investimentos que trazem em especial rentabilidade para empresa. Segundo Lacruz, (2008, p.3), “planejar detalhadamente significa antever nos mínimos detalhes o resultado futuro de ações que se pretendem tomar acerca de um empreendimento, objetivando indicar sua viabilidade ou inviabilidade”.

Em cada projeto deve-se verificar a capacidade de gerar receita, analisando se os fluxos de caixa justificam o investimento para a sua implementação (DAMODARAN, 2004). Diante disso questiona-se: como o estudo de viabilidade sob o ponto de vista contábil, econômico e financeiro para incremento de investimento em uma empresa de materiais de construção pode auxiliar o gestor na tomada de decisão? Com vistas a responder a questão de pesquisa busca-se identificar como o estudo de viabilidade do ponto de vista contábil, econômico e financeiro para incremento de investimento em uma empresa de materiais de construção pode auxiliar o gestor na tomada de decisão, considerando que a medida que o gestor dispõe de informações seguras para a tomada de decisões, tende-se a minimizar os riscos e incertezas e o planejamento proporciona a visualização do retorno para os empresários e as mudanças ocasionadas nas demonstrações contábeis (HOJI, 2010).

Wanke (2010), afirma que o resultado do cálculo da viabilidade servirá como um dos insumos para a aprovação do início da execução do projeto, entretanto, durante a execução poderá haver necessidade de alterações que deverão ser analisadas antes da sua autorização. Nessa análise, os impactos da implementação da mudança são identificados e, normalmente, cenários são elaborados onde a viabilidade de cada um é calculada.

Contudo, colocar em prática atualmente ideias que refletem a personalidade do empresário em negócios reais é cada vez mais comum. Nesse sentido, este estudo justifica-se por buscar analisar a viabilidade de incrementar um comércio de materiais de construção de

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propriedade familiar, inserido num ambiente de considerável concorrência, localizado no município de Três Passos (RS) que conta atualmente com dois funcionários além dos sócios que trabalham ativamente na parte administrativa e operacional comercializando os mais variados produtos no ramo da construção civil. Dessa forma, espera-se aproveitar e utilizar as informações geradas através do estudo para melhorar o empreendimento e assim garantir a sua continuidade.

Neste processo, conhecer as receitas, custos e despesas envolvidas é fundamental. Através dos números é possível projetar resultados e montar estratégias para alcançá-los. Conforme Gitman (2010, p.105) “o planejamento financeiro é um aspecto importante das operações das empresas porque fornece um mapa para a orientação, a coordenação e o controle dos passos que a empresa dará para atingir seus objetivos”.

2 ANÁLISE DE INVESTIMENTOS E INDICADORES DE VIABILIDADE

A crescente expansão no número de projetos de investimentos exige do investidor um levantamento dos recursos disponíveis e a análise da melhor forma de aplicar estes recursos visando um resultado econômico-financeiro atrativo. Alguns métodos e demonstrativos como a Demonstração do Resultado do Exercício auxiliam nas tomadas de decisões (ASSIS, 2010). A demonstração de resultado do exercício (DRE) de uma entidade revela a composição do lucro ou prejuízo da entidade encontrado descontando das receitas, as deduções, custos, despesas e o imposto de renda. Entretanto, considera-se na elaboração da demonstração o princípio contábil da competência, contabilizando a receita no momento da sua ocorrência independentemente do seu recebimento e a despesa no período em que foi consumida ainda que não tenha sido efetuado o pagamento (BRUNI, 2010). Na visão de Marion (2003, p. 127) “a DRE é extremamente relevante para avaliar desempenho da empresa e a eficiência dos gestores em obter resultado positivo. O lucro é o objetivo principal das empresas”.

Outro indicador que deve ser considerado em um projeto é a rentabilidade que o mesmo vai trazer para empresa. Hoji (2010) afirma que, os índices de rentabilidade determinam o rendimento do capital investido, sendo considerados excelentes indicadores, pois, revelam o sucesso (ou o insucesso) empresarial. Dentre eles destacam-se: margem bruta, margem líquida e rentabilidade do capital próprio. Estes índices geralmente tem como base de cálculo as receitas líquidas da organização, porém, podem ser calculados sobre as receitas brutas deduzidas somente das vendas canceladas e abatimentos.

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O aumento do lucro é uma preocupação constante no mercado, afinal, sem lucros uma empresa não consegue atrair capital externo. Medindo a rentabilidade é possível avaliar os lucros da organização em relação as vendas, ativos ou volume de capital investido pelos sócios e também o prazo de retorno dos investimentos, podendo ser mensurada de diferentes maneiras (GITMAN, 2007).

Para Silva (2011) a interpretação dos indicadores de rentabilidade é algo de grande relevância. Antes de caracterizar um índice encontrado como alto ou baixo deve-se considerar o tipo de empreendimento que está sendo analisado, seguimento de mercado em que está inserido, porte da empresa, tempo de existência, entre outros fatores. Vale salientar ainda, que na rentabilidade a verificação dos lucros precisa estar relacionada com a dimensão dos mesmos dentro das atividades da firma.

Enquanto a rentabilidade revela qual foi o retorno do capital investido a longo prazo a lucratividade evidencia o ganho imediato do negócio num menor espaço de tempo. Bruni (2010, p.171) define lucratividade como: “a análise relativa entre alguma das diversas medidas possíveis para o lucro, como o lucro bruto, o lucro operacional próprio ou o lucro líquido, e as vendas líquidas”.

Alguns indicadores econômicos financeiros são calculados com base nas informações da demonstração do resultado do exercício, conhecidos como indicadores contábeis como o caso da lucratividade e rentabilidade. Todavia, existem índices que se fundamentam em dados do fluxo de caixa. Entende-se como fluxo de caixa o registro e controle das entradas e saídas de numerários em um determinado período de tempo nas organizações permitindo um maior controle das operações que envolvem o seu disponível (GIMENES et al, 2011).

Evidenciando a quantia em dinheiro que a entidade tem disponível e como está sendo gerenciado, o fluxo de caixa destaca-se entre as demonstrações contábeis visto que, a demonstração do resultado do exercício e o balanço patrimonial relatam apenas parte destas informações. Nesta linha, Silva; Ferreira (2007, p.3) afirmam que: “O fluxo de caixa assume importante papel no planejamento financeiro das empresas. Portanto, constitui-se num exercício dinâmico que deve ser constantemente revisto e atualizado na tomada de decisões”.

Todavia, o fluxo de caixa poderá ser projetado ou real. No caso da projeção estima-se os valores para um determinado período de atividade e no fluxo de caixa real utiliza-se somente os valores que de fato ocorreram, as efetivas entradas e saídas de recursos (GIMENES et al, 2011).

Portanto, o fluxo de caixa age em ciclo desde a compra de estoques até o recebimento do dinheiro referente a venda de seus produtos a prazo. Ao analisar esta demonstração fica

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claro a relação entre as despesas para o cumprimento das obrigações e a receita adquirida da venda dos produtos. Essa movimentação envolvendo entradas e saídas de dinheiro pode resultar em saldo positivo ou negativo (GOMES; MORAES, 2013) e pode ser analisada através de indicadores como taxa mínima de atratividade (TMA), taxa interna de retorno (TIR), valor presente líquido (VPL) e payback simples e descontado.

Para Marques (2012) a taxa mínima de atratividade é o indicador da qual o investidor considera que está obtendo retornos financeiros e corresponde a melhor remuneração que poderia ser obtida com o emprego do capital em um investimento alternativo. O autor descreve que “após definir a taxa mínima de atratividade, para dar início ao processo de análise do investimento através dos indicadores financeiros, é necessário projetar um fluxo de caixa que demonstre as entradas e as saídas provocadas pelo investimento” (MARQUES 2012, p.27).

Normalmente com base na taxa de juros praticada pelo mercado estima-se a taxa mínima de atratividade (TMA) de um investidor. No Brasil, a taxa SELIC é a mais utilizada sendo a taxa básica da economia que remunera os títulos públicos federais. “Dependendo da natureza do investidor e da operação, podem ser consideradas também outras taxas, como a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo) e a TR (Taxa Referencial)” (BRITES; SALANEK FILHO, 2013, p. 23). Kuhn (2009) relata que, no Brasil a taxa mínima de atratividade (TMA) para ser atrativa deve ficar com um nível abaixo de 18% anual, em razão das perspectivas de retorno não ultrapassarem demasiadamente, logo, os custos médios ponderados de capital acima deste parâmetro inviabilizam a grande maioria dos investimentos.

A taxa interna de retorno (TIR) é a taxa anual que a empresa recebe por um projeto de acordo com a entrada de caixa previsto após a ocorrência do mesmo. Serve de base para decisões de aceitação ou não de um projeto, devendo aprovar somente os projetos que apresentarem uma taxa interna de retorno maior que o custo de capital, também conhecido como custo de oportunidade (GITMAN 2007). Entretanto, de acordo com Fonseca (2010, p.15) “se o investimento for se realizar com recursos de terceiros, o critério da TIR funciona de maneira inversa, ou seja, deve ser mais baixa do que o custo de oportunidade. O VPL aumenta à medida que se eleva a taxa de atualização”. Vale lembrar que se o custo de oportunidade não se manteve o mesmo durante o período é essencial o cálculo da média ponderada das taxas para

efeito de comparação justa com a TIR (KUHN, 2009; FONSECA, 2010).

O valor presente líquido (VPL) de um projeto de investimento pode ser definido como

o valor presente dos fluxos de caixa futuros subtraído do valor presente do custo do investimento. No resultado deste cálculo o investimento terá retorno se o VPL for positivo,

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pois, realizá-lo é o mesmo que receber um pagamento referente a seu valor. Contudo, se o VPL apresentar resultado negativo recomenda-se a rejeição do investimento, dado que realizar o investimento hoje significa pagar o VPL no presente momento. Sendo assim, o valor presente líquido passa a ser um critério simples de decidir se um projeto deve ou não ser efetuado (GITMANN, 2007; LACRUZ, 2008; MARONEZI; PRUCOLI, 2009).

O período de payback representa o tempo necessário para se resgatar o capital investido pelos sócios ao abrir a empresa. Em outras palavras, é o número de anos necessários para igualar os fluxos de caixa futuros acumulados ao montante do investimento inicial (BROM; BALIAN, 2007; MARONEZI E PRUCOLI, 2009; FONSECA, 2010; BRITES; SALANEK, 2013). A decisão de optar por um investimento com base no tempo de retorno dos capitais é um método simplificado onde alguns pontos fracos podem ser observados, como “a falta de vinculação com o objetivo de maximização de riqueza, a incapacidade de considerar explicitamente o valor do dinheiro no tempo e o fato de ignorar os fluxos de caixa depois de o investimento ser recuperado” (GITMAN, 2007, p. 352).

3 METODOLOGIA

Richardson (2010) salienta que o ponto de partida de qualquer pesquisa é a meta ou objetivo, em seguida, deve ser desenvolvido um modelo do processo que será estudado e a partir deste modelo inicia-se a coleta dos dados e informações necessárias para que estes sejam aplicados comparados e avaliados em relação ao modelo pré-definido. Essa divisão da pesquisa leva a um planejamento das atividades a serem examinadas de modo que as informações sob análise sejam confiáveis e relevantes.

Os documentos extraídos da empresa já constituída e instalada há um tempo no mercado servem de base para o estudo de viabilidade econômica, através dos mesmos é possível conhecer as receitas, custos e despesas essenciais para a projeção dos resultados com o intuito de avaliar a viabilidade ou não do acréscimo de investimento na organização, desta forma, o estudo classifica-se como uma pesquisa aplicada, pois, de acordo com Collis e Hussey (2005, p.27), “foi projetada para aplicar suas descobertas a um problema específico existente” sendo a aplicabilidade da teoria da viabilidade econômica em uma organização que atua no ramo da construção civil.

Do ponto de vista de seus objetivos, a pesquisa realizada foi classificada como descritiva, onde o pesquisador interpreta e detalha a realidade como ela se apresenta. Na visão de Vergara (2000) a pesquisa descritiva apresenta os aspectos de determinada população ou

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fenômeno, equiparando as variáveis e definindo sua natureza. Sem o compromisso de explicar os fenômenos que serviram de base para fundamentar a opinião existente.

Por utilizar-se de documentos que não recebem uma análise minuciosa e que ainda podem ser reformulados de acordo com o propósito da pesquisa, classifica-se como pesquisa documental e de estudo de caso, que de acordo com GIL (2010) é o estudo detalhado e exaustivo de um ou mais objetos que possibilita um amplo conhecimento do qual dificilmente seria atingido com outros delineamentos.

Em relação à abordagem do problema, destacam-se dois tipos de pesquisa, a qualitativa e quantitativa, sendo que este estudo foi classificado como uma pesquisa qualitativa, pois, é mais subjetiva deixando margem para interpretações. Também abrange a averiguação e reflexão das percepções para obtenção de um bom entendimento de atividades sociais e humanas (COLLIS; HUSSEY, 2005), a utilização deste tipo de pesquisa auxilia o pesquisador a ultrapassar os conceitos iniciais e revisar a teoria adotada anteriormente, servindo assim de base para concepções e explanações muito interessantes de outros contextos.

Como instrumento de coleta de dados adotou-se técnicas de observação participante individual, que na visão de Silva; Menezes (2005) fazem uso dos sentidos na obtenção de elementos sob aspectos da realidade, análise documental e entrevista semiestruturada que ocorre quando o entrevistador tem autonomia para elaborar cada procedimento da forma que considerar adequado (LAKATOS; MARCONI, 2011).

Após a coleta de todos os dados significativos e da respectiva fundamentação teórica do tema, iniciou-se o processo de sistematização dos dados, visando a partir dos mesmos o alcance do objetivo inicial deste estudo que era converter os dados extraídos em informações sólidas acerca da empresa analisada e da consequente análise de viabilidade contábil, econômica e financeira de interesse da entidade. Os dados extraídos foram analisados e interpretados por intermédio de planilhas eletrônicas, quadros e gráficos, com o propósito de tornar mais fácil o entendimento e a amplitude das informações.

4 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Com um pensamento empreendedor e a vontade de ter seu próprio negócio surge no ano de 2001 na cidade de Alvorada região metropolitana de Porto Alegre/RS, a Gramar Materiais de Construção uma empresa familiar que trabalhava inicialmente com a colocação de pedras de mármore e de granito. Com a expansão da construção civil, a organização passou a realizar reformas e prestar os mais variados serviços de mão de obra. No ano de 2009, os

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proprietários mudam-se para Três Passos/RS cidade da qual nasceram e passaram grande parte da sua infância e adolescência com a ideia de continuar no ramo da qual sempre atuaram. Dessa forma, em outubro de 2012 inauguram a Gramar Materiais de Construção, uma loja que comercializa os mais diversos produtos no ramo da construção civil.

Missão: em um ambiente harmonioso de trabalho e com foco em crescimento, possibilitar aos clientes soluções satisfatórias em materiais de construção e acabamentos para sua obra.

Visão: consolidar-se como alternativa satisfatória no ramo de materiais de construção e acabamentos em sua área de atuação, sendo reconhecida pela qualidade de seus produtos e serviços.

Valores e princípios: Busca da excelência no atendimento ao cliente; Compromisso com a preservação do meio ambiente e com a comunidade; Transparência na gestão do negócio; Trabalhar com profissionais focados em atender as necessidades dos clientes; Parcerias como estratégias de negócios; Firmar compromisso em entregar os produtos dos quais foram escolhidos pelo cliente, respeitando sempre os prazos de entrega; Acompanhar as tendências e novidades da construção civil, participando periodicamente de feiras e cursos do ramo; Zelar pela qualidade do produto trabalhando com marcas conhecidas no mercado e através da busca de fornecedores que dão garantia da mercadoria vendida; Praticar o preço justo nos produtos de acordo com a sua especificidade; Assumir uma postura ética frente aos problemas que possam ocorrer dando solução para o cliente em tempo hábil.

Objetivos: Ampliar através do incremento a abrangência da organização; Ter um espaço próprio com estrutura para depósito, carga e descarga; Aumentar o número de marcas dando mais opções para os clientes, mantendo qualidade e preços competitivos; Maximizar os resultados através de uma melhor divisão de tarefas onde os sócios administradores não precisem atuar tanto na parte operacional e dispõem de mais tempo para se dedicar nas estratégias de crescimento da organização; Criar processos de fidelização e conquista de novos clientes; Realizar investimentos mais permanentes em marketing e propaganda aumentando as vendas principalmente em datas comemorativas.

Visão de futuro: ser reconhecida como uma empresa de sucesso que de maneira ética e sustentável realiza o sonho de muitas pessoas que desejam construir ou reformar a sua casa e procuram profissionais com experiência no ramo e confiabilidade.

Neste desejo a organização procura crescer ao longo dos anos e incrementar o seu negócio optando por escolhas que geram lucratividade e posicionamento de mercado.

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Para desenvolver o potencial de uma organização perante sua plena capacidade é preciso conhecer seus pontos fortes e fracos e adequar aquilo que está em desacordo na empresa. O primeiro passo é analisar o ambiente interno e externo da qual a organização está inserida, detectando suas forças, fraquezas, oportunidades e ameaças e após utiliza-se uma ferramenta muito importante chamada plano de marketing que vai auxiliar na elaboração de estratégias organizacionais.

Quadro 1- Análise SWOT - Análise do Ambiente

Análise SWOT – Análise do ambiente

Am b iente i n te rn o Forças Fraquezas

- Conhecimento e capacitação contínua dos proprietários e dos funcionários no ramo de construção civil.

- Espaço familiar e aconchegante com atendimento diferenciado.

- Horários flexíveis e agilidade na prestação de serviço externo.

- Preços mais atrativos.

- Marcas conhecidas por sua durabilidade. - Atendimento à domicílio e frete grátis.

- Necessidade de alto investimento em infraestrutura para estocagem e entrega de materiais.

- Grande número de orçamentos gratuitos gerados sem a compra do respectivo material agregando tempo ocioso aos funcionários.

- Pouco espaço para exposição dos produtos de maneira mais visível e de fácil acesso.

Am b iente ex te rn o Oportunidades Ameaças

- Público de todas as classes sociais, que buscam desde a construção até a manutenção de sua residência.

- Lojas de materiais de construção concorrentes, com alto índice de reprovação por parte dos clientes devido a demora no atendimento e a burocracia.

- Localização estratégica próxima ao trevo de acesso à

cidade com ligação a outros três munícipios.

- Concorrentes já firmados no mercado com maior estrutura, agilidade de entrega e preços mais competitivos de materiais da linha pesada.

- Período econômico inseguro devido a crise sujeito a retração do mercado e riscos de inadimplência. - Redução na liberação de financiamentos habitacionais.

- Riscos e incertezas de um incremento de investimento na empresa.

Fonte - Elaborados a partir da pesquisa (2015).

Através das forças nota-se que a empresa encontrou o seu diferencial no mercado em que atua, porém, para ampliar as suas vendas e perpetuar-se ao longo dos anos necessita de alguns investimentos para melhorar o espaço físico da qual hoje tem disponível. As oportunidades mostram que com um público alvo definido, a empresa localizada estrategicamente em uma área que favorece o acesso desses clientes deve continuar usando isso a seu favor, fidelizando clientes que possui e conquistando novos. Entretanto, não se pode desconsiderar que o período econômico atual apresenta-se inseguro, dessa forma, qualquer investimento deve ser calculado e analisado em sua amplitude.

Partindo da ideia de aquisição do prédio onde encontra-se estabelecida, a organização pretende após adquirir o imóvel ampliá-lo com vistas a aumentar o espaço disponível para melhor expor os produtos já existentes, adquirir novos produtos (ampliar o mix de produtos) e organizar o seu estoque para que as mercadorias fiquem de fácil acesso reduzindo o seu tempo de entrega. Neste sentido, necessita realizar alguns investimentos incrementais.

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Quadro 2- Investimentos para o incremento

Investimentos para o Incremento Quantidade Total em R$

Aquisição do prédio 1 200.000,00

Reforma e ampliação do prédio 1 20.000,00

Ampliação do estoque (mix de produtos) 1 30.000,00

Capital de Giro 1 85.746,00

TOTAL 335.746,00

Fonte- Elaborados a partir da pesquisa (2015).

Para realizar os investimentos que totalizam R$ 335.746,00 a organização utilizará R$ 135.746,00 de capital próprio e um empréstimo de R$ 200.000,00, o qual seria realizado em estabelecimento bancário na forma de crédito rotativo com 24 parcelas fixas de R$ 12.233,23 e taxa de juros de 3,33% ao mês, totalizando o montante de R$ 293.597,45, e seria feito no inicio do ano 2. Essa proposta de financiamento foi consultada no banco em que a empresa já possui conta, não sendo procurado outros bancos para simulações e busca de taxas mais atrativas, o que poderá ser realizado pela empresa. Já os gastos com a aquisição do prédio é baseado no valor de mercado.

O gasto com reforma e ampliação do prédio foi levantado com base em um orçamento de material e mão de obra desenvolvida pela própria gerência da loja considerando aquilo que se pretende modificar no espaço físico onde está instalada. Nos estoques foi analisado o que a empresa necessita disponibilizar para vendas que hoje ainda não tem, totalizando um montante de mercadorias aproximado de R$ 30.000,00. Na sequencia é apresentado um quadro resumo dos pagamentos do financiamento necessário para ampliação do empreendimento.

Quadro 3 – Tabela do Financiamento

Período Pagamentos Juros Amortização Saldo Devedor

1 200.000,00

2 146.798,72 66.204,03 80.594,70 119.405,30

3 146.798,72 27.393,42 119.405,30 - 0,00 Fonte: Dados da empresa (2015).

Com o prazo de dois anos a empresa pagará R$ 93.597,45 de acréscimo para o financiamento sendo pago o montante de R$ 66.204,03 de juros e R$ 80.594,70 amortizado ao final do primeiro ano e R$ 27.393,42 de juros e R$ 119.405,30 amortizado no segundo ano. No intuito de estruturar a Demonstração de resultados do Exercício e o Fluxo de caixa e determinar os indicadores que definem a viabilidade ou não do incremento da atividade, neste item apresentam-se os itens de receitas e despesas para a DRE (Demonstração de resultados do exercício) e de pagamentos e recebimentos para o FC (Fluxo de caixa).

Sendo assim demonstra inicialmente a descrição de como foram definidas as Receitas de Mercadorias Vendidas, as quais são organizadas por grupos de produtos com maior representatividade nas vendas, sendo que estes somados compõem aproximadamente 90% das

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vendas totais da loja. Para encontrar o Preço Médio de Venda de cada grupo considerou-se a soma de todos os produtos, dividindo-se pela quantidade de itens existentes no grupo, após, multiplicou-se o Preço Médio de Venda pela Média Mensal de Venda de cada grupo apurando um total mensal de Receita Média Bruta, onde, a partir dessa soma calculou-se o valor dos impostos sobre essa receita.

Atualmente, a opção tributária da organização é o simples nacional com alíquota de 8,28%. Diminuindo os impostos encontra-se a Receita Média líquida e deste valor subtrai-se os Custos das Mercadorias Vendidas (CMV) encontrado através do valor do estoque inicial de cada produto, somado as compras e reduzindo o valor do estoque final, de acordo com as informações disponíveis no sistema informações da empresa. Para Basso (2011) a equação que representa a determinação do CMV é (CMV=EI+C-EF).

Descontando o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) chega-se ao total do Lucro Operacional Bruto mensal da organização. Vale ressaltar que todos estes dados foram extraídos do sistema de informação da empresa com base nas vendas totais deste ano vigente, podendo sofrer pequenas variações de valores de um mês para o outro.

No apêndice A foi apresentado a projeção do Lucro Operacional Bruto mensal, esse valor multiplicado por 12 representam os valores projetados para o ano 1, primeiro ano de projeção. Neste período (1) a Receita Bruta de Vendas projetada é composta pelos doze principais grupos de mercadorias vendidas e totalizaram um valor de R$ 87.977,02 onde o grupo que apresentou maior venda foi o de materiais de elétricos com R$ 35.669,40 seguido das vendas de materiais hidráulicos que somaram um montante de R$ 20.787,36. Os impostos projetados de acordo com a faixa de tributação que a empresa está enquadrada no simples nacional totalizaram R$ 7.284,50 chegando a uma Receita Líquida projetada de R$ 80.692,52. O Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) projetado foi de R$ 63.783,34 que reduzido da Receita Líquida gerou um Lucro Operacional Bruto mensal projetado de R$ 16.909,18.

No apêndice B foi exposto a projeção de Lucro Operacional Bruto anual para o primeiro ano de incremento, onde a Receita Bruta de Vendas somou R$ 316.717,27, que descontada dos impostos R$ 26.224,19 apresentou uma Receita Líquida de Vendas de R$ 290.493,08. Diminuindo ainda o CMV de R$ 229.620,02 tem-se um Lucro Operacional Bruto no ano 1 de R$ 60.873,06.

Depois de estimado o Lucro Operacional Bruto, é levantado o valor das Despesas Operacionais que corresponde a todas as despesas fixas mensais que a organização tem na situação atual, ou seja, os gastos necessários à atividade da empresa que não fazem parte do seu custo como: salários, honorários, aluguel, luz, água, depreciação, entre outros. E as

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despesas financeiras que aqui representam os juros que empresa vem pagando mensalmente aos bancos referentes a empréstimos. E também calculadas as despesas que irá ter caso realize o incremento e qual a totalidade da dessa despesa somando a situação atual com a incremental, denominada global.

O apêndice C apresenta a projeção destas despesas. Sendo a maior despesa operacional da empresa os salários que totalizam um valor de R$ 2.453,30 seguido do pró-labore dos sócios R$ 1.760,00. No incremento, tem-se um aumento na despesa de material de expediente de R$ 10,00 e embalagens R$ 7,00 oriundo do aumento das vendas e um crescimento de R$ 166,67 de depreciação por ocasião da aquisição do prédio. Somando-se as despesas operacionais e financeiras da situação atual e incremental tem-se o total de despesas global de R$ 8.072,95 ao mês.

Com o intuito de definir os indicadores de viabilidade do incremento do empreendimento, entende-se como necessário estruturar a Demonstração de Resultados do Exercício para determinar a viabilidade contábil e do Fluxo de Caixa para determinar a viabilidade financeira. Sendo assim este tópico apresenta estes dois demonstrativos que são bases para o cálculo dos indicadores necessários para determinar a viabilidade ou não do incremento da atividade. A projeção dos resultados primeiramente foi elaborada para o exercício de 2016 (ano 1) que refere-se ao empreendimento atual e após projetada para um período de dez anos (exercício incremental) e por último é apresentada a DRE global somado os valores do empreendimento atual e do incremento. No quadro 4 tem-se a Demonstração do Resultado do Exercício Atual com projeção para 10 anos e a Lucratividade do período calculada com base na divisão do Resultado Líquido do Exercício pela Receita Operacional Bruta multiplicado por 100.

Quadro 4 – Demonstração de Resultado do Exercício do Empreendimento Atual

DRE ATUAL em R$ ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1.Receita Operacional Bruta 1.055.724,24 1.087.395,97 1.120.017,85 1.153.618,38 1.188.226,93

2.Deduções da Receita Bruta 87.413,97 90.906,30 93.633,49 96.442,50 99.335,77

3.Receita Operacional Líquida 968.310,27 996.489,66 1.026.384,35 1.057.175,88 1.088.891,16

4.Custos de Mercadorias Vendidas 765.400,07 788.362,08 812.012,94 836.373,33 861.464,53

5.Lucro Operacional Bruto 202.910,20 208.127,59 214.371,42 220.802,56 227.426,63

6.Despesas 109.311,40 109.311,40 109.311,40 109.311,40 109.311,40

7.Resultado Líquido do Exercício 93.598,80 98.816,19 105.060,02 111.491,16 118.115,23

Lucratividade Média 8,87% 9,09% 9,38% 9,66% 9,94%

DRE ATUAL em R$ ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10

1.Receita Operacional Bruta 1.247.638,28 1.310.020,19 1.414.821,81 1.528.007,55 1.680.808,31

2.Deduções da Receita Bruta 104.302,56 110.696,71 119.552,44 137.979,08 153.289,72

3.Receita Operacional Líquida 1.143.335,72 1.199.323,49 1.295.269,37 1.390.028,47 1.527.518,59 4.Custos de Mercadorias Vendidas 904.537,75 949.764,64 1.025.745,81 1.107.805,48 1.218.586,02

5.Lucro Operacional Bruto 238.797,97 249.558,85 269.523,55 282.223,00 308.932,57

6.Despesas 109.311,40 109.311,40 109.311,40 109.311,40 109.311,40

7.Resultado Líquido do Exercício 129.486,57 140.247,45 160.212,15 172.911,60 199.621,17

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Fonte: Dados da empresa (2015).

Como verifica-se nas projeções de lucro a Receita Operacional Bruta no ano 1 totalizou R$ 1.055.724,24. Nas Deduções da Receita Bruta está incluso o valor dos impostos sobre as vendas que a organização irá pagar que reduzido do valor da Receita Operacional Bruta gerou uma Receita Operacional Líquida de R$ 968.310,27. O Custo de Mercadorias Vendidas (CMV) somou R$ 765.400,07 chegando a um Lucro Operacional Bruto de R$ 202.910,20. Após descontou-se o valor das Despesas totalizando um Resultado Líquido do Exercício de R$ 93.598,80. A Lucratividade média encontrada foi de 8,87%.

No ano 2 com o aumento das vendas em 3%, as vendas totais somaram R$ 1.087.395,97 sendo esta à Receita Operacional Bruta. As Deduções desta Receita decorrente de impostos sobre vendas onde a alíquota aumentou com relação ao primeiro ano (2016) passando para 8,36% totalizaram um montante de R$ 90.906,30 ocasionando uma Receita Operacional Líquida de R$ 996.489,66. O Custo da Mercadoria Vendida neste mesmo ano somou R$ 788.362,08 alcançando um Lucro Operacional Bruto anual de R$ 208.127,59. Diminuindo a Despesa Fixa do Lucro Operacional Bruto a organização apresentou um Resultado Líquido do Exercício de R$ 98.816,19 e uma margem de Lucratividade média de 9,09%.

Até o ano 5 com a estimativa de vendas se mantendo no mesmo percentual os valores não obtiveram crescimentos expressivos de um ano para o outro. Entretanto, após o acréscimo da Receita Bruta de Vendas passando de 3% pra 5%, no ano 6 (2021) o valor do Resultado Líquido do Exercício obteve um crescimento de 31,04% comparado ao valor do ano 2 (2017). No ano 7 o percentual de aumento das vendas permanece em 5%, porém, a alíquota do simples nacional passa para 8,45%. Em 2023 (ano 8) através da perspectiva de aumento de 8% nas vendas passando de R$ 1.310.020,19 no ano 7 para R$ 1.414.821,81 a empresa conquista um Resultado Líquido de R$ 160.212,15 e Lucratividade de 11,32%. No ano 9 (2024) o percentual de aumento das vendas se mantém em 8%, a alíquota do simples nacional novamente sofre elevação ficando em 9,03% e o Resultado Líquido do Exercício fechou em R$ 172.911,60. O último ano em análise 2025 apresentou uma Receita Operacional Bruta de R$ 1.680.808,31 que reduzindo as Deduções, Custos e Despesas gerou um Resultado Líquido de R$ 199.621,17 e uma Lucratividade de 11,88%.

O quadro 5 apresenta a projeção do resultado do exercício incremental iniciando com o ano 1 (2016) utilizando dados com base na perspectiva de aumento das vendas, da lucratividade e rentabilidade após a realização do incremento considerando informações da

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empresa como prazo de giro dos estoques e margem de contribuição dos produtos. Para isto, estimou-se um aumento em função do incremento de 30% nas vendas do primeiro até o quinto ano, 32% do ano 6 até o ano 8 e 33% nos anos 9 e 10. Na despesa considerou-se o valor dos custos fixos que também aumentaram devido o investimento realizado.

Para a fórmula de cálculo da Rentabilidade incluí Resultado Líquido do Exercício dividido pelo Investimento realizado multiplicado por 100. E o Tempo de Retorno Contábil foi calculado dividindo-se o total dos investimentos pela Rentabilidade.

Quadro 5 – Projeção de Resultado do Exercício Incremental

DRE INCREMENTAL em R$ ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1.Receita Operacional Bruta 316.717,27 326.218,79 336.005,35 346.085,51 356.468,08

2.Deduções da Receita Bruta 26.224,19 27.271,89 28.090,05 28.932,75 29.800,73

3.Receita Operacional Líquida 290.493,08 298.946,90 307.915,31 317.152,77 326.667,35

4.Custos de Mercadorias Vendidas 229.620,02 236.508,62 243.603,88 250.912,00 258.439,36

5.Lucro Operacional Bruto 60.873,06 62.438,28 64.311,42 66.240,77 68.227,99

6.Despesas 2.204,00 68.408,03 29.597,42 2.204,00 2.204,00

7.Resultado Líquido do Exercício 58.669,06 - 5.969,75 34.714,01 64.036,77 66.023,99

DRE INCREMENTAL em R$ ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10

1.Receita Operacional Bruta 399.244,25 419.206,46 452.742,98 504.242,49 554.666,74

2.Deduções da Receita Bruta 33.736,14 35.422,95 40.882,69 45.533,10 50.585,61

3.Receita Operacional Líquida 365.508,11 383.783,52 411.860,29 458.709,40 504.081,14

4.Custos de Mercadorias Vendidas 289.452,08 303.924,68 328.238,66 365.575,81 402.133,39

5.Lucro Operacional Bruto 76.056,03 79.858,83 83.621,63 93.133,59 101.947,75

6.Despesas 2.204,00 2.204,00 2.204,00 2.204,00 2.204,00

7.Resultado Líquido do Exercício 73.852,03 77.654,83 81.417,63 90.929,59 99.743,75

Fonte: Dados da empresa (2015)

Com o investimento obtive-se um constante crescimento na Receita Operacional Bruta passando de R$ 316.717,27 no ano 1 para R$ 554.666,74 no ano 10. Em consequência desse aumento elevou-se também o valor da alíquota do simples passando para 8,45% já no ano 6, uma vez que, este aumento na situação atual se deu somente no ano 7, do qual veio crescendo gradativamente fechando o décimo ano com 9,12% de alíquota, sendo este o mesmo percentual do ano 10 na DRE atual. O Custo das Mercadorias Vendidas também aumentou e as Despesas cresceram R$ 2.204,00 ao ano. Todavia, o aumento das Despesas justifica-se pelo aumento de material de expediente, embalagens e principalmente a depreciação que passa a ser maior com a aquisição do prédio. O Resultado Líquido do Exercício no primeiro ano foi de R$ 58.669,06, no segundo ano nota-se um prejuízo de R$ 5.969,75, visto que no ano 2 e no ano 3 projeta-se o custo financeiro de capital de terceiros para viabilizar o investimento, nos demais períodos inclusive no ano 3 que ainda tem despesa financeira projeta-se resultado positivo. Como pode-se perceber o Resultado Líquido do Exercício foi de R$ 73.852,03 no ano 6 e R$ 99.743,75 no último ano.

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Os indicadores médios de retorno (lucratividade, rentabilidade e tempo de retorno) para este incremento de investimento foram calculados considerando as informações apresentadas no quadro anterior e estão apresentado a seguir:

Quadro 6 – Indicadores de Retorno Incremental

LUCRATIVIDADE 15,98%

RENTABILIDADE 19,09%

TEMPO DE RETORNO CONTÁBIL 5,24

Fonte: Dados da empresa (2015)

A Lucratividade média ao longo dos 10 anos de projeção fica em 15,98% ao ano. A Rentabilidade foi obtida a partir do lucro médio do incremento calculado para os 10 anos, dividido pelo total de investimentos previstos (19,09% ao ano) e por fim o tempo de retorno contábil do investimento considerando as receitas e despesas ocorre em 5 anos e 3 meses (5,24). No quadro 7 tem-se a junção da Demonstração do Resultado do Exercício Atual (quadro 4) com a Incremental (quadro 5) e no final a soma das duas denominada de DRE global.

Quadro 7 – Demonstração de Resultado do Exercício do Empreendimento Atual e do Incremento

DRE GLOBAL ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

1.Receita Operacional Bruta 1.372.441,51 1.413.614,76 1.456.023,20 1.499.703,90 1.544.695,01

2.Deduções da Receita Bruta 113.638,16 118.178,19 121.723,54 125.375,25 129.136,50

3.Receita Operacional Líquida 1.258.803,35 1.295.436,56 1.334.299,66 1.374.328,65 1.415.558,51 4.Custos de Mercadorias Vendidas 995.020,10 1.024.870,70 1.055.616,82 1.087.285,32 1.119.903,88

5.Lucro Operacional Bruto 263.783,26 270.565,86 278.682,84 287.043,33 295.654,63

6.Despesas 96.875,40 163.079,43 124.268,82 96.875,40 96.875,40

7.Resultado Líquido do Exercício 166.907,86 107.486,44 154.414,02 190.167,93 198.779,23

DRE GLOBAL ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10

1.Receita Operacional Bruta 1.646.882,53 1.729.226,66 1.867.564,79 2.032.250,05 2.235.475,05

2.Deduções da Receita Bruta 139.161,57 146.119,65 168.641,10 183.512,18 203.875,32

3.Receita Operacional Líquida 1.507.720,96 1.583.107,00 1.698.923,69 1.848.737,87 2.031.599,73 4.Custos de Mercadorias Vendidas 1.193.989,83 1.253.689,33 1.353.984,47 1.473.381,28 1.620.719,41

5.Lucro Operacional Bruto 313.731,12 329.417,68 344.939,22 375.356,58 410.880,31

6.Despesas 96.875,40 96.875,40 96.875,40 96.875,40 96.875,40

7.Resultado Líquido do Exercício 216.855,72 232.542,28 248.063,82 278.481,18 314.004,91

Fonte: Dados da empresa (2015).

Através Demonstração do Resultado do Exercício Global pode-se verificar a evolução do resultado, como observado para o período projetado identificou-se resultado positivo do ano 1 ao ano 10. Na sequência estão demonstrados os indicadores econômicos e financeiros, os quais auxiliam a organização no momento de decidir em optar ou não pelo incremento.

Quadro 8 – Indicadores de Retorno Global

LUCRATIVIDADE 12,55%

RENTABILIDADE 62,78%

TEMPO DE RETORNO CONTÁBIL 1,59

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Nota-se que a lucratividade média para os 10 anos analisados, ficou em 12,55% ao ano considerando as projeções para receitas e despesas com e sem o incremento do investimento. A rentabilidade foi bastante expressiva de 62,78% ao ano, o que significa dizer que considerando toda a movimentação da empresa o capital investido seria recuperado em 1 ano, 7 meses e 24 dias.

O Fluxo de Caixa a seguir, permite a visualização das movimentações monetárias da organização estimadas também para um período de 10 anos. Neste caso, as entradas (ingressos) são decorrentes das vendas que a empresa realizou em cada ano e as saídas (desembolsos) provenientes dos pagamentos efetuados. No quadro 9 tem-se o Fluxo de Caixa para a situação atual, caso a empresa não realize o incremento como ficaria seu caixa nesse período. No quadro 10 está a perspectiva do incremento investimento, ou seja, quais serão as entradas e saídas que irão ocorrer caso o incremento seja realizado e os saldos finais, bem como os cálculos de Valor Presente Líquido (VPL), Taxa Interna de Retorno (TIR), Payback Simples e Payback Descontado. E por fim os resultados da soma do Fluxo de Caixa Atual com o Fluxo de Caixa Incremental.

A Taxa Mínima de Atratividade (TMA) adotada pela empresa para o cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) foi de 15% um pouco mais do que o índice anual de CDI (certificados de depósitos interbancários) no ano de 2015 com o critério de que nas vendas de mercadorias a empresa acredita conseguir um retorno um pouco maior comparado à aplicações deste porte.

Quadro 9 – Fluxo de Caixa do Empreendimento Atual

FC ATUAL em R$ ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Ingressos 1.055.724,24 1.087.395,97 1.120.017,85 1.153.618,38 1.188.226,93

Desembolsos 943.423,64 969.877,98 996.256,03 1.023.425,42 1.051.409,90

Saldo de Cx Operacional 0,00 112.300,60 117.517,99 123.761,82 130.192,96 136.817,03

Saldo de Cx Financeiro 0,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00

Juros de financiamento -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00

Saldo de Caixa do Período 0,00 97.900,60 103.117,99 109.361,82 115.792,96 122.417,03

Caixa Inicial - 97.900,60 201.018,59 310.380,40 426.173,36

Saldo final de Caixa 0,00 97.900,60 201.018,59 310.380,40 426.173,36 548.590,40

FC ATUAL em R$ ANO 0 ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10

Ingressos 1.247.638,28 1.310.020,19 1.414.821,81 1.528.007,55 1.680.808,31

Desembolsos 1.099.449,91 1.151.070,95 1.235.907,85 1.336.394,16 1.462.485,34

Saldo de Cx Operacional 0,00 148.188,37 158.949,25 178.913,95 191.613,40 218.322,97

Saldo de Cx Financeiro 0,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00

Juros de financiamento -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00 -14.400,00

Saldo de Caixa do Período 0,00 133.788,37 144.549,25 164.513,95 177.213,40 203.922,97

Caixa Inicial 548.590,40 682.378,76 826.928,01 991.441,96 1.168.655,36

Saldo final de Caixa 0,00 682.378,76 826.928,01 991.441,96 1.168.655,36 1.372.578,33

Fonte: Dados da empresa (2015)

Para a representação do Fluxo de Caixa Atual do empreendimento foram consideradas as projeções de ingressos e desembolsos sem a presença de investimentos

(18)

incrementais, visando demonstrar como seria a situação da empresa se não houvesse os investimentos, e como visto, não foram identificados períodos negativos de saldo de caixa. Apesar das despesas financeiras já existentes de R$ 14.400,00 o saldo de caixa em cada período foi elevando-se ao longo dos anos, com um saldo final de caixa de R$ 97.900,60 no ano 1 passando para um saldo de R$ 1.372.578,33 no ano 10.

Quadro 10 – Fluxo de Caixa Incremental

FC INCREMENTAL R$ ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Ingressos 316.717,27 326.218,79 336.005,35 346.085,51 356.468,08 Desembolsos 256.048,21 263.984,51 271.897,93 280.048,75 288.444,09 Investimento Inicial - 335.746,00 Saldo de CX Operacional - 335.746,00 60.669,06 62.234,28 64.107,42 66.036,77 68.023,99 Amortização da Dívida 80.594,70 119.405,30 Juros 66.204,03 27.393,42 Saldo de CX Financeiro - - 146.798,72 - 146.798,72 - - Saldo de CX do Período - 335.746,00 60.669,06 - 84.564,45 - 82.691,30 66.036,77 68.023,99 Saldo de Caixa Inicial - 335.746,00 - 275.076,94 - 359.641,39 - 442.332,69 - 376.295,92 Saldo de Caixa Final - 335.746,00 - 275.076,94 - 359.641,39 - 442.332,69 - 376.295,92 - 308.271,93

FC INCREMENTAL R$ ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 ACUMULADO

Ingressos 399.244,25 419.206,46 452.742,98 504.242,49 554.666,74 4.011.597,94 Desembolsos 323.392,22 339.551,63 369.325,35 411.312,90 452.922,99 3.256.928,59 Saldo de CX Operacional 75.852,03 79.654,83 83.417,63 92.929,59 101.743,75 754.669,34 Amortização da Dívida 200.000,00 Juros 93.597,45 Saldo de CX Financeiro - - - - - - 293.597,45 Saldo de CX do Período 75.852,03 79.654,83 83.417,63 92.929,59 101.743,75 461.071,90 Saldo de Caixa Inicial - 308.271,93 - 232.419,90 - 152.765,07 - 69.347,44 23.582,15 - 335.746,00 Saldo de Caixa Final - 232.419,90 - 152.765,07 - 69.347,44 23.582,15 125.325,90 125.325,90 Fonte: Dados da empresa (2015).

No incremento nota-se uma situação diferente de Fluxo de Caixa. Apesar das entradas aumentarem no primeiro ano em R$ 316.717,27 e virem crescendo ao longo do período chegando a R$ 554.666,74, o saldo final de caixa se mantém negativo até o ano 9 (2024), devido a necessidade de cobrir o investimento inicial de R$ 335.746,00. No último ano (2015) a empresa conta com um saldo final de R$ 125.325,90 em seu caixa. No quadro seguinte (11) são apresentados os indicadores de viabilidade do incremento proposto para o investimento.

Quadro 11 – Indicadores de Viabilidade do Incremento

PBS PBD

Ano FC SALDO VPL SALDO

0 - 335.746,00 - 335.746,00 - 335.746,00 - 335.746,00 1 60.669,06 - 275.076,94 52.755,70 - 282.990,30 2 62.234,28 - 212.842,66 47.058,05 - 235.932,24 3 64.107,42 - 148.735,24 42.151,67 - 193.780,57 4 66.036,77 - 82.698,47 37.756,74 - 156.023,83 5 68.023,99 - 14.674,48 33.819,95 - 122.203,89 6 75.852,03 61.177,55 32.792,93 - 89.410,96 7 79.654,83 140.832,38 29.945,20 - 59.465,76 8 83.417,63 224.250,01 27.269,37 - 32.196,39 9 92.929,59 317.179,60 26.416,39 - 5.780,00 10 101.743,75 418.923,34 25.149,50 19.369,50 TIR 16,36% VPL 19.369,50

Payback Simples 5 ANOS, 2 MESES E 10 DIAS Payback Descontado 9 ANOS, 2 MESES E 23 DIAS Fonte: Dados da empresa (2015).

(19)

O Valor Presente Líquido (VPL) totalizou R$ 19.369,50 e a Taxa Interna de Retorno (TIR) ficou em 16,36%. Calculando o tempo de retorno do investimento (paybacks) o

Payback Simples encontrado foi de 5 anos, 2 meses e 10 dias e o Payback Descontado fechou

em 9 anos, 2 meses e 23 dias, sendo este último o período em que o saldo de final de caixa passa a ser positivo.

Quadro 12 – Fluxo de Caixa Global

FC GLOBAL R$ ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Ingressos 1.372.441,51 1.413.614,76 1.456.023,20 1.499.703,90 1.544.695,01 Desembolsos 1.184.831,85 1.219.222,49 1.253.513,96 1.288.834,17 1.325.213,99 Investimento Inicial - 335.746,00 Saldo de Cx Operac - 335.746,00 187.609,66 194.392,26 202.509,24 210.869,73 219.481,03 Amortização da Dívida 80.594,70 119.405,30 Juros - 14.400,00 66.204,03 27.393,42 Saldo de CX Financeiro - 14.400,00 - 146.798,72 - 146.798,72 - - Saldo de Cx do Período - 335.746,00 173.209,66 47.593,54 55.710,52 210.869,73 219.481,03 Saldo de Caixa Inicial - 335.746,00 - 162.536,34 - 114.942,80 - 59.232,28 151.637,44 Saldo de Caixa Final - 335.746,00 - 162.536,34 - 114.942,80 - 59.232,28 151.637,44 371.118,47

FC GLOBAL R$ ANO 6 ANO 7 ANO 8 ANO 9 ANO 10 GLOBAL

Ingressos 1.646.882,53 1.729.226,66 1.867.564,79 2.032.250,05 2.235.475,05 16.797.877,45 Desembolsos 1.409.325,01 1.475.982,58 1.598.799,17 1.733.067,06 1.900.768,34 14.389.558,62 Saldo de Cx Operac 237.557,52 253.244,08 268.765,62 299.182,98 334.706,71 2.408.318,83 Amortização da Divida 200.000,00 Juros 107.997,45 Saldo de Cx Financeiro - - - - - - 307.997,45 Saldo de Cx do Período 237.557,52 253.244,08 268.765,62 299.182,98 334.706,71 2.100.321,38 Saldo de Caixa Inicial 371.118,47 608.675,99 861.920,07 1.130.685,68 .429.868,67 - 335.746,00 Saldo de Caixa Final 608.675,99 861.920,07 1.130.685,68 1.429.868,67 1.764.575,38 1.764.575,38 Fonte: Dados da empresa (2015)

No Fluxo de Caixa Global verifica-se uma perspectiva de entradas (ingressos) proveniente das vendas de R$ 1.372.441,51 no ano 1, R$ 1.544.695,01 no ano 5 e R$ 2.235.475,05 no ano 10. E, quanto as saídas (desembolsos) totalizaram R$ 1.184.831,85 no ano 1, R$ 1.325.213,99 no ano 5 e R$ 1.900.768,34 no último ano. Logo, diminuindo o total de entradas pelo total de saídas chega-se no saldo de caixa operacional do período, onde reduzindo os juros, a amortização da dívida e somando o caixa inicial negativo de R$ 335.746,00 referente ao investimento obtém-se o saldo de caixa final. A empresa apresenta um saldo final de caixa positivo a partir do quarto ano de R$ 151.637,44 e em 2025 (ano 10) o saldo final de caixa da empresa é de R$ 1.764.575,38.

Quadro 13 – Indicadores de Viabilidade

PBS PBD

Ano FC SALDO VPL SALDO

0 - 335.746,00 - 335.746,00 - 335.746,00 - 335.746,00 1 187.609,66 - 148.136,34 163.138,83 - 172.607,17 2 194.392,26 46.255,92 146.988,48 - 25.618,69 3 202.509,24 248.765,16 133.153,11 107.534,43 4 210.869,73 459.634,89 120.565,45 228.099,88 5 219.481,03 679.115,91 109.120,86 337.220,74

(20)

6 237.557,52 916.673,44 102.702,67 439.923,41 7 253.244,08 1.169.917,51 95.203,83 535.127,24 8 268.765,62 1.438.683,13 87.859,96 622.987,19 9 299.182,98 1.737.866,11 85.046,48 708.033,67 10 334.706,71 2.072.572,83 82.734,38 790.768,05 TIR 59,52% VPL 790.768,05

Payback Simples 1 ano, 9 meses e 5 dias Payback Descontado 2 anos, 2 meses e 10 dias Fonte: Dados da empresa (2015)

O VPL somou R$ 790.768,05 e a TIR 59,52%. O Payback simples é alcançado com 1 ano, 9 meses e 5 dias e o Payback Descontado com 2 anos, 2 meses e 10 dias.

O quadro 14 permite visualizar de forma clara e objetiva a viabilidade do empreendimento em estudo, através de um comparativo dos indicadores econômicos calculados nesta pesquisa.

Quadro 14 – Comparativo dos indicadores econômicos

DRE Atual Incremento Global

Lucratividade 10,40% 15,98% 12,55%

Rentabilidade 19,09% 62,78%

Tempo de Retorno 5 anos e 3 meses 1ano; 7 meses e 3 dias

Fluxo de Caixa

TIR 16,36% 59,52%

VPL 19.369,50 790.768,05

PBD 5 anos; 2 meses; 10 dias 1 ano; 9 meses; 5 dias

PBS 9 anos; 2 meses; 23 dias 2 anos; 2 meses; 10 dias

Fonte: Dados da empresa 2015.

Analisando os valores acima nota-se que índice de Lucratividade do incremento é 5,58 pontos percentuais acima da lucratividade atual, sendo que este indicador aumenta em 2,15 pontos percentuais considerando a projeção do empreendimento após o incremento no investimento. A Rentabilidade global soma 62,78% e o Tempo de Retorno do Investimento

global foi de 1 ano, 7 meses e 3 dias. Para assegurar que esta decisão seja acertada, foram

calculados o VPL e a TIR, que revelaram um VPL positivo de R$ 19.369,50 incremental e R$

790.768,05 global e também analisando a TIR verifica-se que esta é de 16,36% ao ano, sendo

superior a TMA de 15% ao ano exigida pela empresa, o que reforça a possibilidade do investimento.

Portanto, mesmo considerando um investimento inicial alto e que necessita a busca de

recursos financeiros externos com prazo de pagamento de dois anos, o incremento apresentou resultados positivos líquidos crescentes em todos os anos tornando possível que o investimento incremental descontando o capital investido seja recuperado em um prazo de dois anos, dois meses e dez dias, ou seja, logo após a quitação do empréstimo no banco o capital investido é resgatado. Isso se dá pelo aumento das vendas, diminuição da despesa com a extinção do aluguel entre outros fatores que torna assim o incremento viável contábil, econômico e financeiramente.

(21)

CONCLUSÃO

Partindo da proposta desejada pelos sócios de adquirir seu prédio próprio e expandir ainda mais o seu negócio, criou-se assim, a necessidade deste estudo para verificar a viabilidade do incremento deste investimento. Sendo assim o objetivo do estudo foi identificar como o estudo de viabilidade do ponto de vista contábil, econômico e financeiro para o incremento de investimento em uma empresa de materiais de construção pode auxiliar o gestor na tomada de decisão.

Nesse sentido verificou-se que a análise de viabilidade auxilia na tomada de decisões seguras acerca da possibilidade de investir no incremento da atividade estudada. A pesquisa evidenciou que empreendimento tem capacidade para crescer ainda mais e aumentar a sua Lucratividade. Nas simulações realizadas observou-se que em todos os anos projetados os resultados foram positivos e o Resultado Líquido do Exercício apresentou crescimento significativo. Outro ponto a favor foi que o tempo de recuperação do capital investido (payback) ocorre em um curto período, sendo recuperado logo após o pagamento do empréstimo realizado para viabilizar o incremento da atividade. O valor presente líquido (VPL) manteve-se positivo e com uma taxa interna de retorno (TIR) superior a TMA.

Portanto, pode-se afirmar que o presente estudo atingiu seu objetivo, pois, proporcionou embasamento suficiente para definir o projeto como viável do ponto de vista contábil, econômico e financeiro. E, irá ajudar os sócios na tomada de decisão de implantação do incremento.

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APÊNDICES

APÊNDICE A - Projeção de Lucro Operacional Bruto Mensal

Produtos vendidos Preço Médio R$ Média Mensal un Total R$

Pisos e revestimentos cerâmicos 15,01 480 7.204,80

Aberturas de madeira 200,18 15 3.002,70

Material Pesado (cimento, areia, tijolos, brita e outros) 14,48 500 7.240,00

Argamassas e Massa Fina 9,7 150 1.455,00

Madeiras 3,41 400 1.364,00 Material hidráulico 7,62 2728 20.787,36 Material Elétrico 13,45 2652 35.669,40 Banheiro 61,26 33 2.021,58 Ferramentas 14,18 175 2.481,50 Telas 9,67 124 1.199,08 Máquinas e discos 153,6 6 921,60 Forros Pvc 9,26 500 4.630,00 Soma 87.977,02 Receitas Brutas 87.977,02 Impostos 8,28% 7.284,50 Receitas Líquidas 80.692,52 CMV 63.783,34

Lucro Operacional Bruto 16.909,18

Fonte: Dados da empresa (2015).

APÊNDICE B - Projeção de Lucro Operacional Bruto Anual

Produtos vendidos em R$ ANO 1

Receitas Brutas de Vendas 316.717,27

Impostos 26.224,19

Receitas Líquidas 290.493,08

CMV 229.620,02

Lucro Operacional Bruto 60.873,06

Fonte: Dados da empresa (2015)

APÊNDICE C - Projeção de Despesas Operacionais e Financeiras Mensais

Despesas Operacionais Atual (R$) Incremento (R$) Total (R$)

Salários 2.453,30 - 2.453,30

Pró- Labore 1.760,00 - 1.760,00

Encargos e Provisões 748,49 - 748,49

Plano de saúde dos sócios 342,81 - 342,81

Material Expediente 80,00 10,00 90,00

Material de Higiene e Limpeza 60,00 60,00

Honorários Contábeis 250,00 - 250,00

Aluguel 1.220,00

Depreciação 358,48 166,67 525,15

Seguros 71,00 - 71,00

Internet 60,00 - 60,00

Sistema de Informações (manutenção) 213,00 - 213,00

Propagandas 180,00 - 180,00

IPTU 92,20 - 92,20

Embalagens 20,00 7,00 27,00

Total de despesas operacionais 7.909,28 183,67 6.872,95

(27)

Total de despesas financeiras 1.200,00 - 1.200,00

Total de despesas 9.109,28 183,67 8.072,95

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