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Análise XP
Abertura
Bolsas são impulsionadas por alta na bolsa chinesa, após especulações de uma ajuda maior do governo chinês ao mercado. Dólar e taxas recuam, commodities avançam. Na Europa, indicadores econômicos surpreenderam positivamente e deram um impulso extra. No quadro doméstico o quadro político ocupa as manchetes, com possível volta da CPMF, novo mandato de Janot, prazo estendido para Planalto defender contas de 2014 e PEC que proibi onerar União aprovada.
Fechamento
Ibovespa intensificou alta e teve melhor pregão desde 17/dez/2014, acompanhando NY e se aproximando dos 46.000 pontos, após bens duráveis acima do esperado nos EUA. Avanço de +3,4%, atingindo 46.038,08.
Painel Corporativo
Bancos: Proposta do governo de retomar a cobrança da CPMF Suzano: Aumento de preço e elevação de rating
PDG: Grupamento
BicBanco: Aprovação para OPA
CSN: Negociações para alongamento da dívida
Agenda do Dia
Fontes dos textos: AE, Bloomberg, InfoMoney e Reuters.
Índice
Resumo Cotações Macroeconomia Painel Corporativo Proventos Carteiras Recomendadas Disclaimer Celson Plácido Analista, CNPIReunião Matinal | Estratégia
Macroeconomia
Brasil – CPMF pode voltar, PEC que proíbe onerar a União aprovada e Moody’s enxerga situação do Brasil como estável.
Governo quer a volta da CPMF – O governo está cogitando a volta da CPMF, também conhecida como "imposto do cheque". A proposta ganha força no governo para fechar as contas em 2016. Segundo fontes qualificadas ouvidas pelo Broadcast, o envio de uma proposta de emenda constitucional ao Congresso Nacional faz parte do conjunto de medidas de aumento de tributos em discussão na elaboração da proposta do Orçamento da União do ano que vem. Mesmo com um clima ameno no Congresso e na sociedade, a equipe do governo avalia que para evitar um quadro deficitário em 2016(meta é de 0,7% do PIB de superávit) a CPMF é indispensável. Lembrando que o imposto está extinto desde 2007.
Senado aprova PEC que proíbe propostas que onerem a União - O Senado aprovou ontem à noite, a PEC nº 84, de 2015, de autoria da senadora Ana Amélia, que proíbe a União de criar despesas aos Estados e municípios sem que para seu custeio sejam realizados repasses financeiros da União. O governo atuou ontem, 25, para adiar a votação para esta quarta-feira e incluir no texto um dispositivo que o previne de propostas que oneram a União. Nesta tarde, a comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou a PEC, que deve ir à votação no plenário da Casa na próxima semana.
Chance de impeachment varia de 10% a 15%, diz Leos/Moody's – Em entrevista ao Broadcast, o vice-presidente da Moody's, Mauro Leos, avaliou como bem reduzido o risco de a presidente Dilma Roussseff sofrer um impeachment. Segundo ele: "Há riscos políticos, que já estão contemplados em nossas projeções. Avaliamos que a chance de impeachment varia de 10% a 15%". Ele afirmou ainda que o cenário da agência "para PIB e área fiscal para 2015 e 2016 é consistente com o atual rating e perspectiva estável do Brasil." A agência internacional estima que a economia do País registrará uma retração de 2% neste ano, mas ficará estagnada no próximo. Na visão dele, o superávit primário será nulo em 2015, mas subirá e atingirá 1% do Produto Interno Bruto no próximo ano. "Caso o PIB fique perto de 0% em 2016, sem recessão significativa, a perspectiva do Brasil pode ficar estável", comentou.
TCU extende prazo para defesa do Planalto – O TCU garantiu mais 15 dias para a presidente Dilma Rousseff explicar suspeitas de irregularidades nas contas federais de 2014. É a terceira vez que a corte abre prazo para ela se pronunciar, adiando o desfecho do processo, que pode precipitar um pedido de impeachment no Congresso, com apoio da oposição e de setores rebelados da base aliada. Com a nova prorrogação, o Planalto terá agora até 11 de setembro para entregar sua defesa.
Confiança da Construção estável - Segundo a FGV, o Índice de Confiança da Construção permaneceu nos 70,8 pontos em agosto, após três quedas nos meses anteriores. No entanto, na comparação anual o indicador recuou 31,6%. Dentro do indicador, o Índice de Situação Atual teve queda de 0,9% e o Índice de Expectativas avançou 0,7%.
Plenário do Senado aprova recondução de Janot após 10 horas de sabatina – Mesmo com diversas críticas de senadores pelos rumos tomados pela Operação Lava Jato, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, foi aprovado pelo Senado para mais um novo mandato de dois anos. A votação secreta do plenário, 59 senadores votaram a favor da recondução de Janot, 12 foram contrários e houve uma abstenção.
Governo Central, reunião do CMN e Tombini em Jackson Hole são destaques na agenda doméstica - A agenda de indicadores desta quinta-feira tem como destaques o resultado primário do governo central de julho (14h00), a sondagem da construção e o INCC-M, ambos de agosto (8h00). Para o resultado do governo central, o mercado estima déficit de R$ 9 bi a zero, com mediana negativa de R$ 5,150 bi. Entre os eventos, o Conselho Monetário Nacional faz sua reunião mensal (15h00). O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, será ouvido na CPI que investiga o banco (9h30), e o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, participa do simpósio de política monetária de Jackson Hole, nos EUA, que vai até sábado.
Mercados Internacionais – Bolsas operam em alta, após reação da bolsa chinesa.
Futuros de NY se mantêm em alta - Os índices futuros das bolsas de Nova York se mantêm em alta, após o rally de ontem, que interrompeu seis sessões de quedas consecutivas. No período, as ações perderam mais de US$ 2 trilhões em valor de mercado, refletindo temores de que a desaceleração da China possa prejudicar a economia mundial. A disposição por tomada de risco nos EUA é favorecida por indicadores positivos, como o de encomendas de bens duráveis em julho, indicando que a economia norte-americana continua em recuperação, e por sinais de dirigentes do Fed de que a perspectiva de elevação dos juros básicos no país em setembro parece "menos convincente", diante da recente turbulência nos mercados financeiros globais.
Bolsas europeias em alta com recuperação dos mercados na China - As bolsas europeias reagem bem impulsionadas pelo dia de alta nas bolsas asiáticas. Europa também reage a indicadores positivos, como a alta de 1,0% do PIB da Espanha no segundo trimestre na margem e de 3,1% na comparação anual ajuda a dar suporte aos mercados, e a base monetária (M3) da zona do euro, que subiu 5,3% em julho ante julho de 2014, bem acima do esperado de 4,9%.
Bolsas na Ásia avançam - As bolsas da Ásia-Pacífico fecharam em forte alta nesta quinta-feira e desta vez as chinesas não ficaram de forte, com a Bolsa de Xangai liderando o movimento com alta de 5,34%, depois de acumular perdas de 23% nas cinco sessões anteriores, enquanto o Shenzhen Composto, de menor abrangência, subiu 3,3%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou com ganho de 3,6%, a 21.838,54 pontos. Em outras partes da Ásia, as bolsas mantiveram a tendência de recuperação que já vinham mostrando nas últimas sessões. A Bolsa de Tóquio fechou com ganho de 1,08%; a de Seul, de 0,73%. Já a Bolsa de Sydney subiu 1,17%.
Kuroda afirma que Fed elevar juros será bom para a economia mundial - O presidente do Banco Central do Japão, Haruhiko Kuroda, afirmou que a elevação da taxa básica de juros pelo Federal Reserve, independentemente de quando ocorrer, será um desenvolvimento bem-vindo para a economia mundial. "Eu não sei quando o Fed vai iniciar o aperto monetário, mas quando decidirem o fazer, deverá ser algo bom para a economia mundial", comentou Kuroda, demonstrando bastante otimismo em relação ao estado da economia japonesa e sobre a política monetária do banco central.
PIB dos EUA e início do Simpósio de Jackson Hole no radar – O grande destaque da semana fica com a segunda estimativa do PIB do segundo trimestre, que será divulgado às 9:30, mesmo horário do anúncio dos pedidos de auxílio-desemprego semanais. Também nos Estados Unidos serão informados as vendas pendentes de imóveis às 11h00 e o índice de atividade industrial regional de agosto do Fed de Kansas City 12h00. O evento mais importante é o início do Simpósio Anual de Jackson Hole, no estado de Wyoming, principal evento de política econômica do país cujo tema é a inflação. Além disso, o Tesouro realiza leilão de US$ 29 bilhões em T-notes de 7 anos, devendo divulgar o resultado às 14h (de Brasília).
Petróleo avança fortemente - A recuperação das bolsas chinesas impulsiona os contratos futuros do petróleo, que sobem ao redor de 3%. Por volta das 9h05, na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo para outubro subia 3,50%, a US$ 39,95 o barril. Na IntercontinentalExchange, em Londres, o Brent para o mesmo mês avançava 3,43%, para US$ 44,62 por barril.
Painel Corporativo
Bancos: Proposta do governo de retomar a cobrança da CPMF.
A proposta, que havia sido descartada no começo do ano, ganha força para o fechamento das contas em 2016. Fontes qualificadas ouvidas pelo Broadcast confirmaram que o envio de uma proposta de emenda constitucional ao Congresso Nacional faz parte do conjunto de medidas de aumento de tributos em discussão na elaboração da proposta do Orçamento da União do ano que vem.
Suzano: Aumento de preço e elevação de rating.
Ontem, a companhia informou que aumentará o preço da celulose de fibra curta a partir de 1º de setembro na Europa, Ásia e América do Norte. O reajuste será de US$ 20 por tonelada em cada mercado. O maior aumento acontece na Ásia, onde a tonelada do produto sobe de US$ 700 para US$ 720, elevação de 2,86%. Na Europa, o valor subirá de US$ 810 por tonelada para US$ 830, alta de 2,47%, e na América do Norte, vai de US$ 900 para US$ 920 por tonelada, expansão de 2,2%. No último dia 19, a Fibria anunciou que também elevará o preço da celulose a partir da mesma data. Na América do Norte, o valor também passou de US$ 900 para US$ 920 por tonelada, na Europa de US$ 810 para US$ 830/t, e na Ásia de US$ 700 para US$ 720/t.
Além disso, a agência de classificação de risco Standard & Poor's elevou o rating em escala global da Suzano de BB para BB+. A perspectiva da nota é estável. Segundo a S&P, a elevação do rating ocorre por causa da depreciação da moeda brasileira, pela estabilidade dos preços de celulose e pelo aumento da produção na unidade no Maranhão, o que "reforça a posição da empresa e alimenta os fluxos de caixa futuros".
PDG: Grupamento
Ontem, o Conselho Fiscal da construtora aprovou a proposta de grupamento das ações ordinárias da companhia, na proporção de 50 ações para formar 1, sem que ocorra modificação no valor do capital social. "Com base nas análises efetuadas e nos esclarecimentos prestados pela administração, o Conselho Fiscal opinou favoravelmente à proposta da administração da companhia", afirma a ata da reunião. A proposta será submetida à Assembleia Geral Extraordinária. Se aprovada, as ações serão negociadas grupadas no primeiro pregão subsequente à data de realização da AGE.
BicBanco: Aprovação para OPA.
O BicBanco conseguiu a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários para realizar a oferta pública unificada para a aquisição (OPA) de até a totalidade de ações ordinárias e preferenciais em circulação no mercado. A operação acontece por causa da venda do controle do banco, para o fechamento do capital da instituição. O atual controlador e ofertante é o China Construction Bank (CCB). Segundo fato relevante do banco, o edital da OPA será publicado amanhã e o leilão será realizado no dia 28 de setembro, às 16 horas, no Segmento Bovespa.
CSN: Negociações para alongamento da dívida.
A companhia está com negociações avançadas para alongar parte de sua dívida com três bancos do País, disse o Valor. Dois deles seriam o BB e Caixa Econômica Federal. Nos próximos dois anos, a companhia tem vencimentos de R$ 6,7 bilhões, ou 22% da dívida bruta consolidada.
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Proventos
Fonte: Análise XP e Bloomberg
1 - Dividend Yield estimado da empresa no ano em questão, com base no consenso das previsões do Bloomberg. 2 - Yield do provento a ser distribuído (valor bruto do provento ÷ preço de fechamento)
Atenção: A lista de empresa descrita acima tem caráter informativo, aconselhamos a verificação das informações junto a empresa (fato relevante) para a validação de qualquer informação.
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