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ANÁLISE COMPARATIVA DOS NÍVEIS DE GLICOSE PELO MÉTODO GLICOSÍMETRO PORTÁTIL E PELO MÉTODO ENZIMÁTICO PARA A DOSAGEM DA GLICEMIA EM VERTEBRADOS

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26 a 29 de novembro de 2013 – Campus de Palmas

ANÁLISE COMPARATIVA DOS NÍVEIS DE GLICOSE PELO MÉTODO

GLICOSÍMETRO PORTÁTIL E PELO MÉTODO ENZIMÁTICO PARA A

DOSAGEM DA GLICEMIA EM VERTEBRADOS

Mônica dos Santos Buzzi¹; Michel José Sales Abdalla Helayel²; Sandro Estevan Moron³.

¹Aluna do Curso de Medicina Veterinária; Campus de Araguaína, EMVZ; e-mail: monicabuzzi@hotmail.com. “PIBIC/UFT”.

2Orientador do Curso de Medicina Veterinária; Campus de Araguaína, EMVZ; e-mail:

michel_abdallavet@yahoo.com.br.

3Co-orientador do Curso de Biologia; Campus de Araguaína; e-mail: sandromoron@mail.uft.edu.br.

RESUMO

A glicose é uma importante fonte de energia, estando em constante fluxo. Alterações em seus níveis causam consequências negativas ao organismo, sendo sua conservação normal a melhor maneira de reduzir complicações. O Glicosímetro Portátil é um aparelho utilizado para monitorar a concentração de glicose em pacientes humanos e foi empregado no presente estudo para verificar a sua confiabilidade em amostras de sangue de 180 animais, pertencentes a seis grupos distintos, Grupo-A formado por 30 bovinos (Bos taurus), Grupo-B formado por 30 ovinos (Ovis aries), Grupo-C formado por 30 caprinos (Capra hircus), Grupo-D formado por 30 equinos (Equus caballus), Grupo-E formado por 30 suínos (Sus domesticus) e Grupo-F formado por 30 peixes, sendo 6 híbridos (Leiarius marmoratus x Pseudoplatystoma punctifer), 17 tilápias (Tilapia rendalli) e 7 tambaquis (Colossama macropomum), onde foram comparadas as médias da concentração de glicose do Espectrofotômetro e do Glicosímetro Portátil (Accu-Chek® Active / Roche Diagnóstica Brasil Ltda). Concluindo que não houve diferença significativa na comparação das médias entre os métodos Glicosímetro Portátil e Espectrofotômetro nos Grupos- A, B, C, E e F, com isso o Glicosímetro portátil pode ser utilizado a campo com segurança para a mensuração da glicemia das espécies animais citadas. Apenas o Grupo-D apresentou diferença significativa.

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INTRODUÇÃO

A glicose é uma importante fonte de energia celular, alterações em suas taxas, tanto elevação (hiperglicemia) como diminuição (hipoglicemia) podem indicar doenças específicas que poderão levar o paciente a sérias complicações, inclusive a morte, caso não seja diagnosticada (Bush, 2004).

Em ruminantes várias doenças diagnosticadas já mostraram alterações nos níveis plasmáticos de glicose e em alguns casos sendo até patognomônico como é o caso da Enterotoxemia causada pelo Clostridium perfringens tipo D, habitante normal do trato digestivo de ovinos e outros ruminantes, que sob determinadas condições se multiplicam, mobilizam glicogênio hepático e causam uma acentuada hiperglicemia (Radostits, et al, 2002). Casos de hipoglicemia também têm sido relatados em algumas doenças, como: deficiência de cobalto, cetose bovina, intoxicação por Trema micrantha em caprinos e o complexo Hipotermia exposição / Hipoglicemia inanição, uma importante causa de mortandade em animais recém nascidos. Nesses casos o teste de glicose corrobora no diagnóstico clínico.

A síndrome metabólica equina é caracterizada por apresentar um quadro inicial de resistência à insulina, afeta principalmente cavalos adultos e obesos, A principal consequência da resistência à insulina é a diminuição do transporte de glicose para as células (Annandale et al., 2004; Hoffman et al., 2003). O teste de hiperglicemia não é especifico neste caso devido às várias doenças e condições metabólicas que afetam os equínos (Kronfeld et al., 2005b), porém, auxilia no diagnóstico clínico (Kronfeld et al., 2005a).

A concentração de glicose no sangue pode ser mensurada através de glicosímetro portátil ou por método laboratorial, sendo este último mais confiável, porém, por gerar maior custo, seu uso fica restrito aos laboratórios de análises clínicas e hospitais (Pica et al., 2003). Essa situação torna-se mais agravante quando se fala em animais de produção, cuja quantidade é numerosa e o acesso a laboratórios torna-se difícil. Alguns fatores podem influenciar a precisão do valor da glicemia, sendo que as principais falhas observadas são provocadas pelo próprio usuário, como aplicação inapropriada da amostra (Briggs e Cornell, 2004), excesso do tempo na realização do exame (Cohn et al., 2000; Böhme et al., 2003), falta de manutenção do equipamento e o armazenamento inadequado das tiras-teste (Briggs e Cornell, 2004).

Existem escassas citações referentes ao uso e precisão do glicosímetro portátil Accu-Chek® Active / Roche Diagnóstica Brasil Ltda nas diferentes espécies de animais de produção. Por isso, o presente trabalho tem por objetivo avaliar a confiabilidade desse método

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na dosagem da glicemia de bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos e peixes, comparando-os com o método de espectrofotometria utilizado em laboratório, que é considerado padrão.

MATERIAL E MÉTODOS

Para a execução da pesquisa, foram coletadas amostras de sangue de 180 animais, pertencentes a seis grupos distintos: Grupo-A formado por 30 bovinos (Bos taurus), Grupo-B formado por 30 ovinos (Ovis aries), Grupo-C formado por 30 caprinos (Capra hircus), Grupo-D formado por 30 equinos (Equus caballus), Grupo-E formado por 30 suínos (Sus domesticus) e Grupo-F formado por 30 peixes, sendo 6 híbridos (Leiarius marmoratus x Pseudoplatystoma punctifer), 17 tilápias (Tilapia rendalli) e 7 tambaquis (Colossama macropomum). Todos os animais apresentavam-se sadios, possuíam raça, sexo, idade e peso variados. As coletas de sangue foram realizadas, através de punção da veia jugular nos Grupos-A, B, C, D e E com agulha hipodérmica descartável 40x12mm, após tricotomia e antissepsia da região com solução de álcool a 70%, no Grupo-F a colheita de sangue foi feita através da punção da veia caudal com a utilização de agulha hipodérmica descartável 13x4.5mm. A tira teste era inserida no equipamento (Accu-Chek® Active / Roche Diagnóstica Brasil Ltda.) e nesse momento o monitor ligava automaticamente. Após 5 a 10 segundos, era feita a leitura da concentração de glicose sanguínea em mg/dL.

Com a finalidade de comparar os resultados obtidos no glicosímetro (GP) com o espectrofotômetro (EP), coletou em cada paciente, uma amostra de três mL de sangue venoso, exceto Grupo-F onde foi coletado apenas um mL devido tamanho do animal, para ser submetido ao teste de glicemia, segundo método enzimático-colorimétrico, descrito por Trinder (1969). As amostras colhidas foram acondicionadas em tubo de ensaio contendo fluoreto de sódio e imediatamente centrifugadas a 4.000 rotações por minuto (rpm) por cinco minutos, para obtenção do plasma. Em seguida, o plasma foi transferido para um tubo de eppendorf, devidamente identificado e submetido ao teste de glicose. Esse procedimento foi realizado em no máximo duas horas após a coleta.

Para realização do exame laboratorial, utilizou kit de glicose Labtest. Uma alíquota de 10 μL da amostra de plasma foi adicionada a 1ml do reativo em um tubo de ensaio e incubada em banho-maria a 37º C por dez minutos. Em seguida, realizou leitura no espectrofotômetro (505 nm). As análises estatísticas foram por meio do programa Instat, as médias submetidas à análise Teste t não pareado.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

De acordo com análise estatística, observou-se que não houve diferença significativa na comparação das médias entre os métodos GP e EP no Grupo-A (P=0,7917), Grupo-B

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(P=0,4739), Grupos-C (P=0,1039), E (P=0,7739) e F (P=0,5067), concordando com estudo realizado por Katsoulos et al. (2011), onde utilizaram amostras de sangue de 90 bovinos e 101 ovinos, e após comparação entre o glicosímetro portátil One Touch Vita (LifeScan) e o espectrofotômetro (método de referência), concluíram que o glicosímetro portátil pode ser utilizado em prática clínica para determinar as concentrações de glicose no sangue de bovinos e ovinos, o que possibilita a utilização do glicosímetro portátil como uma “ferramenta” de auxilio ao médico veterinário de grandes animais no diagnóstico, definição ou correção de conduta terapêutica.

Em cães a utilização do glicosimetro portátil vem se tornando uma prática bastante utilizável na clínica, visto que trabalhos já relataram sua confiabilidade em comparação com métodos considerados padrão (Serôdio et al., 2008, Aleixo et a., 2010). Devido à maioria dos glicosímetros portáteis serem projetados para análises de amostras de sangue capilar o autor (Aleixo et al., 2007) avaliou a utilização do sangue venoso para mensurar a glicemia em cães e comparou aos resultados obtidos com sangue capilar do mesmo aparelho, concluindo que o sangue venoso pode ser utilizado nesse equipamento.

O grupo-D (0,0246) apresentou diferença significativa das médias entre os métodos GP e EP, diferença também observada por Teixeira-Neto et al. (2011).

Estudos com a utilização do glicosímetro portátil vêm sendo descrito em algumas espécies de animais (Aleixo et a., 2010, Teixeira-Neto et al. 2011, Luppi et al., 2007), devido este ser um método rápido, com baixo custo, fácil manipulação e transporte, possibilitando ao médico veterinário uma visão dos valores glicêmicos no local onde encontram-se os animais.

LITERATURA CITADA

ALEIXO, G. A. S. et al. Uso do glicosímetro portátil para determinar a concentração de glicose no sangue de cães. Ci. Anim. Bras., Goiânia, v. 11, n. 3, p. 537-545, 2010.

ALEIXO, G. A. S. et al. Mensuração da glicemia em cães mediante a utilização do glicosímetro portátil: comparação entre amostras de sangue capilar e venoso. Medicina Veterinária, Recife, v.1, n.1, p.9-13, jan-jun, 2007.

ANNANDALE, E. J. et al. Insulin sensitivity and skeletal muscle glucose transport in horses with equine polysaccharide storage myopathy. Neuromuscular Disorders, v.14, p.666–674, 2004.

BÖHME, P. et al. Evolution of analytical performance in portable glucose meters in the last decade. Diabetes Care, v. 26, n. 4, p. 1170-1175, Apr., 2003.

BRIGGS, A. L.; CORNELL, S. Self-monitoring blood glucose (SMBG): now and the future.Journal of Pharmacy Practice, v. 17, p. 29-38, 2004.

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BUSH, B.M. Nutrientes e Metabólitos. In: Interpretação de Resultados Laboratoriais para Clínicos de Pequenos Animais. Editora Roca (São Paulo), 167-223, 2004.

COHN, L. A. et al. Assessment of five portable blood glucose meters, a point-of-care analyzer, and color test strips for measuring blood glucose concentration in dogs. Journal of the American Veterinary Medical Association, v. 216, n. 2, p. 198-202, Jan., 2000.

HOFFMAN, R. M. et al. Obesity and diet affect glucose dynamics and insulin sensitivity in Thoroughbred geldings. Journal Animal Science, v.81, p.2333–2342, 2003.

KATSOULOS, P. D. et al. Evaluation of a portable glucose meter for use in cattle and sheep. Vet Clin Pathol. v.40, n. 2, p. 245-247, 2011.

KRONFELD, D. S. et al. Insulin resistance in the horse: Definition, detection, and dietetics. Journal Animal Science, v.83, suppl. E22–E31, 2005b.

KRONFELD, D. S.; TREIBER, K. H.; GEOR, R. J. Comparison of nonspecific indications and quantitative methods for the assessment of insulin resistance in horses and ponies. Veterinary Medical Today: Timely Topics in Nutrition. In: Journal American Veterinary Medical Association, v. 226, n. 5, p. 712-719, 2005a.

LUPPI, M. M. et al. Estudo comparativo entre métodos de determinação da glicemia em macacos-prego (Cebus apella) mantidos em cativeiro. RPCV. v. 102, p.75-79, 2007.

PICA, C. Q. et al. Avaliação comparativa de glicosímetros portáteis através de curva glicêmica induzida. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METROLOGIA, 3., 2003, Recife: Anais .... Recife: Sociedade Brasileira de Metrologia, 2003. P. 1-7.

RADOSTITS, O. M.; BLOOD, D. C.; GAY, C. C et al. Clínica veterinária: Um tratado de doenças de Bovinos, Ovinos, Suínos, Caprinos e Eqüinos. 9º ed. Rio de Janeiro, GuanabaraKoogan, 2002.

SERÔDIO, A. T.; CARVALHO, C. B.; MACHADO, J. A. Glicemia em cães (canis familiaris) com glucomêtro digital portátil e teste laboratorial convencional. JBCA – Jornal Brasileiro de Ciência Animal, v. 1, n. 1, p. 25-34, 2008.

TEIXEIRA-NETO A. R. et al. Ineficácia do Aparelho Portátil Accutrend® Plus na Clínica Médica de Equinos. ARS VETERINARIA, Jaboticabal, SP, v. 27, n. 1, p. 01-021, 2011. TRINDER, P. Determination of glucose in blood using glucose oxidase with na alternative oxygen acceptor. Ann. Clin. Biochem., v. 6, p. 24-7, 1969.

AGRADECIMENTOS

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