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BALANÇO DO SETOR METROFERROVIÁRIO

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Academic year: 2021

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2020

BALANÇO DO SETOR

4º trimestre

METROFERROVIÁRIO

A Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos) é uma entidade civil, sem fins lucrativos, de âmbito nacional, que representa os operadores de sistemas de metrô, trem urbano e Veículos Leve sobre Trilhos (VLT) do Brasil.

(2)

Passageiros

transportados

Evolução 4º Trimestre

Nacional

Estamos vivenciando o nono mês da crise que se abateu sobre os sistemas de transporte de passageiros sobre trilhos do Brasil, quando em março de 2020 foi decretado o estado de calamidade pública em virtude da pandemia relacionada à Covid-19.

Diante das medidas de flexibilização adotadas em todo país, o que

proporcionou uma gradual retomada da economia, o setor manteve neste 4º trimestre/2020 a tendência de recuperação, estabilizada com índices diferentes devido as características de cada tipo de sistema.

0 10 -10 -20 -30 -40 -60 -50 -38,5% -46,4% -51,4%

(3)

Passageiros

transportados

Evolução 4º Trimestre

Nacional

-31,7%

1º trimestre -74,2%2º trimestre -54,1%3º trimestre -45,4%4º trimestre

A taxa média de recuperação da demanda se mantém em torno de 8% ao

mês, levando em consideração o número de passageiros transportados entre

os meses de agosto a novembro, diferente da forte aceleração que aconteceu nos meses de junho e julho, provavelmente devido à liberação de parte da demanda reprimida diante do isolamento social nos grandes centros no início da pandemia.

Seguindo essa tendência, os sistemas metroferroviários deverão fechar o 4º trimestre/2020 com um aumento médio de 10% na quantidade de passageiros transportados em relação ao trimestre anterior. Os dados do 4º trimestre apresentam números consolidados dos meses de outubro e novembro, e a projeção para o mês de dezembro.

Já na comparação com o ano passado, a linha de tendência não tem a mesma correspondência devido às diferenças nas sazonalidades características das demandas por sistemas e aos feriados, que caíram em dias úteis neste ano de 2020.

(4)

-30,7%

1º trimestre

Neste trimestre, percebe-se que já ocorre uma diferença no comportamento da demanda de acordo com a localização dos sistemas, uma vez que as regiões se encontram em diferentes etapas de desenvolvimento da pandemia, assim como, apresentam peculiaridades nas conjunturas econômicas locais.

10 10 10 0 0 0 -10 -10 -10 -20 -20 -20 -40 -40 -40 -30 -30 -30 -60 -60 -60 -50 -50 -50 -37,4% -46,1% -49,8% -40,3% -51,2% -53,5% -44,6% -52,3% -43,6% out/20-out/19 out/20-out/19 out/20-out/19 nov/20-nov/19 nov/20-nov/19 nov/20-nov/19 dez/20-dez/19 dez/20-dez/19 dez/20-dez/19

Evolução 4º Trimestre -

São Paulo

Evolução 4º Trimestre -

Rio de Janeiro

Evolução 4º Trimestre -

Nordeste

-27,1%

1º trimestre -74,1%2º trimestre -52,7%3º trimestre -44,9%4º trimestre

-56,3%

3º trimestre -51,9%4º trimestre

-74,3%

2º trimestre

-48,5%

(5)

Comportamento da Demanda Nacional de Passageiros

Pandemia Coronavírus

Recuperação

de demanda

O setor metroferroviário já recuperou em torno de da demanda de passageiros, em comparação com a demanda anterior à pandemia. Muito embora a demanda tenha quase dobrado entre os meses de

junho e novembro, comparando com a queda acentuada do início da pandemia,

ela ainda se encontra em níveis muito inferiores aos registrados habitualmente.

Durante a pandemia, de março a novembro, o

setor metroferroviário transportou

cumprindo com o seu papel social diante da crise que

afeta todo o Brasil.

80 60 40 em milhões 20 0

MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO

A tendência de crescimento da demanda de passageiros se mantém em torno de 8%, desde o mês de agosto. Esse percentual deve se sustentar pelo menos até o mês de janeiro/2021, havendo possibilidade de um aumento em dezembro, devido às características do mês, com a intensificação das atividades comerciais no período de festas.

55

%

1,2

BILHÃO

(6)

MG RJ RS DF PE AL PB RN

67%

57%

55%

56%

53%

45%

73%

63%

69%

40%

BA SP CE

A recuperação da demanda prossegue com algumas diferenças entre os sistemas, muito mais em razão das fases nas quais cada localidade se encontra na evolução da pandemia. No mapa é possível verificar que aquelas localidades em que a pandemia se iniciou mais cedo são as que apresentam o maior nível de recuperação.

Aos poucos, se espera que essa recuperação vá se nivelando entre as diversas regiões, no entanto, o eventual recrudescimento da Covid-19 pode alterar essa expectativa, assim como, o início da vacinação é considerado uma referência para a recuperação da demanda.

Não informado

Nível de recuperação

por Estado

(7)

A pandemia alterou o comportamento social e econômico do Brasil de forma significativa e com o transporte público não poderia ser diferente. Assim, os padrões e as tendências de variação da demanda neste ano de 2020 se

modificaram nesse contexto, apresentando diferenças consideráveis com relação às variações naturais que ocorriam ao longo do ano antes da pandemia.

A retomada das atividades econômicas e sociais têm se dado em momentos diversos em cada região do País, de acordo com a evolução da pandemia, e o seu impacto em cada sistema de transporte ocorre conforme a distribuição espacial das atividades que são retomadas em cada metrópole.

O setor como um todo, no entanto, vem apresentando recuperação da demanda com uma taxa mensal de crescimento que se mostrou, a partir de agosto, estabilizada no em torno de 8%. E é esperado que essa taxa não se modifique de forma acentuada no próximo trimestre.

A expectativa da ANPTrilhos para o mês de dezembro é que a demanda de passageiros possa atingir o patamar de 10% de crescimento mensal. Essa projeção considera os fatores econômicos referentes ao período de festas, quando há aquecimento da atividade econômica.

A previsão da ANPTrilhos para 2020, mesmo considerando essa expectativa de aumento da demanda em dezembro, é de uma confirmação da forte retração no volume de passageiros, com uma estimativa de redução de 37% no nível da demanda diária. Comparando o ano de 2020 com 2019, é estimada uma

perda de 372 milhões de passageiros no 4º trimestre, com a perspectiva de perda total no ano de cerca de 1,9 bilhão de passageiros.

O setor prevê que a crise de demanda perdurará por todo o ano de 2021, pois não se avista, em curto prazo, medidas como vacinação em massa e contenção da proliferação do vírus no País. A expectativa é que os números anteriores à crise só devem voltar a serem registrados no prazo de 3 a 4 anos, em um ritmo de recuperação muito lenta.

Projeção de fechamento

de 2020

(8)

-R$ 7,3

bilhões

Estimativa de queda de arrecadação de bilheteria de março a novembro/2020

O transporte sobre trilhos não deixou em nenhum momento de fazer a sua parte durante a pandemia, empreendendo todos os esforços ao seu alcance para proporcionar as condições adequadas, seguindo os

protocolos que foram necessários pelas características de contaminação da Covid-19, e, de outro lado, para manter as condições adequadas de mobilidade para as atividades sociais e econômicas essenciais.

Para isso, os operadores estão tendo que financiar com seus próprios recursos, que já se encontram acima do limite, o pesado desequilíbrio que ocorre com a relação entre as receitas e as despesas.

Esse desequilíbrio está projetado na ordem de -R$ 8 bilhões no fechamento do ano, mesmo contando com a expectativa de

uma leve melhora pontual na demanda de passageiros no mês de dezembro, devido ao aquecimento do comércio com as festas, o que não deve se repetir no mês de janeiro.

Impacto

(9)

...E suas

consequências

...e os anseios do setor diante

das medidas governamentais

Desde os primeiros momentos da crise gerada pela pandemia da Covid-19, os operadores de transporte público, em especial, os de passageiros sobre trilhos, adotaram todas as medidas ao seu alcance para cooperar com o poder público e garantir a oferta de transporte para a população, mantendo os sistemas higienizados e adotando as melhores práticas de prevenção à proliferação do vírus.

A grave crise que se instalou no setor de transporte público do País mostrou que o modelo atual de financiamento dessa atividade, tão essencial para a sociedade e que se mostrou de vital importância na pandemia, está esgotado. O setor aguarda com ansiedade que o poder público atue com rapidez no desenvolvimento de novos instrumentos legais que permitam sanar as deficiências que estão sendo observadas no modelo atual da gestão da mobilidade urbana brasileira, tais como:

Instrumentos legais de financiamento do setor para sua atuação em situações de emergência ou de calamidade pública;

Mecanismos adequados de financiamento de gratuidades;

Gestão centralizada da mobilidade nas grandes Regiões Metropolitanas, com a adoção de entidades gestoras;

Financiamento do transporte coletivo, por intermédio de custeio indireto pelo transporte individual, com a adoção de medidas que incentivem o maior uso do transporte público; Respeito à função de linhas troncais que o transporte sobre trilhos deve exercer na

mobilidade urbana, que foi um fator de sucesso no momento da pandemia, priorizando o transporte estruturante e sua integração, eliminando as sobreposições de linhas;

Promoção do planejamento de transportes urbanos no longo prazo; e

Criação das Autoridades Metropolitanas de Transporte com a centralização da regulação e do planejamento da mobilidade urbana nas grandes Regiões Metropolitanas.

Diante de toda essa expectativa com relação às ações governamentais, o setor foi

surpreendido com o veto presidencial ao Regime Especial de Emergência para o Transporte Coletivo Urbano e Metropolitano de Passageiros (REMETUP), que, se não propicia o

equilíbrio financeiro dos operadores, ao menos mitiga as consequências da pandemia enquanto os instrumentos legais mencionados acima são desenvolvidos. É uma questão de

calamidade financeira que poderá ocasionar uma calamidade na mobilidade urbana e

que requer ação imediata dos Poderes da República.

Os problemas são sérios e crescentes. As soluções exigem planejamento, dedicação, inteligência e investimento por parte do Poder Público, em parceria com a iniciativa privada, para que os resultados esperados beneficiem todo o conjunto da sociedade.

(10)

A pandemia causada pela Covid-19 impactou fortemente a vida das pessoas e das empresas. Ao longo desses nove meses de pandemia, todos tivemos que nos adaptar e para atender à população neste novo momento, os operadores metroferroviários buscaram as melhores práticas, nacionais e internacionais, para o atendimento aos passageiros. As principais medidas adotadas foram:

• Intensificação da limpeza de estações, trens e áreas de contato, como corrimãos;

• Adoção de tecnologias de higienização, como pulverização de produtos desinfectantes e uso

de ultravioleta;

• Aferição de temperatura através de câmeras;

• Campanhas de orientação ao passageiro intensificadas;

• Instalação de comunicação visual específica para indicar distanciamento; • Manutenção da oferta de trens em níveis bem superiores à demanda;

• Treinamento dos funcionários para atendimento ao público diante da pandemia; • Trabalho home office para áreas não operacionais e grupos de risco;

• Disponibilidade de álcool em gel e equipamentos de proteção individual para as equipes;

Entre outras medidas que visam a saúde e segurança dos passageiro.

Nós estamos fazendo a

nossa parte, faça a sua!

(11)

Associados Apoio

COMPANHIA DE TRANSPORTES DO ESTADO DA BAHIA

Setor de Autarquias Sul, Quadra 1, Bloco J Ed. Clésio Andrade – Torre A, 5º andar, Sala 510 Brasília/DF – 70.070-010

(61) 3322-3158 – contato@anptrilhos.org.br

www.anptrilhos.org.br ANPTrilhos

ANPTrilhos @ANPTrilhos

Referências

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