lllll'
-!d
"¦«¦iu celebrai versaiKiJ
-a doi
- in"! Vnn Aida Eiirl-HOVlllíi >euoi'0 Icioiili aixos' s Gac Lui.'r_ui..i
•ojiimi , íüiefe lauclill ¦ir!'. bfí_m
-ii*') Ití reciW ESI li Íeni.oni< ti'.', p!'t [tn, M** .'ieu- r_„!or-RiroU.-.Anno_XIV
-.-^^
VI
de Janeiro — Sexta-feira 3 cie Agosto de 1888
i ¦ .¦*','* ¦':..,J .ni 11 |
ir.7v-|V.*t>^-^"**"^-N. 315
"+*¦¦-"¦¦, rrririi .' ¦
ASSIGHATUHAS PARA fl GOME
6S008
; .TPF 6-000ISEin--nE
,
i2gooo
liSS-PAGAMENTO ADIANTADO ESCRIPTORIO ,0 RUA DO OUVIDOR 70ASSIGHATUHAS PARA AS PilO.iíl.lAS SSUBSTRE a^O.0 • • t • ¦••*.•««-•••*.•«.•-• ..**...•«*_« PAGAMENTO ADIANTADO S8000 103009 TYPOGRAPHIA
*?S RUA SETE DB SETER-BRO Vg
NUMERO AVULSO 40 RS.
Os arligos enviados á redacfáe. ni. serão rcsiiiuidos ainda qne não sejam publicados
Slereotypafla e impressa nas maclias rotativas de IrM, na typograpaia da «Gazeta fle Noticias^, de p|iàiôõ Arauje & Hen.8s
Tiragexa 24,000 e3s:©i3a_plffiir©s
;,_
rr,.y_g^.a*grr»w'-y-T~*-^^
NUMERO AVULSO 40 RS.
-______a_-*_-t*_*_-_-g^^
As assígculuras comeram em qualquer dia e Icrminam cd_ fim dc março, junto, sclcni.ro ou dczcalrt
Hos ila ardem do dia ;tte hontem, na üf 0 Sr. Gomes de Castro atirou um _(_' _ Sr. ministro do imporio.
Lr deputado pelo Maranhão quer que j.í|ijiiija para Mi> em P''atos limPos' Jèiio do governo acerca do projecto Ljdo sobre liberdade de cultos c a iiio dá conversão dos bens das ordens ívoJis.' E ° Sr' ministr0 **a Qe l10r imanifestar-se, do contrario será im* das settas irônicas do Sr. depu-¦hV discussão do orçamento da guerra £ o Sr. Ratisbona, que se. revelou |o cnlwidido em cousas militares. íniinuóii a discussão do orçamento da ricuHura.
Illóu-se dc tudo.
.ciuollc orçamento è um'mundo. oradores foram os Sr3. Leitão da ; Espçridiíio, P. Mascarenhas e rodos elles solicit-rálü melhoramentos jeriaes para as suas próvincias. i senado approvou liontem a nomeação uoia commissão dc inquérito, proposta õ Sr. Aviln, para investigar sobre os ps coramettidos nas repartições de if-lnlia. conforme o que S. Ex. hare-a,|o ila tribuna, e propor a reorgani-jo dos servíçss respectivos.
_4 debate teve esto requerimento, '
adiado pelo Sr. ministro da marinha, '
ciiiçnde que o nosso systema ó de ftidade e não de.mysterio, teve sô-il? teca opposição do Sr. barão de !>i|)c, o mesmo que o anno passado J) dograaticamento quo a'nossa ar-Ja era composta de calhambeques ffiiinnjcis.
fcciiliram-sc os orçamentos da mari-e do imporio. O Sr. Cândido dmari-e Oli-,3. jorquo deseja quo não se repitam islcop... como a do Apa, declarou ar contra a emenda da câmara, que ilsíorraa cm realidade o serviço meteo-fico incipiente. O Sr. visconde de i. Preto, com a costumada correcção •illiantismo, propoz um importantis-io questimportantis-ionárimportantis-io ao Sr. ministro do «rlg sobre os variados negócios d'esta
«¦lAGEDIAS DO ADULTÉRIO
J Dr. Nogueira não poude hontemeon-lir o rolatorlo que acompanhará os losilopracesso-crimo contra Umbelino j. Só hoje aquella distineta auetori-.t lindará d'aquollo modo as diligen-t d,i jurisdição a seu cargo, enviando is os papeis ao meritissimo juiz dc liio do 7' districto criminal.
ministério da agricultura, de accordo i os favores c disposições om vigor, ijJíii a D. Francisca de Paula Mon-i da SMon-ilva a auctorMon-isáção que pedMon-iu iiitivi-iizir vinte familias de agri-im europeus na sua fazenda—liar-' -no municipio de S. Pedro de Ita-¦'ara, provincia do Espirito-Santo..
ASSEMBLÉA PROVINCIAL
smeçaram hontem as sessões prepa-irias da assembléa provincial flumi-a muito conhecida salinha dc tlioroy.
o Sr, coronel Sá Carvalho, o mais ve-dos que se apresentaram, coube a pre-nela, oecupando os Srs. Paulino de z,i Junior e Portella os logares do se-irios, pcla razão inversa, isto é, por in os mais moços.
oram apresentados 23 diplomas, sendo seguida eleita a mesa provisória, que ii assini constituída : Carneiro Maia, sidente; Oscar Varady, I* secretario ; ilino-de Souza Junior, 2' secretario. orara depois eleitos para a commis-dc verificação de poderes os Srs. Os-Varady, Portella. Andrade Baena, ggs. Oliveira Machado, .Paulino de ai Junior, Souza Gomes e õy.Uloi de aos",'tantoii-se
depois a ssssão.
ministério da justiça approvou o acto, i qual a presidência da provincia de nambuco concedeu provisoriamente mezes de licença ao tabellião do pu-o, judiciai e notas do termo do Agna "s, Manuel de Carvalho Paes de An-i ClouvAn-im, para tratar de sua saude,
EJ-Ke-POit-O "V
portaria de 30 de julho foi conce-i ao tenente de estado maconce-ior de 2* "O Juvenal Rodopiano Gonçalves dos te a exoneração, qtie. pediu, do logar ijudnntc do ordens da presidência de as Geraes.
indoiKo ficar sem offeito a nomo.ição apitão do 1- regimento do cavaliaria 'unindo
Antonio Fernandes do Miranda 1 cargo de secretario do commando ermas do Pará, om cujo exercido .continuar o capiião reformado do •Cito
Miguel Calmon du Pin Lisboa. pdoii-se servir no corpo dc alumnos •Min Militar da corte o soldado do ralalião de infantaria João Ezemita wgalhãos.
Milou-sc transferir para o 1* batalhão "t-i.iaria a pé o alumno da escola de •Mizcs artilheiros Trajano Masca-11' ue Figueiredo.
Iiaeharol Ncstor" Meira vai restituir -«res publicos a quantia de 50'', !r-ni;a entre a ajuda de custo de 4_0_, poraylso de 10 do março ultimo lhe "?*,
quando nomeado para o logar «municipal e de orphãos do termo «na, na provincia do Pará, c a de irs -1 • ca''c l'0-** roconte nomeação '.'-'«ai locar no termo dc Macau, na
••'ia ucrllio Grande do Norte. '•«•u lionteni n'_sta corte o Dr. Gra-¦',"•'.3 bantos Neves, distineto e hu-H 1!IC;ll*o da cidade da Victoria, «i aa provincia do Espirito Santo1. ,"'; -"¦acianô viera a esta cidade cm i „™ mi]-}<>™ para a cruel ciifeimi-im„„ *! scntla\ n'aquella ° Vlcll!1'0u, o .sua morte será provincia, ; u. up-iva a posição distineta compa-'«m o seu notável talento. Em ikõ, SE.. r fíkk-'{0 éòral, seu nome iHi"5!1' districto «1'aquclla Zt t?m feoal numero de votos que otiti ! •¦*'',n«o vindo à reprcsnn-Dr fe?*' lfIa o*fferença de idade. . • •"--").t%..!>v(íS era natural da pro-"médicos.
Filiara-se ao *a-tido ialS S-Pyv-a*» foi deputa-uc pro-U1 Pelo districto de sua residência. Mn». ,V'"_-Í>S ,]e s- Jo5o d'El-Pvei
^Ú.Kd^3V!°'m'^d0'desal'o«
si ,';,ltalc,ínndc temporal, h I?__l__ !'re<Jl?3.a ^rme _n_a.". Rearas nue cahiu, .,.
GAZETA DE NOTICIAS
Completando hontem o seu 13* anni-. versario,- a Gaseta de Noticias, com justo desvanecimonto o confessamos, teve a mais significativa prova dasympathiac da ostiraa com que a distinguo a popu-lação d'osta capital, representada por distinetos collegas nossos, quo nos onde-reçaram as mais amistosas palavras, e por illustres cavalheiros, que nos saada-ram pessoalmente, ou por melo dc cartões. Dando conta ao publico d'ossa manf-íestação, que tanto nos honra, o fazemos como uma prova do nosso
reconheci-mento, •*
A Cidade do Rio, com uma gentileza inexcedivel, dedicou a primeira pagina do seu numero de hontem ao redactor chefe d'esta folha.
No alto da 1* columna lê-se o seguinte:
A Mr. 18 Dp. Ferreira Qe Araujo
Je fadore Emílio Ro__de. ...o eu... Coelho Netto. ...eg-o quo.ua... Pardal Mallet. ... pour toujouro... Patrocínio.As primeiras columnas da distineta collega são oceupadas por este brilhante artigo, que sobro ò redactor-chefe d'esta folha escreveu o'valentc e illustre publi-cista Josó do Patrocintò.
FERREIRA DE ARAUJO
« Quando o vi a primeira vez, fiquei a pensar n'elle. Estereotypou-se-me na memória aqucUç. porte do Hercules ado--lescente, aquella musculatura sã, que se ajustava n'uma tóileite elegante, acpiella physionomia, quo via atravez de um pinec-ne. de crystal, sem aro, muito cuidado o sob um" ílno lenço negro, má-licioso e petulante. Tinha um andar pesadamonte leve, do um elephantesinho Urgem, o um olhar, direito, em fronte, como o dc quem vai para muito além do horisonto.
Quem ó ? perguntou a minha curiosi-dade, feita do inveja, porque daquelle rapaz ressumbrava um bam estar infinito na expansibilidade do sorriso, do gesto, da palavra, quando ou, ai de mim, estava condemnado a lavar garrafas de oleo de ricino, a pregar centenas de rótulos do formulário da Misericórdia, um dilúvio dc cosimento branco c do salsapàrrilha. *- E' o Ferreira dc Araujo, interno da quinta dc medicina. Dizemque sabe mais que 03 collogas e ó muito festejado pelas irmãs de caridade.
. Medico I pensei cu. Como é que ello ha de familiarisar-se com essa profissão, que so acotovella dia n dia com a dôr e com á morte, com a desillusão o com a miséria! Infeliz, estou a ver-íhe no cora-ção alguma cousa como um ninho, onde um casal de gaturamos permuta a em-briaguez da primavera, trocando nos bicos o saibro de mel dos laranjaes por onde volitaram doudos de desejos e ton-tos de perfume. O que ha de ser d'elle quando tiver de fazer calar a musica intima, quando tiver 'de lancetar um abeosso no seio branco de uma bella rapariga, ondo o loite, o soro opalino do amor, sc converteu em puz? O quo ha de sor d'elle, quando a sua lealdade tiver de estacar diante da inteireza da sua reputação, um Htigio á cabeceira de um doente, cuja moiestia foge ao diagnostico, tanto quanto aproxima a victima da sepultura I •
Ter uma alma dc poeta e ser obrigado a receitar bismutho ás meninas de dez-oito annos, citrato do magnesia ao par de valsa I
E eu me liorrorisava por elle.
Durante mais d. sete annos não ouvi mais fallar no interno da enfermaria da Misericórdia. Eu.por minha vez, tinha feito o périplo do basilicão o do iodoformio e amadorrava para um canto da nossa sociedade, com a alma cheia de tristeza e o coração embebido de fel.
O Dermeval, o meu irmão de soffri-mento e de triumpho, veiu convidar-me para vestir esta fatalissima túnica de Nessus da imprensa, quo já lhe queimava as carnes. Eu cedi, vaidoso. Havia alguem que pensava quo cu podia prestar para mais do que testa de ferro de botica.
Falíamos então no Dr. Ferreira dc Araujo, o Lulú Sênior do Mosquito.
Eu tinha, pois, adivinhado; o homem não era um medico, mas sim um poeta. Dos Ferrões, o Dermeval levou-me para a Gazeta de Notícias, como seu companheiro de revisão, em 1875.
Eu confesso que nunca dei para re-visor e que não mo prestaria a ser mo-desta palmatória das redacções, nem que me canonisassem.
$õ em 1877 conheci de perto o Dr. Fer-reira de Araujo.
Teni*se dito d'cllc muito, de modo que é dillicil já fallar d'essa águia mansa, d'cssa aguiáj que passeia pela rua do Ou-vidor, que tem o. ninho na gloria, quo pousa sobre quadros o mobílias snmptuosas ; que bobe Tokai ao jantar. O seu talento is mau cambiante que um crcspusculo brazileiro; tem ora o tom crú de uma sangucira ; ora o deli-cado esbatido dc um pomar enluarado. O seu estylo ó espontâneo como a luz e como cila toma a côr do meio por que passa, elle toma o tom do assumpto do quo trata.
A sua pcnna tom retintins de peleja e trejeitos de macaco; arregaça a bocea como um tigre c espreguiça-se como um sultão lascivo n'uma pelle de liarem, ao lado da mulher que o exhariu de amor durante a noite c o faz bocejar de tédio pela manhã.
Sob a sua apparencia de indiflerença não ha maior cntíiusiasta, nem ninguém tão susceptível.
Li, não lia muito, um conto de um es-.criptor inglez, cm. que se vê um velho
rei, que punia os seus subditos do modo o mais singular.
O tribunal era um circo, sobre o qual davam duas portas. De uma d'ollas sahía uma mulher lindíssima, de outra uma fora esfaimada.
O criminoso tinha a liberdado de es-colher a porta, que devia abrir. O mais era a sorte que decidia. Ora encontra-va-secom o amor c a caricia, ora com a morte,
Ha no caracter do Dr. Forreira de Araujo essas duas portas : n'uma está o amor; na outra a lera.
O nomo do grande jornalista ostá hoje ligado á historia de nosso paiz c todos sabem quo todas as grandes cansas têm na sua pcnna um defensor. S<5 o temperamento o,tem salvado da popula-ridade ruidosa. Pelo que elle tem feito merece do povo diariamente mais vivas do que exemplares tem o sou jornal.
Basta-lhe, porém, essa acclamação, que, por intermédio da tiragem da Gazeta de Noticias, o povo faz todos os dias, silen-ciosamente, ao seu merecimento.
Chefe da imprensa moderna, o Dr. Per-reira de Araujo preside á emancipação do jornalismo brazileiro do captivoiro da convenção.
Já se pôde sor moço na imprensa; já se podo dizer peli. penna o que so diz conversando ou .aliando. A velha capi e espada da enscenação antiga estão a em-poeirar para um canto da contraregra, e, quando algum dos* antigos jornalistas vem a publico exhibir a phraseologia de dra-maíhão, a gente não so ri somento por-que dove respeito á velhice» ,.
Depois do eclipse do Correio Mercantil, a imprensa só aprendeu a ser alegre com a alegria do Dr. Ferreira de Araujo. O seu estylo foi uma janella aberta para o oriento do jornalismo moderno e por. ella entrou esse claro dia sonoro o prima-veril, quo vai so entornando tambem na alma do nosso povo.
No dia do anniversario da Gazeta de Noticias, a flor do nosso jornalismo, seja permittido ao , discipulo beijar publica-mente as duas faces do mostro, tão gran-de pelo talento como pelo coração.
José do Patrocínio, o
Segue-as ainda o seguinte artigo da redacção :
o Para nós outros, quo trabalhamos na impronsa, a nota dominante do dia de hoje não pódc ser sonão o anniversario da Gazela de Noticias.
E, bem como na historia do jornalismo francez o nome do Girardin representa a grande revolução democrática populari-sando o jornal c levando-o ás baixas ca-rriadás sociaes—raio de luz nas trevas da ignorância, assim lambem na historia da nossa imprensa Ferreira do Araujo ha de ser o symbolo da mesma transformação mas de transformação muito mais dilli-cil, porque teve do offectuar-so em ura meio diverso do pariziense, aqui onde multidão de gento não sabe ler, onde os bons pais de familia do velho tempo cos-tumam não mandar ensinar as filhas a ler o a escrever, para que não leiam e para que não escrevam as cartas de na-moro.."
No actual momento histórico do Brazil, momento de transição, periodo quo para o organismo pátrio pude ser considerado equipolonte ao dos 21 annos, ao da eman-cipação c dos dentes do siso, no actual momento histórico do Brazil, ao bom observador das cousas sociaes c ovi-dente um lento processo de democratisa-ção, educando a alma popular para as re-formas do povir.
E, como causas de tudo isto dotermi-nantes, não seria grandemente paradoxal e muito para admiração o indicar o bond c a Gazeta de Noticias.
Foi o bond quem acabou com a íldal-guia dos carros trclados a bestas, som o luxo das boas parelhas e das boas molas, sem aquillo que indica a nobreza da raça ou a nobreza do dinheiro ; foi elle quem fez cessar as taes visitas patriarchaes, lembrando mudanças ou. viagens, o em quo cada familia levava uma porção de mucamas o quantidade de cabazes cheios de roupa c de comedorias; foi ello quem approximou as distancias c permittiu a residência nos bairros afastados—lá onde o ar ópuro ea vida é calma; foi elle quem reuniu em um mesmo vehiculo as classes as mais diversas da sociedade, quem deu ensejo a que eílas se acòtoveliassem c sc fallasscm, quom sentou no mesmo bauco e cobrou o mesmo tostão ao barão, todo cheio do preconceitos, o ao capadecio, todo cheio de pomadas.
A Gazela de Noticias acabou com o. doutrinarismo propiictico dos homens, que davam -sentenças irrevogáveis o sagra-, das sobre os destinos da pátria, popula-risou as cousas políticas, que tinham até então omysterio profundo das lithurgías egypciacas; contou a cada qual os se-gredos dos bastidores—lá onde os artistas do nosso palco social deixam os vestua-rios reluzentes e as poses estudadas da representação; unificou a vida flumi-nenso, fazendo com que todos tenham durante o dia as mesmas sensações, com que sejam attrahidos polo mosmo especta-culo e discutam os mesmos assumptos. Foi e!la quem creou a nossa imprensa, porque, excepçâo feila do Jornal do Com. mercio, d'clla 'dimanam todos os outros jornaes. E a imprensa já derruba minis terios e falia a voz do povo, quando u parlamento traz a mordaça dos interes-ses pessoaes dc cada deputado.
E essos dous factores, o nikel de tostão e o cobre de qua renta réis, formaram o caracter generoso, altivo e forte d'este Uio de Janeiro, que, como Pariz, 6 o cc-rebro de um povo. »
Na secção Miragens escreve Talaria, o seguinte:
Os rouxinoos da terra, os cantores dc soes e de mulheres, todos os portadores de lyras e alaúdes vieram hontem ao meu cubículo e encarregaram-me de trans-mitlir á redacção da Gazela dc Noticias as suas felicitações. Com muito prazer, rouxinoos. com muito prazer.
Queira S. Ex. a Gazeta de Noticias,
(tiragem Si.GQ. exemplares, Salão—mais J
tarde) acceitar os parabéns dos abaixo assignados:
— Luiz Murat — parabéns. Olavo Bilac — emboras. Alberto de Oliveira — compri-menta. Guimarães Passos —muitos annos do vida o saude.
Oscar Rosas—profalçasi Alberto Silva —«quem porfla mata caça.»' Viva a Ga-xeta I
. Osório Duque-Estrada—saúda a pri-meira folha da America do Sul I
Mario Alencar—hip I hip I hip I luirrah I Max Fleiuss—felicitações.
Rodrigo Octavio—flores, flores o mais flores.
Um anonymo muito conhecido—toda a lyra á Gazela I
Os leitores da Cidade do Rto—para-bens a Ferreira de Araujo.
A Alauzot cá da casa—Salve 1 Os typos uormandos—persevera, per-severa I
Os outros typos—Avanto.
Os typõos—Viva o Times brazileiro... (tiragem, etc, etc.)
O retrato do Luiz Gama—Gloria aos abolicionistas I
Uma coroa do José do Patroeinio—eu estou quasi pulando para a cabeça do Telha. Viva o Telhai
..A Estante—Um abraço aos rapazes da Gazelal
O Coquelin (photographia)—Salut I O Victor Hugo (idem)—AUez eníants de Ia Patrie - - .
; A Sarah Bernhardt (idem)— toute Ia joie de mon cceur.
O Clapp (idem)—Vivai Etc, etc... Vi-,vas a tres por dous. - .
E vivai vivai vivain,Gazeta de No-tidas I»
Ainda uma vez, penhoradissimos por tanta gentileza, agradecemos á Cidade do Rio todas ossas bellas vhrases, quo aca-bamos de transcrever.
O Novidades, illustre collega, que tem á sua frento um jornalista de fina tem-pera, nos dedicou as seguintes linhas)
« Chegou hoje ao seu 13* anno doexis-tencia esse nosso collega da manhã, cujo tirocinio jornalístico tem sido brilhantis-simo sob todos os pontos de vista.
Quem vê um dos seus primeiros'nume-ros, pequenos, mas bem feitos, vacülan-tes, mas promettedores o a oontcmplahoje altiva, pujante, quorida e respeitada, tem o direito do confiar na tenacidade dos esforços diários e na perseverança da luta sem tréguas.
O jornal brazileiro, que chega a com-pletar treze annos do vida, tem toda a razão de requerer um logar entre as om-presas consolidadas da terra.
Incontc-tavelmento. entrará para o nu-mero dos macrobíos a Gazeta de Noti-cias; e é isso o que de todo o coração lhe
desejamos.» __
Fomos comprlmentados pelos seguintes cavalheiros:
Commendador Luiz Augusto da Silva Canodo, G. Fogliani c Alceste Cruz, pela redacção da Itália; B. J. R. Sobragy, Leonardo José da Fonseca Lima, 0. do Niemeyer, Dr. Belisario Au-gusto, Dr. Lourenço Riezchi Levagnino, Dr. CaiT Arno-Gierth, Cunha Vasco, com-mendador Julio Pinlcas, Diogo Linhares Dias, Antonio Furquim Werneck de Al-meida, J. La-Grange, Miguel Luiz Alves dc Lemos, Corrêa Netto, Antonio José Alves Coelho, Ilermogenos M. Pereira, J. M. Navarro, gerente da Gazeta da Tarde, Almeida e Silva, Francisco José de Lima Barros, Miguel dc Pino, Fran-cisco G. dos Santos, director-proprie-tario do Novidades, Antonio Lopes Car-do30, por si c pelo futuro Petiz Jor-nal, 3. P. da Motta Junior, Moreira Sam-paio, J. J. Antunes Braga, Emilio Bar-bosa, A. Cardoso de Menezes, Alberto do Amaral, Affonso II. de Lima, Luiz For-reira de Moura Brito, proprietário da Ga-sela da Tarde, Thomaz de Aquino Bor-ges, Jonio Bittencourt, César Furtado de Mendonça, F. G. C. Guimarães, com-mendador André Gonçalves- de-Oliveira, Dr. Netto Machado, Luiz Henrique Pe-reira de Campos, Caetano de Castro, Pardal Mallot, Alberto de Oliveira, com-mendador Chaves e Emilio Rouède.
O Sr. Dr. Fernando Mendes de Al-meida, nosso distineto collega do Diário de Noticias, dirigiu-nos as seguintes linhas: •
« A' gentil rapariga, que completa hoje 13 annos de boa, sã e alegre vida, saúda o Dr. Fernando Mondes de Almeida, re-dactor-chefe do Diário de Noticias. »
Ern um delicadíssimo cartão impresso a ouro, tendo ao lado a graciosa figura tle uma formosa dama, dirigiu-nos a redacção' do Bisbilhoteiro as seguintes palavras:
«A' illustrada redacção da Gazela de Noticias.—A redacção do Bisbilhoteiro, em extremo pcnhnrada pcliu; numerosas provas de sympathia quo tem recebido, cumpre o grato dever do cumprimentar o felicitar lão distineta collega, hoje, dia em que completa o 13* anno da mais ulil existência. Rio, 2 de agosto de 18S8.—Bellarmino F. Baptista, J. Carvalha}} Pinheiro c João R. de Queiroz.»
Da commissão executiva do professo-rado publico recebemos um mimoso car-tão, com as seguintes palavras:
«A commisáão executiva permanente do professorado publico primário da corte. Comprimentos respeitosos á illus-trada redacção da Gazeta dc Noticias pelo anniversario d'essa folha, a quem deseja todas as prosperidados.»
Da Confederação Abolicionista: « A directoria da Confederação Aboli-cionista tem a subida honra de compri-inentar a illustrada redacção da. Gazeta dc Noticias pejo auspicioso facto de com-pletar hoje essa folha o 13* anniversario da sua fundação, pedindo licença para oiTereccr á sua bibliotheca uma collecção dos folhetos publicados e distribuídos gra-tuitamento por ella aó povo, durante a. sua campanha da abolição. Saudo-vos. João Clapp, presidente. »
Dirigiram-nos cartões, comprimentan-do-uos, as Exmas. Sras. D. Henrigueta
Pereira, collaboradpra do' Bisbilhoteiro, D. Ernestina Diniz c D. Sylvia,Ribeiro. Em hóhs.versos o em prosa humorística fomos tambom saudados pólos Srs. El-mano Ariovilo, Grão Mogol, Um leitor, Arislophanos ,c outros.
De Petropolis, Friburgo, Parahyba do Sul e Juiz do Fóra recebemos telegram-mas felie.itando-nos, expedidos pólos Srs. José Antonio de 01'vcira Costa, Dr. Thco-tloro Gomes, Bandeira Junior e redacção do Pharol.
O Sr. commendador Luiz Augusto da Silva Canedo offereceu ao redactor-chefe d'csta folha nm olegante bronze, ropre-sentando o busto de um pierrot, trabalho artístico de grande valor.
Acompanhado-, de um delicado cartão,no qual se lõ esta phrase — Mes feltcitations — offereceu tambem o Sr. Dr. Menezes Vieira ao redaòto.rchefe d'esta folha um mimoso porta-flòres de biscuil, que é ver-dadeiramento pschutt.
A todos esses cavalheiros o aos nossos collegas da imprensa ainda uma voz agradecemos. • •'¦ ¦ •¦ ,
GONTRAFACÇAO DE 61ARCA
Polo Dr. Macedo Soares, juiz do 8' districto criminal, foram novamente pro-nunciados os Si's.;Frltz, Mack no crime de contrafacção de marca.
D'csta vez a queixa foi dada por Stein-cke <& "Wanlig, do Hamburgo, proprie-tarios da marca de água de Selters co-nhecida por MonopoL representados pòr seu advogado Dr; Sanchô do Barros Pi-* montei. Funccionoú como escrivão o Sr. Ferreira Leite,
Não nouvé Jiontem sessão na câmara municipal por falta de numero. ..
O Sr. coronel Antonio Carneiro, dire-ctor-thesoureiro da estrada de ferro de Sapucahy, recebeu hontem de Ouro Preto os seguintes telegrammas:
«Foi approvado em 3* discussão, na assembléa provincial, o substitutivo das estradas de ferro de Sapucahy com seus ramaes.— Silvestre Ferraz.
« Passou na assembléa provincial, em 3* discussão, o substitutivo sobre as es-tradas de ferro do Oeste, Sapucahy e seus ramaes da Bahia o Minas e outras.— F. Brás Pereira Gomes. »
Devia ter. sido inaugurado ante-hontem, na fazenda de S. Fidelis, propriedade do Sr. barão do Retiro, uma escola para o ensino dos libertos de ambos os sexos. A escola funecionará de dia com os pe-quonos e á noite com os adultos.
Acham-se matriculados iá 40 alumnos.
PARLAMENTO
A ordem do dia para hojo, na câmara dos Srs. deputados, ó a seguinte:
Eleição da mesa.
3* discussão do orçamento do ministe-rio da guerríu
-,2* discussão do parecer n. 49, redacção ,de imposto predial _ Ordem do Monte do Carmo-da curto. '
A's 2 1/2 horas, ou antes:
2* discussão do orçamento do ministe-rio da agricultura.
A ordem do dia designada para hoje no senado, ó a seguinte:
Ate ás 2 horas:
Eleição da commissão do que trata o requerimento do Sr. Aviln. liontem ap-provado.
2* discussão dos projectos ns. IE), 20 e 21, vindos da câmara dos deputados sobre liéença a magistrados.
Continuação da 2' discussão do orça-mento da marinha.
Das 2, ou antos, até ás d:
Continuação da 2* discussão do orça-mento do Império.
O Crubú-Rei, furiosa ave do rapina, que dá pelo nome de Braz Manuel do Nascimento, bifou ante-hontem um Iam-peão de kerozeno do corredor'da casa n. 141 da rua da Imperatriz. Em outro tempo, esto gajo, que quer viver ás cia-¦>•«., teria abiscoitado uma escura.
No cemitério de S. João Baptista foi sepultado ante-hontem o bacharel José Buarque de Macedo, filho do fallecido conselheiro Buarque de Macedo. Ha pouco mais de um anno recebera o grau de ba-charcl em direito pela Faculdade do Recife e, contando apenas 22 annos.de idade, já exercia n'esta corte a profissão de advo-gado, dando provas de grandes dotes' inteilecUiaes.
Ao seu enterro compareceu grande nu-mero de aniigos da família e do seu flnado
pai. •
Por acnar-so pronunciado polo Sr. Dr. juiz de direito do 5' districto criminal, como incurso no art. 201 do código crimi-nal, foi preso ante-hontem c recolhido á casa do detenção o réo Antônio da Silva Nunes.
E. DE F. DA LEOPOLDINA
Seguiram terça-feira ultima, pelo ra-mal do Rio Bonito, os engenheiros repre-sentautes do syndicato inglez que está em ajusto para a compra da estrada de forro da Leopoldina.
A viagem dos engenheiros inglezes teve por flm examinar as linhas dá, impor-tnnie empreza; o como já tivemos ocea-sião de noticiar aos nossos leitores, no exame a que procederam nas redes da Leopoldina, tiveram aquelles distinetos prollcionaes impressão .extremamente fa-voravcl, chegando mesmo a confessar que não esperavam encontrar na America do Sul estrada de bitola estreita con-struida com tanta perfeição c economia. Bj preciso accresccntar*quo conceito tão honroso para a engenharia brazileira, partiu de uma commissão de engenheiros inglezes de que faz parte o Sr. Mac-Donall, uma das glorias d'aquella classe na Inglaterra. "
O Sr. . Mac-Dop.all é um profissional distinetissimo, possuidor de uma longa pratica de trabalhos dc estradas de ferro, o que attesta o importante logar quojoc-cupou de chefe dn locomoção da North-East-Londrcs a New-Caslló, a linha do maior movimento-da Inglaterra.
Os representantes do syndicato inglez procederam tambem a exaine na escriptu-ração o contabilidade da estrada de ferro da Leopoldina e consta-nos que esses exames têm perfeitamente correspondido á sua espectativa.
Com esla viagem pela estrada dc ferro Macahé e Campos até esta ultima cidade c d'ahi pelo Parahyba até S. Fidelis pela linha da antiga estrada de ferro do Santo Antônio de Padua, ficaram os engonheiros conhecendo as linhas que formam a rede da companhia Leopoldina.
O assentamento de trilhos no ultimo trecho construído do ramal do Rio Bonito a Macahé está a concluir-se e espera-so inaugurar a ligação d'cste ramal com a Macãhè c Campos antes do lim do mez corrente, formando assim uma linha ra-cional, cujo trafego, servido por tarifas dilTerenciacs bom calculadas, não poderá deixar de produzir grando animarão e muitos benellcios para as zonas servidas !'or estas importantes linhas.
Quanto á lig.^ão da rede mineira da
estrada de forro da Loopoldina com a fluminense, acha-se a sua construcção muito adiantada o espera-se soja olla en* tregue ao trafego em fins do. próximo mez de setembro.
A consti u-ção d'èsse notavei trecho (li-gação do ramal do Sumidouro com a estrada de ferro de Cantagallo*), foi con-fiada aos conhecidos empreiteiros José Pinho de Oliveira & C. que a tem .execu* tado com grande perieia e actividado.;
N'olla tem sido empregado um pessoal de tres mil trabalhadores.
O trecho acima referida ha de tornar-se notavei não sô pelas suas obras do arlo, como pelos esplendidos panoramas que d'aqueíle ponto se descortinam.
A vista do resultado do exaine, deve-se realisar brevemente a colossal operação da transferencia dos contractos das linhas da estrada de ferro Loopoldina para o syndicato inglez.
São-ongenaciros d'aquellas linhas, por parte do governo, os Srs. Dra. Smith de Vasconcellos e Chrockatt do Sá. .
A exposição'dos quadros do artista V. Gensolieh foi hontem visitada por 123 pessoas. ¦ ¦ j ¦'¦¦ ii» i
Qucixam-so os moradores das ruas ao Mattoso. Cabido e Pereira de Almoida, em S. Christovão, de que.ha por alli uma troça de gatunos que andam todas as noites a experimentar portas. Soria con-vcniejitc que a policia experimentasse por sua voz a paciência d'esses meliantes com algum tempo de xadrez.
Foi nomeado snbdelegado do 2* dis-tricto da freguezia da cidade de S. Fi-delis, o Sr. Manuel Gonçalves -Lou-i-eiro.
Vai ser paga a quantia de 35:915,862, sendo 22:933gG20, pela delegacia do the-souro em Londres á. Companhia de En-genhos Centraes nas próvincias'da Pa-rahyba e Sergipe do juros garantidos, correspondentes ao 1' semestre do cor-rente anno; devendo ser deduzida a im-. portancia de 482,82 florins P. B. de juros abonados pela casa bancaria de "Westen-dorp & C', de Amsterdam.
Por sor gatuno e vagabundo, o ainda por haver surripiado um cobertor, vai assignar termo de bom viver o americano Albert Kendrick. Que lho faça muito bom
proveito.
t-Ao Sr. Dr. juiz de direito do 9* districto criminal remotteu o subdelegado da fre-guozia da Gloria o inquérito, que instau-rou contra Manuel dos Santos, que foi Sreso o Flamengo, trazendo comsigo instru-no dia 18 do mez findo, na praia mentos próprios para roubar.
Manuel dos Santos é gatuno audaz e já cumpriu quatro sentenças na Casa do Correcção por attentados commcttidos contra a propriedade alheia, usa do dille-rentes nomes e dá- varias filiações o nacionalidades.
A auetoridade em seu relatório pode a pronuncia de Santos como ircurso nas penas do art. 300 do código criminal.
Do quarto de Domingos José Carril, morador na estalagem n. SO da rua do Alcântara, bifaram os,gatunos ante-hon-tem tim bahú de folha contendo roupas de seu uso, dinheiro e alguns objectos. A auetoridade local procede a
averigua-ções. . .'
A presidência da provincia do Rio de Janeiro nomeou uma commissão composta dos módicos, os Srs. Drs. Augusto de Mi-randa Souza Gomes, delegado da junta de hygiene do Petropolis, e Gabriel'José Pereira Bastos, encarregada dc emittir parecer sobro o local em que possa ser construído um novo cemitério no referido municipio, uma vez que a commissão não julgue conveniente a desappropriação do •terreno preciso para augmento da arca do
cemitério existente.
Foi exonerado, a pedido, do cargo de inspector das escolas do districto da _i* dade de Cantagallo, o Sr. Carlos Teixeira do Carvalho.
_t^*_s_____-_-___i_-_=_
A10' corrida do Sport-Club, realisada hontem, foi uma das mais concorridas d'este anno n'aquelle prado.
Foi pena que não tivesse sido executado todo o programma, que ficou realmente defeituoso com á não realisação do 4' pa-roo, um dos mais attrahentes, visto terem sido retirados os animaes Risette, Carne-lia, Araby e Mcdon, ficando apenas Druid Batuta e Clarineta, sendo os dois ultimos do mesmo proprietário.
Houve bastante animação o ordem em todos os parcos, á excepçâo do ultimo, que ia dando logar a uma das conhecidas sce-nas do escândalo,, infelizmente frequentes n'esses divertimentos c conseqüentes de decisões de direcionas.
.. Foi o caso que por occasião da sahida o respectivo juiz tornou esta effectiva, quando Tupan, que juntamente com os outros havia feito muitas sahidas falsas, ficou parado no ponto da partida.
Comquanto acatemos "com a máxima reverencia as decisões da digna directoria do Sport Club, todavia parecia-nos mais justo que fosso a corrida, annullada. a exemplo do outras judiciosas decisões da mesma dirccloriá e que muilai vezes temos applaudido.
A' 1 hora realisou-se o 1' pareô —Car-ris Urbanos —1,000 metros, animaes na-cionaes de menos do moio sangue, que não tivessem ganho. Em V logar chegou Moema, em 2' Cometa e em 3° Panadero. Rateio 23fi; tempo 14 segundos.
2* parco — Consolação —Animaes na-cionaes até meio sanguo, que não tives-sem ganho n'esta distancia. Em 1* logar chegou Drnid, cm 2° Biscaia e em 3' Ba-tuta. Rateio 29,*; 100; tompo 90 segundos. 3' parco — Sport-Club —1,500 metros, Animaes de qualquer paiz. Ganhou Elza. Em 2" logar chegou Siva e Pernambu-cana cm 3°. Rateio 133300; tempo 106 segundos.
5" pareô—Vinte novo de Julho—1,200 metros, animaes nacionaes de menos de moio sangue. Ganhou Bombo. Em 2*. lo-gar chegou Cometa e o 3* ficou distan-ciado. Rateio 29_S00 ; tempo 84 segundos. Foi nomeado subdelegado do 4' dis-tricto da freguezia do Boiu-Jcsus do Monto Verde, em S. Fidelis, o Sr. Ma-nucl Affonso Duarte Monteiro. ..'
Deu-se ante-hontem um facto que me-rece reparos. O bond que saTiiú depois das 111/2 lioras da noite, do largo de S. Francisco de Paula para a praia For-mosa, e que ia com mais de 40 passagei-ros, ao clicgar á rua. larga.de. .S. Joa-quim ficou impossibilitado dc seguir via-gem, por estar uma das molas quebradas. Da estação . central^ mandaram outro bond de -lotação" db "15" passageiros, para conduzir os do carro inutilisado.» ...
Os passageiros aecommodaram-se como puderam, indo algumas senhoras do. pé, p os outros que não puderam seguir, tiveram dc tomar outro bond e do pagar nova passagem. E' isto um abuso para o qual chamamos a attenção da respectiva dire-ctoria. .
Foi nomeado partidor. e contador do termo de Vassouras, o Sr. Henrique Julio Xavier de Brito, por haver desistido d'esses oílicios o serventuário Rodolpho
¦Jacintho Mattoso Câmara.
IlÍA GEMA DO BRASIL
(Â P_.GC3.ajc. DO X.._©Ú)
xm
Ko"si rsijila cm .Cuyabá.—O Pascoal.— 0 liarão de Ratovy.— Uma rcpi-i-sentação nn theairo.— Bailo na Ttrpj.cliore.—Baile uo R.crolo Cuya-bano.—Festas do lísplrilo.Santo.—Uni oni|irc-(jailo de Dous.—Procissões.— O Xingu uão 1'oso. —Preparativos de Tiagcm.—1'arllda do Cuyatiá. As noites passávamos quasi sempre fóra, contanto quo não chovesse, porque n'este caso uma triste experiência nos havia desenganado.
No principio de nossa estadia, tínhamos sido convidados a passar, a noite com um nosso amigo, allemão, professor de piano. Apezar do tempo terrível, fizemos, a longa caminhada até a easa do Sr. Car-los, amaldiçoando as muitas poças do água. Pouco depois das 8 horas chega-mos. Portas, janellas estavam fechadas, a casa estava na mais profuuda paz, não se via alma viva na rua,.c a chuvacahia a cântaros. Nem campainha, nem mar-telio. Espantados, líatemos nas janollas. Afinal abriram-se, o o Sr. Carlos appare-cou no escuro em trajos de dormir.— D'onde vêm ? que é que querem ? foi a sua saudação cordial.—Ora, n'este tempo, quando chove, replicou quando lhe lem-brámos a convenção, aqui tudo vai dor-mir. Tambem que se pôde fazer de me-ihor ? Não se pddo fazer visitas. E a ex-pedição recolheu-se.
-Multo agradáveis Érara as _-bite_.no paço do presiderito.
',
. ,. .--'¦ : Ã primeira auetoridade do Matto-Grosso era então oxcelléntomcntc representada pelo barão dcBatovy; embora natural-mente pertencesse ao partido liberal que então governava, sabia por seu amor de justiça e sua natureza conciliavel tratar do raolhor modo os conservadores, que to-dos eram unanimes em louval-o. Depois genlleman da cabeça ás pontas dos pês, esplendida figura militar em seu uni-forme dourado de goneral, lembrámo-nos d'ello ' com a maior gratidão. Mostrou-se muito beri. disposto para nossos desejos e com seu apoio favoreceu extraordina-riamente a nossa empreza; foi talvez quem a tornou possivel.
O interior do palácio, que constava ape-nas de um rez de chão elevado, era simples o prazenteiro; na frente ante-sala e ante-sala de visita; n'esta duas pin-turas, os retratos das magestades; junto á primeira o gabinete do barão, conti-guas salcta o alcova, c como sempre no fundo a varanda. Na sala um docol azul, um sofá e mais nada.
Encontrávamos sempre o barão com dous ou tres companheiros jogando o solo, do que gostava muito, no espaçoso o con-fortavel gabinete. Recebíamos umexcol-lente' charuto dò Paraguay,! olhávamos para o jogo, e, na3 pausas,-cm palestras desoecupadas, tínhamos occasião do com-pletar nossos complementos ainda muito inperfeitos do portuguez. Por traz da cadeira do presidonte, estava Lucià, en-cantadora mulata originariamente escra-va, que o senhor libertara;—se fosse eu não libertava. — Quando o hom do amo acabava um cigarro, cila levava outro á bocea, acendia-o, tirava uma fumaça e passava-o candidamente ao barão. A nos só" dava phosphoros.
Mas a nossa molhor. professora era a baroneza, que geralmente apparecia mais tarde.
Ninguém diria quo a esposa do prèsl-dente, senhora extraordinariamente viva, tinha um filho que estava terminando o curso acadêmico. Era enthusiasta de sua pátria, a provincia do Rio Grande do Sul, c elogiava muito nossos compa-triotas, cujas colônias estavam em con-dições florescentes e eram uma felicidade para a provincia. Não cançava om nos instruir sobrtí os homens, as instituições e os produetos do Brazil. Muito affeita á sociedade para sentir-se. feliz no. Malto-Grosso, e não motejar um pouco de suas condições primitivas, insistia. porém quo tudo era melhor do que fôrá de esperar c admirava exaltada a fertilidade da ve-getação. «Onde ha'terra em que as laran-jas maduras quando não colhidas, ficam verdes outra voz, conservam-se frescas um anno e até augmontam de gosto? » Deu-nos algumas d'cstas laranjas o mandou-nos fruetas quo ainda não conhecíamos, — Já viram caju ? perguntou-nos uma noite. Tivemos do provar c admirar a frueta adocicada e com certo gosto de therebentina, que melhor .nos . sabia cm limonada. — Ora, tomos uma arvore lá fóra, quero que os senhores fiquem, co-nhecendo. Dissc-o, poz-se de pé, Lúcia tomou uma vela, ;e assim, sahiraos. os tres jovens curiosos do sabor atraz das duns. Com a vela, a cuja luz scintil-lavam suaves seus olhos esplendidos, de cilios negros, collocou-so'. Lúcia debaixo da arvore, e nós dissemos a uma: Oh! que bella arvore o'cajueiro! A baroneza era tambem homceopatha; a allopathia, assegurava, mata as crianças.
A's 9 horas servia-se matto c chá, acom-panhado de excellentes doces; pouco a pouco terminavam os jogadores, contando seus caroços de milho; conversava-se ainda um pouco c desnediamo-nos pon-tualmentc. .
Só aos domingos a sociedade era mais numerosa. Fóra, no bonito jardim fron-teiro ao paço, tocavam, duas bandas mi-litares, e metade da cidade passeava para um lado. c outro, defronte dás.janellas illuminadas da presidência.
Rovislomos o que ha ainda digno de ver-se. A Sociedade Amorá Arte, em que os dous partidos encontravam campo neutro, era consagrada aos interesses, dramáticos. Assistimos a uma representação que ella deu cm sou beneficio.'. Ò.theatro, con-struido por ura tenente da armada, tem no interior, ao que se di_, semelhança com um navio. Construcção simples de madeira, galerias em que se separavam espaços por meio de postes o travessas; cm frente ao palco, o camarote do Presi-dente. Os camarotes eram oecupados cs-pecialmentc por senhoras; ao longo da parede no segundo plano, acocoravam-se escravos de promptidão. O preço de en-trada'deixava-se â generosidade das pes-soas. Nós tínhamos encommendado um . camarote a dois senhores solemn.es que
nos procuraram em casa, e. como foliz» . monte nos avisaram cora antecedençifi mandado o numero correspondente da. cadeiras para o-theatro.
Rcprèsentava-se Caim e Abel, pe.a.-j moderna, apesar do titulo: um. do?, heroe..'J' era tão justo como o outro' infame; cri- " tretanto, até onde entendi, as desavenças entre o irmão não foram por causa ttõ fu* mo, mas de fogo, quo o amor ter.i.Para di- : lettanti, os artistas iam muito bem ; não'¦.-: ha duvida que nada ô impossível, quando • esforços d'esta ordem dão resultado om logar como Cuyabá. O ponto, cuja sombra -j de chapéu na. cabeça, apparecia ás vezesíw em um bastidor, era notável,- conhece-'1 mo-lo mais tardo; tinhanv-no,.tomados porque não tinha voz; ha annos aplío-y • nico, cochichava com superioridade <; pon ;i rem, mesmo no maior enthusiasmo^pelo--"-auetor, nunca a sua.dicç.ão podia compa-'rar-se
com a do actor...
Minha attenção oepupou-se mais cota o publico; aehei-o 0xt.a0rdina.ian.cnt9. frio e calmo. Eu pensava que' aUutodaoc; navio arrebentara até ás juntas.1 Qua!. Parecia antes festa acadêmica em "ài^íi de Universidade, do que reprosontagfíti theatral, Uma banda-militar servia da. orchestra; mas que- è isso ? Um carneiro, passeava pelo centro da platéa, alguns rapazes divertiam-se era puxai-* e o bicho assumia zangado a posição ameaçadora de 3ua espécie; invadiria a peça, o^do^ minios da.Biblia,- e no fim-0.carn^lr-s-f fugiria de Abel?
Não; era :o'carnoifo do'batalha.-, pára'*','; qual em Corumbá abriam-se as portas dji"" igreja o aqui, as do, templo 'da arte. Mas para mim tudo assumia a;ç_re3,49,y,àl-__. Testamento : a arca,Abeí, Caim, o .»•*%* neiro o um anjo de moças™ camarotí: * próximo. Estas brasileiras, aos 12;ejtfe annos de idade, quando já entrarai_i';n» puberdade e a mãi começa a pensap seriamente cm casamento, ás vezes òim cantam o enloiam cora sua belleza fio* . roscente. No Oceano Pacifico não raro .. apparece .uma ilha que ha muito se pro» , curava, e súbito ondula uma brisa suava-de aroma suava-de flores; a gento embebe-si.-* na aragera prazentoira, respira-a ' _„«»f-i;; tisfeito c a saudade cresço.
Assim, caro leitor, — desculpa-me '_ " pathos o inveja-me antes, sinãoovist* tambem,—assim evola-se d'estas criatiH • ras tropicaes, antes da completa matúri*» \ dade, tão delicado, tão delicioso perfuma' de feminilidade, como não o possuem os nossos botões de rosa europeus. Elias o ignoram, e por isso tão puro como o '$__ mar è este aroma.
Do resto, não quero adduzir nem-um* contribuição para a theoria da alma do 1 .* Jáegcr; assim, emquanto, como julgo, -• Caim' matava-- Abel, eu entoava meu; psaimo silencioso á encáhtadórajdòú-èll»»!' e não pensava mais no paíco què. o cai**í- ' neiro_ que os rapazes perseguiam. Bom ' bonita que era ,* como não tornei mais» vel-a, assim ílcou-me.
D'esta maneira terminou o espeotacuIOyf Cae.os von den Steinei.*
[Continuai]
¦!¦"—' ' I I ¦
Ao subdelegado do 1* districto do Santa Rita apresentou ante-hontem o lies-panhol Manoel Gosinho Harcia, morado** a travessa do Coronel Julião n. 15, o menor Antonio de Mattos, seu cunhado, queixando-se de que fora esse menor es-pancado no interior da casa n. .3 da ru» do Senador Pompeu, pelo respectivo mo», rador. -O paciente apresenta diversas.es-coriações nas costas, pelo quo mandou a auetoridade intimar o offensor para dar as devidas explicações'. '" . ¦;.': í-^i-í
'imm
$m«».
\_\__m___m¦¦ÜÊÊÈ
vt}3___I
wL
ê$_m
Jl ' . ' ¦¦ :8Sffim
- mM
JSfii
' '',''-"'*'id'."'¦tí.
.-1É
-.•rn
Foram concedidos ao professor publico da Barra Mansa,. Hercilio Alves Machado, 00 dias do licença para tratar da saúda de pessoa de sua família.
'^W
Escrevem-nos do. Nictheroy o seguinte. «A policia está aqui procedendo doi maneira violenta e arbitraria, recrutando \ homens trabalhadores e honestos, Ainda hontem, quarta-feira, â tarde, foi roem-, _ tado um cidadão casado o trabalhador,' -que reside á travessa do Cunha,. na fre-_ *. i guezia de S..: Lourenço. Esse; .pobre ho«
mem atè hoje, ás . horas da tarde, nã. havia sido solto. » .. /• .:
., Ao digno Sr. Dr. chefe do ipolicia da provincia do Rio de Janeiro, endereçam!)-esta carta, pedindo as devidas provi»-—.»
dencias. »
Concedeu-se- licença ao capitão-tenenta José Victor de Lamare para, duranto quatro- annos, empregar-se em navios do commercio, e foi nomeado o capitão do ' mar e guerra Saltistiano Caetano dos San-' tos para o , commando geral interiiio das 1 torpedeiras, que exercia aquelle olliciaU
¦ .
Em virtude de 'requisição do Sr. Dr. Silva Mattos, 1' delegado de policia, cx» pediu o Sr'. Dr. Macedo Soares, juiz da direito supplcntc do 6' districto crimina!, - ., mandado do prisão preventiva contra Se-¦•¦ .¦[ veriano Affonso Villela, ex-copeiro do Etigonie Fernandes, moradora á rua do Riachuelo n. 129, por haver, na ausência de sua patroa, na noite do 10 de julho ultimo, penetrado no interior da casa e, munido de' uma gazúa, arrombado um . guarda-casacas, do qual sübtrahira uma caixinha contendo jóias e cerca dc 700J em dinheiro.
O gatuno foi-hontem preso. .. i'01 nomeado subdelegado do 5' dis-tricto da freguezia do Bom Jesus do Monte Verde, em-S. Fidelis, o Sr. Antouú*-1 Julio da Costa-.- -'¦'} *
O Dr. Nogueíca.da Gania, subdelegado do 1* districto.do Sacramento, vai enviar ao juiz de direito do 7* districto criminal os autos do 'diligencia policial para a processo de Antônio* "Gomes o Manuel Ri-beiro do ' Crrvalho", ambos' considerados incursos nas-ponas do art. 201 do código criminal, o primeiro por haver esbofe-teado a Albertina Felix Ferreira, na tra-vessa do Theatro,- o segundo por haver aggredido a César Martins de Castro, ás G1/2 horas data rdc de 21 de julho ultima, no largo da Carioca. . . .,'.
O Sr. conselheiro D. L. Nogueira So» res, ministro de Portugal, n'csta corte' visitou hontem o Retiro Litterario Por< tuguez. Ao. despedir-se, animou a dire» ctoria, com palavras benevolas; pelo e». tado lisonjeiroem que encontrou a mesm.
sociedade. ' ,
Foi nomeado o tenente d. Corpo de es» tado-maior de'2* "classe Juvenal Rodo-piano Gonçalves dos Santos, para o logar de ajudauto da escola de aprendizes ar-tilhciroá, e dispensado, a sou pddido, do "logar de 2* ajudante da escola geral da tiro do Campo-Grande, o capitão do corpo de estado-maior de artilharia Nicoláo Ala*
