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O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM SERVIÇO DE SAÚDE

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Academic year: 2021

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MINISTÉRIO DA SAÚDE MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO GRUPO HOSPITALAR CONCEIÇÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA E PESQUISA EM SAÚDE – ESCOLA GHC INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E

TECNOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL – IFRS CURSO TÉCNICO EM ENFERMAGEM

O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM SERVIÇO DE SAÚDE

IARA DA SILVA VEIGA

Orientadora: Profª Lahir Chaves Dias

Porto Alegre 2014

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IARA DA SILVA VEIGA

O DESCARTE DE RESÍDUOS SÓLIDOS EM UM SERVIÇO DE SAÚDE

Relatório apresentado como pré-requisito de conclusão do curso Técnico em Enfermagem do Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde- Escola GHC.

Porto Alegre 2014

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‘’Suas crenças não fazem de você uma pessoa melhor, seu comportamento sim’’

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AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradeço a Deus, por ter me dado forças para concluir está etapa da minha vida, agradeço ao meu filho Leonardo, meu esposo Julio César por terem sido incansáveis e compreensivos. Agradeço também a meus professores e principalmente a minha orientadora Lahir Chaves Dias que foi extremamente dedicada com o término desta fase tão importante em minha vida.

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RESUMO

Este relatório é fruto das vivências durante os estágios no curso técnico em enfermagem da Escola GHC. Escolhi o tema devido à percepção de que a maioria dos funcionários não realizavam o descarte de forma adequada. O principal objetivo deste trabalho é relatar o que foi observado em diferentes unidades, como forma de incentivo e conscientização dos profissionais da área da saúde quanto ao descarte correto dos resíduos sólidos de serviços de saúde (RSSS). Descrevo a observação feita de que alguns funcionários não dão a devida importância para o descarte correto destes resíduos. A legislação existente que é bem clara e aborda a classificação, separação, gerenciamento, destinação e tratamento final de cada um dos tipos de resíduos. Este relato salienta que os resíduos sólidos de saúde se não descartados corretamente, causam um grande impacto ao meio ambiente e ainda que os perfurocortantes e outros materiais contaminados podem ocasionar perigo à saúde de várias pessoas, podendo provocar acidentes com danos irreversíveis a saúde do acidentado. Conclui-se que é importante os profissionais da área da saúde rever velhos conceitos em relação ao descarte, pois a segregação e descarte corretos também é responsabilidade do profissional que gera o resíduo e é tão importante executá-los adequadamente, pois também fazem parte da assistência.

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas

ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária CAPS – Centro de Atenção Psicológica

CNEN – Conselho Nacional de Energia Nuclear CO – Centro Obstétrico

CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente DMLU – Departamento Municipal de Limpeza Urbana GHC – Grupo Hospitalar Conceição

HBV – Vírus da Hepatite B

HCC – Hospital da Criança Conceição HCR – Hospital Cristo Redentor

HCV – Vírus da Hepatite C HF – Hospital Fêmina

HIV – Vírus da Imuno Deficiência Humana HNSC – Hospital Nossa Senhora da Conceição RDC – Resolução da Diretoria Colegiada RSS – Resíduo de Serviço de Saúde SSC – Serviço de Saúde Comunitária SUS – Sistema Único de Saúde

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...8

2 DEFINIÇÃO DE TERMOS...9

3 RESÍDUOS SÓLIDOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE...10

3.1 LEGISLAÇÃO...11

3.2 CLASSIFICAÇÃO...11

3.3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS)...12

3.4 TRATAMENTO E DESTINO DOS RSSS...12

4 RELATOS DE EXPERIÊNCIA... 13

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 15

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1 INTRODUÇÃO

Este relato é baseado em experiências vivenciadas em estágios em postos de saúde e hospitais do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), durante a minha formação no curso técnico em enfermagem da Escola GHC. O GHC é formado por quatro hospitais: Hospital Nossa Senhora Conceição (HNSC), Hospital da Criança Conceição (HCC), Hospital Cristo Redentor (HCR) e Hospital Fêmina (HF). Além dos hospitais o GHC é formado por 12 postos do Serviço de Saúde Comunitária (SSC) instalados em bairros e vilas da zona norte da cidade de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, constituindo-se na maior rede de hospitais públicos do Sul do país. Em 2003 o GHC passou a prestar atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Atualmente o GHC garante a sociedade acesso a uma saúde pública qualificada e humanizada, totalizando 1800 leitos em quatro unidades hospitalares, incluindo atendimento de terapia Intensiva e emergência, três centros de atenção psicosociais (CAPS), uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) e o Centro de Educação Tecnológica e Pesquisa em Saúde (Escola GHC) segundo a fonte do Grupo Hospitalar Conceição: quem somos.

Escolhi este tema porque me chamou a atenção a forma como os funcionários de setores diferentes realizam o descarte dos resíduos sólidos utilizados . Fiquei surpresa ao ver que funcionários de uma mesma instituição, até de um mesmo setor, realizam o descarte alguns de maneira correta e outros de maneira totalmente errada. O descarte correto dos resíduos perfurocortantes pode prevenir muitos acidentes, pois o descarte inadequado pode trazer consequências graves como contaminação pelo vírus da hepatite B (HBV), vírus da hepatite C (HCV) , vírus da imunodeficiência humana (HIV) e outros patógenos. Por isso materiais como agulhas, escalpes, lâminas, estiletes, etc devem ser descartados no lugar correto, ou seja, na caixa para materiais perfurocortantes.

Fiquei muito preocupada quando percebi o risco que materiais contaminados significam para várias pessoas caso não estejam no local de descarte correto, desde o funcionário da higienização, aqueles que realizam o recolhimento até de eventuais catadores no aterro sanitário.

Também não se pode esquecer da importância do assunto para a preservação do meio ambiente, pois alguns resíduos descartados em local inadequado podem oferecer risco à saúde pública, podendo provocar contaminação de águas próximas, lençóis

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freáticos e plantações. Outro impacto no meio ambiente ocorre devido a segregação incorreta que faz com que os materiais que deveriam ser reciclados deixem de sê-lo e consequentemente levem muito tempo para se decompor.

O principal objetivo deste trabalho é relatar o que foi observado durante o estágio em diferentes locais, direcionado principalmente à separação e descarte dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) gerados nas unidades, tentando fazer com que o mesmo sirva de estimulo aos profissionais de saúde a realizar o descarte correto.

2 DEFINIÇÃO DE TERMOS

Conforme a Agencia Nacional de Vigilância sanitária (ANVISA) Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 306/2004 e do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) Resolução 358/2005):

Ponto de Geração – Local onde é gerado e acondicionado o resíduo.

Segregação - Consiste na separação dos resíduos no momento e local de sua geração, de acordo com as características físicas, químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.

Acondicionamento- Devem ser embalados os resíduos segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e resistam às ações de punctura. Os recipientes devem ter a capacidade de acondicionamento compatível com a geração diária de cada tipo de resíduo. Conforme a NBR 9191/2000 da ABNT os resíduos sólidos devem ser acondicionados em sacos de material resistente a ruptura e vazamento e impermeável, respeitando o limite de peso de cada saco, sendo proibido seu esvaziamento e reaproveitamento. Os sacos plásticos devem estar contidos em recipientes (lixeiras) de material lavável e resistente a rupturas e vazamentos, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados e resistentes ao tombamento. Nas salas de cirurgia e parto os recipientes de acondicionamento não necessitam de tampa para vedação.

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3 RESÍDUOS SÓLIDOS EM SERVIÇOS DE SAÚDE (RSSS)

Conforme ABNT, NBR 12.807 são considerados como RSS, aqueles produzidos em âmbito hospitalar ou outros locais de serviços clínicos e de assistência a saúde como farmácias, clínicas odontológicas, veterinárias, necrotérios, instituições que cuidam de idosos, hemocentros, laboratórios e outras instituições na área da saúde entre outros. Os problemas com os resíduos sólidos são cada vez mais perceptíveis e progressivos e que contribuem para a degradação dos recursos hídricos do solo e ar e consequentemente para uma pior qualidade de vida.

No Brasil há mais de 30 mil unidades de saúde gerando RSS, e em grande parte das cidades o gerenciamento não é correto, ocorre a existência de lixões a céu aberto, segundo a fonte, (www.SaneamentoBásico.com.br). Acesso em 17 jul. 2014.

De uma forma resumida podemos dizer que a grande maioria dos resíduos sólidos nos estabelecimentos de saúde são os seguintes:

Resíduo comum: podendo ser comparado ao resíduo domiciliar como restos de alimentos, papel de uso sanitário e fraldas, absorventes higiênicos etc; resíduos provenientes de áreas administrativas; resíduos de varrição, flores, podas e jardins. No recipiente de descarte é colocado o saco preto;

Resíduo possivelmente contaminado com agente biológico: com sangue, secreções, etc. Recipiente coletor com saco plástico branco leitoso;

Resíduo reciclável: papéis, papelão, plásticos, etc. Recipiente coletor com saco plástico verde;

Resíduo químico: produtos químicos, medicamentos, etc. Recipiente coletor com saco plástico laranja.

Resíduo perfurocortante: artigos pontiagudos ou de corte. Caixas com paredes rígidas

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3.1 – LEGISLAÇÃO

A ANVISA e a CONAMA exigem que os RSSS recebam um manejo específico desde a sua geração até sua disposição final. A legislação da CONAMA nº358/05 trata do gerenciamento dos RSSS afim, de manter a preservação dos recursos naturais e meio ambiente também promove a competência aos órgãos ambientais, estaduais e municipais para o licenciamento dos sistemas de tratamento e destinação final dos RSS.

A RDC da ANVISA nº306/4 concentra a sua regulação no controle dos processos de segregação, acondicionamento, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final. Estabelece procedimentos em função dos riscos envolvidos, e concentre seu controle na inspeção dos serviços de saúde.

3.2 CLASSIFICAÇÃO

Conforme Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), ANVISA e CONAMA os RSSS são classificados:

Grupo A : São resíduos com a possível presença de agentes biológicos (vírus, bactérias,fungos), que podem apresentar risco de infecção, exemplos: algodão , gases espátulas, absorventes, cotonetes contaminados com materiais biológicos entre outro. Grupo B: São aqueles resíduos que contém substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde ou ao meio ambiente, dependendo de suas características quanto a inflamabilidade, corrosividade e toxidade.

Grupo C: São os rejeitos radioativos.

Grupo D: são os resíduos que não apresentam risco biológico, químico ou radiológico ao meio ambiente ou até mesmo à saúde. Suas características são similares às dos resíduos domiciliares. Podem ser divididos em recicláveis e não recicláveis . Grupo E :São materiais perfuro cortantes e instrumentos contendo pontas rígidas e agudas capazes de cortar ou perfurar, ,como por exemplo utensílios quebrados.

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3.3 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (PGRSS)

Trata-se de um conjunto de procedimentos que devem ser adotadas pelos estabelecimentos médico hospitalar com o objetivo de diminuir a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados um destino seguro e eficiente visando a proteção dos trabalhadores, e preservar a saúde pública e o meio ambiente.

3.4 TRATAMENTO E DESTINO DOS RSSS

Segundo PAIVA, (2013) o destino e tratamento dos RSS são regularizados pela RDC 33/03 e RDC 283 da ANVISA que dizem respeito ao tratamento dos grupos A e B, sendo necessário o licenciamento ambiental e sanitário expedido pelos órgãos competente do meio ambiente e saúde. Para os rejeitos radioativos o grupo C existe uma autorização que é concebida especificamente para eles, do Conselho Nacional de Energia Nuclear (CNEN). Já os do grupo D podem ser encaminhados para serem reciclados ou são destinados junto dos lixos domésticos comuns.

O destino final consiste na construção de uma vala séptica, que é escavada no solo, revestida por uma manta plástica impermeável, isto deve ser feito com bastante cuidado, porque a maior preocupação e não poluir ou contaminar o solo e os lençóis freáticos.

Para esta vala ser aberta é preciso um licenciamento, porque ela também sofre uma fiscalização oficial. Para isso existem empresas privadas que prestam este tipo de serviço.

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4. RELATOS DE EXPERIÊNCIA

Durante o período de estágio observei várias situações descritas abaixo:

Relato 1 :

O meu primeiro relato é referente a uma unidade de internação de medicina interna, onde me deparei com uma técnica em enfermagem que descartou o papel em que ela havia secado as mãos no saco verde. Perguntei a mesma se este papel não deveria ser descartado no saco preto, quando ela me olhou (com cara de quem diria que isso não é problema teu) e me respondeu que para ela é tudo lixo. Fiquei surpresa ao ouvir aquilo de uma profissional da saúde, que certamente passou por uma formação específica na área.

O saco verde é indicado para os resíduos recicláveis e portanto o descarte correto nesta situação seria em saco preto, pois o papel de secagem de mãos é considerado lixo comum.

Relato 2:

O meu segundo relato ocorreu também numa unidade aberta, onde fiquei bastante incomodada quando presenciei: uma médica ao terminar um procedimento (curativo), ao levar os resíduos para o descarte jogou tudo no lixo branco, desde o frasco vazio de solução fisiológica (que é de plástico, portanto reciclável) até a embalagem que envolve o pacote de curativo também reciclável. Comentei com a enfermeira professora que supervisionava o estágio e ela me respondeu não adianta falar para eles, pois eles normalmente acham que a segregação não faz parte de sua competência. O descarte correto neste caso seria no saco verde pois os dois materiais são recicláveis.

Relato 3:

O terceiro relato é referente a uma unidade de internação de infectologia. As irregularidades que presenciei foram poucas, o mesmo papel toalha secagem das mãos no saco branco e o papel carbono no saco verde. Em ambos os casos deveriam ser descartados em saco preto, por serem considerados lixos comuns.

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Relato 4:

O quarto relato é referente a uma unidade do hospital pediátrico, onde percebi que lá também o descarte não era bem feito : no saco branco estavam sendo descartadas as fraldas e até mesmo restos de alimentos . Questionei um profissional da enfermagem e obtive uma resposta absurda, que o branco é contaminado então pode ir tudo junto, só os descartáveis que não. Fiquei chocada com a resposta e ao perceber novamente que um profissional de saúde não estava nada sensibilizado para a segregação adequada de resíduos.

Neste caso tanto as fraldas como os restos de alimentos deveriam ser descartados no saco preto, por se tratarem ambos de lixo comum.

Relato 5:

O próximo relato ocorreu em uma área fechada. Fiquei surpresa ao ver que os profissionais deste setor importam-se com descarte dos resíduos. Comentei com uma das profissionais e a mesma respondeu que o descarte do resíduo é tão importante quanto o trabalho na assistência, então temos que faze-lo acima de tudo com bastante responsabilidade.

Com aquela resposta pude perceber que os funcionários daquele setor estavam bem mais preparados e interessados com o descarte dos resíduos do que os demais. Relato 6:

O sexto relato aconteceu numa unidade de observação onde pude constatar que o descaso com a separação dos resíduos é bastante grande, pois todos os resíduos são descartados de maneira errada. Questionei uma técnica em enfermagem do setor e ela me retrucou que eu estava preocupada com isso porque estou recém ingressando na profissão, que queria ver quando estiver com muitos pacientes para atender se iria me preocupar tanto com o lixo. Respondi que não se perde tanto tempo ao fazer um descarte correto, até porque esta atitude protege outros colegas como os da higienização e até mesmo os do DMLU que recolhem os resíduos comuns. Ela me olhou sem me responder, me deu as costas e eu me senti muito mal com a situação.

Agulhas e outros materiais perfuro cortantes devem ser descartados na caixa de paredes rígidas, impermeável, própria para esta finalidade. Os materiais com sangue devem ser descartados no saco branco que é próprio para o descarte de lixo contaminado.

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Relato 7:

O sétimo relato ocorreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA, onde também pude perceber um pouco de descaso com a relação á segregação e acondicionamento. As lixeiras estavam todas sem tampa, os vidros eram descartados em bombonas improvisadas e outros descartes inadequados como: copos descartáveis em saco preto e às vezes em sacos brancos e ainda gazes usadas em curativos em saco verde.

Os copos descartáveis deveriam estar no saco vede por serem recicláveis, e as gazes em saco branco por serem resíduos contaminados.

Durante todas estas observações realizadas percebi que muitos funcionários ao serem questionados quanto ao descarte em local impróprio justificam que isto ocorre pelo número demasiado de tarefas e com a pressa, colocam os resíduos na primeira lixeira que encontram pela frente. Outros respondem que não faz parte da sua função separar o lixo e ainda por falta de cobrança por parte da chefia. Pode-se perceber que alguns funcionários não estão nem um pouco preocupados com a prevenção de acidentes.

Nenhum funcionário me respondeu que fazia o descarte errado por não saber a forma correta, portanto o descarte inadequado pela falta de conhecimento não pareceu ser o caso nesta vivencia.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Nos serviços de saúde concentra-se um grande número de pessoas com diversas doenças e também são lugares que produzem um grande volume de resíduos que podem causar grande impacto ao meio ambiente e à saúde da população. Por isso é fundamental que estas instituições tenham um programa de gerenciamento de resíduos bem elaborado, com treinamento periódico e supervisão a fim de minimizar estes impactos.

Durante as minhas experiências de estágio no GHC percebi que a maioria dos funcionários não se importa em realizar corretamente o descarte dos resíduos e esta tarefa não é valorizada e parece que também não lhe é cobrada.

Pude perceber que faltam campanhas educativas e principalmente de estímulo para as equipes geradoras destes resíduos a fim de minimizar os erros na segregação e

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com o principal objetivo de conscientização e esclarecimento dos riscos. Observei também que deve haver uma maior supervisão por parte das chefias para responsabilizar os profissionais de saúde.

Como o principal objetivo do trabalho é relatar as observações feitas em diferentes unidades como forma de incentivo e conscientização dos profissionais de saúde, concluímos que estes profissionais devem ser incentivados a rever velhos conceitos em relação ao descarte, salientando que a segregação e descarte é responsabilidade do profissional que gera o resíduo e que esta tarefa também faz parte da assistência.

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REFÊRENCIAS

AGÊNCIA Senado. Lixões a céu aberto resistem, apesar do fim do prazo para substituí-los por aterros sanitários. Disponível em:

<http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2014/08/01/lixoes-a-ceu-aberto-resistem-apesar-do-fim-do-prazo-para>. Acesso em: 30 ago. 2014.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004. Dispõe sobre resíduos sólidos e sua classificação. Rio de Janeiro, 1987.

BRASIL.Congresso. Câmara dos Deputados.Departamento Médico.Plano de gerenciamento de resíduos de saúde. Brasília: Demed, 2004.

BRASIL.Ministério da saúde Agência Nacional da Vigilância Sanitária RDC n0 306, de 07de dezembro de 2004. Dispõe sobre o regulamento técnico para a gerenciamento de resíduos de saúde. Disponível em:

<WWW.saúde.pr.gov.br/arquivos/file/legislação/estadualresolução/rdc_306.pdf>.Acesso em: 15 jul. 2014.

BRASIL. Ministério da Saúde. Grupo Hospitalar Conceição. Manual para elaboração de relatório técnico cientifico. Porto Alegre: Hospital Nossa da Conceição, 2011.

______. Quem somos. 2013. Disponível em: <http://www.ghc.com.br/default.asp? idMenu=institucional&idSubMenu=1>. Acesso em: 21 fev. 2014.

PAIVA, Barbara Rubia Santos. A experiência de uma estudante do Curso Técnico em Enfermagem sobre a separação de resíduos sólidos no Grupo Hospitalar Conceição. 2013. 18 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Curso Técnico de Enfermagem) Grupo Hospitalar Conceição/IFERS, Porto Alegre, 2013.

Referências

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