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tl1t7?tjb:a UR acê Acervo: Biblioteca Pública de Santa Catarina PRODUÇÃO MUSICAL INDEPENDENTE PÁGINA CENTRAL PÁGINA 15 UNIVERSO

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(1)

UNIVERSO PARALELO DE MEYERFILHO PÁGINA15

PRODUÇÃO

MUSICAL INDEPENDENTE PÁGINACENTRAL

tl1t7?tJB:A

UR

aCÊ

(2)

ZERO

ANOXVI- N06 DEZEMBRO2000 CURSODEjORNALISMO CCE-COM UFSC 3° Melhor

jornal-laboratório

do Brasil

Bxpocom

94

Melhor

Peça

Gráfica

I,

II, III,

Iv,VeXI Set Uniuersitârio 88,

89,

90, 91, 92 e98 Melhor

Jornal-Laboratório

PrêmioFoca 1999

jornal-laboratório

do Curso de

jornalismo

da Universidade Federal de Santa Catarina

editado

pelos

alunos da

disciplina

Reportagem

Especializada

emCultura

Concluídoem 18de dezembro

Supervisão:

Prof.

Henrique

Finco

(Zero),

Profa. Gilka Girardello

(Reportagem

Especializada

em

Cultura)

Arte: Leonardo Kothe

Colaboração:

Carnila

Gallo,

Patricia

da

Silva, Sinergia

Direção

de arte:

Jônatas

Kosmann

Direção

de

redação:

Clarissa

Moraes,

jônatas

Kosmann,Leo

Laps

Edição:

ClarissaMoraes,

[ônatas

Kosmann,Leo

Laps (seniores),

Filipe

Bezerra,Leonardo Collares

Editoração

eletrônica:

[ônatas

Kosmann

Fotografia:

Aníbal

Renaldi,

Clarissa

Moraes, Eduardo Nicodemus

Filho,

Filipe

Bezerra,Leonardo

Miranda,

MárciaBízzotto

Laboratório

fotográfico:

Filipe

Bezera, Leonardo Miranda Secretário de

redação:

[ônatas

Kosmann

Serviços

editoriais: Galeria Delta

daPintura

Universal,

Meyer

Filho: VidaeArte, The Macmillan Visual

Dictionary,

Vera Sabino Textos:Andréa

Fischer,

Bruno

Dorigatti.

Camila

Olivo,

Clarissa

Moraes,CristianeDeLucca,Débora

Sanchez,

DéboraTozzo,

Diego

Fontoura,

Filipe

Bezerra,

jônatas

Kosmann,Leo

Laps,

Leonardo

Collares,

MarceloCornini,Marcela

Albuquerque,

Marina

Gastaldi,

MárciaBizzoto,Sônia

Campos

Tratamento de

imagens: [ônatas

Kosmann

Impressão:

Diário Catarinense

TrilhaSonora:jarretee

Joel,

Elizah e

Guinha,

Tijuqueira,

Jorge Gibbon,

Marcelo

Birck,

Jethro Tull,

Bob

Marley,

Ella

Fitzgerald,

TheVentures,

NovosBaianos,Casa das

Máquinas,

Billie

Holliday,

Egberto

Gismonti,

Morphine,

Jackson

do

Pandeiro,

Elizeth

Cardoso,

D.YvonneLara,

Manédo

Cavaco,

MilesDavis,

Bezerra da

Silva,

B. B.

King,

Quinteto

violado, João Nogueira,

Paulinho da

Viola,

Itamar

Assumpção,

Jorge

Maltner,

Músicado

Nordeste, Deep

Purple,

Chico

Buarque,

Beth

Carvalho, Dazaranha,

Pipodélica,

Black

Sabath,

Martinho da

Vila,

Gordurinha,

Luiz

Gonzaga

Redação:

Cursode

Jornalismo

(UFSC-CCE-COM), Trindade,

CEP

88040-900,

Florianópolis,

SC Telefones:

(48)

331

9490

e331 9215

Sítio:

www.jornalismo.ufsc.br

e-mail: kosmann@newsite.com.br

Circulação: gratuita

e

dirigida

Na

página

11Leonardo Collarescontaadifícil

situação

dos gruposdeteatroamador que pagam

para

pode

encenar suas peças,

quando

não o

fazemnomeiodarua.

As

páginas

12e13 são dedicadas à literatura desconhecida da

cidade,

comMarcelo Comini

contando osacrifício que é

publicar

umlivro na em

Florianópolis.

Depois,

um

balanço

das

artes-plásticas

naci­

dadecom o eterno FrankilinCascaes e seuste­

masbruxólicose osurreal do

imaginário

de

Meyer

Filho, gênio

das cores e dos detalhes. Tudo isso

pela

mãodeAndréa

Fischer,

Bruno

Dorigatti,

Cris­ tianeDe

Lucca,]ônatas

Kosrhann,

MarceloComi­ nieMarinaGastaldi.

Para

finalizar,

Zero mandou MárciaBizzotto

cobrirumretirode

ação

de graças deuma

igreja

batista.As

impressões

deixadas

pelos

cultoseser­

mõesestão

expostas

na

contracapa

desta

edição.

Patinhofeio docurso,

relegado

à

segundo

pIa­

no desde queas mídias eletrônicas foram esco­

lhidas

pelos

alunoscomo

vedetes,

ZEROtermina omilênio lembrando que pormaisque

queiram

sufocá-lo emsalas pequenas e mal

preparadas,

semprehaveráalunosromânticosobastante para

marcharcontrao

pensamento

únicodosinternau­

tase seustubosderaioscatódicos. Vidaeternaao

jornal

impresso.

caso mal-contado

pela

mídia: a

proibição

das

apresentações

culturais do Sindicato dos Eletri­ citáriosnas

dependências

da Gerasul

(isso

mes­

mo, culturade graçanohoráriodo

almoço

não

ébem vinda por

lá,

leiana

página seis).

Paramostrararealidadedoses­

paços culturais na

cidade,

Camila Olivoe Sônia

Campos

falam das dificul­ dades de se

conseguir

uma

apresentação

nos locais ade­

quados.

Nomesmoem­

balo

Diego

Fontou­ ra,na

página

sete,

ex­

plica

o porque de o

estado sóter

produzido

dois

longa-metragens

nasúltimas

quatro

déca­

daseda

produção

decur­

tas nãoser exibidanosci­

nemasdacidade.

Na

página

central

jôna­

tasKosmann

expõe

a

produção

musical

indepen­

dente,

seuscustos,

objetivos

e

empecilhos.

An­

tes da música

acabar,

Bruno

Dorigatti

faz um

apanhado

histórico do chamado samba raize

suas

manifestações

em

Floripa.

novos.Nesseprocesso,a

dança

também

pode

seru­

sadacomoformade

aquisição

de conhecimento. "Nasaulas

pode-se

trabalharconceitos

matemáticos,

como

quantidade

de pessoas, passos,

trajetórias

cir­

cularesou

retilíneas;

pode-se

também trabalharcom ahistóriadaarte,que está inevitavelmente

ligada

à história

geral",

afirmaa

professora.

Guiados

pelas

palmas

da

professora,

osalunos

devem

reproduzir

os movimentosdescritos por ela

para

depois

criarem os seus

próprios,

utilizandoo

que

aprenderam.

Aofinal da

aula,

de mãos dadasem

círculo,

cada aluno deve dizeruma

palavra

queeste­

ja

relacionada com aaula do dia.

"Alegria",

"Rit­

mo", "Amizade",

"Amor", "Movimento",substituem

"Tristeza",

"Cansaço",

"Rotina" e "Solidão". Suasaulas transforma­

ram-se no vídeo "O

belo,

o movimento, o

caminhar sozinho". O vídeo foi

apresentado

este ano no

Dancing

Child International

(DACI),

que éuma

instituição

da UNESCO.

Cura da loucura - Ao

longo

da

história,

da Idade Média atéo séculoXX,

queimar

pessoas na

fogueira,

fazê-las

darmil

giros

porminuto ou dar

eletrochoques

eramconsideradas

soluções.

Até que

chegaram

as

"milagrosas pílulas",

modernatentativa

decura, e causadetantosefeitos colaterais.

É

disso

quetrataapeça deteatro "Comocurrrar aloucur­

rra",feita

pelo

Grupo

de Usuários de

Drogas Antip­

sicóticas

(GUDA),

e

dirigUia

porbolsistas do Curso

de

Psicologia

daUFSCdentro deum

projeto

do pro­

fessorMarcosEduardo RochaLima,o

Marquito.

"Apeça retratao

espírito

do grupo,

explica

o

professor.

Nocomeço,háuma

dança

de índios onde

todos erguemos

braços, arregalam

os olhose bot­

am a

língua

para foranum

grito.

Passaumindivíduo

e diz: "Mas isso é loucura". "Aloucura está nos

olhos de quema

vê",

éarespostaque recebe. "Che­

gamos à conclusão de que

ninguém

é loucoetodos

somos", diz o

professor

Marquito,

ao destacaros

pontos-chave

da peça.

Ogrupotemoitopessoas,e apeça

foiapre­

-sentada inclusive naIMostra Nacional de Práticas

em

Psicologia,

em São

Paulo,

ondeo

público

pediu

"bis". "A

platéia

seemocionacom apeça,

principal-ZERO

PRECISA

DAS

DISCIPLINAS

Deficientes

crescem com

a

arte

Cegos

dançando

e

teatro

como

terapia

para

psicóticos

Os

editores

mente

quando

dizemos queexistemusuários

ali",

diz

abolsista ElisaNunesSilveira. "Estaéapropostado

Marquito, ninguém

sabe quem éo

psicólogo,

oesta­

giário

ouo

bolsista,

todos são tratados damesmafor­

ma". Econtinua:

"Agora,

alguns

que tinham medo dese expor

pedem

paraterfalas oupara pegar

papéis

mais

difíceis", completa.

O NAPS recebe

psicôticos

que saemde inter­

nações

em

hospitais

psiquiátricos

de

Florianópolis.

"Eles

chegam

travados,

parecem

robôs",

contaElisa. Nos encontros

regulares,

são feitos laboratórios de exercícios

corporais,

e ogrupo aindaseencontraem

horários livres para

bate-papo

ereflexão. Com a en­

trada dos

bolsistas,

a

prática

do grupoficoucentrada noteatro.

Qualquer

pessoaquevaiaonúcleo écon­

vidadaa

participar.

Paraqueos novos se

integrem,

háumatrocade

papéis

etodos

experimentam

vários

personagens. "Escreviumapeça pequenacom per­

sonagens de poucas

falas,

caso ocorram saídas ou

entradas de

integrantes

do grupo. Se temosquetro­

car ospersonagens, fica mais

fácil",

explica

o

profes­

sor

Marquito.

O grupo

experimentou

de tudoumpouco. Tai­

chi,

massagem,

psicodrama,

"masoteatrofoiomel­

hor",

diz

Marquito.

"O

psicodrama

tratada vida da pessoa, colocaavidaemcena. O teatronão envolve necessariamente a vida

particular,

e acontecem

mudanças

napessoasemque ela

perceba", explica.

"Agora

entrouum

batuqueíro

nogrupoeestamostra­ balhandocomsons

tribais",

acrescenta. Para

ele,

a

psicologia

do séculoXXIéaarte.. Cercade200pes­

soaspassam

pelo

núcleo diariamente para fazercon­

sultase

participar

dasoficinas deteatro, mosaico,

máscara, pintura,

cerâmica e música. Envolvendo

psicólogos,

assistentessociais,

psiquiatras,

educado­

res,enfermeirase

estagiários,

oNAPS atuaháquatro

anos. Os

pacientes

sãoencaminhados através dos

postos

desaúdeeoutrossetoresassistenciais.Assim,

comodiz

Marquito, "crianças,

adolescentes eadul­

toscom

problemas psíquicos

sãoestimuladosa res­

gatar

acidadania

longe

das

internações

psiquiátricas."

Débora

Sanches

Marcela

Albuquerque

Após

cinco

madrugadas

de

mutirão,

espera­

sequeosleitoresdoZEROpossamteracessoàs

informações

decultura normalmente

preteridas

pelos jornais

da cidade em

prol

das baboseiras

televisivas.

Produtores culturais e

alguns

jor­

nalistas

ajudaram

a

traçar

asmetas

desta

edição especial,

feitacom os

textos da

disciplina Reportagem

Especializada

em

Cultura,

minis­

trada

pela professora

Gilka Gi­

rardello.Comaliberdade que só

a

imprensa

nanica

pode

ter os

alunos resolveram abrir uma

picada

para

longe

dessa salada de

novelas,

estúdiosde beleza

e arte de mercado que se

vêem

publicadas

por aí.Na

página

dois Débora Sanches eMarcela Albu­

querquecontamcomoéa

artedos deficientes.Na

página

três,

um

apanhado

geral

do que foi

discutido em

sala,

com

reportagem

de

DéboraTozzoetexto de

Filipe

Bezerra. Nas

páginas

quatro

e

cinco,

Leo

Laps

e ClarissaMo­

raesfazemoquea

imprensa

localnãoteve

peito

para fazer: mostraras pessoas que não concor­

damcoma

administração

asfáltica

quea

prefeitu­

ra vemfazendo.

Na

seqüência,

ClarissaMoraesrelatamaisum

A

arte feita por

deficientes,

pessoas

com ne

cessidades

especiais

ou sérios

problemas

psi

cológicos

pode

aténão termuito espaçonomeio culturalem

Florianópolis.

Maselaexiste,eestá aí para

quem

quiser

ver.

Música, dança,

teatro,artes

plásticas,

essaspessoasatuamemtodasasformas de

expressão

artística. Epara

elas,

que normalmente têm seu es­

paço limitadona

sociedade,

aarte temum

papel

fun­

damental

pois

pode

auxiliar tambémno seudesenvolvi­

mento.

A

pedagoga

Ida MaraFreire,mestreem

educação

especial

edoutoraem

psicologia,

ensina

dança

acegos

na

Associação

Catarinense de

Integração

do

Cego

(ACIC),

em

Florianópolis.

Ela começouatrabalharcom

cegosporacaso.Ida

con-ta que em

92,

deférias

em

Florianópolis,

elaes­

tava voltando da

praia

para o Kobrasol e, de passagem

pelo

centrode

cidade,

observou que

numdeterminadoponto haviaum

grande

movi-mentode deficientesvisuais.

"Fiquei

curiosa,e amin­ ha curiosidademelevouatentardescobrircomoera

avida

deles,

sabercomoeles conseguem

chegar

à vida

adulta apesar detantasdificuldades."Efoiassim que

Ida começouaestudá-lose atrabalharcomeles. Paraestaraptaadar aulas de

dança

acegos Ida

especializou-se

em

dança.

Hoje,

nas aulas com os

cegos, Ida trabalhaa

pró-percepção,

ou

seja,

o corpo

como eixo do espaço. Ida afirma que o sistema de

dança

contemporânea

queusa nasaulasé chamado

de

body-mind

centering,

a

associação

de corpo e

mente. "Meu trabalhonãoéuma

dança-terapia,

nem

é livre. Cadaparteda aulatemum

porquê."

Movimento - Idainiciasuasaulascomosalu­

nosandando

pela

salapara saber onde estãoe

quais

obstáculos

podem

encontrarnesseespaço.

Depois

os

alunos fazem umcírculo e cadaumdeve fazer um

movimentoque

indique

oqueapessoa está sentindo

naquele

momento.Eles devem descreveromovimen­

toquefoi feitoparaque todososoutrospossam repe­

ti-lo. "Dessa forma eles acabam conhecendooestado

de

espírito

dos

colegas

naaulae

aprendem

alidarcom

isso, a

respeitar

omomentodosoutros."

Depois

desse

"movimento-saudação"

Ida começa

(3)

BOBAGENS

RENTÁVEIS

Jornal

pre

ere

verba

a

oerbo

ARARA

Bafões

ebaixariassustentam editariasde cultura locais

C

ada caderno cultural dos

jornais

de

Florianópolis

tem seu método de

trabalho,

masécomumqueo

repórter

tenha quesairparaaentrevista

sabendo

muitopouco do assunto,ouentãoque

use só as

informações

que

chegam

através dos

releases para compor seus

textos,

por

falta

de

tempo.

Há poucoinvestimentona

especialização

dos

jornalistas

e as

�presas

nãoseinteressam

em ter mão-de-obra setorizada. Ana Cláudia

Menezes,

repórter

deA

Notícia,

por

exemplo,

alémde cobriraárea de

cultura,

tambémfaz matérias de

esportes,

por falta de

pessoal

nestaeditoria. Deste modonãohácomoesperar

um resultado

esplêndido

de nossos

suplementos

culturais.

'

Marisa

Naspolini,

jornalista

e

produtora

cultural,

relataumcaso

que se passouanos

atrás,

numa •

visita da atriz Marília Pêra a

Florianópolis.

Marisa trabalhava paraum dos

jornais

locais,

foi

participar

de uma entrevista

coletiva com a

atriz,

e

percebeu

que Marília estava se irritando

com as

perguntas

feitas

pelos

outros

repórteres.

"Como eu

gostava

muito dela e me

interessava

pela profissão

de

atriz,

tinhamuitomais

informações

que

os outros

jornalistas,

que

nitidamente não seprepararam

paraaentrevista. A

partir

decerto momentopareceu que acoletiva

era só para

mim,

pois

a atriz

passou a escutar só as minhas

perguntas",

contouMarisa.

A falta de preparo e

especialização

dos

jornalistas,

aliada à necessidade de se

produzir

muitas

pautas

empouco

tempo,

revelam a ineficácia da

estruturados

jornais.

Muitas vezes,

se

amplia

o

leque

de assuntos

tratados porestes

suplementos,

para

abranger

as

ditas variedades. "Os cadernos de variedades

abrangem

um universo de diversos assuntos, como o nome

diz.

Comportam

moda,

artes

(todas), espetáculos,

cinema,

livros,

beleza,

lazer

e

comportamento",

esclarece Chuchi

Silva,

editora do caderno de variedades do Diário

Catarinense. Elarevela queo

antigo

cadernode culturadoDCfoi

gradativamente

substituído

pelas

variedades. "Um caderno de cultura é mais

específico,

tratade temas artísticose literários sem que estes

sejam

obrigatoriamente

factuais. Existe espaço para

poesia

e discussões acerca

destee deoutros

gêneros,

é

possível

reproduzir

trechosde obras deum D.H.

Lawrence,

ou de

umPlínio

Marcos,

discutir

mitologia

erelacionar

todos estes temas com o

cotidiano",

explica

Chuchi.

Balaio do showbiz

-Esta

transição

do caderno de cultura paraode variedades

faz

parte

do

conjunto

de

mudanças

sofridas

pelo

jornalismo,

eà medida que foi aumentandoopeso

do

poder

econômico,

osassuntosem

pauta

ea

tendência editorial também mudaram.

"Sempre

falta espaço para a cultura porque atendência

(dos ultrapassados)

é achar que cultura écoisa

de

elite,

que nãointeressaaotrabalhador que rala

todo

dia,

quenãovende

jornal",

contaChuchi.A trocadacultura porassuntos

supostamente

mais atraentes traz

consigo

um balaio

repleto

de

figurões

do showbusiness. "Se acaba dando espaço para fofocas deartistasde televisão ede

cinema,

como afilha daXuxaou ocasamentoda Madonna. Acredita-se que são assuntos que

'vendem' mais. De certaforma é verdade. E

não dá para negar queXuxa eMadonna são

sempre

notícia,

assim como bafões e

baixarias",

completa

Chuchi.

Sea

baixaria,

o

escândalo,

o colunismo

socialeoshowbusiness estão tomandoo

lugar

da culturanos

periódicos, pode-se

dizer que

é porqueassimvende

mais,

certo?

Talvez,

mas

é erradotentarpensarpOI'umaentidade tão

abstratacomo o

público

esabercom

precisão

oque ele quer.

É

ainda

pior

esquecera

função

socialeinformativa do

jornal.

"O povo busca

sanguee

escândalo,

mastambémtemsedede

aprender. Quer

entenderde

cinema,

de teatro, querentrar em uma

galeria

dearte esaber

queaobrade Dalí é

surrealista,

assimcomoé surrealistao nosso

Meyer

Filho. E é o nosso

papel

estimular esta

necessidade",

diz ainda Chuchi Silva.

Jornais-arara

-Para o

jornalista

e

escritor,

Fábio

Brüggemann,

todosos leitores

querem

qualidade.

"Eles nãoreivindicamessa

qualidade

porque nunca viram.

Faça

um

experimento:

dê um mês de Diário

Catarinensecombons

textos,

reflexão,

crítica.

Os leitores nãovãoquerer voltaraoque era

antes",

diz. Ele

trabalhouemvários

jornais

locais

ediz queo

quadro

piorou

nosúltimos

anos:"Em

1985

euescreviaparaoCaderno2

do DC

(hoje

extinto),

e os

jornalistas

costumavamfazer discussões abertas sobreos

assuntosqueseriamdados. Vinhamescritores

e outros do meio cultural e

depois

tudo era

publicado

na

íntegra". Brüggemann

acredita

que não há mais

lugar

para o

jornalismo

romântico,

aquele

movido

pela

ideologia

pura.

Para

ele,

o

jornalista

agora é funcionário de

umaindústria

privada,

e como

qualquer

outro

obrigado

avestiracamisa da empresa. "Eles

só acreditam no que dá

lucro",

analisa

Brüggemann.

"Entreaverbae overbo todos

os

jornais

preferem

a

verba",

completa.

O diretor doMuseuda

Imagem

edo Som

(MIS)

de

Florianópolis,

Eduardo

Paredes,

também criticou o mercantilismo das

empresas

jornalísticas.

"Acensura econômica

acabou com o

jornalismo

investigativo",

diz

ele,

que também é cineasta e diretor dos filmes

catarinenses mais

premiados

da

história,

Desterro

eNouembrada. "O

jornal

hoje

vivede

perfumaria",

afirmaele. Paredestem

opiniões

fortesefalacom a

experiência

de quem

trabalhou como

free

lancer paraa

Veja

e

ojornal

do

Brasil,

além dos

jornais

locaisDCeOEstado."O

DC,

por

exemplo,

éo

famoso

jornal

arara: muito

colorido,

masnão

fala nada".

Segundo

ele,

o

jornalismo,

além de

subservienteem

relação

ao

poder,

tornou-se também acrítico e

desmemoriado. "Atualmente

predominam

as

reportagens

de consumo

imediato,

não há

continuidade,

não temos

memória",

completa

Paredes. Ele

trabalhou durante a ditadura e

conta que se "a censura

naquela

época

era

imposta pela

força

dore­

gime

militar,

hoje

é feita

pelo

lado

econômico." Todos esses fatores

geram

desinformação

e falta de

reflexão.

A maioria dos

produtores

culturais entrevistados para esta

matérianãoreclamou da cobertura

da

imprensa

local,

mas muitos se

queixaram

dafalta de continuidade das matérias.Osreleases enviados às

redações

dos

jornais,

quando

bem feitos e com assuntosde in­

teresse,

são

geralmente

publicados,

massempre ficaa

sensação

de que

os assuntos se

esgotam

muito

rapidamente,

saindoumsó diano

jornal

para não mais serem

lembrados. Outra

queixa

é

quanto

à

falta

de crítica nos veículos

impressos.

Colunistas intelectuais

-Esta

questão

envolve diretamentea

formação

do

jornalista.

"Acrítica é muito

importante,

sim,

masquem

arealizadevetertotal embasamento para

opinar

de forma

positiva

ou

negativa",

diz Gisa

Frantz,

editora do caderno de cultura do

jornal

O Estado.

O

fato

é que

hoje

o

jornalista

maltem

tempo

de cobrirsuasmuitas

pautas

diárias

(geralmente

três

pautas

emcincoou seis

horas),

quanto

maisde

estarlendoeestudandotemasculturais. "Afalta decríticase

deve,

e

muito,

à

falta

deestruturanos

veículos.Aocontrário dos

jornais

deoutras

capitais

brasileiras,

os

repórteres

de cultura não

podem

'se dar ao luxo' de trabalhar apenas em temas

setorizados,

salvoraras

exceções.

Assim,

fica

mais

difícilumdomínio total para realizaruma

crítica,

especialmente

para não se cometer

gafes

ou

injustiças",

completa

Gisa.

O cineastaEduardoParedes acrescenta que

a falta de crítica e a

opção pelas

matérias de

consumoimediato criam outro grave

problema:

"Hoje

quem sãoosformadores de

opinião?

São

os

jornalistas

ou os críticos?

Não,

infelizmente quem está formando

opinião

atualmente em

Florianópolis

são os colunistas sociais".

Geralmente os colunistas sociais não têm uma

ampla formação

teóricae costumam tratar dos

assuntosdeumaclasse econômica que não éada

maioriada

população.

Outro

problema

é

queestes

colunistas não têm

obrigação

de saber

profundamente

sobre

aquilo

que

falam, podendo

escreverbesteirassobreosassuntosmaisdiversos.

"Teveumcolunista que fezumacríticasobreum

demeusfilmessemnuncatê-lo

visto",

lembrou

Paredes.

Filipe

Bezerra

Fofocas

e

perfumaria

tomam conta

dos

cadernos

de cultura

(

(4)

o

QUE

A

IMPRENSA

NÃO

DEU

Fórum

condena clientelismo

Artistas

e

produtores

da

capital

querem fim da

ineficiência

das leis

municipais

Um

grupo de artistas locais acusa a

Fundação

Franklin Cascaes

(FFC)

-órgão equivalente

a umaSecretaria Mu

nicipal

de Cultura

-de empregar uma

política

cultural falsae "clientelista",

Este descontentamento deu

origem

aoFórum de

ArtistaseProdutores Culturais de

Florianópolis,

que temcomo

objetivo

criarumEstatuto

Municipal

da Cultura e formular um

Conselho

Municipal

de Cultura. O movimento

surgiu

em

maio,

num

protesto

realizado durante aMostrade

Dança

no

Centro

Integrado

de

Cultura,

onde 32

artistas

lançaram

ummanifestocontraaFFC

acenando

lenços

pretos.

Fábio

Brüggemann,

sócio da editora

Letras

Contemporâneas, presidente

da

União Brasileira de Escritores em Santa Catarinae

representante

do

Fórum,

afirma

quea

Fundação apóia

somenteos

projetos

que não trazem

críticas,

e tem medo de quem

reflete,

pensa efala. Contaque "até

meados dosanos

80,

os artistas

possuíam

cargos

governamentais

epor issoa

política

cultural na cidade era extremamente

clientelista".Paraalteraresse

modelo,

uma nova

geração

de artistas começou a

produzir

independentemente

através da iniciativa

privada.

Dino

Giglioli,

integrante

do Fórumediretor

cultural do Sindicato dos Eletricitários de

Florianópolis

(Sinergia),

explica

quealuta é para

que a cultura

faça

o seu

papel:

"questionar

as

verdadese asregras

impostas

pela

sociedade,

como oneoliberalismo e oindividualismo".

Inicialmente o Fórum contava com cerca de

quarenta

entidades

participando

do debate.

Hoje

o

númeronão

chega

àmetade.A

explicação

para

isso,

segundo

Dino,

é que muitasvezes o artista ou

produtor

se

aproxima

com a

expectativa

de resolver

o seu

problema. Quando percebe

queoFórumtrata

de

questões

demaior

amplitude

enãode

projetos

particulares,

acaba saindo. Para

Dino,

o relevante no Fórum é que "mesmo nessa

apatia

geral

foi

possível aglutinar

pessoas que trabalhem em

sentido

coletivo,

na

perspectiva

não do meu

livrinho,

domeu teatro, domeu grupo de

dança,

mas

pela

culturacomo um todo. Senão for para

participar

deuma

ação

coletiva e

organizada,

a

pessoa que se contente em

pedir

pinico

ao

deputado,

ao

vereador,

ou ao

prefeito.

Se

alguém

tem essa

postura,

nem é para estar no Fórum

mesmo,éuma

questão

clientelista quea

gente

busca

romper",

concluiDino.

Num debate que reuniu os candidatos à

prefeitura,

ummêsantesda última

eleição,

oFórum

apresentou

uma

proposta

com

ações

e diretrizes

paraa

elaboração

deuma

política

cultural

pública.

Todos os candidatos assumiramque, caso fossem

eleitos,

aincluiriamem seu

plano

de governo.Como

aúnica ausênciafoi

justamente

ada

prefeita

Ângela

Amin,

oFórum solicitouumaaudiênciacomelano

início de novembro para saber se ela

poderia

recebê-los eavaliara

proposta.

Coma

justificativa

de quea

prefeita

estásob

licença médica,

ainda

nãohouve

resposta.

OFórum quercriarum estatuto que, além

de

abranger

aatual

política municipal,

dariamais

apoio

à

produção

culturaleteriaum

regulamento

quenão

poderia

sermodificadoacada

mudança

de governo. Seriamincluídasnesse estatutoleis

FFC),

e outros três indicados por entidades de

Florianópolis

escolhidas,

segundo

o

manual,

por sua

representatividade, pluralidade

e

atuação

no

processocultural.O

Artigo

15 da

Lei,

ondeconstam tais

entidades,

foio único alterado

pela prefeita,

através do decreton°

636/98.

PelaLeide

1991,

16 entidades culturais estavam aindicar

possíveis

membrosà CPC. Comf) decretode

Ângela

....---",..---...,

2 Amin estenúmero foi reduzido a

13,

com

cinconovasentidades entrandoeoitosendo

destituídas.

J3

Aescolha dos membrostemsido feita

.�

pela

prefeita

todo final deanodesde

1998,

u:

junto

àFundacão Franklin

Cascaes,

e a

partir

de

1999

'também

junto

à Comissão

u:::

que tem sua

gestão

terminada

(a

nova

comissão iniciasuasatividadesem

janeiro

de

2001).

A ex-coordenadora da

CPC,

Maristela de

Figueiredo,

fala queérealizado

um

e�do

para descobrir

quais

candidatos

sugeridos

são maiscapazeseentendedores

do assunto.

Veja

o

exemplo

dela: "sou

funcionária da

prefeitura

há22anos e com

a

antiga

gestão

da dona

Ângela

fui nomeada

assessoratécnicadaFPC.

Logo

fui nomeada secretáriada

primeira

CPC e, além

disso,

eutrabalho comeventos deCarnaval". Maristela informa quealeinãofuncionouaté

a

prefeita

Ângela

Amin

solicitar,

em

1998,

quefosse

posta

em

prática.

Houve então uma

primeira

Comissãoque, de acordocomMaristela- secretária

daCPCna

época

-,"nãodeumuitocerto". Em

julho

de2000foi

lançado

oManual daLei

Municipal

de

Incentivo à

Cultura,

que

segundo

ela deu credibilidade à lei. "Antes disso havia uma

Comissão,

mas

algumas

entidades não indicavam

funcionários,

nãohavia prazo paraa

finalização

dos

projetos

nem

regulamentos

de como seriafeitaa

redução

doIPTUedo

ISS",

afirma Maristela.

Lei manca- ParaRafael Pereira

Oliveira,

da

produtora

Áprika

e

integrante

do Fórum de

Artistas,

aleinãotemtal credibilidade.Antesdeseu

projeto

Musical de Verão ser

aprovado pela

CPC,

em

setembro deste ano, ele

tinha

garantido

o

patrocínio

do Costão do Santinho Resort. O

problema, segundo

Rafael,

é que acomissão está

confusa,

pois

não sabe

qual

o

procedimento

a ser

tomado

depois

de

conseguir

ofinanciamento."Não

tenho conhecimento de nenhum

projeto

que

esteja

com oprocessoem

andamento",

disse

Rafael,

que realizoureuniõescommembros da

Associação

do

Comércio e Indústria de

Florianópolis

e o

empresariado

local para "esclarecer" o manual. Maristela comenta que "não é fácil você ter um

projeto

e

apresentar

tudo que está sendo solicitado

pela

Lei,

só que é menos

complicada

que ado

Estado".

Entretanto,

admite que pessoas quetiveram

projetos

aprovados

no

primeiro

edital da

Lei,

ainda

tinham,

no final de novembro deste ano, dúvidas

sobreomanual.

Maristela afirmaque a Comissão não decide sobrea

circulação

do

dinheiro,

a

responsabilidade

édaSecretariade

Finanças,

que define comoserá

feitoo"abatimento". Cézar

Campos

Júnior,

membro

dacomissão

pela

Secretaria,

fala queaCPC emite

umcertificado

permitindo

que os

patrocinadores

utilizem dinheiro vindo dos

impostos

para a

realização

dos

projetos.

Noentanto,

pelo

telefone,

disse que "há várias dúvidas sobre

alguns

parágrafos

daLei".

Empresários

e

Fundação

têm

dúvidas sobre

artigos

como o

10,

que fala que o

patrocinador

poderá

utilizarapenas 70% do valor total do

projeto.

Isso

significa, segundo

Cézar,

que

se um

projeto

custar

R$

50 mil o investimento

possível

será,

no

máximo,

de

R$

35 mil.Omanual mal parece ter sido

revisado,

visto que há até

números trocados

(80

por

180).

CRÍTICA

Fábio

acusa aComissão

de

temerquem

pensa

como ado Fundo paraoCinema

(Funcine),

que

desdeos anos 80destinauma

porcentagem

das

bilheterias das salas de cinema e

locações

em

vídeo-locadoras paraa

produção cinematográfica

municipal.

Fábio

Brüggemann

propõe

que essa

quantia seja

aplicada

nacompra de

equipamentos

que seriam

alugados

a preços

públicos,

barateando o

orçamento

defilmes e

vídeos,

ao

invésde bancara

produção

deumaúnica obra.

"Não queremos que o Estado

produza

cultura,

mas crie mecanismos para que as pessoas

produzam cultura",

argumenta

Brüggemann.

Imposto

pela

cultura- ALei

Municipal

de

Incentivo à

Cultura,

apresentada

naCâmarade

Vereadores e

regulamentada pelo

então

prefeito

BulcãoViannaem novembro de

1991,

embora

criticada,

também seria incluída no estatuto

idealizado

pelo

Fórum. Ela

permite

que o

produtor

artístico-cultural

capte

recursos para

desenvolver seus trabalhos através do redirecionamento do

Imposto

Sobre

Serviços

de

Qualquer

Natureza

(ISS)

edo

Imposto

Prediale

TerritorialUrbano

(IPTU),

oque

significa

quea

empresa

privada

que estiver em débito com a

prefeitura

em

algum

desses

impostos

poderá

abater até

R$50.000

da dívida financiando

projetos

naárea cultural. Paratornar

possível

o

funcionamento da

Lei,

foi criado um

órgão

consultivo de

gestões

anuais,

formado por pessoas

ligadas

ao campo das artes e àFPC: a

Comissão Permanente de Cultura

(CPC).

Sua

função

é avaliar os

projetos

apresentados

e

determinar

quais

delesserão beneficiados com alei.

-Osmembros da última

CPC,

que trabalharam

até

outubro,

eram: Maristela de

Figueiredo

(coordenadora

e funcionária da

FFC),

Vera

Collaço

(professora

da Universidade do Estado de Santa

Catarina),

Cézar

Campos Júnior

(funcionário

daSecretaria

Municipal

de

Finanças),

Hoyedo

Lins

(integrante

da AcademiaCatarinense

de

Letras),

José

da Rocha

(funcíonário

do Instituto de

Planejamento

Urbano de

Florianópolis).

Os

suplentes

eram:

jarina

Menezes

(presidente

da

Associação

Catarinense deArtistas

Plásticos)

eluarezdeMedeiros

(pro­

fessor daUniversidade

Catarinense).

Portanto cinco

membros,

sendo dois da

prefeitura

municipal

(um

da

Secretaria de

Finanças

e outro da

FECATA, Cinemateca,

Instituto dos

Arquitetos

do

Brasil,

Prometeu

Libertus,

Associação

dos

Arte-Educadores,

Associação

Catarinense

de

Engenheiros, Associação

Catarinense

de

FCC, UFSC, Udesc,

Academia

Catarinense

de

Letras,

Fundação

Frankilin

Cascaes,

Instituto do

Patrimônio

Histórico

e

Artístico

Nacional,

Associação

Catarinense de Artistas

Plásticos,

OAB

Leo

Laps

Clarissa Moraes

(5)

o

QUE

A IMPRENSA

NÃO

DEU

CPC

define

mas

não

decide

Manual

de

Incentivo

apresenta

muitas

exigências

e

poucos

esclarecimentos

menoscincoanos eque

seu trabalho

seja

con­

siderado correspon­ dente aos interesses

culturais da cidade. A

aprovação

dos

projetos,

segundo

o manual da

Lei,

levará em conta

clareza,

exatidãoeinte­

gridade

das

infor­

mações,

caráter cultur­ al

(benefícios

e

partici­

pação

da

comunidade,

acessoa

populações

de

baixa

renda,

interesse

comum), adequação

orçamentária (custar

entre

R$

1 mile

R$

50

mil)

e

possibilidade

de

realização.

Maristela afirma que "o investi­ mentosó

pode

sergas­

to no

município",

e se

o

empreendedor quis­

er

apresentar

seutrabalho

fora,

ocustoédele.

Os

projetos

culturais da

prefeitura

também po­

dem se beneficiar daLei de

Incentivo,

como

aconteceucomo8° Festival

IsnardAzevedo,

em

outubrodesteano.A FFC

conseguiu,

atravésdo

projeto

da

superintendente

Lélia

Nunes,

R$

50 mil do total de

R$ 356.895

necessários parasua

realização.

Parafinanciaros

D

15

projetos,

o valordos

S

incentivosvariarde fiscais1 %a

2,5%

pode

dareceitatotal

prove-I

Bl niente do IPTU e do

Funr'

'127109

19

ISS. Nesteanofoi

lib-Sinr'

Eletrici

eradoaleua

1%,

R$

1quemilhão.

equiv-

A

quantia

é divididaem

quatro

parcelas

de

R$

250

mil para serem

utilizadasnos

projetos

aprovados

em editais

realizadosnos meses

de

janeiro,

abril,

jul­

ho e outubro. Se for

necessário,

essaspar­

celas

podem

ser su­

plementadas

com

dinheiro de outros

editais. Outro limite

orçamentário

é pre­ visto no

primeiro

ar­

tigo

daLeideIncenti­

vo,

<'tile

diz quea

em-presa só

poderá

re­

verter até 20% do total que deve doIPTUedo

ISS por

projeto

financiado.

Segundo

orelatório

dos

projetos aprovados,

fornecido porMariste­

la,

desdea

implantação

da

lei,

emnovembrode

1998,

foram

aprovados

18

projetos,

custando

aotodo

R$ 436.455,00.

Imprensa

censura

-Dino acusaogover­ nodo Estado de estar tirando das empresas

públicas

recursosdestinados à cultura parausar

Jdinheiroemoutrosfins não culturais.Docu­ mentosobtidos

pela

Intercel

(conjunto

de sindi­

catosno

qual

seincluio

Sinergia)

comprovam a

utilização

de

R$

553

mil,

mas"deacordocom

informações

internas

passadas

aossindicatosa

cotade

patrocínio

passou dos

R$

3

milhões. Dinheiro que está sendo usado para fazer clien­

telismo,

para

agradar

uns e

outros",

afirma

Dino.A denúncia foi

publicada

no Linha

Viva,

jornal

do

Sinergia,

no dianove de novembro

desteano.Constaqueo

representante

dos empre­

gados

noConselho de

Administração

da Celesc está

cobrando

explicações

sobre

quanto

aempresa

desembolsouem

patrocínios

duranteoano,

que

acondutada

direção

da Celesctemseresumidoa

pagaracontados recibos enviados

pelo

Secretário

de

Governo,

Amaro Lúcio da Silvae

pelo

diretor

de

divulgação

da Secretariado Estado de Gover­ no, AntonioFelixAmorim.

Em

resposta

ao

Conselho,

o

presidente

daCe­

lese,

Francisco

Küster,

enviouuma

correspondên­

ciaao secretáriodo governo dizendo que tendo emvistaoincrementosazonal das

despesas

des­

ta

empresa

...

, vimossolicitar

suspensão

de

pa­

trocíniosetodo

tipo

de

apoio

de caráter

finan­

ceiroa

terceiros,

até

fim

de

janeiro

do

próximo

ano. Como

exemplo

dos

patrocínios

concedidos

pela

Celesc,

estáovalor de

R$

7.500 paraaAsso­

ciação

ComercialeIndustrial de

Chapecó,

paraa

realização

daFeiraInternacional deProcessamen­ toe

Industrialização

de

Carnes,

omesmo

patrocínio

que

havia sido

negado

pela

Secretariade

Agri­

culturae

pela

Secretariade

Integração

aoMerco­

sul.

Quanto

à

participação

do

empresariado

na

cultura

local,

paraDinoé uma

questão relativa,

pois

"se o

empresário

abate do seu

imposto

de

renda,

que iriaparaumbolo

público

paraserin­

vestido,

quem está

pagando

issosomosnós".

Acoberturada

imprensa

localsobre as atu­

ações

do Fórum teve notas

mal-explicadas.

Ana

Cláudia

Menezes,

jornalista

deANotícia queteste­

munhouo

protesto

que deu

origem

aoFórumen­

quanto

faziaacoberturadaMostrade

Dança

da

FFC,

diz quesuamatériasobreo

fato

não

foi

pub­

licada pormotivos

editoriais,

comoo

tamanho,

por

exemplo.

odebateentreFórumeoscandidatos

às

eleições municipais

2000 refletiu-se emuma

matérianoDiárioCatarinenseemaisduasnoA

Notícia.

O manual da Lei

Municipal

de Incentivo à

Cultura,

de acordocom

Maristela,

foimuitodivul­

gado

em

rádio,

tv e

jornal,

além dainternet. No

entanto, somente no último edital o número de

projetos

inscritos

foi

maiorque asomade todos

osanteriores.

Alguns

integrantes

do Fórum rebatem dizendo que o manual

foi

pouco comentado no

meioartístico.Outrosse

queixam

de queaLeitra­ taaarte comoumamercadoriaeoartistacomo

um

vendedor,

porqueoartistatemque vender pro­

jetos

desuaobra para viabilizá-la.

Ah,

setodos fos­

sem

poetas

...

AUTONOMIAMaristela

garante

que a

Fundação

não

interfere

no

parecer

sobreos

projetos

Todas

as áreas da cultura devem ser re­

presentadas

numconselhocom autono

mia

deliberativa,

abarcando o número

máximo de

representantes,

enão sendo apenasum

gerenciador

deatividadescul­

turais. Estaé a

opinião

doFórum deArtistas e

ProdutoresCulturais de

Florianópolis.

Acoorde­ nadorada última

�stão

daComissão Permanente

de

Cultura,

Maristelade

Figueiredo (responsável

pela

aprovação

de

projetos

culturais que buscam benefício daLei

Municipal

deIncentivoà Cultura -ler matéria

anterior)

,

explica

quenemtodasas

entidades culturais da cidade estão

representadas

naComissão.

Pois,

segundo

ela,

"iadaromaior

quebra-pau,

tá louco!".Para

ela,

aCPCsó dácer­

to porque não há

choque

de idéias entre seus

membros.

Dino

Giglioli,

diretor cultural do Sindicato dos Eletricitários de

Florianópolis

(SiI�rgia)

e inte­

grante

do

Fórum,

fala que

hoje

tudo está muito

vinculado à

Fundação

FranklinCascaes."O

poder

público

não

pode

de forma

alguma

sermaioria

na

Comissão,

assim sempre acabarácom

força

maior. Deve-se ter autonomia para decidir em

relação

a

finanças,

em

relação

atudo" ele

opina.

Fábio

Brüggemann,

que também

participa

do

Fórum,

critica a

superintendente

da

FFC,

Lélia

Pereirada Silva

Nunes,

sobo

argumento

de que

ela centraliza demaisos rumosdas atividades cul­

turais da

Fundação.

Maristela defende que a

Comissãoé

autônoma;

que

ninguém

interferenas

decisões: "A

professora

Lélianuncafalou sobrea

lei,

quando

solicitada ela sempre manda falarcomi­ go,

jamais opinou

sobre

algum

projeto.

Somos

liga­

dosao

gabinete

da

prefeit­

ura, não à

Fundação.

Ela somenteoferece à Comis­ sãoestruturapara queesta

funcione".

Dino

participou

re­

centemente do

protesto

Arte Contra a

Barbárie,

emSão

Paulo,

efala que"o

que deveria existir é

algo

muito mais

amplo,

comoo

que havia antes dessa Comissão: o Conselho de

Cultura,

que discutia as

questões

culturais como

um todo".

Segundo

ele,

o

Fórum não

pretende

ser

caracterizado como uma

entidade,

mas como um

movimentocultural

inédi-to em

Florianópolis.

Por

CARÊNCIA

Giglioli

aponta

a

redução

de

issonãoé

"juridicamente"

organizado.

No diaseisde

dezembroo

jornal

Folha de São Paulo

publicou

umamatérianacapa do caderno Ilustrada falan­

do dos eventos

promovidos

em São Paulo

pelo

movimentoAtte Contraa

Barbárie,

edas mobili­

zações

culturais realizadas atualmenteemoutras

capitais

do

país.

Entre

elas

estavaoFórum.

Maristela diz que

ouviufalar das

propostas

do

Fórum,

masachaquenãotemporqueacom­

panhá-las. Alguns

participantes

do

Fórum,

como a

produtora

Aprika

e o artista cênico Révero

Ribeiro

conseguiram

terseus

projetos

aprovados

pela

CPC.

Entretanto,

aex-coordenadora dacomis­ são

fala

que eles nuncaprocuraram a elaou à

superintendente

da

Fundação,

LéliaPereirada Silva

Nunes,

paraconversarsobreoassunto.

Algumas

exigências

- Os interessadosem

inscrever

projetos

paraa

avaliação

da CPC têm de

apresentar

currículoe

alguns

documentos. Outra

exigência

éserresidente no

município

pelo

Leo

Laps

Clarissa Moraes

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