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FAMÍLIA REDACTORA:JOSKPBINA ÜE

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A FAMÍLIA

REDACTORA:JOSKPBINA ÜE AZEYEDO

ANNO II

Rio de Janeiro, 9 de Março de 1890

NUM. 51

Veneremos a mulher! Santifiquemol-a e gloriiiquemol-a ! Victor Hugo.

EXPEDIENTE

ASSIGNA TU RAS COUTE A<™0 igpoo PROVÍNCIAS Anno 15)5000 COLLAI30IÍAÇÃÜ

Sào collaboradoras eio nosso jornal, ais

Exmas. Sras. il.D. :

Analia Franco, Ignez Sabino dc Pinho Maia, Carmen Freire ( Baroneza do Mamanguape) Doutora Izabel Dillon, Marianna da Sil-veira, Mlle. Rennotte, Adelaide Peixoto, MariaZalina Uolim, Adelia Barros, Luiza

Thienpont, Emiliana de Moraes, Maria

Ramos, Paulina A. da Silva, Alzira

Mo-driguez, Julia Cortines, Maria Clara Vi-Hiena da Cunha e Presciliana Duarte. Toda a correspondência desta folha, deve ser derigida para a rua do Senado n. 15,

A FAMÍLIA

Hio, 9 de Março de 1890.

0 direito de voto

Muitos dias depois que voltei de uma breve excursão por S. Paulo, revendo os jornaes acumulados zelosamente em minha escrevaninha por paciente em-pregado, deparei com uni precioso uu-mero do Üíitnafó, jornal de S. Paulo de Muriahé, em que sob a epigraphe — O voto feminino, se pretende res-ponder a um meu artigo sobre o nosso direito de voto.

Devo responder a esse artigo, não para refutar os seus argumentos, por-que esses sâo futeis como o espirito de

uma creança, velhos como a velha o bolorenta philosophia grega dos aris-totelicos e platônicos; mas para fazer comprehender oo seu aulor que o seu arsenal litlerario anda muito despro-vido de material belíico, e que, o que põe em acção não tem valor nenhum. I in só argumento forte apresenta o seu autor, e é que a mulher deve de-dicar-se a fuucção característica de ser mãe. A esse já respondi incidentemente no arrasoado do artigos anteriores so-bre o mesmo assumpto.

A mulher que 6 mãe, nada perde com ser cidadã ; pode perfeitamente educar Olhos e desempenhar deveres cívicos; do mesmo modo que um ho-mem pode cuidar dos deveres da fami-lia e dos seus deveres de cidadão.

Está claro que se om dado período a mulher é solicitada exclusivamente por certos deveres maternaes, nesse ella abster-se-ha de qualquer collaboração na vida exterior, do mesmo modo que o homem detido por enfermidades ou motivos imperiosos, exime-so de todo o trabalho fora do lar. Mas isso não é motivo para impedir-se quu a mulher appliqueas suas poderosas faculdades aos diversos misteres da vida externa. Lina citação porém faz o collega quo releva notar como imprópria de uma discussão decente.

A phrase de Oliveira Martins teria razão de ser para outros casos, nunca para este em que entra em discussão a personalidade do uma senhora séria. Aquelle despejo lupanaresco não é digno de individualidades que militam na imprensa, não tem applicação ao caso controverso, mesmo porque as

íuneções civicas não varrem o amor do coração da mulher, e não se d.i o caso em juizo quando o amor santifica a união dos dois sexos. Üe onde sc con-chie que o collega, ou foi desastrado, ou não se compenetrou da gravidade da citação.

Quizera encontrar argumentação mais solida e mais digna; infelizmente não acontece assim : o artigo do eol-lega é vasio de idéas, pobre de in-spiração.

Muito melhor fora que o Muriahé não se resolvesse a discutir questão tão transcendente, ou, pel, menos, não se mellosse a dar opinião em seme-lhante assumpto ; mas como o fez, no que Oca dito, tem o troco que merece.

Josephiiva de Azevedo.

A missão do professor

Do todas as missões terrenas a mis-são da mãe de fa nilia e a mismis-são do professor são as mais elevadas, isso porquo ellas têm uma influencia di-recta sobre a sociedade e sobre a hu-manidade em geral.

Referindo-me á epigraphe acima Ir,.-tarei, somente da do professor á vista das medidas que se lem tomado ulli-m aulli-men te para generalisar a instrucção em todo este Estado.

Ao professor são confiados os inte-resses da sociedade porque a elles se entregam esses pequenos seres que mais tarde virão a compol-a eé preciso queaacjão que elle opera sobre essas. jovens creaturas seja proveitosa e util. Não é instruindo somente que essa

(2)

a A FAMÍLIA

acção lornar-se-á benéfica, é sabendo distinguir o bem do mal, o justo do falso, a verdade da mentira eda supers-lição que elle conseguirá formar oca-racter dos seus discípulos encaminhau-do-os para o bello, para o bem e o real. O desenvolvimento das faculdades intellectuaes é excessivamente mais fácil que o desenvolvimento das facul-dades moraes.

ila enlre a instrucçâo e a educação uma differença notável apezar de serem inseparáveis esses dois elementos.

Instruir é transmitiu* conhecimentos — educar e desenvolver as faculdades da alma.

Apezar de todos não saberem ins-truir ( porque é eerlo que para ensinar a lér uão é bastante saber lôr) uão quero referir-me sinão a educação pois que a instrucçâo é um ramo subordi-nado a ella.

A educação divide-se em pbysica, intelleclual e moral.

Para poder desempenhar conveni-entemente o exercício do magistério ó pois indispensável juntar aos conheci-mentos do ensino primário os da hy-giene, da gymnasliea e ler alguns co-¦nhecimeiitos philosophicos sobre as fa-¦culdades fuudamentaes da alma. Em conseqüência da nossa própria natu-reza, trava-se uma luta enlre o corpo ea alma eé necessário que tenhamos uma idéa nítida da moral e dos meios que (levemos empregar para desen-volvel-a. Eis o fim a que o bom pro-fessor deve propor-«e : preparar a cri-anca para poder desempenhar quando necessário fôr Iodos os altos e sublimes deveres para os uuaes elle foi creado. O professor também deve amar a infância.

Devemos lastimar aquelles que abra-ç-ando a carreira árida do magistério não sentem manifestar-se em si a vo-cação, essa tendência natural tâo

indis-pensavel para o bom desempenho da sua delicada tarefa.

O preceplor devo dar não somente contas a sociedade mas igualmente a família e ao Eslado. E' preciso que sua profissão seja uma vocação e não só-menle um meio de vida.

Só assim se poderá colher benéficos resultados e ajtintando o estimulo á proficiência o inlluxo do professor será para o menino, o que ó o inlluxo do sol para as producçôes da terra.

LülZA ThüSNPOm

Os pyrilampos

Nenhum raio de luz se divisava No negro íirmamento, A noite parecia que chorava

N'um triste isolamento !

Da súbito, passou, voando altivo Como estrella ambulante, Um pyrilampo pequenino e débil

De verde luz brilhante.

Assim, as vezes um sorriso aclara As trevas d'um viver, Qual pyrilampo que parece ao longe

Ter luz e brilho ler '.

Porisso eu digo que as estrellas falsa? Que doiram nossa vida,

São : pyrilampos 11'iuna noite escura, fi a caricia ungida !

Divergem, mas n'uin ponto, os pyrilampos Do fementido amor,

F' que aquelles sào falsos, mas são mansos F. este, sempre é trahidor.

Muiia Clara Viliiena da Cunha.

Flor de neve

Immensa trisleza reina sobre a ter-ra ; o vento passa furioso em rápidas rajadas vergastando ludo que se oppõe a sua desenfreada carreira, quebrando os galhos das arvores de folhagem, que erguem-se como esqueletos na estrada deserta ; introduzindo-se nas pobres choças onde se abrigam os desgraçados

quo procuram um simulacro de calor junto ao brazeiro quasi ex lindo.

lim tapeie do immaculada brancura cobre as montanhas o se estende em amplas dobras pelo solo suffocante no frigido seio as dores e a vida de mi-Ihares de insectos.

Os pallidos raios do sol, finos como ouro, scinlillam fracamente. Os regatos não murmuram e os pássaros siletl-ciosos, com as pennas arripiadas oceul-tam as cabecinhas embaixo das azas. A natureza parece estar morta e envolta n'uma immensa mortalha.

Lim liomem vai atravessando o branco deserto que se estende ante os seus olhos. Já quasi sem lenha para aquecer a cabana solitária, saldo de-sesperado procurando ancioso ae redor de si o soecorro de que lauto necessita. Mas, nada encontra, é em vão que es-tende as mãos congeladas, buscando o combustível que lhe dará a vida, trans-formando a fria cabana em moradia cheia de animação e calor.

A desgraça o persegue, pois, sem duvida oulras mãos ávidas apanharam antes d'elle os últimos gravetos.

Com o coração amargurado pela des-dita, cansado do Inotar, vendo se lão só; subio com desanimo a uma mon-lanha; porém as forças o alraiçoam e deixa-se lombar exanime.

De súbito uma exclamação de júbilo, de alegre esperança escapa-se-lhe dos lábios e ajoelhando colhe com infinito mimo 11'uma anfractuosidade da mou-tanha — a primeira llor de neve.

A llor delicada que rompendo o véo da neve, quasi formada por ella ; er-gue suas campanulas alvejantes que oceultam no centro um ponto verde como o symbolo da esperança — a (lôr que surgindo n'essa desolada solidão,

(3)

A FAMÍLIA 3 sorrindo aos rigores do inverno parece

dizer a quem soHYe : tem resignação e coragem, sou o consolo, venho fazer que esqueças os dias frios e tristes

res-ituindo-le os encantos da vida ! O homem, havia pouco, tão infeliz ergueu-se cheio tle energia e guardando carinhosamente u flor proseguio o seu caminho.

Na larde d'essedia, quasi ao escu-recer um viajante que passava u'um trenó, envolto em sumptuosa pelissa, lançou um olhar de inveja para a hu-milde cubana em cujo interior brilhara um vivo fogo. Asfagulhas estalavam alegremente, a agiu pulava na chalei-ra, prompta para osamovar; emquanto aquelle quo em horas autos se julgava tão desgraçado depunha satisfeito o seu trabalho, contemplando com gra-lidão a — flor de neve, — a modesta flor que viera trazer-lhe uma grata esperança annunciando dias calidos e repletos do ventura.

Carolima von Koseritz.

A theoria do vestuário

£' principalmente pela toilette que unia senhora consegue lixar a attençâo das pessoas que a voem passar; é do seu vestuário, simples e elegante, da nitidez correcla de todos os detalhes que formam a parle integrante d'esse vestuário, do escrupuioso aceio da sua pelle asseíinada e fresca, do cuidado em não deixar apparecer no cabello uma suspeita de raspa, dos seus dentes alvos e polidos, que destacam no escar-late dos beiços como um lio de pérolas n'um écrin de velludo purpura, do aroma caslo e repousado que a en-volve, como as nuvens diaphanas atra-vez das quaes se avistam, esvoaçaudo no azul, os cherubins alados, que

pra-vém a autoridade suavíssima e a fasci-nação suprema que ella exerce, não só nos entes que a amam, mas em todos aquelles que se lhe aproximam.

E' para estas mulheres, excepcio-mente dotadas e correi:laexcepcio-mente vestidas que os poetas inventaram as adorações infinitas: são estas mulheres que dei-xam nas existências que atravessam um sulco luminoso ; são eslas que dão em trota do amor quo inspiram a feli-cidade suprema, estranhas ás incous-taucias vulgares e superior ás vicissi-tudes do cansaço ou do desencanta-meulo, proveniente da desillusão.

E ledos esles dotes, apparenlemeule lão dillioeis de obter, cifram-se em d uas cousas muito simples, muito com-prehensiveis c muilo ao alcance de todos que se croDonham alcançal-as. Chamam-se ellas — bom senso e bom gosto.

Estude-as a leitora nos seus com-plexos modos de ver, subordine-lhes o seu vestuário, os seus hábitos, as suas maneiras e até a sua linguagem, e verá, verá que delicioso prêmio oblem das suas fadigas, verá como a existência lhe parece mais leve, como tudo se reveste aos seus olhos do um encanto constantemente renovado, c como nos sorrisos e nos olhares aílec-tivos dos seus amigos lia de espelhar-se em cada hora, mesmon'aquella hora pérfida dos diabinhos azues, em que zumbiam na sua cabecinha perturbada enxames de besouros negros, uma ra-diosa physioncmia, scinlillaule deju-ventiide, cheia da felicidade consciente e da tranqüilidade inalterável dos quo sabem orientar a sua existência pela existência rollecliva e identificar as tendências psychologicas e phitdolo-gica do seu corno e da sua alma a um ideal pratico, feilo de sacrifícios aus-teros, de abnegações obscuras e de elegância honesta.

De ordinário, a mulher mantém acerca da configuração exlerna e in-terna da sua individuali Jade, e da missão que ellu é chamada a exercer no meio social, a mais falsa e pueril de todas as comprehensões.

A educação deficiente e absurda que recebe nos collegios ; us máximas idiotas ministradas pela convivência banal das salas; o exemplo de umas amigas muito estúpidas e muito vai-dosas, quo absorvem iodas as 1'acul-dades pensantes dos seus iutellecios no cultivo do namoro o do figurino ; o lauspereime de mterjeições admira--tivas e finezas assucaradas em que a envolvem os badauds ociosos, de risca apartada ao meio ecollarinho decolado; a falta de uma elevada orientação mo-ral o de uma intelligente disciplina material uo seio das famílias; a lei-tura perigosa do romance dissolvente-arraslaii)-n'a exuclamenle para o ex-tremo opposloaquelle de que não devia sair nunca e lazem d'ella oeulemais infeliz, mais luaibriado, e ao mesmo lempo aquelle que níqpos póde enten-der e realizar us grandes e complexas aspirações de uma alma superior e digna.

A' excepção dos Estados Unidos, da Allemanha e da Suécia, a educação da mulher continua a ser em Iodos os paizes o problema insoluves, descurado pelos legisladores e explorado pelas > blas bleucs de barrete phrygio, que, pretendendo discutil-o, não conseguem senão ridicularisal-a ! E no entanto, é principalmente da educação da mu-llier, votada ao abandono pelos poderes constituídos, que depende em absoluto nào só a felicidade do homem como o regimen interno das sociedades.

(Continua).

(4)

A FAMÍLIA

Trez mezes á beira-mar

(Conclusão)

Depois de uns doze minutos de marcha sem-pre etn zig-zags, chega-se ao cimo do morro cuja vegetação é paupérrima mas d'onde se discortina um soberbo golpe de visla.

A meus pés cu linha a cidade, a lagoa em parte da sua extensão do sete léguas, e mais além o oceano, a perder-se no vasto horisonto sem fim, e cujas águas azuladas reflectiam aos reverbérosde uma ardente tarde de Janeiro.

Aflastada um pouco das minhas eompanhei-ras de excursão, sentada sobre uma pedra eu assestaia o binóculo em todas as direcções quanda lentamente chegou-me aos ouvidos o som do toque da .- — A ve Maria !...

Sem querer commocionei-me. Minh'alma

voou para as plagas ethereas da phantasia. Ali, suavemente emballada pelo murmúrio da natureza, vendo cahir docemente sobre as águas, os já enlão brandos raios do astro rei, senti uma nostalgia immensa da terra que me dera d berço.

Eu fia as planícies, valles, rios e colunas da minha Provincia estarem desenhadas na tela do pensamento, vi-as, sim, ali, como num p|le-nomeno de jmiragen se agruparem, e depois sumirem-se lentamente, deixando no vácuo dourado da imaginação a doce impressão dc uma sincera saudade !

IV

A lagoa a cuja ciiargem está situada eomo dissemos. Cabo Frio, é toda semeiada de ilho-tas que muito faltaram a minha curiosidade detouriste. Sâo quadros verdadeiramente bel-ios com que a natureza mimoseia os viajantes cultos.

imagina tu um agrupado risonho de arbustos, onda. cantam as aves, livres, beijando o « Cac-tus a. que casam num abraço as alvas flores ao pomo vermelho de seus fructos. A vegetação a embora franca, selvagem, sem artifícios, deixa escapar por entre as trepadeiras, cipós e mon-íiculos verdes de diversos tons, grandes pe-dras ponteagudas reluzentes ao sol semelhando uma cuscata que, para dar completo realce ao todo. bastaria que surgissem gottas d'agua que fizessem sua bacia natural, na branca areia que adorna esses oásis brazileiros.

Tudo isso reunido dava-me tal encanto, que

desejaria ser artista, não para rabiscar estas Unhas produzidas pela impressão,mas copial-as sobre a tela fazendo então quadros

magni-Foi sobre a tarde.

Como um espelho, as águas se conservavam quietas, límpidas, deixando ver os peixinhos que brincavam quasi a superficie ; nellas mi-ravam-se a vontade as arvores, os montes, a ennida da Guia, e uns cambiantes averme-lhados do sul que escoava lentamente por detraz dos morros, formando uma coroa de soberbos rubins, que casando-se ao todo da paysagem, e avermelhando as águas, subtil e delicado, beijava a medo, o vitreo lençol da Araruarna I Ila muitos bonitos passeios em Cabo Frio. A restinga é Ioda ornada de pitangueiras. cajueiros, araçás, e outras arvores fruetiferas próprias dos terrenos arenosos. Apezar de querer esmiuçar tudo, não encontrei origina-lidade digna de menção nos costumes do povo. Notei-lhe apenas o sotaque portuguez muito pronunciado nos« is » c « us » . Os homens do povo oecupam-se no geral da pesca, o as mu-lheres em fazer lindas rendas de loiros. A. ociosidade pois, não é acorda dominante da pobreza da sympathiea eiilade.

A boa sociedade attrahe a todos pela

gemi-leza da' suas maneiras aftaveis. i

Achei muito curiosa a forma porque pescam os camarões, o que suecede em noites de es-curo c em pequenas canoas ornadas de Ian-ternas que postas em fileiras em numero supe-rior a cem, forma um conjuneto bellissimo reunido ao phenomeno da phosphorecencia das águas.

E' por demais pittoresco este quadro sob o céo semeado de estrellas, sentada commoda-mente num bole, ouvindo-se a, cantar mono-tono dos remadores, completando aj essemble, as luzes das casinhas situadas aqui, ali e além. Eu tive o prazer de observal-o vindo das «Salinas» optima estabelecimento industrial pertencente desde 1825 á família Lindemberg a qual recebe os seus hospedes com toda a (ina curlezia de pessoas de esmerada educação.

theca que vi já estragada mas que dizem ter sido soffrivel.

Cabo Frio tem uma Cadeia, um Hospital, e uma casa de Caridade, e Escolas Publicas para ambos os sexos.

Com a projectada listrada dc Ferro é pos-sivel que augmento ainda, por ser no verão bastante concorrido pelos banhistas.

Ao terminar estas linhas, Maria ; como que ouço ao longe o vago e monótono barulho das ondas, e sinto o perfume da muita que mo trazia nas horas calmas da resta as brisas quentes do mar, reunidas ao odor agreste da restinga.

ItlNEZ SABIaXO.

A CRETINA

vi

Tudo o que descrevo porém, fica muito longe do espectaculo, unico e sem igual do t por do sol sobre a lagoa.»

A religião em Cabo Frio é ainda muito pura. Para aplacar a epedimia reinante, faziam-se preces pelas ruas cantando-se o terço com

ima-gens em procissão. A missa, entoavam-se

Bemdictos.e ás sextas-feiras.na Matriz, sem

or-gani, sem um instrumento siquer, algumas

vozes unisonas cantavam a Ladainha ; a- Totó Pulcra ; o — Tantum lirgum, onde, num canto do coro, tibiamente illuminado, cinco pesca-dores faziam vezes de músicos, destacando-se entre elles uma voz magnífica de barytono.

A única originalidade da terra é a agua do «Itajurtí », que e eer de cerveja e o poço sus-tentado pela Câmara Municipal, que tem a sua estabilidade n'um sobrado, com uma

biblio-llompia a aurora, a escuridão ia pouco a pouco se dissipando ; as ulli-mas estrellas dúbias e pallidas desap-pareciam ante os primeiros reverberos do arrebol matutino,

A essa hora, as graciosas e encan-tadoras viveudas d'um dos mais pitto-rescos arrabaldes da cidade de***, destendiam-se n'uma paysagem sur-prehendeiile, illuminadas pelos níveos clarões da madrugada.

Por entre as formosas habitações que quasi desappareciam emboscadas nas verdejantes moitas do arvoredo, sobresahia entre Iodas uma mais sump-tuosa, a qual erguia-se sobrancoira ao mar, cercada por um vasto jardim, fe-cbadü por linda grade de ferro fun-dido, por onde deoruçam-se e enros-cam-se serpenteando, festões de palmas e flores do cores vivas e scintillantes. No fundo do jardim avistava-se en-volto em densa cerração, uma rua larga e pedregosa por entre laranjaes floridos, e que ia terminar em formo-sissimo carramanchão, assentado quasi ao sopé d'um rochedo que defronta com o mar, o qunl lhe Oca aos pés lá embaixo.

(5)

....

A FAMILiA viçosas e odoriferas violetas, havia

uma imagem de mulher, joven em ni-veas vestes, pallida e melancólica como uma virgem aérea de Ossian. Essa moça delicada e graciosa, ali no meio d'aquella solidão isolada e esquecida a uma tal hora, assemelhava-se offecti-vãmente a uma das visões elhereas do cantor de Morven.

Quando os seus bellos olhos vol-viam-se para o céo absorta n'um pro-fundo scismar, o sou rosto alvo como o lyrio adquiria uma expressão suave, meiga, quasi angelical. E ella soffria porque as lagrimas como aljofares borbulhavam-lheá llor dos olhos.

Depois dc ter permanecido por longo tempoabysmada nas suas tristes cogi-tações, ergueu-se lançando em volta de si um olhar prescutador, e começou a caminhar para o rochedo. Ali che-gando ella cantou uma melodia sim-pies e melancólica, repassada de sen-timento infinito, que dizia assim :

lim vão eu tento desviar de mim, A imagem que m'entristece a vida, Mas não posso desfalleçe, e triste, "dinlTalmageme

de dor pungida. Quando a noite estende o negro manto, Que de tristeza envolve toda a terra, Como sinto n'essa hora sombria As maguas que meu peito encerra ! Vulvo os olhos á amplidão celeste, li nada pode m' inspirar prazer, Porque meu Deus, cuque tanto amei, Tenho na terra, tào negro viver 1 lim vão respiro os doces effuvios Da brisa, que compaixão imploro, lilia foge e de mim s'esquiva, liu esvaeço, eu gemo e choro ! Oh ! vãos esforços, ó cruel tristeza, MinITalma toda desfalleçe assim ! li ninguém crê n'csta dor pungente Que debalde tento desviar de mim I

A accentuação dulcissima d'aquello canto, repercutia-se tristemente de eu-volta com o marulhar das espumas, e parecia chorar de dor.

5 A moça calou-se por fim,

perma-uecendo immovel e curvada sobre o rochedo, com os olhos fitos no mar.

Dir-se-ia uma d'essas estatuas que se debruçam sobre os túmulos. •

Continua.

Analia Franco.

Sobre um rochedo

( A D. M. Felizarda dos Santos Alves) 1

Disperta oh tu minlTalnia adormecida, Não vês o sul que nasce e que dá vida A immensa solidão que me rodeia? Ali... em rubra còr eu vejo a aurora Com rizos de carmim vir scduclora Beijar o leito da gentil sereia ! Disperta ante a pujante natureza EspetacTo sublime da grandeza Do meo Brazil o heroe de tanta gloria li, si perante os sec'los que passarem Novos heróes surgirem e luetarem !... Mais um louro formará a pátria Historia

II

Ruge o mar !... e a brancura das espumas Afrontando esta rocha e as densas brumas Vem beijar n'um murmúrio os meus pés mis. Ficto alem... c o que vejo ?... a immensrdade Abraçar n'um attricto a claridade

Que jorra desse altar do sul á flux. Que paysagem sem lim eu vejo em frente, QuTmpulsando o meo estro docemente Me fáz na solidão a vóz soltar. Ordena a natureza 1!... eis-me, obedeço Gorando, a vós, senhora, aqui offreço Um canto que inspirou-mo a vóz do mar!

III

Ainda há quem duvide desse impulso. Productor, cosmogonico, convulso Que jorra em força extrema o rio e mar li depois, a correr agigantado

Formando o monto e o vallo... já cançado, Nas lavas do Vulcão, foi repouzar ! Da seiva que lançou cresce o arbusto, Nasce a flor... e do impulso do robusto Conductor, si apresenta a natureza. Veloz, como é veloz o pensamento, Treva e luz n'um abraço de momento, Discortina um poema de belleza !...

li não parou ali... a biologia, Altiva no combate, em pleno dia Cria o homem, e o faz no mundo um rei!. Depois, cria a mulher, e de improvizo Nasce o amor... multiplica-se em sorrizo O germem que fundou a nova grey.

IV

Crescerão gerações!... começa a lueta Do homem a inergia, já disputa O bastão da sciencia e do poder !... Confunde-se o sagrado na sciencia Querendo impor assim a proficiência Limites, ante a buss'la do saber.'!

Ah!... eu sinto ante mim, n'eslc momento, A chamma que produz o pensamento Ao sopro da ardentia a beira mar! Beija-me o sói a fronte incandescente, Rubro, dispéde o raio altipotente Que a razão me ordena aqui dictar.

Mas... náopensae senhora no entretanto, Qu'eu queira erguer a penna a tanto e tanto, Que nivele o meo ser ao ser doalheus, Quero as leis naturaes, a sciencia, o estudo, Mas além da sciencia, eu vejo cm tudo, O supremo poder das leis de Deus !

i [&NIÍZ Sauino.

GALERIA ESPECIAL

XII

Alcindo Guanabara

Não o conheço bum de pessoa; como jornalista não ha quem não o conheça neste paiz.

Alcindo Guanabara tem sido ura ba-talhador de rara perícia e pulso forte em todas as pugnas da imprensa.

No tempo do Império, quando já nos últimos períodos os partidos se es-facellavam em lutas de extermínio, elle sustentou com o maior denodo e a mais correcta bizarria um dos minis-terios.

(6)

A FAMÍLIA Era no mais eulranhado da pelleja

abolicionista.

Alcindo esgremiu-se com os mais deuodados campeões da causa santa, foi ahi armado general. Hoje é um dos da pleiade dus maiores.

Do Alcindo Guanabara pouco si ouve dizer quanto ao que pertence á litteratura propriamente dita.

Aqui ou ali apparece um esmalte do seu espirito superior em um pequenino conto longiquo, como uma pérola per-dida na aridez do solo. Ahi mesmo se desenha o dedo do gigante. E' imagi-noso, é fecundo, ó original e d'uma correcção impecável dos cinzeladores mais apurados.

Se vivêssemos em outro meio, oulra seria decerto a sua obra.

Mas neste paiz, não ha compensação para os resfolegos do artista litterario !

Sempre esle queixume !... ZEFA.

Curiosidades históricas

«a

Todas as nações da Europa e da America se preparam para celebrar o quarto centenário da descoberta do novo mundo, por Cliristovão Colombo.

Se se desse credito a uma senhora, natural da Noruega, Marie A. Brown, todos ficariam em erro, porque ha já fcaslante tempo cila affirma que se deve essa descoberta, não a Colombo o ila-liano, mas sim a Leif Erikson. De tal modo está,persuadida d'isso, que acaba de fundar em Chicago uma publicação inteiramente dedicada a Leif Erikson o á sua causa.

Pretendem desmascarar o grande ua-vegador genovez, e não contentes com isto, querem impedir a celebração do i.° centenário.

Reuuiu-se uma considerável somma para que mademoiselle Brown podesse

realisar uma viagem da Islândia a Horna, afim de ahi procurar nos ar-chivos as irrefutáveis provas da sua hyjwtlwsc, que assim considerada não apresentará impossibilidade, embora por todos os resultados práticos, dedu-zidos da descoberta do novo conli-nento, com certeza ao italiano devamos tal descoberta,

Hegina Maney.

Dizem

Dizem alguns, que a ventura Foi bem mesquinha p'ra mim ; Que me appr'ceu entre nuvens, E de bem longe, inda assim !

Que a minh'alma era de fogo Para os bens que não fruiu , E á falta de combustível A cinzas se reduziu!

Que a minha vida é escura Como a noite sem luar ! Mas dizem o que não sabem (Isquefaliam, por fallar.

Ninguém me escuta um queixume, Ninguém um pranto me vio ; Que o meu viver é risonho Como uma aurora de estio !

Porque me illumina tanto Como não pensa ninguém, Um raio de luz do céu Nos olhos de minha;Mãe !

Julia'de Gusmão.

A fatalidade

O seu corpo ignóbil tem as successivas

proe-minenctas de. todos os seres malfasejos que o

compõem. O seu tronco exhibe insolentemente

os peitos mis, ao mesmo tempo que desvela

eynicamente a virilidade do sexo. Homem e mulher, reúne em si todos os vicios e possue todas as potências. Os seus braços são innu-meros.

Braços encantadores ornados

demãosflnis-simas, braços robustos de lutador, braços

efeminados de impotente, braços collados'ãs mangas de burel, braços constellados de

in-signias officiaes, velhas mãos enrugadas

grossos dedos que abençoam, dedos aduncos, finas pattas de aranha, mãos seccas de hypo-crita que distillam o veneno da calumnia.

Tentáculos immundos, votados pelo instin-cto do mal ao serviço da Fatalidade,

agitan-do-se, desdobrando-se e arrastando-se em

torno d'ella. como as serpentes das Fúrias. Emquanto a sua formosa cabeça de expressão mystica, de olhar velado pelas palpebras ori-entaes, de sorriso enigmático, projecta na alto do céo, para lá do frontão do templo, as tres coroas da tiara sagrada.

Gboiiges de Peyuebkune.

SECCÃÜ ALEGRE

Uma mulher de gênio endiabrado, tem uma desordem com o ma rido e bela parle de uma garrafa de tinta para se suicidar.

O criado vem dizel-o ao marido. — Vá á botica, diz-lhe o amo, sere-namente, e peca em meu nome meia dúzia de pílulas de papel mala-borrão.

Um livre pensador quiz á hora da morte reconciliar-se com Deus e man-dou chamar um virtuoso padre, que morava na visinhanca.

Meu irmão, exhortao sacerdote, é agora lempo de pedir a Deus que lhe perdoe todas as desfeitas de que elle tem a queixar-se de si.

O moribundo com voz débil: Tudo, menos isso, meu padre. A desfeita que elle me faz agora vale be n iodas as desfeitas que lhe fiz !

N'um jantar dé annos:

Um convidado, aue se encarregou de partir o peru vê-se muito alrapa-Ihado.

—Talvez a faca não esteja aliada, diz solicito a dona da casa.

—jNada ! a faca está excellenle ; o que precisava de ser afiado era o peru.

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A FAMÍLIA

NOYMAÜES

O Quinze de Novembro

Muitas das pessoas que assignam A Familia e outras ás quaes ella é apresentada, impugnam a sua aceci-tação, confundindo-a com esse perio-dico, que foi O sexo feminino e hoje tem o titulo supra.

E' preciso ficar estabelecido que nada ha de commum entre uma e outra cousa.

A Familia publica-se regularmente uma vez por semana, com muitos sa-crificios, é certo, mas sempre com a possivel pontualidade. Nada tem com a vida des oulros periódicos.

Faço esta declaração por me terem sido devolvidos alguns números á'A Familia, como se fosse O Quinze de Novembro.

Nada de confusões.

Diário de Campinas

Esle importante orgam, que já hoje conla a florida idade tie uma donzella, 15 primaveras, o qu e no jornalismo ó já um marco mliliario considerável, este importante orgam, dizemos, ves-tiu-se de ponto em branco, com o seu n. 4254, tirado em nova machina Ma-rinoni, o mais primoroso eafamado invenlor de machiuas para jornaes.

Eslá hoje o Diário tle Campinas aplo a compelir com as melhores typogra-phias, podendo dar a maior e melhor tiragem de um jornal moderno.

Parabéns no illustre coilega.

Correio da Limeira

0 n. 29 deste bem redigido jornal, consagra a mais enlhusiastica

home-"agem á Redempçâo da Limeira, em arligos bem lançados, relembrando ao mesmo tempo o apparecimento do 1°. numero do referido jornal.

Muitas felicitações ao coilega.

Collegio Paulista

Becebemos o Prospecto deste impor-tan te estabelecimento de educação, que se vae inaugurar em S. Paulo sob a provecla direcção do Revmo. Padre Hypolito Braga.

Como se vô do mesmo Prospecto, são as melhores as vantagens que o estabelecimento oITeroce aos pães do familia.

0 nome prestigioso do seu director é segura garantia da superioridade do ensino que ali sc destribuirá.

0 Operário

Surgiu á luz da publicidade este importante orgam da classe operaria, tendo distribuído um n. Prospecto gra-tuitamente.

WOOperrrio são representantes os Srs. João P. F. Dias, Augusto dos Santos, G. Lacerda e Augusto César. 0 Prospecto Iraz excellentes artigos. Desejamos-llie prosperidades.

RECEITAS DOMESTICAS

Depois de permanecer em um aposento em que haja muita gente reunida o onde o ar sc renove com difficuldade, convém lavar o rosto com água em que se tiver deitado algumas gottas de ammoniaco.

* * *

As nodoas recentes de ácidos mineraes po-dem ser neutralisadas pela ammonio liquida, ou mesmo só com o seu vapor.

Para se proteger o rosto e as mãos das pica-das de mosquitos basta passar ligeiramente pela pelle um pouco de óleo de amêndoas do. ces aromatisado com essência de hortelã-pi-monta.

Este remédio é muito applicado nos Estados Unidos e uma folha de lá afllima quo com muito bom resultado.

*

Uma parte de sebo, uma de gomma e outra, de gripliile pulveiisado, preparado c quente formam uma boa massa para tapar o vasilha, me que vasa ou as torneiras que. deixam pas-saro liquido.

Um sábio acaba de descobrir que o meio do viver-se cem annos é tomar todos os dias 30 grammas dc sal commum.

COMO NOS TRATAM

RETALHOS

Recebemos um folheto com o titulo supra, escripto pela exma. sra. d. Josephina Alvares de Azevedo, illustrada redactora d' « A. Fa-milia».

E' uma collecção dos bellos artigos da auto-ra, publicados em seu importante jornal de propaganda da emancijJaçSo da mulher bra-zileira.

A operosa escriptora mostra que o seu espi-rito c laborioso c tenaz na sustentação da idea pela qual se dedica, convencidamente, na im-prensa.

Saudando respeitosamente á illustre senho-ra, confessamos-lhe a nossa gratidão pela mimosa jóia litteraria com qne nos brindou.

da Verdade

BETALH0S

Esse nome tomou a collecção dos ar-ligos, que a Exma. Sra. D. Josephina Alvares de Azevedo publicou nM Fa-milia, de que é redactora.

A mulher moderna é a epigraphe de uma serie de artigos, em que a distineta jornalista bate-se valentemente em prol

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8 A FAMÍLIA

do seu sexo, quo ella procura fazer empenhar-se na conquista dos seus direitos.

O direilo de voto é uma questão, que a illustre redactora A'A Familia-ventila com alguma vantagem, si bem que nem sempre apresente fortes ar-gumentos.

Contem ainda o livro da Exma. Sra. D. Josephiua uma versalhada da mes-ma litterata, um lance de vistas dolo-roso sobre a situação de algumas ei-dades de S. Paulo, uma critica á co-media 'A doutora, do Dr. Silva Nunes, e por íi n uma sua versão do hespa-nhol.

D. Josephina de Azevedo é iiinega-velmente uma esforçada e intemerala deffensora dos direitos de seu sexo.

Nós, apezar de vestirmos calças es-tamos promptos á alistar-nos na sua grandiosa cruzada, oflerecendo á causa das mulheres nossas poucas energias e nossa muita dedicação.

Da Gazeta da Tarde, Recife.

RETALHOS

A elegante escriplora D. Josephina Alvares de Azevedo eufeixou num fo-lheto sob o titulo acima, vários artigos e alguns versos, publicados iiVJ Fami-lia, folha que magistralmente redige, em deffeza dos direitos da mulher. -1-—Nós

já eonheciamosasproducçõesda illustre escriplora pela leitura cons-tante do seu excellente jornal, comludo deleilamo-nos novamente em percorrer aquellas paginas palpitantes de vida, de-enlhusiasmo em prol do seu sexo. Quanto aos versos a autora dos Reta-lhos ha de nos permittir uma obser-vação. Tendo, como tem, sonetos ma-gistraes publicados \\'A Familia e di-versas poesias de um lyrismo encan-tador, de uma correcção adorável,

achamos que foi uma injustiça clamo-rosa supprimir taes producçôes do seu folheto e dar, no entanto, inserção a umas quadrinhas humorísticas, que, comquaiito tenham espirito a valer não pedem ser comparadas com as suas esplendidas poesias lyricas.

Não acha a illustre escriplora que foi injusta comsigo mesmo e com aquel-Ias flores cheias de perfume suavis-simo da alma feminina, que vimos es-palhadas pelas columnas do seu ma-gniíieo jornal ?

Isto é apenas uma ligeira observação de alguém que lê e que admira tudo o que sahe da penna scinlillante da illus-tre escriplora.

Do Diário de Campinas.

INDICADOR

Médicos

Db. Acacio de Araújo. — Medico homoeopatha. — Especialista das mo-lestias de senhoras e crianças, cônsul-torio, rua da Quitanda u. 59, das 10 ás 12 horas da manhã.

Dr. Secundino. — Operador e par-los; residência, Senador Euzebio 118; consultório, rua do Barão de Capa-nema n. 40 I, das 10 ás 11.

Dr. Souza Dus — Medico e opera-dor —Cons. das 12 ás 2, rua da Quitanda n. 41. Residência, Campo deS. Chi isto vão n. 1.

Dr. Alberto Goulart. — Medico e operador. Residência, Ladeira da Gloria, 8 ; consultório, Largo do Vai-detaro, 108, fpharmaciaj, das 12 ás 2 horas. Chamados a qualquer hora. Dr. Moreira Guimarães—Medico e ooulista; consultas, rua do Ouvidor n. 145, das 9 ás 10 da manhã e 1 ás 4 da tarde, residência, rua Conselheiro Pereira da Silva n. 3.

Dr. Bulhões Marcial — Resid. S. Januário n. 25 D. Consult. S. Pe-dro n. 53, das 2 ás 4.

Dn. Daniel db Almeida, parteiro— Consultório, rua do Ouvidor n. 44, das 3 ás 5 horas da tarde; residência, Villa Izabel — Asylo dos meninos des-validos.—Chamados a qualquer hora.

Un. Albbbto de Sequeiiu — Medico e ope-rador. Especialidade: febres, sypliilis, affec-ções cardíacas e pulmonares. Resid. e consult-Rua do General Câmara n. 74, das 12 ás 3.

Dr. Mendonça — Medico e opera-dor. Cirurgia geral, moléstias dos ossos e vias ourinarias. Cons. Rua da Al-fandega n. 65. Res. rua Souza Franco n. 28 lt. (Villa Izabel)

Advogados

Dr. Pedro Soares — Escriptorio rua de S. Pedro 23, das 11 horas ás 3 da tarde, residen-cia, Olinda 24.

Dentistas

Dr. A. F. de Sa' Rego, cirurgião dentista Dentaduras e obluraçoes per-feitas. Todas as operações sem a mi-nima dôr. Rua de Gonçalves Dias n. 1. Du. Nogueira da Gama —rua de Gonçalves Dias n. 71, das 10 ás 3-horas da tarde.

A CARDIGIA é o primeiro remédio para combater ns moléstias nervosas; encontra-se unicamente na Capital Fe-dera!, á rua da Quitanda em frente ao-becco do Carmo, pharmacia homoeopa-Ihica de Adolpho de Vaseoneellos.

DROGAS— A preços lixos com grande reducção, garuntindo-se sua legitimidade. Rua Primeiro de Março, n. 12, —Granado & G,

Modistas

Mme. ERNESTINA Arnaud, com officinas de costuras á rua dos Arcos n. 12 A, aprompla enxovaes para ca-samenlos e lutos com brevidade, pe-ricia, e por módicos preços.

Cartomantes

Mery, perita nesta arte ; consulta, preço baralissiino ; na rua Sele de Se-tembro n. 20, Io andar.

Typographia d' A Familia

Referências

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