Requerimento nº 025/2018 – AJCR/SGJ GAB/PGR
Sistema Único n.º PGR-00701378/2018
Petição sem autos
Distribuição por dependência à RCL 29066/DF
A P
ROCURADORA-G
ERAL DAR
EPÚBLICA, no exercício de suas atribuições
constitucionais e legais, requer a decretação de
prisão preventiva para a extradição
de C
ESAREB
ATTISTI, italiano, casado, filho de Charlene Battisti e de Valentina Battisti,
Registro Nacional de Estrangeiro xxxxx, inscrito no CPF/MF sob o xxxx, residente e
domiciliado xxxxx, pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos.
I
O requerido teve sua prisão decretada para fins de extradição em 1º.03.2007
pelo Ministro Celso de Mello, então relator da PPE 851, já arquivada.
Com a prisão do requerido em 18.03.2007, o Governo da Itália apresentou,
tempestivamente, o pedido de extradição, julgado procedente pela Supremo Tribunal
Fede-ral, nos seguintes termos:
1. EXTRADIÇÃO. Passiva. Refúgio ao extraditando. Fato excludente do pedido. Con-cessão no curso do processo, pelo Ministro da Justiça, em recurso administrativo. Ato administrativo vinculado. Questão sobre sua existência jurídica, validade e eficácia. Cognição oficial ou provocada, no julgamento da causa, a título de preliminar de méri-to. Admissibilidade. Desnecessidade de ajuizamento de mandado de segurança ou ou-tro remédio jurídico, para esse fim, Questão conhecida. Votos vencidos. Alcance do art. 102, inc. I, alínea "g", da CF. Aplicação do art. 3º do CPC. Questão sobre existên-cia jurídica, validez e eficáexistên-cia de ato administrativo que conceda refúgio ao extraditan-do é matéria preliminar inerente à cognição extraditan-do mérito extraditan-do processo de extradição e, como tal, deve ser conhecida de ofício ou mediante provocação de interessado jurídico na causa.
2. EXTRADIÇÃO. Passiva. Refúgio ao extraditando. Concessão no curso do proces-so, pelo Ministro da Justiça. Ato administrativo vinculado. Não correspondência entre os motivos declarados e o suporte fático da hipótese legal invocada como causa autori-zadora da concessão de refúgio. Contraste, ademais, com norma legal proibitiva do re-conhecimento dessa condição. Nulidade absoluta pronunciada. Ineficácia jurídica con-seqüente. Preliminar acolhida. Votos vencidos. Inteligência dos arts. 1º, inc. I, e 3º, inc. III, da Lei nº 9.474/97, art. 1-F do Decreto nº 50.215/61 (Estatuto dos Refugiados), art. 1º, inc. I, da Lei nº 8.072/90, art. 168, § único, do CC, e art. 5º, inc. XL, da CF. Eventual nulidade absoluta do ato administrativo que concede refúgio ao extraditando deve ser pronunciada, mediante provocação ou de ofício, no processo de extradição.
3. EXTRADIÇÃO. Passiva. Crime político. Não caracterização. Quatro homicídios qualificados, cometidos por membro de organização revolucionária clandestina. Práti-ca sob império e normalidade institucional de Estado Democrático de direito, sem co-notação de reação legítima contra atos arbitrários ou tirânicos. Carência de motivação política. Crimes comuns configurados. Preliminar rejeitada. Voto vencido. Não confi-gura crime político, para fim de obstar a acolhimento de pedido de extradição, homicí-dio praticado por membro de organização revolucionária clandestina, em plena norma-lidade institucional de Estado Democrático de direito, sem nenhum propósito político imediato ou conotação de reação legítima a regime opressivo.
4. EXTRADIÇÃO. Passiva. Executória. Pedido fundado em sentenças definitivas con-denatórias por quatro homicídios. Crimes comuns. Refúgio concedido ao extraditando. Decisão administrativa baseada em motivação formal de justo receio de perseguição política. Inconsistência. Sentenças proferidas em processos que respeitaram todas as garantias constitucionais do réu. Ausência absoluta de prova de risco atual de
perse-guição. Mera resistência à necessidade de execução das penas. Preliminar repelida. Voto vencido. Interpretação do art. 1º, inc. I, da Lei nº 9.474/97. Aplicação do item 56 do Manual do Alto Comissariado das Nações Unidas - ACNUR. Não caracteriza a hi-pótese legal de concessão de refúgio, consistente em fundado receio de perseguição política, o pedido de extradição para regular execução de sentenças definitivas de con-denação por crimes comuns, proferidas com observância do devido processo legal, quando não há prova de nenhum fato capaz de justificar receio atual de desrespeito às garantias constitucionais do condenado.
5. EXTRADIÇÃO. Pedido. Instrução. Documentos vazados em língua estrangeira. Autenticidade não contestada. Tradução algo deficiente. Possibilidade, porém, de am-pla compreensão. Defesa exercida em plenitude. Defeito irrelevante. Nulidade inexis-tente. Preliminar repelida. Precedentes. Inteligência do art. 80, § 1º, da Lei nº 6.815/80. Eventual deficiência na tradução dos documentos que, vazados em língua estrangeira, instruem o pedido de extradição, não o torna inepto, se não compromete a plena compreensão dos textos e o exercício do direito de defesa.
6. EXTRADIÇÃO. Passiva. Executória. Extensão da cognição do Supremo Tribunal Federal. Princípio legal da chamada contenciosidade limitada. Amplitude das questões oponíveis pela defesa. Restrição às matérias de identidade da pessoa reclamada, defei-to formal da documentação apresentada e ilegalidade da extradição. Questões conexas sobre a natureza do delito, dupla tipicidade e duplo grau de punibilidade. Impossibili-dade consequente de apreciação do valor das provas e de rejulgamento da causa em que se deu a condenação. Interpretação dos arts. 77, 78 e 85, § 1º, da Lei nº 6.815/80. Não constitui objeto cognoscível de defesa, no processo de extradição passiva execu-tória, alegação de insuficiência das provas ou injustiça da sentença cuja condenação é o fundamento do pedido.
7. EXTRADIÇÃO. Julgamento. Votação. Causa que envolve questões constitucionais por natureza. Voto necessário do Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal. Preliminar rejeitada. Precedentes. O Ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal tem sempre voto no julgamento dos processos de extradição. 8. EXTRADIÇÃO. Pas-siva. Executória. Deferimento do pedido. Execução. Entrega do extraditando ao Esta-do requerente. Submissão absoluta ou discricionariedade Esta-do Presidente da República quanto à eficácia do acórdão do Supremo Tribunal Federal. Não reconhecimento. Obrigação apenas de agir nos termos do Tratado celebrado com o Estado requerente. Resultado proclamado à vista de quatro votos que declaravam obrigatória a entrega do extraditando e de um voto que se limitava a exigir observância do Tratado. Quatro vo-tos vencidos que davam pelo caráter discricionário do ato do Presidente da República. Decretada a extradição pelo Supremo Tribunal Federal, deve o Presidente da Repúbli-ca observar os termos do Tratado celebrado com o Estado requerente, quanto à entrega do extraditando1.
Posteriormente, o requerido pediu o relaxamento de sua prisão, dada a
negati-va, pelo então Presidente da República, de entrega do extraditando ao país requerente,
fun-dado em cláusula do Tratado Brasil-Itália que permite a recusa à extradição por crimes
po-líticos
2.
1 STF. Ext 1085, relator o Ministro Cezar Peluso, Tribunal Pleno, julgado em 16.12.2009, DJe-067 de
16.04.2010.
A despeito de o Supremo Tribunal Federal ter reconhecido, em 2009, a
nulida-de do ato nulida-de concessão nulida-de refúgio a C
ESAREB
ATTISTI, após afastar a natureza política dos
crimes praticados
3, esta Corte declarou que o ato de entrega do extraditando é ato de
sobe-rania, exclusivo e de competência indeclinável do Presidente da República, razão pela qual
inviável sua reforma pela referida Corte, ocasião em que se determinou a imediata
libera-ção do extraditando
4.
Em 27.09.2017, impetrou-se o HC 148408 MC/DF com o intuito de obstar
eventual extradição, deportação ou expulsão do requerido, ao argumento de subsistirem
concretas ameaças à sua liberdade, decorrentes de procedimento sigiloso para revisão de
extradição, negada em 2010; de ação civil pública em curso no juízo federal; e de eventual
ato de iniciativa própria do Presidente da República pela aplicação dos institutos da
depor-tação ou da expulsão.
Em 4.10.2017, B
ATTISTIfoi preso em flagrante pela Polícia Federal em
Corum-bá/MS, em razão de possível lavagem de capitais e evasão de divisas
5. A constrição –
opor-tunamente convertida em preventiva – foi substituída, posteriormente, por medidas
cautela-res diversas, por força de decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, a ensejar a
soltura do requerido em 6.10.2017.
O relator, ao apreciar o pedido, deferiu a medida cautelar "para,
preventiva-mente, obstar eventual extradição do paciente, até que esta Corte profira julgamento
defi-nitivo neste writ, em Sessão designada para o dia 24 de outubro de 2017"
6.
Após verificar-se a inadequação da via eleita e a pedido do autor, converteu-se
o writ na RCL 29066/DF.
3 "Preliminarmente, o Tribunal homologou o pedido de desistência do recurso de agravo regimental na Extradição nº 1.085 e indeferiu o pedido de sustentação oral em dobro, tendo em vista o julgamento conjunto. Votou o Presidente. Em seguida, o Tribunal rejeitou questão de ordem suscitada pela Senhora Ministra Cármen Lúcia no sentido de julgar o Mandado de Segurança nº 27.875 antes do pedido de extradição, vencidos a suscitante e os Senhores Ministros Eros Grau, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio. O Tribunal, por maioria, julgou prejudicado o pedido de mandado de segurança, por reconhecer nos autos da extradição a ilegalidade do ato de concessão de status de refugiado concedido pelo Ministro de Estado da Justiça ao extraditando, vencidos os Senhores Ministros Cármen Lúcia, Eros Grau, Joaquim Barbosa e Marco Aurélio [..]" [ênfase acrescida]. Trecho da decisão na EXT 1085.
4 STF. RCL 11243/República Italiana, relator para acórdão o Ministro Luiz Fux, Tribunal Pleno, julgado em 08.06.2011, DJe-191, de 05.10.2011.
5 Battisti foi preso ao tentar atravessar a fronteira do Brasil para a Bolívia, acompanhado de dois outros
homens, portando 6 mil dólares e 1,3 mil euros sem declarar ao fisco.
Certo é, todavia, que a Presidência da República já se manifestou em
informa-ções que "o Presidente da República entende assistir direito ao Governo brasileiro a
deci-são final relativa à permanência ou não de cidadão estrangeiro no território nacional" e
que "a permanência ou não de Cesare Battisti no Brasil é decisão soberana do Governo
brasileiro [...]"
7.
Neste exato sentido, a manifestação da CONJUR/MJ e da Advocacia-Geral da
União, respectivamente:
[...] é notória a possibilidade de revisão, eis que as circunstâncias justificadoras da não entrega do extraditando podem ser alteradas com o passar do tempo e, dessa for -ma, possibilitar uma nova avaliação do Estado requerido8.
[...] Ante o exposto, pode-se concluir, por conseguinte, que a revisão do ato do Presi-dente da República que nega a extradição de estrangeiro não está submetida a prazo prescricional ou decadencial, e que a competência para revisar o ato presidencial que indeferiu o pedido de extradição, e revogá-lo, segundo critérios políticos de conveni-ência e oportunidade, é único e exclusivo do próprio Presidente da República.9
Evidenciada, desta forma, a intenção de a Presidência da República rever o ato
que, em 2010, negou a entrega do extraditando à República Italiana.
Também é certo que o Estado Estrangeiro mantém indene seu interesse na
ex-tradição, evidenciado, inclusive, pela apresentação formal de pedido de reconsideração
da-quela decisão, assim como pelo requerimento de ingresso nos autos da RCL 29.066.
Além disso, há observar subsistir na espécie Difusão Vermelha registrada sob o
número A-167/4-1985 da Interpol, a fim de que se decrete a prisão preventiva do
estrangei-ro C
ESAREB
ATTISTI, para fins de extradição executória.
II
O pedido de prisão cautelar, para fins de extradição executória, encontra
ampa-ro no art. 84–§1º da Lei 13.445/2017 e no Tratado de Extradição entre Brasil e Itália, pampa-ro-
pro-mulgado pelo Decreto 863, de 09 de julho de 1993.
7 Nota SAJ nº 182/2017 da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Casa Civil. 8 Parecer nº 01632/2017/CONJUR-MJ/CGU/AGU.
Quanto aos requisitos legais para a prisão, há recordar que esta Corte já os
apreciou, tendo sido reconhecida a observância de todas as exigências legais ao
deferimen-to do pedido.
De notar, de todo modo, que o requerido foi condenado à pena de prisão
perpé-tua, subsistindo o dever de comutação da pena imposta ao limite máximo de cumprimento
de pena no Brasil de trinta anos. Não há, sequer, portanto, supor a ocorrência de prescrição
na espécie.
Ressalte-se, ainda, que esta Corte está na iminência de apreciar a possibilidade
de reapreciação, pelo Chefe de Estado, do ato discricionário de entrega do extraditando,
fato que reclama a adoção de providências no sentido de garantir a eventual executoriedade
da medida extradicional.
Quanto a este aspecto, já se manifestou a Procuradoria-Geral da República que
[...] A redação do acórdão é suficientemente clara: a decisão do Presidente da República que nega a entrega de estrangeiro para fins de extradição é insindicável
pelo Poder Judiciário. Daí, contudo, não há inferir a impossibilidade de revisão pelo Chefe de Estado da decisão de entrega do estrangeiro.
A Suprema Corte já reconheceu que, uma vez autorizada judicialmente a extradição, a decisão de entrega de estrangeiro é decisão política, afeta à soberania da República Federativa do Brasil, cuja autoridade competente para a decisão é, exclusivamente, o Presidente da República.
De todo modo – e ao reverso do quanto alegado pelo reclamante –, o pedido de revisão não busca a anulação do ato, mas sua revogação, uma vez que a decisão que negou a entrega do reclamante a estado estrangeiro reveste-se de natureza discricionária.
Assim, inclusive, manifestou-se expressamente a Suprema Corte:
21. O juízo referente ao pedido extradicional é conferido ao “Presidente da República, com apoio em juízo discricionário, de caráter eminentemente político, fundado em razões de oportunidade, de conveniência e/ou de utilidade (...) na condição de Chefe de Estado” (Extradição nº 855, Ministro Relator Celso de Mello, DJ de 1º.7.2006). Não há falar, portanto, em ofensa à Lei 9784/99, uma vez que a limitação temporal prevista no artigo 54 desta Lei cinge-se à anulação de atos de que decorram efeitos favoráveis aos interessados10.
Neste cenário, também não se observa ofensa aos princípios da boa-fé, segurança jurídica e confiança: não há falar, na espécie, em direito adquirido, sendo a decisão passível de revisão a qualquer tempo, pois decorre do exercício da soberania pátria. Tampouco do possível ato reponta ofensa a requisitos da própria extradição – suposta prescrição executória da pena –, uma vez que os requisitos ali exigidos são analisados 10 “Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé” [ênfase acrescida].
por ocasião do controle jurisdicional, já ultimado por esta Corte ao apreciar o pedido de Extradição (Ext 1085/ República Italiana).
Há notar que o óbice concernente à prescrição deve ser observado à luz do Tratado Bilateral Brasil e Itália de Extradição, promulgado pelo Decreto 863/93. É dizer: a extradição não será concedida apenas se à época do recebimento do pedido houver ocorrido a prescrição do crime ou da pena (art. 3.º–1–b)11, fato inocorrente na espécie. Em todo caso, tal argumento sequer merece análise, pois, além de não comprovado cabalmente, não guarda relação com o que decidiu a Suprema Corte ao julgar a RCL 11243.
Quanto ao fato de ter filho, recorde-se. Há recordar que a redação do verbete 1 da Súmula deste Supremo Tribunal Federal veda apenas a expulsão de estrangeiro, não se aplicando este enunciado às hipóteses de deportação ou extradição. Nesse mesmo rumo, a Lei de Migração reproduz este óbice unicamente quanto à expulsão (art. 55– II–a da Lei 13445/201712).
Inaplicável, portanto, tal limitação às demais medidas de retirada compulsória do estrangeiro do país. O enunciado 421 da Súmula desta Corte, aliás, confirma isso, ao estabelecer que “não impede a extradição a circunstância de ser o extraditando casado com brasileira ou ter filho brasileiro”.
Por outro lado, ainda que se considere apenas o segundo fato arrolado pelo reclamante – decisão judicial proferida em ação civil pública que declarou a nulidade do ato de concessão de permanência de Cesare Battisti no Brasil e determinou à União a implementação do procedimento de deportação –, o pedido não merece prosperar. O pedido carece da necessária aderência: a Suprema Corte declarou a insindicabilidade, pelo Poder Judiciário, da decisão do Presidente da República que
negou a entrega do reclamante para fins de extradição.
É dizer, apenas esta decisão não pode ser reapreciada pelo Poder Judiciário.
Os institutos da deportação, expulsão e extradição ostentam contornos manifestamente distintos. Aplicam-se às estritas hipóteses previstas em lei, não cabendo, aqui, falar em utilização transversa do instituto para fins de extradição.
A sentença analisou os requisitos concernentes à regularidade da concessão de visto e de permanência no país e seus reflexos à luz do instituto da deportação, não tendo feito em qualquer momento julgamento sobre a decisão do Presidente da República. Vê-se, portanto, não existir na espécie a alegada ofensa à autoridade do quanto decidiu este Supremo Tribunal, devendo o feito submeter-se ao rito e aos recursos legalmente estabelecidos.
Nesse contexto, revela-se não apenas necessário, mas premente e indispensável
a custódia cautelar, seja para evitar o risco de fuga, seja para assegurar eventual e futura
entrega do extraditando à Itália, adimplindo, desse modo, com os compromissos de
coope-11 “Artigo 3, item 1. A extradição não será concedida: Omissis.
b) se, na ocasião do recebimento do pedido, segundo a lei de uma das Partes, houver ocorrido a prescrição do crime ou da pena [...]”.
12 “Art. 55. Não se procederá à expulsão quando:
Omissis.
II – o expulsando:
a) tiver filho brasileiro que esteja sob sua guarda ou dependência econômica ou socioafetiva ou tiver pessoa brasileira sob sua tutela [...]”.