Outubro, 2018
PLANO
LOCAL DE
SAÚDE
2018-2020
2
Ficha Técnica
Título
Plano Local de Saúde do ACeS Dão Lafões 2018-2020
Edição
Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões
António Cabrita Grade, Diretor Executivo Lino Ministro Esteves, Presidente do Conselho Clínico e de Saúde
Autores
Unidade de Saúde Pública
José Manuel Mota Faria, Coordenador Observatório Local de Saúde:
Alice Sousa Alice Venâncio
Conceição Casimiro Rui Dionísio Sandra Oliveira Contributos
Profissionais do ACeS Dão Lafões e parceiros da comunidade que colaboraram no processo de priorização dos problemas de saúde e elaboração de estratégias.
Morada
ACeS Dão Lafões
Av. Dr. António José de Almeida Edifício da Segurança Social 3514-511 Viseu
3
ÍNDICE
1. ENQUADRAMENTO ... 5
2. METODOLOGIA ... 6
3. DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO
DE SAÚDE - SÍNTESE ... 7
3.1. Quem somos? ... 7
3.2. Como vivemos? ... 9
3.3. Que escolhas fazemos? ... 10
3.4. Que saúde temos? ... 11
3.5. De que morremos? ... 13
4. PRINCIPAIS PROBLEMAS DE
SAÚDE IDENTIFICADOS ... 15
5. PRIORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS
DE SAÚDE ... 15
6. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS ... 15
7. PLANO DE MONITORIZAÇÃO ... 20
8. PLANO DE COMUNICAÇÃO ... 20
9. PLANO DE AVALIAÇÃO ... 21
10. RECOMENDAÇÕES ... 22
BIBLIOGRAFIA ... 23
ANEXOS ... 24
Anexo 1 - Critérios de Priorização.... 25
Anexo 2 – Estratégias (Programas,
Projetos e Serviços) para os
problemas de Saúde ... 26
Anexo 3 – Estratégias para os 5
problemas identificados para
intervenção ... 27
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1– Valoração dos critérios de priorização dos problemas de saúde ... 7Figura 2- Área geográfica do ACeS DL ... 7
Figura 3– População residente nos concelhos do ACeS – Censos 2001-2011 .. 8
Figura 4 – Pirâmide etária da população residente no ACeS DL, em 1991 e estimada 2016 ... 8
Figura 5 – Taxa bruta de natalidade ... 8
Figura 6 – Índices de dependência e de envelhecimento em 2016 ... 9
Figura 7. Índice de longevidade por concelho do ACeS DL, no ano 2016 ... 9
Figura 8- % da população ativa por setor de atividade em 2011 ... 9
Figura 9 - Beneficiários de subsídios de desemprego por mil hab. da população ativa (+15 anos) ... 9
Figura 10- Poder de compra per capita por localização ... 10
Figura 11 - Evolução da prevalência de excesso de peso nos inscritos, 2011 – 2017 ... 10
Figura 12 - Proporção de nascimentos pré-termo, 2006-2016 ... 11
Figura 13 - Evolução da % de NV com peso < 2500 g no Continente, RC e ACeS DL (2006-2016 ... 11
Figura 14. Morbilidades identificadas nos inscritos no ACeS DL, 2017 ... 11
Figura 15 - Taxa de variação (%) dos tumores malignos 2016/2017 ... 12
Figura 16 - Evolução da taxa de novos casos de infeção VIH (/100 mil hab.), ACeS DL, ARSC e Continente, 2000-2016 ... 12
Figura 17 - Evolução da taxa de novos casos de SIDA (/100 mil hab), Continente, ARSC e ACeS DL, 2000-2016 ... 12
4
Figura 18 - Evolução da taxa de notificação (/100 mil hab.) de tuberculose (2005-2016) ... 12 Figura 19 - Evolução da taxa de incidência (/100 mil hab.) de tuberculose, 2005-2016 ... 12 Figura 20 - Infeções sexualmente
transmissíveis notificadas em 2017 ... 13 Figura 21. Taxa de mortalidade infantil (/1000 nados vivos), 1996-2016 (média por triénios) ... 13 Figura 22 - Taxa de mortalidade
proporcional por grandes grupos de causas de morte, no triénio 2012-2014, para todas as idades ... 14 Figura 23 - % de óbitos por doenças do aparelho circulatório – 2016 ... 16
ABREVIATURAS, ACRÓNIMOS E SIGLAS
ACeS – Agrupamento de Centros de Saúde ARS – Administração Regional de Saúde ARSC – Administração Regional de Saúde do Centro
CIM – Comunidade Intermunicipal
CRI – Centro de Respostas Integradas para os comportamentos aditivos e dependências DL – Dão Lafões
DM – Diabetes Mellitus
DNO – Doença de Notificação Obrigatória GNR – Guarda Nacional Republicana Hab. – Habitantes
INE- Instituto Nacional de Estatística IPSS-Instituição Particular de Solidariedade Social
IST – Infeção Sexualmente Transmissível NV- Nados Vivos
OLS- Observatório Local de Saúde OMS – Organização Mundial de Saúde PLS- Plano Local de Saúde
PN – Plano Nacional
PNS- Plano Nacional de Saúde PSP – Polícia de Segurança Pública PS – Perfil de Saúde
RC- Região Centro
SIDA- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida
SNS – Serviço Nacional de Saúde TM – Tumor Maligno
TMP – Taxa de Mortalidade Padronizada UA – Unidade de Alcoologia
UCF – Unidade Coordenadora Funcional USP – Unidade de Saúde Pública
5
1. ENQUADRAMENTO
Os Planos Locais de Saúde (PLS) devem estar alinhados com as estratégias nacional e regional, mas também orientados para intervenções específicas e individualizadas a nível local.
O PLS é uma forma de planeamento de base populacional que articula com os processos de planeamento de base institucional, não sendo um plano de atividades, de desempenho ou um relatório de atividades.
O PLS do Agrupamento de Centros de Saúde (ACeS) Dão Lafões (DL) tem por base o Plano Nacional de Saúde (PNS) - revisão e extensão a 2020, contemplando os seus quatro eixos estratégicos: cidadania, acesso, qualidade e políticas saudáveis, em alinhamento com as estratégias nacional, da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC), do ACeS DL e das instituições da comunidade local.
Fonte: Manual Orientador dos Planos Locais de Saúde, DGS
Visa a melhoria do estado de saúde da comunidade abrangida pelo ACeS DL, tendo em consideração as metas preconizadas pelo PNS 2020:
- Reduzir a mortalidade prematura (≤70 anos);
- Aumentar a esperança de vida saudável aos 65 anos de idade;
- Reduzir a prevalência do consumo de tabaco na população com ≥ 15 anos e eliminar a exposição ao fumo ambiental;
- Controlar a incidência e a prevalência de excesso de peso e obesidade na população infantil e escolar.
O PLS pretende ser um instrumento de governação em saúde. Não é só um documento exclusivo dos serviços de saúde, deve resultar de um processo coparticipativo e coprodutivo, de compromisso entre todos os parceiros da comunidade.
Tem como grande desafio para a saúde a mudança, através do estabelecimento de pontes entre a saúde e o poder local, tornando-se fundamental o desenvolvimento do trabalho em parceria e de articulação aos vários níveis.
Só com o contributo de cada parceiro da comunidade é possível encontrar as soluções mais adequadas para os problemas identificados.
Visão
Numa ótica de saúde em todas as políticas pretende-se a maximização dos ganhos em saúde através de: Alinhamento de objetivos comuns; Integração de esforços de todos os setores
da sociedade;
Utilização de estratégias assentes na cidadania, equidade e acesso, qualidade e políticas saudáveis;
Abordagens society e Whole-of-government.
6
Missão
O PLS tem como missão:
- Identificar os problemas e necessidades de saúde da população;
- Ser referência para políticas de saúde da comunidade, definindo estratégias para as necessidades prioritárias;
- Propor metas a alcançar;
- Ser instrumento de governança (auxilia a gestão e a tomada de decisões dos responsáveis de saúde locais);
- Promover a colaboração das diversas entidades locais;
- Integrar e articular intersetorialmente os esforços dos parceiros em todas as políticas em torno de objetivos comuns;
- Comunicar o estado de saúde da população
interna (saúde) e externamente
(comunidade);
- Um compromisso social, incentivando os cidadãos à coprodução de politicas de saúde; - Operacionalizar as estratégias nacionais de saúde;
- Permitir a monitorização, avaliação de desempenho e desenvolvimento do sistema de saúde.
2. METODOLOGIA
A elaboração do PLS é da responsabilidade da Unidade de Saúde Pública (USP), bem como a supervisão da sua implementação e monitorização.
A elaboração do Diagnóstico de Situação de Saúde constituiu a primeira etapa do processo de construção do PLS, ao traçar o Perfil de Saúde da população.
O Perfil de Saúde faz a caracterização
geodemográfica e socioeconómica da
população do ACeS DL, identifica e prioriza os problemas de saúde através da utilização de indicadores de morbimortalidade, identifica os determinantes de saúde que a afetam mais significativamente, bem como a utilização dos serviços de saúde.
Identifica, ainda, as necessidades de saúde, nomeadamente as passiveis de intervenção, capazes de obter os melhores ganhos em saúde, com os recursos disponíveis, clarifica as prioridades de intervenção e identifica os recursos da comunidade disponíveis (serviços de saúde e demais setores públicos e sociedade civil) que possam dar o seu contributo.
Utilizando como critério a evolução negativa no último ano/anos dos indicadores em avaliação, bem como o posicionamento desfavorável do ACeS DL comparativamente à ARSC, foi efetuada uma pré-seleção, que identificou 13 problemas de saúde (Anexo 1). De seguida procedeu-se à sua divulgação pelas unidades funcionais do ACeS e parceiros da comunidade, através do seu envio e em reuniões onde foi distribuído o anexo 1.
7
A consulta junto dos parceiros da comunidade foi realizada em dois momentos, através de reuniões, com discussão e seleção final de cinco problemas de saúde prioritários e identificação de estratégias de intervenção, tendo ainda sido efetuada uma reunião com a Comunidade Intermunicipal (CIM) DL.
3. DIAGNÓSTICO DE SITUAÇÃO DE
SAÚDE - Síntese
3.1. Quem somos?
O ACeS DL abrange 14 concelhos, com uma área total de 3.237,6 Km2 e uma densidade
populacional de 79,4 habitantes/Km2.
Fonte: Perfil de Saúde do ACeS DL
Figura 2- Área geográfica do ACeS DL
População
(estimada em 2016) 256.928 residentes(tem vindo a decrescer) 11,4% da população da Região Centro (RC);
52,9 % do sexo feminino
89,1 homens para cada 100 mulheres
12,4% com idade entre 0-14 anos
24,3% com idade ≥ 65 anos
(RC 23,6%)
A priorização dos problemas e das necessidades identificadas, foi efetuada através da consulta de todos os intervenientes internos e externos, tendo por base a técnica de matriz de priorização, utilizando a grelha de valoração de seguida apresentada.
Fonte: Manual orientados dos Planos Locais de Saúde, DGS, 2017
8
Fonte: Perfil de Saúde do ACeS DL (INE, censos 2001 e 2011)
Figura 3– População residente nos concelhos do ACeS – Censos 2001-2011
Região com baixa natalidade, população envelhecida e com patologia crónica múltipla, carecendo do incentivo da natalidade, do contributo para que os jovens se tornem adultos mais saudáveis e de respostas rápidas e eficazes às doenças de evolução prolongada, às doenças transmissíveis, ao trauma, e às emergências de saúde pública.
Fonte: Observatórios Regionais de Saúde (dados: INE, IP)
Figura 4 – Pirâmide etária da população residente no ACeS DL, em 1991 e estimada 2016
A esperança média de vida tem vindo a aumentar nos últimos anos, sendo de 81,6 anos no triénio 2014-2016.
A taxa bruta de natalidade apresenta valores inferiores à RC e Continente, contudo, em 2016, observou-se uma ligeira subida – 6,9/1000 habitantes.
Fonte: Perfil de Saúde do ACeS DL
Figura 5 – Taxa bruta de natalidade
78,6 anos
84,5 anos
0 2 4 6 8 10 12 14 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Continente Região Centro ACeS Dão Lafões6247 10411 16990 20990 14283 10584 9019 12473 19083 13144 31152 6141 93501 11916 5473 9835 15339 19880 14037 10261 7956 11597 16851 12444 28946 5176 99274 10564 0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 AB CS CD MNG Nelas OF PC SCD SPS Sátão TND VNP Viseu VZL
População residente nos concelhos do ACeS DL Censos 2001-2011
2011 2001
AB- Aguiar da Beira; CS- Carregal do Sal; CD- Castro Daire; MNG- Mangualde; OF- Oliveira de Frades; PC- Penalva do Castelo; SCD – Santa Comba Dão; SPS- São Pedro do Sul; TND- Tondela; VNP – Vila Nova de Paiva; VZL- Vouzela
9
O índice sintético de fecundidade (nº médio de crianças vivas nascidas por mulher em idade fértil) no ACES DL, no ano de 2016 é de 1,2.
O Índice de envelhecimento (196,2), de dependência de idosos (38,3) e de dependência total (57,8) é superior à Região Centro e Continente.
Fonte: Observatórios Regionais de Saúde (dados: INE, IP)
Figura 6 - Índices de dependência e de envelhecimento em 2016
O índice de longevidade no ano 2016, no ACeS DL apresenta um valor idêntico ao da Região Centro e superior ao do Continente. Penalva do Castelo e Vila Nova de Paiva apresentam o maior valor (56,8) e Viseu o menor (47,9).
Fonte: Perfil de Saúde do ACeS DL (INE, março, 2018
Figura 7- Índice de longevidade por concelho do ACeS DL, no ano 2016
3.2. Como vivemos?
O setor económico com maior peso é o terciário económico (35,58), embora inferior à RC e país. Com menor peso é o setor primário (4,7%), mas superior ao nacional e ARSC.
Fonte: Perfil de Saúde do ACeS DL (INE, 2013)
Figura 8 - % da população ativa por setor de atividade em 2011
Os beneficiários de subsídios de desemprego
no ACeS DL em 2016, desceram
comparativamente ao ano anterior, mas com valor superior ao da RC.
Fonte: ORS ARS Centro, Perfil Local de Saúde, 2017
Figura 9 - Beneficiários de subsídios de desemprego por mil hab. da população ativa (+15 anos)
153,9 33,1 54,7 21,5 188,5 37 56,7 19,7 196,2 38,3 57,8 19,5 0 50 100 150 200 250 Índ. Envelhec. Índ. Depend.Idosos Índ. Depend. total Índ. Depend. Jovens
ACeS DL Região Centro Continente
2,92 26,87 28,42 41,79 3,72 30,08 29,02 37,17 4,71 28,89 30,82 35,58 0 10 20 30 40 50 Setor primário Setor secundário Setor terciário social Setor terciário económico
10
No ACeS DL, no ano de 2016 verificou-se: - Os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (26,1‰) subiram, sendo superiores à ARSC;
- A população com subsídio de desemprego tem vindo a diminuir (16,8‰), mas superior à ARSC.
O poder de compra tem vindo a aumentar (80,34), mas inferior à RC e Continente.
Fonte: Perfil de Saúde do ACeS DL (INE, Censos 2011)
Figura 10- Poder de compra per capita por localização geográfica, 2011 e 2015
De acordo com os censos 2011, constata-se no ACeS DL:
- A população com ensino superior completo (12,1%) é inferior à RC e Continente;
- A taxa de analfabetismo (7,1%) e sem qualquer nível de escolaridade completo (21,0%) é superior à RC e Continente;
- A taxa de abandono escolar (1,6%) é superior à ARSC.
3.3. Que escolhas fazemos?
Em 2016, no ACeS DL, observou-se:
- Os partos hospitalares (99,5%) subiram, com valores superiores aos da RC e do Continente;
- A idade média da mãe ao nascimento do primeiro filho é de 30,4 anos;
- Os Nados Vivos (NV) de mães com idade inferior a 20 anos de idade (2,0%) desceram, sendo inferior à RC e Continente;
- Os NV de mães com idade superior ou igual a 35 anos de idade (31,6%) subiram, mas com valor inferior à RC.
Em 2017, nos inscritos do ACeS:
Os determinantes de saúde mais prevalentes foram: alteração do metabolismo dos lípidos (27,4%), obesidade e tabagismo. - 7,7% são fumadores, sendo a incidência de 10,8 por mil inscritos;
- 1,7 % têm abuso crónico de álcool. O abuso de álcool e o tabagismo é superior no sexo masculino.
- 0,3% com consumo de outras drogas; - 6,1% têm excesso de peso e 8,1% têm obesidade.
Fonte:Perfil de Saúde do ACeS DL (SIARS, 2018)
Figura 11 - Evolução da prevalência de excesso de peso nos inscritos, 2011 – 2017
100,83 87,49 78,05 61,58 69,03 60,48 80,74 74,18 79,47 54,46 69,09 63,87 59,57 69,66 57,56 96,11 60,99 100,7 88,75 80,34 66,05 70,1 64,39 81,94 76,25 80,54 58,59 71,12 68,28 61,7 74,07 61,25 95,93 64,47 0 50 100 150 Continente Região Centro Viseu Dão Lafões Aguiar da Beira Carregal do Sal Castro Daire Mangualde Nelas Oliveira de Frades Penalva do Castelo Santa Comba Dão São Pedro do Sul Sátão Tondela Vila Nova de Paiva Viseu Vouzela
11
3.4. Que saúde temos?
Verificou-se um aumento de nascimentos pré-termo(7,4%, mas inferior à RC e Continente).
Tendência crescente dos nados vivos com baixo peso à nascença (7,0 %; mas inferior RC e Continente).
Em 2017, a alteração do metabolismo dos lípidos (27,4%) constitui a principal morbilidade nos inscritos no ACeS DL, estando as restantes identificadas, na figura seguinte.
Fonte: Perfil Local de Saúde (SIARS, 2018)
Figura 14 - Morbilidades identificadas nos inscritos no ACeS DL, 2017
Morbilidades que mais aumentaram,
em 2017:
1º Cancro do estômago; 2º TM laringe/traqueia/brônquios/pulmão 3º Excesso de peso. 27,4 22,2 11,9 8,4 8,1 7,7 7,7 7,5 6,2 6,1 4,5 4,2 4,2 3,6 3,3 3,2 2,4 2,3 1,7 1,5 1,3 1,1 0,8 0,6 0,3 0 10 20 30 Alteração do metabolismo… Hipertensão arterial Perturbações depressivas Diabetes mellitus Obesidade DM não insulinodependente Abuso de tabaco Distúrbios de ansiedade Osteoartrose do joelho Excesso de peso Sensação de ansiedade Hipertrofia benigna da… Doenças dos dentes e das… Rinite alérgica Osteoartrose da anca Osteoporose Doença do esófago Asma Abuso crónico do álcool Bronquite crónica DPOC Demência Doença cardíaca isquémica DM insulinodependente Abuso de drogas % 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Continente 7,9 9,1 9,0 8,8 7,8 7,5 7,8 7,9 7,8 8,0 7,9 Região Centro 9,0 10,6 9,8 8,7 8,1 7,8 7,9 7,9 7,8 7,8 8,2 ACeS Dão Lafões 7,3 10,0 8,6 7,6 6,7 6,6 6,1 7,1 6,9 6,0 7,40,0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0 12,0 20 06 20 07 20 08 20 09 20 10 20 11 20 12 20 13 20 14 20 15 20 16 Continente 7,6 7,9 7,7 8,2 8,4 8,4 8,5 8,7 8,8 8,9 8,6 Região Centro 7,2 7,5 7,5 8,0 8,3 8,2 8,3 8,5 8,7 8,5 8,5 ACeS Dão Lafões 6,2 7,0 6,5 6,9 6,1 6,4 6,7 7,7 6,8 5,9 7,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
Fonte: Ferramenta mort@lidades.infantil, ARSC, última atualização, setembro 2017
Figura 12 - Proporção de nascimentos pré-termo, 2006-2016
Fonte: Ferramenta mort@lidades.infantil, ARSC, última atualização, setembro 2017
Figura 13 - Evolução da % de NV com peso < 2500 g no Continente, RC e ACeS DL (2006-2016
12
Tumores malignos
(TM) commaior prevalência: mama feminina, próstata e cólon/reto, em 1º, 2º e 3º lugar.
TM com maior taxa de
crescimento
: estômago,laringe/traqueia/brônquios/pulmão e
cólon/reto.
Fonte: SIARS, fevereiro 2018
Figura 15 - Taxa de variação (%) dos tumores malignos 2016/2017
A taxa de novos casos de infeção VIH é de 7,0 por 100 mil hab. (aumentou em 2016, embora ligeiramente inferior à ARSC, mas contraria a tendência decrescente regional e nacional).
Fonte: Observatórios Regionais de Saúde, INSA IP
Figura 16 - Evolução da taxa de novos casos de infeção VIH (/100 mil hab.), ACeS DL, ARSC e Continente, 2000-2016
A taxa de novos casos de SIDA é de 1,9 por 100 mil (aumentou em 2016, e é ligeiramente superior à ARSC).
Fonte: Observatórios Regionais de Saúde, INSA IP
Figura 17 - Evolução da taxa de novos casos de SIDA (/100 mil hab), Continente, ARSC e ACeS DL, 2000-2016
Têm vindo a diminuir as taxas de notificação e de incidência de tuberculose, à semelhança da ARSC e Continente.
Fonte: Observatório Regionais de Saúde (dados: SVIG-TB, DGS)
Figura 18 - Evolução da taxa de notificação (/100 mil hab.) de tuberculose (2005-2016)
Fonte: Perfil Local de Saúde da ARS Centro, 2016
Figura 19 - Evolução da taxa de incidência (/100 mil hab.) de tuberculose, 2005-2016 17,16 14,92 9,45 8,19 5,31 1,09 22,3 14,3 13,6 14 15,5 8,9 9,0 10,9 14,1 16,1 10,4 8,5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016
Continente ARS Centro ACeS DL
20,8 12,8 12,5 13,7 10,7 8,9 8,6 10,6 13,7 15,3 9,6 8,1 0 5 10 15 20 25 30 35 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 Continente ARSC ACeS DL
13
Verifica-se uma tendência crescente de notificações no ACeS DL. Em 2017, a infeção VIH (29), a doença invasiva pneumocócica (17) e a tuberculose (14), foram as Doenças de Notificação Obrigatória mais notificadas, tendo sido notificadas um total de 67 infeções sexualmente transmissíveis (IST).
Fonte: Perfil Local de Saúde do ACeS DL, 2018
Figura 20 - Infeções sexualmente transmissíveis notificadas em 2017
3.5. De que morremos?
Taxa bruta de mortalidade de 13,0 ‰, em 2016 (superior à RC e Continente).
Taxa de mortalidade infantil de 2,5‰ no triénio 2014/2016 (ligeiramente superior à ARSC).
Fonte: Perfil Local de Saúde do ACeS DL (Observatórios Regionais de Saúde (dados: INE))
Figura 21. Taxa de mortalidade infantil (/1000 nados vivos), 1996-2016 (média por triénios)
Subiram as taxas de mortalidade neonatal (1,6‰), neonatal precoce (1,2‰) e perinatal (3,3 ‰), mas têm valores inferiores aos da ARSC e Continente.
Desceram as taxas de mortalidade fetal tardia (2,1‰; inferior à RC) e pós-neonatal (1,0‰, mas superior à ARSC).
14
Principal causa de morte
(triénio 2012-2014)
- Entre os 25-29 anos causas externas; - Entre os 60-64 anos TM;
- 75 e mais anos doenças do aparelho circulatório.
Mortalidade prematura (idade
inferior a 75 anos):
os TM são a 1ª
causa (38,2%; com valor ligeiramente
superior à ARSC), doenças dos aparelhos
circulatório (2ª) e digestivo (3ª).
Taxas de mortalidade
prematura padronizadas, em ambos os sexos, com valores superiores à ARSC, mas sem
significância estatística: TM do esófago, estômago, fígado e vias biliares intra-hepáticas; doenças do sistema nervoso e órgãos dos sentidos; doenças do aparelho circulatório; doenças cerebrovasculares e outras doenças cardíacas; doenças do aparelho digestivo; doenças crónicas do fígado (inclui cirrose) e doença do rim e ureter.
Taxas de mortalidade padronizada prematura no sexo masculino, com valores superiores à ARSC, mas sem significância estatística: TM do esófago, TM do pâncreas, TM da próstata e TM do tecido linfático e hematopoiético; doenças do
aparelho circulatório; doenças
cerebrovasculares e outras doenças
cardíacas; doenças do aparelho digestivo; doenças crónicas do fígado (inclui cirrose) e sintomas, sinais e achados não classificados.
Mortalidade proporcional para todas as idades: doenças do aparelho circulatório são a 1ª causa
(33%;), os TM são a 2ª causa (22,6%) e as doenças do aparelho respiratório a 3ª causa (13,6%).
3 0 ,2 2 4 ,4 11 ,9 8 ,2 4 ,3 4 ,0 3 ,3 2 ,7 2 ,3 2 ,2 0 ,4 0,4 0 ,1 2 9 ,6 2 2 ,7 1 3 ,6 9 ,1 4 ,6 4 ,4 3 ,1 3 ,0 2 ,0 1 ,8 0 ,5 0,4 0 ,1 3 3 ,0 2 2 ,6 1 3 ,6 7,8 4 ,8 3 ,8 3 ,1 2 ,3 2 ,2 1 ,3 0 ,4 0 ,2 0,1 0 5 10 15 20 25 30 35
Continente ARSC AceS DL
Fonte: Perfil Local de Saúde do ACeS DL (Observatórios Regionais de Saúde (dados: INE))
15
Taxas de mortalidade padronizada prematura no sexo feminino, com valores superiores à ARSC: TM em geral, TM do estomago, TM do fígado e vias biliares intra-hepáticas, TM da mama e TM da laringe/traqueia/brônquios/pulmão; doenças do sistema nervoso e órgãos dos sentidos; doenças do aparelho circulatório; doenças cerebrovasculares; doenças crónicas das vias aéreas inferiores; doenças do aparelho digestivo; doenças crónicas do fígado (inclui cirrose); doenças do aparelho geniturinário; doença do rim e ureter e lesões/causa desconhecida (todas sem significância estatística) e outras doenças cardíacas (única com significância estatística).
4. PRINCIPAIS PROBLEMAS DE
SAÚDE IDENTIFICADOS
Tendo por base a comparação com os indicadores da ARSC e a sua evolução temporal no ACeS DL, foram identificados os seguintes problemas de saúde, para priorização interna (saúde) e externa (parceiros da comunidade):
Alteração do metabolismo dos lípidos, excesso peso e/ou obesidade
Diabetes mellitus Distúrbios de ansiedade
Doenças do aparelho digestivo, incluindo doença crónica do fígado e cirrose Doenças do aparelho respiratório Doença do rim e ureter
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos (mulheres)
Doenças cerebrocardiovasculares, incluindo HTA Infeção VIH Osteoartrose do joelho Perturbações depressivas Tabagismo Tumores malignos
5. PRIORIZAÇÃO DOS PROBLEMAS DE
SAÚDE
Após aplicação dos critérios de priorização, selecionaram-se cinco problemas de saúde prioritários para intervenção:
Doenças cerebrocardiovasculares incluindo HTA
Diabetes mellitus Tumores malignos
Alteração do metabolismo dos
lípidos/excesso de peso/
/obesidade
Perturbações depressivas
6. OBJETIVOS E ESTRATÉGIAS
Os objetivos e as estratégias foram definidos para os cinco problemas de saúde considerados prioritários, estando alinhados com os quatro eixos estratégicos do PNS – cidadania, qualidade, políticas saudáveis, equidade e acesso.
Atendendo aos problemas de saúde priorizados foram delineados os objetivos e estratégias de saúde, tendo em conta os
16
últimos resultados disponíveis, assim como, os diversos níveis de intervenção.
Considera-se como estratégia transversal a promoção da literacia em saúde com vista à capacitação da pessoa/família/comunidade para a adoção de comportamentos saudáveis e autogestão da situação de saúde.
As estratégias de âmbito populacional, dirigidas ao longo do ciclo de vida, com a sensibilização permanente para a adoção de estilos de vida saudáveis,
demonstram ser as mais eficazes em termos de ganhos em saúde.
Neste sentido, foram
ainda consideradas
aquelas que potenciam o estabelecimento e reforço de parcerias na comunidade, atendendo à articulação entre os cuidados de saúde primários, hospitalares, cuidados continuados e a satisfação do cidadão.
No anexo 2 colocam-se os programas, projetos, serviços, equipas e outras atividades que são considerados estratégicos para a obtenção de ganhos em saúde.
Tendo em consideração os 5 problemas de saúde priorizados para intervenção, optou-se por apresentar para cada um deles uma breve
contextualização, assim como os principais objetivos, metas e estratégias a implementar.
Doenças
cerebrocardiovasculares
incluindo HTA
No ACeS DL, a primeira causa de morte, em todas as idades, entre 2012-2014, foi por doenças do aparelho circulatório (33,0%), com valor superior à ARSC e Continente, sendo a segunda causa de morte prematura (20,1%).
A percentagem de óbitos por doenças do aparelho circulatório tem vindo a diminuir, sendo, em 2016 (31,1%) ainda superior ao valor da RC e Continente, apresentando o concelho de Aguiar da Beira (43,3%) maior percentagem e Mangualde a menor (26,6%).
Fonte: Perfil Local de Saúde do ACeS DL; PORDATA, 2018 (última atualização, 16 de março de 2018)
Figura 23 - % de óbitos por doenças do aparelho circulatório – 2016 29,5 28,931,1 43,3 27,8 41,7 26,6 31,3 36,9 28,1 28,5 33,2 28,8 27,1 27,2 31,2 29,4 0,0 5,0 10,0 15,0 20,0 25,0 30,0 35,0 40,0 45,0 50,0
17
Estratégias
- Promoção de estilos de vida saudáveis:
alimentação saudável, diminuição do
consumo de álcool, atividade física regular, cessação tabágica;
- Controle da HTA;
-Incentivar a avaliação do risco cardiovascular aos utentes, especialmente entre os 40 e 65 anos.
Diabetes mellitus (DM)
A diabetes é alvo de intervenção de um programa nacional prioritário. É um importante fator de risco para as doenças
cardiovasculares, entre outras, e responsável por incapacidades, como a cegueira (por retinopatia diabética), amputação dos membros inferiores e insuficiência renal. No ACeS DL, em 2017, a diabetes foi a quarta morbilidade mais prevalente nos inscritos (8,4 %), sendo 7,7% por diabetes tipo 1 e 0,62% por diabetes tipo 2. A incidência foi de 6,7 por mil inscritos.
Objetivos Resultado 2017 Meta 2020
Reduzir a incidência da
diabetes 6,7/105 6,0/105
Aumentar a % de inscritos no ACeS com
DM com HgbA1c ≤8,0% 69,0% 71,0%
Estratégias
- Promoção de alimentação saudável e atividade física regular;
- Sensibilização da população para utilização do Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para avaliação de risco da Diabetes;
- Promoção da educação terapêutica e autogestão da doença;
- Sensibilização dos profissionais de saúde para a prescrição da atividade física;
- Avaliação nas consultas do risco de diabetes tipo 2;
- Divulgação da importância do rastreio da retinopatia diabética;
- Sensibilização para a importância do diagnóstico precoce;
- Garantia do encaminhamento dos diabéticos
com necessidades especificas para
Objetivos Resultado 2012-2014 Meta 2020 Reduzir a taxa de mortalidade padronizada prematura por doenças do aparelho circulatório
63,0/105 62,5/105
Reduzir a taxa de mortalidade
padronizada prematura por doenças isquémicas do coração 14,9/105 14,0/105 Reduzir a taxa de mortalidade padronizada prematura por doenças cerebrovasculares 24,0/105 23,0/105 Reduzir a taxa de mortalidade padronizada prematura por outras doenças cardíacas
12,7/105 12,0/105
Reduzir a taxa de mortalidade
padronizada prematura por outras doenças cardíacas , no sexo feminino
18
intervenções individualizadas, assegurando a articulação entre os diversos níveis de cuidados de saúde;
- Consolidação da consulta da pessoa com Pé Diabético;
- Fortalecimento de parcerias na comunidade através da realização de protocolos de articulação.
Tumores Malignos
A primeira causa de morte prematura no ACeS DL, no triénio 2012-2014, são os TM (38,2%) com uma taxa de mortalidade padronizada (TMP) prematura de 120,3 por 100 mil hab..
Esta TMP prematura entre os triénios 2011-2013 e 2012-2014, aumentou nos homens (159,8/100 mil hab.) tendo-se verificado um decréscimo nas mulheres (86,9/100 mil hab.), embora com valor superior aos da ARS. Os TM com maior prevalência no ACeS DL, em 2017 são da mama feminina, próstata e cólon/reto, em 1º, 2º e 3º lugar.
Os TM que mais aumentaram foram, no
mesmo ano, os do estômago,
laringe/traqueia/ /brônquios/ pulmão e do cólon/reto.
Em 2017 há 4,2% de inscritos com neoplasia maligna, com uma taxa de incidência de 6,30 por mil inscritos.
Objetivos 2012-2014 Resultado Meta 2020
Reduzir a TMP prematura por TM 120,3/105 119,8/105 Diminuir a TMP prematura dos TM da laringe/ traqueia/ brônquios/ pulmão 19,9/105 19,5/105 Reduzir a TMP prematura dos TM do estomago 11,3/10 5 11,0/105 Reduzir a TMP prematura por TM do colón 8,4/10 5 8,0/105 Reduzir a TMP prematura por TM da mama feminina 17,5/10 5 17,4/105 Reduzir a TMP prematura por TM da próstata 11,2/10 5 11,0/105
Estratégias
- Otimizar a articulação e referenciação entre os cuidados de saúde primários, hospitalares, cuidados continuados, paliativos e Centro de
Respostas Integradas para os
comportamentos aditivos e
dependências (CRI);
- Sensibilização para o cumprimento dos rastreios da população alvo;
-Promoção da vacinação anti Hepatite B e anti Papiloma Vírus Humano (HPV);
-Promoção da alimentação saudável e exercício físico;
- Investimento intersetorial na prevenção primária do uso de tabaco e consumo excessivo de álcool, através da dinamização de consultas de cessação tabágica, redução da exposição ao fumo e contaminantes ambientais, bem como sensibilização para tratamento do alcoolismo crónico em consultas (Centros de Saúde, CRI ou Unidade de Alcoologia do Centro).
19
Alteração do metabolismo dos
lípidos, excesso de peso e
obesidade
A alteração do metabolismo dos lípidos, o excesso de peso e a obesidade estão associados aos estilos de vida e constituem fatores de risco para o aparecimento de outras doenças como as cardiocerebrovasculares, diabetes e o cancro, entre outras.
A redução da sua prevalência constitui-se como fator protetor contribuindo para a redução de riscos evitáveis.
A obesidade foi designada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um dos maiores desafios de saúde pública do presente século.
Nos dez principais problemas de saúde identificados nos inscritos do ACeS DL, em 2017, encontra-se a alteração do metabolismo dos lípidos (1º lugar, com 27,4%), a obesidade (8,1%) e o excesso de peso (6,1%).
Nesse ano, a incidência nos inscritos de alteração do metabolismo dos lípidos foi de 17,35 por mil inscritos e da obesidade foi de 9,48 por mil.
Objetivos Resultado 2017 Meta 2020
Reduzir a incidência nos inscritos no ACeS DL com alteração do metabolismo dos lípidos 17,35/mil 17,00/ml Reduzir a incidência nos inscritos no ACeS DL com
obesidade 9,48/mil 9,00/mil
Estratégias
- Promoção de hábitos alimentares saudáveis, atividade física e combate ao sedentarismo, através do reforço da literacia para a saúde ao longo do ciclo vital;
- Desenvolvimento de parcerias com as estruturas da comunidade em programas de intervenção nas áreas da alimentação saudável e prática de exercício físico, através do estabelecimento de acordos e protocolos; - Investimento na formação/qualificação dos cidadãos e profissionais dos diversos setores da comunidade que possam influenciar conhecimentos e atitudes na área da alimentação e atividade física;
- Divulgação e implementação de boas práticas alimentares desde a aquisição, confeção e consumo de alimentos, através do desenvolvimento de projetos específicos de intervenção.
Perturbações depressivas
As perturbações depressivas e os problemas relacionados com a saúde mental constituem uma das principais causas de incapacidade e de morbilidade na sociedade atual.
No ACeS DL, em 2017, ocupam o terceiro lugar como a morbilidade mais prevalente nos inscritos (11,89%). No mesmo período, a incidência foi de 10,42 por mil nos inscritos.
Objetivos Resultado 2017 Meta 2020
Reduzir a incidência nos inscritos no ACeS DL com perturbações depressivas
20
Estratégias
- Promoção da literacia em saúde mental conducente à capacitação da população para a adoção de comportamentos saudáveis;
– Formação aos profissionais de saúde e de outros setores da comunidade sobre a deteção e gestão de fatores de risco e sinais de alarme da depressão;
- Articulação com os restantes setores e parceiros da comunidade com potencialidade de resposta;
- Sensibilização aos profissionais para a referenciação adequada e oportuna entre os vários níveis de cuidados de saúde;
- Acompanhamento de proximidade através de visitas domiciliárias regulares;
- Sensibilização dos utentes/familiares e comunidade para o cumprimento da prescrição;
- Promoção do trabalho multidisciplinar e intersectorial através da partilha de recursos da comunidade;
- Promoção de atividades coletivas para a prática de exercício físico coletivo (caminhadas, danças…) e possibilidade de convívio de modo a evitar a solidão;
- Sensibilização para a importância da prática de voluntariado;
- Promoção de atividades ocupacionais.
7. PLANO DE MONITORIZAÇÃO
A monitorização da evolução do estado de saúde da população será da responsabilidade
de uma Equipa de Acompanhamento e Monitorização do ACeS, com o apoio da USP, com os contributos de todos os parceiros. A execução das estratégias do PLS será alvo de monitorização pela USP e, em especial, pelo Observatório Local de Saúde do ACeS, com o apoio do Departamento de Saúde Pública da ARSC.
Será efetuada a
monitorização através da análise de:
- Valores dos indicadores dos problemas de saúde definidos como prioritários e a sua tendência evolutiva;
- Grau de cumprimento das metas fixadas; -Elaboração anual de relatórios, com recomendações que permitam a melhoria da implementação do PLS e revisão das estratégias adequadas à realidade local.
8. PLANO DE COMUNICAÇÃO
A importância da comunicação do PLS, foi assumida desde o início, com um esforço contínuo de envolvimento interno (unidades funcionais do ACeS, via Diretor Executivo e Presidente do Conselho Clínico e de Saúde) e externo (outras instituições de saúde e parceiros da comunidade).
Definiu-se como plano de comunicação, a divulgação em tempo útil para participação dos vários parceiros de:
• Mensagens-chave: importância do envolvimento de todos, trabalho em parceria multidisciplinar e intersetorial, através de pontes entre a saúde e outras instituições da sociedade;
21
• Conteúdos divulgados e a divulgar: diagnóstico da situação de saúde do ACeS, identificação de problemas de saúde prioritários e estratégias de intervenção capazes de permitir alcançar os melhores ganhos em saúde, com os recursos disponíveis.
• Ações desenvolvidas e a desenvolver: - Atualização do Perfil de Saúde (PS);
- Divulgação interna e externa do PS em reuniões, com apresentações em PowerPoint e seu envio para todos os parceiros presentes; - Comunicação desde a elaboração do PLS, na fase de identificação e priorização dos
problemas/necessidades de saúde,
monitorização e avaliação do PLS;
- Formulação de convites por ofício e e-mail para reuniões de apresentação, pedido de contributos a 14 parceiros da comunidade, desde a seleção de prioridades e estratégias a implementar.
• Público-alvo: Centro Hospitalar Tondela-Viseu, Segurança Social, GNR, PSP, Comissão de Proteção de Crianças e Jovens em Risco, Comunidade Intermunicipal (CIM), Proteção Civil, Instituto Politécnico de Viseu, Associação Comercial do Distrito de Viseu, Associação Empresarial da Região de Viseu, Secção Regional da União das Misericórdias Portuguesas, Representante das Associações Sindicais, Direção Geral dos Estabelecimentos Escolares da Região Centro e União Distrital das IPSS.
• Calendarização das atividades:
- Elaboração e atualização do Perfil Local de Saúde (anualmente);
- Reunião com os parceiros da comunidade em setembro de 2017, para apresentação do Perfil de Saúde, problemas de saúde identificados e pedido de contributos; - Em outubro de 2017, na sede da CIM, em reunião desta e a seu pedido, foi novamente efetuada a apresentação do Perfil de Saúde; - Reunião em outubro de 2018, com a presença dos parceiros da comunidade, foi apresentada a atualização do Perfil de Saúde, os problemas de saúde identificados, sua priorização e estratégias de intervenção, com discussão e pedido de novos contributos a todos (Anexo 1 e 3);
- Elaboração do
documento do PLS e sua divulgação, até final de outubro de 2018;
- Divulgação da monitorização do PLS (anualmente), em reunião com os parceiros envolvidos;
- Divulgação/discussão da avaliação final do PLS 2018-2020 com os parceiros, até final do
1º trimestre de 2021 e sua
redefinição/reformulação para o triénio seguinte.
9. PLANO DE AVALIAÇÃO
O Plano de Avaliação pretende verificar o grau de cumprimento das metas propostas no PLS, refletindo a eficácia e impacto das estratégias
22
adotadas neste, nos problemas prioritários identificados, isto é, os ganhos para a saúde. Serão elaborados relatórios com base nos indicadores formulados no PLS da:
. Avaliação intercalar/monitorização, no último trimestre de 2019 (meio do período de vigência do PLS) pela Equipa de Acompanhamento e Monitorização do ACeS; . Avaliação final, no 1º trimestre de 2021 (após o términus do período de vigência do PLS), pelo Departamento de Saúde Pública da ARSC e Direção Geral da Saúde.
10. RECOMENDAÇÕES
O PLS é um instrumento estratégico de base populacional, baseia-se nas prioridades identificadas a nível nacional pela DGS, nas orientações regionais e nos cinco problemas específicos identificados localmente no ACeS Lafões.
Para além da especificidade local destes cinco problemas locais selecionados, deverão ser tidos em conta, os problemas definidos como prioritários pela DGS e que são alvo de intervenção através de doze programas nacionais prioritários:
. Alimentação saudável . Atividade física
. Prevenção e controlo da infeção e resistência aos antimicrobianos . Controlo do tabagismo . Diabetes . Doenças cerebrocardiovasculares . Doenças oncológicas . Doenças respiratórias . Hepatites virais . Infeção VIH/SIDA . Tuberculose . Saúde mental
É recomendável que o planeamento das instituições de saúde (unidades funcionais do ACeS e CHTV) e dos outros setores da sociedade (parceiros da comunidade) reflitam este PLS nos respetivos planos de ação.
23
BIBLIOGRAFIA
Administração Regional de Saúde do Centro, IP, (2018) Plano Regional de Saúde do Centro 2018-2020. Coimbra 2018.
Direção Geral de Saúde (2017). Manual Orientador dos Planos Locais de Saúde, Lisboa 2017.
Direção Geral de Saúde (2015). Plano Nacional de Saúde Revisão e Extensão a 2020. Lisboa 2015.
Imperatori, Giraldes, MR. (1993).
Metodologia do Planeamento da Saúde. Manual para uso em serviços centrais, regionais e locais. (3ªed). Escola Nacional de Saúde Pública. Lisboa.
ACES Dão Lafões (2018). Perfil de Saúde-ACeS Dão Lafões. Viseu 2018.
Direção Geral de Saúde (2016). Resenha dos Planos de Saúde: Nacional - Regionais- Locais-2016. Lisboa 2017.
24
25
Anexo 1 - Critérios de Priorização
Social Económica
Total
(Social+Económico) 2
Alteração do metabolismo dos lípidos/excesso peso/obesidade Diabetes mellitus
Distúrbios de ansiedade Doenças cerebrocardiovasculares
Doenças do aparelho digestivo, incluindo doença crónica do fígado e cirrose Doenças do aparelho respiratório
Doenças do rim e ureter
Doenças do sistema nervoso e dos órgãos dos sentidos (mulheres) Infeção VIH Osteoartrose do joelho Perturbações depressivas Tabagismo Tumores malignos Vulnerabilidade Magnitude Transcendência
26
Anexo 2 – Estratégias (Programas, Projetos e Serviços) para os Problemas de Saúde
PN – Programa Nacional HTA- Hipertensão arterial DM – Diabetes mellitus TM – Tumores malignos AML/EP/OB – Alteração do metabolismo dos lípidos/excesso de peso/obesidade DC – Doenças Cerebrovasculares PD – Perturbações Depressivas
Programas/Projetos/Serviços/Equipas Fatores de risco/determinantes Problemas de Saúde
Consumo Tabaco Sedentarismo alimentação HTA Abuso de álcool obesidade DC DM TM AML/EP/OB PD
PN Alimentação Saudável Pão.come Sopa.come Oleovitae Lanche.come PN Saúde Mental
Equipa de Projeto de Saúde Mental ACeS DL
+ Contigo
Conta, Peso e Medida
Fruta Escolar
PN Controlo do Tabagismo
Equipa de Projeto Tabagismo ACeS DL
Equipa de Projeto Alcoolismo ACeS DL
Independências
PN Doenças Oncológicas
Rastreios oncológicos (mama, colon/reto e colo uterino)
Equipa de Projeto Cuidados Paliativos
PN Atividade Física
Protocolos de cooperação entre municípios, DGS e ARSC-Estratégias integradas para a promoção da alimentação saudável e atividade física
Vigilância dos trabalhadores ex-trabalhadores das Minas da
Urgeiriça
Outros projetos dos municípios/ entidades
PN de Saúde Escolar
PN Diabetes
UCF Diabetes
PN Doenças Cerebrocardiovasculares
27
Anexo 3 – Estratégias para os 5 problemas identificados para intervenção