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Ano 138 / N.º 45.390/ Publicidade: (11) 2337-7081
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28/06/2021
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Luis Miranda diz que
irmão servidor teve
acesso bloqueado
a sistema do
Ministério da Saúde
Capitalismo
Humanista,
o legado de
Bruno Covas e
Eduardo Tuma
Blitze da polícia e
vigilância encerram
festas clandestinas
em São Paulo
Geral
Política
Economia
Economia
Verdão sai na frente com golaço de Scarpa, leva
virada e alguns sustos do Tricolor, mas consegue
reagir e garantir a sofrida vitória em casa
P11
Jô abre o placar para o
Timão, mas Cazares, na lei
do ex, iguala
P10
Gol contra no começo do
segundo tempo assegura um
ponto ao Tricolor
P10
Em duelo direto pelas primeiras
posições, Peixe cria mais e decide
com gols no segundo tempo
P11
Marca representa 44% da população com mais de 18 anos
P6
Número de brasileiros
com primeira dose de
vacina supera 70 milhões
Prefeitura de SP regulamenta
comércio itinerante
Quarentas atividades foram habilitadas em áreas pré-determinadas
P5
Palmeiras
Corinthians
São Paulo
Santos
Breno Lopes marca no
fim, e Palmeiras vence
o Bahia pelo Brasileirão
Com um a mais, Corinthians
vcila e cede o empate ao
Fluminense no Rio de Janeiro
Virou rotina! São Paulo joga
mal de novo, empata com o
Ceará e segue no Z-4
Santos vence
Atlético-MG, ultrapassa rival e sobe
na tabela do Brasileirão
Foto: Fernando Fr azão/ A gênc ia Br as ilO deputado federal Luis
Miranda (DEM-DF) afirmou
neste domingo que o seu
irmão, o servidor do
Minis-tério da Saúde Luis Ricardo
Miranda, teve bloqueado
o seu acesso a um sistema
interno da pasta. Ricardo
denunciou suspeitas
envol-vendo a compra da vacina
indiana Covaxin.
P2
Blitze da Polícia Civil e
Vigilância Sanitária com
demais órgãos estaduais
e municipais
interrom-peram festas clandestinas
em dois bares em São
Paulo, na madrugada
des-te domingo (27). A
fisca-lização foi realizada pelo
Comitê de Blitze.
P4
Hoje, segunda feira, dia 28
de junho, conforme a Lei
Municipal nº 16.578/16, o
Calendário Oficial da
Ci-dade de São Paulo, aponta
o “Dia do Capitalismo
Humanista”, a ser
anual-mente comemorado pela
metrópole.
P7
dia a dia
POLÍTICA
Luis Miranda diz que irmão
servidor teve acesso bloqueado
a sistema do Ministério da Saúde
Da Redação
O
deputado federal
Luis Miranda
(DEM-DF) afirmou
neste domingo que
o seu irmão, o
servidor do Ministério da
Saúde Luis Ricardo Miranda,
teve bloqueado o seu acesso
a um sistema interno da
pasta. Ricardo denunciou
suspeitas envolvendo a
compra da vacina indiana
Covaxin.
O parlamentar publicou o
registro de uma conversa
com seu irmão, na qual ele
mostra uma foto do Sistema
Eletrônico de Informação
(SEI) do Ministério da Saúde
com a mensagem “Usuário
não possui permissões nesse
sistema”. “Me bloqueadaram
no SEI”, disse Luis Ricardo
ao irmão, que respondeu que
isso é “ilegal”.
O Ministério da Saúde foi
procurado para comentar,
mas ainda não retornou.
O relator da CPI da Covid,
senador Renan Calheiros
(MDB-AL), informou que vai
apresentar nesta
segunda--feira um requerimento para
que a comissão investigue o
impedimento do acesso do
servidor ao sistema da pasta.
Na sexta-feira, os dois irmãos
foram ouvidos na CPI para
falar sobre as suspeitas
en-volvendo a Covaxin. Os dois
relataram que levaram as
in-formações para o presidente
Jair Bolsonaro em março e
que, ao ouvir sobre o caso,
Bolsonaro citou o líder do
governo na Câmara,
deputa-do Ricardeputa-do Barros (PP-PR).
“Aos defensores de
bandi-dos, meu irmão acaba de
descobrir que bloquearam
ele do sistema do
@minsau-de, vale ressaltar que ele é
funcionário de carreira! Isso
é ilegal, perseguição e só
comprova que eles tem
mui-to para esconder...”,
escre-veu Miranda em sua conta
no Twitter.
Como o GLOBO mostrou,
um dos documentos
apre-sentado por Luis Ricardo
Deputado foi apontado na CPI da Covid como autor de pressões para assinatura de
contrato com irregularidades da Covaxin
Irmãos participaram da CPI da Covid para falar sobre suspeitas envolvendo compra
da vacina indiana Covaxin
Foto: Antonio Cruz/ A
gênc ia Br as il Foto: P ablo J acob/ A gênc ia O Globo/2 5-0 6-2 02 1
PSOL vai pedir cassação do mandato de
Ricardo Barros, líder do governo na Câmara
Da Redação
O PSOL anunciou que vai
pedir a cassação do mandato
do deputado Ricardo Barros
(PP-PR), líder do
gover-no de Jair Bolsonaro (sem
partido) na Câmara. Barros
foi apontado pelo deputado
Luis Miranda (DEM-DF), em
depoimento à CPI da Covid,
como autor das pressões para
a assinatura de um contrato
com irregularidades para a
compra da vacina indiana
Covaxin . O pedido deverá ser
encaminhado ao Conselho de
Ética da Casa.
“Nós do PSOL vamos
en-trar no Conselho de Ética da
Câmara exigindo a cassação
de Ricardo Barros, líder do
governo Bolsonaro. Está claro
que Barros cometeu ato de
corrupção por agir em favor
da Precisa Medicamentos no
contexto de contrato
fraudu-lento da Covaxin”, publicou
em seu Twitter o deputado
Ivan Valente (PSOL-SP
O deputado Luis Miranda
afirmou que ao levar a
Bolso-naro as suspeitas de
irre-gularidades coletadas pelo
seu irmão — que é servidor
de carreira do Ministério da
Saúde — o presidente teria
mencionado o nome do líder
do governo na Câmara.
Ricardo Barros afirmou em
seu perfil no Twitter que
não participou de nenhuma
negociação de compra da
Co-vaxin e que não tem “relação
com esses fatos”. Ele disse
que não é o “parlamentar
citado” e que a “investigação
provará isso”.
Conforme publicou O
GLO-BO, mesmo com a citação
direta do envolvimento do
deputado Ricardo Barros nas
supostas irregularidades,
integrantes do alto escalão do
Palácio do Planalto avaliam
que, “por enquanto”, não há
previsão de mudança na lide-
rança do governo na Câmara,
ocupada pelo parlamentar.
para embasar as suspeitas,
que teve sua autenticidade
contestada pelo Palácio do
Planalto, está disponível no
SEI do Ministério da Saúde.
O MPF identificou indícios
de crime na compra feita
pelo Ministério da Saúde de
20 milhões de doses da
Co-vaxin e vai investigar o caso
também na esfera criminal
— até então, ele vinha sendo
apurado em um inquérito na
área cível. A dose da
vaci-na negociada pelo governo
é a mais cara entre todas
as que foram contratadas
pelo Ministério da Saúde, e
o processo de aquisição do
imunizante foi o mais célere
de todos.
DIÁRIO DE S. PAULO - SEGUNDA-FEIRA/ 28 DE JUNHO DE 2021
3
Senador diz que mais
servidores e empresários serão
convocados no “Caso Covaxin”
Da Redação
A
CPI da Covid deve
convocar, a partir
de terça-feira,
novos
funcioná-rios do governo e
empresários envolvidos
na suspeitas sobre a
compra da vacina indiana
Covaxin.
A informação foi
pas-sada pelo presidente da
comissão, senador Omar
Aziz (PSD-AM).
“Prova-velmente vamos aprovar
novos requerimentos,
ter-ça ou quarta, porque eles
falaram em alguns
ser-vidores e deram detalhes
que não eram do nosso
conhecimento. Eu
sem-pre tenho sem-precaução para
fazer as coisas sem
politi-zar. Mas os fatos que eles
trouxeram são graves”,
afirmou Aziz ao UOL.
A maioria dos nomes
que serão chamados era
desconhecida até o
depoi-mento do deputado Luís
Miranda (DEM-DF) e de
seu irmão, o servidor Luis
Ricardo Miranda, que no
último dia 26 afirmaram
terem alertado o
presi-dente Jair Bolsonaro sobre
as irregularidades.
Um dos nomes que deve
ser chamado pela CPI é o
deputado Ricardo
Bar-ros (PP-PR). Segundo os
irmãos Miranda,
Bolsona-ro quem citou o nome de
Barros quando ouviu deles
o aviso sobre os
proble-mas no contrato da vacina
indiana.
Entre os servidores na
mira está Regina Célia
Silva Oliveira, fiscal do
contrato que a União
fe-chou com a Bharat
Biote-Políticos do grupo ocupam postos como a chefia do departamento de onde teria
partido pressão para acelerar contrato bilionário da Covaxin
As convocações devem ocorrer no começo da próxima semana
Foto: A gênc ia Br as il Foto: D ivulg ação/ A gênc ia Senado/ Ed ilson Rodr igue s
Centrão controla cargos estratégicos para
compra de vacinas no governo Bolsonaro
Da Redação
Políticos do Centrão, grupo
que integra a base aliada
do presidente Jair
Bol-sonaro, controlam áreas
estratégicas para a compra
de vacinas no Ministério
da Saúde. Um exemplo é o
Departamento de Logística
(DLOG), responsável por
um orçamento bilionário
e onde, segundo relato do
servidor de carreira Luis
Ricardo Miranda, lotado
neste setor, ocorreu
pres-são para a importação em
tempo recorde da vacina
indiana Covaxin, a mais
cara entre todas as
contra-tadas pela pasta.
O chefe do departamento,
Roberto Ferreira Dias, é
indicado do Centrão, com a
atuação do líder do
gover-no na Câmara, deputado
Ricardo Barros (PP-PR),
citado nas suspeitas que
envolvem a contratação da
Covaxin que, conforme o
GLOBO antecipou no dia 15
deste mês, se transformou
em alvo de investigação da
CPI da Covid.
O DLOG é um dos
departa-mentos mais importantes
da pasta. Dados do
minis-tério mostram que apenas
em compras destinadas
ao combate à Covid-19, o
setor já fechou contratos
de R$ 15,7 bilhões. O valor
é maior do que
orçamen-tos de ministérios inteiros,
como o da Ciência,
Tecno-logia, Inovação e
Comuni-cações, que tem verbas de
R$ 12,3 bilhões para este
ano. O departamento é
responsável pela
importa-ção de insumos estratégicos
para a Saúde, como vacina
e medicamentos.
Dias foi uma indicação
conjunta do deputado
Pedro Lupion (DEM-PR)
e de Ricardo Barros, ainda
na gestão de Luiz Henrique
Mandetta, em janeiro de
2019. Segundo depoimento
do deputado Luis Miranda
(DEM-DF), irmão do
servi-dor Luis Ricardo, à CPI da
Covid na última sexta-feira,
o nome de Barros foi citado
pelo próprio Bolsonaro
quando ouviu em março
relatos sobre suspeitas de
irregularidades na Saúde.
O atual chefe do DLOG já
foi servidor do governo do
Paraná e ocupou cargo na
gestão de Cida Borghetti,
mulher de Barros.
Procu-rado, o líder do governo
negou a participação na
in-dicação. Outras fontes que
acompanharam a
indica-ção, porém, confirmam que
Barros teve peso na escolha.
ch, fabricante da Covaxin.
Segundo Luis Ricardo, foi
Regina Célia quem
au-torizou um pagamento
de US$ 45 milhões para a
Madison Biotech, empresa
de Cingapura que também
está sob investigação dos
senadores.
dia a dia
POLÍCIA
Polícia prende caminhoneiro com
quase 5 toneladas de maconha
em rodovia no interior de SP
Da Redação
U
m caminhoneiro de
35 anos foi preso
neste sábado (26)
na Rodovia Castelo
Branco (SP-280),
em Itatinga (SP), após ser
flagrado transportando uma
carga quase cinco toneladas
de maconha escondida em
meio a um carregamento de
madeira.
A carreta, com placas de
Campo Grande (MS), foi
abordada logo após a praça
de pedágio do km 208 da
SP-280.
Aos policiais do Tático
Os-tensivo Rodoviário (TOR),
o motorista, morador de
Rochedo (MS), alegou que
estaria com sintomas de
Covid-19, com febre e dor de
cabeça, e que havia pedido
o resgate através da
conces-sionária que administra a
rodovia.
Ao apresentar a
documen-tação da carga de madeira, o
motorista apresentou
nervo-sismo excessivo quando foi
perguntado pelos policiais
Estabelecimentos no Bom Retiro, na Região Central, e na Mooca, na Zona Leste, foram
interditados na madrugada deste domingo (27)
Ao ser abordado na praça de pedágio da Rodovia Castelo Branco, em Itatinga (SP),
homem de 35 anos alegou que estava com Covid-19
Foto: D ivulg ação/ Governo de São P aulo Fotos: Políc ia Rodov iár ia/ D ivulg ação
Blitze da polícia e vigilância encerram festas clandestinas
com mais de 230 pessoas aglomeradas em bares em SP
Da Redação
Blitze da Polícia Civil e
Vigilância Sanitária com
demais órgãos estaduais
e municipais
interrom-peram festas
clandes-tinas em dois bares em
São Paulo, na madrugada
deste domingo (27). A
fiscalização foi realizada
pelo Comitê de Blitze.
De acordo com o
gover-no do estado, ao todo,
mais de 230 pessoas
estavam nos dois
esta-belecimentos no
mo-mento das chegadas dos
agentes. Um fica no Bom
Retiro, na Região
Cen-tral, e o outro, na Mooca,
na Zona Leste, ambos na
capital paulista.
Os locais foram
inter-ditados por desrespeito
as normas preconizadas
pela quarentena,
pre-vista por um decreto
estadual em vigor desde
março de 2020, início da
pandemia do novo
coro-navírus. Os donos ainda
foram multados.
Segundo o governo
estadual, no
estabeleci-mento do Bom Retiro,
havia cerca de 130
pes-soas aglomeradas. Trinta
delas não usavam
más-caras.
Na Mooca, fiscais da
Vi-gilância Sanitária
con-tabilizaram 106 pessoas.
Muitas delas não usavam
máscaras.
A fase emergencial do
Plano São Paulo
segui-rá em vigor em todo o
estado até o próximo
dia 15 de julho. Uma das
regras estabelecidas pelo
decreto estadual é o
fun-cionamento de diversos
setores, incluindo bares
e restaurantes, apenas
entre as 6 horas e as 21
horas. Aglomerações
são proibidas e, entre as
21h e as 5h, há toque de
recolher em São Paulo.
sobre a origem e o destino
do carregamento. Ao iniciar
uma vistoria na carga, foram
encontrados os primeiros
fardos de maconha sob as
peças de madeira.
O caminhão foi
encaminha-do ao pátio da Polícia Civil
de Botucatu, onde foram
re-tirados 4.613 tijolos de
maco-nha, que pesaram 4.844,500
quilos do entorpecente. Aos
policiais rodoviários, o
mo-torista admitiu que levaria a
droga até São Paulo.
O suspeito foi levado sob
escolta por uma unidade de
Resgate da concessionária
para atendimento
médi-co em pronto-somédi-corro de
Botucatu. Não foi informado
se ele testou positivo para a
Covid-19.
O motorista recebeu voz
de prisão em flagrante por
crime de tráfico de drogas e
foi encaminhado e foi
enca-minhado para o Centro de
Detenção Provisória (CDP)
de Itatinga.
dia a dia
DIÁRIO DE S. PAULO - SEGUNDA-FEIRA/ 28 DE JUNHO DE 2021
5
ECONOMIA
Prefeitura de SP regulamenta
comércio itinerante
Agência Brasil
A
prefeitura de São
Paulo passou a
fornecer autorização
para o comércio
ambulante porta a
porta, a partir deste sábado
(26). Pela primeira vez, o
comércio itinerante é
regula-mentado em São Paulo e cerca
de 40 atividades foram
habilitadas em áreas
pré-de-terminadas. Vendedores que
utilizam carrinhos, bicicleta
ou carros podem solicitar a
autorização legal. Antes, só os
ambulantes que trabalhavam
em pontos fixos podiam ter a
permissão.
Segundo o município, a
atualização vai permitir que
mais trabalhadores atuem
formalmente nas vias da
capi-tal. O processo deve ser feito
pelo sistema “Tô Legal!”, que
emitiu 21.812 autorizações
em toda a cidade desde o seu
lançamento, em 2019. A taxa
cobrada pela prefeitura para
a nova autorização tem valor
mínimo de R$ 11,34 por dia. O
valor varia conforme a região,
horários, quantidade de dias
e o tipo de equipamento
uti-lizado.
“A partir de agora, cerca de
40 tipos de comércio que não
geram aglomeração, como
a venda de ovos, pamonha,
livros e artesanato, estão
habilitados em áreas
pré-de-terminadas pelas
subprefeitu-ras, bem como a utilização de
equipamentos para o trabalho,
como automóveis, bicicletas,
carrinho de mão, entre
ou-tros”, informou a prefeitura.
O comércio porta a porta
pode atuar em 70% da cidade.
Regiões com grande fluxo
de comércio regular, como a
Rua 25 de Março e a Avenida
Paulista, por exemplo, estão
restritas, permitindo apenas
a circulação dos vendedores,
sem comercialização. As vias
bloqueadas são informadas
durante o ato de solicitação,
no site do sistema.
A autorização para o comércio
itinerante vale por até 90 dias,
e os trabalhadores podem
atuar em até dois dos três
pe-ríodos disponíveis – manhã,
tarde e noite. Após esse prazo,
é possível solicitar permissão
novamente para a mesma
re-gião, condicionada à
disponi-bilidade. Estão permitidas até
dez atividades por período em
cada subprefeitura.
O decreto que instituiu o
sis-Informação é da pesquisa Sobrevivência de Empresas 2020
Quarentas atividades foram habilitadas em áreas pré-determinadas
Foto: F ab io Rodr igue s Poz ze bom/ A gênc ia Br as il Foto: Fernando Fr azão/ A gênc ia Br as il
Sebrae: pequenos negócios têm maior taxa de mortalidade
Agência Brasil
O setor de
microempreen-dedores individuais (MEI) é
o que apresenta a maior taxa
de mortalidade de negócios
em até cinco anos, segundo
pesquisa do Serviço
Bra-sileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas (Sebrae).
De acordo com a pesquisa
Sobrevivência de Empresas
(2020), realizada com base
em dados da Receita
Fede-ral e com levantamento de
campo, a taxa de mortalidade
dessa área de negócios é de
29%. Já as microempresas
têm taxa, após cinco anos, de
21,6% e as de pequeno porte,
de 17%.
O presidente do Sebrae,
Carlos Melles, disse à
Agên-cia Brasil que a menor taxa
de sobrevivência entre os
pequenos negócios está
relacionada à capacidade
de gestão, à maior
experi-ência e ao conhecimento do
ramo. “Quando avaliamos
a realidade da maioria dos
MEI, a pesquisa mostra que,
nesse segmento, há maior
proporção de pessoas que
es-tavam desempregadas antes
de abrir o próprio negócio
e que, por isso, não tiveram
condições de se capacitar
adequadamente e aprimorar
a gestão”.
Somado a esse fato, a taxa de
mortalidade na área de MEI
também é influenciada pela
maior facilidade de abrir e
fechar esse tipo de
empreen-dimento, quando comparado
aos segmentos de
microem-presas e emmicroem-presas de
peque-no porte.
Dificuldades na pandemia
Melles destacou as
dificulda-des adicionais que a
pan-demia trouxe nesse cenário
desfavorável às MEI.
“En-tre os pequenos negócios,
os microempreendedores
individuais foram os que
mais amargaram prejuízos
no faturamento. Não temos
dúvida de que a pandemia de
covid-19 intensificou as
difi-culdades e impôs outros
de-safios. Quando observamos o
aspecto da gestão financeira,
por exemplo, a situação ficou
ainda mais complexa. As
fi-nanças são um desafio para a
maioria dos MEI e no cenário
de incertezas da pandemia,
isso se tornou um grande
problema”, afirmou
De acordo com o Sebrae,
quanto menor o porte da
empresa, mais difícil obter
crédito para manter o capital
de giro e conseguir superar
obstáculos como os causados
pela pandemia de covid-19.
Mais de 40% dos
entrevista-dos citaram como causa do
encerramento da empresa a
pandemia. Para 22%, a falta
de capital de giro foi
primor-dial para o fechamento do
negócio. A pesquisa também
detectou que 20% dos
anti-gos empresários reclamaram
do baixo volume de vendas e
da falta de clientes.
Entre as empresas que
en-cerraram as atividades, cerca
de 34% dos entrevistados
acreditam que ter acesso a
crédito poderia ter evitado o
fechamento. Ainda segundo
o levantamento, apenas 7%
desse grupo de empresas
solicitaram crédito bancário
e obtiveram êxito.
Segmentos
Ao analisar a sobrevivência
por setor, o levantamento
mostrou que a maior taxa
de mortalidade é verificada
no comércio, onde 30,2%
fecham as portas em cinco
anos. Na sequência,
apare-cem indústria de
transforma-ção (com 27,3%) e serviços,
com 26,6%. As menores
taxas de mortalidade estão na
indústria extrativa (14,3%) e
na agropecuária (18%).
Minas Gerais é o estado com
a maior taxa de
mortalida-de, 30%. O Distrito Federal,
Rondônia, o Rio Grande do
Sul e Santa Catarina
apre-sentaram índice de 29%. O
Amazonas e Piauí foram os
que apresentaram as
me-nores taxas de mortalidade
(22%), seguidos pelo Amapá,
Maranhão e Rio de Janeiro
(23%).
Capacitação
Melles lembra que o Sebrae
oferece mais de 100 cursos
gratuitos online e, neste ano,
começou a oferecer
capaci-tações também pelo
what-sapp.
Além disso, acrescentou,
a instituição tem fechado
parcerias para que os
micro-empreendedores individuais
tenham condições de vender
seus produtos em grandes
marketplaces (comércio
online).
Sobrevivência
A adesão ao comércio
ele-trônico é parte da estratégia
de sobrevivência em meio
à pandemia. A pesquisa de
Impacto da Pandemia nos
pequenos negócios, realizada
pelo Sebrae em parceria com
a Fundação Getulio Vargas
(FGV) mostra que 70% dos
pequenos negócios já
co-mercializam produtos pela
internet.
“O empreendedor deve
sempre buscar a inovação e
a capacitação. Preparar a
en-trada no mundo dos negócios
é o primeiro passo para ter
sucesso com uma empresa”,
destacou Melles.
tema Tô Legal, de 2019, define
que aquele que descumprir as
obrigações estabelecidas na
autorização ou desvirtuar as
condições autorizadas estará
sujeito a multa e apreensão
dos produtos.
As atividades habilitadas são:
água, bebidas
industrializa-das, algodão doce,
antiguida-des, objetos de arte,
artesa-nato, artigos de cama, mesa
e banho, bijuterias, bolos e
biscoitos, bolsas e malas,
bri-gadeiro, brinquedos, churros,
comidas típicas, condimentos
e especiarias, cortinas, tapetes
e persianas, cosméticos e
perfumaria, cupcake, doces,
balas e bombons, ferramentas
e ferragens, flores e plantas,
frutas, legumes e verduras,
jornais e revistas, lanches,
livros, mercearia, milho verde
e pamonha, pães e
pada-ria, pizza, produto de açaí,
produtos de limpeza,
domis-sanitários, ração para animais
domésticos, rede de proteção
e telas protetoras, roupas e
acessórios, salgados, sorvetes,
tortas doces e salgadas, ovos e
bebidas lácteas.
dia a dia
SAÚDE
Estudo deve reunir 2.250 voluntários do Reino Unido, África do Sul, Brasil e Polônia
Foto: Reprodução/
FreeP
ic
Oxford testa nova vacina contra variante Beta da Covid
Da Redação
A Universidade de Oxford
confirmou neste domingo
que começou a testar em
humanos uma nova vacina
contra a variante Beta do
coronavírus. O
imunizan-te foi desenvolvido com o
laboratório AstraZeneca.
A vacina usa a mesma
tec-nologia presente na vacina
de Oxford que já é utilizada
em vários países,
entretan-to, o novo imunizante tem
pequenas alterações
genéti-cas na proteína “spike” com
base na variante Beta.
De acordo com um
comuni-cado divulgado pela
univer-sidade britânica, a ideia é
reunir 2.250 voluntários no
Reino Unido, África do Sul,
Brasil e Polônia nas fases
2 e 3 do ensaio clínico em
humanos.
“Testar doses de reforço de
vacinas existentes ou
vaci-nas contra novas variantes
é importante para garantir
que estejamos o mais bem
preparados possível para
ficar à frente da pandemia”,
afirmou o professor Andrew
Pollard, diretor do Oxford
Vaccine Group.
Para testar a eficácia da nova
vacina, serão utilizados
voluntários que já foram
va-cinados e outros que ainda
não receberam nenhuma
dose. A intenção é ter dados
provisórios desses testes
ainda este ano para
enviá--los à revisão regulatória.
Número de brasileiros com primeira
dose de vacina supera 70 milhões
Agência Brasil
O
Brasil superou nesse
sábado (26) a marca
de 70 milhões de
pessoas imunizadas
com a primeira dose
das vacinas contra a covid-19,
divulgou o Ministério da
Saúde. Segundo a pasta, 71,152
milhões de brasileiros
recebe-ram a primeira dose. O total
equivale a 45% das 158,095
milhões de pessoas com mais
de 18 anos no país.
Um total de 25,583 milhões
de brasileiros receberam a
primeira e a segunda dose
da vacina ou a dose única da
Janssen, completando o ciclo
de imunização. Isso equivale
a 16,2% da população
vaciná-vel no país e a 36,2% do total
de pessoas que receberam a
primeira dose.
As informações estão no
pai-nel de vacinação do
Locali-zaSUS , plataforma do
Minis-tério da Saúde que registra o
andamento da campanha de
imunização contra a covid-19.
Os dados estão atualizados até
ontem.
Ao todo, 96,736 milhões de
doses, distribuídas entre
primeira dose, segunda e dose
única, foram aplicadas desde
o início da vacinação, em
janeiro. Nas últimas 24 horas,
foram aplicadas 1,158 milhão
de doses.
Distribuição
O Ministério da Saúde
distri-buiu 129,720 milhões de doses
às unidades da Federação,
desde o início da campanha
de imunização. Até a
sema-na passada, o Brasil contava
apenas com vacinas de duas
doses para conclusão do ciclo
vacinal. Eram os imunizantes
AstraZeneca, CoronaVac e
Pfi-zer. Desde a última terça-feira
(22), no entanto, o Brasil
tam-bém passou a receber a vacina
da Janssen, de dose única.
Mais de 1,8 milhão de doses
da Janssen foram antecipadas
no contrato de 38 milhões
de unidades da pasta com a
farmacêutica. As unidades
estavam previstas para chegar
somente a partir de outubro.
Na última sexta-feira (25),
mais 3 milhões de doses da
Janssen foram doadas pelo
governo dos Estados Unidos
para a imunização da
popula-ção brasileira.
Marca representa 44% da população com mais de 18 anos
Foto: Rena to Alve s/ A gênc ia Br as il/ dire itos re ser vados
DIÁRIO DE S. PAULO - SEGUNDA-FEIRA/ 28 DE JUNHO DE 2021
7
dia a dia
Cesarneto
cesarneto@spdiario.com.br
CÂMARA (São Paulo)
Vereador Rinaldi (PSL) segue nas lutas (projetos) pela
pre-venção da gravidez precoce e manutenção dos gêneros
masculino e feminino
.
PREFEITURA (São Paulo)
43º dia no cargo: O destino não quis Ricardo Nunes (MDB)
eleito deputado federal em 2018. Por isso, ele é hoje o
prefei-to de São Paulo
.
ASSEMBLEIA (São Paulo)
Deputados do DEM (ex-PFL) que forem pro PSDB como foi o
vice-governador e candidato do Doria ao cargo ,serão
decisi-vos na campanha
.
GOVERNO (São Paulo)
Doria vai comendo pelas bordas pra faturar as prévias
tu-canas - à Presidência 2022 - em novembro. ser filho de um
baiano deve auxiliar
.
CONGRESSO (Brasil)
Era só o que faltava : a ex-esposa do general Pazuello
(ex--ministro da Saúde) quer depor na CPI (Covid 19). Pode virar
uma ‘mulher-bomba’
.
PRESIDÊNCIA (Brasil)
Jair Bolsonaro segue chamando o ex-Presidente Lula de
la-drão que o Supremo tirou da cadeia e que pode haver fraude
nas urnas em 2022
.
PARTIDOS (Brasil)
Adilson Barroso, ainda dono do Patriota - no qual quer filiar
Jair Bolsonaro - ameaça entregar um dossiê sobre seu
vice--presidente Ovasco
.
JUSTIÇAS (Brasil)
Seguem os ataques às operações ‘Lava Jato’, à Lei da
Im-probidades e à Lei da Ficha Limpa. Vários crimes continuam
compensando muito
.
HISTÓRIAS
Jair Bolsonaro segue visitando os Estados brasileiros,
pilotan-do politicamente motoqueiros que, assim como os
caminho-neiros, o seguem
.
M Í D I A S
A coluna de política do jornalista - Cesar Neto - é publicada
na imprensa (São Paulo - Brasil) desde 1993. Via Internet
desde 1996,
www.cesarneto.com foi se tornando referência das
liber-dades possíveis. Twitter @CesarNetoReal ... Email cesar@
cesarneto.com
GERAL
Capitalismo Humanista,
o legado de Bruno
Covas e Eduardo Tuma
Da Redação
O
Hoje, segunda feira,
dia 28 de junho,
conforme a Lei
Mu-nicipal nº 16.578/16, o
Calendário Oficial da
Cidade de São Paulo, aponta
o “Dia do Capitalismo
Hu-manista”, a ser anualmente
comemorado pela
metrópo-le.
Desenvolvida pelos juristas
e professores da Faculdade
de Direito da PUCSP,
Ricar-do Sayeg e Wagner Balera,
a Teoria Científica do
Capi-talismo Humanista, que é
confirmada e avalizada, sob
o ponto de vista econômico,
pelo Presidente da Ordem
dos Economistas do Brasil,
Professor Manuel Enriquez
Garcia, ganhou o Município
de São Paulo.
A propósito, por seus
julga-dos em linha com o
Capita-lismo Humanista, o Ministro
do Superior Tribunal de
Justiça, Paulo Dias de Moura
Ribeiro, no ano de 2020, foi
indicado junto à Fundação
Nobel para receber o Prêmio
Nobel da Paz.
Duzentos dias antes de
fale-cer, o Prefeito do Município
de São Paulo, Bruno Covas,
junto com o Presidente da
Câmara dos Vereadores,
Eduardo Tuma, proclamaram
a Metrópole como
“Capita-lista Humanista”, deixando
para a população e a cidade
este incrível legado de
huma-nismo na ordem econômica,
ao se aprovar em dois turnos,
por maioria qualificada, e
sancionar, em 30 de setembro
de 2020, a Lei 17.481.
O Capitalismo Humanista
significa o regime capitalista
de liberdade econômica que
assegure a todos existência
digna conforme os ditames
da justiça social, de modo
que, todos são livres para
prosperar, contudo, ninguém
fica para trás.
Pela aludida Lei se institui
a Declaração de Direitos de
Liberdade Econômica, com
a qual se estabeleceu o
ca-pitalismo humanista como
garantia de livre mercado.
No âmbito do Município de
São Paulo, a Declaração de
Direitos de Liberdade
Eco-nômica positivou normas de
incentivo e proteção à livre
iniciativa e ao livre
exercí-cio de atividade econômica,
dispondo sobre a atuação do
Estado como agente
norma-tivo e regulador, nos termos
da Constituição Federal.
O disposto na Lei tem como
prioridade o
desenvolvimen-to da economia local, em
especial a economia criativa
e colaborativa, a produção
econômica, educacional,
cul-tural, as empresas do terceiro
setor, do mercado digital e do
mercado sustentável.
O âmbito de atuação da Lei
refere-se à área municipal e
no que tange a incentivos que
visam ao desenvolvimento
urbano equilibrado por todo
o seu território e, também, ao
desenvolvimento sustentável
economicamente.
Concretamente, ficaram
instituídos os princípios do
capitalismo humanista e o da
mediação como meio
pre-ferencial de regularização
de situação de
inadimplên-cia, bem como de solução
de conflitos e controvérsias,
como orientadores da ordem
econômica no âmbito e no
interesse local do Município
de São Paulo.
Em decorrência, o índice
de bem estar econômico,
conforme a metodologia do
índice do capitalismo
huma-nista, denominado ICapH,
desenvolvido pelo Instituto
do Capitalismo
Humanis-ta, anualmente desde 2019,
passou a ser considerado
de utilidade pública e
ins-trumento de orientação de
política pública no Município
de São Paulo.
Sediada no Município de
São Paulo, o Programa de
Pós-Graduação em Direito,
Mestrado e Doutorado, da
Universidade Nove de
Ju-lho, cujo Reitor é o Professor
Eduardo Storopoli, o Diretor,
o Professor Ricardo Sayeg, e
o Coordenador, o Professor
Marcelo Benacchio, adotou o
capitalismo humanista como
área de concentração,
asse-gurando o aprofundamento
do desenvolvimento deste
modelo jurídico-econômico
visionário, que muitos dizem
ser o único futuro possível
para a humanidade.
nossa
opinião
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DENÚNCIAS
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Vem aí mais uma edição dos Jogos
Olímpicos, que pela 2ª vez vão ser
realizados na cidade japonesa de
Tóquio (a 1ª vez foi em 1964) ...
O Brasil, que sediou pela 1ª vez uma
Olimpíada no Rio de Janeiro em
2016, participará com suas equipes
nas competições coletivas e com
seus atletas nas competições
in-dividuais. A expectativa é de que o
Brasil aumente o número de
meda-lhas já conquistadas ...
Embora no Japão a vacinação contra
a pandemia do mutante Corona
ví-rus (Covid 19) ainda não tenha sido
realizada na maioria da sua
popula-ção, estão mantidas as datas para
começar - dia 23 de julho de 2021 -
e terminar a competição - dia 8 de
agosto de 2021 ...
Apesar das dificuldades
financei-ras e econômicas causadas pela
pandemia do mutante Corona vírus
(Covid 19), que impediu durante o
ano de 2020 e começo de 2021 (até
que viessem as vacinas) são várias
as modalidades nas quais o Brasil
tem ganho mais medalhas ...
Em tempo : bem mais que ganhar
medalhas de ouro, prata e bronze,
o Comitê Olímpico Brasileiro -
fun-dado em junho de 1914 - segue não
tendo políticas permanentes, assim
como a CBF não tem políticas
per-manentes para nosso futebol
cam-peão 5 vezes do mundo ...
Por mais que ex-atletas de várias
modalidades esportivas passem a
ser dirigentes nas federações (volei,
basquete, natação, atletismo, boxe
...), isso não é o bastante para que
sejam forjados os campeões do
fu-turo. O Brasil segue vivendo de
ta-lentos esporádicos ...
Isso fica muito claro quando
princi-palmente ex-jogadores de futebol
chegam às políticas estaduais ou
no Congresso Nacional não
con-seguem atuar para aperfeiçoar os
esportes com leis que possam
ga-rantir políticas de formação e
conti-nuidade de um Brasil Olímpico ...
O que esperar da
Reforma Política
Mais uma eleição se aproxima e, como
é de costume, a Reforma Política
retor-na ao debate no Congresso Nacioretor-nal,
reacendendo discussões a acalorada
sobre temas que já foram descartados
no passado, tais como a mudança do
sistema eleitoral, o financiamento
em-presarial, além de propostas de criação
de cotas para mulheres e negros
den-tro do Legislativo e implementação do
voto único, podendo ser destinado a
um candidato ou à legenda partidária,
entre outros temas que impactarão a
vida política, eleitoral e social de todos
os brasileiros.
Antes de adentrarmos às
hi-póteses em discussão, cabe destacar
que todas as mudanças que impactam
no processo eleitoral devem ser
discuti-das, aprovadas e sancionadas no prazo
de 1 (um) ano antes do dia da eleição, ou
seja, mantendo-se o calendário
eleito-ral normal da legislação brasileira, esse
prazo finda na primeira semana de
ou-tubro desse ano.
A proposta de mudança mais
impactante do processo eleitoral
brasi-leiro é a que diz respeito à tentativa de
implementação do sistema Distritão,
que é um sistema eleitoral majoritário,
onde são eleitos aqueles que recebem
a maior quantidade de voto nominal,
independentemente do desempenho
das siglas partidárias, diferente do atual
sistema proporcional, o que, numa
pri-meira análise pode parecer um sistema
justo, mas, no final, acaba prestigiando
o caciquismo político e os candidatos
detentores de mandatos e com maior
visibilidade midiática.
Um segundo ponto de
extre-ma importância no debate da Reforextre-ma
é o que diz respeito à flexibilização dos
efeitos da cláusula de desempenho (ou
cláusula de barreira), que tem por
finali-dade reduzir o número de legendas
par-tidárias no Brasil, que hoje conta com 33
partidos, através de mecanismo que
impede ou restringe o funcionamento
das siglas que não alcançam
determi-nado percentual de votos nas eleições
gerais para o parlamento federal.
Nes-se Nes-sentido, a proposta de flexibilização
conta de diversas hipóteses, entre elas
propostas de congelamento a outras
que incluem senadores eleitos no
côm-puto de acesso a recursos do fundo.
Outras polêmicas que fazem
parte dos debates da Reforma Política
são o famoso voto impresso e o retorno
do financiamento empresarial. Quanto
ao primeiro, a discussão é acalorada e
defendida com muito vigor pelo então
Presidente da República, mas conta
com forte rejeição do Tribunal Superior
Eleitoral e de muitos especialistas da
matérias, além de líderes de cerca de
10 (dez) partidos políticos, que
assina-ram um manifesto contrário, afirmando
se tratar de medida que trará
despe-sas desnecessárias para o Brasil nesse
momento de crise, além de levar o
pro-cesso eleitoral para um eterno terceiro
turno jurídico, sem qualquer
justificati-va plausível, tendo em vista que nunca
ficou provado qualquer tipo de
irregula-ridade que comprometesse o sistema.
Quanto ao tema do
financia-mento empresarial, cumpre destacar
ser um ponto de extrema importância
para o debate, tendo em vista o
mo-mento que atravessamos e o
desper-dício exagerado de recursos públicos
em campanhas eleitorais, sem que esta
cumpra o seu real e efetivo fim, que é
atender igualitariamente a todos os
candidatos e garantir ao eleitor o direito
de conhecer os candidatos que estão
na disputa.
Por certo que é impossível
pensar em campanha eleitoral sem
re-cursos financeiros, tendo em vista que
a propaganda eleitoral tem custo e tem
como meta, como dito, alcançar o
elei-tor, que tem o livre direito de escolha.
Desse modo, importante esse debate,
que defendo como forma de garantir
maior isonomia, com regras claras sobre
limites de doação, limites de despesas e
uma efetiva fiscalização dos órgãos de
controle da Justiça Eleitoral e do
Minis-tério Público Eleitoral, nos termos do
que ficou previsto no voto do saudoso
Ministro Teori Zavascki na ADI nº 4.650.
Por fim, sem o intuito de
es-gotar o tema (até porque a Reforma
Política que se encontra no Congresso
já é considerada uma das maiores da
história), está em debate também a
al-teração da janela partidária para os 30
(trinta) dias que antecedem 1 (um) ano
antes da eleição, ou seja, no período
compreendido entre setembro e outro
desse ano, vedando assim as
migra-ções de parlamentares no ano eleitoral,
visando dar maior segurança às
articu-lações políticas dos partidos que
dispu-tarão o pleito de 2022.
A grande preocupação é que
a Reforma passe sem o debate
neces-sário com a sociedade civil e com todos
os atores do cenário político nacional,
uma vez que são temas que impactarão
todo o País, além do fato de que em todo
esse debate não se verifica a
preocupa-ção acentuada na discussão das regras
de propaganda eleitoral, em especial a
que garanta uma participação
iguali-tária de todos os candidatos no pleito,
o que é lamentável, pois o objetivo de
uma reforma deve ser de aperfeiçoar o
sistema e não redundar no aviltamento
da democracia representativa, com a
manutenção das mesmas forças
políti-cas que há tempos dominam o cenário
nacional
Amilton Augusto
Advogado especialista em Direito Eleitoral e
Administrativo. Vice-Presidente da
Comis-são de Relacionamento com o Poder
Legis-lativo da OAB/SP.
diário
de S.Paulo
Charge
esportes
diário
de S.Paulo
Foto: Pedro V ilela/ Ge tty Ima ge sCom alguns jogadores poupados, Seleção sai na frente com Éder Militão na primeira etapa, mas Mena
marca no segundo tempo e garante classificação equatoriana na Copa América
Sem Neymar, Brasil sofre empate
do Equador e vê sequência de 10
vitórias consecutivas chegar ao fim
Chegou ao fim a sequência
de 10 vitórias
consecuti-vas do Brasil na noite deste
domingo. Com a primeira
colocação do Grupo B da
Copa América assegurada, o
técnico Tite poupou
titula-res, entre eles Neymar, que
estava pendurado. Sem força
máxima, a seleção brasileira
acabou sofrendo o empate
em 1 a 1 com o Equador no
Nilton Santos, pela última
rodada da fase de grupos.
Após abrir o placar com
Éder Militão na primeira
etapa, Mena empatou no
segundo tempo e garantiu
a classificação equatoriana
para as quartas de final.
Como ficam
Com a primeira posição do
Grupo B garantida, o Brasil
encerra a fase de grupos
com 10 pontos. A Seleção,
agora, espera o confronto
entre Uruguai e Paraguai
desta segunda-feira para
saber o desfecho do Grupo
A para conhecer o
adversá-rio das quartas de final.
In-dependentemente de quem
será o rival, a seleção
bra-sileira sabe quando entrará
em campo pelas quartas de
final. Será na sexta-feira, às
21h, no Nilton Santos.
Com três pontos, o Equador
termina na quarta
colo-cação, já que a Venezuela
também foi derrotada pelo
Peru, e também aguarda o
adversário da próxima fase.
Primeiro tempo
Sem contar com peças
im-portantes, a seleção
brasi-leira tomou um susto no
co-meço da partida. Aos nove
minutos, Valencia arriscou
um chute de muito longe e
pegou de surpresa o goleiro
Alisson, que estava
adianta-do. A bola passou por cima
da trave com muito perigo.
A resposta veio quase 10
minutos depois. Paquetá
recebeu na entrada da área,
deu lindo passe para
Gabi-gol, que girou finalizando,
mas sem pegar em cheio
na bola. Galíndez, que saía
para abafar o centroavante
brasileiro, conseguiu fazer
a defesa. Com mais posse
de bola, mas sem conseguir
furar o bloqueio defensivo
adversário, o Brasil
encon-trou a rede na bola parada.
Cebolinha cobrou falta
na área e encontrou Éder
Militão. O zagueiro subiu no
meio da defesa adversária e
marcou o gol.
Segundo tempo
O Equador retornou
me-lhor para a segunda etapa
e levando perigo. Após
duas investidas seguidas, o
Brasil não conseguiu afastar
de vez um cruzamento
que partiu do escanteio
aos nove minutos. A bola
ficou viva na área, Valencia
desviou de cabeça, e Mena
entrou nas costas da defesa
brasileira. O jogador
equa-toriano finalizou com força,
sem chance nenhuma para
Alisson, para empatar. O
gol deu ânimo aos
equato-rianos, que aproveitaram
a falta de entrosamento de
alguns jogadores
brasilei-ros e seguiram com mais
volume de jogo. Aos 31, Tite
mandou Everton Ribeiro e
Richarlison para o jogo. As
mudanças fizeram o
Bra-sil ganhar um novo ritmo,
mas não o suficiente para
encontrar mais um gol.
Fim da sequência
O empate com o Equador
encerrou uma sequência de
10 vitórias do Brasil. Esta foi
a melhor sequência de Tite
à frente da Seleção, que
caminhava para igualar o
recorde histórico de
Za-gallo, que em 1997 alcançou
o feito de vencer 14
parti-das seguiparti-das no comando
da Seleção.
esportes
CLUBES DE SÃO PAULO
Foto: Ce sar Gre co / A g P alme ir as
Foto: André Durão