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Mariana Caselati. Dificuldades e Transtornos de Aprendizagem O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM? M A T E R I A I S D I D Á T I C O S

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Texto

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

1

M A T E R I A I S D I D Á T I C O S

Dificuldades e Transtornos de Aprendizagem

Mariana Caselati

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

2

Conteúdo

3 Apresentação

5 Por que tanto se fala em transtornos ou dificuldades de aprendizagem? E por qual

razão uma aprendizagem bem sucedida é tão importante?

9 Afinal, o que é aprendizagem?

14 Dificuldade de Aprendizagem:

18 Distúrbios ou Transtornos de Aprendizagem:

26 Então, o que devo fazer?

29 REFERÊNCIAS

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

3

Apresentação

Este E-book surgiu como o marco inicial de um projeto, a Mega Learning Materiais Didáticos, que tem como objetivo desenvolver ativida- des para a alfabetização de crianças com di- ficuldades ou transtornos de aprendizagem.

Nosso propósito é ajudar as crianças a passa- rem por esse momento tão importante, a fase escolar, de forma mais tranquila e prazerosa, tendo como foco norteador a aprendizagem significativa, eficiente e concreta.

Assim como Maria Montessori acreditava que os métodos pedagógicos utilizados com crianças com dificuldades de aprendizagem, quando empregados em crianças normais, os resultados seriam mais rápidos e eficien- tes do que os métodos comuns, também, nós da Mega Learning, acreditamos nessa ideia e trabalhamos para que todas as crianças des- cubram o seu potencial, acreditem em si, e o principal, que descubram o gosto em apren- der.

A escolha do tema inicial, Dificuldades ou

Transtornos de aprendizagem foi feita para

que nós, eu e vocês, leitores e seguidores das

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

4

nossas redes sociais, possamos construir jun- tos uma linha de raciocínio e trabalho satis- fatória para todos. Assim, aproveito a opor- tunidade para convidá-los a deixarem suas dúvidas e seus comentários, para que juntos possamos crescer e, principalmente, possa- mos ajudar as crianças a aprender.

Desta forma, parece-me aceitável começar- mos pelo conceito de aprendizagem, concei- tuarmos o que é dificuldade e transtornos de aprendizagem, quais são os transtornos mais comuns e algumas sugestões de interven- ções.

Desejo a todos uma boa leitura e espero en- contrá-los em breve em nossas redes.

/ml_materiaisdidaticos

/megalearning.materiaisdidaticos mlmateriaisdidaticos.com/sobre

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Por que tanto se fala em

transtornos ou dificuldades de aprendizagem? E por qual razão

uma aprendizagem bem sucedida é tão importante?

O avanço da neurociência e da educação agu- çou ainda mais o desejo de se entender como se dá a aprendizagem, principalmente quan- do relacionadas às pessoas que apresentam alguma dificuldade em suas habilidades bá- sicas da vida acadêmica e/ou social. Todas as novas descobertas acarretaram em signi- ficativas modificações no meio escolar, nas pesquisas científicas e na vida das pessoas como um todo. E isso se deve por 3 razões:

1. As pessoas com transtornos ou difi- culdades de aprendizagem possuem o direito de frequentar a escola e, portan- to, não podem ser excluídas;

2. Houve um aumento de casos de crian-

ças diagnosticadas com tais transtor-

nos ou dificuldades;

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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3. E o motivo principal - tentar obter um diagnóstico cada vez mais cedo a fim

de ajudar na superação do déficit e não mais focar na dificuldade.

Já é sabido que a ob- tenção de um diag- nóstico precoce gera uma série de vanta- gens, mas vale a pena salientarmos as prin- cipais:

1. Quando uma

criança é diagnos- ticada com trans- tornos de apren- dizagem aos 5 - 6 anos, ou até mes- mo antes dessa

idade, o desen- volvimento dela é mais positivo,

principalmente no âmbito psicoló-

gico. O processo de recuperação, tam- bém, é mais rápido. Isso se deve ao fato dela ter adquirido muito menos conte-

údo acadêmico e, consequentemente,

FICA A DICA!

O cérebro é o órgão onde se forma a cognição, sendo, por excelência, o órgão mais organiza- do do nosso organismo.

E por isso é que exer-

ce a função de contro-

lar os movimentos, re-

ceber e interpretar os

estímulos sensitivos,

coordenar os atos da

inteligência, da memó-

ria, do raciocínio e da

imaginação. (SAMPAIO,

Simaia; FREITAS, Ivana

Braga de, 2014)

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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deve fazer menos compensação do que aquelas com diagnóstico tardio.

2. Preencher lacunas na habilidade lei- tora de uma criança com um atraso do

desenvolvimento de um ano, na idade de 7-8 anos, é muito mais simples do que

superar as brechas das crianças de 12 anos. Neste último caso, o processo de recuperação da leitura é muito mais va- garoso e penoso para a criança, pois as dificuldades já são bem maiores.

3. Outro grande motivador para o diag- nóstico precoce reside no fato de que quanto mais a criança é exposta a even- tos frustrantes e traumáticos relacio-

nados à vida acadêmica, os sentimen- tos de fracasso afetam adversamente sua motivação e receptividade. Assim,

muitos professores e profissionais reco- nhecem que o trabalho com as crianças menores se desenvolve com mais facili- dade, pois elas ainda não tiveram muitas experiências com tais sentimentos.

Além do mais, os sentimentos de fracasso e a

baixa motivação para os estudos podem afe-

tar pejorativamente a vida destas crianças;

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Como apontam vários estudos, de caráter psicológico, ao revela-

rem que o sucesso de um sujeito está dire-

tamente relacionado ao seu bom desempe- nho escolar e as crian- ças com essas dificul- dades possuem maior probabilidade de de- senvolverem proble- mas de conduta na adolescência.

Portanto, a busca pela definição, causas e ti- pos de Dificuldades de Aprendizagem fize- ram com que nasces- sem novas concep- ções e mecanismos para o diagnóstico e para a intervenção,

visando possibilitar a superação do déficit.

Mas para isso é relevante que se tente com- preender o que é e como se dá a aprendiza- gem.

OBSERVAÇÃO

Esse fator psicológico precisa ser levado em consideração e termos muito cuidado pois

“as crianças que não apresentam nenhum elemento visível ou ex- plícito tendem a fusio- narem com o proble- ma, imaginando que é ela, a criança, uma in- capaz para o processo.

A criança tende a ser

vista - e a assumir esse papel- como impossi-

bilitada no processo de aprendizagem.” (ROT-

TA, Newra Tellechea;

BRIDI FILHO, César Au- gusto; BRIDI, Fabiane Romano de Souza, p.

23, 2016)

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Afinal, o que é aprendizagem?

Há várias definições de aprendizagem, mas, de forma resumida, podemos dizer que se tra- ta da capacidade do homem de se adaptar ao meio. Falando assim parece ser algo simples, mas na verdade trata-se de um processo com- plexo que ocorre através da integração de di- versas funções do sistema nervoso central, que o modifica não só estruturalmente, mas também na sua forma de funcionar.

Esse processo está relacionado ao número de vezes que uma via neural recebe um es- tímulo. E para que esse estímulo chegue de forma adequada é preciso a integração de di- versas habilidades, além do desenvolvimen- to emocional e comportamental.

acessibilidade

aprendizagem

pesquisa

comunicação

orientação

leitura

es tudant e

escola formação reflexão

dedicão

organizão

interão

motivão planejamento avaliação

ensino ac omp anhament o

grupo aula

perspectiva

potencialização

desafios diálogo

professor universidade

inclusão conceitos

conhecimento

educação

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Ativa os sistemas

visual e motor

Tudo começa ao posicio- nar os símbolos no cen- tro da retina, região dos olhos capaz de distinguir detalhes pequenos. O sis- tema visual providencia, junto ao sistema motor, os movimentos oculares seguindo a sequência de letras e palavras.

Busca significado

O córtex visual junta os tracinhos das letras e depois as letras em palavras para verificar se trata de um “b”, um “o” e um “m”, e, portanto, da palavra “bom”. Depois, envia essa informação com a Área de Re- conhecimento Visual da Forma das Palavras (VWFA), que confirma a palavra “bom” e troca informações com as regiões da memória, em busca do significado dessa palavra.

Aciona a memória

A criança precisa aprender a ativar a sua memória operacional (ou “de trabalho”), coordenada pelo córtex pré-frontal dorsal, para ler as pa- lavras em sequência sem esquecer as anteriores, e atribuir sentido à frase etc. Precisa utilizar o córtex cingulado anterior para conseguir focar a atenção no que lê, e não em outros pensamentos, ou em obje- tos e pessoas ao redor.

Sintática e semântica

A análise sintática (relacionada às regras do idioma) e semântica (o sig- nificado das palavras) é feita pelo opérculo frontal em parceria com as áreas temporais inferiores do órgão cerebral. No opérculo frontal estão

“guardadas” as regras do idioma. Nas áreas temporais estão os léxicons (“dicionários”), que indicam o significado das palavras e das frases.

Decodifica imagens

A imagem é transformada em impulsos elétricos nervosos, e, como toda informação processada pelo cérebro humano, segue para o tálamo antes de chegar ao córtex.

Reciclagem neural

Uma área específica do hemisfério esquerdo (VWFA) é ativada em pessoas alfabetizadas sempre que os indivíduos são expostos a pa- lavras escritas, em qualquer idioma. A mesma região não é ativada no cérebro de analfabetos. Isso significa que a alfabetização “reci- clou” essa área para se encarregar da leitura.

FONTE: NOVA ESCOLA , EDIÇÃO 320

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Porém quando falamos especificamente da aprendizagem escolar, nesse processo, en- tra, também, a neuroplasticidade e a matura- ção neurológica. A neuroplasticidade ocorre de forma muito intensa nas crianças e trata- -se da capacidade do encéfalo de adaptar- -se a modificações

- as novas funções

aprendidas. Esse processo dinâmico

de adaptação gera, consequentemente, uma evolução e por- tanto - o amadureci- mento. A essa ativi- dade damos o nome de maturação neuro- lógica, que é de gran- de importância para a vida escolar das crianças, como vere-

mos a seguir.

A maturação neu- rológica, de tempos em tempos, nos leva

a períodos sensíveis ou críticos, que é o pe- ríodo ótimo para uma determinada aprendi-

ATENÇÃO:

É muito comum pensar-

mos que que todas as

pessoas aprendem de

forma similar, porém, a

variedade de processos

que ocorrem para que

isso se efetive mostram

sempre um desenvolvi-

mento peculiar a cada

indivíduo, refletindo o

modo singular em que

cada estrutura se orga-

niza, suas estruturas e

suas dificuldades, crian-

do assim as característi-

cas individuais.

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zagem ou aquisição de uma nova habilidade.

Por exemplo, o ama- durecimento das áre- as corticais superio- res (gnosias, praxias, linguagem, memória e funções executivas), vai permitir a aprendi- zagem de leitura, es-

crita, interpretação, argumentação, cálcu-

lo e raciocínio lógico.

Esse período ocorre e

ntre os 6-7 anos de idade, que é a fase ideal para a alfabetização ou início da fase escolar.

FICA A DICA!

O desenvolvimento re- sulta da aprendizagem;

a aprendizagem é uma mudança duradoura

no comportamento ba- seada na experiência ou adaptação ao meio.

O desenvolvimento é contínuo.

ANOS 11 ANOS 7 ANOS 2 MESES 6

MÊS 1

tronco cerebral córtex primário córtex associativo córtex associativo heteromodal córtex associado heteromodal

esquemas reflexivos esquema sensório- motor

estágio pré-operatório estágio operacional

concreto

pensamento formal

Habilidades adquiridas por idade

FONTE: PROJETO PRIMEIRA INFANCIA

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Porém, apesar de se tratar de uma período ótimo para a alfabetização, é corriqueiro que as crianças apresentem algum tipo de difi- culdade na aprendizagem, muitas vezes isso se deve às mudanças de hábitos ou de roti- na. Ou seja, muitas vezes essas dificuldades fazem parte da fase de adaptação e deve se caracterizar por ser algo passageiro e de cur- ta duração. Porém, se as dificuldades conti- nuam e geram um atraso significativo, é ne- cessário realizar uma investigação com uma equipe multidisciplinar para se identificar as causas ou fatores que estão comprometen- do a aprendizagem.

Por essas razões é muito comum encontrar-

mos na literatura ou até mesmo no cotidiano

escolar, termos como: dificuldades, distúr-

bio e transtornos de aprendizagem empre-

gados de forma equivocada. Então, vamos

estabelecer corretamente as diferenças en-

tre eles?!

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Dificuldade de Aprendizagem:

A dificuldade de aprendizagem é um sintoma;

E isso quer dizer que há algo por detrás

dela, diferentemente dos distúrbios ou

transtornos de aprendizagem. A dificuldade

de aprendizagem pode ser definida como

sendo um atraso no aprendizado e na

aquisição de uma ou mais habilidades, que

acarretam no baixo desempenho escolar.

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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As dificuldades podem ser classificadas como de percurso ou secundárias a outros quadros diagnosticados.

As de percurso, em sua maioria, possuem caráter extrínseco à criança e estão rela- cionadas ao meio em que ela está inserida.

Como inadequação pedagógica, incapacita- ção de professores, condições socioeconô- mico-culturais adversas, baixa escolaridade dos pais e ambiente familiar desfavorável;

Não oferecendo assim, condições adequa- das para o bom desempenho escolar. Tam- bém, nessa classe, podemos colocar as difi- culdades pontuais, isto é, as dificuldades em determinadas matérias ou em um momento específico da vida acadêmica. Os problemas psicológicos, como baixa autoestima e fal-

DÉFICITS EM HABILIDADES

ACADÊMICAS

NEUROBIOLOGIA

∙ Fatores genéticos

∙ Estrutura e função cerebral

PROCESSOS COGNITIVOS

FUNDAMENTAIS

FATORES

COMPORTAMENTAIS/

PSICOSSOCIAIS AMBIENTE

FONTE: NIH PUBLIC ACCESS: DISLEXYA - THE EVOLUTION OF A SCIENTIFIC CONCEPT

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ta de motivação, são classificados como de percurso, também. Essas condições são as causas das dificuldades escolares ou os po- tencializadores dos Transtornos de Aprendi- zagem.

Já as dificuldades de aprendizagem chama- das de secundárias a outros quadros diag- nosticáveis, possuem como característica serem intrínseca à criança. Os outros qua- dros diagnosticáveis podem ser as altera- ções das funções sensoriais, doenças crô- nicas, transtornos psiquiátricos, deficiência mental e doenças neurológicas.

As doenças neurológicas mais frequentes

que causam dificuldades de aprendizagem

são a paralisia cerebral e o transtorno de défi-

cit de atenção/hiperatividade (TDAH), defici-

ência mental, transtorno do espectro autis-

ta e epilepsia. Elas se referem às alterações

neurobiológicas que impedem o desenvolvi-

mento adequado de alguma etapa do proces-

so de aprendizagem escolar. Os principais

problemas dessa ordem estão divididos em

quatro áreas de processamento de informa-

ções: a atenção, a percepção visual, o pro-

cessamento da linguagem e a coordenação

muscular.

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Os problemas de atenção, na maioria das ve- zes, são manifestados através do Transtor- nos de Déficit de Atenção/ Hiperatividade (TDAH).

Já a deficiência de percepção visual se trata de um problema que faz com que os alunos apresentem dificuldades em entender o que vêem, apesar de não se tratar de um proble- ma visual, e sim da incapacidade do cérebro de processar as informações transmitidas a ele visualmente.

A deficiência de processamento da lingua- gem engloba problemas com qualquer as- pecto da linguagem, como ouvir as palavras corretamente, entender o que elas signi- ficam, recordar coisas que lhes são ditas e também comunicar-se de modo eficiente.

E por fim, há, também, as deficiências moto-

ras finas, as crianças que sofrem dessa defi-

ciência apresentam dificuldades em contro-

lar grupos de pequenos músculos das mãos,

dificultando o uso da escrita.

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Distúrbios ou Transtornos de Aprendizagem:

DIFICULDADES PSICOMOTORAS

DIFICULDADES EMOCIONAIS

DIFICULDADES

DE ATENÇÃO DIFICULDADES

COGNITIVAS

DIFICULDADES PERCEPTIVAS

DIFICULDADES DE COMPORTAMENTO

DIFICULDADES DE MEMÓRIA

DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM

Di ls x e i a

4 2

3

FONTE PRA. DRA. ÂNGELA MATHYLDE

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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Os transtornos de aprendizagem são ca- racterizados por serem uma inabilidade es- pecífica na área da leitura, da escrita ou da matemática, em crianças que apresentam desempenho significativamente abaixo do esperado para seu nível de desenvolvimen- to, escolaridade e capacidade intelectual.

Normalmente esses transtornos de apren- dizagem são percebidos apenas no Ensino Fundamental, mas se o professor e os pais tiverem um olhar mais crítico ao observar os sinais demonstrados pela criança, é possível detectar logo no início, permitindo assim que essa criança receba o tratamento adequado, diminuindo as perdas de aprendizado.

Abaixo, seguem alguns sinais de transtornos de aprendizagem antes da idade escolar são:

» Dispersão;

» Fraco desenvolvimento da atenção;

» Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem

» Dificuldade de aprender rimas e can-

ções;

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» Fraco desenvol- vimento da coor- denação motora;

» Dificuldade com quebra-cabeças;

» Falta de interes- se por livros im- pressos.

O transtorno/ distúr- bio de aprendizagem mais diagnosticado por especialistas é a dislexia. E segundo a IDA – International Dyslexia Association, esse distúrbio pode ser definido como um transtorno específi- co de aprendizagem de origem neurobio- lógica, caracteriza- da por dificuldade no reconhecimento pre-

ciso e/ou fluente da palavra, na habilida-

de de decodificação e de soletração. Desta forma, as crianças com dislexia apresentam

NÃO ESQUEÇA!!!

Transtornos ou Distúr- bios de Aprendizagem são representados por

inabilidades acadêmicas específicas, como reco- nhecer palavras, com- preender a leitura, flu- ência leitora, cálculo ou resolução de problemas matemáticos e expres- são escrita.

3 passos para a identifi- cação:

1 - uma resposta inade- quada à instrução apro- priada;

2- baixo desempenho

em leitura, em matemá-

tica e/ ou em expressão

escrita;

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determinadas anor- malidades neurológi- cas, pois suas células neurais que formam os circuitos linguísti- cos não estão orga- nizadas adequada-

mente, dificultando a decodificação das palavras e a compre- ensão do que está sendo lido.

Fique de olho nos si- nais da dislexia:

» Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita;

» Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras);

» Desatenção e dispersão;

» Dificuldade em copiar de livros e da lousa;

» Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.);

3- evidências de que outros fatores (p. ex., transtornos sensoriais, retardo mental, profici- ência limitada na língua de instrução, instrução inadequada) não sejam a principal causa do bai- xo desempenho.

(ROTTA, Newra Telle-

chea; BRIDI FILHO, Cé-

sar Augusto; BRIDI, Fa-

biane Romano de Souza,

p. 19, 2016)

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» Desorganização geral, constantes atra- sos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences;

» Confusão para nomear entre esquerda e direita;

» Dificuldade em manusear mapas, dicio- nários, listas telefônicas etc.;

» Vocabulário pobre, com sentenças cur- tas e imaturas ou longas e vagas;

Mas fiquem tranquilos, pois o mais impor-

tante em um caso de dislexia, é fazer um

diagnóstico precoce. Quanto mais depres-

sa proporcionarmos as ferramentas que as

crianças precisam para se adaptar ao pro-

cesso de aprendizagem, melhores chances

terão para aperfeiçoar seus recursos men-

tais e ter uma vida plena.

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Disgrafia: caracteriza-se pela escrita inin- teligível, apesar de eventual preservação da forma gráfica.

Trata-se da disfunção da integração sensó- rio-motora que acarreta problemas de orde- nação, sequenciação, planificação e execu- ção da escrita.

Neste caso, o tratamento é feito por meio da psicomotricidade e da integração sensório-

Área de Broca

Processamento da

linguagem, produção da fala e compreensão

Giro Supramarginal

Centro da compreensão da palavra falada, ações e metáforas.

Giro Angular

Colinguagens, resgate de memórias, atenção,

cognição espacial, etc.

Área de Wenicke

Conhecimento,

interpretação/associação das informações

Corte x auditivo primário

É excitado por sons de alta e baixa frequência.

FONTE: INTERNET

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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-motora para a recuperação da escrita. Como por exemplo: trabalhar com argila, recorte e colagem, dobradura, pintura com pincel, en- tre outros.

Disortografia: dificuldade relacionada ape- nas à ortografia. Caracterizada por dificul- dade em soletrar em voz alta e em escrever corretamente, com erros sistemáticos de escrita. Além disso, há uma combinação de dificuldades na capacidade de compor tex- tos escritos, marcada por erros de gramáti- ca, pontuação e má organização dos pará- grafos. Esses erros de escrita não ocorrem necessariamente na leitura, dessa forma, pode haver disortografia sem dislexia; mas sempre que há dislexia, há disortografia.

Para trabalhar esse distúrbio, estimule mui- to a leitura, jogos como caça-palavras, cru- zadinhas, STOP, entre outros que envolvam a escrita.

Discalculia: um tipo de disfunção cerebral

que acomete as áreas responsáveis pelo

processamento matemático e se caracteri-

za pela forma que a criança associa as ha-

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bilidades matemáticas com o mundo a sua volta.

Normalmente, as pessoas com discalculia confundem números e signos e não são ca- pazes de fazer cálculos mentais ou trabalhar com ideias abstratas. Apresentando, assim, um comprometimento relevante na aquisi- ção de conceitos matemáticos, bem como em outras atividades que exigem raciocínio lógico. Essa baixa capacidade para lidar com números e conceitos matemáticos não ad- vém de lesões ou outras causas orgânicas.

Seguem algumas práticas e jogos fáceis para superar a discalculia:

• Cozinhar: Permita que a criança ajude na cozinha, assim ela terá contato com números, medidas, pesos e volumes de forma concretta;

• Jogue com o tempo: Faça com que a

criança comece a trabalhar com a noção

de tempo, isso é, peça para ela te avisar

quando chegar a hora de determinado

evento; pergunte para ela quanto tempo

falta para um passeio ou comemoração,

etc...

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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• Vá às compras: Deixe ela te ajudar a fazer as compras, identifiquem o que e quan- tas coisas estão na lista e deixe a criança buscá-las por si mesma. Outra dica im- portante nessa hora é fazer perguntas sobre os preços, qual é o mais barato e qual é o mais caro, etc..

Então, o que devo fazer?

O primeiro passo para um desenvolvimento saudável é sempre observar… Uma obser- vação atenta e consciente é de fundamental importância para que haja tempo de buscar ajuda especializada.

Quando houver uma dificuldade de aprendi- zagem persistente e os sinais de alerta men- cionados anteriormente forem observados, é hora de buscar ajuda para um diagnóstico médico.

Quando diagnosticado o transtorno, a crian-

ça precisa saber da natureza do problema

dela, com a maior clareza possível, esse é o

primeiro passo para um tratamento eficaz de

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

27

qualquer transtorno.

A criança precisa saber que a sua dificulda- de tem um nome, que não é falta de inteli- gência e que receberá ajuda para melhorar.

E todas as outras pessoas que fazem parte do convívio desta criança precisam ser posi- tivas, pacientes, compreensivas e sensíveis ao perceberem problemas de autoestima.

Pois como dizia Mathew L. Jacobson: “Atrás

de cada criança que acredita em si mesma,

está uma família que acreditou primeiro.”

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Graduada em Pedagogia pela Universidade Anhembi Mo-

rumbi. Por toda minha vida tive interesse na área de

educação e, principalmente, com alunos com dificuldade de aprendizagem. Assim,

tornei-me especialista em Educação Especial direcionada para au-

tistas, intensifican- do ainda mais minha paixão pelo estudo

da educação e suas técnicas de apren- dizagem.

SOBRE A AUTORA

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O QUE SÃO DIFICULDADES E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM?

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REFERÊNCIAS

CANCIAN, Queli Ghilardi; MALACARNE, Vilmar. DIFERENÇAS ENTRE DIFICULDADES

DE APRENDIZAGEM E TRANSTORNOS DE APRENDIZAGEM, 2019.

NETO, Francisco Frederico; CARDOSO, Andréa Cristina; KAIHAMI, Harumi Nemoto; OSTERNACK, Kátia; NASCIMENTO, Andreia de Fátima; BARBIERI, Carolina Luísa Alves; PETLIK,Marina Emiko Ivamoto.

Dificuldade de aprendizagem no Ensino Fundamental e Médio: a percepção de professores de sete escolas públicas de São Paulo - SP 2015.

PATERLI, Solange Moreira; ZUANETTI, Patrícia Aparecida; PONTES-FERNANDES, Angela Cristina;

FUKUDA, Marisa Tomoe Hebihara; HAMAD, Ana Paula Andrade. Triagem e diagnóstico de dificuldades/

transtornos de aprendizagem - desfecho de avaliações interdisciplinares, 2017.

RELVAS, Marta Pires. Neurociências e Transtornos de Aprendizagem: as múltiplas eficiências para uma educação inclusiva, 2015.

ROTTA, Newra Tellechea; OHLWEILER, Lygia;

RIESGO, Rudimar dos Santos. Transtornos da Aprendizagem: abordagem neurobiológica e multidisciplinar, 2016.

ROTTA, Newra Tellechea; BRIDI FILHO, César Augusto; BRIDI, Fabiane Romano de Souza.

Neurologia e Aprendizagem: abordagem

multidisciplinar, 2016.

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SAMPAIO, Simaia; FREITAS, Ivanna Braga de.

Transtornos e dificuldades de aprendizagem:

entendendo melhor os alunos com necessidades educativas especiais, 2014.

SENNYEY, A., Capovilla, F. C. & Montiel, J. M.

Transtornos de aprendizagem: da avaliação à reabilitação, 2008.

SIQUEIRA, Cláudia Machado; GURGEL-GIANNETTI, Juliana. Mau desempenho escolar: uma visão atual, 2010.

PROJETO PELA PRIMEIRA INFANCIA TEMAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL: criança, um ser em desenvolvimento. MIRANDA, Mônica C.; PIZA, Carolina Toledo; SOUSA, André Luiz de; SOUZA, Daniele Pereira de; FERREIRA, Juliana C. N.; Villachan-Lyra, POmpeia;

Nikaedo, Carolina; BUENO, Orlando N. A.; 2016.

Revista Nova Escola, Março 2019, Edição 320 - Como

a neurociência pode auxiliar em sala de aula. Manir,

Mônica.

Referências

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