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Aula 02 Ativo Imobilizado (CPC 27) Contabilidade Avançada Regular Prof. Igor Cintra. 1 de Prof. Arthur Lima Aula 00

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(1)

Aula 02 Ativo Imobilizado (CPC 27)

Contabilidade Avançada Regular

Prof. Igor Cintra

(2)

Sumário

AULA 02 ...2

CPC 27 – ATIVO IMOBILIZADO ... 3

DEFINIÇÕES ... 3

RECONHECIMENTO ... 9

CUSTOSSUBSEQUENTES ... 11

MENSURAÇÃONORECONHECIMENTO ... 13

ELEMENTOSDOCUSTO ... 14

MENSURAÇÃODOCUSTO ... 23

MENSURAÇÃOAPÓSORECONHECIMENTO ... 26

MÉTODODOCUSTO ... 26

MÉTODODOVALORJUSTO ... 26

DEPRECIAÇÃO ... 29

VALORDEPRECIÁVELEPERÍODODEDEPRECIAÇÃO ... 30

MÉTODODEDEPRECIAÇÃO ... 46

BAIXA ... 57

QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ... 66

LISTA DE QUESTÕES... 90

GABARITO ... 100

RESUMO DIRECIONADO ... 101

(3)

Aula 02

E aí pessoal, como foram os estudos da semana passada? O CPC 01 – Redução ao Valor Recuperável de Ativos é assunto recorrente e praticamente certo em sua prova, seja lá qual for a banca organizadora! Em quase todas as provas que cobram Contabilidade Avançada tem ao menos uma questão sobre o teste de recuperabilidade!

Tenha muita atenção aos tópicos apresentados e resolva novamente as questões que você teve dificuldade.

Na aula de hoje analisaremos aspectos do CPC 27 – Ativo Imobilizado, que é outro Pronunciamento Técnico que despenca em concursos públicos. Tenha muita atenção!

Faça um rígido controle de desempenho, verificando seus pontos fracos. Ao final da aula bata nestes temas!

Se ainda restar dúvidas entre em contato comigo pelo fórum do site!

Caso você tenha alguma dúvida podemos nos comunicar através do fórum do site. Além disso, fique à vontade para curtir minhas redes sociais!

Vamos ao trabalho!

(4)

CPC 27 – Ativo Imobilizado

O objetivo do CPC 27 – Ativo Imobilizado é estabelecer o tratamento contábil para ativos imobilizados, de forma que os usuários das demonstrações contábeis possam discernir a informação sobre o investimento da entidade em seus ativos imobilizados, bem como suas mutações. Os principais pontos a serem considerados na contabilização do ativo imobilizado são o reconhecimento dos ativos, a determinação dos seus valores contábeis e os valores de depreciação e perdas por desvalorização a serem reconhecidas em relação aos mesmos.

DEFINIÇÕES

Vamos analisar algumas definições constantes do CPC 27 – Ativo Imobilizado. Algumas delas são idênticas às definições analisadas na primeira aula (CPC 01). No entanto, vale a pena relembrar tais conceitos!

Valor Contábil

Valor contábil é o valor pelo qual um ativo é reconhecido após a dedução da depreciação e da perda por redução ao valor recuperável acumuladas.

Custo

Custo é o montante de caixa ou equivalente de caixa pago ou o valor justo de qualquer outro recurso dado para adquirir um ativo na data da sua aquisição ou construção.

Valor Depreciável

Valor depreciável é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.

Depreciação

Depreciação é a alocação sistemática do valor depreciável de um ativo ao longo da sua vida útil.

Valor Específico para a Entidade

Valor específico para a entidade (valor em uso) é o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera (i) obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.

Valor Justo

Valor justo é o preço que seria recebido pela venda de um ativo ou que seria pago pela transferência de um passivo em uma transação não forçada entre participantes do mercado na data de mensuração.

Perda por Redução ao Valor Recuperável

Perda por redução ao valor recuperável é o valor pelo qual o valor contábil de um ativo ou de uma unidade geradora de caixa excede seu valor recuperável.

(5)

Ativo Imobilizado

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

Vamos verificar como estes conceitos podem cair em sua prova!

(FGV – Analista Legislativo – CM Salvador/BA – 2018) Dentro do contexto da gestão patrimonial das empresas, os bens corpóreos destinados à manutenção das atividades de uma companhia ou exercidos com essa finalidade são classificados como:

a) ativo contábil;

b) ativo imobilizado;

c) bens intangíveis;

d) despesa operacional;

e) despesa permanente.

RESOLUÇÃO:

Ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Correspondem aos direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da entidade ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram a ela os benefícios, os riscos e o controle desses bens.

IMOBILIZADO

mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços

aluguel a outros

fins administrativos se espera utilizar por mais

de um período

(6)

Assim, correta a alternativa B.

GABARITO: B

Zé Curioso: “Professor, sempre tenho dúvida em relação à classificação de um imóvel alugado. A definição acima cita ‘aluguel a outros’. Como é que isso funciona?”

Zé, ótima pergunta! Isso tem sido cobrado com frequência em provas de concursos públicos. Quando determinado aluguel de imóvel é realizado a pessoas ligadas às atividades operacionais da entidade (atividade-fim), como seus funcionários, o imóvel é classificado no Imobilizado. Caso contrário (aluguel a terceiros que não tem relação com a entidade), será classificado em Investimentos, como Propriedade para Investimentos. A Fundação Getúlio Vargas adora cobrar este conceito!

(FGV – Auditor – MPE/AL – 2018) Uma sociedade empresária que presta consultoria tributária transferiu sua sede de Belo Horizonte para Porto Alegre. Para isso, transferiu seus funcionários para Porto Alegre.

A sociedade empresária adquiriu apartamentos em um prédio localizado ao lado da nova sede em Porto Alegre para alugar a seus funcionários.

Assinale a opção que indica a contabilização dos apartamentos no balanço patrimonial da entidade.

a) Ativo Circulante.

b) Ativo Realizável a longo prazo.

c) Ativo Imobilizado.

d) Propriedade para Investimento.

e) Patrimônio Líquido.

RESOLUÇÃO:

Por definição ativo imobilizado é o item tangível que:

(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins administrativos; e

(b) se espera utilizar por mais de um período.

Interessante observar que a definição de ativo imobilizado cita itens tangíveis que são alugados a “outros”.

Cuidado com esta palavra, pois pode ser traiçoeira! Veja abaixo a definição de Propriedade para Investimento, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 28.

Propriedade para investimento é a propriedade (terreno ou edifício – ou parte de edifício – ou ambos) mantida (pelo proprietário ou pelo arrendatário em arrendamento financeiro) para auferir aluguel ou para valorização do capital.

Para saber, portanto, onde classificar o item devemos analisar com cuidado o item alugado. Se o aluguel se relacionar com a atividade-fim da entidade o item será classificado no Imobilizado. Por outro lado, se o aluguel é o objetivo final a ser atingido, o item será classificado como Propriedade para Investimento.

No cenário em tela, por exemplo, o apartamento foi alugado aos funcionários. Portanto, o item será classificado no Ativo Imobilizado da entidade.

(7)

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

Tenha, portanto, cuidado na classificação de itens alugados.

Vamos prosseguir com a análise de questões!

(CFC – Bacharelado – Exame de Suficiência – 2017) Uma Sociedade Empresária que atua no ramo de construção civil está construindo um prédio onde será instalada uma de suas filiais.

Para essa construção, a Sociedade Empresária está utilizando materiais provenientes de seu estoque, bem como usando a mão de obra de seus empregados.

Considerando-se o estabelecido nas Normas Brasileiras de Contabilidade, os gastos com a construção do referido prédio deverão ser reconhecidos em uma conta de:

a) Estoque.

b) Imobilizado.

c) Intangível.

d) Investimentos.

RESOLUÇÃO:

Perceba que o prédio que está sendo construído será utilizado pela entidade em suas atividades operacionais (filial). Assim, o gasto de construção deverá ser ativado no Ativo Não Circulante – Imobilizado, na conta

“Imobilizações em Andamento”.

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

Vamos prosseguir com as definições constantes do Pronunciamento Técnico CPC 01.

Aluguel para terceiros não

relacionados

Propriedade para Investimento

Aluguel para pessoas relacionadas

Ativo Imobilizado

(8)

Valor Recuperável

Valor recuperável é o maior valor entre o valor justo menos os custos de venda de um ativo e seu valor em uso.

Valor Residual

Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

Vamos resolver um exercício recente que cobrou tais definições?

(AOCP – Técnico – UFJF – 2015) De acordo com a Resolução de n.º 1.025/05, o Conselho Federal de Contabilidade aprovou a NBC T 19.1 - Imobilizado, que estabelece critérios e procedimentos para registro contábil de ativo imobilizado tangível. Sobre o assunto, assinale a alternativa correta.

(A) Esta norma se aplica também aos ativos imobilizados intangíveis.

(B) Valor justo é o montante pelo qual o ativo está registrado na contabilidade, valor líquido da respectiva depreciação acumulada.

(C) Valor recuperável é o valor pelo qual um ativo poderia ser negociado entre partes independentes e interessadas.

(D) Valor justo é o maior entre o valor líquido de venda de um ativo e o seu valor em uso.

(E) Valor residual é o montante líquido que a entidade espera obter, com razoável segurança, por um ativo no fim de sua vida útil, deduzidos os custos esperados para sua venda.

RESOLUÇÃO:

Abstraindo que a Resolução CFC n° 1.025/05 foi revogada pela Resolução CFC nº 1.177/09 (posteriormente alterada pela NBC TG 27) vamos analisar as alternativas apresentadas.

a) Incorreta. Esta norma aplica-se apenas a itens do imobilizado e, portanto, tangíveis.

b) Incorreta. Trata-se da definição de valor contábil.

c) Incorreta. Trata-se da definição antiga (ora revogada) de valor justo.

d) Incorreta. Trata-se da definição de valor recuperável.

e) Correta. Valor residual de um ativo é o valor estimado que a entidade obteria com a venda do ativo, após deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a condição esperadas para o fim de sua vida útil.

GABARITO: E

(FCC – Auditor – TCM/GO – 2015) O valor original de um ativo deduzido do seu valor residual denomina-se valor

(A) líquido Contábil.

(9)

(B) contábil Original Líquido.

(C) depreciável, amortizável ou exaurido.

(D) realizável Líquido.

(E) realizável.

RESOLUÇÃO:

Valor depreciável, amortizável ou exaurido é o custo de um ativo ou outro valor que substitua o custo, menos o seu valor residual.

Assim, correta a alternativa C.

GABARITO: C

(VUNESP – Contador – Itatiba-SP – 2015) No que tange ao ativo imobilizado, o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil, ou mesmo incorrer na liquidação de um passivo, refere-se ao valor

(A) justo do bem.

(B) realizável do bem.

(C) de impairment.

(D) específico do bem para a entidade.

(E) da unidade geradora de caixa.

RESOLUÇÃO:

Valor específico para a entidade (valor em uso) é o valor presente dos fluxos de caixa que a entidade espera (i) obter com o uso contínuo de um ativo e com a alienação ao final da sua vida útil ou (ii) incorrer para a liquidação de um passivo.

Com isso, correta a alternativa D.

GABARITO: D

Para finalizar a parte de definições constantes do CPC 27, vamos analisar o conceito de vida útil.

Vida Útil

Vida útil é:

(a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou

(b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

(10)

Perceba que a vida útil a ser utilizada para fins de depreciação contábil é aquela que foi definida pela própria administração da entidade. Leia novamente a definição de vida útil e perceba que é o “período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo”.

Eventualmente as bancas podem tentar te confundir, fornecendo a vida útil definida pelo fabricante ou pela legislação fiscal. Esqueça estes dados, pois quem define a vida útil é a própria entidade!

(AOCP – Técnico – UFPEL – 2015) O período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo, ou o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo, denomina-se

(A) Valor Depreciável.

(B) Mensuração do Custo.

(C) Vida Útil.

(D) Valor Residual.

(E) Valor Recuperável.

RESOLUÇÃO:

Vimos que Vida Útil é (a) o período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo; ou (b) o número de unidades de produção ou de unidades semelhantes que a entidade espera obter pela utilização do ativo.

Com isso, correta a alternativa C.

GABARITO: C

Vamos passar a análise do reconhecimento de um item do Imobilizado.

RECONHECIMENTO

O custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e (b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Veja que isso é bastante lógico. Qualquer ativo só deve ser reconhecido, conforme vimos na aula sobre a Estrutura Conceitual Básica, se for provável que fluirão benefícios econômicos futuros para e entidade. A outra condição também é totalmente lógica, já que se a entidade não tiver condição de mensurar o custo, por qual valor ela reconheceria o item em seu ativo, não é?!?

VIDA ÚTIL

período de tempo durante o qual a entidade espera utilizar o ativo

número de unidades de produção que a

entidade espera obter pela utilização do ativo

(11)

Sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado.

(FGV – Contador – Paulínia-SP – 2016) De acordo com o pronunciamento técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, o custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se satisfeitas as condições a seguir.

I. Os futuros benefícios econômicos associados ao item provavelmente fluirão para a entidade.

II. O custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

III. Os riscos associados ao item forem assumidos por terceiros.

Está correto o que se afirma em (A) I, apenas.

(B) I e II, apenas.

(C) I e III, apenas.

(D) II e III, apenas.

(E) I, II e III.

RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, o custo de um item de ativo imobilizado deve ser reconhecido como ativo se, e apenas se:

(a) for provável que futuros benefícios econômicos associados ao item fluirão para a entidade; e (b) o custo do item puder ser mensurado confiavelmente.

Assim, correta a alternativa B.

GABARITO: B

(CESPE – Analista – TJ-SE – 2014) Entidades que adquirem peças de reposição com expectativa de utilizá- las por mais de um período contábil devem reconhecer essas peças como ativo imobilizado.

( ) CERTO ( ) ERRADO

RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, sobressalentes, peças de reposição, ferramentas e equipamentos de uso interno são classificados como ativo imobilizado quando a entidade espera usá-los por mais de um período. Da mesma forma, se puderem ser utilizados somente em conexão com itens do ativo imobilizado, também são contabilizados como ativo imobilizado.

Com isso, correta a afirmativa.

GABARITO: C

(12)

CUSTOS SUBSEQUENTES

A entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de-obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para

“reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.

Partes de alguns itens do ativo imobilizado podem requerer substituição em intervalos regulares. Por exemplo, um forno pode requerer novo revestimento após um número específico de horas de uso; ou o interior dos aviões, como bancos e equipamentos internos, pode exigir substituição diversas vezes durante a vida da estrutura. Itens do ativo imobilizado também podem ser adquiridos para efetuar substituição recorrente menos frequente, tal como a substituição das paredes interiores de edifício, ou para efetuar substituição não recorrente. Segundo o princípio de reconhecimento, a entidade reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado o custo da peça reposta desse item quando o custo é incorrido se os critérios de reconhecimento forem atendidos. O valor contábil das peças que são substituídas é baixado.

Uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da inspeção anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou construído. Se necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante pode ser usado como indicador de qual é o custo do componente de inspeção existente, quando o item foi adquirido ou construído.

O Manual FIPECAFI (2ª edição) faz a divisão dos gastos relacionados aos bens do Ativo Imobilizado em duas naturezas:

Gastos de Capital – são os que irão beneficiar mais de um exercício social e devem ser adicionados ao valor do Ativo Imobilizado, desde que atendam às condições de reconhecimento de um ativo (custo de aquisição do bem, custo de instalação e montagem etc).

Gastos do Período (despesas) – são os que devem ser agregados às contas de despesas do período, pois só beneficiam um exercício e são necessários para manter o Imobilizado em condições de operar, não lhe

MANUTENÇÃO

PERIÓDICA DESPESA

INSPEÇÕES IMPORTANTES

ATIVA NO

IMOBILIZADO

(13)

aumentando o valor. Não é provável que esses gastos tenham o potencial de gerar benefícios econômicos futuros para a entidade. Logo não podem ser reconhecidos com ativo, mas sim como despesa (manutenção e reparos etc).

Vamos verificar como isso pode cair em sua prova!

(ESAF – Especialista – ANAC – 2016) Nos termos do definido no CPC 27 – "Ativo Imobilizado", aprovado pela Comissão de Valores Imobiliários, e na NBC TG 27, assinale a opção correta.

a) Os custos para implantação de um Ativo Imobilizado devem ser lançados a título de despesas operacionais.

b) Ativos Imobilizados não se submetem a teste de impairment.

c) Custos com mão de obra para manutenção corretiva de Ativos Imobilizados devem ser agregados ao seu valor contábil.

d) Os custos decorrentes de paradas programadas, previstas pelo fabricante para a manutenção operacional de um Ativo Imobilizado, devem ser agregados ao seu valor contábil.

e) O preço de aquisição de um Ativo Imobilizado deve ser deduzido dos valores correspondentes a impostos não recuperáveis, que devem ser segregados e contabilizados na conta "Despesas com Tributos".

RESOLUÇÃO:

Vamos analisar as alternativas apresentadas.

a) Incorreta. Os gastos de implantação de um Ativo Imobilizado, como quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração, integram o custo do item (e não lançados como despesas).

b) Incorreta. Sabe-se que os Imobilizados devem passar pelo teste de recuperabilidade.

c) Incorreta. A entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos.

d) Correta. Vimos que as paradas programadas são ativadas, ou seja, seu custo é agregado ao valor contábil do ativo.

e) Incorreta. O custo de um item do ativo imobilizado compreende impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos.

Com isso, correta a alternativa D.

GABARITO: D

(FGV – Analista Judiciário – TJ-RO – 2015) A Cia. Capa é proprietária de uma frota de navios de carga que possuem vida útil de 30 anos. A recomendação técnica do estaleiro que produz esses navios é de que a cada 3 anos eles passem por uma inspeção geral, visando identificar eventuais falhas, para garantir sua operação adequada ao longo de toda sua vida útil. Os gastos com essas inspeções devem ser:

(A) reconhecidos como despesa do período em que forem efetuados;

(B) reconhecidos no valor contábil dos navios quando efetuados, como uma substituição;

(14)

(C) estimados ao longo do período entre uma inspeção e outra, sendo apropriados ao custo dos navios em contrapartida a uma provisão;

(D) estimados ao longo do período entre uma inspeção e outra, sendo apropriados ao resultado em contrapartida a uma provisão;

(E) estimados por toda vida útil dos navios e adicionados a seus custos no reconhecimento inicial.

RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, a entidade não reconhece no valor contábil de um item do ativo imobilizado os custos da manutenção periódica do item. Pelo contrário, esses custos são reconhecidos no resultado quando incorridos. Os custos da manutenção periódica são principalmente os custos de mão-de- obra e de produtos consumíveis, e podem incluir o custo de pequenas peças. A finalidade desses gastos é muitas vezes descrita como sendo para “reparo e manutenção” de item do ativo imobilizado.

Diz ainda que uma condição para continuar a operar um item do ativo imobilizado (por exemplo, uma aeronave) pode ser a realização regular de inspeções importantes em busca de falhas, independentemente das peças desse item serem ou não substituídas. Quando cada inspeção importante for efetuada, o seu custo é reconhecido no valor contábil do item do ativo imobilizado como uma substituição se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos. Qualquer valor contábil remanescente do custo da inspeção anterior (distinta das peças físicas) é baixado. Isso ocorre independentemente do custo da inspeção anterior ter sido identificado na transação em que o item foi adquirido ou construído. Se necessário, o custo estimado de futura inspeção semelhante pode ser usado como indicador de qual é o custo do componente de inspeção existente, quando o item foi adquirido ou construído.

Com isso, correta a alternativa B.

GABARITO: B

MENSURAÇÃO NO RECONHECIMENTO

Um item do ativo imobilizado que seja classificado para reconhecimento como ativo deve ser mensurado pelo seu custo.

Zé Curioso: “Professor, até agora você citou várias vezes o custo. Mas quais gastos efetuados podem ser considerados como custo para fins de reconhecimento de um imobilizado?”

Zé, isso é importantíssimo, pois talvez seja o assunto mais cobrado a respeito das disposições do CPC 27 – Ativo Imobilizado. Tenha, portanto, muita atenção ao próximo item!

MENSURAÇÃO NO

RECONHECIMENTO CUSTO

(15)

ELEMENTOS DO CUSTO

O custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

O item 17 do CPC 27 traz exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados (tal como definidos no Pronunciamento Técnico CPC 33 – Benefícios a Empregados) decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;

(b) custos de preparação do local;

(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);

(d) custos de instalação e montagem;

(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e

(f) honorários profissionais.

É importante que você memorize estes exemplos, bastante recorrentes em provas de concursos públicos!

ELEMENTOS DO CUSTO DO IMOBILIZADO

preço de aquisição

acrescido de tributos não recuperáveis

deduzidos os descontos comerciais e abatimentos

custos para colocar o ativo no local e em condição de funcionamento

estimativa inicial dos custos de

demonstagem

remoção

restauração do local

(16)

O item 19, por sua vez, cita exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;

(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);

(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e

(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:

(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;

(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e

(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade.

EXEMPLOS DE CUSTOS

benefícios aos empregados preparação do local frete e de manuseio instalação e montagem

custos com testes após dedução das receitas líquidas

honorários profissionais

NÃO SÃO CUSTOS

abertura de nova instalação

introdução de novo produto propaganda e atividades promocionais

custos da transferência custos de treinamento

custos administrativos

(17)

Algumas operações realizadas em conexão com a construção ou o desenvolvimento de um item do ativo imobilizado não são necessárias para deixá-lo no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Essas atividades eventuais podem ocorrer antes ou durante as atividades de construção ou desenvolvimento. Por exemplo, o local de construção pode ser usado como estacionamento e gerar receitas, até que a construção se inicie. Como essas atividades não são necessárias para que o ativo fique em condições de funcionar no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração, as receitas e as despesas relacionadas devem ser reconhecidas no resultado e incluídas nas respectivas classificações de receita e despesa.

Alguns ativos intangíveis (bens incorpóreos) podem estar contidos em elementos que possuem substância física, como um disco (como no caso de software), documentação jurídica (no caso de licença ou patente) ou em um filme. Para saber se um ativo que contém elementos intangíveis e tangíveis deve ser tratado como ativo imobilizado de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado ou como ativo intangível, nos termos do presente Pronunciamento, a entidade avalia qual elemento é mais significativo.

Por exemplo, um software de uma máquina-ferramenta controlada por computador que não funciona sem esse software específico é parte integrante do referido equipamento, devendo ser tratado como ativo imobilizado. O mesmo se aplica ao sistema operacional de um computador. Quando o software não é parte integrante do respectivo hardware, ele deve ser tratado como ativo intangível.

Vamos resolver mais uma bateria de questões!

(CONSULPLAN – Exame de Suficiência – Bacharelado – 2018) A partir do que dispõe a NBC TG 27 (R4), que estabelece o tratamento contábil para ativos imobilizados, analise as afirmativas a seguir, marque C para correto ou I para incorreto, se a Sociedade Empresária Gama agiu em concordância a essa norma.

( ) Ao adquirir o ativo imobilizado “A” a Sociedade Empresária Gama pagou R$ 10.000,00 para colocá-lo no local e em condições necessárias para que fosse capaz de funcionar da forma pretendida pela

NÃO SÃO CUSTOS

enquanto não utilizado

prejuízos operacionais iniciais

realocação ou reorganização

SOFTWARE

IMOBILIZADO

parte integrante do equipamento

INTANGÍVEL

não é parte integrante do respectivo hardware

(18)

administração. A Sociedade Empresária Gama reconheceu esse valor como parte integrante do custo inicial do ativo imobilizado “A”.

( ) A Sociedade Empresária Gama pagou R$ 25.000,00 em propaganda e atividades promocionais para introduzir novos produtos provenientes do ativo imobilizado “B”. A Sociedade Empresária Gama reconheceu esse valor como parte integrante do valor contábil do ativo imobilizado “B”.

( ) A Sociedade Empresária Gama apresentou prejuízos operacionais iniciais de R$ 10.000,00, incorridos enquanto se estabelecia a demanda pelos produtos que seriam produzidos pelo ativo imobilizado “C”. A Sociedade Empresária Gama reconheceu esse valor como parte integrante do valor contábil do ativo imobilizado “C”.

A sequência está correta em a) C, I, I.

b) C, C, I.

c) C, I, C.

d) C, C, C.

RESOLUÇÃO:

I. Correta. Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27, o custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

II. Incorreta. Cita, ainda, exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado, como:

(a) custos de abertura de nova instalação;

(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);

(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e

(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

III. Incorreta. O reconhecimento dos custos no valor contábil de um item do ativo imobilizado cessa quando o item está no local e nas condições operacionais pretendidas pela administração. Portanto, os custos incorridos no uso ou na transferência ou reinstalação de um item não são incluídos no seu valor contábil, como, por exemplo, os seguintes custos:

(19)

(a) custos incorridos durante o período em que o ativo capaz de operar nas condições operacionais pretendidas pela administração não é utilizado ou está sendo operado a uma capacidade inferior à sua capacidade total;

(b) prejuízos operacionais iniciais, tais como os incorridos enquanto a demanda pelos produtos do ativo é estabelecida; e

(c) custos de realocação ou reorganização de parte ou de todas as operações da entidade.

GABARITO: A

(FGV – Auditor – MPE/AL – 2018) Uma entidade comprou um computador por R$ 3.000. No computador estava embutido um software de segurança no valor de R$ 500, que era intrinsicamente relacionado a ele. A vida dos dois era estimada em três anos. A compra foi realizada à vista.

Assinale a opção que indica a contrapartida da diminuição do caixa nas demonstrações contábeis da entidade.

a) Aumento de R$ 3.500 no ativo imobilizado b) Aumento de R$ 3.500 no ativo intangível.

c) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e reconhecimento de despesa de R$ 500.

d) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e de R$ 500 no ativo intangível.

e) Aumento de R$ 3.000 no ativo imobilizado e de R$ 500 no ativo realizável a longo prazo.

RESOLUÇÂO:

Segundo o enunciado o software adquirido, de R$ 500, era intrinsicamente relacionado ao computador.

Sendo assim, tal valor será incluído no valor do imobilizado.

Sendo assim, o custo de aquisição do item será de R$ 3.500, o que torna correta a alternativa A.

GABARITO: A

(FGV – Auditor – MPE/AL – 2018) Uma entidade adquiriu móveis planejados para sua sala de reuniões. Os móveis custaram R$ 6.000 e o frete de R$ 200 foi pago pelo fornecedor. Além disso, a instalação dos móveis teve um custo de R$ 600. Na ocasião, estimou- se que a remoção dos móveis no final do contrato de locação do imóvel será de R$ 900.

Em relação aos móveis adquiridos, assinale a opção que indica o valor a ser contabilizado no Ativo Imobilizado da entidade.

a) R$ 6.000,00 b) R$ 6.200,00.

c) R$ 6.600,00.

d) R$ 7.500,00.

e) R$ 7.700,00.

(20)

RESOLUÇÂO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27, o custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

A partir disso vamos calcular o custo de aquisição do imobilizado.

Móveis 6.000

Instalação 600

Gastos estimados de remoção 900

CUSTO TOTAL 7.500

Com isso, correta a alternativa D.

Perceba que o frete não compõe, neste caso, o valor do custo de aquisição de imobilizado, visto que foi pago pelo fornecedor (ou seja, deve ser considerado como uma despesa de venda na contabilidade deste).

GABARITO: D Guarde isso!

Vamos prosseguir com a análise de questões!

(FGV – Assistente Legislativo – ALERO – 2018) Uma entidade queria comprar um forno de embutir para a sua copa. Para isso, contratou um especialista, que sugeriu o modelo mais adequado, sendo remunerado em R$ 300 pelo serviço.

Em 01/03/2018, a entidade adquiriu o forno, no valor de R$ 1.600. O forno veio com garantia de um ano, sendo que a entidade pagou a garantia estendida de mais um ano, no valor de R$ 600. Para a entrega, a entidade pagou o frete no valor de R$ 200. Além disso, a entidade pagou R$ 1.000 para a instalação do forno. A entidade pretende utilizar o forno durante oito anos e estima que os custos de remoção sejam de R$ 800.

FRETE Vendedor Despesa

Comprador Custo

QUEM PAGOU?

(21)

Assinale a opção que indica o custo do forno contabilizado no ativo imobilizado da entidade, no momento do reconhecimento inicial.

a) R$ 2.800.

b) R$ 3.600.

c) R$ 3.900.

d) R$ 4.200.

e) R$ 4.500.

RESOLUÇÂO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27, o custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

A partir disso vamos calcular o custo de aquisição do imobilizado.

Forno 1.600

Frete 200

Instalação 1.000

Custos de remoção 800

CUSTO TOTAL 3.600

Com isso, correta a alternativa B.

Perceba que o serviço do especialista que indicou o modelo mais adequado não compõe o custo do item, assim como o valor da garantia estendida, que não é necessária para o adequado funcionamento do item da forma pretendida pela administração.

GABARITO: B

(FGV Técnico – COMPESA – 2018) Em 02/04/2017, uma entidade comprou um ar condicionado para utilizar em seu escritório por R$ 1.200. Na data, a entidade pagou o frete de R$ 100 e a instalação de R$

600. Além disso, a entidade estima que o custo de remoção, ao final da vida útil, é de R$ 800. A entidade espera utilizar o ar condicionado por 6 anos e não considera valor residual.

Assinale a opção que indica o valor contábil do ar condicionado, apresentado no ativo imobilizado da entidade no balanço patrimonial de 31/12/2017, considerando que a entidade utiliza o método de linha reta para depreciar os seus ativos imobilizados.

(22)

A) R$ 862,50.

B) R$ 1.137,50.

C) R$ 1.662,50.

D) R$ 2.250,00.

E) R$ 2.362,50.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27, o custo de um item do ativo imobilizado compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

A partir disso vamos calcular o custo de aquisição do imobilizado.

Ar Condicionado 1.200

Frete 100

Instalação 600

Custos de remoção 800

CUSTO TOTAL 2.700

A partir disso vamos calcular o valor da depreciação mensal do equipamento.

𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝑀𝑒𝑛𝑠𝑎𝑙 =𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙

𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑴𝒆𝒏𝒔𝒂𝒍 = 2.700 − 0

6 𝑎𝑛𝑜𝑠 × 12 𝑚𝑒𝑠𝑒𝑠= 𝑹$ 𝟑𝟕, 𝟓𝟎 Com isso, o valor contábil do item em 31/12/2017 será de:

Custo 2.700,00

( – ) Depreciação Acumulada (337,50)

( = ) Valor Contábil 2.362,50

Com isso, correta a alternativa E.

GABARITO: E

(FGV – ICMS-RO – 2018) Uma sociedade empresária precisava comprar computadores para seus funcionários, de modo a expandir seus negócios. Para isso, ela contratou um especialista para indicar qual seria o melhor modelo. Por esse serviço pagou R$ 2.000.

(23)

Após definido o modelo, ela comprou os computadores, cujo preço era R$ 200.000. Como a compra era grande, conseguiu um desconto de 10% sobre o valor.

O frete para receber os computadores foi de R$ 1.000. Além disso, para receber os computadores em segurança, contratou um seguro no valor de R$ 500.

Quando os computadores chegaram à sociedade empresária, ela gastou R$ 10.000, com programa antivírus anual, e, R$ 12.000, com os programas básicos essenciais para o funcionamento. Além disso, ofereceu um treinamento para seus funcionários, que custou R$ 5.000.

Depois de concluído o treinamento, a sociedade empresária ofereceu uma festa para promover a expansão, na qual gastou R$ 20.000. Além disso, gastou R$ 14.000 em publicidade, com base na compra dos novos computadores.

A partir das informações acima, assinale a opção que indica o acréscimo no ativo da empresa com a compra dos computadores.

a) R$ 181.000.

b) R$ 193.500.

c) R$ 198.500.

d) R$ 208.500.

e) R$ 210.500.

RESOLUÇÃO:

Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, um imobilizado deve ser mensurado pelo seu custo, que compreende:

(a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e impostos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os descontos comerciais e abatimentos;

(b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no local e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da forma pretendida pela administração;

(c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante determinado período para finalidades diferentes da produção de estoque durante esse período.

Exemplos de custos diretamente atribuíveis são:

(a) custos de benefícios aos empregados decorrentes diretamente da construção ou aquisição de item do ativo imobilizado;

(b) custos de preparação do local;

(c) custos de frete e de manuseio (para recebimento e instalação);

(d) custos de instalação e montagem;

(24)

(e) custos com testes para verificar se o ativo está funcionando corretamente, após dedução das receitas líquidas provenientes da venda de qualquer item produzido enquanto se coloca o ativo nesse local e condição (tais como amostras produzidas quando se testa o equipamento); e

(f) honorários profissionais.

Exemplos que não são custos de um item do ativo imobilizado são:

(a) custos de abertura de nova instalação;

(b) custos incorridos na introdução de novo produto ou serviço (incluindo propaganda e atividades promocionais);

(c) custos da transferência das atividades para novo local ou para nova categoria de clientes (incluindo custos de treinamento); e

(d) custos administrativos e outros custos indiretos.

Assim, o custo do imobilizado será de:

Preço de Compra R$ 200.000

( – ) Descontos Incondicionais (R$ 20.000)

( + ) Frete R$ 1.000

( + ) Seguro R$ 500

( + ) Programas Básicos R$ 12.000 ( = ) Custo de Aquisição R$ 193.500 Assim, correta a alternativa B.

GABARITO: B

MENSURAÇÃO DO CUSTO

O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período.

Um ativo imobilizado pode ser adquirido por meio de permuta por ativo não monetário, ou conjunto de ativos monetários e não monetários. Os ativos objetos de permuta podem ser de mesma natureza ou de naturezas diferentes. O texto a seguir refere-se apenas à permuta de ativo não monetário por outro; todavia, o mesmo conceito pode ser aplicado a todas as permutas descritas anteriormente.

O custo de tal item do ativo imobilizado é mensurado pelo valor justo a não ser que (a) a operação de permuta não tenha natureza comercial ou (b) o valor justo do ativo recebido e do ativo cedido não possam ser mensurados com segurança. O ativo adquirido é mensurado dessa forma mesmo que a entidade não consiga dar baixa imediata ao ativo cedido. Se o ativo adquirido não for mensurável ao valor justo, seu custo é determinado pelo valor contábil do ativo cedido.

O valor justo de um ativo é mensurável de forma confiável: (a) se a variabilidade da faixa de mensuração de valor justo razoável não for significativa ou (b) se as probabilidades de várias estimativas, dentro dessa faixa,

(25)

puderem ser razoavelmente avaliadas e utilizadas na mensuração do valor justo. Caso a entidade seja capaz de mensurar com segurança tanto o valor justo do ativo recebido como do ativo cedido, então o valor justo do segundo deve ser usado para mensurar o custo do ativo recebido, a não ser que o valor justo do primeiro seja mais evidente.

Vejamos como isso pode cair em sua prova!

(FCC – ICMS/GO – 2018) Uma máquina foi adquirida à vista por R$ 12.500.000,00 e a empresa gastou, adicionalmente, R$ 1.000.000,00 na alteração da estrutura do imóvel para fazer a instalação da máquina.

O imóvel utilizado pela empresa é alugado e uma cláusula contratual estabelece que, no final do prazo contratado, esta deverá fazer a reestruturação necessária para devolver o imóvel nas mesmas condições do início do contrato. A aquisição ocorreu em 30/06/2015 e a empresa definiu que utilizará a máquina durante 10 anos, mesmo prazo de vigência do contrato de aluguel do imóvel. A empresa estima que os gastos para a reestruturação do imóvel, no final do 10º ano, totalizarão R$ 1.650.000,00 e a taxa de juros vigente era de 10% para o prazo de 10 anos. A empresa calcula a despesa de depreciação em função do tempo decorrido, tendo em vista que a máquina funciona sem qualquer interrupção. No início do prazo de utilização da máquina, o valor residual estimado para sua venda no final da vida útil era R$

3.750.000,00. Se a vida útil do equipamento para fins fiscais é definida em 8 anos, a despesa de depreciação evidenciada na demonstração do resultado de 2015 para esta máquina foi, em reais,

(A) 625.000,00.

(B) 437.500,00.

(C) 487.500,00.

(D) 675.000,00.

(E) 562.500,00.

RESOLUÇÃO:

O custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento. Se o prazo de pagamento excede os prazos normais de crédito, a diferença entre o preço equivalente à vista e o total dos pagamentos deve ser reconhecida como despesa com juros durante o período.

PERMUT A ATIVO ADQUIRIDO SEM VALOR

JUSTO MENSURÁVEL

VALOR CONTÁBIL DO ITEM CEDIDO

ATIVO ADQUIRIDO E CEDIDO COM VALOR JUSTO

MENSURÁVEL

VALOR JUSTO DO ITEM

CEDIDO

(26)

Segundo o enunciado a empresa estima que os gastos para a reestruturação do imóvel, no final do 10º ano, totalizarão R$ 1.650.000,00 e a taxa de juros vigente era de 10% para o prazo de 10 anos. Sendo assim, temos que trazer este gasto a valor presente.

𝑽𝒂𝒍𝒐𝒓 𝑷𝒓𝒆𝒔𝒆𝒏𝒕𝒆 =𝑅$ 1.650.000

1,1 = 𝑹$ 𝟏. 𝟓𝟎𝟎. 𝟎𝟎𝟎 Com isso podemos calcular o custo de aquisição do item.

Preço de Compra R$ 12.500.000

( + ) Preparação do Local R$ 1.000.000 ( + ) Reestruturação do Local R$ 1.500.000

( = ) Custo de Aquisição R$ 15.000.000

Considerando que o valor residual estimado para sua venda no final da vida útil era R$ 3.750.000 e que sua vida útil é de 10 anos (esqueça a vida útil para fins fiscais), vamos calcular a depreciação do item.

𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 𝐴𝑛𝑢𝑎𝑙 =𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 − 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑅𝑒𝑠𝑖𝑑𝑢𝑎𝑙 𝑉𝑖𝑑𝑎 Ú𝑡𝑖𝑙

𝑫𝒆𝒑𝒓𝒆𝒄𝒊𝒂çã𝒐 𝑨𝒏𝒖𝒂𝒍 =15.000.000 − 3.750.000

10 𝑎𝑛𝑜𝑠 = 𝑹$ 𝟏. 𝟏𝟐𝟓. 𝟎𝟎𝟎

Dado que a aquisição ocorreu em 30/06/2015, o valor da despesa anual de depreciação será de R$ 562.500 (metade da depreciação anual).

Com isso, correta a alternativa E.

GABARITO: E

(FCC – Técnico – SEGEP/MA – 2016) Em 30/06/2016, a empresa Barlavento S.A. adquiriu um terreno no município de Cataventos, dando em troca, nesta mesma data, um lote de três barcos à vela adquirido em 30/06/2015. A transação teve natureza comercial e os valores justos dos ativos cedidos e recebidos podiam ser mensurados com confiança. De acordo com o Pronunciamento do CPC sobre Ativo Imobilizado, o terreno deveria ter sido registrado no reconhecimento inicial pela empresa Barlavento S.A. pelo

(A) custo histórico dos três barcos à vela.

(B) custo histórico corrigido em 30/06/2016 dos três barcos à vela.

(C) valor justo em 30/06/2016 do terreno adquirido.

(D) custo de reposição em 30/06/2016 dos três barcos à vela.

(E) valor em uso em 30/06/2016 dos três barcos à vela.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado, o custo de um item de ativo imobilizado é equivalente ao preço à vista na data do reconhecimento.

(27)

No entanto, um ativo imobilizado pode ser adquirido por meio de permuta por ativo não monetário, ou conjunto de ativos monetários e não monetários. Neste caso o custo de tal item do ativo imobilizado é mensurado pelo valor justo a não ser que (a) a operação de permuta não tenha natureza comercial ou (b) o valor justo do ativo recebido e do ativo cedido não possam ser mensurados com segurança.

Zé Curioso: “Professor, e se o valor justo do ativo recebido não for mensurável?”

Se o ativo adquirido não for mensurável ao valor justo, seu custo é determinado pelo valor contábil do ativo cedido.

Destaca-se que segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27:

26. O valor justo de um ativo é mensurável de forma confiável: (a) se a variabilidade da faixa de mensuração de valor justo razoável não for significativa ou (b) se as probabilidades de várias estimativas, dentro dessa faixa, puderem ser razoavelmente avaliadas e utilizadas na mensuração do valor justo. Caso a entidade seja capaz de mensurar com segurança tanto o valor justo do ativo recebido como do ativo cedido, então o valor justo do segundo deve ser usado para mensurar o custo do ativo recebido, a não ser que o valor justo do primeiro seja mais evidente.

Portanto, no caso em tela, considerando que a transação teve natureza comercial e os valores justos dos ativos cedidos e recebidos podiam ser mensurados com confiança, conclui-se que o terreno deveria ter sido reconhecido pelo valor justo dos ativos cedidos (barcos à vela).

Como não há esta opção entre as alternativas apresentadas, restaria a alternativa C como correta.

GABARITO: C

MENSURAÇÃO APÓS O RECONHECIMENTO

Segundo o item 29 do CPC 27, quando a opção pelo método de reavaliação for permitida por lei, a entidade deve optar pelo método de custo ou pelo método de reavaliação como sua política contábil e deve aplicar essa política a uma classe inteira de ativos imobilizados.

Como a reavaliação foi proibida no Brasil, a entidade deve aplicar o método do custo aos seus imobilizados.

MÉTODO DO CUSTO

Após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas.

MÉTODO DO VALOR JUSTO

Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei (não é permitido no Brasil, atualmente), pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. A reavaliação deve ser realizada com

(28)

suficiente regularidade para assegurar que o valor contábil do ativo não apresente divergência relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço.

(CESPE – Perito Criminal – PC/PE – 2016) Tendo em vista que, de acordo com o CPC 27, do Comitê dos Pronunciamentos Contábeis, quando permitida por lei, a reavaliação de um item do ativo imobilizado a valor justo, mensurado de maneira confiável, poderá ser reconhecida no balanço patrimonial, assinale a opção correta.

A) A redução do valor contábil do ativo em decorrência de reavaliação deverá ser reconhecida em conta específica de resultado, independentemente de haver saldo na conta de reserva de reavaliação no patrimônio líquido.

B) Poderá ser reconhecido no balanço patrimonial o valor reavaliado de um bem correspondente ao seu valor justo na data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável que tenham sido acumuladas subsequentemente.

C) Após o item do imobilizado ser reavaliado, não são necessárias futuras atualizações a valor justo, mesmo que o valor apresente divergência relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço.

D) A reavaliação poderá ser realizada em um único item de um grupo do imobilizado.

E) Quando a reavaliação resultar em aumento do valor contábil do ativo, a contrapartida desse aumento deverá ser reconhecida em conta de resultado.

RESOLUÇÃO:

Segundo o Pronunciamento Técnico CPC 27 – Ativo Imobilizado.

31. Após o reconhecimento como um ativo, o item do ativo imobilizado cujo valor justo possa ser mensurado confiavelmente pode ser apresentado, se permitido por lei, pelo seu valor reavaliado, correspondente ao seu valor justo à data da reavaliação menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas subsequentes. A reavaliação deve ser realizada com suficiente regularidade para assegurar que o valor contábil do ativo não apresente divergência relevante em relação ao seu valor justo na data do balanço.

Com isso, correta a alternativa B.

No entanto, lembro a partir de 1° de janeiro de 2008, data de vigência da Lei nº 11.638/2007, vedou-se às empresas a possibilidade de fazer, de forma espontânea, registros contábeis de reavaliação de ativos, face à extinção da conta "Reservas de Reavaliação".

GABARITO: B

(FGV – Agente de Fiscalização – TCM/SP – 2015) A administração da Beta S.A., companhia com sede no município de São Paulo/SP, concluiu que a utilização ou do custo ou do valor justo para mensurar seus ativos imobilizados, conforme determina o CPC 27, conduziria a uma apresentação tão enganosa da posição financeira e patrimonial, do desempenho e dos fluxos de caixa da companhia, que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual. No entendimento da administração da companhia, apenas a mensuração pelo custo de reposição poderia

(29)

satisfazer esse objetivo. Nesse caso, de acordo com as práticas contábeis brasileiras, a administração da Beta S.A. deverá:

(A) aplicar o requisito do CPC 27 de mensuração do imobilizado pelo custo, e divulgar a razão pela qual o tratamento exigido pelo pronunciamento entra em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis;

(B) aplicar o requisito do CPC 27 de mensuração do imobilizado pelo valor justo, e divulgar a razão pela qual o tratamento exigido pelo pronunciamento entra em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis;

(C) aplicar o requisito do CPC 27 de mensuração do imobilizado ou pelo custo ou pelo valor justo, pois a Estrutura Conceitual não é um pronunciamento técnico propriamente dito e, portanto, não define normas ou procedimentos para qualquer questão particular sobre aspectos de mensuração ou divulgação;

(D) deixar de aplicar o requisito do CPC 27 de mensuração do imobilizado ou pelo custo ou pelo valor justo, e divulgar a razão pela qual o tratamento exigido pelo pronunciamento entra em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis;

(E) deixar de aplicar o requisito do CPC 27 de mensuração do imobilizado ou pelo custo ou pelo valor justo, a menos que existam outras entidades em circunstâncias similares que cumpram esses requisitos.

RESOLUÇÃO:

Segundo a Estrutura Conceitual Básica, que não é um Pronunciamento Técnico propriamente dito, pode haver um número limitado de casos em que seja observado um conflito entre a Estrutura Conceitual e um Pronunciamento Técnico (ou Interpretação ou Orientação). Nesses casos, as exigências do Pronunciamento Técnico, da Interpretação ou da Orientação específicos devem prevalecer sobre a Estrutura Conceitual.

Segundo o item 30 do CPC 27 – Ativo Imobilizado, após o reconhecimento como ativo, um item do ativo imobilizado deve ser apresentado ao custo menos qualquer depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas.

Ressalta-se que segundo o CPC 27 um item do imobilizado pode ser apresentado pelo seu valor reavaliado, que representa seu valor justo no momento da reavaliação (deduzido de depreciação e perda por redução ao valor recuperável acumuladas). No entanto, a Lei n° 11.638/07 eliminou a possibilidade de reavaliação de itens do imobilizado.

Segundo o CPC 26 – Apresentação das Demonstrações Contábeis, em circunstâncias extremamente raras, nas quais a administração vier a concluir que a conformidade com um requisito de um Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC conduziria a uma apresentação tão enganosa que entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro, mas a estrutura regulatória vigente proibir a não aplicação do requisito, a entidade deve, na maior extensão possível, reduzir os aspectos inadequados identificados no cumprimento estrito do Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC divulgando:

(a) o título do Pronunciamento Técnico, Interpretação ou Orientação do CPC em questão, a natureza do requisito e as razões que levaram a administração a concluir que o cumprimento desse requisito tornaria as demonstrações contábeis tão enganosas e entraria em conflito com o objetivo das demonstrações contábeis estabelecido na Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro; e

(30)

(b) para cada período apresentado, os ajustes de cada item nas demonstrações contábeis que a administração concluiu serem necessários para se obter uma representação apropriada.

Com isso, correta a alternativa A!

GABARITO: A

DEPRECIAÇÃO

Cada componente de um item do ativo imobilizado com custo significativo em relação ao custo total do item deve ser depreciado separadamente.

A entidade deve alocar o valor inicialmente reconhecido de item do ativo imobilizado aos componentes significativos desse item e deve depreciá-los separadamente. Por exemplo, pode ser adequado depreciar separadamente a estrutura e os motores de aeronave. De forma similar, se o arrendador adquire o ativo imobilizado que esteja sujeito a arrendamento mercantil operacional, pode ser adequado depreciar separadamente os montantes relativos ao custo daquele item que sejam atribuíveis a condições do contrato de arrendamento mercantil favoráveis ou desfavoráveis em relação a condições de mercado.

Um componente significativo de um item do ativo imobilizado pode ter a vida útil e o método de depreciação que sejam os mesmos que a vida útil e o método de depreciação de outro componente significativo do mesmo item. Esses componentes podem ser agrupados no cálculo da despesa de depreciação.

Conforme a entidade deprecia separadamente alguns componentes de um item do ativo imobilizado, também deprecia separadamente o remanescente do item. Esse remanescente consiste em componentes de um item que não são individualmente significativos. Se a entidade possui expectativas diferentes para essas partes, técnicas de aproximação podem ser necessárias para depreciar o remanescente de forma que represente fidedignamente o padrão de consumo e/ou a vida útil desses componentes.

A entidade pode escolher depreciar separadamente os componentes de um item que não tenham custo significativo em relação ao custo total do item.

A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo.

A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado. No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque. De forma semelhante, a depreciação de ativos imobilizados usados para atividades de desenvolvimento pode ser incluída no custo de um ativo intangível reconhecido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível.

(CESPE – Contador – Telebras – 2015) A depreciação de uma máquina utilizada na produção de determinado ativo não deve ser reconhecida no resultado, mas deve ser incluída no custo do ativo produzido pela máquina.

( ) CERTO ( ) ERRADO

(31)

RESOLUÇÃO:

A despesa de depreciação de cada período deve ser reconhecida no resultado a menos que seja incluída no valor contábil de outro ativo.

A depreciação do período deve ser normalmente reconhecida no resultado. No entanto, por vezes os benefícios econômicos futuros incorporados no ativo são absorvidos para a produção de outros ativos. Nesses casos, a depreciação faz parte do custo de outro ativo, devendo ser incluída no seu valor contábil. Por exemplo, a depreciação de máquinas e equipamentos de produção é incluída nos custos de produção de estoque. De forma semelhante, a depreciação de ativos imobilizados usados para atividades de desenvolvimento pode ser incluída no custo de um ativo intangível reconhecido de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 04 – Ativo Intangível.

Assim, correta a afirmativa.

GABARITO: C

VALOR DEPRECIÁVEL E PERÍODO DE DEPRECIAÇÃO

O valor depreciável de um ativo deve ser apropriado de forma sistemática ao longo da sua vida útil estimada.

O valor residual e a vida útil de um ativo são revisados pelo menos ao final de cada exercício e, se as expectativas diferirem das estimativas anteriores, a mudança deve ser contabilizada como mudança de estimativa contábil, segundo o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro.

A depreciação é reconhecida mesmo que o valor justo do ativo exceda o seu valor contábil, desde que o valor residual do ativo não exceda o seu valor contábil. A reparação e a manutenção de um ativo não evitam a necessidade de depreciá-lo.

são revisados pelo menos ao final de cada exercício

valor residual vida útil

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