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XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

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Academic year: 2022

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XVIII SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS INTEGRADAS DA UNAERP CAMPUS GUARUJÁ

Principais causas de internação do neonato na unidade de terapia intensiva e intervenção fisioterapêutica

Bruna Silva da Costa¹; Prof. Dr. Eduardo Pianca ²; Alexandre Sabbag da Silva ³

¹ Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Discente.

brunasilvagirls@gmail.com

2 Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP). Guarujá, São Paulo, Brasil. Docente.

epianca@unaerp.br

³ Universidade Presbiteriana Mackenzie. São paulo, São paulo, Brasil. Docente.

alexandre_sabbag@hotmail.com

Este simpósio tem o apoio da Fundação Fernando Eduardo Lee Saúde: Ensino e pesquisa na área da saúde.

Formato: Artigo Apresentação: oral

RESUMO:

Objetivo: conhecer através de revisão de literatura livros e artigos científicos, as principais cau- sas de internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) e como o fisioterapeuta pode agir diante desta situação. materiais e métodos:Para isto foi realizada uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, na qual foi realizado pesquisas em livros e artigos científicos, através das ba- ses de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PEDro.

Sendo consultados artigos em português e Inglês, publicados a partir de 2017, e que tinham como as- sunto principal problemas respiratórios do recém nascido, e fisioterapia no recém nascido na uti. Con- clusão: as principais causas de internação na uti neonatal são de origem respiratória, com destaque para a prematuridade devido imaturidade pulmonar, e quanto a intervenção da fisioterapia são possí- veis diversos recursos para o tratamento da doença ou da instabilidade respiratória.

Palavras- Chave: neonato, uti neonatal, complicações do recém nascido, fisioterapia no recém nascido, fisioterapia na uti neonatal.

ABSTRACT:

Objective: to know, through literature review, books and scientific articles, the main causes of hospitalization in the neonatal intensive care unit (NICU) and how the physiotherapist can act in this si- tuation. materials and methods: For this, a descriptive research was carried out, with a qualitative ap- proach, in which research was carried out in books and scientific articles, through the Scientific Elec- tronic Library Online (SciELO), Virtual Health Library (BVS), PEDro databases. Articles in Portuguese and English, published from 2017 onwards, were consulted and whose main subject was respiratory problems in the newborn, and physiotherapy in the newborn in the ICU. Conclusion: the main causes of hospitalization in the NICU are of respiratory origin, with emphasis on prematurity due to pulmonary immaturity, and regarding the intervention of physiotherapy, several resources are possible for the treatment of the disease or respiratory instability.

Key words: neonate, neonatal intensive care, newborn complications, newborn physical thera- py, neonatal intensive care physical therapy

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1 INTRODUÇÃO

O neonato é classificado como recém nascido até 28 dias de vida, sendo que a criança pode ser classificado segundo a idade gestacional, peso e tamanho ao nas- cer. Idade gestacional como termo de 37 a 41 semanas e 6 dias, pré-termo abaixo de 37 semanas, e termo tardio acima de 42 semanas de gestação. pode também ser classificado pelo peso, como extremo baixo peso, muito baixo peso, e baixo peso, e em relação ao tamanho ao nascer como Pequeno para idade gestacional (PIG), ade- quado para a idade gestacional (AIG) e grande para a idade gestacional (GIG). ( MAGALHÃES, M.,2016)

Alguns determinantes para as complicações respiratórias do neonato esta rela- cionada principalmente ao pré natal, pois neste período ocorre todo seu processo de desenvolvimento dentro do útero, sendo de suma importância o acompanhamento médico, verificando através de exames de sangue se há alguma deficiência nutrici- onal, alguns exames deverão ser feitos neste período como a ultrassonografia no qual é visualizado o feto e sinais vitais, se há alguma alteração anatômica ou fisioló- gica. (MEDEIROS, A.C.S. et al,2018)

Fatores em relação a saúde da mãe, estilo de vida e/ou a condição social es- tão relacionados com a condição fisiológica do bebê ao nascer, como fumar, uso de álcool, escolaridade, idade da gestante, renda familiar, abortos anteriores, sedenta- rismo, etc, e alguns problemas podem vir no decorrer da gestação, como quedas, hemorragias, infecções ou mesmo durante o parto, anóxia, hipóxia intrauterina, res- trição de crescimento intrauterino, tipo de parto, infecção com o sangue da mãe caso possua alguma doença contagiosa sífilis, HIV durante o procedimento cirúrgico, sín- drome da aspiração do mecônio, (GOMES, M.N.A.;et al,2019).Sendo que algumas das causas de óbitos fetais e neonatais precoce pode esta relacionada com indevida assistência a gestante sendo de origem obstétrica. ( RÊGO, M.G.S, et al, 2018)

Devido sua anatomofisiologia pulmonar em desenvolvimento qualquer compli- cação durante o processo de concepção do feto até o nascimento pode apresentar a necessidade de internação na UTI neonatal (UTIN),( RÊGO, M.G.S, et al, 2018).

As vias aéreas do neonato apresentam suas particularidades anatomofisiológi- cas como: pulmões com suas propriedades elásticas menos flexível e mais suscetí- vel ao colapso alveolar, além da baixa produção de surfactante, vias aéreas superio- res como a traqueia com facilidade de compressão devido ter pouco tecido cartilagi- noso e a ação muscular dos tecidos em volta durante a fase expiratória como tam- bém no fluxo turbulento como o choro, laringe se apresenta mais alta, língua tem ta- manho grande em relação ao tamanho da cabeça, fazendo com que respire mais pe- lo nariz, levando a apresentar maior gasto energético, os músculos tendem a fadigar rápido devido pouca quantidade de fibras do tipo I no diafragma e intercostais, com- placência maior durante a fase de sono e menor quando acordados, resistência vas- cular pulmonar ao nascer é maior comparada a resistência vascular sistêmica.( TO- RO,A.A.D.C, et al, 2015)

A respiração normal para neonatos termos apresentam frequências respiratóri- as entre 40 a 60 rpm, sendo mais observados valores próximos a 40 rpm no recém

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nascido a termo, já pacientes pré termo podem apresentar respirações mais próxi- mos de 60 rpm. A taquipneia pode ter como causa hipoxemia, acidose, ansiedade ou dor, e fatores para bradipneia pode ser medicamentos, hipotermia ou problemas neurológicos, frequência cardíaca entre 100 e 160 BPM são valores normais (EGAN,2009).

As principais causas de internações na UTIN, são problemas relacionados ao sistema respiratório, devido complicações principalmente durante a gestação ou du- rante o trabalho de parto como; prematuridade, asfixia perinatal, hipóxia intrauterina, sepse, síndrome da angústia respiratória aguda, sendo os principais achados para morbidade ou mortalidade do neonato mais vistos no ambiente hospitalar, (RÊGO, M.G.S, et al, 2018).

tornando necessário maior atenção, pois de acordo com o Sistema de Informa- ções sobre Mortalidade - SIM no ano de 2019, houve no brasil um número de 24.504 óbitos neonatais por ocorrência.

Cabe a nós fisioterapeutas conhecer nossos pacientes, qualquer falta de aten- ção ou conhecimento é motivo que leve o neonato a ser internado, nestas situações muitas responsabilidades nos serão atribuídas, e devemos nós estarmos preparados para esta situação.

Pensando no fato de que atrás daquele pequeno ser, existe uma mãe, uma fa- mília que não ver o momento de chegar seu nascimento, isso tem que nos motivar a fazer o nosso melhor, para isso temos que conhecer as probabilidades de melhora ou piora do caso clinico de nosso paciente, não servindo como diagnóstico final, po- rém nos orientando a saber lhe dar com a situação atual.

2 OBJETIVO: O objetivo desse trabalho é conhecer através de revisão de literatura livros e artigos científicos, as principais causas de internação na unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN) e como o fisioterapeuta pode agir diante desta situação, fa- zendo com que o melhor atendimento seja realizado para este neonato em desenvol- vimento, levando conhecimento aos profissionais que pretendem trabalhar nesta área.

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3 MORTALIDADE NO BRASIL DE 0 À 6 DIAS DE VIDA

Mortalidade - Brasil

Óbitos p/Ocorrência por Região Fx. Etária Menor 1A: 0 a 6 dias

Período:2019

Região Óbitos_p/Ocorrência

1 Região Norte 2418

2 Região Nordeste 5991

3 Região Sudeste 6376

4 Região Sul 2093

5 Região Centro-Oeste 1524

Total 18402

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Nota:

Em 2011, houve uma mudança no conteúdo da Declaração de Óbito, com maior detalhamento das informações coletadas. Para este ano, foram

utilizados simultaneamente os dois formulários. Para mais detalhes sobre as mudanças ocorridas e os seus efeitos, veja o documento

Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM. Consolidação da base de dados de 2011.

No dia 13/06/2019, os arquivos do SIM referentes ao ano de notificação 2017 foram atualizados, com alteração das causas básicas de 2 registros e exclusão de 1 registro.

Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def acesso em: 10/02/2021

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4 MORTALIDADE NO BRASIL DE 7 À 27 DIAS DE VIDA

Mortalidade - Brasil

Óbitos p/Ocorrência por Região Fx. Etária Menor 1A: 7 a 27 dias

Período:2019

Região Óbitos_p/Ocorrência

1 Região Norte 656

2 Região Nordeste 1729

3 Região Sudeste 2496

4 Região Sul 750

5 Região Centro-Oeste 471

Total 6102

Fonte: MS/SVS/CGIAE - Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM Nota:

Em 2011, houve uma mudança no conteúdo da Declaração de Óbito, com maior detalhamento das informações coletadas. Para este ano, foram

utilizados simultaneamente os dois formulários. Para mais detalhes sobre as mudanças ocorridas e os seus efeitos, veja o documento

Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM. Consolidação da base de dados de 2011.

No dia 13/06/2019, os arquivos do SIM referentes ao ano de notificação 2017 foram atualizados, com alteração das causas básicas de 2 registros e exclusão de 1 registro.

Disponível em:

http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.defacesso em:

10/02/2021

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5 REVISÃO DE BIBLIOGRAFIA

5.1 NEONATO E CARACTERÍSTICAS DO DESENVOLVIMENTO PULMONAR Segundo MCdonals,M.G et al, 2018, o feto dentro da barriga de sua mãe apresentam paradas respiratórias por até 2 horas sendo considerado normal, porém quando nasce isso não é aceito, ele precisa amadurecer seus pulmões para se adaptar ao meio. quando a gestante apresenta alto nível de glicose, isto vem a au- mentar a frequência respiratória do feto. O desenvolvimento pulmonar é compreendi- do por cinco estágios sendo eles: embrionário de 3-7 semanas, pseudoglandular de 5- 17 semanas, canalicular de 16-26 semanas, sacular de 24-38 semanas, alveolar de 36 semanas até 8 anos de vida, todos estes períodos contados pós a relação se- xual (Mcdonald MG, et al, 2018).

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Estes estágios do desenvolvimento, mostram alguns problemas que o recém nascido possa apresentar de acordo com a semana no qual foi interrompida. ou seja, no período embrionário, é onde começa o desenvolvimento pulmonar, no período pseudoglandular, formação das vias aéreas condutoras, canalicular,r formação da vascularização, barreira hemato aérea e diferenciação de células, no período sacu- la,r formação de alvéolos primitivos e septos interalveolares espessos, e na fase al- veolar, ocorre a preparação para o pulmão se desenvolver até parecer com de um adulto (Mcdonald MG, et al, 2018).

Sendo comum, recém nascidos imaturos apresentarem quadros de apneia, bradicardia e hipóxia intermitente. Os recém nascidos quando pré termo podem apresentar respostas diferentes em relação as aferência de quimiorreceptores em re- lação a hipercarbia ou á hipóxia. Quanto a hipercarbia, eles podem apresentar uma lentificação para a informação ser traduzida pelo centro respiratório, levando a gran- de quantidade de co2 no sangue arterial, já em resposta ao oxigênio, quando em hipóxia estes podem apresentar hiperventilação transitória de 30 segundos à 1 minu- to, mesmo que persista sua necessidade de oxigênio. A maturação desses quimior- receptores ocorrem por volta de 2 semanas pós nascimento.(Mcdonald MG, et al, 2018).

Como já citado anteriormente, a respiração normal para neonatos termos apresentam frequências respiratórias entre 40 a 60 rpm, sendo para termos mais próximos dos 40 Rpm.(EGAN,2009).

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5.2 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL:

A unidade de terapia intensiva segundo a RESOLUÇÃO Nº 2.271, DE 14 DE FEVEREIRO DE 2020, é o ambiente no qual são tratados pacientes graves com alto risco de morte, pois apresentam instabilidades vitais, necessitando de suporte avan- çado, e equipe multiprofissional capacitados.

Segundo a PORTARIA Nº 930, DE 10 DE MAIO DE 2012, compreende-se que a unidade neonatal é um serviço que presta atendimento integral ao recém nas- cido que encontra-se internado, sendo classificado como: Unidade de terapia intensi- va neonatal (UTIN), unidade de cuidado intermediário neonatal (UCIN), podendo ser a UCIN, convencional ou UCIN canguru. Cada uma destas unidades citadas, pres- tam atendimentos de acordo com o grau de gravidade do recém nascido.

6 MATERIAIS E MÉTODOS

Este trabalho tem como objetivo conhecer as principais causas de internação do neonato na unidade de terapia intensiva neonatal e como a fisioterapia pode cola- borar para a sobrevida desses pacientes.

Para isto foi realizada uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, na qual foi realizado pesquisas em livros e artigos científicos, através de, revisão de bi- bliográfica, bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), PEDro.

Sendo consultados artigos em português e Inglês, publicados a partir de 2017, e que tinha como assunto principal problemas respiratórios do recém nascido, e fisio- terapia no recém nascido na uti.

7 RESULTADOS E DISCUSSÃO

AUTOR/ AUTORES OBJETIVOS MÉTODOS CONCLUSÃO

Muniz DWR , et al, 2018

Caracterizar o perfil epide- miológico da mortalidade neonatal na UTIN.

Fichas de investigação e das declarações de óbitos dos RNs, de janeiro a de- zembro de 2015, em uma maternidade de referência Teresina-Piauí. Com 178 prontuários.

concluíram que mães jo- vens e parto cesário é fre- quente na mortalidade neo- natal. Mortalidade na UTIN estão apgar baixo e prema- turidade e necessidade de adequado pré natal.

PRESTES, D., et al,2019

Analisar as características dos neonatos com Síndro- me do Desconforto Respi- ratório (SDR), considerando a via de parto, admitidos em uma Unidade de Terapia In- tensiva de um hospital uni- versitário da região central do Rio Grande do Sul.

Estudo retrospectivo, atra- vés da análise de prontuá- rios de neonatos com idade gestacional acima de 37 se- manas, ambos os sexos, in- ternados no ano de 2016 na Unidade de Terapia Intensi- va Neonatal (UTIN) do Hos- pital Universitário de Santa Maria com CID 10 P22 – Desconforto (angústia) res- piratório(a) do recém-nasci- do.

A partir dos resultados obti- dos no presente estudo, ob- servaram que a SDR repre- senta 11% das internações ocorridas na UTIN, no ano de 2016. A prevalência, quanto ao tipo de parto, foi de neonatos nascidos de cesariana, sem a presença do trabalho de parto e com idade gestacional de 38 se- manas

Rêgo MGS,et al, 2018

Descrever características epidemiológicas dos óbitos perinatais por ações do Sis-

Estudo descritivo de analise temporal, população com- posta por óbitos perinatais

A maior parte dos óbitos foi evitável, concentrando-se no grupamento de assistên-

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tema Público de Saúde.

de mães residentes no Reci- fe, 2010-2014. Utilizado Lis- ta de causas de mortes evi- táveis para classificar a evi- tabilidade e EpiInfo versão 7 para analise das variáveis.

cia adequada dispensada a mulher na gestação. Lacu- nas na assistência dispen- sada a mulher no parto, ex- plicam o percentual de asfi- xia/hipoxia. Redução da mortalidade perinatal evitá- vel associa-se a ampliação do acesso e qualidade da assistência para garantir promoção, prevenção, trata- mento, cuidados específicos e oportunos

MOURA, B.L.A. ET AL, 2020

Analisar fatores associados a hospitalização e a mortali- dade neonatal dos recém- nascidos (RN) internados no Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo, 2012

Obteve-se coorte de RN do SUS, com base na vincula- ção dos dados do Sistema de Informações Hospitala- res do SUS, Sistema de In- formações sobre Nascido Vivo, Sistema de Informa- ção sobre Mortalidade e Ca- dastro Nacional de Estabe- lecimentos de Saúde Reali- zou-se regressão de Pois- son e de Cox

Pré-natal inadequado, pre- maturidade e baixo peso fo- ram fatores de risco para hospitalização e mortalidade neonatal.

LIMA RG, et al,2020

avaliar o efeito das caracte- rísticas, condições de saúde e atenção neonatal sobre os óbitos dos prematuros de Unidades de Terapia Intensi- va (UTI) neonatais.

3 UTIs de médio porte do Nordeste Brasileiro, prontu- ários de 1° de Janeiro à 31 de dezembro 2016. 2 UTIs públicas e 1 serviço Priva- do.

Necessidade de melhor as- sistência durante o parto e ao neonato, visto a impor- tância de protocolos, e ma- nejo adequado.

MEDEIROS , A.C.S, et al 2018

investigar os aspectos que levaram a internação de ne- onatos na Unidade de Tera- pia Intensiva Neonatal (UTIN).

3 hospitais referências de Manaus, questionários para as mães e relatórios hospi- talares de 1 de janeiro à 31 de dezembro de 2016 com 112 participantes .

que fatores sociodemográfi- cos, assistência pré natal inadequado, e hábitos de vi- da materno , podem levar a necessidade de internação do neonato na UTIN.

DOS SANTOS, RPB, 2019

investigar os efeitos da fisio- terapia respiratória no re- cém-nascido prematuro pu- blicados na literatura científi- ca.

Trata-se de um a revisão in- tegrativa realizada nas ba- ses de dados Biblioteca Vir- tual em Saúde, LILACS, Me- dline, SciELO, SCOPUS e ISI Web of Knowledge, in- cluindo artigos publicados no período de 2007 a 2015.

Oito artigos foram incluídos nesta revisão

A fisioterapia tem um papel importante no cuidado ao recém-nascido pré-termo, mas necessita de mais estu- dos que comprovem sua efi- cácia e sua importância na melhora da condição de vi- da do neonato

OLIVEIRA A.M., et al, 2019

Descrever os benefícios da inserção do fisioterapeuta sobre o perfil de prematuros de baixo risco internados em unidade de terapia inten- siva neonatal

Estudo caso controle, re- trospectivo, com consulta aos prontuários de prematu- ros internados em 2006/2007 sem fisioterapia (PREF) e em 2009/2010 com fisioterapia por até 8h/dia (POSF). Incluíram-se 61 prematuros no período PREF e 93 no POSF, nasci- dos com ≥1000g, SNAP-PE II <40, com tempo de supor- te ventilatório ≥24h.

A presença do fisioterapeu- ta gerou benefícios, contri- buindo para a manutenção dos tempos de internação e de oxigenoterapia mesmo diante de um perfil de re- cém-nascidos mais imaturos e com mais intercorrências no período após a inserção da fisioterapia.

TAVARES, A.B, et al 2019

avaliar a ocorrência de alte- rações fisiológicas adversas agudas e a presença de dor em recém-nascidos prema- turos com síndrome do des- conforto respiratório interna- dos em uma unidade de te- rapia intensiva neonatal após a fisioterapia respirat- ória

estudo transversal que ava- liou 30 neonatos prematuros em três momentos, sendo eles Momento um (M1), an- tes da fisioterapia, Momento dois (M2), imediatamente após a fisioterapia, e Mo- mento três (M3), 15 minutos após. Consideraram-se alte- rações fisiológicas as varia- ções da frequência cardíaca (FC), da frequência respirat-

parâmetros fisiológicos e comportamentais permane- ceram estáveis após a realização da fisioterapia respiratória, com discretas alterações imediatamente após o procedimento, mas com retorno aos valores ba- sais, indicando que a fisiote- rapia respiratória não alte- rou agudamente os sinais vitais e os níveis de dor dos neonatos

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ória (FR), da saturação peri- férica de oxigênio (SpO2) e da temperatura corporal. A presença de dor foi avaliada pelas escalas neonatal in- fant pain scale e neonatal facial coding system.

GIMENEZ, I.L., et al ,2019

Descrever a percepção dos fisioterapeutas de unidades neonatais sobre a dor, a uti- lização de escalas de men- suração e estratégias que a minimizem.

Entrevistas foram realizadas com chefes ou rotinas de fi- sioterapia em hospitais com unidades neonatais entre 2013 e 2015, no Rio de Ja- neiro. As perguntas versa- ram sobre o conhecimento da sensação dolorosa, des- de seu reconhecimento até seu cuidado ou trata- mento.

Constatou-se uma lacuna no conhecimento sobre dor neonatal e como avaliá-la entre os fisioterapeutas par- ticipantes, com ausência de sistematização de rotinas assistenciais que envolvam essa aferição.

MENGER JL et al.

Revisar os efeitos da rede de posicionamento nos pa- râmetros clínicos de recém- nascidos pré-termo (RNPT) admitidos em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN).

As 6 amostras totalizaram 139 neonatos, com idade gestacional entre 26 e 37 semanas e média de peso gestacional <2.240 g. Qua- tro estudos incluíram pa- cientes sem nenhuma pato- logia associada, .A qualida- de metodológica foi classifi- cada como baixa.

Embora a rede de posicio- namento pareça causar me- lhora na FC, na FR e na dor em RNPT, a baixa qualidade metodológica torna inconsis- tentes os resultados

NOVAKOSKI,k.R.M. et al,2018

Avaliar os efeitos da fisiote- rapia aquática na dor, distúr- bios do sono e vigília, e va- riáveis ​​fisiológicas do RNPT em Uti Neonatal.

Na intervenção, os partici- pantes foram envolvidos em tecido macio e imersos na altura dos ombros em água morna (36 ° C a 37,5 ° C).

Movimentos laterais, para frente, para trás e rotacio- nais foram realizados. Vinte e dois recém-nascidos parti- ciparam do estudo

fisioterapia aquática é eficaz na redução da dor, melhora do sono e vigília e variáveis ​​fisiológicas do RNPT em Uti Neonatal

7.1 FATORES E CAUSAS QUE COLABORAM PARA INTERNAÇÃO DO RECÉM NASCIDO:

MUNIZ DWR et al 2018, a mortalidade neonatal é compreendida do período do nascimento até 27 dias de vida a cada mil nascidos vivos. Quando o neonato pas- sa por caso de infecções associadas à assistência a saúde (IRAS), durante a inter- nação, aumenta a chance de óbito, sendo as infecções da corrente sanguínea as mais observadas. segundo os resultados, obtiveram como principais causas de óbi- tos, prematuridade que correspondeu a 1/3 dos casos, anomalias, infecções, fatores maternos, asfixia e hipóxia, em relação a idade da mãe, foi maior entre 16 e 25 anos, tipo de parto cesário, peso ao nascer de 2.500 g até 1.000 g e o apgar no primeiro e quinto minuto, era menor ou igual a sete o que representa risco de vida ao recém nascido.

PRESTES D. et al 2019, buscaram as características de neonatos com SDR considerando a via de parto em uma UTI numa região central do RS, o parto cesário foi o mais observado nos casos, sendo de suma importância o parto normal pelo me- canismo de auxiliar a retirada do líquido pulmonar, que impede na produção do sur- factante. Em relação ao fatores maternos, primeira gestação, complicações durante a gestação e doenças crônicas, podem ser potenciais para desenvolvimento da SDR. em relação aos cuidados ao neonato durante o nascimento, alguns necessita-

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ram de RCP principalmente os de via cesariana, oxigenoterapia (65%) por CENO2 ( cateter endo nasal de Oxigênio) principalmente de parto vaginal, e para outros VM (15%) e CPAP (30%). E por fim destacaram a necessidade do fisioterapeuta para di- minuição das morbidades neonatais, tempo de internação, redução de custos hospi- talar,etc.

REGÔ MGS et al 2018, realça os fatores gestacionais e socioculturais no qual a gestante esta envolvida, e além disto, em relação as características biológicas, destacam a prematuridade e baixo peso ao nascer. Em relação as características da mãe e gestação, hipóxia intrauterina, asfixia ao nascer e trabalho de parto prematu- ro, hemorragias e hipertensão podendo apresentar pré eclâmpsia.

MOURA B.L.A. et al 2020, realça que fatores relacionados a gestação, influen- ciam no prognóstico do recém nascido, destacaram também como risco para interna- ção, prematuridade, baixo peso ao nascer com apgar abaixo de 7 no quinto minuto, e malformação congênita.

Em relação ao risco de óbito, LIMA et al 2020, falam que a prematuridade é fator de risco de óbito para crianças até 5 anos de idade, observaram isto, mais no acre e na Bahia, sugerem que estes valores podem estar ligados a erros na assis- tência obstétrica e neonatal. As taxas de óbitos estão ligadas a fatores como, prema- turidade extrema, reanimação em sala de parto, Apgar abaixo de 7 no 5° minuto.

Causas por morbidades de curto prazo como, hemorragia pulmonar, síndrome do desconforto respiratório, e enterocolite necrosante. Em relação a VMI, falam que quanto maior o tempo de utilização, maior a chance de óbito, sendo que seu uso até 3 dias tem 4 vezes de chances para óbito, e a partir de 4 dias este valor sobe para 7 vezes.

MEDEIROS A.C.S et al 2018, fala também que a prematuridade esta associa- da em aproximadamente 75% dos óbitos. Sendo as principais morbidades do prema- turo, de origem respiratória, infecção e causas neurológicas. Realçando que as cau- sas de internação do neonato, esta relacionada também à fatores sociodemográfi- cos, hábitos de vida materno, qualidade da assistência ao pré natal. Sendo que o pré natal deve no mínimo ter sido realizado 6 consultas.

7.2 INTERVENÇÕES FISIOTERAPÊUTICA NO AMBIENTE DA UTI NEONATAL:

Para um melhor atendimento, é necessário entender a fisiopatologia das pato- logias respiratórias neonatais e pediátricas, e entender o desenvolvimento do siste- ma respiratório para maior compreensão (EGAN,2009)

Valores recomendados como seguros para o neonato segundo EGAN 2009, PaO2 entre 60- 80 mmHg, SpO2 entre 88- 94%, FR 40-60, FC de 100-160.

Segundo projeto coala, é necessário termos bastante atenção na suplementa- ção de oxigênio (O2), pois em excesso pode levar a lesão pulmonar, lesão da retina do olho, levando a cegueira, e quando este fornecimento não é o suficiente pode vir

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a apresentar, enterocolite necrosante, lesão cerebral e óbito. quanto aos valores se- guros para recém nascidos prematuros, padronizaram a SatO2 entre 91 e 95%, sen- do valores limites 88 e 95%.

https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2019/01/CONTROLE_OXIGENIO_ALVO_COALA.pdf

Na UTI neonatal, é necessário um manejo adequado com extremo cuidado, cpap e cânula nasal são as primeiras abordagens, quando não eficaz, são substituí- das por intubação nasotraqueal, endotraqueal (TET) 2,5 mm. Suporte respiratório CPAP nasal, ventilação nasal e cânula nasal de alto fluxo. valores de FiO2 > 0,35 a 0,40 ou PacO2 elevados, são indicações de VM.( MC DONALD,M; et al , 2018).

Segundo DOS SANTOS RPB et al 2019, A fisioterapia respiratória na UTIN , realiza medidas para tratar as complicações da doença respiratória e visa prevenir complicações decorrentes desta, tendo como objetivo, melhorar a mecânica pulmo- nar, trocas gasosas, eliminação de secreções, promover o mais rápido possível inde- pendência funcional, fazer com que o neonato evolua o mais rápido possível, assim evitando também complicações de internação prolongada. algumas das manobras ci- tadas são a Higiene brônquica (HB), drenagem postural, tapotagem, vibrocompres- são, bag squeezing , aumento do fluxo expiratório (AFE), e aspiração, sendo as ma- nobras de higiene brônquica em RNPT abaixo de 1,500 gramas até seus 3 dias de vida contraindicadas, devido possíveis complicações, como por exemplo, aumento da pressão intracraniana (PIC), podendo levar a hemorragias. A aspiração é outro meio bastante utilizado, seu uso não deve ser rotineiro, as tentativas devem durar em torno de 15 segundos, com 3 tentativas no máximo, evitando pertubações ao ne- onato.

Segundo OLIVEIRA a.m. et al 2019, a fisioterapia também vem a contribuir para melhora dos valores gasométricos e no tempo de internação neonatal, eles ob- servaram resultados antes de ter fisioterapia no hospital e depois de ter a fisiotera- pia, e observaram que, por mais que os casos foram mais prematuros mais imatu- ros, houve melhora no tempo de internação e prognóstico.

TAVARES a.d. et al 2019, observaram em diferentes momentos do atendimen- to respiratório nos neonatos prematuros com Síndrome do desconforto respiratório (SDR), se estes apresentavam alterações fisiológicas agudas como a sato2, FC, FR, temperatura corporal, e em relação da presença de dor através da escala neonatal infant pain scale (NIPS) e neonatal facial coding system (NFCS). e obtiveram como resultado, que a fisioterapia pode sim alterar os valores fisiológicos, porém são mu- danças discretas que voltam aos valores normais em torno de 15 minutos após o tér- mino do procedimento, observaram que durante a fisioterapia houve a presença de tiragens intercostais e batimento de asa de nariz, indicando um leve desconforto res-

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piratório. Relatam como algumas terapias utilizadas suporte ventilatório com pressão positiva, oxigenoterapia, inalação de óxido nítrico, reposição de surfactante e como coadjuvante a fisioterapia respiratória, usadas com frequência na UTIN.

GIMENEZ i.l. et al 2019, verificaram o conhecimento de fisioterapeutas quanto escalas de dor neonatal, já que estes expressam de outras formas, sem ser a verbal.

Alguns relatam observar a dor através da expressão facial, valores de FC, FR, Sa- to2, e coloração da pele. Tiveram como resultado a NIPS mais utilizada pelos profis- sionais. Os fisioterapeutas da pesquisa, relataram como algumas medidas tomadas para minimizar a dor: posicionamento no leito, acolhimento, redução da luminosida- de, redução de ruídos, uso de glicose, método canguru, analgesia farmacológica, re- de, chupeta, e o aquecimento das mãos para o manuseio. Sendo que, a aspiração das vias aéreas, as coletas e punções, na visão dos fisioterapeutas os mais causa- dores de dor, devido maior estresse ao recém nascido.

MENGER j.L. et al 2020, a rede de posicionamento, é uma possibilidade de tratamento para o RNPT, visto que a sensação de posição intrauterina lhe traz confor- to, melhorando também alguns valores fisiológicos, além de auxiliar no desenvolvi- mento de habilidades motoras espontâneas e funcionais, cita ainda que o balanço da rede pode auxiliar nos movimentos respiratórios, porém concluíram que faltam mais estudos no assunto devido a baixa qualidade dos estudos utilizados. Citam também outros recursos humanizados que são comumente usados no parto ou ao recém nas- cido, como parto humanizado, o método canguru, a imersão em água e a musicotera- pia.

NOVAKOSKI k.R.M. et al 2018, falam a respeito da intervenção da fisioterapia aquática em bebes prematuros, e a possibilidade do neonato poder sofrer uma mé- dia de 12 procedimentos dolorosos por dia. Em relação ao sono, ser de suma impor- tância para o neurodesenvolvimento, memória, aprendizagem e preservação de neu- roplasticidade cerebral. Declara que o recém nascido durante o sono, tem capacida- de de se adaptar ao ambiente que esta inserido. Utilizaram como escalas de avalia- ção a NFCS para avaliar a dor, e para avaliar sono e vigília utilizaram a brazelto adaptada. No estudo, os bebes foram submerso num balde higienizado com água até a altura do ombro, com temperatura entre 36-37,5°, realizando movimentos em diferentes eixos durante 10 minutos, e o fisioterapeuta apoiava na região cefálica do recém nascido. Como resultado, observaram que realmente a terapia auxiliou no so- no e vigília, e na dor, não teve comprometimento da FC e temperatura corporal, hou- ve melhora da SatO2.

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Nascidos vivos por ocorrência em são paulo 2019 177.629,00

Duração da gestação valor bruto %

menos de 22 semanas 63,00 0,04%

22 a 27 semanas 937,00 0,53%

28 a 31 semanas 1.792,00 1,01%

32 a 36 semanas 15.709,00 8,84%

37 a 41 semanas 158.067,00 88,99%

42 semanas ou mais 1.044,00 0,59%

Ignorado 17,00 0,01%

Total 177.629,00 100,00%

Idade da mãe valor bruto %

10 a 19 anos 15.922,00 8,96%

20 a 29 75.110,00 42,28%

30 a 39 77.109,00 43,41%

40-49 9.440,00 5,31%

50 a 64 40,00 0,02%

idade ignorada 8,00 0,00%

Total 177.629,00 100,00%

Tipo de Parto valor bruto %

Vaginal 81.400,00 45,83%

Cesário 96.225,00 54,17%

Ignorado 4,00 0,00%

Total 177.629,00 100,00%

Consulta ao pré natal Valor bruto %

Nenhuma 1.620,00 0,91%

1 a 3 5.663,00 3,19%

4 a 6 25.097,00 14,13%

7 ou mais 145.236,00 81,76%

Ignorado 13,00 0,01%

Total 177.629,00 100,00%

Disponível em: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvbr.def Acesso em:18/03/2021

8 DADOS EM RELAÇÃO A GESTAÇÃO E REFERENTE A GESTANTE NO ESTA- DO DE SÃO PAULO 2019

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Os dados mostrados na tabela anterior referente aos nascido vivos no estado de são paulo em 2019, nos mostra que a maioria dos partos, foram mais de mães com idade entre 20 a 39 anos, quanto ao pré natal, 81,76% das mães comparece- ram a 7 ou mais pré natais, a duração da gestação 88,99% foram de 37 a 41 sema- nas, quanto ao tipo de parto 54,17% foram cesarianas.

Em relação a idade, gestações de idade menor ou igual a 15 e maior que 35 anos, são fatores de risco para a gestação.( GOMES, M.N.A. et al, 2019). Gestantes mais novas, podem apresentar algumas complicações, como a prematuridade, pré eclampsia, défcitis nutricionais, entre outros, já as mães com idade mais avançada acima de 35 anos de idade, podem apresentar problemas como hipertensão, diabe- tes gestacional, deslocamento prematuro de placenta, eclâmpsia, entre outros, em relação ao tipo de parto, o cesariana sem trabalho de parto, esta mais presente nas complicações respiratórias , alguns estudos, falam que devido ao parto normal aju- dar a preparar os pulmões para a vida extrauterina, a mecânica do parto auxilia a eli- minar o excesso de liquido dentro dos alvéolos, sendo assim, seria mais indicado se possível o parto normal.

Esses dados nos mostram que mulheres vem se tornando mães mais velhas e possuem maior preocupação com sua gestação, indo ao pré natal a quantidade ideal, mostrando que a causa provavelmente das complicações, sejam de origem por indevida atenção a mulher durante o parto ou por complicações no final da gestação.

9 CONCLUSÕES

Obteve-se como resultado que as principais complicações são de origem res- piratória, com destaque para a prematuridade, pois devido esta situação, dependen- do do tempo de gestação, as partes do sistema respiratório necessários para uma boa mecânica ventilatória, trocas gasosas, ainda não se desenvolveram, através desta o neonato irá expressar qual sua necessidade de assistência respiratória. Al- guns autores destacam também baixo peso ao nascer, Síndrome da desconforto res- piratório, sepse, asfixia e hipóxia durante o parto. Como indicador do estado de saú- de do neonato e vitalidade é bastante utilizado o índice de APGAR, sendo seu valor abaixo de 7 no quinto minuto, preocupante devido a ocorrência de asfixia perinatal, sendo necessário em alguns casos, a RCP dependendo da gravidade da asfixia.

A fisioterapia tem papel muito importante para este paciente, atuando princi- palmente nas complicações pulmonares, tratando-a e evitando sua gravidade. Po- dendo ser utilizado diversos recursos, como, manobras de higiene brônquica, aspira-

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ção, posicionamento no leito, pressão positiva, entre outros. Realizando também atendimento humanizado através de musicoterapia, imersão em água, rede de posi- cionamento, método canguru, sendo estas, as encontradas nas literaturas. Sendo importante também conhecermos escalas de avaliação, sendo as mais citadas a ne- onatal infant pains( NIPS) e neonatal facial coding system (NFCS), utilizadas para avaliar grau de agitação do recém nascido, e através destas classificar a dor, pois a dor vem a alterar valores fisiológicos ou alterar valores que estão controlados.

Para que este cenário venha a melhorar, é necessário que gestantes sejam mais orientadas quanto, a hábitos de vida durante a gestação, tenha atendimento adequado durante o pré natal, no momento do parto, e depois, que este recém nasci- do tenha atendimento multiprofissional periodicamente. E quanto ao momento do parto, é necessário que estes profissionais sejam capacitados, evitando condutas inadequadas, até mesmo no manejo, evitando infecções induzidas pelo manejo ina- dequado. Existe a necessidade de protocolos de atendimento, fazendo com que a equipe haja de forma em concordância, temos como exemplo, o projeto coala, no qual sua informação pode ser colocada nos leitos dos recém nascidos, diminuindo o número de complicações devido oferta de oxigênio, pois este em excesso ou defi- ciências pode trazer complicações graves como por exemplo o óbito.

Por fim temos que conhecer bem a fisiopatologia das doenças para melhor atendimento seja ofertado para este ser imaturo, fazendo com que o tempo na UTI seja reduzido, evitando complicações devido a ventilação mecânica, como risco de infecções, diminuindo o risco de óbito.

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