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Objecto concreto, objecto científico, objecto de investigação :: Brapci ::

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Obj e ct o con cr e t o, obj e ct o cie n t ífico, obj e ct o de

in v e st iga çã o

*

Je a n D a v a llon

Univer sidade de Avignon e da Região de Vaucluse Labor at ór io Cult ur a & Com unicação

Re su m o

As ciências da infor m ação e da com unicação não se definem pelo obj ect o que est udam – nem r ecebem dele a sua or iginalidade –, m as pela " sua m aneir a de const r uir o obj ect o ar t iculando pr oblem át icas" ( Br uno Olliv ier 2001: 352) . O ar t igo pr opõe um a per spect iv a sobr e a const r ução do obj ect o em ciências da com unicação e da infor m ação, par t indo, não das quest ões de filiações, fr ont eir as e t er r it ór ios dessas ciências, m as da pr át ica de invest igador e do quest ionam ent o sobr e o act o de " const r uir " obj ect os nessas ciências.

Pa la vr a s- ch a ve :

I nfor m ação; Com unicação; Const r ução de Obj ect os.

Abst r a ct

The obj ect t hey st udy does not define infor m at ion and com m unicat ion sciences – and t hey do not get t heir or iginalit y fr om it . Their specificit y com es fr om " t heir w ay of m ak ing t he obj ect by int er r elat ing t heor et ical quest ions" ( Br uno Olliv ier 2001: 352) . The ar t icle dev elops a per spect iv e on t he const r uct ion of t he obj ect in infor m at ion and com m unicat ion sciences, focusing, not t he affiliat ions, bor der s or t er r it or ies of t hese sciences, but t he pr act ice of t he r esear cher and t he discussion about t he act of " m ak ing" obj ect s in infor m at ion and com m unicat ion sciences.

Ke y w or ds:

I nfor m at ion; Com m unicat ion; Obj ect s Const r uct ion.

As ciências da infor m ação e da com unicação não se definem pelo obj ect o que est udam – nem r ecebem dele a sua or iginalidade –, m as pela " sua m aneira de const r uir o obj ect o ar t iculando pr oblem át icas" . Subscr evo t ot alm ent e est a afir m ação de Br uno Ollivier ( 2001: 352) , que at ribui o prim ado ao fact o de ser " o pont o de vist a que cr ia o obj ect o" , par a r et om ar a fór m ula de Saussur e cit ada em Obser ver la Com m unicat ion ( Ollivier , 2000) . Volt ar ei por ém a est a quest ão do obj ect o adopt ando um " pont o de vist a" m uit o difer ent e dele. A sua abor dagem das ciências da infor m ação e da com unicação com o int er disciplina é inst it ucional, um a vez que se prende com as filiações, as front eiras e as quest ões de t errit ório; a

*

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que eu adopt ar ei par t ir á de um a r eflexão sobr e a pr át ica de invest igador e int er essar - se- á pelo que significa o act o de " const r uir " obj ect os nas ciências da infor m ação e da com unicação.

Um dom ín io de in v e st iga çã o cu j o obj e ct o pe r t e n ce a qu a lqu e r

lu ga r

Nas páginas que se seguir ão, as ciências da infor m ação e da com unicação não são per spect ivadas com o int er disciplina, nem com o disciplina, m as com o dom ínio de invest igação. O obj ect ivo dest a posição é colocar a hipót ese, suscit ada pelas discussões r ecor r ent es sobr e a exist ência ou não exist ência de um a especificidade disciplinar dest as ciências, sobr e a quest ão da act ividade cient ífica do dom ínio de invest igação em ciências da infor m ação e da com unicação.

A hipót ese de um a especificidade dos obj ect os das ciências da

infor m ação e da com unicação

A análise das or igens das ciências da infor m ação e da com unicação apr esent ada por Br uno Ollivier na sua obr a Obser ver la Com m unicat ion m ost r a claram ent e at é que pont o est as ciências

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r et om am , ex per im ent am , e adapt am conceit os e m ét odos const r uídos par a out r os obj ect os nout r os dom ínios cient íficos; elas invent am novas abor dagens e pr oduzem um novo olhar sobr e obj ect os j á est udados por out r os. Sob est e ângulo, o " desej o de disciplinar idade" de que fala Yves Jeanner et ( La Let t r e d'I nfor com , 2000) ser ia o sinal da em er gência de um nov o dom ínio cient ífico que, pr opondo um a cer t a m aneir a de const r uir obj ect os cient íficos, r eivindicar ia um a visibilidade disciplinar .

A ideia que defender ei é que a originalidade e a especificidade dest e pont o de vist a r esidem , pelo m enos em par t e, num a aplicação1 ( no duplo sent ido de ligação e de fixação) da pr át ica cient ífica à dim ensão t écnica dos obj ect os concr et os.

As ciências da infor m ação e da com unicação cont r a os obj ect os

concr et os e as r epr esent ações de senso com um

Reconhecer a aplicação da invest igação em ciências da infor m ação e da com unicação à dim ensão t écnica dos obj ect os é ar r iscar r eduzir o seu obj ect o de inv est igação, quer ao m undo das coisas que exist em efect ivam ent e na sociedade, quer a esse elem ent o do senso com um que const it ui a noção de " com unicação" . Todos os obj ect os – especialm ent e os obj ect os m ediát icos e cult ur ais ( j or nais, livr os, em issões, exposições, r epr esent ações, et c.) – se t or nam im ediat am ent e obj ect os cient íficos invisíveis: eles são r est it uídos à sua exist ência de m eios ou de supor t es, e sim ult aneam ent e cober t os pela diver sidade do que cada um coloca sob o t er m o com unicação.

(4)

Est a am álgam a singular , oper ada pelo senso com um , de obj ect os concr et os ( " as com unicações" ) e aquilo que é supost o ser o obj ect o cient ífico ( " a com unicação" ) coloca o invest igador per ant e um duplo const r angim ent o.

– O const r angim ent o da confusão ( exist ent e nos act or es) ent r e " as r epr esent ações explicat ivas do r eal" , par a falar com o Gr anger ( 2002) – i.e. o conhecim ent o cient ífico – e as r epr esent ações que os pr ópr ios act or es fazem das coisas e da exper iência que t êm delas. O r isco, par a o invest igador , é o de cr er que vai encont r ar nos act or es um " conhecim ent o" do obj ect o, que o dispensa, pur a e sim plesm ent e, de const r uir um obj ect o de invest igação, um a vez que esse " conhecim ent o" j á exist e no int er ior do pr ópr io obj ect o2.

– O const r angim ent o, inver so, de um a pr ocur a social for t e de aplicação do conhecim ent o ou dos pr ocedim ent os cient íficos par a

r ealizar ou m elhorar efect ivam ent e os obj ect os concr et os, quer dizer , os " m eios" de com unicação. A invest igação em ciências da infor m ação e da com unicação vai assim est ar cont inuam ent e ex post a a um a evidência dos obj ect os – e com pr eendem os agor a a fr ase de Br uno Ollivier cit ada no início. Por quê const r uir obj ect os, se os podem os encont r ar pr é- r ecor t ados e j á acom panhados de conhecim ent o3? Por ém , a evidência é solicit ada a par t icipar na pr odução desses obj ect os, afim de os t or nar m ais com unicacionais.

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um a t ecnologia. Qualquer invest igação sobr e um a out r a dim ensão ( condições de pr odução, cont ext o de r ecepção, et c.) parece r elevar , por cont r apont o, de dom ínios cient íficos et iquet ados por um a disciplina out r a, com o a econom ia, a sociologia, et c.4

Cont r ar iam ent e ao que se pode pensar , essa par t icularidade apr esent a, na verdade, um a dupla vant agem : a de obr igar o invest igador a const r uir o seu obj ect o de invest igação e de lhe ofer ecer um a r elação absolut am ent e singular com o t er r eno. Na condição, evident em ent e, de se pr ecaver r elat ivam ent e a essa par t icular idade.

Obj e ct os t é cn icos ou obj e ct os de in v e st iga çã o?

O dom ínio da invest igação, t al com o o da for m ação, for nece um gr ande núm er o de sinais dest a quest ão das ciências da infor m ação e da com unicação que é a necessidade de const r ução do seu obj ect o de invest igação e a sua r elação com os obj ect os concr et os: a invest igação é ao m esm o t em po aplicada e fundam ent al; a for m ação é t eór ica e t écnica.

O im por t ant e, a m eu ver , é que est a par t icular idade não t em com o único efeit o im por do ext er ior ao invest igador nor m as e pr ocedim ent os de t r abalho. Ela im põe- lhe a const r ução do seu obj ect o de invest igação de um a m aneir a específica, dada a pr ópr ia " nat ur eza" sociot écnica dos obj ect os que ele est uda.

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sem no ent ant o ser " conhecido" , um a vez que o invest igador não dispõe ainda de um conhecim ent o ( um a r epresent ação explicat iva m ais ou m enos concept ualizada) que r esponda a essa pr oblem át ica e que t enha sido confr ont ado com for m as de exper iência ( análise de dados, obser vações, et c.5) . O obj ect o de invest igação encont r a- se assim a m eio cam inho ent re, de um lado, os obj ect os concr et os que per t encem ao cam po de obser v ação, e, de out r o lado, as r epr esent ações explicat ivas do r eal j á exist ent es ou visadas ( as quais r elevam do obj ect o cient ífico) .

A h ipót e se qu e qu e r o de se n v olv e r é a se gu in t e :

– os obj ect os de invest igação das ciências da infor m ação e da com unicação per m anecem pr esos às car act er íst icas dos obj ect os concr et os que per t encem ao cam po de obser vação;

– essas car act er íst icas r efer em - se à dim ensão t écnica da r ealidade que const it ui o cam po de obser vação;

– a consequência é que esses obj ect os de invest igação são t r abalhados do int er ior por um a com plexidade e um a het er ogeneidade que faz deles híbr idos de ciência e de t ecnologia.

O in v e st iga dor fa ce a o se u obj e ct o de in v e st iga çã o

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Obj e ct o de in v e st iga çã o, e n t r e r e a lida de t é cn ica e obj e ct o

cie n t ífico

O fact o de os obj ect os cient íficos ser em " r epr esent ações explicat ivas do r eal" t em com o consequência im ediat a que esses obj ect os visem apr esent ar - se o m ais possível com o const r uções hom ogéneas, coer ent es, com plet as e par t ilhadas, m esm o se são

obj ect o de discussões. Est e obj ect ivo encont r a- se pr esent e, t ant o na elabor ação das pr ópr ias r epr esent ações, com o nos m odos de apr eender a exper iência hic et nunc, afim de pr oduzir os dados que ser vir ão par a const r uir essas r epr esent ações, ou ainda afim de ver ificar est as últ im as. No t r abalho concr et o de invest igação, est a vont ade de hom ogeneidade t raduz- se na exist ência de pr ocedim ent os dest inados a r egular , quer a definição do quadr o t eór ico, quer o exam e das invest igações j á exist ent es, a pr odução dos dados, ou ainda a apr esent ação e a int er pr et ação dos r esult ados.

Os obj ect os t écnicos, " aspect os par t icular es de um r eal pr oduzidos pela pr át ica do hom em " , segundo Gr anger , t om am , ao cont r ár io, out r as for m as: r espondendo a um desej o, não de conhecer , m as de obt er um r esult ado, eles são or ient ados par a o sucesso da exper iência, m ais do que par a a per t inência da r epr esent ação explicat iva. Eles devem , ent ão, ancor ar - se no seu cont ext o, ar t icular - se com as pr át icas, afim de se t r ansfor m ar e dom est icar a ener gia at r avés da m at er ialização da ideia da acção a efect uar . É assim que a " realidade t écnica se apr esent a com o um com plexo cent r ado no obj ect o t écnico pr incipal. Esse obj ect o, com o

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pr opr iam ent e t écnicas e de or ganizações sociais, com o o m ost r ar ia ainda o exem plo dos cam inhos- de- fer r o ou da dist r ibuição de elect r icidade» ( Gr anger , 2002: 185) .

Est e t ipo de abor dagem do obj ect o t écnico oper a um duplo deslocam ent o face à concepção espont ânea que se possa t er dest e t ipo de obj ect o – e, a est e t ít ulo, im põe- se evocar as concepções de um Sim ondon ou de um Lat our6. Em pr im eir o lugar , o obj ect o t écnico sit ua- se no cent r o de um sist em a de obj ect os t écnicos auxiliar es, que condicionam , quer a sua per t ença ao univer so t écnico, quer a sua ut ilização pr át ica. Sem obj ect os auxiliar es, com o as est ações de difusão e as t r ansm issões her t zianas, o post o de r ádio não adquir iria r ealidade t écnica, lem br a Gr anger ; e poder - se- iam acr escent ar out r os, com o os que per m it em o fabr ico do dit o post o, o dos seus com ponent es, o das est ações, das t ransm issões, e por aí adiant e. Em segundo lugar , o pr ópr io sist em a t écnico é um " t ecido de invenções" e de " or ganizações sociais" , que deram lugar à em er gência desses obj ect os e que t or nam possível o seu funcionam ent o – por out r as palavr as, a sua pr ópr ia exist ência. O obj ect o t écnico não é, ent ão, senão o elem ent o ( sem dúvida o principal, de um pont o de vist a t écnico) de um com plexo het er ogéneo de pr át icas, de saber es, de or ganizações, de m áquinas, et c.

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hom ogénea, coer ent e, com plet a e par t ilhada) , a par t ir de um conj unt o de obj ect os concr et os de est at ut o e de nat ur eza difer ent es, dos quais alguns são obj ect os t écnicos.

Com o con st r u ir o obj e ct o de in v e st iga çã o?

Par a t or nar as coisas m ais clar as, deixem os de lado as pr át icas de invest igação que t r at am de obj ect os cient íficos j á pr é- for m ados por out r as disciplinas, par a consider ar m os apenas aquelas que se confr ont am com a com plexidade dos obj ect os ( i.e., com a sua nat ur eza de " com plexo" , no sent ido de Gr anger ) .

Elas devem ent ão consagr ar um a gr ande par t e da sua act ividade a per ceber aquilo que const it ui sist em a ent r e as com ponent es do com plexo, a m aneira com o est as últ im as est ão ou não ligados ent r e si, os lim it es do com plexo, et c. Por que, nest e caso, é- lhes indispensável com pr eender – sej a concept ualm ent e, sej a em pir icam ent e – aquilo que se const it ui em sist em a, apesar da sua het er ogeneidade; decidir o que convém r et er ou r ecusar na definição do com plexo. De fact o, de acor do com a escolha do obj ect o pr incipal ( confor m e se escolha, por exem plo, o post o de r ádio, ou as t r ansm issões her t zianas) , o com plexo não ser á da m esm a nat ur eza. I st o supõe opt ar por um det er m inado pont o de vist a; ou: adopt ar um pont o de vist a com unicacional conduzir á a fazer um a escolha ent r e o

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É clar am ent e com est e t r abalho de const r ução de " com pósit os" , dest inados a dar cont a de com plexos de um pont o de vist a infor m acional e com unicacional, que é possível obser var m ais nit idam ent e os quat r o pr incípios que m e par ecem int egr ar a const r ução de um obj ect o de invest igação em ciências da infor m ação e da com unicação.

– O pr im eir o pr incípio encont r a- se no cent r o da pr esent e r eflexão: t r at a- se de t er em cont a a agilidade t écnico- sem iót ica que r esult a da ligação do obj ect o de invest igação aos obj ect os concr et os t écnicos. Volt ar ei um pouco adiant e àquilo que consider o que est e t er m o designa.

– O segundo pr incípio é o da r eflexividade. Ele r esult a da necessidade com que se depar a o invest igador de pensar o m odo com o const r uir á o seu obj ect o de invest igação. Est a r eflexividade acciona- se, por exem plo, par a est im ar a validade e a per t inência da m obilização de um a ou m ais t écnicas de r ecolha de dados face aos pr ocessos analisados e aos obj ect os concr et os r et idos.

– O t er ceir o pr incípio é o da escolha da escala de obser vação. A que escala obser vam os m elhor um pr ocesso? E, cor olar iam ent e, qual é a escala det er m inada pela const r ução de um com pósit o? O invest igador é per m anent em ent e obr igado a fazer escolhas, não apenas ent r e abor dagens " m icr o" ou " m acr o" ( o que r eenvia fr equent em ent e par a post ur as ger ais ligadas aos pr ocessos est udados) , m as t am bém r elat ivam ent e ao nível em que encont r ar á os dados per t inent es no int er ior de com plexos com unicacionais.

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obj ect os cient íficos pr é- const r uídos, ou ao que Gr anger cham a a " im aginação concept ual"7; ou, pelo cont r ár io, par a a descr ição dos obj ect os, dos fact os, ou das r epr esent ações.

O pon t o de v ist a com u n ica cion a l sobr e os obj e ct os

Haver á, por t ant o, ent r e os invest igador es em ciências da infor m ação e da com unicação, um a t eor ia im plícit a dos obj ect os com unicacionais. Quer o com ist o dizer que qualquer invest igador , se

deixar um pouco de lado os obj ect os cient íficos que são habit ualm ent e os seus, e as nor m as ligadas ao quadr o t eór ico que habit ualm ent e ut iliza, é capaz de dizer o que é um a invest igação no dom ínio das ciências da infor m ação e da com unicação – ou, pelo m enos, o que não é. Essa t eor ia im plícit a é cont inuam ent e accionada nas inst âncias cient íficas e disciplinar es da com unidade – penso nos colóquios, no CNU8 ou ainda nas j or nadas dout or ais, quer dizer , de cada vez que ocor r em pr át icas, quest ões e t r ocas que o invest igador habit ualm ent e guar da par a si.

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de, a r om per com , essa pr é- noção de com unicação. Eu apenas quis m ost r ar que, apesar de t udo, sendo os fact os inflexíveis, a sua pr át ica de invest igador não apenas acaba por t er em cont a essa dim ensão, com o se or ganiza em grande m edida à volt a dela e t ir a par t ido dela par a pr opor um a abor dagem or iginal dos fact os de com unicação. Não se t r at a de defender um a qualquer post ur a t ecnicist a, m as sim plesm ent e de r ecusar ocult ar a dim ensão t écnica. O que é que ist o quer dizer ?

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Re fe r ê n cia s bibliogr á fica s

Re fe r e m - se a s obr a s cit a da s e n ã o a s obr a s con su lt a da s.

La Let t r e d'I nfor com ( 2000) , 58, hiver .

GRANGER, G.G. ( 2002) Sciences et Réalit é, Par is, Odile Jacob.

LATOUR, B. ( 1993) Ar am is ou l'am our des t echniques, Par is La Découver t e.

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SI MONDON, G. ( 1969) Du m ode d'exist ence des obj et s t echniques, Par is, Aubier .

NOTAS

1

At t ache no original, que significa t am bém colchet e, presilha, fiv ela – no t ext o suger e- se, j ust am ent e, " pr egar " ( N. do T.) .

2

O exem plo t ipo é a recolha de experiências e o r elat o do vivido pelos act or es sob a for m a de pseudo- inquér it o.

3

Pensem os na am biguidade dos discur sos sobre as " novas t ecnologias" : discur sos de acom panham ent o ou r epr esent ações explicat iv as do real? O problem a reside no pr ocesso de const rução do obj ect o de invest igação.

4

O pr oblem a do est at ut o dado pela sociedade às ciências da infor m ação e da com unicação de t ecnologia r eside na em er gência de um a filosofia ger al fundada sobr e consider ação da im por t ância da dim ensão t écnica, m as que im pede o

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5

Est e confr ont o r eenvia àquilo que Granger cham a o " m om ent o act ual" , por oposição à const r ução de r epr esent ações vir t uais ( Gr anger , 2002: 249; sobr e a relação ent re virt ual e act ual nas ciências do hom em , ver o capít ulo I V) . O pr esent e ar t igo deve m uit o à obr a de Gilles Gast on Gr anger , que ex põe um a abor dagem sint ét ica dos t r ês gr andes t ipos de ciências ( ciências for m ais; ciências da nat ur eza,

i.e. em pír icas não hum anas; ciências do hom em , i.e., em pír icas hum anas) . A sua

abordagem epist em ológica é pr ovavelm ent e a que m enos est abelece a hier ar quia ent r e os difer ent es t ipos de ciências, t ornando assim possível um a per spect ivação das ciências da infor m ação e da com unicação – incluindo em relação a ciências ( que são t am bém t ecnologias) com o a infor m át ica.

6 Por exem plo, Sim ondon ( 1969) , Lat our ( 1993) . Par a est e últ im o, penso

evident em ent e no est at ut o dos obj ect os t écnicos segundo um a concepção de híbr idos ent r e hum anos e não hum anos. Pelo cont r ár io, essa concepção par ece- m e afinal r edundar num a espécie de apagam ent o da especificidade e da oper at ividade dest e t ipo de obj ect o, que, quant o a m im , car act er izam um a abor dagem

com unicacional do obj ect o ( a que cham ar ei, m ais t ar de, a sua agilidade t

écnico-sem iót ica) .

7

" A im aginação concept ual, par t indo de conceit os, const r ói var iant es livr es, subm et idas por ém a r egr as m ais ou m enos explícit as, reguladoras dessa criação." ( Gr anger , 2002: 213) .

8

Referências

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