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Identificação dos desafios do arranjo produtivo local de tecnologia da informação de Fortaleza-CE.

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Academic year: 2017

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I

DENTIFICAÇÃO DOS

D

ESAFIOS DO

A

RRANJO

P

RODUTIVO

L

OCAL DE

T

ECNOLOGIA DA

I

NFORMAÇÃO DE

F

ORTALEZA

-CE

Ale x a n dr e Gom e s Ga lin do*

Sa m u e l Fa ça n h a Cã m a r a* *

Elia s Pe r e ir a Lope s Jú n ior* * *

Resumo

A

coor denação das at ividades colaborat ivas, visando à obt enção e consolidação de vant agens com pet it ivas sust ent áveis, é considerada com o caract er íst ica básica de um a gover nança local indut ora de desenvolvim ent o r egional. Est e t rabalho t em o obj et ivo de ident ifi car os desafi os relacionados com o desenvolvim ent o do Arranj o Produt ivo Local ( APL) de Tecnologia da I nfor m ação ( TI ) de For t aleza, m ediant e a análise dos cont eúdos dos discur sos declarados pelas inst it uições r epr esent at ivas do set or. A pesquisa, r ealizada ent r e j unho e out ubr o de 2007, é considerada de car át er explorat ór io, am parada em dados pr im ár ios, por m eio da análise de cont eúdo com o t écnica de invest igação, havendo a incor poração de elem ent os quant it at ivos e qualit at ivos no t rat am ent o das inform ações, com o prevê Godoy ( 1995) . Foram ident ifi cados t rint a e cinco desafi os r elacionados com o desenvolvim ent o do APL de For t aleza. Est es se agr upam em quat r o fat or es cr ít icos que r efl et em as pr incipais dem andas, de acor do com as bases para o for t alecim ent o da infra- est r ut ura e das r elações de m er cado do aglom erado.

Pa la vr a s- ch a ve : Arranj o produt ivo. Tecnologia da inform ação. Desenvolvim ent o local. St akehol-der s. Núcleo em pr esar ial.

Identification of the Challenges to the Local Productive Arrangement of Information

Technology in Fortaleza-CE

Abstract

T

he coor dinat ion of collaborat ive act ivit ies in or der t o collect and consolidat e sust ainable com pet it ive advant age is consider ed a basic feat ur e of local gover nance in r egional de-velopm ent . This w or k aim s t o ident ify t he challenges r elat ed t o t he dede-velopm ent of t he Local Pr oduct ive Ar rangem ent ( APL) of I nfor m at ion Technology ( I T) in For t aleza t hr ough an analysis of t he cont ent of t he speeches report ed by t he represent at ive of t he sect or. The research, carried out from June t o Oct ober 2007, is considered explorat ory in nat ure, support ed by prim ary dat a t hr ough t he analysis of cont ent and t echnical r esear ch w it h t he incor porat ion of quant it at ive and qualit at ive elem ent s in t he t r eat m ent of infor m at ion as pr ovided Godoy ( 1995) . Thir t y fi ve challenges w er e ident ifi ed r elat ed t o t he developm ent of APL in For t aleza. These ar e gr ouped in four cr it ical fact or s t hat r efl ect t he m ain dem ands w it h r egar d t o t he basis for st r engt hening t he infrast r uct ur e and r elat ionships in t he clust er m ar ket .

Ke y w or ds: Pr oduct ive ar rangem ent . I nfor m at ion t echnology. Local developm ent . St akeholder s. Cor e business.

* Mest r e em Adm inist r ação pela Univer sidade Est adual do Cear á – UECE. Pr ofessor da Univer sidade

Feder al do Am apá – UNI FAP – Macapá/ AP/ Br asil. Ender eço: Av. dos Tam oios, 259, Beir ol. Macapá/ AP. CEP: 68.902- 180. E- m ail: alexandr egalindo@bol.com .br

* * Dou t or em Econ om ia pela Un iv er sidade Feder al de Per n am bu co – UFPE. Pr of essor da UECE

– For t aleza/ CE/ Br asil. E- m ail: sfcam ar a@ig.com .br

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Introdução

O

fenôm eno da aglom eração indust r ial incor pora em seu dinam ism o fat or es in-dut or es de m udança, cr escim ent o e desenvolvim ent o r egional sob o aspect o econôm ico, polít ico e social. As em pr esas sit uadas no aglom erado se benefi ciam das econom ias ext er nas pr oduzidas pela concent ração de agent es especializa-dos na r egião, bem com o das vant agens pr ovocadas pelas at ividades em colaboração r ealizadas na localidade com os envolvidos no set or.

A coor denação das at ividades colaborat ivas, com o pr opósit o de consolidar um a am biência favorável à obt enção de vant agens com pet it ivas sust ent áveis, é considerada com o caract er íst ica básica de um a gover nança local indut ora de desenvolvim ent o r e-gional. Dest a for m a, t or na- se r elevant e a ident ifi cação dos desafi os r elacionados com o desenvolvim ent o dos Ar ranj os Pr odut ivos Locais, vist o que possibilit a um adequado alinham ent o de esfor ços dos agent es envolvidos na busca de enfr ent ar e superar os principais ent raves que difi cult am a t ransform ação de um Arranj o Produt ivo Local ( APL) para níveis de m aior int egração, com pet it ividade e sust ent abilidade.

Est e t rabalho t em o obj et ivo de ident ifi car os desafi os relacionados com o desen-volvim ent o do APL de Tecnologia da I nform ação ( TI ) de Fort aleza, capit al do Est ado do Cear á, m ediant e a análise dos cont eúdos dos discur sos declarados pelas inst it uições r epr esent at ivas do set or. Dest a for m a, foram analisadas 575 m at ér ias divulgadas, nos anos de 2002 a 2007, nos sit es das seguint es inst it uições: i) Associação das Em pr esas Brasileiras de Tecnologia da I nfor m ação, Soft war e e I nt er net do Cear á – ASSESPRO/ CE; ii) Sindicat o das Em pr esas de I nfor m át ica, Telecom unicações e Aut om ação do Cear á - SEI TAC; iii) I nst it ut o de Tecnologia do Cear á – I NSOFT; iv) I nst it ut o TI TAN – Tecnologia, I nfor m ação, Telecom unicações e Aut om ação do Nor dest e e; v) Secr et ar ia de Ciência e Tecnologia do Est ado do Cear á – SECI TECE.

Os cont eúdos dos discur sos declarados pelas inst it uições foram analisados com aplicação do m ét odo pr opost o por Bar din ( 1979) , sendo possível ident ifi car desafi os, pr essupor int er esses subj acent es e apont ar opções de enfr ent am ent o volt adas para a pr om oção do desenvolvim ent o do APL.

A r elevância da análise r efer ent e às evidências encont radas no est udo est á no fat o de que as infor m ações pr oduzidas, além de cont r ibuír em para o m aior apr ofun-dam ent o da dinâm ica do set or de TI de For t aleza, ser vem de elem ent os balizador es para a elaboração e im plem ent ação de est rat égias m ais efet ivas de gover nança local, volt adas para o desenvolvim ent o r egional.

Além dest a par t e int r odut ór ia, nas duas seções seguint es, são r ealizadas r efl e-xões t eór icas acer ca: i) dos aspect os conceit uais sobr e o set or de TI e seus desafi os e ii) da im por t ância da gover nança local em aglom erados em pr esar iais. Em seguida, é det alhada a m et odologia ut ilizada no est udo e, logo após, são exibidos os r esult ados e análises das evidências ident ifi cadas. Por fi m , na últ im a seção, são apr esent adas as considerações fi nais e as recom endações, por m eio do em parelham ent o dos result ados com o r efer encial t eór ico ut ilizado no est udo, dent r o da per spect iva de enfr ent am en-t o dos desafi os m edianen-t e um a gover nança local fundam enen-t ada em um a abor dagem cooperat iva ent r e os agent es do set or.

Referencial Teórico

O setor de tecnologia da informação e seus desafios

Ent endida com o at ividade de negócio, a Tecnologia da I nfor m ação r epr esent a um set or que incor pora um conj unt o ext enso de agent es envolvidos no com plexo m er cado de soft w ar e, que abrange pr odut os e ser viços de nat ur ezas diver sas. Sob a per spect iva do m odelo de negócio, o set or pode ser classifi cado com o de pr odut os de

soft w ar e, de ser viços ou de soft w ar es em bar cados.

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os sist em as dependent es de com ponent es com plem ent ar es, induzindo à for m ação de um set or caract er izado por diver sas r edes de agent es envolvidos em com plexas r elações de com pet ição e cooperação, com o for necedor es, client es, concor r ent es, associações/ sindicat os, agências gover nam ent ais, dent r e out r os.

Dest a for m a, a cadeia pr odut iva, r epr esent at iva da seqüência de at ividades envolvidas na capt ação de insum os, pr ocessam ent o e geração dos pr odut os fi nais r elacionados com o set or de Tecnologia da I nfor m ação, esbar ra em duas difi culdades. A pr im eira diz r espeit o à elevada diver sidade caract er íst ica desse set or, t ant o no que se r efer e à nat ur eza dos pr odut os gerados, quant o aos t ipos de ser viços possíveis de ser em pr est ados. Já a segunda r eside nas diver sas denom inações dadas ao set or, pois o m esm o, com fr eqüência, é ident ifi cado com o set or de elet r oelet r ônicos, de infor m át ica, indúst r ia da infor m ação ou indúst r ia de soft w ar e.

Os t r ês elos da cadeia ( insum os, subsist em as e pr odut os/ bens fi nais) são alim ent ados, subsidiar iam ent e, pelas ações de pesquisa e capacit ação, com a da par t icipação at iva das univer sidades, escolas t écnicas e Gover no, e são ancorados pelos aspect os legais, t r ibut ár ios, de fi nanciam ent o e de concessão de fom ent os por int er m édio de bolsas, com par t icipação at iva do Gover no e de invest idor es, confor m e se pode obser var na Figura 1.

FI GURA 1 - Ca de ia Pr odu t iv a do Se t or de I n for m á t ica

Governo

Universidade Esc. Técnica

Pesquisa e Capacitação

Fabricação de Componentes

Fabricação de Aplicativos e

Internet

Serviços Distribuição Representação

Legislação e Tributos Financiamento Bolsa

Investidores Governo

MERCADO INTERNO E EXTERNO

Font e: Rio Conhecim ent o apud Lócio, 2004, p. 32.

Já o Ser viço Nacional de Apr endizagem I ndust r ial - SENAI e o Ser viço Brasi-leir o de Apoio às Micr o e Pequenas Em pr esas - SEBRAE t endem a denom inar o set or com o indúst r ia da infor m ação, cuj a descr ição da cadeia pr odut iva, apr esent ada pelo Sindicat o das I ndúst r ias da I nfor m ação do Dist r it o Federal ( 2003) , envolve vár ias dim ensões e sua r epr esent ação é adot ada com o r efer ência na concepção do ar ranj o pr odut ivo local do dist r it o federal.

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dim ensões de infra- est rut ura, t elecom unicações e serviços operacionais se relacionam ent r e si e com o núcleo da cadeia, com o gerador es de insum os e viabilizador es da ofer t a de pr odut os e ser viços para a dim ensão com er cial ou para os pr ópr ios usuár ios fi nais ( FI GURA 2) .

FI GURA 2 - Ca de ia Pr odu t iv a da I n dú st r ia da I n for m a çã o

Font e: SENAI ( 2003, p. 38) .

Ao abor dar o papel do Est ado Brasileir o na consolidação de um a sociedade fundam ent ada no paradigm a da Tecnologia da I nfor m ação, Fer r eira ( 2003) apont a para a ex ist ência de t r ês desafi os fundam ent ais. O pr im eir o é r epr esent ado pelo analfabet ism o, o segundo pela necessidade de capacit ação dos r ecur sos hum anos da bur ocracia do Est ado e o t er ceir o pela difi culdade do cidadão com um ao acesso às t ecnologias da infor m ação.

Ao analisar os pr incipais desafi os do set or de TI no Brasil, denom inado no est u-do de I ndúst r ia de Soft war e, Kubot a ( 2006a) apont a para cinco grandes difi culdades que devem ser enfr ent adas pelos agent es envolvidos no set or. Enquant o a pr im eira diz r espeit o ao baixo nível de int er nacionalização das em pr esas brasileiras, a segunda est á r elacionada com a difi culdade, no m er cado int er no, de obt enção de r ecur sos para novos invest im ent os e capit al de gir o. Est a sit uação é for t em ent e vinculada à t er ceira difi culdade, que est á no fat o dos bancos ser em ext r em am ent e r et icent es quant o a em pr est ar dinheir o para em pr esas de soft w ar e.

A quar t a difi culdade, t am bém apont ada para ser analisada e enfr ent ada com pr ofundidade pelo set or de TI , r efer e- se ao pouco desenvolvim ent o do m er cado de Vent ur e Capit al, em função dos elevados cust os do m er cado de ações no Brasil, ine-xist indo prat icam ent e a fi gura dos invest idor es que fi nanciam as fi r m as brasileiras de base t ecnológica em seus pr im eir os passos, denom inados de angels. A quint a difi cul-dade é r epr esent ada pelo virt ual m onopólio no m er cado de det er m inadas cert ifi cações de soft w ar e, m uit o im por t ant es para a penet ração no m er cado int er nacional e para a r ealização de com pras gover nam ent ais, elevando ainda m ais os cust os.

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e Aut om ação do Cear á e pela Associação das Em pr esas Brasileiras de Tecnologia da I nform ação, Soft ware e I nt ernet do Ceará, dest aca dois grandes desafi os gerais a serem enfr ent ados para o desenvolvim ent o do set or no Est ado: i) aum ent o da pr odut ividade a par t ir de invest im ent os em t ecnologia e ii) cr iação de m ar co r egulat ór io capaz de pr opor cionar condições m ínim as de cr escim ent o do set or, at ração de invest im ent os e pr ot eção das em pr esas e de seus pat r im ônios int elect uais e t angíveis.

Para enfr ent am ent o desses desafi os, foram eleit os oit o vet or es de desenvolvi-m ent o, a saber : i) r ecur sos hudesenvolvi-m anos; ii) polít ica de codesenvolvi-m pras gover nadesenvolvi-m ent ais; iii) po-lít ica t ribut ária; iv) pesquisa e desenvolvim ent o, v) infra- est rut ura; vi) fi nanciam ent o; vii) m er cado int er no e ext er no; e viii) m ar ca e im agem .

Dent r e as iniciat ivas de m aior dest aque apont adas com o im pr escindíveis pela esfera em pr esar ial, r essalt am - se os esfor ços para: i) cr iação de um núcleo do pólo t ecnológico de desenvolvim ent o da indúst r ia da infor m ação ( denom inado de Tit an Par k, no Município de Eusébio) ; ii) consolidação do Cent r o de Pesquisa em Tecnologia da I nfor m ação do Cear á ( denom inado de I nst it ut o de Tecnologia da I nfor m ação - I N-SOFT, em par cer ia com o Cent r o de Pesquisa Renat o Acher - CenPRA) ; e iii) cr iação de um a inst it uição de for m ação de r ecur sos hum anos em Tecnologia da I nfor m ação em um a concepção denom inada de Univer sidade do Trabalho Digit al.

Por m ais que os r efer idos desafi os e opções de enfr ent am ent o t enham sido pr opost as pelo set or pr odut ivo, as r efer idas inst it uições r epr esent at ivas das em pr e-sas de Tecnologia da I nfor m ação do Cear á r efor çam a necessidade de siner gia ent r e os diver sos agent es econôm icos, polít icos e sociais envolvidos para a m elhor ia das condições locais, em especial do Gover no, academ ia e em pr esas.

Dest a for m a, vale dest acar o fat o de que a ident ifi cação dos diver sos desafi os r elacionados com o set or de TI pr opor ciona aos agent es envolvidos condições de im -plem ent ar, de form a isolada ou conj unt am ent e, est rat égias efet ivas de enfrent am ent o, volt adas t ant o para a conquist a de vant agens com pet it ivas quant o para o fort alecim ent o do set or e a conseqüent e pr om oção do desenvolvim ent o local sust ent ado.

Governança local em aglomerados empresariais

Para Hum phr ey e Schm it z ( 2000) , o t er m o gover nança designa o pr ocesso de coor denação dos at or es envolvidos em det er m inado set or econôm ico, nas esferas pública e pr ivada e nos níveis local e global, podendo se m anifest ar em diver sas ca-t egor ias, confor m e apr esenca-t ado no Quadr o 1.

QUAD RO 1 - Ca t e gor ia s de Gov e r n a n ça se gu n do a Loca lida de e Esfe r a s I n du t or a s

GOV ERN AN ÇA N Í V EL LOCAL N Í V EL GLOBAL

PRI VADA

Associações Em pr esar iais Locais.

Aglom erações Hub- and- Spoke*.

Cadeias Pr odut ivas dir igidas pelos Com prador es.

Cadeias Pr odut ivas dir igidas pelos Pr odut or es.

PÚBLI CA I nst it uições Gover nam ent ais Locais e Regionais.

Regras da Or ganização I nt er nacional do Com ér cio ( WTO) .

Regras Nacionais e Supranacionais.

HÍ BRI DA Polít icas Locais e Regionais de Relacionam ent o.

Padr ões I nt er nacionais. Or ganizações Não- Gover na-m ent ais

I nt er nacionais.

Font e: Hum phr ey e Schm it z ( 2000) .

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Para Suzigan, Gar cia e Fur t ado ( 2002) , a gover nança local é infl uenciada pela est r ut ura de pr odução, aglom eração t er r it or ial, or ganização indust r ial, inser ção no m er cado, densidade inst it ucional e pelo t ecido social, sendo na m aior ia das vezes híbr ida. Segundo as evidências obt idas em seus est udos, r elacionados com as for m as de coordenação dos sist em as de m icro, pequenas e m édias em presas em aglom erados indust r iais, as cadeias pr odut ivas com andadas pelos com prador es t endem a difi cult ar o desenvolvim ent o local, e as for m as conj ugadas de gover nança local pública/ pr ivada são m uit o im port ant es para o sucesso dos aglom erados não rigidam ent e subordinados às cadeias globais de pr odução.

Para Cassiolat o, Last res e Szapiro ( 2000) , o conceit o de governança deve part ir da idéia geral do est abelecim ent o de prát icas dem ocrát icas locais, m ediant e a int ervenção e a part icipação das diferent es cat egorias de at ores nos processos de decisões locais, havendo, conseqüent em ent e, diferent es t ipos de confi gurações condicionadas pelas form as de coordenação e pelas caract eríst icas das lideranças exercidas pelos agent es.

Em função desses fat ores, são apresent adas quat ro sit uações diferenciadas de aglom erações induzidas por diferent es t ipos de governança. A prim eira é quando grandes em presas funcionam com o “ âncoras” na econom ia regional com fornecedores e provedores de serviços. Nesse caso, as “ âncoras” fi rm am im port ant es relações t écnicas e econôm icas com fornecedores locais, concret izando um fort e vínculo de cooperação, est im ulando o desenvolvim ent o de capacit ações e est abelecendo um a com pet it ividade sist êm ica.

A segunda sit uação r efer e- se ao m odelo denom inado por Mar kussen ( 1995) de “ plat afor m a indust r ial sat élit e”, o qual diz r espeit o às plant as indust r iais de em pr esas cuj a sede se localiza fora do ar ranj o. Tais confi gurações são encont radas, fr eqüent e-m ent e, onde a localização de t ais subsidiár ias é induzida por polít icas nacionais e/ ou r egionais de incent ivos, com o obj et ivo de est im ular o desenvolvim ent o local. Nesse caso, as decisões sobr e invest im ent o são t om adas fora do âm bit o da aglom eração, e as em pr esas do t ipo “ plat afor m a sat élit e” podem fi car espacialm ent e independent es das operações para fr ent e e para t r ás da cadeia pr odut iva.

A t erceira e quart a sit uações referem - se às aglom erações de pequenas e m édias em presas ( PME’s) sem governança local defi nida, cuj a diferença est á apenas na m aneira pela qual as r efer idas em pr esas sur gem . No pr im eir o caso, as PME’s locais sur gem da ex ist ência na localidade de inst it uições cient ífi co- t ecnológicas. Nest a sit uação, os pr ogram as de incubadoras e out r os de est ím ulo público ao sur gim ent o de novas em pr esas t or nam - se inst r um ent os fr eqüent em ent e ut ilizados. Já no segundo caso, encont ram - se t odas as out ras sit uações possíveis em que os aglom erados de PMEs exist em , sem haver, na localidade, grandes em pr esas r esponsáveis pela gover nança.

Enquant o nos dois pr im eir os casos a t ransfor m ação dos ar ranj os pr odut ivos locais ( APL’s) em sist em as m ais com plexos e desenvolvidos poder á se dar desde a indução por via de polít icas públicas cor r et am ent e dir ecionadas e efet ivas, nos dois últ im os casos, as possibilidades de t ransfor m ações r ecaem na busca de um a efet iva gover nança local.

Processo de desenvolvimento dos arranjos produtivos locais

Cândido ( 2002) , ao fazer um a r evisão bibliogr áfi ca sobr e o papel do Est ado na geração de vant agens com pet it ivas, com a for m ação de r edes int er or ganizacionais, dest aca que o Est ado deve ser um elem ent o at ivo na coor denação do desenvolvi-m ent o indust r ial, por via de udesenvolvi-m a int er venção indir et a, focada na for desenvolvi-m ação pr évia de pessoal, nos event uais subsídios, na or ganização cir cunst ancial de um a cooperação ent r e cent r os de pesquisa, escolas e em pr esas e no est ím ulo da concor r ência no plano int er no, devendo evit ar a r egulação exagerada, r esponsabilizando- se por ár eas onde o set or pr odut ivo não for capaz de se desenvolver.

Sobr e a m esm a quest ão, Car valho ( 2005) anot a:

(7)

pr opr iedade int elect ual, ant i- t r ust e et c.) , com o na defi nição da polít ica indust r ial para o incent ivo a for m ação e cr escim ent o dos clust er s, ( isenções, incent ivos fi scais, et c..) . Cabe r essalt ar o papel de fi nanciam ent o, at ravés de suas agências e bancos ( CARVALHO, 2005. p. 45) .

Para Woit chunas e Sausen ( 2005) , o desenvolvim ent o t er r it or ial fundam ent a-se nas infl uências or iundas dos a-seus agent es e a indução do dea-senvolvim ent o local por int er m édio da consolidação de r edes de em pr esas possui um a r elação posit iva, ensej ando os seguint es benefícios: i) m aior ut ilização de est rat égias planej adas; ii) cr escim ent o das em pr esas e iii) geração de em pr egos.

Fundam ent ados nest a expect at iva de t ransfor m ação, cr escim ent o e desenvol-vim ent o dos ar ranj os pr odut ivos, Cassiolat o, Last r es e Szapir o ( 2000) suger em ações de polít icas para o for t alecim ent o set or ial m ediant e quat r o obj et ivos que devem ser alcançados por cr it ér ios de neut ralidade das iniciat ivas ( de t al for m a que t odas as fi r m as do ar ranj o possam ser benefi ciadas) , de r ecipr ocidade ( v isando a agr upar fi r m as de for m a com plem ent ar ao longo da cadeia) e de efeit o- dem onst ração ( por pr oj et os- pilot os de sucesso) , confor m e Quadr o 2.

QUAD RO 2 - Ex e m plos de Açõe s de Polít ica s Se t or ia is por Obj e t iv os e Cr it é r ios

Cr it é r ios

N EUTRALI D AD E RECI PROCI D AD E EFEI TO -

D EM ON STRAÇÃO Obj e t iv os

Re v olu cion a r e Est im u la r o

a m bie n t e

• Cent r os de I n-for m ação; • Cent r os de

Cer t ifi cação de Qualidade; • Escolas

Técni-cas;

• Polít icas de I n-clusão Social.

• Polít icas de I n-clusão Social; • Polít icas volt

a-das ao Capit al Social.

• Pilot os de I nt r o-dução de Tecnolo-gias I novadoras.

Am plia r Eco-n om ia s de Es-ca la Cole t iv a s e / ou Su pe r a r

Ga r ga los

• Consór cios; • Mar cas de

Qua-lidade;

• Com ér cio Co-m uCo-m .

• Redes;

• I niciat ivas de Cooperação.

• Pilot os de Coope-ração.

For t a le ce r a s Econ om ia s

Ex t e r n a s

• Financiam ent o à I nfra- Est r ut ura Logíst ica;

• Financiam ent o à I nfra- Est r ut ura de Telecom , Ener gia, Trans-por t e et c.

For t a le ce r a s Sin e r gia s do Aglom e r a do

• Novas I nst it ui-ções / Or ganiza-ções volt adas à Cooperação.

• Joint - vent ur es para At ividades Com plem ent a-r es;

• Novas I nst it ui-ções / Or ganiza-ções volt adas à Cooperação.

• At ração de I nves-t im ennves-t os Com ple-m ent ar es;

• Novas I nst it uições / Or ganizações volt adas à Coope-ração;

• I ncubadoras.

Font e: adapt ado de Cassiolat o, Last r es e Szapir o ( 2000) .

(8)

im port ant es forças dos APL’s, devendo a governança local não deixar de incorporar em sua dinâm ica os est ím ulos aos pr ocessos de apr endizado e aos pr ocessos de capacit a-ção pr odut iva, cr iando am bient es colet ivos de t r ocas de infor m ações, conhecim ent os e apr endizados.

Sob est e aspect o, Johnson e Lundvall ( 2005) aler t am para o fat o de que as ins-t iins-t uições pr om oins-t oras de educação e ins-t r einam enins-t o devem se pr eocupar, ins-t am bém , com a apr endizagem das pessoas ao longo da vida e que as polít icas m ediadoras devem ser focadas em conhecim ent os r elat ivos aos set or es pr odut ivos e às capacidades t écnicas de r esolução dos seus confl it os.

A lógica espacial do at ual paradigm a t écno- econôm ico fundam ent a- se, segundo Albagli ( 1999) , em t r ês t endências pr incipais: i) concent ração e cent ralização das de-cisões de car át er est rat égico; ii) descent ralização do ger enciam ent o or ganizacional e iii) int er- r elações espaciais possibilit adas pelos fl uxos infor m acionais, lim it ados pelas est rut uras de poder e pela infra- est rut ura de Tecnologia da I nform ação e com unicação disponíveis em cada r egião.

A falt a de pr ior idade às quest ões de ciência, t ecnologia e inovação nos sist e-m as de inovação nor dest ino, diagnost icada ee-m Rocha ( 1999) , explica, ee-m par t e, o aut onom ism o e o isolacionism o das pr át icas nest a ár ea nos est ados do Nor dest e bra-sileir o. Pr eser vando as pr opor cionalidades r elat ivas aos padr ões de desigualdades das r egiões brasileiras, as m elhor es capacidades inst aladas est ão nos Est ados do Cear á, Per nam buco, Bahia e Paraíba.

Para Am or im , Mor eira e I piranga ( 2004) , est e pr ocesso de evolução dos APL’s para níveis m aior es de com pet it ividade e sust ent abilidade se fundam ent a nas di-m ensões pr odut ivas, inst it ucionais e codi-m unit ár ias da r egião, por di-m eio do poder de par t icipação e at uação conj unt a dos agent es locais ( capit al social) e da coor denação e cont r ole das ações e pr oj et os elaborados ( gover nança) .

Os pr ocessos de m udança e desenvolvim ent o est ão baseados, inevit avelm ent e, em um a abor dagem par t icipat iva volt ada para o desenvolvim ent o da capacidade pr o-dut iva e inovat iva, bem com o para a for m ação de com pet ências, confor m e Figura 3.

FI GURA 3 - V e r t e n t e s do Pr oce sso de D e se n v olv im e n t o do APL

COMPETITIVIDADE SUSTENTABILIDADE ARRANJO

PRODUTIVO LOCAL Desenvolvimento da

Capacidade Produtiva e Inovativa

Formação de Competências Desenvolvimento da

Capacidade Produtiva e Inovativa

Font e: adapt ado de Am or im , Mor eira e I piranga ( 2004) .

(9)

e difundir idéias, visando a assegurar um a r elação legít im a ent r e as pr opost as de inovação e aqueles que ser ão cham ados para ger ir e at uar nas pr át icas específi cas de cada cont ext o.

A segunda ent idade, denom inada, gener icam ent e, de “ Laborat ór ios para a inovação”, é r epr esent ada pelos gr upos de t rabalho operat ivos cr iados para pôr em pr át ica as pr opost as de m elhor ias deliberadas pelo Fór um . Já a t er ceira ent idade, t am bém denom inada, gener icam ent e, de “ Pont os de escut a”, t em com o obj et ivo cr iar um a r ede de int er locut or es da com unidade local e r egional capaz de ensej ar infor m ações, bem com o avaliar e operacionalizar os pr oj et os que exper im ent ar ão as pr át icas e pr ocedim ent os inovador es ( I PI RANGA; AMORI M; MOREI RA FARI A, 2007) .

Mesm o cient e das difi culdades em se est abelecer conexões causais exat as ent re a im plem ent ação de det er m inadas polít icas com o sucesso dos aglom erados, além do fat o de que os aglom erados em pr esar iais podem sur gir sem que haj a um a est rat égia deliberada de indução, vale dest acar que os m odelos m ais indicados de pr om oção do desenvolvim ent o r egional, baseados na consolidação de r edes ent r e or ganizações, são aqueles fundam ent ados em um a abor dagem par t icipat iva.

Aspectos Metodológicos

O obj et ivo do est udo é ident ifi car os desafi os at r elados ao desenvolvim ent o do ar ranj o pr odut ivo local de Tecnologia da I nfor m ação de For t aleza/ CE, m ediant e a análise dos cont eúdos dos discur sos declarados pelas inst it uições r epr esent at ivas do set or. A pesquisa par t e do pr essupost o de que desafi os explicit am ent e ident ifi cados são capazes de assum ir o papel de im pulsionador es na elaboração de est rat égias.

Levando em consideração os pr essupost os sobr e a nat ur eza do am bient e de est udo e do nível de obj et ividade ut ilizado pela pesquisa, concebe- se que a abor-dagem incor porada se baseou, segundo Bur r ell ( 1999) , no paradigm a da sociologia int er pr et at ivist a, int egrando alguns elem ent os da per spect iva funcionalist a, confor m e adm it em Lew is e Gr im es ( 2005) .

A pesquisa, r ealizada no per íodo com pr eendido ent r e j unho a out ubr o de 2007, é considerada de car át er explorat ór io, am parada em dados pr im ár ios, at ravés da análise de cont eúdo com o t écnica de invest igação, alinhada aos pressupost os int erpre-t aerpre-t iviserpre-t as, confor m e anoerpre-t am Silva, Gobbi e Sim ão ( 2005) , havendo conj unerpre-t am enerpre-t e a incorporação de elem ent os quant it at ivos e qualit at ivos no t rat am ent o das inform ações, com o pr evê Godoy ( 1995) .

As inst it uições consideradas com o at or es sociais r epr esent at ivos do APL de Tecnologia da I nfor m ação de For t aleza foram : Associação das Em pr esas Brasileiras de Tecnologia da I nfor m ação, Soft war e e I nt er net do Cear á - ASSESPRO/ CE; Sindicat o das Em pr esas de I nfor m át ica, Telecom unicações e Aut om ação do Cear á - SEI TAC; I nst it ut o de Tecnologia do Cear á - I NSOFT; I nst it ut o TI TAN - Tecnologia, I nfor m ação, Telecom unicações e Aut om ação do Nor dest e e; Secr et ar ia de Ciência e Tecnologia do Est ado do Cear á - SECI TECE.

Essas inst it uições foram consideradas r elevant es para os pr opósit os do est udo, pelos seguint es m ot ivos: i) excet o a SECI TEC, t odas as inst it uições são ent idades associat ivas de em pr esas de Tecnologia da I nfor m ação do Est ado do Cear á e ii) t o-das, hist or icam ent e, fazem par t e do cor po de pr incipais at or es sociais m ais at ivos nas discussões sobr e a elaboração das polít icas públicas est aduais r elacionadas com o set or de Tecnologia da I nfor m ação.

Usando com o pressupost o básico o fat o de que os at ores sociais expressam seus pont os de vist a t am bém escr evendo, e que t ext os, ao m esm o t em po em que as falas, t ransm it em os pensam ent os, sent im ent os, m em ór ias, planos e discussões sobr e os assunt os debat idos ( BAUER, 2003) , est abeleceu- se com o font e para o est udo o con-j unt o das not ícias divulgadas nos sit es ofi ciais das respect ivas inst it uições na I nt ernet . Convém esclar ecer que, no Est ado do Cear á, a ASSESPRO e o SEI TAC com põem um a aliança inst it ucional denom inada de sist em a ASSESPRO/ SEI TAC.

(10)

da possibilidade de est e inst r um ent o ser aplicado a t udo o que é dit o em ent r evist as, depoim ent os, j or nais, livr os, t ext os ou, em t er m os gerais, a t udo o que é dit o, vist o ou escr it o, confor m e ar gum ent a Fer r eira ( 2000) .

Sob a per spect iva quant it at iva, a análise buscou ident ifi car a r ecor r ência dos signifi cados encont rados com o pr opósit o de evidenciar padr ões que possam suger ir a exist ência de focos de int er esses das r espect ivas inst it uições. Na per spect iva quali-t aquali-t iva, a análise de conquali-t eúdo foi esquali-t r uquali-t uranquali-t e na m edida em que buscou fi lquali-t rar dequali-t er-m inados aspect os do er-m at er ial analisado, est abelecendo r ecor t es, er-m ediant e cr it ér ios pr é- defi nidos, e, post er ior m ent e, com pondo um a est r ut ura por m eio da ident ifi cação das dim ensões específi cas r elat ivas ao assunt o t rabalhado ( MAYRI NG, 2002) .

A m et odologia de análise foi baseada na est r ut ura pr opost a por Bar din ( 1979) , envolvendo t rês fases denom inadas, respect ivam ent e, de: i) pré- análise; ii) exploração do m at er ial e; iii) t rat am ent o dos r esult ados e int er pr et ações. Em razão da nat ur eza explorat ór ia do est udo, foi r ealizada durant e a pr é- análise um a leit ura fl ut uant e em t odos os sit es ofi ciais das inst it uições e, em seguida, for m ulado o pr essupost o nor t ea-dor da análise, em subst it uição ao possível est abelecim ent o de hipót eses e obj et ivos, confor m e adm it e Fer r eira ( 2000) .

Das 592 not ícias disponíveis nos sit es das inst it uições, foram excluídas do

cor pus algum as delas por t er em cont eúdos ident icam ent e r epet idos ou por est ar em

indisponíveis para acesso. Ao fi nal, o cor pus se caract er izou com o sendo um conj unt o de 575 m at ér ias t ranscr it as, com m édia geral de set e par ágrafos com 60 palavras.

Vale dest acar que, de fat o, o t am anho das m at ér ias foi elem ent o de grande va-r iabilidade, havendo not ícias de um pava-r ágva-rafo cont endo 22 palavva-ras, at é aquelas que incor poravam , apr oxim adam ent e, 30 par ágrafos em sua for m at ação ( TABELAS 1 e 2) .

TABELA 1 - Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s D ispon ív e is n os Sit e s

Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s Asse spr o/ Se it a c I n soft Se cit e ce Tit a n TOTAL

Tít ulos de not ícias

exist ent es no sit e 195 16 203 174 588

Cont eúdos de not ícias

indisponíveis 04 04

Tot a l de n ot ícia s dispon ív e is

pa r a a n á lise 1 9 5 1 6 2 0 3 1 7 0 5 8 4

Font e: pr ópr ia pesquisa.

TABELA 2 - Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s D ispon ív e is n o Cor pu s

Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s Asse spr o/ Se it a c I n soft Se cit e ce Tit a n TOTAL

Quant idade de not ícias

disponíveis 195 16 203 170 584

Cont eúdo r epet ido 09 09

Tot a l de n ot ícia s a n a lisa da s 1 9 5 1 6 2 0 3 1 6 1 5 8 4

Font e: pr ópr ia pesquisa.

Sob a ót ica da const it uição, o cor pus foi considerado adequado para o est udo, na m edida em que at ende a t odos os cr it ér ios est abelecidos pela lit erat ura, confor m e avaliação feit a durant e a pr é- análise ( QUADRO 3) , sendo pr eparado para a exploração por int erm édio de um a edição em fi chas de t rês colunas com o propósit o de proceder à cat alogação da origem das m at érias e a ident ifi cação dos t rechos dest acados na análise.

(11)

QUAD RO 3 - Av a lia çã o da Ade qu a bilida de do Cor pu s a t r a v é s da s Re gr a s de Con st it u içã o

REGRAS ( OU CRI TÉRI OS) D E CON STI TUI

-ÇÃO D O CORPUS

D EFI N I ÇÃO AV ALI AÇÃO*

Ex a u st iv ida de

Deve- se esgot ar a t ot ali-dade da com unicação, não om it indo nada.

At ende Plenam ent e

Re pr e se n t a t iv ida de A am ost ra deve r epr

esen-t ar o univer so. At ende Par cialm ent e

H om oge n e ida de

Os dados devem r efer ir-se ao m esm o t em a, ir-sendo obt idos por t écnicas iguais e colhidos por indivíduos sem elhant es.

At ende Plenam ent e

Pe r t in ê n cia

Os docum ent os pr ecisam adapt ar- se ao cont eúdo e obj et ivo da pesquisa.

At ende Plenam ent e

Not a: ( * ) A avaliação r ealizada pelo aut or, at ravés de um a escala que ut ilizou os seguint es conceit os: 1 - At ende Plenam ent e ao Cr it ér io; 2 - At ende par cialm ent e ao Cr it ér io e 3 - Não At ende ao Cr it ér io.

Font e: pr ópr ia pesquisa.

Na m edida em que a defi nição dos indicador es se baseou nas ocor r ências e nas fr eqüências de cada índice, as r egras de cont agem escolhidas foram a pr esença e a fr eqüência de cada índice. O cr it ér io defi nido para a escolha das cat egor ias baseou- se na abor dagem sem ânt ica, sendo a cat egor ização durant e o invent ár io r ealizada pelo pr ocesso de “ caixa” ( cat egor ias pr é- defi nidas) e durant e a classifi cação por m eio do pr ocesso de “ m ilha” ( cat egor ias por sim ilar idades sem ânt icas) , pr ocedendo- se no m áxim o a dois ciclos de sist em at ização.

Na fase de ex ploração do m at er ial, pr ocedeu- se à ut ilização das t écnicas, ocor r endo a ident ifi cação dos t r echos signifi cant es no cor pus segundo cada índice est abelecido e a ext ração de cada t r echo para as fi chas de invent ár io. Logo após, foi r ealizada classifi cação, m ediant e a cr iação de cat egorias de desafi os, em dois ciclos de sist em at ização denom inados de ident ifi cação e agrupam ent o. Por fi m , foi confeccionada um a fi cha- gabarit o de codifi cação, com o propósit o de subsidiar a t abulação dos dados.

Na fase de t rat am ent o dos r esult ados e int er pr et ações, foram r ealizadas as operações est at íst icas e os pr ocedim ent os de infer ência e int er pr et ação. I nicialm en-t e, os dados conen-t idos no gabar ien-t o de codifi cação foram or denados, en-t abulados e, em seguida, descr it os, em função das ocor r ências e fr eqüências, sendo apr esent ados em for m a de t abelas, quadr os e gr áfi cos.

Por fi m , a int er pr et ação dos r esult ados foi apr esent ada em duas dim ensões conj ugadas, a par t ir da const r ução it erat iva de um a explicação, na m edida em que, segundo Ver gara ( 2005) , a int er pr et ação é r ealizada com base apenas nas r elações ent r e as cat egor ias encont radas, pr ocesso esse geralm ent e ut ilizado em pesquisas explorat ór ias.

(12)

Resultados

Inferências sobre os desafios relacionados com o

APL de TI de Fortaleza

O conj unt o de r ecor t es ext raídos com for t e vínculo de signifi cação com a uni-dade de r egist r o, ist o é, com os desafi os r elacionados com o desenvolvim ent o do APL de TI de For t aleza, t eve um a elevada cont r ibuição de ext rat os que se confi guravam com o desafi os explícit os, paut as, pr oj et os e pr ogram as. Vale dest acar, t am bém , a ocor r ência de um núm er o signifi cat ivo de pr oblem as apr esent ados pela ASSESPRO/ SEI TAC e de polít icas vinculadas aos cont eúdos divulgados pela SECI TECE, confor m e se pode obser var na Tabela 3.

TABELA 3 - N ú m e r o de Ex t r a t os e Ocor r ê n cia s dos Í n dice s

Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s Asse spr o/ Se it a c I n soft Se cit e ce Tit a n TOTAL

Ext rat os ( Recor t es) 222 07 82 118 429

ÍN

D

IC

E

S

Pr oj et os 38 03 18 59

Pr ogram as 29 01 16 06 52

Planos I nst it ucionais 11 01 06 18

Polít icas 20 14 10 44

I nvest im ent os 10 12 04 26

Sugest ões 05 02 04 11

Paut as 31 01 11 34 77

Pr oblem as 33 02 07 04 46

Desafi os Explícit os 45 02 17 32 96

Font e: pr ópr ia pesquisa.

Percebe- se que os t rês índices m ais recorrent es represent am 54,1% dos recort es obt idos, suger indo que os discur sos das inst it uições expr essam evident e m obilização dos agent es vinculados ao APL em t or no de idéias volt adas para o desenvolvim ent o do set or, em que o sist em a ASSESPRO/ SEI TAC se esfor ça para apont ar as pr incipais lim it ações e a SECI TECE busca divulgar polít icas de enfr ent am ent o.

Foram ident ifi cados 35 desafi os vinculados ao t em a, sendo est es agr upados por sim ilar idade em quat r o conj unt os r epr esent at ivos dos grandes desafi os r elacionados com o desenvolvim ent o do APL de TI de For t aleza e descr it os de acor do com o que se pode obser var nos Quadr os 4 e 5. Convém r essalt ar que alguns desafi os, em vir t ude de suas caract er íst icas, foram enquadrados em m ais de um gr upo.

QUAD RO 4 - D e sa fi os Re la cion a dos com o D e se n v olv im e n t o do APL de TI de For t a le z a

CÓD D ESAFI OS CÓD D ESAFI OS

D.01

Levant am ent o de infor m ações m ais det alhadas sobr e o Set or de TI .

D.02 I nt er ior ização das ações do Set or de TI no Est ado.

D.03

For m ação de par cer ias est rat égi-cas com o st akeholder s vincula-dos ao set or de TI .

D.04 Consolidação de par que t ecnoló-gico.

D.05 Redução da car ga t r ibut ár ia. D.06 For t alecim ent o das em pr esas do Est ado.

(13)

D.09 Aum ent o do poder associat ivo das em pr esas do set or. D.10

Capacit ação dos em pr esár ios lo-cais.

D.11 Maior ent r osam ent o dos em pr e-sár ios com o poder público. D.12

For m ação de par cer ias ent r e as em pr esas do set or.

D.13

Am pliação da capacidade com -pet it iva do APL para o m er cado int er nacional.

D.14 Maior or ganização do set or.

D.15

Aum ent o do nível de int egração ( cooperação) ent r e as em pr esas do set or.

D.16 I m plem ent ação de m ecanism os de fom ent o do m er cado.

D.17

Am pliação da capacidade com -pet it iva do APL para o m er cado nacional.

D.18 I nfor m at ização dos ser viços pú-blicos.

D.19 I nvest im ent os em P&D e I

nova-ção. D.20

Aum ent o do int er câm bio ent r e univer sidades, gover no e as em -pr esas do set or.

D.21 I nfor m at ização das em pr esas em

geral. D.22

Fom ent ar at ividades de alt o valor agr egado.

D.23 Pr ofi ssionais especializados para

at ender a dem anda do set or. D.24 Redução dos índices de pirat ar ia. D.25 Am pliação do núm er o de em pr

e-sas do set or com cer t ifi cações. D.26

At ração de em pr esas de TI para o Est ado.

D.27 Est ím ulo ao em pr eendedor ism o

no set or de TI . D.28

Fixação de m ão de obra qualifi -cada na r egião.

D.29 Redução da m or t alidade das em

-pr esas novas do set or. D.30 Redução do m er cado infor m al.

D.31

For t alecim ent o set or ial em r e-lação com as out ras r egiões do Brasil.

D.32 Pr ot eção de m ar cas e pat ent es.

D.33 Melhor ia do nível de gest ão dos

I CT’s. D.34

Melhor ia do padr ão de qualidade dos pr odut os e ser viços.

D.35 Desbur ocrat ização.

Font e: pr ópr ia pesquisa.

(14)

QUAD RO 5 - Agr u pa m e n t o dos D e sa fi os Re la cion a dos com o D e se n v olv im e n t o do APL de TI

CÓD I GO GRAN D ES D ESAFI OS

GD- A For t alecim ent o da COMPETI TI VI DADE do APL.

GD- B Am pliação do MERCADO at ingido pela at uação das em pr esas do APL. GD- C Consolidação de um am biente de desenvolvim ento de I NOVAÇÃO no APL. GD- D For m ação de ALI ANÇAS ESTRATÉGI CAS im por t ant es para o

desen-volvim ent o do APL. COMPETI TI VI DADE

GD- A MERCADO GD- B I NOVAÇÃO GD- C ALI ANÇAS GD- D D.01 D.05 D.06 D.07 D.08 D.10 D.13 D.14 D.16 D.17 D.22 D.23 D.25 D.26 D.27 D.28 D.29 D.31 D.32 D.34 D.35 D.02 D.07 D.11 D.13 D.16 D.17 D.18 D.21 D.24 D.30 D.01 D.04 D.19 D.20 D.27 D.29 D.32 D.33 D.01 D.03 D.04 D.09 D.11 D.12 D.15 D.20

Font e: pr ópr ia pesquisa.

QUAD RO 6 - D e sa fi os m a is Cit a dos e m Re la çã o a o D e se n v olv im e n t o do APL de TI de For t a le z a

D ESAFI OS RELACI ON AD OS COM O D ESEN V OLV I M EN TO D O APL D E TI D E FORTALEZA

For t alecim ent o da COMPETI TI VI DADE

do APL

Am pliação do MERCADO at ingido

pela at uação das em pr esas do APL

Consolidação de um am bient e de desenvolvim ent o de I NOVAÇÃO no

APL

For m ação de ALI ANÇAS ES-TRATÉGI CAS im por t ant es para o desenvolvim ent o

do APL D.05- Redução da

car ga t r ibut ár ia. D.07- Enfr ent a-m ent o à exclusão digit al.

D.13- Am pliação da capacidade com pet it iva do APL para o m er cado int er nacional. D.17- Am pliação da capacidade com pet it iva do APL para o m er cado nacional.

D.23- Pr ofi ssionais especializados para at ender a dem an-da do set or. D.31- For t aleci-m ent o set or ial ealeci-m r elação com as out ras r egiões do Brasil.

D.02- I nt er ior i-zação das ações do set or de TI no Est ado.

D.07- Enfr ent a-m ent o à exclusão digit al.

D.13- Am pliação da capacidade com pet it iva do APL para o m er cado int er nacional. D.17- Am pliação da capacidade com pet it iva do APL para o m er cado nacional.

D.18- I nfor m at i-zação dos ser viços públicos.

D.04- Consoli-dação de par que t ecnológico. D.19- I nvest i-m ent os ei-m P&ai-mp;D e I novação.

D.20- Aum ent o do int er câm bio ent r e univer sidades, go-ver no e as em pr e-sas do set or.

D.04- Consoli-dação de par que t ecnológico. D.15- Aum ent o do nível de int egração ( cooperação) ent r e as em pr esas do set or.

D.20- Aum ent o do int er câm bio ent r e univer sidades, go-ver no e as em pr e-sas do set or.

(15)

Levando em consideração as freqüências apresent adas pelos principais desafi os vinculados às inst it uições, ver ifi ca- se que a ASSESPRO/ SEI TAC, I NSOFT e TI TAN, em posições difer enciadas, conver gem seus int er esses na elevação da com pet it ividade do APL, e a SECI TECE apar ent a est ar fundam ent ada no esfor ço de pr om over, por m eio de polít icas públicas, o for t alecim ent o do set or de TI no Cear á, t ant o no que se r efer e à r egião m et r opolit ana de For t aleza, quant o ao r est ant e dos m unicípios do Est ado ( QUADRO 7) .

QUAD RO 7 - Pr in cipa is I n t e r e sse s Su bj a ce n t e s à s I n st it u içõe s An a lisa da s

I n st it u içã o ASSESPRO /

SEI TAC I N SOFT SECI TECE TI TAN

I n t e r e sse s

I n t e r e sse s v in cu la dos a os pr in ci-pa is de sa fi os ide n t ifi ca dos e m ca da in

s-t is-t u içã o

Consolidar o par que t ec-nológico no m unicípio de

Euzébio.

Am pliar o m er-cado at ingido pelas em pr

e-sas do APL, t ant o no que

se r efer e ao m er cado na-cional, quant o no int er

nacio-nal.

Consolidar o am bient e pr opício ao

de-senvolvim ent o da inovação no

set or de TI .

Consolidar o par que t ec-nológico no m unicípio de

Euzébio.

Am pliar o m er-cado at ingido pelas em pr

e-sas do APL, t ant o no que

se r efer e ao m er cado na-cional, quant o no int er

nacio-nal.

Apoiar as em -pr esas do APL de TI , t ant o no

que se r efer e à P&D, quant o

à for m ação / qualifi cação de

pr ofi ssionais para at ender a dem anda do

set or.

Pr om over o enfr ent am ent o

da exclusão digit al no

Es-t ado.

Am pliar os níveis de cooperação e int egração ent r e os

diver-sos agent es vinculados ao

APL, incluído t am bém as univer sidades,

gover no e em pr esas do

set or.

Pr om over o enfr ent am ent o

da exclusão digit al no

Es-t ado.

Pr om over a am pliação das ações do set or de TI no

Est ado, em especial nos m unicípios do

int er ior.

Am pliar o m er-cado at ingido pelas em pr

e-sas do APL, t ant o no que

se r efer e ao m er cado na-cional, quant o no int er

nacio-nal. I n t e r e sse

su bj a ce n t e ce n t r a l

Elevação da com pet it

ivida-de do set or.

Elevação da com pet it

ivida-de do set or.

For t alecim ent o r egional.

Elevação da com pet it

ivida-de do set or.

Font e: pr ópr ia pesquisa.

(16)

Sobr e o TI TAN, o seu dest aque em r elação às out ras t r ês inst it uições se apóia em um discur so que busca rat ifi car a im por t ância da am pliação dos níveis de coope-ração e int egcoope-ração ent r e os diver sos agent es vinculados ao APL, incluindo t am bém as univer sidades, Gover no e em pr esas do set or.

Interpretação dos resultados

Com am par o apenas nas cat egor ias encont radas pelo conj unt o de m at ér ias divulgadas nos sit es das inst it uições analisadas ( const r ução it erat iva de um a expli-cação) , foram ident ifi cados quat r o vet or es que assum em o papel de fat or es cr ít icos de sucesso fundam ent ais na dinâm ica de desenvolvim ent o do ar ranj o pr odut ivo local de TI de For t aleza.

Os vet or es são r epr esent ados pelos quat r o grandes desafi os que se or iginam nos discur sos declarados pelas pr incipais inst it uições do set or, r efl et indo seu ent endi-m ent o no que diz r espeit o às pr incipais deendi-m andas do APL. Os quat r o fat or es cr ít icos de sucesso são: i) for t alecim ent o da com pet it ividade do APL; ii) am pliação do m er-cado at ingido pela at uação das em pr esas do APL; iii) consolidação de um am bient e de desenvolvim ent o de inovação no APL e ; iv) for m ação de alianças est rat égicas im por t ant es para o desenvolvim ent o do APL.

Na dim ensão int er pr et at iva volt ada para a apr esent ação de pr oposições, ex-ploraram - se os desdobram ent os r elacionados com as evidências encont radas, sob a ópt ica da gover nança local, vist o que o pr ocesso de desenvolvim ent o incor pora ações deliberadas para superação de desafi os específi cos.

Ent endendo gover nança com o pr ocesso de coor denação de at or es econôm icos, polít icos e sociais, nas esferas pública e pr ivada, e nos níveis local e global, para o alcance de pr opósit os com uns, faz- se necessár io, para a m elhor ia do pr ocesso de desenvolvim ent o do APL de TI de For t aleza, a conver gência de esfor ços ent r e os di-ver sos st akeholder s sobr e um a plat afor m a que pr opicie o adequado alinham ent o de suas est rat égias.

Fundam ent ada nas evidências encont radas, a dinâm ica de gover nança local do APL de TI de For t aleza t ende a obt er r esult ados sust ent áveis, pelo alinham ent o da coor denação em quat r o dir eções est rat égicas, r epr esent at ivas, cada um a, dos fat or es considerados cr ít icos para o desenvolvim ent o do set or.

Quando se r ealiza a associação das evidências obt idas pela análise das dem an-das do APL de For t aleza com os r esult ados dos est udos de Wer t hein ( 2000) , Fer r eira ( 2003) e Kubot a ( 2006b) , com os desafi os r elacionados com o set or de t ecnologia da infor m ação, ver ifi ca- se sem elhança ent r e os desafi os r epr esent at ivos do cont ext o cear ense com aqueles exist ent es em um a r ealidade m ais abrangent e. I nclusive, vale dest acar que os desafi os e pr oposições apr esent ados nos anos de 2006 e 2007, pelo set or de TI do Cear á, são plenam ent e englobados na confi guração com post a pelos quat r o fat or es cr ít icos ident ifi cados na análise.

Nas dem andas ident ifi cadas, ent r et ant o, nove out r os desafi os foram apont ados pelos aut or es há pouco m encionados, com o elem ent os que necessit am de enfr ent a-m ent o pelos agent es envolvidos ou são ia-m pact ados pelas dinâa-m icas do set or.

Sob o pont o de vist a da abor dagem int er pr et at iva, concebe- se a idéia de que a evolução do APL de TI de For t aleza para níveis m ais desenvolvidos de or ganização, com est r ut uras sist êm icas de m aior int egração e sust ent abilidade, passa pelo enfr en-t am enen-t o dos desafi os idenen-t ifi cados, por m eio de um a gover nança local que coor dene a adequação e im plem ent ação das ações de enfr ent am ent o pr opost as.

Considerações Finais

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Foram ident ifi cados 35 desafi os r elacionados com o desenvolvim ent o do APL de For t aleza. Est es se agr upam em quat r o fat or es cr ít icos que r efl et em as pr incipais dem andas, no que diz r espeit o às bases para o for t alecim ent o da infra- est r ut ura e das r elações de m er cado do aglom erado.

Sob t al cont ext o, em er gem vár ias opções de enfr ent am ent o para os r espect ivos desafi os que assum em o papel de ações indut oras de desenvolvim ent o, na m edida em que visam a pr om over a superação dos obst áculos considerados cr ít icos para o APL.

A busca de ações coordenadas que viabilizem o aproveit am ent o das alt ernat ivas para a prom oção do desenvolvim ent o do set or passa pela art iculação conj unt a ent re os diver sos agent es locais vinculados com as dinâm icas do APL de TI de For t aleza. Para que essa r ede de gover nança local t enha legit im idade e consiga m obilizar as for ças necessár ias, a fi m de alavancar adequadam ent e o set or, t or na- se im pr escindível o envolvim ent o de um conj unt o am plo de ent idades de nat ur eza est rat égica capaz de assum ir o papel de pr incipais condut or es do pr ocesso.

O est abelecim ent o de um a m obilização social para pr om oção de m udança e desenvolvim ent o do APL, r epr esent ado por um a Câm ara Est rat égica de Desenvol-vim ent o da Tecnologia da I nfor m ação no Est ado do Cear á, em er ge com o elem ent o fact ível capaz de ancorar as pr incipais ações que pr opor cionem r esult ados efet ivos em m édio e longo prazo.

A alavancagem do desenvolvim ent o do APL de TI de For t aleza dem anda um a conver gência inicial de esfor ços por par t e dos poder es públicos, associações de em -pr esas e gr upos de em -pr esár ios, buscando -pr oduzir siner gias posit ivas capazes de envolver out ras inst it uições, de t al for m a que sej a consolidada um a r ede consist ent e de sust ent ação da gover nança local em condições de pr om over a t ransfor m ação do APL para níveis m ais sólidos de com pet it ividade e sust ent abilidade r egional.

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TABELA 1  -  Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s D ispon ív e is n os Sit e s Ca r a ct e r íst ica s da s N ot ícia s Asse spr o/ Se it a c I n soft Se cit e ce Tit a n TOTAL
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