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AVANÇOS NA ANÁLISE SENSORIAL DISCRIMINATIVA

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(1)

AVANÇOS NA ANÁLISE

SENSORIAL

DISCRIMINATIVA

WORKSHOP

18/09/2012

Profª Silvia Deboni Dutcosky

ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

• Revisão - Panorama geral dos critérios de análise

atuais para os testes de diferença e de

similaridade

• Novas propostas:

– Critério d’ – Curso IFT e The Institute for Perception

– Hipótese de Equivalência

(2)

MÉTODOS DISCRIMINATIVOS

Métodos de

diferença

Saber se é

possível a

discriminação

entre duas

amostras

similares ou

confundíveis

TESTE

Apresentação das amostras

Triangular Qual amostra é diferente?

Duo – trio Qual é igual a referência? Ref.

“A” ou não “A” Esta amostra é “A” ou não “A”?

Dois em cinco Qual par de amostras é diferente?

Comparação pareada-direcional

Qual amostra é a mais forte?

Triangular direcional

Qual amostra é a mais forte?

Percepção e julgamento para testes de

diferença

(3)

Teste de hipótese

Regra de decisão estatística que permite, com base em

informações contidas nos dados amostrais, concluir sobre

parâmetros da população.

Hipótese nula Ho:

A

=

B

Hipótese alternativa H

1

:

A

B

hipótese monocaudal ou unilateral

A

B

hipótese monocaudal ou unilateral

A

B

hipótese bicaudal ou bilateral

Mecanismo dos erros

“REALIDADE” Ho verdadeiro Ho falso

Correto Erro II Aceitar Ho “DECISÃO” Erro I Correto Rejeitar Ho

“REALIDADE” Réu inocente Réu culpado

Correto Erro II (Beta) Aceitar Ho “DECISÃO Erro I (Alfa) Correto Rejeitar Ho DO JURI”

(4)

Erro tipo I e tipo II

• O erro tipo I é a probabilidade de rejeitar a hipótese nula quando ela é

verdadeira. Isto significa que duas amostras similares são consideradas

diferentes quando elas, na realidade, não são. O risco de erro do tipo I

é chamado de erro alfa e a maioria dos procedimentos estatísticos

objetivam minimizá-lo. Este é o tipo de erro que nós queremos

minimizar na situação do teste de diferença.

• O erro tipo II é a probabilidade de não rejeitarmos a hipótese nula

quando ela é falsa. Isto significa que duas amostras que são diferentes

são consideradas similares, quando elas não são similares. O erro do

tipo II é chamado beta. Este é o tipo de erro que nós queremos

minimizar na situação do teste de similaridade.

• Portanto, nós iremos focar em minimizar alfa (α) ou beta(β),

dependendo da situação do teste, se este é de diferença ou de

similaridade.

Testes de diferença

Podem ser classificados em:

Testes de diferença

(5)

A Potência (ou Poder) de um Teste:

A potência de um teste é definida como:

P= 1 – β

Ou seja, é a probabilidade de fazer a decisão correta

quando duas amostras são perceptivelmente diferentes.

A potência P é dependente:

 da magnitude da diferença entre as duas amostras,

 do tamanho de alfa

 do número de julgadores.

A Potência (ou Poder) de um Teste:

Os erros tipo I e II são inversamente relacionados e, à medida que o

erro tipo I se torna mais restritivo (se aproxima de zero), o erro

tipo II aumenta.

Assim o pesquisador deve jogar com o equilíbrio entre o nível alfa e a

potência do teste.

Realidade

H0 :sem diferença H1 :com diferença

Decisão Estatística

H0 : sem

diferença 1 - α Erro tipo II β

H1 : com

diferença Erro tipo I α Potência do 1 – β

(6)

N

o

de julgadores para testes de diferença e

de similaridade

O número de julgadores requeridos para um teste de diferença não

é crítico como para um teste de similaridade.

• Se você quer demonstrar que uma nova formulação é mais macia que a velha, por exemplo, você pode usar um teste de diferença com o objetivo de minimizar alfa. O erro do tipo I é minimizado neste caso porque os analistas sensoriais querem ter a certeza de que a amostra nova é diferente da velha, portanto o poder do teste não é crítico.

• Quando o objetivo do teste é que a diferença não seja perceptível, nós queremos minimizar o erro beta. Este erro é o de decidirmos incorretamente que as amostras são similares, quando na realidade elas são diferentes. A potência (1- beta) é crítica e deve ser maximizada, o que significa que o número de julgadores deverá ser suficientemente grande para este fim.

Outra distinção entre testes de

diferença e de similaridade

• Em testes de diferença nós utilizamos estatística binomial para desenvolver as tabelas que determinam o número mínimo de respostas corretas para estabelecer diferença e testamos contra as chances de acerto ao acaso. • Em testes de similaridade, nós iremos testar contra algum nível mais alto de

proporção esperada de respostas corretas e ver se nós estamos significativamente abaixo desse, a fim de chegarmos à conclusão de que as duas amostras são similares. Nós chamamos isto de proporção de discriminação permitida.

Como nós descobrimos qual é a proporção que deveria ser? Nós podemos optar por uma situação conservadora, na qual nós permitimos apenas 10% de julgadores discriminadores, ou por uma situação menos crítica e permitir 30% de julgadores discriminadores.

(7)

APLICAÇÕES TESTE DE SIMILARIDADE

 Programas de RC – Redução de Custos ou

Gerenciamento de margem

 Substituição de ingredientes

 Alterações de embalagens

 Estudos de vida de prateleira

Controle de qualidade

 Substanciação de alegações (claims)

 Tão bom quanto o líder

 Limpa tão bem como o produto original

Cenário comum

Redução de custos ou substituição de

ingredientes em um produto com considerável

market share e uma boa base de consumidores

fiéis.

– Objetivo: o produto em questão deve manter seu

padrão de qualidade sensorial.

• O QUE ACONTECE SE NÓS NÃO IDENTIFICARMOS

A DIFERENÇA?

(8)

TESTE TRIANGULAR

Número de julgadores

Será de acordo com o nível de sensibilidade

requerida.

A sensibilidade de um teste é função de três

valores:

 o risco α ,

 o risco β ,

 a proporção máxima de discriminadores (Pd).

Proporção de discriminadores na população

Ex: 32 julgadores, teste triangular, obtendo-se 20 respostas corretas

20 corretas

12 erradas

20 corretas (62,5%)

(alguns discriminadores, outros adivinhadores) (apostadores errados) 12 erradas (37,5%) Triangular

Acerto ao acaso = 1/3

(9)

Proporção de discriminadores na população

14 discriminadores (44%)

18 apostadores (56%)

Proporção de discriminadores para o

Teste Duo-Trio

Ex. 50 consumidores realizaram um teste duo-trio,

obtendo-se 37 respostas corretas

Duo trio Acerto ao acaso = ½

37 corretas (74%)

alguns discriminadores, outros apostadores

13 erradas (26%)

apostadores errados

(10)

Teoria Thurstoniana

Thurston (1927)

Introduzindo o conceito d’

Ao comermos o mesmo alimento várias vezes, a resposta poderia ser medida pelo número de impulsos por segundo do sistema nervoso que alcançam o cérebro. Quando degustamos um alimento, a resposta atual irá variar ligeiramente da próxima em que o alimento será degustado, podendo acontecer o efeito de adaptação ou alguns ruídos nas sinapses do sistema nervoso, pois todos os sinais dos estímulos que alcançam o cérebro podem ser acompanhados de ruídos.

Estas variações das intensidades percebidas dos sinais podem ser representadas em uma curva chamada distribuição das freqüências. A maioria das vezes o sinal do estímulo irá ocorrer num nível médio, mas algumas vezes o sinal será percebido mais forte e outras vezes mais fraco.

Teoria Thurstoniana

Respostas não confundíveis X confundíveis

Para dois alimentos A e B não confundíveis

(11)

Introduzindo o conceito δ e d’

δ = distância entre as médias ( μx e μy ) calculada em termos do número de desvios padrões pelos quais as duas distribuições são separadas. d‘ = valor experimental de δ

Assume-se que ambos os produtos (X e Y) têm o mesmo desvio padrão. Como o estímulo avaliado é o mesmo, assume-se que as distribuições serão similares.

Quando δ é menor do que 1, significa que os dois estímulos podem ser

confundíveis e quando δ é maior do que 1 será mais fácil distinguir os dois estímulos. O δ= 2 apresentará uma probabilidade de 92% de resposta correta.

O δ= 3 dará uma probabilidade de 98% de resposta correta.

Relação quanto à variância

Quanto à variância, se a distribuição tiver variância maior, o d’ será menor, ou seja, suas distribuições de frequência terão mais sobreposição. Podemos dizer que as curvas de distribuição acima são de um julgador mais consistente, com menor variação, indicado por um d’ maior.

(12)

Relação entre δ e Pc ou Pd pode ser

obtida através de curvas psicométricas

Exemplo: Teste de Comparação Pareada

Diferentes respostas ao estímulo mais fraco (A) e ao

estímulo mais forte (B) em um teste pareado

(13)

Exemplo: Teste Triangular

Convencional x Direcional

Diferentes respostas ao estímulo mais fraco (N) e ao

estímulo mais forte (F) em um teste triangular

Teste Triangular

Convencional X Direcional

Diferentes respostas ao estímulo mais fraco (N) e ao

estímulo mais forte (F) em um teste triangular

(14)

Simulação: respostas ao estímulo mais fraco (N) e ao

estímulo mais forte (F)

Para δ=1,5 e n= 100.000 teste triangular

48,0% 21,1% 28,5% 2,3%

Processo de

decisão

Triangular (não direcional): Resposta errada

3-AFC (direcional): Resposta certa

Comparação entre distâncias

Magnitudes

(15)

Proporção de respostas corretas e valores de d’ para

teste triangular direcional X Não direcional

Se você alcança 70% de respostas corretas, o d’ será 1,24 para o teste triangular direcional. Nós conseguimos analisar melhor em um teste

direcional, pois para o teste não direcional precisaremos que d’ seja 2,50 para alcançar os mesmos 70% de respostas corretas.

d primo Proporção de respostas corretas Triangular Não direcional Direcional 0,00 33,3% 33,3% 0,43 35% 46% 0,88 40% 60% 1,00 42% 64% 1,52 51% 77% 2,03 61% 87% Proporção respostas corretas d primo Não direcional Direcional 33% 0,00 0,00 40% 0,88 0,23 50% 1,47 0,56 60% 1,98 0,89 70% 2,50 1,24 80% 3,13 1,65 90% 4,03 2,23

Os custos do processo de decisão

• Tamanho da

diferença: 76% resp.

corretas no 2-AFC

(δ = 1,0)

• Potência: 80%

• Nível

= 5%

• Quantidade

necessária de

julgamentos →

0 50 100 150 200 250 26 241 22 220

(16)

Os custos do processo de decisão

• Tamanho da

diferença: 86% resp.

corretas no 2-AFC

(δ = 1,5)

• Potência: 80%

• Nível

= 5%

• Quantidade

necessária de

julgamentos →

0 10 20 30 40 50 60 70

2-AFC Duo-trio 3-AFC Triangular

13

65

9

57

ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

• Revisão/ Panorama geral dos critérios de análise

atuais para os testes de diferença e de

similaridade

• Novas propostas:

– Critério d’ - Curso com The Institute for Perception

– Hipótese de Equivalência

(17)

Pre-Annual Meeting Short Course

Sensory Testing for Product

Development and Claims Support

Dr. Daniel Ennis

Dr. John Ennis

Dr. Benoit Rousseau

O critério P

d

é método específico e também

não é um critério que descreve acuradamente

a habilidade discriminativa de consumidores.

Assumir que alguns consumidores vão sempre

discriminar enquanto que outros vão sempre

acertar “no chute” é uma hipótese irreal.

(18)

Projeto de redução do amargor de cookies

Teste de diferença

Amostras Teste Resp.

corretas

N

P

c

P

d Diferença?

d'

A - B

2-AFC

24

42 57% 14%

Não (p> 0,05)

0,25

A - C

3-AFC

32

51 63% 44%

Sim (p< 0,001)

0,98

Valor histórico de d’ = 0,40

Amostras:

A – cookie atual

B – cookie reformulação 1 (

5% custos)

C – cookie reformulação 2 (

10% custos)

Projeto de alteração de ingredientes nos cookies.

Teste de similaridade

Teste Resp. corretas

N

P

c

P

d Diferença?

d'

Duo-trio

55

100 55% 10%

Não (p = 0,18)

0,76

2-AFC (dureza)

21

30 70% 40%

Sim (p = 0,02)

0,74

Triangular

91

240 38%

7%

Não (p = 0,08)

0,73

Valores d’ muito similares

Valor histórico de d’ = 0,26

Conclui-se que esta diferença é

significativa e será percebida pelos

consumidores.

Não foi possível comprovar a

similaridade

(19)

ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

• Revisão/ Panorama geral dos critérios de análise

atuais para os testes de diferença e de

similaridade

• Novas propostas:

– Critério d’ - Curso com The Institute for Perception

– Hipótese de Equivalência

• Considerações finais

Teste de Hipótese

Regra de decisão estatística que permite, com base em informações contidas nos dados amostrais, concluir sobre parâmetros da população.

Teste de diferença

Hipótese nula Ho:

Os produtos são iguais

Hipótese alternativa H

1

:

(20)

Teste de Hipótese

Teste de equivalência

 Não é possível simplesmente fazer o reverso

 Entretanto é necessário desenvolver os limites para

definir a equivalência

Hipótese nula Ho:

Os produtos não são

equivalentes

Hipótese alternativa H

1

:

Os produtos são equivalentes

Não são equivalentes

H

0

Teste de Hipótese de

Equivalência

Estabelecimento dos limites de referência

Ennis & Ennis (2009)* *CIS, 38, p.1792-1803

Não são equivalentes

H

0

Equivalentes

H

1

Escolha forçada

45% 55%

(21)

Literatura: Hipótese de equivalência

• Bi, J. 2011. Similarity testing using forced choice

methods in terms of Thurstonian discriminal distance,

d’. Journal of Sensory Studies, 26, 151 – 157.

• Ennis, D. M. and Ennis, J. M. 2009. Hypothesis testing

for equivalence defined on symmetric open intervals.

Communications in Statistics, 38, 1792-1803.

• Ennis, D.M. and Ennis, J.M. 2010. Equivalence

hypothesis testing. Food Quality and Preference, 21,

253-256.

• Bi, J. 2011. Bayesian approach to sensory preference,

difference and equivalence tests. Journal of Sensory

Studies, 26, 383 – 399.

ROTEIRO DA APRESENTAÇÃO

• Revisão/ Panorama geral dos critérios de análise

atuais para os testes de diferença e de

similaridade

• Novas propostas:

– Critério d’ - Curso com The Institute for Perception

– Hipótese de Equivalência

(22)

Para testes de diferença a análise está ajustada,

enquanto que para testes de similaridade (ou

equivalência) podemos dizer que:

 O critério atual P

d

é método específico e também

não é um critério que descreve acuradamente a

habilidade discriminativa de consumidores;

 O critério δ se ajusta melhor, porém exige um

valor histórico de controle para cada produto;

 A hipótese de equivalência pode justificar para

substanciação de alegações, porém é inviável para

P&D. Tabelas iniciam c/ 400 julgamentos e é

normal precisar de 1000 julgamentos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Muito obrigada!!!

Referências

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