• Nenhum resultado encontrado

Digitalizado por: guerreira

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2022

Share "Digitalizado por: guerreira"

Copied!
109
0
0

Texto

(1)

O O O O b b r r e e i i r r o o A A p p r r o o v v a a d d o o

MMaarrccooss ddee SSoouuzzaa BBoorrggeess ((CCoottyy))

Digitalizado por: guerreira

HTTP://SEMEADORESDAPALAVRA.QUEROUMFORUM.COM

(2)

"Pro cu ra apres entar-te fo rte a Deus , apro vado , co mo ob reiro que n ão tem d e que s e en vergonh ar, que man eja bem a Pa lav ra da v erdad e." (I I T m 2:1 5)

APRESENTAÇÃO

Pr. Marcos de Souza Borges, o Cot y e sua esposa P ra.

Raquel t êm um casal de filhos, Gabri el e Bárbara. El es são membros do Minist ério Ágape e t rabal ham at ualment e como diretores de um a base mi ssionári a de JOVENS COM UMA MISSÃO em Almi rante Tam andaré na grande C uritiba.

Est ão no cam po m issionário desde j anei ro de 1986, quando fundaram o Minist ério Ágape em Curiti ba, e vêm atuando naci onalm ente e int ernaci onalm ente com i nt ercessão, treinam ento, aconselham ent o, mobil ização mi ssionária, impactos de evangel ismo e conquist a de cidades, edifi cação e implant ação de i grejas e t ambém de muitas out ras form as continuam servi ndo int erdenominacionalm ent e o corpo de Crist o.

Eles também t êm desem penhado um expressivo minist ério na área de cura e li bert ação, invest indo na restauração de famí l ias e i grejas bem como na form ação de consel heiros e l ibert adores.

Pr. Marcos é também autor dos livros: "A Face ocul ta do Amor", "O Avivamento do Odre Novo" e "A Oração do J ust o".

(3)

SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO ... 2

SUMÁR IO ... 3

PREFÁC IO ... 3

Int rodução ... 7

"P rocura apresentar-te a Deus"... e não aos homens ... 20

"P rocura apresentar-te ... aprovado, como obrei ro ... .... 31

Ent endendo a provação ... 51

Diagnosti cando o est ado de reprovação ... 68

Respondendo as provas de Deus ... 83

PREFÁCIO

Existem três tipos de pessoas que a Bíblia afi rm a que Deus est á const antement e à procura. Deus est á procurando por intercessores:

"E busquei den tre el es u m h o mem qu e levan ta ss e o mu ro, e s e pusess e na brecha p erante mi m po r es ta terra, pa ra qu e eu não a d es truí s se; porém a ninguém a ch ei. " (E z 2 2:30 )

Ele também procura adoradores:

"Mas a ho ra v em, e a go ra é, em qu e os verdad ei ros ado ra dores ad orarão o Pai em

(4)

espí ri to e em v erd ade; po rqu e o Pai pro cu ra a tais que ass i m o ado rem. " (Jo 4 :23 )

A escassez de int ercessores dest rói a t erra, enquanto a escassez de adoradores entri stece os céus. E por fim, o própri o Jesus afirm a a necessidade de obrei ros:

"Então diss e a s eus dis cípulos : 0a verdad e, a sea ra é g rand e, mas o s obrei ro s s ão poucos.

Rog ai, pois , ao Senho r da sea ra q ue mand e trabalhad ores pa ra a sua s ea ra. " (Mt 9 :38 , 3 9)

A escassez de obrei ros determi na o fracasso da i grej a em rel ação à grande colheit a. Quando a i grej a deixa de col her, Sat anás o faz, al argando as port as do i nferno e assol ando a soci edade.

Est e texto apresent a o cl amor que sobrecarregava o coração de Jesus. Medi ant e um mundo de necessi dades, ele se depara com a dem anda de obreiros, pessoas que estão não apenas dispost as, m as l egit imam ente afi nadas com a vont ade de Deus para desem penharem o m ais nobre servi ço a que um ser humano pode se envolver. P essoas que vão t ransform ar o dest ino et erno de t antas out ras.

Uma im portant e questão é que a mobili zação dest e tipo de contingent e é precedida por um processo de qualificação que poucos correspondem ou se propõe a subm et er. Jesus desfecha est a concl usão diz endo:

"Muitos são os cha mados, mas poucos os es colhid os. " (Mt 2 2 :14 )

(5)

Há uma l onga distânci a entre ser cham ado e ser escolhido. A abordagem dest e m at erial se resum e em percorrer est e est reito cami nho, onde t antos t em fracassado.

Est a afi rm ativa de Jesus revel a um efeit o funi l. De muitos sobram poucos. Isto most ra com o o mundo espirit ual impõe um processo de sel eção. Ou seja, muitos são chamados, todos são provados, porém, poucos são os aprovados.

Não é de qualquer jeito, ou do nosso j eito que vamos caminhar no cham ado de Deus. É import ant e entender, que apesar de nós sermos os chamados, o chamado é de Deus e não nosso.

Apesar de t udo que envolve o trat ament o de Deus, pessoas cham adas estão di ante da maneira m ais sublim e e si gni fi cat iva de vi verem as suas vidas. Aceit ar o cham ado de Deus si gni fi ca concordar com a grande reali dade que não sabemos a m elhor form a de vivermos nossas própri as vidas, mas o S enhor sabe.

A procura de Deus deve se encont rar com a nossa procura, e a nossa procura deve se encont rar com a procura de Deus. Desta int ercessão em erge um genuíno m inist ério que pode, at é m esm o, afet ar toda um a geração. Est e foi o grande apelo do mais i ncansável obrei ro do rei no de Deus:

"Pro cu ra apres en ta r-te a Deus , ap ro v ado, co mo obrei ro qu e não tem de qu e s e en vergonha r que man eja b em a Pal av ra d a v erdad e. " (II T m 2:15 )

Est e livro, al ém de possui r um carát er ci rúrgi co, irá prover uma radi ografia da personali dade sob um ângulo m uito pouco observado, que revel ará suas deficiênci as bási cas e motivacionais, apont ando para um a erradi cação de tudo aquil o que sustent a os m ais graves quadros de reprovação.

(6)

Nos bast idores da sua alm a, um a grande revolução espi rit ual está prest es a romper. Um a m udança profunda que cert am ent e será percebi da por quem m ais interessa: O Deus a quem am amos. Ent re nesta leit ura com os olhos abertos, ouvidos at ent os e aci ma de tudo um coração responsivo!

Pr. Marcos de Souza Borges

(7)

Introdução

Antes de ser obreiro ...

"Pro cu ra apres en ta r-te a Deus , ap ro v ado, co mo obrei ro qu e não tem de qu e s e en vergonha r que man eja b em a Pal av ra d a v erdad e. " (II T m 2:15 )

Ant es de P aul o m encionar sobre a post ura de obrei ros, el e aborda duas sit uações fundament ais que não podem ser, em hi pót ese al gum a, negli genci adas. El e fal a sobre "procurar"

at ender est as condições: "Procura apresentar-te a Deus ( 1 ), aprovado ( 2 )... ". Isto é o que vamos trat ar, respectivam ent e, nos dois prim eiros capít ulos.

O obj eti vo prim ário de al guém que "procura" é simpl esm ent e encont rar. A quest ão é que al gumas coisas est ão mais escondi das do que im agi nam os. Também , pode-se l evar um tempo mai or que o esperado para serem obtidas. Como veremos, só depois de vint e anos no deserto em P adã Arã é que Jacó atingiu est as condições, rest aurando seus rel acionamentos e redimindo sua identi dade.

Na verdade, indi spensavel ment e, ant es de faz er qualquer coisa para Deus precisam os de um encontro com est as reali dades. Este processo vai at é os porões da alm a elimi nando a vergonha e todas as demais impurez as que bloquei am o flui r do Espí rito Santo.

Surge, ent ão, um a capacidade divi na de manej ar bem a pal avra da verdade que se expressa at ravés de um estil o de vida que preval eceu sobre cada estado crôni co de reprovação.

Sob est a perspectiva, a P al avra de Deus não é a "espada do pregador", porém, com o Paulo afi rma, ao m encionar a

(8)

arm adura de Deus, é a "espada do Espí rit o Santo", que apenas cort a at ravés de nós na mesm a profundi dade que cortou a nós mesm os:

"Porqu e a pala vra de Deus é viva e efi ca z, e mais co rtante do qu e qu alquer espada d e d ois gu mes, e penetra a té a div i são de al ma e esp íri to, e de juntas e medul as, e é apta pa ra d iscernir os pensa mentos e in ten çõ es d o co ra çã o." (Hb 4:12 )

ENTENDENDO O JUÍZO DE DEUS

"Ved e en tre as na çõ es, e olhai, e ma ra vi lhai-vos, e ad mi rai -v os: p orqu e realizo em v oss os dias u ma obra , qu e v ós n ão crereis , quando vo s f or

con tada . " (H c 1 :5 )

Quantos podem di zer um grande al elui a para est a tremenda m ensagem proféti ca? Quantos acredit am nesta obra inacredit ável que Deus, de repent e, est á por real izar na sua própri a vi da? Algo de m aravilhar, de admirar e espantar a todos. Uma obra, t ambém , de proporções tão grandes que seria percebida ent re as nações.

O que Deus realizari a que quando al guém fosse nos contar serí amos incapaz es de acredit ar que t al coisa pudesse est ar acont ecendo? A que tipo de milagre, promessa ou intervenção divi na o profet a se refere?

À prim eira vist a, tudo ist o parece al go muito desejável . As expect ativas incitadas aqui t ornam est e versí culo um a reali dade ainda mai s assust adora. Esta é a grande surpresa de Deus para pessoas, minist érios, cidades e nações.

(9)

Na verdade, poucos discernem este t exto. Ou seja, a maiori a até crê neste versí cul o, porém de uma maneira total mente equivocada e desalinhada em rel ação ao seu contexto ori ginal . Na verdade, est a é uma das profecias m ais distorcidas da Bí blia pelos crentes. Seri a, port anto, de extrema rel evânci a, se com preendêssemos m elhor os bast idores desta promessa em palco.

Depois de um t empo de m uit a ex cel ênci a e prosperi dade que culminou no reinado de Davi e Salomão, a nação, aos poucos, no decorrer das gerações, vai entrando em expressiva decadência e começa a ser adverti da de muit as formas e por muitos profet as. Vêm, então, uma terrí vel fase, onde parece que a idolatri a e a i mpiedade definiti vament e t ri unfari am.

Est a foi , ent ão, a resposta que Deus deu à oração desesperada do profet a Habacuque, quando est e cl amava e recl am ava do si lênci o divino e da sua aparente insensi bilidade medi ant e t ant o pecado e injusti ça praticados impunement e pel a "nação sant a" (Hb 1:1-4).

Só as pessoas que vêem o pecado com os olhos de Deus podem ent ender de fato est e t exto. Na verdade, o que está em pauta, é um a forte i ntervenção di vina at ravés de um grande juízo que surpreenderi a a todos, o que se cumpriu quando Jerusal ém foi arrasada e o povo levado em cativei ro para Babil ôni a.

Normal ment e, o pecado, não apenas trás uma dinâmi ca de escravidão, como tam bém um t errí vel processo de insensibilidade moral, dureza de coração, segui do pela caut eriz ação da consci ênci a. Isto torna ainda mais di fícil, radi cal e desafiante o ofício proféti co.

Dois desafios proféticos

(10)

1. Levar o povo a crer na obra do juízo de Deus, destruindo as falsas convicções

Invari avelm ent e, as pessoas reli giosas est ão à cat a de profecias abençoadas. Elas não est ão int eressadas em ouvir e ent ender o coração de Deus e por isso não tol eram a palavra proféti ca quando são adverti das.

Seus ouvidos est ão program ados para não ouvir aquilo que cont rari a seus i nteresses e desej os.

Quanto mai s insistimos nest a posi ção, tanto m ais acel eram os e int ensi ficam os o juízo de Deus, e o pior, menos crem os nest e juí zo vindouro e maiorm ent e serem os surpreendi dos por el e.

Qual seri a, de fat o, est a obra tão admi rável , referi da por Habacuque, que ninguém creri a? A resposta não é outra senão um terrível t empo de jul gamento di vino. A nação seria dest ruída e exilada! Um duro processo para t ratar com as m ais profundas raízes da apost asi a e idol atria. Est e princípi o também ensi na e advert e que t emos um a fort e tendênci a para a increduli dade quando a questão é o juízo de Deus!

Milagres não t ransformam nosso caráter, o juízo de Deus sim. O juízo sempre começa pel a casa de Deus. Est e é um princí pio de ação do reino m oral . No prim ei ro capítul o de Habacuque Israel é j ul gado, no segundo, Babil ôni a é jul gada e no t ercei ro as nações são jul gadas. C omeçou por Israel e atingiu todo o mundo.

Ant es dos avi vament os de ordem mundi al causados pelos test emunhos de Mesaque, S adraque e Abdenego na fornal ha, e também de Dani el revel ando o sonho de Nabucodonosor, deci frando a m ensagem para Belt essasar e depoi s na cova dos leões, Israel experim ent ou o m aior jul gament o da sua históri a, at é então. Foi num cont exto de j uízo e puri fi cação que o Deus

(11)

de Israel foi glori fi cado e conhecido, por vári as vezes, em todas as nações do m undo!

Chega uma hora em que Deus t rat a severamente com nosso orgulho, nossa obst inação, nossas tradi ções, nossos pecados costum ei ros, por m ais que aparentem ente estam os

"bem " espi ritualm ent e. Todo tipo de segurança que descart a o quebrantam ento e a humildade é uma armadilha que construímos para nós mesmos.

Deus estava cham ando o povo a uma purificação, porém foi i gnorado. Vez após vez os profet as tent aram avisar um povo ensurdeci do e obsti nado. A cl asse reli giosa est ava t ão segura em si mesma que qualquer profeci a nest e sentido era total mente absurda. Desprez aram os verdadei ros profet as.

Est avam tão acomodados com seu estil o de vi da pecaminoso e rel i gioso que seri am inevitavelm ent e pegos de surpresa!

Isto sempre acontece quando se prati ca um a

"espirit ualidade" que tol era a imoralidade e a corrupção. O juízo t arda, m as não fal ha, com o Deus disse a Habacuque:

"Pois a vi são é aind a para o tempo determin ado, e se ap ressa rá a té o fim. Ainda que s e demo re, esp era-o; po rque certa men te vi rá , nã o tarda rá ."

(Hc 2 :3 )

Pensando bem , a obra m aravilhosa de Deus foi, na verdade, maravil hosam ent e horrível. Um j ul gam ento de espant ar a todos. O povo foi saqueado, o t empl o que era ti do com o um am ul eto que garanti a a prot eção divina foi arrui nado, os filhos foram levados cati vos, os muros e as port as da cidade quei mados e destruídos.

Ninguém acreditava que t am anha destrui ção e escravidão poderi am sobrevi r. Todo povo exilado num a t erra estranha, com uma língua estranha e com deuses ainda mais estranhos.

(12)

Apenas desta form a é que Israel aprendeu a abominar a idol atria que prati caram por t anto t empo.

O prim eiro tipo de i ncreduli dade que Deus quer quebrar nas nossas vidas é em rel ação ao seu juíz o.

Aquel a vi são otimi st a e românti ca da nossa rel i giosidade que nos t orna insensíveis ao nosso pecado preci sa cai r por terra. Nosso conceit o de prosperidade norm alm ent e é falido.

São at alhos que m uit as vez es nos l evam a perder a direção de Deus.

Gost amos das soluções rápidas, mil agreiras, no estilo microondas. Mas, isto contrari a nossa própri a naturez a, que exi ge um processo para se desenvolver.

Quanto m ais as pessoas se concentram nest as soluções momentâneas para resol ver os probl em as agudos e alivi ar a dor, m ais est a atitude cont ribui para piorar o carát er crôni co da situação.

Quanto mais pensamos que tudo t em que dar do nosso jeito, m ais surpreendidos serem os pel o tratam ento de Deus.

Não é fácil quebrar aquel a falsa convicção de que Deus est á conosco quando na verdade est amos é obstinados.

Ninguém acredit ava que Jerusalém fosse ent regue aos inimi gos e l evados para a "t erra da confusão": Babilôni a.

Ninguém suportava a idéi a que o templ o pudesse ser profanado e dest ruí do, e os seus vasos roubados. A cidade sant a humi lhada, feri da e cativa.

Quando Jeremi as profetizava cont ra Jerusal ém , ist o era interpretado pelos líderes da nação como sacril égi o, um terrí vel absurdo. Mas simpl esm ente, para surpresa de t odos, foi o que acont eceu!

Poucos hom ens, como Jeremi as, Habacuque, Ez equiel, acredit aram nest a obra adm irável. O povo int ei ro est ava enganado! Os líderes da nação est avam dist raídos! Os sacerdot es est avam errados! É terrível pensar que Deus est á

(13)

conosco de uma forma, quando ele está de out ra tot alm ent e opost a!

Est e é o m ai or trauma que al guém pode sofrer. Ir para uma t erra estranha. Perm anecer num lugar que não é o lugar onde as prom essas vão se cumpri r. Aprender a ser um peix e fora d'água não é fácil.

O processo de Deus mudar det erm inadas convi cções erradas que t em os é extrem am ent e doloroso, m as necessário.

Envolve muit as desilusões. O problema é que al gum as desi lusões m at am não apenas as falsas convi cções, como também as verdadeiras.

Mesm o após o tem po prescrito para o cativei ro t erminar, os exilados ainda perm aneci am na inérci a gerada por tant a decepção e sofri m ent o. Aqui entra o segundo desafio proféti co.

2. Levar o povo a acreditar na restauração

Agora os profetas de Deus tinham um novo desafi o: fazer o povo acredit ar na restauração de Deus. Est a foi um a t arefa tão di fícil quanto a de faz er o povo acredi tar no juízo.

Bast a l er Neem ias, Ageu, Zacarias, para ent endermos o esforço que é necessário ser em preendi do para restaurar a fé de pessoas abatidas e desiludidas pelo j ul gam ent o di vino.

Toda pessoa e minist ério t em seu momento de perturbação, desilusão e i ncredulidade. Est e t empo muitas vez es é longo. Um bom exem plo dest a realidade aconteceu com João Batist a, o apóst olo do avivament o. El e estava t ão deprimi do e perturbado dentro daquel a prisão que todas as suas convicções vaci laram .

Mesm o depois de t er vi sto o Espíri to Santo em form a corpórea de pomba descer sobre Jesus, confi rm ando sua identidade messi âni ca, e de haver decl arado abert ament e a

(14)

todos que estavam diante do Cordeiro de Deus que t ira o pecado do mundo, vendo cumprido o que Deus lhe fal ara (Jo 1:33), ainda assi m, ele havi a perdido a fé na sua missão maior que era ser o precursor do Messi as. Sua vida parecia vazia e sem sentido naquel a prisão. É como você, t alvez, est ej a se sent indo agora!

A verdade é que t odos nós passamos por situações e provas como est as. Porém , aqui est ão as m aiores oportunidades de saltarmos na fé, correndo nas pegadas das gaz elas, conquist ando lugares ai nda mais elevados. O problema é poucos conseguem perceber est as oportunidades que tem o poder de nos l ançar para o topo da dependênci a de Deus.

Algumas lições acerca do juízo divino

- Deus sempre t em um pl ano de resgate que é el aborado ant es de serm os entregues ao cativeiro. Antes da dest ruição do templ o de Sal om ão, no capí tulo quarenta do livro do profet a Ezequiel, Deus j á havi a dado a planta do novo tem plo a ser restaurado.

Aqui ent endemos o princípi o onde o Cordeiro de Deus foi imolado ant es da fundação do mundo. Deus nunca age irresponsavelment e. Ele está pront o para lidar com os desvios da raça hum ana. O objeti vo final do j uízo não é dest rui r, mas reconst rui r de acordo com o propósit o original.

- Todo juízo que experim ent amos é um at est ado do investim ent o de Deus. Depois que Deus jul ga al guém, o próximo passo é que el e vai usar est e al guém . A i dentidade, a consci ênci a e o propósit o ganham cl areza e profundidade e podemos edi fi car sobre o alicerce adequado. Entendemos melhor quem som os em Deus e onde devemos chegar.

(15)

Compreendem os que as tribul ações são import ant es no desempenho da nossa missão. Aquel e oti mismo e romantism o egoísti cos são substi tuídos por um a m oti vação inegociável de tão somente glorifi carm os a Deus, não i mporta se é pel a vida ou pel a m orte, pel a abundânci a ou pel a escassez, pelo sucesso ou pel o "fracasso". A cruz tem os seus paradoxos.

- R econst ruir é mai s di fícil que construir, porém existe um outro princípio aqui. O que você reconst rói é sempre melhor que o que você const ruiu. A experiência é a m est ra da sabedori a. A gl ória da segunda casa é sempre m aior que a da prim ei ra. t udo que você aprendeu com a dest ruição será usado na reconstrução.

- "O justo vi verá pel a fé" (Hc 2: 4). Est a é t alvez a princi pal lição que aprendemos quando somos t ril hados pel o tratam ento divino. Aprendemos a t em er e trem er di ant e da pal avra que procede da boca de Deus.

Aprendemos que úni ca font e de di reção e segurança é a pal avra de Deus. El a est á acim a de todas as circunst ânci as, pressões, opressões e situações.

"Mil cai rã o ao teu lado e d ez mil à tua direi ta, mas tu n ão será s a ti ngido. " (Sl 91 :7 )

Quantos podem confiar nesta verdade apesar de vi vermos num t empo onde t ant os est ão abalados e atingidos pel a increduli dade e desi stênci a?

Existe um lugar de proteção. Al guns t em achado est e lugar. S ão os que se subm et em ao trat am ento de Deus com fidelidade. Hom ens como Daniel , Neemi as, Ez equi el, Sadraque, Mesaque, Abdi nego e tantos outros, que m esm o no

(16)

cativeiro mantiveram a sua fideli dade e experim ent aram o poder m ani festo de Deus.

Eles preval eceram medi ant e as condi ções m ais desfavoráveis. Ent enderam a justiça di vina, confessaram as cul pas da nação e as iniqüidades dos pais. Se compadeceram daquela geração e intercederam pela rest auração do povo que se encont rava em tot al assol ação. Fiz eram toda a diferença!

O CONHECIMENTO DINÂMICO DE DEUS

Est e texto expressa uma vi são apri morada, nua e crua, sem i lusões, de com o Deus age conosco, para que possamos, realm ente, conhecê-l o:

"Vinde, e to rn emo s para o S enho r porqu e el e desp eda çou e no s s ara rá ; fez a ferida , e a liga rá . Dep ois de d ois dia s nos dará a vid a: ao tercei ro dia nos ressus ci ta rá, e viv eremo s d iante d ele.

Conh eça mos, e p ros siga mo s em co nhecer ao Senho r; a sua saíd a , co mo a alva , é certa ; e el e a nós vi rá co mo a ch uva, co mo a chuv a serôdia qu e rega a terra . " (Os 6:1 -3 )

O Deus que fere e que cura

O grande drama da cura de Deus é que ela, na mai oria das vez es, é precedi da por um a ferida, t ambém de Deus. Antes de um ci rurgi ão rem over um t umor, ele precisa usar o bisturi para cort ar. Não se pode curar sem operar e não se pode operar sem feri r. Est a é um a l ei óbvia para quem trat a responsavelm ent e das raíz es dos probl em as das pessoas.

Precisam os conhecer a Deus nest e sentido. É com um pul arm os os dois primei ros versí cul os do texto menci onado,

(17)

fugi ndo do seu cont exto e teoriz ar ou raci onalizar o conhecim ento divi no. Porém, conhecer a Deus na essência, é experim ent ar o que Oséias experim entou. O conhecim ento de Deus começa com as feridas que ele m esmo abre em nossas vidas: "... el e despedaçou, e nos sarará, f ez a ferida, e a ligará."

Toda pessoa e mini st éri o poderosam ente usados por Deus precisa poder dizer o que P aulo disse: "Trago no meu corpo as marcas de Crist o". Da mesma forma, Isaí as descreve o Messias com o "feri do de Deus". Jacó, também, foi atingido pel a espada do anjo do S enhor.

Deus sabe como nos feri r no pont o certo. Ele t em a perí cia de um exímio ci rurgi ão.

Existe, porém , um a diferença ent re a ferida e a ci cat riz.

A cicat riz nada m ais é que a feri da curada. A m arca e a lembrança existem , porém , a dor, a vergonha, a vulnerabilidade foram tot alm ent e superados.

É important e mencionar, não apenas as "feri das de Deus", mas as "ci catrizes de Deus". Acim a de t udo Deus é um Deus de ci cat riz es. A essênci a da unção m essiânica é rest aurar a cana quebrada e reacender o pavio que fumega. Cada cicat ri z de Deus represent a um a t remenda gama de experiênci as profundas que redunda num conhecim ento divi no l egíti mo e pal pável . Isto pode ser perfeit am ent e t raduzido pelas pal avras de Jó após t odo o seu sofrim ento:

"Eu te conheci a s ó de ouvi r mas ag o ra os meus olhos te vêem. Por is to me abo mi no, e me arrependo no p ó e n a cinza". (Jó 42 :5 , 6 )

Conhecer a Deus não é m eram ent e ser um expert em Bíblia e t eol ogi a. Na verdade, na m esm a proporção que al guém t orna-se um exímio defensor de suas doutri nas, pode

(18)

também assi mil ar uma t endênci a de tornar-se não ensinável , independent e, fechado para a diversidade e anti -si nérgico.

Est e tipo de bloqueio engessa o crescim ento e peca contra a progressivi dade da revel ação di vina. Este é o doent io processo de t radi cionaliz ação da m ente.

É cruci alm ent e necessári o m ant er uma post ura de flexibi lidade capaz de não desprez ar o "velho" como tam bém, não nos fechar para o "novo" de Deus:

"E disse-lh es : Por isso , todo es criba que s e f ez discípul o do reino dos céu s é s emel hante a u m ho mem, proprietá rio, qu e ti ra do s eu tes ouro cois as n ova s e v elha s". (Mt 1 3:52 )

Segundo Oséias, conhecer progressivam ent e a Deus é o processo onde Deus fere, trat a da ferida, ci cat riza, vi vifica e ressuscit a. Em cada processo ci rúrgico, Deus vai removendo tudo aquilo que im pede nossa fé em rel ação ao seu caráter.

Quanto m ais est a fé cresce, t anto m enos val oriz amos as crises circunst anci ais. A adoração e uma perspectiva sóli da da grandez a de Deus brotam poderosam ente em nossas vidas.

O cântico de Habacuque: o espírito do verdadeiro adorador

"Ainda que a figu ei ra não flo resça, nem ha ja fruto na s vid es; ai nda que falhe o p rodu to da oliv eira, e os ca mp os não produza m manti men to ; ainda que o rebanh o seja ex termin ado da malhad a e nos cu rrais nã o haja gado . Toda via eu me alegrarei no Senh o r, exul ta rei no Deu s da minha salva çã o. O Senho r Deus é a minha fo rça, el e fará

(19)

os meu s p és co mo os da co rça, e me fará anda r sobre os meus lu ga res altos." (H c 3:17 -19)

Est e é o espíri to do cânti co de Habacuque! Ai nda que não est amos vendo as possibili dades de cresciment o e fruti fi cação, ainda que não senti mos a unção, ai nda que est amos sendo confront ados com a escassez de recursos e resultados, ainda que muit os est ej am nos abandonando, t odavi a, Deus perm anece fi el e di gno da nossa fideli dade! Ist o, realment e, é adoração!

Est e é o processo pelo qual vamos conhecer a Deus e col ocar em Deus e em m ais nada ou ninguém a nossa confi ança e satisfação. Ent ão o Senhor será nossa força, nos fará salt ar e caminhar por lugares alt os, acim a dos m ais el evados obst áculos. O livro de Habacuque com eça com uma interrogação e term ina com um a excl amação. Deus desej a transform ar todas as nossas pergunt as em respost as surpreendentes de fé !

Fideli dade deve existir, não apenas quando tudo vai bem , mas quando tudo vai mal. Tem um di tado que diz: "quando o navio afunda os ratos caem fora". É assi m que Deus prova e conhece quem é quem. Quem é você?

Só nos mom entos de prova é que você saberá!

Adoração é o saldo positi vo de fé deixado pel as provas de Deus. Aqui nasce não apenas um a nova canção, mas é onde o espí rito de um verdadeiro adorador é forj ado. Esta foi a postura proféti ca de Habacuque.

Só pessoas que com preendem o poder do trat am ento de Deus al cançam est e nível de fé e adoração. São pessoas curadas, que tem ci catriz es de Deus em suas vi das, pessoas sadi as que adqui ri ram a int egridade necessária para servi r a Deus e suport ar as pressões de um verdadeiro reavivam ento!

(20)

"Eu ouvi, S enho r a tu a fa ma, e temi; a viva , ó Senho r a tua ob ra no mei o dos ano s; f aze que ela seja conh ecid a no mei o dos anos ; na i ra l emb ra-te da mi seri có rdia . " (Hc 3:2 )

No círcul o evangéli co, avivamento é uma das pal avras que est ão na moda, em alta. Porém, percebem os que a mai ori a das pessoas não ent endem bem as im pli cações pessoais de um avi vam ento. S e você realm ent e desej a e aspi ra o avivam ent o, se você quer a vi nda de Deus para sua vida, i grej a e soci edade, você precisa responder a est a pergunt a que o profet a Mal aqui as faz:

"Mas qu em supo rta rá o d ia da su a vind a? E quem subsistirá, quando ele apa recer? Po is el e s erá co mo o fogo do ouriv es e co mo o sabão de lavand ei ros . " (Ml 3 :2 )

Você vai suport ar a puri ficação de Deus? Você vai subsi stir diante da sua correção? Vai agüent ar o fogo puri fi cador e a l i mpez a que el e quer fazer? Quando el e com eçar a l avar toda a roupa suj a, desencardindo nossa alm a, será que vam os suport ar? Você ainda quer um avivam ent o?

Um que com ece por você? ??

Capítulo 1

"Procura apresentar-te a Deus"... e não aos homens

Est a prim ei ra si tuação fundam ent a-se princi pal ment e no aspecto moti vacional do servi ço. A ação int enci onal do

(21)

coração é tão important e quant o o desempenho e a t arefa minist erial ex ercida.

O "para quem " est amos faz endo é t ão rel evant e com o "o que" est amos fazendo. A questão não é só faz er. É vit al focalizar e di sci pli nar a mot ivação do nosso desem penho minist erial em agradar a Deus ant es m esmo que servir aos hom ens.

Est a é um a quest ão de ali cerce. O cresciment o aparente se fundamenta num a base que ninguém pode ver porque encontra-se enterrada. Est a é um a important e lei da edi fi cação. Quando pensam os em ali cerces, ent endem os que também é necessári o crescer para baix o. Ist o apont a para o trabalho de Deus nas nossas moti vações. Sem este fundament o aquilo que est amos const ruindo fi ca com prom etido.

Deus é capaz de avali ar a i nt enção de cada esforço prati cado. Deus vê al ém daquel a im pressão externa que causamos nas pessoas. Obvi ament e, el e conhece nossas intenções m ais íntim as.

"Deus nã o vê co mo o ho mem v ê, poi s o ho mem v ê o que es tá di ante d os olho s, po rém o S enho r olh a para o co ra ção. " (I S m 16 :7 )

Est a foi um a advert ênci a feit a a um profet a que tinha profunda sensi bilidade à voz de Deus e uma depurada capaci dade de di scernimento. At é S amuel est ava deixando-se enganar pel as aparênci as. Est e, porém , é um erro que Deus jam ais comete. Na verdade, é t ão fácil enganar as pessoas, quanto im possível enganar a Deus. Ele sonda e discerne nossas int enções mai s profundas.

É dest a form a que at est amos para Deus nosso fracasso moral e o adoecimento emocional. Um a motivação corrompi da já condena uma obra ant es m esmo de ser com eçada. É uma

(22)

casa sem alicerces ou com ali cerces subdim ensi onados. Por um lado as coisas acontecem, m as por outro vão t ornando-se cada vez m ais inst áveis e vul neráveis.

Chegará o mom ent o em que a frági l resist ênci a do

ali cerce exibi rá sua insufi ci ênci a sendo esm agada pelo peso própri o da obra. Est a é um a quest ão "matem áti ca". De fat o, apesar das coi sas no mundo espiri tual não funci onarem de form a im ediat a, elas funcionam

com extrem a precisão.

Sempre que um a construção desaba m ui ta gent e morre e machuca. Da m esm a form a, t odo investimento ministeri al através de motivações doentias e obscuras não apenas é suicídio, com o pode dest ruir a muit os.

Nossa m otivação é crucial no que t ange a sermos qualifi cados como obrei ros. O que inspira nossas ações e motiva nosso servi ço é tão rel evante quanto a própri a ação e o servi ço em si . Na verdade, t odo esforço íntimo no senti do de impressionar homens nos desqual ifi ca perant e Deus.

Quando valorizam os mais a opinião humana do que a aprovação divina, exibimos um a motivação espi ritualm ent e corrompi da que com prom et e nosso servi ço.

A LEI DOS DOIS ALTARES

Em várias ocasiões na Bí bli a, percebem os a necessidade de se l evant ar dois ti pos de altares: um escondido ou í ntimo e o out ro públi co ou t est emunhal; um para Deus e out ro para as pessoas. O prim eiro alt ar fala do t est emunho que Deus dá acerca de nós e o segundo al tar fal a do t est emunho que damos acerca de Deus.

(23)

Existe, porém, uma i mport ant e seqüência a ser obedeci da. O al tar íntimo sempre precede o alt ar do test emunho. Est a é a l ei dos dois altares. Ou sej a, antes de sermos apresent ados aos hom ens, precisamos nos apresent ar diante de Deus.

A afi rm ação dos homens não val e muit a coisa quando não temos a aprovação divina. A vida ínt i ma com Deus sem pre precede a vida públi ca com os hom ens.

Sempre que invert em os est a seqüênci a transgredimos est a lei. Aqui, entendemos porque tantas pessoas, da m esm a form a que se l evant am com um a aparênci a que impressi ona, subit am ent e "desaparecem ".

Sem uma vida íntima com Deus, agregamos um a inconsistência que mais cedo ou m ais t arde nos fará vítim as da vi da pública e da imagem que t entam os sust ent ar perant e as pessoas, Est a foi a t errí vel t ransgressão de S aul que o desquali ficou como rei. Mesmo depois de desobedecer a Deus, el e ainda continuava m ais preocupado com sua im agem públi ca, do que

com a sua situação diant e de Deus:

"Ao que dis se S au l: Pequei; hon ra -me, po rém, ago ra di ante dos an ciã os do meu povo , e dian te de Israel , e vol ta co migo , para que eu adore ao Senho r teu Deus." (I S m 15 :3 0)

A Bíblia nos advert e que não podemos basear nossa vi da num a aparência sem consist ênci a. Impressões superfici ais que convencem a opinião pública duram m uito pouco. Portant o, não se pode evitar a destruição daquil o que é aparent e. É com o a erva e a sua flor sob o i mpact o caust icant e do "Sol da Justiça":

(24)

"Pois o sol se levan ta em s eu a rdo r e faz s eca r a erva ; a sua flor cai e a bel eza do seu aspecto perece.. . " (Tg 1: 11 )

Aparent e ou perm anent e? Est e é o grande di lem a motivacional. A receita da consist ência espirit ual é um com promisso pessoal , íntim o e const ant e com a

vont ade revel ada de Deus:

"... aqu el e que fa z a von tad e de Deus , perman ece para s emp re. " (I J o 2 :17 )

Motivações e princípios

Sacri fi cando no al tar í ntimo nós revel amos nossas motivações e sacri ficando no alt ar públi co expressamos nossos valores e pri ncí pios. Moti vações por nat ureza t em um carát er oculto, enquant o que nossos val ores e princípi os t em um caráter evident e, com portam ental .

Da m esm a forma que é fácil perceber os valores e princí pios de uma ação, pode ser extremamente difí ci l descobri r a moti vação.

Do aj ust amento sinérgico ent re as motivações sant ifi cadas do coração e os princípi os divi nos prat icados depende a consist ênci a da personali dade e a i nt egridade espi rit ual .

Por m ais que nossas m otivações sej am cert as, se o princí pio é errado, o result ado será morte. Igualm ent e, por mais que agimos com o pri ncípio corret o, porém se a motivação é errada e corrom pida, o resul tado tam bém será mort e.

(25)

Davi t eve uma motivação corret a ao t razer de volt a a arca para Jerusal ém, porém agiu com o princí pio errado col ocando- a nos l ombos de boi s e não nos ombros dos sacerdot es.

O pri ncípio ensina que o sacerdot e carrega o peso da responsabili dade de conduzi r a presença de Deus.

Est e pri ncí pio foi quebrado. No prim eiro tropeço dos bois, Uz á colocou sua m ão na arca para que est a não caísse.

Est ava tent ando ajudar. Novam ent e vemos al guém muito bem intenci onado, porém , quebrando um princípi o. El e não estava aut oriz ado a tocar na arca.

Por m ais bem i nt encionado que Davi e Uzá estivessem, Uzá m orreu fulminado.

De out ra sort e, ou azar, Ananias e S afira ofereceram aos apóstol os um a grande ofert a de um a propri edade que venderam. Est avam prati cando o pri ncí pi o de dar. O princí pi o est ava t ot alment e correto.

Porém, el es não est avam dando li vrem ent e. El es queri am em t roca reconhecim ent o públi co. Queri am tanto impressi onar a todos que não tiveram a si nceridade de coração de dizer que precisavam de part e daquele di nhei ro. Então eles fal aram que est avam dando tudo, quando na verdade retiveram part e do preço da propriedade. Mentiram não só aos homens, mas ao Espí rito S ant o. Am bos morreram. Fi co imagi nando quantos Anani as e S afi ra já est ão m ort os ou morrendo dent ro de nossas i grej as.

O ALTAR ESCONDIDO E O ALTAR PÚBLICO

O altar secreto do quarto e a recompensa pública que vem de Deus

(26)

"Mas tu, quando o ra res, entra no teu quarto e, fechand o a porta , ora a teu Pai q ue es tá em secreto ; e teu Pai, que v ê em s ecreto, te reco mp ensa rá publi ca men te, " (Mt 6 :1 6 )

O quart o pode ser defini do como qual quer lugar onde roti nei ram ent e desfrutam os de uma pri vacidade com Deus.

Dentro do quarto, somos nós mesm os, exercit am os total transparência e podemos derram ar nosso coração com sinceridade.

Alt ar é o l ugar onde nossa vont ade é quebrantada e simpl esm ent e dam os a Deus tudo que el e est á pedi ndo. É um lugar de sacri fícios, onde oferecemos a Deus al go que nos cust a e que l he é agradável e verdadei ro.

A pal avra "sacri fíci o" em lat im si gni fica "tornar sant o", Todo alt ar é um local onde som os poderosam ent e tocados e transform ados pela voz de Deus, Est e é o mais elevado princí pio de santi ficação pessoal, No "alt ar do quart o"

oferecemos um a parte do nosso di a, do nosso t empo, e, port anto, da nossa vida, buscando a face de Deus e examinando as Escrit uras.

Est e altar secret o não se constrói na i greja, ou através da com unhão com os i rmãos, m as no quarto, a sós com Deus, Jesus está expli cando o poder de uma vida devocional e do rel acionamento pessoal com o Pai.

É no quarto que vamos t er as mai s fort es e íntim as revelações e experi ênci as. No quarto aprendemos a apoi ar a nossa fé numa dependênci a t ot al de Deus e não de pessoas.

A consciênci a pessoal que Deus é a nossa fonte inesgot ável det erm i na a li nha da mat uridade. Muitas vez es alim ent amos um a expect ati va nas pessoas que deveri a ser canalizada apenas para Deus.

(27)

Isto é aceitável durante um espaço de tempo como recém - converti dos, porém se perdura, podemos nos condenar a um a vida espiritual im atura e que oscil a de acordo com as circunst anci as, Sem pre que dependemos mais de pessoas do que de Deus nos expomos a m uit as decepções que tendem a nos fragilizar ai nda mais.

Uma vida minist eri al "pública" bem sucedida nada m ais é que o efeit o espiri t ual do relaci onamento pessoal e da vida secret a com Deus,

O campo das ovelhas e o campo de batalha

"Diss e mais Da vi : O Senho r qu e me livrou das garra s do leão, e das ga rras do urso, me li vrará da mão d es te filis teu. Então di ss e Saul a Davi : Vai, e o S enho r seja con tig o, " ( l S m 1 7 : 3 7)

Aqui t emos o altar solit ário do cam po das ovel has precedendo o t est em unho no campo de batalha, quando o herói de guerra dos fil ist eus, que afrontava o exércit o de Israel , foi publi cam ent e derrubado. Antes de vencer Goli as, Davi , no anonim ato, venceu as garras de um l eão e de um urso. Ant es de se im pressionar com a presença inti midadora do gi gant e, Davi havia se im pressi onado com a grandez a de Deus. Na verdade, quem venceu Goli as não foi Davi , m as o rel acionamento que ele ti nha com Deus.

Davi sabi a como faz er da soli dão do cam po um a oportunidade constante de desfrutar da presença divina. Ist o fez del e um verdadeiro adorador. Não havia ni nguém m ais ao redor para querer im pressi onar ou que pudesse corromper sua motivação. S ua vida de adoração era pura e legítim a.

(28)

Ant es de tom ar a espada de Goli as, Davi recebeu uma harpa de Deus. A harpa de Deus recebem os no alt ar oculto e a espada do gi gante recebemos no altar do testem unho, quando Deus nos recompensa publi cam ent e.

Est a é a unção de Davi; a harpa de Deus num a m ão e a espada do gi gant e na out ra. Dest a forma el e repreendeu e venceu o pri nci pado dem oní aco que vi nha pert urbando o rei e o governo da nação por t anto t em po:

"E quando o espí ri to malign o da parte de Deus vinha sob re Sau l, Davi to ma va a ha rpa , e a to ca va co m a sua mão ; então S aul s en tia a lívio, e se acha va melh or e o espí rito ma ligno se reti rav a del e. " ( l S m 16 :2 3)

Depois de Davi ter vencido a Goli as, expondo sua cabeça à multi dão, o rei impressionado com o fei to tentou se inform ar sobre quem era aquele rapazinho que surpreendera a todos. O mais interessant e é que ninguém sabia ou podia dizer quem era Davi:

"Quando Saul viu Davi sa ir e en contrar-s e co m o filisteu, p ergun tou a Abn er, o ch efe d o ex érci to : De quem é filh o esse jov em, Abner? Respond eu Abner: Vi ve a tu a al ma , ó rei, qu e nã o sei. Diss e então o rei : Pergun ta, poi s, de quem el e é filho, "

( I S m 17 : 5 5, 56 )

Davi era um desconheci do, um "Zé Ni nguém " para os hom ens. Porém, apesar de não ser conhecido pel os hom ens era muito bem conheci do de Deus!

(29)

Quando Goli as desafiou todo o exército pedi ndo: "... dai- me um homem, para que nós dois pel ej emos " ( I Sm 17:10), Deus ouviu a oração de Goli as e deu-lhe Davi. Apesar de também t er sido desprezado pelo gi gant e, era a arm a secret a de Deus.

Est a é a bênção do Val e do C arval ho, o alt ar do test emunho, onde Deus recompensa nosso rel acionam ent o com el e, e nos ent rega publicam ent e os nossos inimi gos. Est e val e é muito est ratégico por que a partir del e é que muit as oportunidades surgem.

O testem unho ungido que vem de um a vida secreta com Deus t em o poder de ampli ar as nossas frontei ras.

Após vencer o herói dos fil ist eus, a vi da de Davi tomou outro rum o que o conduziu ao governo da nação.

O altar escondido dentro do Jordão e o memorial fora do Jordão

O Jordão é o lim ite da mudança. É quando você sai do deserto e passa a conquistar e desfrut ar de um t erri tório onde as promessas de Deus vão se cumpri r. Do deserto, ou você sai aprovado, ou você não sai, morre!

O Jordão é para aquel es que não só saíram do Egito, m as que t ambém abandonaram a ment alidade de escravos. O Jordão também comuni ca o sent ido real do arrependimento.

Arrependi mento não é apenas você reconhecer que errou, não é apenas você admitir e confessar os fracassos m orais, não é apenas você diz er: realm ente eu fiz est as coisas que não deveri a t er feit o e si nto m uito.

Na verdade, nenhuma destas situações definem o arrependimento. Confundi r confissão com arrependim ento é um grave erro.

(30)

Como você j á deve saber, arrependim ento é traduzido ori ginalm ent e da pal avra grega "m et anói a" que si gnifi ca mudança de m ent e e propósito. É quando você resolve ment alm ent e e com absolut a determi nação: este erro que eu fazi a, não vou faz ê-lo m ais! As t ent ações à que eu cedia minha vont ade, não vou ceder mai s! Nem que t enha que suar sangue! Mudei mi nha motivação, di sposi ção, di reção e ment ali dade! Est a é a genuína dim ensão do arrependimento.

Est a decisão i nterna de m udança est abel ece um a nova direção que nos reconcilia com a verdade e o propósito de Deus. A inconstânci a é substituí da pel a fi rm eza e det erminação. Um novo posi cionam ento que concorda com a vont ade divi na é fi rmem ent e est abel ecido. Som os conduzi dos a vit óri as inesperadas e surpreendentes ! É aqui que o pecado e a corrupção se ajoelham di ant e do poder do Espírito Santo.

A parti r de um arrependim ento genuíno, "não é você que vai deixar o pecado", "é o pecado que vai te deixar".

O alt ar do Jordão é um dos pri nci pais m arcos de Deus na vida de um a pessoa. Est e batism o de arrependimento t am bém foi cel ebrado por dois alt ares: um escondido no l eito do Jordão e o out ro fora do Jordão com pedras ti radas do l eit o do rio.

O alt ar escondido fal a da experiênci a ínti ma, da m udança de coração e mental idade, a que o próprio Deus t estemunhou que acont eceu conosco:

"Amon to ou J osu é ta mb ém do ze ped ra s no meio d o Jord ão, n o lug ar em qu e pa rara m os pés dos sacerdo tes que l ev ava m a a rca do p acto ; e a li es tão a té o di a d e h oje. " (I s 4 :9 )

Est e alt ar é só para aquel es que pi saram o leito seco do Jordão. Depois que as águas vol taram a percorrer o l eit o do rio, ni nguém mai s podia ver aquel e alt ar, senão Deus.

(31)

O alt ar públi co, por sua vez, é o test em unho que damos do que Deus fez, de como ele real izou o milagre da mudança em nossas vi das. É simpl esm ent e o frut o de um a experi ênci a pessoal e í ntim a com Deus:

"Tirai d aqui, d o meio do Jo rdão , do lu gar em qu e es tiv era m pa rad os os pés dos sa cerdotes, do ze pedras, levai -as con vos co p ara a ou tra banda . .. "

(Js 9 :3 )

Toda t ravessi a na vida, toda m udança espi ritual de endereço e m ent ali dade é marcada por est es dois altares. Tudo com eça com o t est emunho que Deus dá acerca de nós e se com plet a com o t estemunho que damos acerca del e. Est a é, port anto, a prim ei ra parcial do pri ncípi o de nos apresent ar diante de Deus.

Capítulo 2

"Procura apresentar-te ... aprovado, como obreiro ...

Ant es de ser um obreiro, é t ambém necessário est ar aprovado. C omo observamos no títul o acim a, a pal avra

"aprovado" precede a pal avra "obrei ro". Obedecer est a seqüência é essencial. Um a pessoa que não está aprovada pode com promet er não apenas sua vida, com o também a obra que realiz a.

(32)

Est a segunda sit uação aborda a necessidade de um a qualifi cação. Obvi ament e que a prim eira situação, tratada no capítul o ant erior, é um pré-requisit o para est a.

O ponto de partida da obra de Deus são as nossas motivações. Em primei ro l ugar preci samos alinhar nosso perfi l motivacional com o t em or de Deus, em segundo lugar est armos aprovados e, só ent ão, desempenhar nosso servi ço ao Senhor.

A ri gor, antes de m ais nada, é im port ante ent ender que nós som os a obra de Deus. Estam os em construção. Somos o templ o que o Espí rit o Sant o está edi fi cando. O l ugar que Jesus est á preparando na eternidade para nós (Jo 14:2 ) est á dent ro de nós mesm os : é o nosso hom em int eri or que se exteri oriz ará em glória num corpo cel esti al ( I C o 15:40-54).

Aquel a "mansão" que você espera morar no céu est á sendo i nvisivelm ent e construída dentro de você m esmo, através da visí vel obra e t ransform ação que o Espírit o Sant o est á fazendo em sua vida, em virt ude da sua m al eabilidade, quebrantam ento e submissão à vontade di vina.

Em se t rat ando de servi r a Deus, o mai s i mportante não é faz er, m as deixar Deus fazer em nós. Quando El e faz em nós, cert am ent e t ambém fará o m esmo at ravés de nós. De fat o, existe um a enorm e diferença ent re você fazer a obra de Deus e Deus fazer a obra dele através de você. Por isto é t ão important e o princípi o da cooperação.

" Po rque nós so mos coop erado res d e Deus ; v ós sois la vou ra d e Deus e ed ifício d e Deus. " (I Co 3:9 )

A questão básica da aprovação

(33)

Gost aria de propor uma pergunt a: Qual é a prim ei ra coi sa que tem os que fazer para serm os aprovados di ante de Deus?

Dê um a paradinha na leit ura e tent e responder...

Invari avelm ent e, quando pergunt o às pessoas o que tem os que fazer para sermos aprovados diante de Deus, quase sempre, ouço muit as respostas redundant es.

Al guém logo responde: obedi ência! Outros asseguram:

temos que temer ao Senhor! Ainda outros afi rmam com cert eza: para .sermos aprovados t emos que andar em santi dade

! Viver por fé! ...e assim vam os ouvindo respostas cada vez mais "espi rituai s", mas que fogem da sim pli cidade da pergunt a.

Al guns se aproximam m ais diz endo que é necessário passar na prova. Porém, ant es de passar na prova preci samos faz er a prova. Ent ão, a prim eira coi sa a faz er para sermos aprovados é sim pl esm ent e: a p rov a! Ninguém pode ser aprovado num a prova que não fez ! Só existe um cami nho para a "aprovação": a provação, testes, t entações, et c. !

"Bem-a ven tu rado o ho mem qu e su porta a prov ação ; po rqu e, depois de ap ro vado , receb erá a co roa da vid a, qu e o Senho r p ro meteu aos qu e o a ma m. " (T g 1:1 2)

Quant as vez es fazem os prom essas e votos para Deus que não cumprimos? Fal amos: Deus, eu vou crer em ti ! ... Eu vou obedecer m eu cham ado mi nist erial ! ....

Eu vou ser fi el a ti com minhas finanças! ... Vou ganhar muitas alm as para o teu reino! ...

Porém, quando a primei ra necessidade surge, ent ramos em col apso. A prim eira di fi culdade no cham ado vem , e j á pensam os em desi sti r: "tal vez não seja bem ist o o que Deus tenha para mim ". Quando as pessoas que nos ajudam

(34)

financeiram ent e se esquecem de nós, ou o salário encolhe, esmorecem os e fi camos feridos e desanimados. Aos poucos, nos acomodam os ao ritual da i grej a, aos cultos, aos semi nários e congressos e nos esquecem os dos que se perdem.

Cada vez que somos provados em relação aos propósitos que est abel ecem os, simpl esm ent e fracassamos.

A verdade é que muitas provas vão acont ecendo de manei ra nat ural e sut il no decorrer da nossa vi da. Porém , cada resposta insufici ente ou i nadequada que dam os a estas provas impõe amarras espi ri tuai s que, paul atinament e, nos dist anci am da possibili dade de conquistar o sonho de Deus e cum pri r o seu propósito.

Se, de fato, alm ej am os ser um obreiro no Rei no de Deus, precisamos nos mat ri cul ar na escol a do Espírit o Sant o, t endo a disposição de sermos trat ados e edifi cados pel a Palavra de Deus. Esta escol a dura a vi da i nteira e o Espí rito S ant o têm um currí cul o especi al, di nâm ico e apropri ado para cada um de nós.

Nossas mot ivações mais ínti mas, nossa fé e perseverança, nossas convi cções e sentim ent os, nosso conhecim ento, nosso cham ado e mini stério serão provados medi ant e toda sorte circunst ânci as especificam ent e cont rárias. Deus nunca é superfi ci al banaliz ando nossas falhas de carát er e as distorções que ainda temos na nossa personalidade. Acim a de tudo, a fé é um a muscul atura que não pode deixar de ser exercit ada.

"E sabemo s qu e toda s as cois as contribuem junta mente pa ra o bem daqu eles que a ma m a Deus , daquel es qu e são cha mad os po r seu decreto.

" (Rm 8:28 )

Est e t exto apont a para a necessidade de quebrar um sofi sma que muit os tentam sust ent ar. Ou sej a, quando

(35)

at endemos ao chamado de Deus, mesm o andando em obedi ência, não quer dizer que só acontecerão coisas positivas e animadoras. O cent ro da vont ade de Deus não nos isent a das provas, das di ficuldades e das resist ênci as oferecidas pel o mundo espi ritual .

Quando Paulo fala: "... m as em t odas estas coi sas som os mais que vencedores, por aquele que nos amou " (Rm 8: 37), o que ele qui s diz er realm ent e com ist o?

Ele estava se referi ndo a vencer o que? O que seri am

"t odas estas coi sas"? Signi fi ca a resist ênci a que está por vi r, aquilo que vai nos t estar consist ent em ent e.

Gost amos da idéi a de que somos vencedores sem t er que lutar, ou de serm os aprovados sem ao menos faz er a prova.

Porém isto não é correto e não funciona dest a form a. P aul o, ent ão, explica:

"... qu em n os s ep ara rá do a mo r d e Cri sto? a tribu la ção , ou a angústi a, ou a pers eg uição , ou a fo me, ou a nudez, o u o perig o, ou a esp ada?" (Rm 8:3 5)

Se você est á passando por al guma dest as situações, ent ão você está di ant e da t rem enda oportuni dade de não duvi dar do amor de Deus e tornar-se um vencedor.

A at itude cert a de concordar com o caráter de Deus em cada prova funciona como uma senha que dest ranca port as e rompe as nossas front eiras. A vit óri a de Jesus precisa ser endossada em cada l uta que passamos at ravés de uma identificação com o seu caráter.

Basi cament e, é necessári o um desprendimento para enfrentar qualquer si tuação. Encarar tudo como um acréscim o, ou sej a, saber absorver a parte boa de toda e qualquer

(36)

adversidade. Sem est e ent endim ent o abort amos a real possi bilidade de sermos "aprovados".

A desintegração do caráter - A síndrome da debilidade moral crônica

Vivemos num m undo debilit ado e degenerado moralm ent e. A decadênci a est á em alt a. O moral relativou-se a ponto de t ol erar e ser confundido com o i moral.

Faceamos uma aguda inversão de valores que, absurdam ente, é ti da como avanço cultural e m odernidade.

O pior é que ist o est á ent rando para a i greja e contami nando-a. Pessoas que aceit am a debili dade moral crôni ca se am oldam às circunst ânci as im orai s que roti nei ram ent e as afront am . Acabam se conform ando com os val ores iníquos do present e sécul o.

Em muit as i grej as o crescim ent o t em si do acompanhado pel a m undaniz ação. A ética da personali dade em detrim ento da éti ca do carát er, onde os princípi os bási cos que regem o mundo espi ritual são i gnorados e viol ados, deixando t ant os crentes à mercê das ataduras sat ânicas. O problema é que a ignorância não nos isenta das conseqüênci as e puni ções da quebra da l ei.

Um estil o de vi da embal ado pel a i gnorância moral dá lugar ao caos soci al. É quando som os indul gent es com pecados cham ando-os de "fraquezas". Começa pel a tolerância ao pecado, segue a conivência, vem a i nsensibi lidade e por fim um a consciência danifi cada, que com prom et e o ali cerce da vida. O pecado t orna-se, confort avelment e, urna rotina nat ural.

Nesta geração onde as verdadei ras l ei s e val ores estão sendo rel ati vados, a conivência com a fraquez a moral t em sido

(37)

um cheque-m at e na mensagem e na int egridade da i grej a. A aval anche de m al es emoci onais que est á debi lit ando a soci edade at ual, nada m ais é que um efeito col ateral sintom áti co da desintegração moral e de um a "prosperidade"

permissiva.

Al guns pensam que cert as debilidades fazem parte da sua personal idade. Muit as pessoas, dentre el as, obrei ros, líderes e past ores, têm abraçado sua fraquez a moral como um ví cio evangéli co, e estão tentando convencer a Deus que já nasceram m oralm ent e débeis, que eles são assim m esmo e não tem j eit o.

Porém, na verdade, esta debilidade de espí rito produz impiedade e m aldade, Est a falta de força moral dá lugar ao diabo, profanando a obra de Deus e trazendo escândal os e dest ruição.

Definindo a derrota

O que é derrota? Sob a perspect iva da aprovação, podemos abreviadament e defi nir derrot a com o sendo: "u ma vida cícl ica de rep rova çõ es" (Fi g, 01). Ciclo é al go vi ci ant e onde nos vemos obri gados a volt ar sempre no m esm o ponto.

(38)

Quando al guém enfrent a um ponto de prova e sucumbe, obri gatoriamente t erá que retornar a est a mesm a quest ão. Cada vez que faz emos uma prova e não somos aprovados, precisamos fazê-l a de novo.

Est a situação obri gatóri a de volt ar ao ponto do fracasso define a l ei da prova, da qual ni nguém escapa.

Do confront o com est a l ei emerge um carát er de obedi ência ou um a al ternativa de fal ênci a moral.

Port ant o, a desgast ante dinâmi ca de passar roti nei ram ent e por uma m esm a sit uação, que vez após vez, nos subjuga, constrói um quadro de derrot a. Ou sej a; é quando faz emos a prova e t omam os bomba! Ent ão fazem os a prova novam ent e e tomam os m ais um a bomba! Repetim os a prova e de repent e um a nova reprovação! C ada vez, vam os sendo venci dos m ais faci lment e por aquel e ponto de prova e

(39)

convencidos por um sent imento de fracasso. Com o Jesus repli cou:

"E m v erdad e, em verdad e vos di go que todo aquel e que co mete pecado é es cravo d o pecado. "

(Jo 8 :34 )

Sentim o-nos venci dos e sem esperança. Isto tem sido um a dízima periódi ca na vida de muitos, l evando-os à desi nt egração espirit ual , apati a e apostasi a.

Desta form a est es pontos especí fi cos de prova tornam-se gi gant es int ernos que nos subjugam , const ruindo fort alez as que acredit amos serem int ransponívei s.

Precisam os aprender com Davi a salt ar est as muralhas e vencer est es i nimi gos.

A Bí bli a nos cont a como Goli as, o m ais famoso herói dos filist eus, desafiou a qualquer homem do exércit o de Israel a enfrentá-lo num combat e pessoal. C ada di a ele vinha no mesm o horário e fixava sua afront a hum ilhando e esmagando psicologicam ent e a t odos:

"Cheg ava -s e, poi s, o filisteu pel a manhã e à ta rde; e ap resen tou -s e po r qua ren ta di as. " ( l S m 17:16 )

Est a é um est ratégi a fria e calculist a, onde o inimi go implant a um a m ent al idade de derrot a. Cada guerreiro de Israel tinha que "engoli r" duas reprovações por dia. Eram derrot ados pel a m anhã e pela t arde a cada di a! Goli as impôs um processo cí cli co de reprovação pessoal e col etiva simult aneament e.

(40)

Medi ante as terrívei s afrontas do gi gant e, di a após di a, cada guerrei ro, ti nha que aceit ar o fracasso, se acovardando.

Aquil o tornou-se uma rotina de humi lhação, destruindo a aut o-estim a de cada um dos hom ens do exército de S aul. Isto represent ou mai s que um a derrota; foi um massacre!

"E tod os o s ho mens d e Is ra el, vendo aqu ele ho mem, fugia m, de diante del e, to mado s de pavo r

" ( l S m 17 :2 4)

Cada afront a públi ca de Gol ias impunha um profundo sent imento de im potênci a que imobi lizava a todos. Já est avam, não apenas, conformados com a situação de derrot a, mas t otal ment e inti midados, desesperados e apavorados. Ist o perdurou quarent a di as i nint erruptos, at é que Davi foi envi ado por Deus. Tem os aqui um verdadeiro quadro de derrota espi rit ual .

Est e episódio revel a a situação de muit os, que quando est ão na i grej a, junt o com todos, most ram-se di spostos a tudo.

Oram, louvam, pregam e t est emunham com ardor. P orém, pessoalm ent e, sozinhos di ant e dos gi gant es int ernos da ira, da impaci ênci a com o cônjuge, da pornografi a, das dí vidas, ...

não podem se controlar, encontram -se desacredi tados e venci dos.

Definido o trauma

Na dinâmi ca dest a vida cí cli ca de reprovações resi de o verdadei ro ponto onde se concent ram as nossas enfermidades.

É impossí vel fal ar de derrot a sem fal ar em t raum a. Áreas de derrot a são áreas t raumatiz adas.

(41)

Cada reprovação si gnifica um a m achucadura. Sob esta perspectiva, podem os defini r o t rauma com o sendo: "o result ado de feridas e reprovações concent radas no mesm o ponto".

Quando era criança, uma das mi nhas diversões prediletas era andar de carri nho de rolim ãs. Havi a uma grande l adei ra onde descí amos apost ando corri da. Os aci dent es eram inevitáveis. De repente joelhos e cot ovelos est avam em carne viva. Era respirar fundo, segurar a dor e descer de novo acredit ando no sucesso.

Porém, um t ombo, mais cedo ou m ais tarde, acabava acont ecendo novam ent e. O mesmo cot ovelo ral ado, estava agora, sem a casca e dolorosam ent e ferido.

Uma feri da em cim a de outra ferida ... A dor e o medo, imedi at am ent e, superava o praz er pel a diversão!

Est a é um a form a bem prát ica de defi ni r um trauma: é quando você machuca em ci ma de um machucado que j á havi a sido m achucado! Só de pensar, em al guém encost ar nest e local sobre-atingido, já dói! Um t errí vel medo de ser novam ent e ferido se inst al a, como um mecani smo autom áti co de defesa.

Psicologi cam ent e, est e pont o vai sofrendo uma fragi lização constant e, t ornando-se cada vez m ais susceptível a colapsos onde a própri a est rut ura pode se romper, como um osso que se quebra, produzindo danos perm anentes, ou de recuperação m ais demorada.

Tem os visto pessoas que depoi s de faz er cinco vest ibul ares mal sucedi dos, desi stem de vez dos seus sonhos profissionais. O m esmo acont ece em muitas out ras situações onde nossas habili dades são t estadas.

Tudo isto tam bém descreve como se encontra a vi da moral e emocional da mai ori a das pessoas. Na verdade, o que podemos constat ar, é que todos já lut aram ou est ão lut ando com áreas de t raum a e derrot a.

(42)

O processo do aprofundamento da ferida

Reit erando, cada ci clo de reprovação impõe um novo golpe sobre a feri da. O nível da dor vai intensi ficando e aprofundando cada vez que o m esm o perfi l de prova nos subjuga. Vai -se ferindo o que já estava ferido. Este quadro de derrot a funci ona at ravés de um tipo de "efeit o parafuso"

aprofundando a dor e as raízes do est ado de reprovação (Fi g.

02).

Moralm ent e fal ando, podemos defini r a profundidade do traum a cont o sendo a "vergonha". A int ensidade desta vergonha e const rangi mento espiri tual pode ser det erminada pel a di stância ent re a primeira e a úl ti ma reprovação, com o dem onst ra o di agram a.

[Milindrosi dade - Retraimento - Vulnerabilidade]

(43)

Existe um tipo de vergonha que é saudável e promove a decência, porém existe esta out ra vergonha que é um escravizant e sentim ent o que vem como result ado deste processo crônico de debilit ação m oral , abusos sofridos, perdas tatuadas por um sentim ento de inj ust iça, i nferioridade e am argura. Por m ais que t ent amos fugi r, aquel a m esma coisa sempre nos persegue e repet e.

Invari avelm ent e, onde exist e est e tipo de vergonha espi rit ual t ambém ex iste muit o m edo, cul pa e dor. A vergonha moral que atorm ent a nossa memória est abel ece a profundidade que este cicl o de reprovações crôni cas t em cavado na nossa alm a.

Paulo insi ste que é necessári o est arm os diante de Deus não apenas como obrei ro, m as "como obrei ro que não tem de que se envergonhar. " É fundam ent al lidarm os com est a vergonha da alm a. P recisam os apresent ar est a m esma posição e di sposição de consci ênci a com a qual Jesus encarava e confront ava toda habilidade acusadora de Sat anás:

"... a í v em o p rín ci pe d este mundo , e ele nad a tem em mi m. " (Jo 14 :3 0)

Dimensionando a profundidade do trauma

O t rauma, invari avelm ent e, fragiliz a a personal idade, com promet endo tam bém a form ação do carát er.

Podem os especi fi car ist o dizendo que quanto mai s profundo o t raum a, tant o mai or é a milindrosidade, o ret raim ent o e a vulnerabilidade.

Est a seqüência est abel ece um a estrat égi a de at aque onde emocionalment e som os l ançados num abismo.

Referências

Documentos relacionados

nhece a pretensão de Aristóteles de que haja uma ligação direta entre o dictum de omni et nullo e a validade dos silogismos perfeitos, mas a julga improcedente. Um dos

Equipamentos de emergência imediatamente acessíveis, com instruções de utilização. Assegurar-se que os lava- olhos e os chuveiros de segurança estejam próximos ao local de

Tal será possível através do fornecimento de evidências de que a relação entre educação inclusiva e inclusão social é pertinente para a qualidade dos recursos de

Com o objetivo de compreender como se efetivou a participação das educadoras - Maria Zuíla e Silva Moraes; Minerva Diaz de Sá Barreto - na criação dos diversos

Na sua qualidade de instituição responsável pela organização do processo de seleção, o Secretariado-Geral do Conselho garante que os dados pessoais são tratados nos termos do

Devido ao reduzido número de estudos sobre fatores de risco para PI, optou-se por utilizar como categorias de referência as de menor risco para o BPN, conforme apontado pela

§ 4º - Nenhum pagamento será realizado pela CONTRATANTE sem que antes seja procedida prévia e necessária consulta ao Sistema de Cadastro de Fornecedores – SICAF – para

A maneira expositiva das manifestações patológicas evidencia a formação de fissuras devido a movimentação térmica das paredes, Figura 9, que não foram dimensionadas com