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Rev. bras. epidemiol. vol.7 número1

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Academic year: 2018

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1 0 3 Rev. Bras. Epidemiol.

Vol. 7, Nº 1, 2004

Resenha

Silva, RC. Metodologias Participativas para trabalhos de Promoção de Saúde e Cidada-nia, Vetor Editora, 2002.

O primeiro mérito do trabalho de Rosa-lina Carvalho Silva está em colocar em che-que a base da conduta de alguns profissio-nais de saúde, e particularmente de educa-dores, que insistem e persistem em desen-volver todos os seus trabalhos acreditando na informação como desencadeadora de conduta preventivas diante dos enigmas da vida. Como a própria autora coloca a infor-mação não é em si suficiente para a sensibilização pessoal. E acrescenta, a ne-cessidade de um envolvimento das emoções e sentimentos junto às cognições.

A autora, fala sobre o trabalho profissio-nal junto a grupo de jovens com conheci-mento de causa, relatando de forma cuida-dosa e respeitosa com o leitor, sem tornar o texto enfadonho, a origem de sua reflexão e a preocupação em aliar pesquisa, docência e atividades de extensão de serviços à co-munidade, na Faculdade de Filosofia, Ciên-cias e Letras de Ribeirão Preto da USP, atra-vés do Núcleo de Estudos para Prevenção do uso de Drogas e das DST/Aids (NEPDA), e de como as análises teóricas metodológicas foram sendo incorporadas as atividades pro-gramadas pelo núcleo.

Carvalho Silva demonstra que é uma fa-lácia se pensar que as técnicas disponíveis para trabalhar-se com pessoas em contex-tos grupais podem vir despossuídas de pres-supostos teóricos e de requisitos para suas utilizações, pondo na vitrine, a questão do por quê se trabalhar com grupos, quando as questões são de natureza subjetiva e social, dando sustentação teórica e metodológica para o uso dessa dinâmica

Familiarizada com os “fazeres” da psi-cologia social que possibilitam pluralidade de recursos e instrumentos, este livro,

con-firma a possibilidades das áreas de saúde, mais voltadas às necessidades biológicas e de riscos à saúde, poderem também se utili-zarem das metodologias participativas, como forma de aproximação e vivência e experiências que visualizem um discurso não limitador sobre as ações do “outro”, tão pre-sentes no raciocínio da clínica médica.

Cuidadosa, a autora descreve um con-junto composto por 11 técnicas ou estraté-gias facilitadoras para o desencadeamento de situações que possibilitem refletir ques-tões subjetivas, interpessoais e de convivên-cia em sociedade. Explicita também como organizar os grupos, aspectos éticos presen-tes no processo e as regras dos trabalhos grupais. Dedica todo um capítulo aos con-teúdos programáticos para as sessões grupais, ressaltando temas e questões recor-rentes no universo dos jovens e, não esque-ce em seu último capítulo de trazer uma re-flexão sobre a avaliação das metodologias participativas para trabalhos grupais.

Carvalho Silva com habilidade nos con-duz em seu livro a pensar que se tratando de lidar com seres humanos é preciso não res-saltar somente as semelhanças e segregar as diferenças, como modelos idealizados, pelo contrário, a maturidade e a transformação desejada pode chegar de forma mais prazerosa quando nos sentimos respeitados, queridos e cidadãos.

Para a autora “O importante é ter clareza que o fundamental, nos tipos de trabalho pro-postos, é a facilitação da emancipação social das pessoas e, conseqüentemente, a constru-ção de novas formas de construconstru-ção de subje-tividades e sociabilidades mais saudáveis”.

Maria da Penha Costa Vasconcellos, é psicóloga,

professora e orientadora no Programa de

Pós-Graduação em Saúde Pública da

Faculdade de Saúde Pública da USP

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