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RELATÓRIO de GESTÃO e CONTAS de 2017 CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE OLIVEIRA DO BAIRRO

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE

OLIVEIRA DO BAIRRO

RELATÓRIO de GESTÃO e CONTAS de 2017

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CRÉDITO AGRÍCOLA – Caixa de Oliveira do Bairro Página 2 de 169

Índice

ÓRGÃOS SOCIAIS E ASSOCIADOS ... 4

1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ... 7

1.1 ECONOMIAINTERNACIONAL ... 7

1.2 ECONOMIANACIONAL ... 10

1.3 MERCADOBANCÁRIONACIONAL ... 13

1.4 MERCADOSFINANCEIROS... 16

1.5 PRINCIPAISRISCOSEINCERTEZASPARA2018 ... 20

2. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE ... 22

2.1 RESULTADOEBALANÇO... 22

2.2 INICIATIVASCOMERCIAISEDEMARKETING ... 29

2.2.1 Planeamento de Marketing ... 29

2.2.2 Marketing Analítico ... 30

2.2.3 Segmentos e Produtos ... 31

2.2.4 Preçário ... 37

2.2.5 Campanhas de Marketing... 38

2.2.6 Outras iniciativas ... 44

3. RELATÓRIO DE GESTÃO - PONTO UM DA ORDEM DE TRABALHOS... 55

3.1 APRECIAÇÃOGLOBAL ... 55

3.2 RECURSOSHUMANOS ... 58

3.3 ACTIVIDADECOMERCIALEMARKETING ... 58

3.4 ANÁLISEÀSCONTAS ... 59

3.5 INTERAÇÃOCOMOUTRASENTIDADES ... 71

3.6 CONCLUSÃO ... 71

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DO EXERCÍCIO 2017 ... 72

5. ANEXO ÀS CONTAS DO EXERCÍCIO 2017 ... 77

6. ESTRUTURA E PRÁTICA DO GOVERNO SOCIETÁRIO - 2017... 135

7. PARECER CONSELHO FISCAL E CLC ... 148

PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS - PONTO DOIS DA ORDEM DE TRABALHOS ... 163

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DA POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO 2016 - PONTO QUATRO DA ORDEM DE TRABALHOS... 165

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Órgãos Sociais e Associados

01

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ÓRGÃOS SOCIAIS E ASSOCIADOS

Sócio ASSEMBLEIA GERAL

32100000279 MANUEL MARTINS SILVA Presidente

32100000007 MANUEL VIEGAS MARTINS SANTOS Vice-presidente

32100000008 VITOR AREIAS MOTA Secretário

Sócio CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Efectivos

32100000010 HONORATO NEVES PINTO RIBEIRO Presidente

32100001263 MARIA DULCE VIEGAS FONTES Vogal

32100001344 ANTONIO BERNARDINO NEVES FERREIRA Vogal

Suplente

32100000742 JOSE CARLOS PEREIRA ALMEIDA SOARES

Sócio CONSELHO FISCAL

Efectivos

32100002451 JOSÉ FERNANDES MARQUES SANTOS Presidente

32100002450 JOÃO DIAS DA SILVA Vogal

32100002368 JOEL ANDRE VIEIRA VIEIRA Vogal Suplente

32100002447 LILIA MARIA SANTOS TAVARES

ROC / SROC

DIZ & ASSOCIADOS-SROC, LDA. SROC nº.118

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O associado da Caixa Agrícola, além de muitas outras vantagens exclusivas, tem disponível a possibilidade de requerer e utilizar um cartão de débito e/ou um de crédito (CLUB A) sem custos de anuidade e a bonificação das Comissões suportadas, relativas a produtos e serviços comercializados, que no ano de 2017 se traduziram num benefício global efectivo de 4.715 euros.

MOVIMENTO de CAPITAL SOCIAL Ordinário Inc. Reservas Total

Saldo Inicial 2017 1.662.130,00 5.636.310,00 7.298.440,00

Subscrição de Títulos 174.115,00 1.733.515,00 1.907.630,00

Reembolso por exoneração 122.240,00 67.280,00 189.520,00

Reembolso por exclusão 5.700,00 2.090,00 7.790,00

Outros reembolsos 8.410,00 3.885,00 12.295,00

Saldo Final 2017 1.699.895,00 7.296.570,00 8.996.465,00

MOVIMENTO DE SÓCIOS 2017 2013 2014 2015 2016 2017

Ativos no Inicio 1906 1933 1971 2088 2218

Admitidos 55 71 140 159 211

Excluídos 22 24 18 21 26

Endossados 6 9 5 8 4

Ativos no Fim 1933 1971 2088 2218 2399

1933 1971 2088 2218

2399

0 500 1000 1500 2000 2500 3000

2013 2014 2015 2016 2017

EVOLUÇÃO DOS ASSOCIADOS ATIVOS

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Enquadramento Económico

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1. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo.

É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por não acontecer.

Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até Setembro de 2018.

A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3%

do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes.

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de impostos.

A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Donald Trump nomeou Jerome Powell para o cargo de Governador da Reserva Federal, que sucedeu a Presidente Janet Yellen em Fevereiro de 2018. Apesar desta mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política de normalização das taxas de juro americanas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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1.2 ECONOMIA NACIONAL

A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única.

A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016).

O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)

2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018) tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

O ano de 2017 ficou marcado pela conclusão de vários processos de reforço de capital e de reestruturação em alguns dos principais bancos a operar no mercado nacional, realçando-se mudanças na gestão e nas estruturas de controlo accionista. Em termos sucintos, temos: a operação de aumento de capital no BCP (1,3 mil milhões de euros) com a entrada de um novo accionista (Fosun); a conclusão da 2ª fase do plano de recapitalização da CGD, com a injecção de 2,5 mil milhões de euros no capital do banco público; a conclusão da oferta pública de aquisição lançado pelo CaixaBank sobre o capital do BPI (adquirindo uma posição maioritária de 84,52%); a conclusão da alienação de 75% do capital do Novo Banco ao Fundo Lone Star, mantendo-se os restantes 25% como propriedade do Fundo de Resolução; e o processo de integração do Banco Popular Portugal no Santander Totta, resultado do processo de resolução e venda do Banco Popular ao Banco Santander.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dez. 2012 – Dez. 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dez. 2012 – Dez. 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito

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a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

Va lores em mil hões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Avei ro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Bej a 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Braga nça 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Ca s tel o Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coi mbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Gua rda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Lei ri a 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Li s boa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Porta l egre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Vi a na do Ca s tel o 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vi l a Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Vi s eu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Ma dei ra 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Ba nco de Portuga l

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

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Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%

Fonte: Banco de Portugal

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso % % Crédito Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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1.4 MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas

O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80%

das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não- evento.

Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda.

A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de mercado.

No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66.

O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável.

Mercado obrigacionista

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos.

Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos.

Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens.

A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável situação fiscal.

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1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump) pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018, permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

i. a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e, (iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex.

digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex.

GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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Crédito Agrícola: Evolução Recente

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2. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO

2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017 Variação

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Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1 milhões de euros alcançados em 2016.

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%). Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do

Demonstração de Resultados Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação

2016 2017

(*) I nclui rendimentos de ins trumentos de capital, res ultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros acti vos e outros resultados de exploração.

Valores em milhões de euros 31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Cai xa s Associa das 22,8 41,6 68,5 89,4

Cai xa Centra l 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consol idado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

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Produto Bancário, designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das comissões líquidas (+7,2%).

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290 milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros).

Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Ma rgem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Ma rgem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões líquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancári o 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Admi nistati vos 121 125 127 3 2,0%

Amortiza ções 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Impa rida de de outros a ctivos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e impari dades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131%

em 2016 para 124% em 2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo para este crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédi to total sobre cl ientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédi to e j uros venci dos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédi to bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provi sões / Impari dades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédi to líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

Valores em milhões de euros Activo Passivo Capitais

Próprios

Caixas As sociadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

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É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

2.1.2 Outros Factos Relevantes

O reconhecimento da Marca CA por parte do público, como sendo forte, credível e de confiança; o prémio obtido, no ano 2017, enquanto “Melhor Banco no Serviço de Atendimento ao Cliente”; e o facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário1, permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2017.

Este reconhecimento não se restringe ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à Gestora de Activos do Grupo. Pela sétima vez em dez anos, o terceiro ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”2. Por seu lado, a CA Vida foi eleita Empresa Líder, no Índice Nacional de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2017, tendo repetido o 1º lugar no Índice de Lealdade do Cliente obtido em 2016 no mesmo estudo. Mais ainda, os Fundos CA Rendimento e CA Monetário foram os fundos mais rentáveis em 2017, na sua respectiva classe, e consequentemente elegíveis para a atribuição do prémio APFIPP.

1Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2017), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 4 reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema é de 13.

2Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Cl ientes (líqui do) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Clientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se destacam:

• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas empreendedoras no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agro-indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o tecido empresarial português;

• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016, realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de 2016.

O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90 milhões de transacções.

No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções.

Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito.

No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

• NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

• Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

• Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

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No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs só no facebook.

Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente:

Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA;

Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA.

O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva.

De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim como através das redes sociais.

Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes.

No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas as diversas acções de comunicação digital.

Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de ano para ano.

Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa.

Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e

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oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática.

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde as competências como a destreza mental e as habilidades de memória desempenham o papel principal.

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar a notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade,

sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

• Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

• Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

• João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

• Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor

da Taça de Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo, respectivamente;

• CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

• Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

2.2 INICIATIVAS COMERCIAIS E DE MARKETING

2.2.1 Planeamento de Marketing

O Planeamento de Marketing desenvolveu um conjunto de tarefas ao longo de 2017 para garantir que as campanhas, acções e diferentes iniciativas fossem implementadas e desenvolvidas de acordo com o calendário previsto.

Todas as iniciativas foram planeadas, de forma detalhada, com a atribuição de tarefas às diferentes Unidades participantes, no que se refere aos principais aspectos da operativa de cada uma das iniciativas. No decurso do planeado, as tarefas foram devidamente articuladas com as diferentes Unidades por forma a ocorrerem na data prevista.

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CRÉDITO AGRÍCOLA – Caixa de Oliveira do Bairro Página 30 de 169

Desta forma garantiu-se a execução do que havia sido planeado, criando-se todas as condições para o sucesso das diferentes iniciativas desenvolvidas ao longo do ano do ano.

Noutra vertente do planeamento é ainda relevante a participação no Grupo de trabalho do projecto CA Speed cujo objectivo é o desenvolvimento de uma nova metodologia de distribuição de Objectivos Comerciais por Caixa, Agência, Gestor e Gestor de Cliente Empresa, mantendo-se a ligação ao processo de determinação das linhas de orientação e dos objectivos estratégicos definidos para o Crédito Agrícola.

2.2.2 Marketing Analítico

Na preparação e implementação de campanhas, em articulação com as Áreas de Segmentos Empresas e Particulares, foi produzida informação relevante para análise dos segmentos-alvo, por forma a desenvolver, para cada uma das campanhas, a segmentação dos Clientes alvo e a identificação de um conjunto de oportunidades a serem disponibilizadas no CA GPS.

Nos Data Marts foram desenhadas as segmentações sobre a base de dados, selecionados os Clientes dos segmentos-alvo, calculados os objectivos e desenvolvidos os modelos de acompanhamento das diversas iniciativas, através da produção de informação para rankings, relatórios de produção por contrato e respectivos angariadores para todas as campanhas, programas de vinculação, acções de recuperação de objectivos, nas diferentes vagas da nova campanha de colocação de cartões com propostas automáticas, nas acções de aquisição de OTRV, na acção para Clientes e potenciais Clientes para atribuição do estatuto de PME Líder e Excelência, na acção de angariação de novos Clientes para Gestores de Clientes Empresa e na acção de retenção de Clientes.

Foi também elaborada a segmentação específica para as várias iniciativas de Email-Marketing que decorreram ao longo de 2017 e que visaram o envio de mensagens de correio electrónico em campanhas específicas e o envio das diferentes newsletters através deste canal.

No âmbito do processo de definição dos objectivos comerciais anuais foi extraída a informação necessária para popular a metodologia de distribuição dos objectivos por Caixa e Agência.

Na implementação do projecto dos Gestores de Clientes Empresa foi preparada toda a informação para o encarteiramento de Clientes nos novos Gestores criados em 2017 e para a definição dos objectivos comerciais anuais.

Ao longo do ano foi produzida informação para diferentes Direcções da Caixa Central, destacando- se, por ser mais regular, a informação de Clientes disponibilizada à DBD, a informação para a DNI relativa a Clientes importadores e para os escritórios de representação no exterior.

No âmbito do projecto CA Target foi assegurada a participação do Marketing Analítico em todo o programa, desde a Geração de Leads baseadas em Eventos, o desenvolvimento do novo Data Mart de clientes, o Motor de Gestão de Leads, a monitorização da gestão centrada do cliente até aos modelos analíticos de propensão a produto e churn de cliente. A participação incluiu todas as vertentes de cada item com o maior foco nos testes de aceitação, que decorreu no primeiro semestre de 2017 com o terminar do projecto no final de Julho.

Foi também implementada a passagem de informação do novo Motor de Gestão de Leads criado especificamente para o TARGET para o Data Mart de Campanhas para que esta informação possa ser utilizada ao nível das campanhas.

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CRÉDITO AGRÍCOLA – Caixa de Oliveira do Bairro Página 31 de 169

No último trimestre de 2017 iniciou-se o projecto CA Keep on Target – KoT – que tem como principal objectivo dar continuidade ao projecto CA Target através do desenvolvimento de pequenas iniciativas mensais que visam melhorar e adicionar novas capacidades ao CA Target.

No âmbito dos Modelos de Propensão desenvolveu-se um dashboard de monitorização destes, de forma a permitir avaliar cada um dos modelos ao longo dos meses, visando a necessidade de desenvolvimento de um novo modelo de propensão sempre que se identifique a perda da sua capacidade predictiva.

Desenvolveu-se um novo modelo de propensão a Fundos de Investimento. E foi integrada nova informação de seguros por forma a enriquecer o conhecimento do cliente nesta vertente e os modelos de propensão de seguros poderem ser mais assertivos.

O Marketing Analítico participou também no Projecto MasterCard relativo à emissão de Cartões Empresa ao nível da validação e extracção de informação necessária à análise da carteira de clientes do Crédito Agrícola.

Foi também garantida a participação no projecto e-Learning que visou a criação de uma plataforma automática que sugere a inscrição dos colaboradores comerciais em formações, em função do seu desempenho na venda de Produtos e Serviços Bancários, Seguros e Fundos através da análise da taxa de efectividade verificada.

Colaboração na aplicação da nova directiva MIFID2 que visa proteger o cliente na aquisição de produtos complexos, tendo sido elaborados questionários e classificações de acordo com o tipo de produto e com o cliente que o pretende subscrever.

2.2.3 Segmentos e Produtos

No decorrer do ano de 2017 o foco incidiu sobre uma maior diferenciação e melhoria das propostas de valor dirigidas aos macro segmentos de Particulares e de Empresas, com especial relevo para as iniciativas concretizadas no âmbito de cada segmento, nomeadamente nos segmentos que se identificam como prioritários para a estratégia e posicionamento do Grupo Crédito Agrícola

Macro-Segmento Empresas

Segmento ENI, Micro e Pequenas Empresas

Foi desenvolvido um preçário específico de taxas e spreads para Empresários em Nome Individual, diferenciando-se do preçário de empresas, acautelando o risco deste segmento nas operações de crédito.

Disponibilização de soluções focadas nas necessidades financeiras de quem pretende concretizar projectos de negócio, nomeadamente no segmento de Empreendedores.

Referências

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