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Estudo de investigação química da espécie Lippia rigida Schauer (benaceae).

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(1)

CENTRO DE CIÊNCIAS

DEPARTAMENTO DE ORGÂNICA E INORGÂNICA CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA

FRANCISCO CARLOS DE OLIVEIRA

ESTUDO DE INVESTIGAÇÃO QUÍMICA DA ESPÉCIE

Lippia rigida

Schauer (VERBENACEAE)

(2)

ESTUDO DE INVESTIGAÇÃO QUÍMICA DA ESPÉCIE

Lippia rigida

Schauer (VERBENACEAE)

Dissertação submetida à Coordenação do Programa de Pós-Graduação em Química, da Universidade Federal do Ceará, como requisito parcial para obtenção do Título de Mestre em

Química com Área de

Concentração em Química Orgânica.

Orientador: Prof. Dr. Francisco Geraldo Barbosa

(3)
(4)
(5)

A Deus, por me conceder disposição, força, saúde, amor, paz e fé para superar os obstáculos da vida.

À minha amada esposa Elieuda, que sempre com muito amor e carinho, me incentivou para a realização deste trabalho, simplesmente muito obrigado.

(6)

AGRADECIMENTOS

A Deus, por estar sempre comigo, me orientando e auxiliando em todos os momentos da minha vida.

Ao meu orientador Prof. Dr. Francisco Geraldo Barbosa, pela orientação, dedicação, atenção, sugestões e muitos conhecimentos que foram transmitidos, que foram fundamentais para a realização deste trabalho.

Aos colegas do LABFITO (Carol Luz, Diana Kelly, Roberta, Marlon, Keyline e Darlan), pela amizade.

Ao Prof. Jair Marfezoli, pela ajuda nas determinações estruturais.

Aos colegas e amigos de Pós-graduação: Felipe, Duvilardo, João Vitor, Max, Luciana, Irvila, Diego, Paula, Bruno, Carol, Daniele, Afonso, entre outros.

À Profa. Dra. Mary Ane pela disponibilidade do equipamento de CLAE e a Antonia pela ajuda na operação do mesmo.

Ao Prof. Dr. Edilberto pela coleta da planta e disponibilidade dos equipamentos de RMN do CENAUREMN.

Aos operadores dos equipamentos RMN: Elton, Regivaldo e Prof. Dr. Daniel, pela obtenção dos espectros de RMN.

Ao André pela obtenção dos espectros de massa.

À Profa. Dra. Jane Eire pela realização dos ensaios de atividade de inibição da enzima acetilcolineterase.

À Profa. Dra. Givandete pela realização dos ensaios de atividade larvicida.

À Profa. Dra. Telma e doutoranda Cleane pela realização dos ensaios de atividade antioxidante.

À Profa. Dra. Leticia pela realização dos ensaios de atividade anticâncer.

(7)

Aos funcionários da UFC (Raimunda – “Mundinha”, Aurilana – “Lana”, Sr. Paulo, Célia e Orlando).

À Doutoranda Renata e ao Mestrando Fábio pela realização dos ensaios de atividade antibacteriana.

(8)

SUMÁRIO

LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E SIGLAS... 9

LISTA DE FIGURAS... 11

LISTA DE TABELAS... 16

LISTA DE FLUXOGRAMAS... 19I RESUMO... 20

ABSTRACT... 21

1INTRODUÇÃO... 22

2. COSIDERAÇÕES BOTANICAS... 24

2.1 Considerações botânicas sobre a família Verbenaceae... 24

2.2 Considerações sobre o gênero Lippia... 24

2.3 Considerações sobre a espécie Lippia rigida... 25

3 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRAFICO... 27

3.1 - Levantamentos do potencial biológico do gênero Lippia...... 27

3.2 Flavonóides: no gênero Lippia dispersão e atividades biológicas... 35

3.3 Flavonóides e atividade anticâncer... 48

3.4 Flavonóides e inibição da enzima acetilcolinesterase... 53

3.5Flavonóides com atividade antioxidantes... 55

3.6Flavonóides com atividade antibacteriana... 61

3.7 Flavonóides com potencial antifúngicos... 65

3.8 Flavonóides com atividade de citotoxicidade... 68

3.9 Estruturas química dos flavonóides relatados na literatura com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade... 71

(9)

4.1Determinação estrutural dos metabólitos secundário isolados das folhas de L.

rigida... 88

4.1.1 Determinação estrutural de LEF-1... 88

4.1.2 Determinação estrutural de LEF-2... 97

4.1.3 Determinação estrutural de LEF-3……….... 104

4.1.4 Determinação estrutural de LEF-4……….... 111

4.1.5 Determinação estrutural de LEF-5……….... 119

4.1.7 Determinação estrutural de LDF-1………... 126

4.1.8 Determinação estrutural de LDF-2………... 133

4.1.9 Determinação estrutural de LDF-3………... 139

4.1.10 Determinação estrutural de LEC-1………... 145

4.2 Caracterização da composição química do óleo essencial das folhas de L. rigida... 152 5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL………... 159

5.1 Material botânico………... 159

5.2 Métodos cromatográficos………... 159

5.2.1 Cromatografia de adsorção………...... 159

5.2.2 Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (CLAE)... 160

5.3 Métodos físicos... 160

5.3.1 Ponto de fusão... 160

5.3.2 Rotação óptica [α]D... 160 5.4 Métodos espectrométricos e espectroscópicos... 161

5.4.1 Espectroscopia de ressonância magnética nuclear (RMN)... 161

5.4.2 Espectroscopia de absorção na região do infravermelho (IV)... 161

5.5 Estudo dos constituintes não voláteis de L. rigida... 162

(10)

5.5.2 Fracionamento cromatográfico do extrato etanólico das folhas de L. rigida

(LEF)... 162

5.5.3 Fracionamento cromatográfico do extrato etanólico das folhas de L. rigida (LEC)... 163 5.5.4 Fracionamento cromatográfico da fração LEFD e isolamento de LEF-1 e LEF-2... 163

5.5.5 Fracionamento cromatográfico da fração LEFA e isolamento de LEF-3, LEF-4 e LEF-5... 166

5.5.6 Obtenção do óleo essencial e decocto das folhas de Lippia rigida... 169

5.5.7 Análise química do óleo essencial por CG-EM e CG-DIC... 170

5.5.8 Fracionamento por extração líquido-líquido de LDF... 171

5.5.9 Fracionamento cromatográfico da fração LDFA e isolamento de LDF-1, LDF-2 e LDF-3... 171

5.5.10 Fracionamento Cromatográfico da fração LECA e isolamento de LEC-1... 174

6 ATIVIDADES BIOLÓGICAS... 178

6.1 Ensaio de atividade de citotoxicidade in vitro frente à linhagem de células cancerígenas... 178 6.2 Ensaio de atividade larvicida com o óleo essencial das folhas de L. rigida... 179

6.3 Ensaio de atividade inibitória da enzima acetilcolinesterase... 180

6.4 Ensaio de atividade toxicidade frente Artemia salina... 181

6.5 Ensaio de atividade antioxidante... 182

6.6 Ensaio de atividade nematicida... 183

6.7 Ensaio de atividade antibacteriana... 183

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 185

(11)

LISTA DE ABREVIATURAS, SÍMBOLOS E SIGLAS

OMS Organização Mundial de Saúde

IV Inflavermelho

RMN 1H Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio RMN 13C Ressonância Magnética Nuclear de Carbono-13 EM-IE Espectrometria de Massa por Impacto Eletrônico

p.f Ponto de fusão

LEF Extrato Etanolico das Folhas

[α]D Rotação óptica

KBr Brometo de Potássio

J Constante de Acoplamento

δ Deslocamento químico

d Dubleto

dd Duplo dubleto

Hz Hertz

s Singleto

COSY Correlated Spectroscopy

DEPT Distortionless Enhancement by Polazation Transfer HSQC Heteronuclear Single Quantum Coherence

HMQC Heteronuclear Multiple Quantum Coherence

BB Broad Band decoupling

1D Unidimensional

2D Bidimensional

m Multipleto

LEFD Fração Diclorometano do Extrato Etanolico das Folhas de Lippia rigida

LEFA Fração Acetato de Etila do Extrato Etanolico das Folhas de Lippia rigida

LDFA Fração Acetato de Etila do Decocto das Folhas de Lippia rigida

LECA Fração Acetato de Etila do Extrato Etanolico do Caule de Lippia rigida

IK Indice Kolvats

CG-DIC Cromatografia Gasosa acoplado a Detector por Ionização de Chama CG-MS Cromatografia Gasosa acoplado a Espectrometria de Massa

ALCA Herbário Alexandre Leal Costa

(12)

Rf Índice de Retenção

CLAE Cromatografia Líquida de Alta Eficiência

CENAUREMN Centro Nordestino de Aplicação e Uso da Ressonância Magnética Nuclear

Θ Ângulo de nutação

LHF Extrato Hexanico das Folhas de Lippia rigida

LHC Extrato Hexanico do Caule de Lippia rigida

LEF Extrato Etanolico das Folhas de Lippia rigida

LEC Extrato Etanolico do Caule de Lippia rigida

LEFH Fração Hexano do Extrato Etanolico das Folhas de Lippia rigida

LEFM Fração Metano do Extrato Etanolico das Folhas de Lippia rigida

LECH Fração Hexano do Extrato Etanolico do Caule de Lippia rigida

LECD Fração Diclorometano do Extrato Etanolico do Caule de Lippia rigida

LECM Fração Metano do Extrato Etanolico do Caule de Lippia rigida

LDF Decocto das Folhas de Lippia rigida

OEFLR Óleo Essencial das folhas de Lippia rigida

ºC/min Grau Celsius por Minuto

eV ElétronVolt

LDFD Fração Diclorometano do Decocto das Folhas de Lippia rigida

LDFB Fração Butanol do Decocto das Folhas de Lippia rigida

MTT 3-(4,5-dimetil-2-tiazolil)-2,5-difenil-2H-brometo tetrazolina DMSO Dimetilsulfóxido

AChE Acetilcolinesterase

DTNB Ácido 5,5’-ditiobis-(2-nitrobenzóico) DPPH 1,1-Difenil-2-picrilhidrazil

(13)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Fotos de L. rigida em seu local de coleta. Planta inteira – A; folhas – B; inflorescência – C... 26 Figura 2 - Estrutura básica de um flavonóides... 35 Figura 3 - Flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia... 36 Figura 4 - Gráfico representando a distribuição de flavonóides com atividade anticâncer, registrado na literatura...

52

Figura 5 - Gráfico representando a distribuição de flavonóides com atividade inibição da enzima acetilcolinesterase, registrado na literatura...

55

Figura 6 Gráfico representando a distribuição de flavonóides com atividade antioxidante, registrado na literatura...

61

Figura 7 - Gráfico representando a distribuição de flavonóides com atividade antibacteriana, registrados na literatura...

65

Figura 8 - Gráfico representando a distribuição de flavonóides com atividade antifúngica, registrados na literatura...

68

Figura 9 - Gráfico representando a distribuição de flavonóides com atividade citotoxicidade, registrados na literatura...

70

Figura 10 - Flavonas com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade...

71

Figura 11 - Isoflavona com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade...

79

Figura 12 - Flavanonas com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade...

80

Figura 13 - Chalconas com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade...

83

Figura 14 - Biflavonóides com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade...

84

Figura 15 - Bicatequina com atividade antioxidante.... 85 Figura 16 - Catequinas com atividade antioxidante.... 85 Figura 17 - Diidrochalcona com atividade antioxidante... 85 Figura 18 Isoflavanonas com atividade anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade...

86

(14)

Figura 20 - Flavanonois com atividade citotoxicidade.... 86

Figura 21 - Outras clases de flavonóides com atividade inbição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade... 87

Figura 22 Espectro na região de infravermelho de LEF-1 (KBr)... 88

Figura 23 - Padrão de acoplamentos observados nos espectros de RMN 1H e COSY de LEF-1... 90 Figura 24 Espectro de massa (IE, 70 eV) de LEF-1... 90

Figura 25 Principais correlações observadas no espectro de HMBC de LEF-1... 91

Figura 26 - Estrutura química de Sakuranetina... 91

Figura 27 - Espectro de RMN 1H de LEF-1 (acetona-d6, 500 MHz)... 93

Figura 28 - Expansões do espectro de RMN 1H de LEF-1 (acetona-d6, 500 MHz)... 93

Figura 29 - Espectro de RMN 13C de LEF-1 (acetona-d6, 125 MHz)... 94

Figura 30 - Espectro de RMN 13C – DEPT 135º de LEF-1 (acetona-d6, 125 MHz)... 94

Figura 31 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LEF-1 (acetona-d6, 500 MHz)... 95

Figura 32 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LEF-1 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 95

Figura 33 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-1 (acetona-d6, 500 x 125 MHz).... 96

Figura 34 – Expansão do espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-1 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 96 Figura 35 Espectro na região de infravermelho de LEF-2 (KBr)... 97

Figura 36 – Padrão de acoplamentos observados no espectro de RMN 1H e COSY de LEF-2... 98

Figura 37 Principais correlações observadas no espectro de HMBC de LEF-2... 99

Figura 38 - Estrutura química de Pinocembrina... 99

Figura 39 - Espectro de RMN 1H de LEF-2 (acetona-d6, 500 MHz)... 101

Figura 40 - Expansões do espectro de RMN 1H de LEF-2 (acetona-d6, 500 MHz)... 101

Figura 41 - Espectro de RMN 13C de LEF-2 (acetona-d6, 125 MHz)... 102

Figura 42 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LEF-2 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 102

Figura 43 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LEF-2 (acetona-d6, 500 MHz)... 103

Figura 44 - Expansão do espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-2 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 103

Figura 45 - Espectro na região do infravermelho de LEF-3... 104

Figura 46 Correlações observadas no espectro de COSY de LEF-3... 105

(15)

Figura 48 - Estrutura química de Naringenina... 106

Figura 49 - Espectro de RMN 1H de LEF-3 (acetona-d6, 500 MHz)... 107

Figura 50 - Expansão do espectro de RMN 1H de LEF-3 (acetona-d6, 500 MHz)... 108

Figura 51 - Espectro de RMN 13C de LEF-3 (acetona-d6, 125 MHz)... 108

Figura 52 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LEF-3 (acetona-d6, 500 MHz)... 109

Figura 53 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LEF-3 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 109

Figura 54 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-3 (acetona-d6, 500 x 125 MHz).... 110

Figura 55 - Expansão do espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-3 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 110

Figura 56 - Espectro na região de infravermelho de LEF-4... 111

Figura 57 Correlações observadas no espectro de COSY de LEF-4... 112

Figura 58 Principais correlações observadas no espectro de HMBC de LEF-4... 113

Figura 59 - Estrutura química de 7-metoxi-aromadendrina... 113

Figura 60 - Espectro de RMN 1H de LEF-4 (acetona-d6, 500 MHz)... 115

Figura 61 - Expansões do espectro de RMN 1H de LEF-4 (acetona-d6, 500 MHz)... 115

Figura 62 - Espectro de RMN 13C de LEF-4 (acetona-d6, 125 MHz)... 116

Figura 63 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LEF-4 (acetona-d6, 500 x 125 MHz)... 116

Figura 64 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LEF-4 (acetona-d6, 500 x 500 MHz)... 117

Figura 65 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-4 (acetona-d6, 500 x 125 MHz).... 108

Figura 66 - Expansão do espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-4 (a cetona-d6, 500 x 125 MHz)... 108

Figura 67 Espectro na região de infravermelho de LEF-5 (KBr)... 119

Figura 68 - Espectro de massa (IE, 70 eV) de LEF-5... 121

Figura 69 - Estrutura química de Genkwanina... 121

Figura 70 - Espectro de RMN 1H de LEF-5 (piridina-d5, 500 MHz)... 122

Figura 71 - Espectro de RMN 13C de LEF-5 (piridina-d6, 500 MHz)... 123

Figura 72 - Espectro de RMN 13C – DEPT 135º de LEF-5 (piridina-d5, 125 MHz)... 123

Figura 73 – Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LEF-5 (piridina-d5, 500 MHz)... 124

Figura 74 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LEF-5 (piridina-d5, 500 x 125 MHz).... 124

Figura 75 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEF-5 (piridina-d5, 500 x 125 MHz)... 125

Figura 76 Espectro na região de infravermelho de LED-1 (KBr)... 126 Figura 77 - Padrão de acoplamentos observados nos espectros de RMN 1H e COSY de LDF-1...

(16)

Figura 78 - Espectro de massa (IE, 70 eV) de LED-1... 108

Figura 79 - Estrutura química de Ramnocitrina... 129

Figura 80 - Espectro de RMN 1H de LED-1 (piridina-d5, 500 MHz)... 130

Figura 81 - Espectro de RMN 13C de LED-1 (piridina-d5, 125 MHz)... 130

Figura 82 - Espectro de RMN 13C – DEPT 135º de LED-1 (piridina-d5, 125 MHz)... 131

Figura 83 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LED-1 (Piridina-d5, 500 MHz)... 131

Figura 84 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LED-1 (piridina-d5, 500 x 125 MHz).... 132

Figura 85 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LED-1 (piridina-d5, 500 x 125 MHz)... 132

Figura 86 - Espectro na região do infravermelho de LED-2... 133

Figura 87 - Padrão de acoplamentos observados nos espectros de RMN 1H e COSY de LDF-2... 134

Figura 88 - Espectro de massa (IE, 70 eV) de LED-2... 135

Figura 89 - Estrutura química do Canferol... 135

Figura 90 - Espectro de RMN 1H de LED-2 (acetona-d6, 500 MHz)... 136

Figura 91 - Espectro de RMN 13C de LED-2 (acetona-d6, 125 MHz)... 137

Figura 92 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LED-2 (acetona-d6, 500 MHz)... 137

Figura 93 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LED-2 (acetona-d6, 500 x 125 MHz).... 138

Figura 94 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LED-2 (acetona-d6, 500 x 125 MHz). 138 Figura 95 Espectro na região do infravermelho de LDF-3 (KBr)... 139

Figura 96 - Padrão de acoplamentos observados no espectro de RMN 1H e COSY de LDF-3... 141

Figura 97 - Espectro de massa (IE, 70 eV) de LDF-3... 141

Figura 98 - Estrutura química de Quercetina... 141

Figura 99 - Espectro de RMN 1H de LED-3 (acetona-d6, 500 MHz)... 142

Figura 100 - Espectro de RMN 13C de LED-3 (acetona-d6, 125 MHz)... 143

Figura 101 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LED-3 (acetona-d6, 500 MHz)... 143

Figura 102 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LED-3 (acetona-d6, 500 x 125 MHz).. 144

Figura 103 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LED-3 (acetona-d6, 500 x 125 MHz). 144 Figura 104 Espectro na região do infravermelho de LEC-1 (KBr)... 145

Figura 105 Correlações observadas no espectro de COSY de LEC-1... 146

Figura 106 Principais correlações observadas no espectro de HMBC de LEC-1... 147

Figura 107 - Estrutura química de Taxifolina... 148

(17)

Figura 109 - Espectro de RMN 13C de LEC-1 (acetona-d6, 125 MHz)... 149

Figura 110 - Espectro de RMN 1H, 1H-COSY de LEC-1 (acetona-d6, 500 MHz)... 150

Figura 111 - Espectro de RMN 1H, 13C-HSQC de LEC-1 (acetona-d5, 500 x 125 MHz).. 150

Figura 112 - Espectro de RMN 1H, 13C-HMBC de LEC-1 (acetona-d6, 500 x 125 MHz). 151 Figura 113 - Cromatograma da análise de OEFLR por CG/EM... 153

Figura 114 - Espectro de massa do α-pineno... 153

Figura 115 - Espectro de massa do limoneno... 154

Figura 116 - Espectro de massa do trans- -ocimeno... 15

Figura 117 - Espectro de massa do linalol... 154

Figura 118 - Espectro de massa do nerol... 154

Figura 119 - Espectro de massa do ácido Nerolico... 154

Figura 120 - Espectro de massa do acetato nerila... 154

Figura 121 - Espectro de massa do α-cubebeno... 154

Figura 122 - Espectro de massa do acetato de geranila... 155

Figura 123 - Espectro de massa do α-copaeno... 155

Figura 124 - Espectro de massa do -cariofileno... 155

Figura 125 - Espectro de massa do -cubebeno... 155

Figura 126 - Espectro de massa do E- -farneseno... 155

Figura 127 - Espectro de massa do α-humuleno... 155

Figura 128 - Espectro de massa do alloaromadendreno... 155

Figura 129 - Espectro de massa do α-amorfeno... 156

Figura 130 - Espectro de massa do germacreno-D... 156

Figura 131 - Espectro de massa do biciclogermacreno... 156

Figura 132 - Espectro de massa do -cadineno... 156

Figura 133 - Espectro de massa do δ-cadineno... 156

Figura 134 - Espectro de massa do trans-nerolidol... 156

Figura 135 - Espectro de massa do espatulenol... 156

Figura 136 - Espectro de massa do óxido de cariofileno... 167

Figura 137 - Espectro de massa do δ-cadinol... 167

Figura 138 - Espectros de massa dos compostos não identificados... 167

Figura 139 – Cromatograma de análise da fração LEFA-(36-54)-(12-27) por CLAE, em condições de fase reversa (MeOH/H2O 80μβ0, fluxo 4,5 mL/min e = β84 nm)... 168

(18)

Figura 141 - Halo de inibição do crescimento bacteriano de Pseudomonas aeruginosa

pelo método de difusão em disco... 184

LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade anticâncer.... 27

Tabela 2 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade de inibição da enzima acetilcolinesterase... 28

Tabela 3 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade antioxidante. 28 Tabela 4 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade antibacteriana... 29

Tabela 5 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade antifúngica... 31

Tabela 6 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade citotoxicidade... 34

Tabela 7 - Relação dos flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia... 36

Tabela 8 - Relação das estruturas dos flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia com suas respectivas espécies... 38

Tabela 9 - Relação das atividades biológicas dos flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia... 44

Tabela 10 - Flavonóides relatados na literatura com atividade anticâncer... 48

Tabela 11 - Flavonóides relatados na literatura com atividade de inibição da enzima acetilcolinesterase... 53

Tabela 12 - Flavonóides relatados na literatura com atividade antioxidante... 56

Tabela 13 - Flavonóides relatados na literatura com atividade antibacteriana... 62

Tabela 14 - Flavonóides relatados na literatura com atividade antifúngica... 65

Tabela 15 - Flavonóides relatados na literatura com atividade de citotoxicidade frente as larvas Artemia salina... 69 Tabela 16 – Padrão de hidrogenação dos carbonos determinado através da análise comparativa entre os espectros de RMN 13C-BB e DEPT 135° de LEF-1... 89

(19)

Acetona-d6)... 92 Tabela 18 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (acetona-d6) de LEF-2, comparados com dados da pinocembrina registrados na literatura (YENJAI et al., 2009 – CDCl3 + CD3OD)... 100 Tabela 19 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (acetona-d6) de

LEF-3, comparados com a literatura (ALMEIDA et al., 2005 – acetona-d6)... 107 Tabela 20 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (acetona-d6) de LEF-4, comparados com a literatura (ALMEIDA, et al., 2005 – acetona-d6)... 114 Tabela 21 – Padrão de hidrogenação dos carbonos determinado através da análise comparativa entre os espectros de RMN 13C-BB e DEPT 135° de LEF-5... 120

Tabela 22 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (piridina-d5) de LEF-5, comparados com a literatura (AGRAWAL, 1989)...

122

Tabela 23 – Padrão de hidrogenação dos carbonos determinado através da análise comparativa entre os espectros de RMN 13C-BB e DEPT 135° de LDF-1... 123 Tabela 24 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (piridina-d5) de

LDF-1, comparados com a literatura (AGRAWAL, 1989)... 130 Tabela 25 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (piridina-d5) de

LDF-2, comparados com a literatura (AGRAWAL, 1989)... 136 Tabela 26 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (acetona-d6) de

LDF-3, comparados com a literatura (AGRAWAL, 1989)... 142 Tabela 27 - Dados espectroscópicos de RMN 1H, 13C, HSQC e HMBC (acetona-d6) de

(20)

Tabela 35 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico de LEFA por exclusão molecular em Sephadex LH-20... 167 Tabela 36 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico da LEFA-(36-54)... 167 Tabela 37 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico do decocto das folhas (LDF)...

171

Tabela 38 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico de LDFA... 172 Tabela 39 - Dados referente ao fracionamento cromatográfico de LDF-(40-49) e isolamento de LFD-1... 172 Tabela 40 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico de LDF-(40-49)-(22-31) e isolamento de LFD-2 e LFD-3... 173 Tabela 41 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico de LECA... 175 Tabela 42 - Dados referentes ao fracionamento cromatográfico de LECA-(32-61)... 175 Tabela 43 - Dados referente ao fracionamento cromatográfico de LECA-(32-61)-(18-25)... 176 Tabela 44 - Dados referente ao fracionamento cromatográfico de LECA-(32-61)-(18-25)-(31-37)... 176 Tabela 45 - Percentual de inibição do crescimento celular de amostras testadas em concentração única (50 g/mL) frente à linhagem de células tumorais HCT-8 (cólon)... 179 Tabela 46 Medida do halo de inibição da enzima acetilcolinesterase... 181 Tabela 47 - Percentual de citotoxicidade frente as larvas de Artemia salina... 182 Tabela 48 - Resultado – Atividade antibacteriana pelo teste de difusão em disco Média e DP dos halos de inibição... 184

LISTA DE FLUXOGRAMAS

(21)
(22)

RESUMO

Este trabalho descreve o estudo de investigação química da espécie Lippia rigida Schauer (Verbenaceae), coletada no município de Muncugê, Bahia. A análise cromatográfica do extrato etanólico das folhas de L. rigida permitiu o isolamento e caracterização de 3 flavonóides do tipo flavanonas: sakuranetina, pinocembrina e 2 flavanonois: 7-metil-aromadendrina e taxifolina; 1 flavona: genkwanina; 3 flavonois: ramnocitrina, canferol e quercetina. Na determinação estrutural dos metabólicos secundários isolados, utilizou-se técnicas espectroscópicas como Infravermelho (IV) e Ressonância Magnética Nuclear de hidrogênio (RMN 1H) e de carbono-13 (RMN 13C), incluindo técnicas bidimensionais (COSY, HMBC e HSQC), além de espectrometria de massa (EM) e comparação com os dados da literatura. Embora todos os compostos isolados sejam conhecidos na literatura, o isolamento de flavonóides para a espécie L. rigida corrobora com a dispersão quimiotaxonômica desta classe para o gênero Lippia. Além disso, os compostos 7-metil-aromadendrina, ramnocitrina, genkwanina e canferol estão sendo relatados pela primeira vez para o gênero, além do mais os flavonoides 7-metil-aromadendrina e ramnocitrina estão sendo relatados pela primeira vez para a família Verbenaceae. O óleo essencial das folhas de Lippia rigida foi obtido por hidrodestilação e analisado em CG-EM e CG-DIC. Os componentes majoritários do óleo essencial foram α-humuleno (42,3%) e -cariofileno (13, 0%). O óleo foi submetido ensaio de atividade larvicida frente a larvas no estágio III do mosquito Aedes aegypti com e apresentou CL50 de 138, 97 ± 1,β g/mL. Ensaio de atividade de citotoxicidade frente a linhagens de células MDA-MB435, HCT-8 e SF-295, apresentou IC% 83,79, 86,80 e 79,41, respectivamente. A atividade de inibição da enzima acetilcolinesterase revelou com halo de inibição de 9 mm similar ao controle fisostigmina.

(23)

ABSTRACT

This paper describes the study of chemical research of the species Lippia rigida Schauer (Verbenaceae), collected in the municipality of Muncugê, Bahia. Chromatographic analysis of the ethanol extract from leaves of L. rigid allowed the isolation and characterization of flavonoid-type flavanones 3 sakuranetin, pinocembrin and naringenin 2 flavanonois 7-methyl aromadendrin and taxifolin, 1 flavone genkwanin, 3 flavonois ramnocitrin, kaempferol and quercetin. In the structural determination of secondary metabolites isolated, we used spectroscopic techniques such as infrared (IR) and hydrogen nuclear magnetic resonance (1H NMR) and carbon-13 (13C NMR), including two-dimensional techniques (COSY, HMBC and HSQC), and mass spectrometry (MS) and comparison with literature data. Although all the compounds are known in the literature, the isolation of flavonoids for the species L. rigida

chemotaxonomy corroborates dispersal of this class to the genus Lippia. Moreover, the compound 7-methyl-aromadendrin, ramnocitrina, genkwanina and kaempferol are being reported for the first time for the genus, besides the more flavonoids 7-methyl-aromadendrin ramnocitrina and are being reported for the first time for the family Verbenaceae. The essential oil of Lippia rigida leaves was obtained by hydrodistillation and analyzed in GC-MS and GC-FID. The major components of the essential oil were αhumulene (42.3%) and -caryophyllene (13,0%). The oil was subjected testing larvicidal activity against larvae in stage III of the mosquito Aedes aegypti and presented with LC50 of 138.97 ± 1.2 mg/mL. Assay of cytotoxicity activity against cell lines MDA-MB435, HCT-8 and SF-295, IC% showed 83.79, 86.80 and 79.41, respectively. The activity of inhibiting the enzyme acetylcholinesterase inhibition zone revealed with 9 mm similar to control physostigmine.

(24)

1 INTRODUÇÃO

O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo, apresentando cerca de 20% do número total de espécies do planeta, distribuídas nos diversos biomas (Floresta Amazônica, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal, Caatinga, Manguezal, etc), sendo que muitas dessas espécies são endêmicas (KATO, 2001). É estimado que existam cerca de 40 mil espécies vegetais distribuídas nos diferentes biomas brasileiros (FARNSWORTH, 1991). Todavia, o levantamento de recursos brasileiros em espécies vegetais ainda é incipiente, levando-se em conta que outras nações aceleram seus programas de química e farmacologia de produtos naturais oriundos de plantas, visando à obtenção de patentes para moléculas de interesse farmacológico derivadas destas.

A organização mundial de saúde (OMS) estima que um em cada cinco habitantes do planeta, procura assistência médica em terapias não convencionais. A utilização de plantas como fonte terapêutica para tratamento de diversas doenças é realizada em varias comunidades do mundo, principalmente na zona rural (RIBEIRO; LEITE; DANTAS-BARROS, 2005).

No Brasil, observa-se um crescimento na utilização de fitoterápicos (medicamentos obtidos utilizando-se exclusivamente matéria-prima vegetal) pela população. Dentre os fatores que poderiam explicar o aumento do uso desta terapêutica, destacam-se os avanços ocorridos na área científica que permitiram o desenvolvimento de fitoterápicos com segurança e eficácia reconhecidas, como também uma forte tendência de busca, pela população, por terapias menos agressivas destinadas ao atendimento primário à saúde (RIBEIRO; LEITE; DANTAS-BARROS, 2005).

Estudos fitoquímicos têm por finalidade conhecer os constituintes químicos de espécies de vegetais ou avaliar sua presença. Estes constituintes, que são substâncias micromoleculares resultantes do metabolismo secundário podem pertencer a diversas classes de compostos químicos voláteis e não voláteis.

(25)

eudicotiledôneas dos campos rupestres (GIULIETTI et al. 1987). Verbenaceae possui 36 gêneros e cerca 1000 espécies com distribuição pan-tropical, principalmente nos neotrópicos.

No Brasil, ocorrem 17 gêneros e aproximadamente 250 espécies, sendo 33 delas ocorrentes no cerrado. As espécies desta família possuem diversos hábitos, variando de arbustos, ervas, até, menos frequentemente, árvores e lianas (METCALFE e CHALK, 1950; SANO e ALMEIDA, 1998; JUDD, 1999; SOUZA e LORENZI, 2005).

A família Verbenaceae também é notabilizada pela diversidade de metabólitos encontrados, dentre os quais, estão flavonoides, terpenóides, esteróides, iridóides e seus glicosídeos, quinonas (COSTA, 2001), taninos, saponinas, resinas, alcalóides e naftoquinonas (PASCUAL et al., 2001).

Dentro da família Verbenaceae destaca-se o gênero Lippia, que possui grande importância econômica devido aos usos dos óleos essenciais. Além disso, muitas espécies apresentam diversas atividades farmacológicas (PASCUAL et al., 2001).

Diante da importância do gênero Lippia, este trabalho teve como objetivo principal realizar o primeiro estudo químico da espécie L. rigida. O trabalho compreendeu o isolamento, a determinação estrutural dos metabólitos secundários isolados utilizando técnicas espectrométricas de RMN de 1H e 13C (1D e 2D), IV, EM, além da determinação de p.f. e [α]D, a caracterização do óleo essencial e a investigação química e atividades biológicas.

Para facilitar a busca de informações, o trabalho está dividido em seis capítulos: Capítulo 1: Introdução, Capítulo 2: Cosiderações botânicas, Capítulo 3: Levantamento bibliográfico, Capítulo 4: Determinação estrutural e caracterização da composição química do óleo essencial das folhas de L. rigida, Capítulo 5: Procedimento experimental, Capítulo 6: Atividades biológicas, Capítulo 7: Considerações finais e Referências Bibliográfica.

(26)

2 COSIDERAÇÕES BOTÂNICAS

2.1 Considerações botânicas sobre a família Verbenaceae

Plantas da família Verbenaceae estão presentes em praticamente todos os ecossistemas terrestres, sendo uma das cinco mais importantes entre as eudicotiledôneas dos campos rupestres (GIULIETTI et al., 1987). A família Verbenaceae possui 36 gêneros e cerca 1000 espécies com distribuição pan-tropical, principalmente nos neotrópicos. No Brasil, ocorrem 17 gêneros e cerca de 250 espécies, sendo 33 delas ocorrentes no cerrado. As espécies desta família possuem diversos hábitos, variando de arbustos, ervas, até, menos frequentemente, árvores e lianas (METCALFE e CHALK, 1950; SANO e ALMEIDA, 1998; JUDD, 1999; SOUZA e LORENZI, 2005).

As espécies de Verbenaceae têm seu potencial econômico amplamente explorado, tanto como ornamentais (LORENZI e SOUZA, 2001), quanto como terapêuticas, neste último caso devido à presença de óleos essenciais. Muitos estudos atestam atividades analgésicas, antiespasmódicas, calmantes, sedativas, citostáticas, antimicrobianas, antitumorais, hepatoprotetoras, antiinflamatórias e laxativas de algumas de suas espécies (STEFANINI et al. 2002). Além dessas, análises bioquímicas recentes atestam as propriedades de Lantana camara L. como repelente de mosquitos do gênero Aedes e de Stachytarpheta cayennensis

(Rich) Vahl. como leishmanicida (DUA et al., 2003; MOREIRA et al., 2007).

As principais classes de substâncias encontradas na família são flavonóides, terpenóides, esteróides, iridóides e seus glicosídeos, quinonas (COSTA, 2001), taninos, saponinas, resinas, alcalóides e naftoquinonas (PASCUAL et al., 2001).

2.2 Considerações sobre o gênero Lippia

O gênero Lippia reúne aproximadamente 254 táxons, incluindo espécies e variedades, a maioria localizadas no Brasil, Paraguai e Argentina, havendo poucas espécies endêmicas na África. No Brasil, os principais centros de diversidade específica desse gênero estão localizados na Cadeia do Espinhaço em Minas Gerais e na Chapada Diamantina na Bahia (SALIMENA, 2002).

(27)

Brasil, sendo L. alba (Mill.) N. E. Brown e L. sidoides Cham. as espécies mais conhecidas e estudadas sob o ponto de vista químico e agronômico (PASCUAL et al., 2001; LEAL et al.,

2003; DUARTE et al., 2005).

Este gênero pode ser caracterizado por apresentar plantas arbustivas ou subarbustivas, com folhas decussadas, geralmente com indumento glandular, florescências parciais capituliformes ou espiciformes, congestas, axilares, brácteas membranáceas ou cartáceas, verdes ou coloridas, amarelas, róseas ou vináceas, ultrapassando ou não o comprimento das flores; flores sésseis, cálice comprimido, induplicado, membranáceo, inconspícuo, persistente no fruto; corola hipocraterimorfa, alva, rósea, magenta, lilás ou amarelas, tubo reto ou curvo, lábio superior ou adaxial, lábio inferior ou abaxial único, 2 lobos laterais; 4 estames; ovário monocarpelar, bilocular, 2 ovulado, estigma lateral e fruto dividido na maturidade em dois mericarpos (TRONCOSO, 1974).

Algumas propriedades medicinais atribuídas às espécies do gênero Lippia estão relacionadas à produção de óleos essenciais pelos tricomas secretores. Em Lippia, a morfologia, distribuição e frequência dos tricomas secretores e não secretores podem ser usados como caracteres taxonômicos discriminativos em nível específico (BONZANI et al.,

1997; SALIMENA, 2002).

Algumas espécies do gênero Lippia como a L. alba, apresentam a composição química de seu óleo essencial com variações quantitativas e qualitativas, levando à classificação de diferentes quimiotipos.

2.3 Considerações sobre a espécie Lippia rigida

(28)

Figura 1 – Fotos de L. rigida em seu local de coleta. Planta inteira – A; folhas – B; inflorescência – C (Fotografo: Prof. Dr. Edilberto R. Silveira, 2010)

A

B

(29)

3 - LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 3.1 - O potencial biológico do gênero Lippia

O potencial biológico de plantas do gênero Lippia pode ser observado através de levantamentos bibliográfico registrados na literatura, como no review de plantas do gênero

Lippia, realizado Pascual e colaboradores (2001), onde pode ser encontrado um grande número de espécies com a sua composição química, aspectos farmacológicos e usos tradicionais.

Diferentes atividades farmacológicas e biológicas são apontadas para plantas do gênero Lippia, dentre as quais, se destacam: anticâncer, inibição da enzima acetilcolinesterase, antioxidante, antibacteriana, antifúngica e citotoxicidade. Desta forma, realizou-se um levantamento no período de 2000 – 2011 nas bases de dados Scifinder scholar

e Science direct destas atividades para completar e atualizar informações do gênero Lippia. Os dados encontram-se apresentados nas tabelas 1 – 6.

Tabela 1 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade anticâncer

Espécie Linhagem de

Células

Parte usada Amostra Referências

L. dulcis Trev.

L. canescens Kunth

B16F10; MK-1;

HeLa Partes

aéreas

Extrato ABE et al., 2002

L. sidoides Cham HL60; CEM

Cerne Extrato COSTA et al., 2001

L. alba; L. citriodora; L. dulci; L. micromera; L. origanoides

Vero;

THP-1 Partes

aéreas

Óleo essencial

ESCOBAR et al., 2010

L. gracilis H.B.K;

L. thymoides Mart et Schau;

L. microphylla Cham.;

L. sidoides Cham.

Walker 256; Ehrlich

Folhas extrato PESSOA et al., 2006

L. citriodora; L. dulcis; L. origanoides; L. citriodora

Vero Folhas e

flores

Óleo essencial

CORREA-ROYER

(30)

Tabela 2 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade de inibição da enzima acetilcolinesterase

Espécie Parte usada Amostra Referências

L. alba; L. sidoides;

Folhas; Talos;

Caule sem cascas; Cascas;

Folhas

Extrato MORAIS et al.,

2007

L. sidoides Folhas Extrato LIBERATO et al.,

2011

Tabela 3 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade antioxidante

Espécie Parte usada Amostra Referências

L. cf microphylla Cham. Folhas e caule Extrato DAVID et al., 2007

L. origanoides;

L. alba (Quimiotipo carvona);

L alba (Quimiotipo limonena);

L. alba (Quimiotipo

biciclosesquifellandreno.

Folhas Óleo

essencial

OLIVERO-VERBEL

et al., 2009

L. javanica; L. wilmsii; L. rehmannii; L. scaberrima

Folhas Extrato SHIKANGA et al.,

2010

L. pseudo-thea; L. hermannioides; L. alba;

L. rubella; L. sidoide

Folhas Extrato FABRI et al., 2011

L. graveolens Partes aeréas Extrato MARTÍNEZ-ROCHA

et al., 2008

L. alba ---- Óleo

essencial

PUERTAS-MEJÍA et al., 2002

L. gracilis Schauer Folhas Óleo essencial

MENDES et al., 2010

L. multiflora Folhas Óleo

essencial

AGNANIET et al., 2005

L. nodiflora Partes aeréas Extrato SHUKLA et al., 2009

L. sidoides --- Extrato LIBERATO et al.,

2011

L. grandis Folhas Óleo

essencial

DAMASCENO et al., 2011

L. aff. gracillis Folhas e talos Óleo essencial

(31)

Tabela 4 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade antibacteriana Espécie Bactérias Parte usada Amostra Referências

L. alba B. subtilis; B. megaterium; S. aureus; S.lutea; S. dysentriae; V. mimicus; V.parahemolyticus; S. paratyphy

Folhas e flores Extrato COSTA et al., 2009

L. aff. gracillis

S. paratyphi; S. marcescens; M. morganii; P. mirabilis; K. pneumoniae; E. coli; S. aureus Folhas Óleo

essencial PESSOA et al., 2005

L. javanica; L. wilmsii; L. rehmannii; L. scaberrima S. aureus; E. faecalis; E. coli; P. aeruginosa

Folhas Extrato SHIKANGA et al.,

2010

L. alba L. alba f.

intermedia

S. aureus MRSA; S. aureus;

L. casei; S. mutans

Partes aéreas Óleo essencial

OLIVEIRA et al., 2006

L. origanoides

S. aureus MRSA; S. aureus;

L. casei; S. mutans

Partes aéreas

Óleo

essencial OLIVEIRA et al., 2007 L. chevalieri E. coli; S. aureus; E. hirae Partes aéreas Óleo

essencial MEVY et al., 2007

L. graveolens S. lútea; V. cholerae

Partes aéreas Extrato HERNÁNDEZ, 2009

L. multiflora

S. aureus NCTC 6571;

B. subtilis NCTC 8236;

E. coli NCTC

10418;

P. aeruginosa

ATCC 10145;

S. aureus; S. species; S. epidermidis; Enteroinvasive

E. coli;

Enterohaemorrhagic

Folhas Óleo

essencial

(32)

E. coli;

K. pneumoniae

L. rubella B. cereus Folhas Extrato FABRI et al., 2011

L. chevalieri; L. multiflora B. cereus; E. faecalis; E. coli; L. innocua; P. mirabilis; S. entérica; S. dysenteria; S. aureus; S. camorum Folhas Óleo essencial

BASSOLE et al.,

2003

L. javanica S. aureus; E. coli

Planta inteira Óleo esencial

MANENZHE et al., 2004 L. javanica S. aureus; S. epidermidis; E. coli; E. cloacae; K. pneumoniae; P. aeruginosa

Folhas Óleo

esencial

NGASSAPA et al., 2003 L. multiflora S. aureus; E. coli; P. aeruginosa; S. typhii; B. subtilis

Folhas Extrato KUNLE et al., 2003

L. nodiflora

S. epidermidis; S. aureus;

P. vulgaris; S. paratyphi A;

E. coli; S. paratyphi B

Panta inteira Extrato DURAIRAJ et al., 2007 L. sidoides S. mutans; S. sanguis; S. salivarius; S. mitis

Folhas Óleo

essencial

BOTELHO et al., 2007

L. turbinata E. coli;

P. aeruginosa; Shigella sp; S. aureus;

Partes aéreas Extrato HERNÁNDEZ et al., 2000

L. javanica

K. pneumonia; C. neoformans; B. cereus

Partes aéreas Óleo essencial

VILJOEN et al., 2005

L. integrifolia

S. aureus MS ATCC 29213;

S. aureus RM ATCC 43300;

E. coli ATCC 25922;

E. coli LM1. Partes aéreas

Óleo esencial

(33)

E. coli LM2;

P. aeruginosa

ATCC 27853;

Y. enterocolitica PI;

S. enteritidis MI;

Salmonella sp MI

L. sidoides

K. pneumoniae; Proteus sp; E. coli; S. pyogenes;

Flores Extrato MOREIRA et al.,

2011 L. turbinata S. aureus; B. cereus; E. faecalis; P. mirabilis

Partes aéreas Óleo essencial

DEMO et al., 2005

L. aff. gracillis

Salmonella sp; S. paratyphi; S. marcescens; M. morganii; P. mirabilis; K. pneumoniae; E. coli; S. aureus; P. aeruginosa Folhas Óleo

essencial LIMA, 2007

Tabela 5 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade antifúngica

Espécie Fungos Parte

usada

Amostra Referências

L. alba

S. cerevaceae; A. flavus; A. niger; C. albicans

Folhas e flores

Extrato COSTA et al., 2009

L. alba; L. alba f.

intermedia

C. albicans;

Serotype B

C. albicans;

C. parapsilosis;

C. guilliermondii

Partes aéreas

Óleo essencial

OLIVEIRA et al., 2006

L. origanoides

C. albicans;

Serotype B

C. albicans;

C. parapsilosis;

C. guilliermondii C. neoformans; T. rubrum Partes aéreas Óleo essencial

OLIVEIRA et al., 2007

L. chevalieri C. Albicans; S. cerevisiae

Partes aéreas

Óleo essencial

MEVY et al., 2007

L. multiflora

C. pseudotropicalis;

(34)

T. rubrum; A. flavus

essencial 2004

L. alba C. albicans Folhas

Óleo esencial; Extrato

DUARTE et al., 2005

L. alba C. krusei Folhas Extrato HOLETZ et al., 2002

L. pseudo-thea;

L. sidoide

C. albicans Folhas Extrato FABRI et al., 2011

L. multiflora C. albicans Folhas Extrato KUNLE et al., 2003

L. nodiflora C. albicans; C. neoformans

Planta inteira

Extrato DURAIRAJ et al., 2007 L. rehmannii L. theobromae; B.cinerea; R. solani; F. oxysporum; C. gloeosporioides; A. alternata; P. digitatum; A. citri Planta inteira Óleo essencial

LINDE et al., 2010

L. scaberrima P. digitatum Planta inteira

Óleo essencial

PLOOY et al., 2009

L. scaberrima C. gloeosporioides; L. theobromae

Partes aéreas

Óleo essencial

REGNIER et al., 2010

L. sidoides C. albicans Folhas Óleo

essencial

BOTELHO et al., 2007

L. alba A. flavus Folhas Óleo

essencial

SINGH et al., 2011

L. graveolens C. albicans; C. dubliniensis

Planta Óleo

essencial

POZZATTI et al., 2009 L. alba A. alternata; A. flavus; A. fumigatus; A. glaucus; A. niger; A. shydowi A. terreus; C. cladosporioides; C. lunata; F. graminearum; F. nivale; F. oxysporum; Fusarium sp.; P. italicum; R. solani; R. stolonifer; Trichoderma spp.

Folhas Óleo

essencial SHUKLA et al., 2009

L. berlandieri A. niger;

Penicillium spp.

---- Óleo

essencial

SOSA et al., 2010

(35)

inteira essencial COMBRINCK, 2010. L. citriodora; L. dulcis; L. origanoides; L. citriodora C. krusei; A. fumigatus

Folhas e flores

Óleo essencial

CORREA-ROYER

et al., 2010

L. geminate; L. alba

R. solani; B. oryzae

Folhas Óleo

esencial; Extrato

BHUYAN et al., 2010

L. integrifolia

M. gypseum; T. rubrum;

T. mentagrophytes; T. rubrum C 110; T. rubrum C 135; T. rubrum C 136; T. rubrum C 137; T. rubrum C 139; T. rubrum C 140; T. mentagrophytes C 108;

T. mentagrophytes C 364;

T. mentagrophytes C 539;

T. mentagrophytes C 738;

T. mentagrophytes C 943;

T. mentagrophytes C 726;

Partes aéreas

Óleo

esencial LIMA et al., 2011

L. rehmannii L. theobromae; C. gloeosporioides; L. theobromae; C. gloeosporioides; A. alternata; P. digitatum; A. citri; R. solani; F. oxysporum Partes aéreas Óleo esencial

LINDE et al., 2010

L. rugosa A. flavus; A. Níger; A. parasiticus; Aspergillus spp; F. moniliforme; Fusarium spp1 Fusarium spp2 P. roqueferti Penicilium spp Folhas Óleo

(36)

Tabela 6 - Plantas do gênero Lippia registradas na literatura com atividade de citotoxicidade

Espécie Parte usada Amostras Referências

L. alba Folhas e flores Extrato ARA et al., 2009

L. cf. microphylla Cham. Partes aéreas Extrato DAVID et al., 2007

L. multiflora Moldenke Partes aéreas Extrato AJAIYEOBA et al., 2006

Lippia origanoides;

Lippia alba (Quimiotipo carvona);

Lippia alba (Quimiotipo

limoneno); Lippia alba

(Quimiotipo

biciclosesquifellandreno)

Folhas Óleo

essencial

OLIVERO-VERBEL

et al., 2009

L. pseudo-thea; L. hermannioides; L. alba;

L. rubella; L. sidoide

Folhas Extrato FABRI et al., 2011

L. gracilis Folhas Óleo

essencial

TELES et al., 2010

L. grandis Folhas Óleo

essencial

DAMASCENO et al., 2011

(37)

3.2 Flavonóides no gênero Lippia:dispersão e atividades biológicas

Os flavonóides são substâncias com uma constituição química que compreende os derivados flavônicos (flavus – amarelos), os derivados antociânicos (anthos – flor e kyanus – azul), as catequias/catecóis e outros constituintes relacionados (TESTE e TRENTINI, 1997). São derivados da condensação de uma molécula de ácido cinâmico com três grupos malonil-CoA2 (MARTINEZ-FLORES, 2002) e representam um dos grupos fenólicos mais importantes e diversificados entre os produtos de origem natural, sendo amplamente distribuído no reino vegetal e encontrado em diversas formas estruturais (SIMÕES et al. 2007).

Aos flavonoides e outros polifenóis são atribuídos diversas funções, tais como, proteção dos vegetais contra a incidência de raios ultravioleta e visível, além de proteção contra insetos, fungos, vírus e bactérias, atração de animais com finalidade de polinização, antioxidantes, controle da ação de hormônios vegetais, agentes alelopáticos e inibidores de enzimas (HARBONE, 1989; HARBONE e WILLIAMS, 2000).

A estrutura básica dos flavonoides (Figura 2) consiste em dois anéis fenil (A e B) ligados através de um anel pirânico (C) (MARTINEZ-FLORES, 2002). Essa estrutura (C6-C3-C6) permite que os mesmos sofram diversos tipos de reações como hidroxilação, metoxilação, glicolisação com mono e oligossacarídeos e acetilação. Estas reações podem ocorrer em várias posições da estrutura (SHAHIDI, 1996) e estão relacionados com esquemas de proteção frente a processos oxidativos (BORS et al., 1996; ODABASOGLU et al., 2004). Figura 2 – Esqueleto básico de um flavonoide

O

O 2 3 4 5 6

7 8

9

1 0

1 ' 2 '

3 ' 4 '

5 ' 6 '

B

C A

(38)

Mais de 9.000 flavonoides foram relatados a partir de plantas superiores e micro-organismos (FERRER et al. 2008), representando uma das maiores classes de produtos naturais. Em geral, são encontrados nas frações mais polares, como acetato de etila (agliconas) e butanólica (flavonoides glicosilados). Alguns compostos menos polares, como a luteolina, são extraídos com clorofórmio ou diclorometano (NIERO, 2000). Segundo o levantamento bibliográfico realizado para o gênero Lippia, os flavonóides são representados por 51 estruturas diferentes (Tabelas 7 e 8), sendo 62,74% flavonas; 21,57% flavanonas; 3,63% biflavonóides e 11,89% chalconas, como indicado na Figura 3.

Figura 3 - Flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia

Tabela 7 - Relação dos flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia

Nome dos flavonóides Referências

01 Desmetoxicentaureidina ABE et al., 2002

02 Eupafolina ABE et al., 2002

03 6-hidroxiluteolina ABE et al., 2002

04 Quercetina

COSTA et al., 2001 LIN et al., 2007 LIMA, 2007

05 Luteolina COSTA et al., 2001

LIN et al., 2007

06 Glucoluteolina COSTA et al., 2001

07 Taxifolina COSTA et al., 2001

LIN et al., 2007

08 Luteolina-7-diglicuronideo HENNEBELLE et

62,74%

21,57%

3,63%

11,89%

0 10 20 30 40 50 60 70

1

Flavononas

(39)

al., 2008. 09 5,5”-diidroxi-6,4’,6”,γ’”,4’”-pentametoxi-[C7–O–C7”]

-biflavona

BARBOSA et al., 2005

10 4’,4’”,5,5”-tetrahidroxi-6,6”,γ’”-trimetoxi-[C7–O–C7”] -biflavona

BARBOSA et al., 2005

11 5,γ’-diidroxi-6,7,4’,5’-tetrametoxiflavona ONO et al., 2005

ONO et al., 2006

12 Crisina ONO et al., 2005

13 Salvigenina ONO et al., 2005

KANKO et al., 2004

14 Eupatorina ONO et al., 2005

15 5-hidroxi-6,7,3’,4’-tetrametoxiflavona ONO et al., 2005

16 Galangina LIN et al., 2007

17 Metilgalangina LIN et al., 2007

18 Apigenina ONO et al., 2008

LIN et al., 2007

19 Apigenina 7-O-glucosideo LIN et al., 2007

20 Escutellareina LIN et al., 2007

21 Escutellareina 7-O-hexosideo LIN et al., 2007

22 6-Metilescutellareina LIN et al., 2007

23 6,7-Dimetilescutellareina LIN et al., 2007

24 Luteolina 7-O-glicosídeo LIN et al., 2007

25 6-Hidroxiluteolina LIN et al., 2007

26 6-Hidroxiluteolina 7-O-hexosideo LIN et al., 2007

27 6-Hidroxiluteolina 7-O-ramnosideo LIN et al., 2007

28 Pinocembrina LIN et al., 2007

29 Naringenina LIN et al., 2007

30 Sakuranetina LIN et al., 2007

31 Eriodictiol

LIN et al., 2007 ALMEIDA et al., 2010

32 Eriodictiol 7-O-glicosideo LIN et al., 2007

33 Pentahidroxiflavanona-A LIN et al., 2007

34 Pentahidroxiflavanona-A 7-O- hexosideo LIN et al., 2007

35 Pentahidroxiflavanona-B LIN et al., 2007

36 Pentahidroxiflavanona-B 7-O-hexosideo-1 LIN et al., 2007

37 Pentahidroxiflavanona-B 7-O-hexosideo-2 LIN et al., 2007

38 Floretina LIN et al., 2007

39 Floridzina LIN et al., 2007

40 3-Hidroxifloretina LIN et al., 2007

41 3-Hidroxifloretina 6-O-hexosideo LIN et al., 2007

(40)

2010

43 β’-O- -D-glicopiranosil-4,4’,6’-tri-hidroxi-di-hidrochalcona ALMEIDA et al., 2010

44 4’,5,7-tri-hidroxi-6-metoxiflavona ALMEIDA et al., 2010

LIMA 2007

45 Hispidulina ONO et al., 2008

46 Jaceosidina ONO et al., 2008

47 Cirsilineol ONO et al., 2008

48 Eupatorina ONO et al., 2008

49 Hispidulina 7-O- -D-glucosideo ONO et al., 2008

50 Jaceosidina 7- -glucosideo ONO et al., 2008

51 3-metil-quercetina LIMA 2007

Tabela 8 - Relação das estruturas dos flavonóides isolados de plantas do gênero Lippia com suas respectivas espécies

O

O

O H

OMe

O H

O H

O H

MeO (0 1 )

L. dulcis Trev.

L. canescens Kunth.

O

O

O H

O H

O H

O H

MeO (0 2 )

L. dulcis Trev.

L. canescens Kunth.

O

O

O H

O H

O H

O H

( 0 3 )

L. dulcis Trev.

L. canescens Kunth.

O

O

O H

O H

O H

O H

O H

(0 4 )

(41)

O O O H O H O H O H

(0 5 )

L. sidoides Cham.

(0 6 )

O O H O H O H O H O O H O H O H O O

L. sidoides Cham.

O O O H O H O H O H O H

(0 7 )

L. sidoides Cham.

O O O H O H O H O H

(0 8 )

L. alba

( 0 9 )

O O MeO OMe O O OMe O H OMe MeO O H O L. alba

( 1 0 ) O O O H OMe O O OMe O H O H MeO O H O L. alba O O O H O H OMe MeO

MeO ( 1 1 )

L. dulcis O O O H O H MeO

MeO ( 1 2 )

(42)

O O O H OMe MeO MeO OMe O H (1 4 )

L. dulcis O O O H OMe MeO MeO OMe

(1 5 )

L. dulcis O O O H O H O H ( 1 6 )

L. graveolens O O OMe O H

( 1 7 )

L. graveolens O O O H O H O H

(1 8 )

L. graveolens

(1 9 )

O O H O H O H O H O O H O H O O L. graveolens O O O H O H O H O

H (2 0 )

L. graveolens

(43)

( 2 2 ) O O O H O H O H MeO L. graveolens

( 2 3 )

O O MeO O H MeO L. graveolens

(2 4 ) O O H O H O H O H O O H O H O O O H L. graveolens

(2 5 )

O O O H O H O H O H O H L. graveolens

(2 6 ) O O H O H O H O H O O O O H O H O H O H L. graveolens

(2 7 ) O O H C H3 O H O H O O O O H O H O H O H L. graveolens O O O H O H O H

(2 8 )

L. graveolens O O O H O H O H O H

(2 9 )

(44)

O O O H MeO O H O H

(3 0 )

L. graveolens O O O H O H O H O H

(3 1 )

L. graveolens

(3 2 )

O O H O H O H O H O O H O H O O O H O H L. graveolens O O O H O H O H O H O H

(3 3 )

L. graveolens

( 3 4 )

O O H C H3 O H O H O O O O H O H O H O H L. graveolens O O O H O H O

H O H

(3 5 )

L. graveolens

( 3 6 ) O O H C H3 O H O H O O O O H O H O H L. graveolens

( 3 7 ) O O H C H3 O H O H O O O O H O H O H L. graveolens O H O O H O H

(3 8 )

L. graveolens

( 3 9 )

(45)

(4 0 ) O H O O H O H O H O H L. graveolens

( 4 1 )

O O H C H3 O H O H O H O O H O H O O H L. graveolens

( 4 2 ) O O H O H O H O H O H O O H O O H L. sidoides

( 4 3 )

O O H O H O H O H O H O O H O O H L. sidoides

( 4 4 ) O O O H O H MeO O H L. sidoides

( 4 5 ) O O O H O H O H L. triphylla

(4 6 ) O O O H O H O H OMe MeO L. triphylla

(46)

(4 8 ) O O MeO O H O H MeO OMe L. triphylla

(4 9 )

O O H O H O H O H O O H O H O O M eO L. triphylla

(5 0 )

O O H O H O H O H O O H O H O O M eO L. triphylla

( 5 1 )

O O H O H O H O H O O H O H O O O H OMe

L. aff. gracillis

Para os flavonoides isolados do gênero Lippia realizou-se um levantamento bibliográfico das atividades biológicas apresentadas por estes. Dentre os flavonoides relatados, 15 apresentaram diversas atividades biológicas, confirmando o potencial biológico dos flavonoides isolados deste gênero, conforme mostra a Tabela 9.

Tabela 9 - Relação das atividades biológicas dos flavonoides isolados de plantas do gênero

Lippia

Nome dos flavonoides Atividade biológica Referências

02 Eupafolina Anticâncer ABE et al., 2002

HERRERIAS, 2009

Anticâncer

WILLIAMS, 2004

CALTAGIRONE et al., 2000 TAKAHASHI et al., 1998 MANTHEY et al., 2002 SAEWAN et al., 2011 PICK et al., 2011 HE e Liu, 2006

(47)

04 Quercetina

Inibição da enzima acetilcolinesterase

JUNG e PARK, 2007 KHAN et al., 2009

Antioxidante

BRIGHENTE et al., 2007 FURUSAWA et al., 2005 FROEHLICHER et al., 2009 SÖHRETOLU et al., 2009 SILVA et al., 2008

VINSON et al., 1995

BURDA e OLESZEK, 2001 GALOTTA et al., 2008 Antibacteriana IWAGAWA et al., 1990

TALEB-CONTINI et al., 2003

Antifúngica TALEB-CONTINI et al., 2003

5 Luteolina

Anticâncer

TAKAHASHI, et al., 1998 MANTHEY et al., 2002 PLOCHMANN et al., 2007 HERRERIAS, 2009

BRIGHENTE et al., 2007

Antioxidante

MIEAN e MOHAMED, 2001 BRIGHENTE et al., 2007 SI et al., 2011

SILVA et al., 2008 BRIGHENTE et al., 2007

Antibacteriana XU e LEE, 2001

Antifúngica

XUE-GU et al., 2010

SATHIAMOORTHY et al., 2007

07 Taxifolina

Antioxidante

BRIGHENTE et al., 2007 VINSON et al., 1995

(48)

12 Crisina

Anticâncer

PICK et al., 2011 BASABE et al., 2010 USIA et al., 2002

PLOCHMANN et al., 2007

Antioxidante

BRIGHENTE et al., 2007 VINSON et al., 1995 BURDA e OLESZEK 2001 Antibacteriana ALI et al., 1998

Antifúngica YANG et al., 2011

16 Galangina

Anticâncer USIA et al., 2002

Antioxidante BURDA e OLESZEK, 2001

Antibacteriana MARCUCCI, 1996

Antifúngica YANG et al., 2011

18 Apigenina

Anticâncer

CALTAGIRONE et al., 2000 TAKAHASHI et al., 1998 USIA et al., 2002

MANTHEY et al., 2002 PICK et al., 2011

PLOCHMANN et al., 2007 HERRERIAS, 2009

Inibição da enzima acetilcolinesterase

FALÉ et al., 2011

Antioxidante

MIEAN e MOHAMED, 2001 BRIGHENTE et al., 2007 BABAEI et al., 2008 SI et al., 2011

SHARIFIFAR et al., 2009 VINSON et al., 1995

BURDA e OLESZEK, 2001 BRIGHENTE et al., 2007 Antibacteriana BASILE et al., 1999 Antifúngica LOPES et al., 2004

(49)

24 7-O- -D-glicosideo Luteolina

Antioxidante TASKOVA et al., 2003

Toxicidade TASKOVA et al., 2003

28 Pinocembrina

Anticâncer

SIMIRGIOTIS et al., 2008 USIA et al., 2002

Antioxidante SIMIRGIOTIS et al., 2008

Antibacteriana BREMMER e MEYER, 1998

Antifúngica YANG et al., 2011

29 Naringenina

Anticâncer

SCHULTZ 2003

MANTHEY et al., 2002 PLOCHMANN et al., 2007

Antioxidante

BRIGHENTE et al., 2007 BABAEI et al., 2008 DELAZAR et al., 2008 VINSON et al., 1995

BURDA e OLESZEK, 2001 Antibacteriana MALTERUND et al., 1985

31 Eriodictiol

Anticâncer PLOCHMANN et al., 2007

Antifúngica XUE-GU et al., 2010

38 Floretina Anticâncer

TAKAHASHI et al., 1998 PLOCHMANN et al., 2007

45 Hispidulina

Anticâncer PLOCHMANN et al., 2007

Toxicidade MOREIRA et al., 2003

51 3-metoxi quercetina Inibição da enzima acetilcolinesterase

JUNG e PARK, 2007

(50)

3.3 Flavonóides e atividade anticâncer

Vários flavonoides têm demonstrado suprir a carcinogênese em modelos animais (Tabela 10). Há na literatura relatos de que os flavonoides exercem um efeito benéfico em vários mecanismos que envolvem a patogenia do câncer. Estudos investigativos têm demonstrado que os possíveis mecanismos de inibição da carcinogênese por polifenois estejam relacionados com o aumento da expressão de superóxido dismutase (MANSON, 2003), inibição da cicloxigenase e lipoxigenase (HONG, 2001; SAKATA, 2003), indução de apoptose e repressão do ciclo celular, como demonstrado em células carcinogênicas humanas

in vitro (MANSON, 2003).

Os flavonoides vêm sendo extensivamente pesquisados como protetores das células contra danos de raios-X, bloqueando a progressão do ciclo celular e a síntese de prostaglandinas e inibindo mutações em experimentos animais (REDDY, 2003). Quercetina, luteolina e genistiteína têm mostrado capacidade de inibir o dano oxidativo de DNA induzido por irradiação ultravioleta (WEISS, 2003). Além disso, a quercetina expressa efeitos antiproliferativos e induz a morte celular de células tumorais predominante por mecanismos apoptóticos em diversas linhagens de células cancerosas (WILLIAMS, 2004). A naringenina é que é uma flavanona que causa citotoxicidade e apoptose via inibição do crescimento tumoral em linhagens de células humanas leucêmicas (SCHULTZ, 2003).

Dos flavonoides pesquisados com atividade anticâncer, 58,76% pertencem à classe das flavonas; 1,03% pertencem à classe das isoflavonas; 27,83% pertencem à classe das flavanonas; 10,31% pertencem à classe das chalconas e 2,06% pertencem à classe dos biflavonoides, conforme a Figura 4, p. 52.

Tabela 10 - Flavonoides relatados na literatura com atividade anticâncer.

Nome dos flavonoides Linhagem de

Células

Referências

Quercetina (4) -- WILLIAMS, 2004

Naringenina (29) -- SCHULTZ, 2003

Nobiletina (52) HT-1080 SATO et al., 2002

Quercetina (4) Apigenina (18)

B16-BL6 CALTAGIRONE

et al., 2000 Genisteina (53)

Apigenina (18) Luteolina (5) Quercetina (4) Floretina (38)

HL-60 TAKAHASHI et

Imagem

Figura  1  –   Fotos  de  L.  rigida   em  seu  local  de  coleta.  Planta  inteira  –   A;  folhas  –   B;
Tabela 1 - Plantas do gênero  Lippia  registradas na literatura com atividade anticâncer
Tabela  2  -  Plantas  do  gênero  Lippia   registradas  na  literatura  com  atividade  de  inibição  da  enzima acetilcolinesterase
Tabela 5 - Plantas do gênero  Lippia  registradas na literatura com atividade antifúngica
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