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Academic year: 2022

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Risco ganha adepto no governo

Editorial

O risco de apagão ou racionamento de energia elétrica no país apontado por especialistas acadêmicos e representantes do setor privado nessa área ganhou um adepto esta semana. O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Jerson Kelman, é o mais novo integrante da corrente que alerta para essa possibilidade, como ocorreu em 2001.

Diversas entidades vêm divulgando o crescimento do risco de apagão em relatórios que antecedem o cenário atual de que da nos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. No contraponto, o governo responde que os documentos são alarmistas e não condizem com a realidade da oferta e a demanda.

O fato de o diretor da Aneel ter acendido o sinal de alerta, mesmo sendo uma posição individual não assumida oficialmente pela agência, as declarações dele não podem ser desconsideradas, afinal antes de mais nada Kelman tem base técnica para externar essa análise.

Mas na outra ponta, existe a corrente dos que amenizam o período delicado pelo qual passa o país na área energética. O governo negará o apagão e o racionamento até os últimos segundos do final da partida entre os que jogam nos times do "alerta" e do "deixa disso". O ministro de Minas e Energia, Nelson Hubner, está no segundo grupo, é claro. Esta semana negou a ocorrência em 2008 e 2009.

Tomara que Hubner esteja certo, pois todos sabem a conseqüência negativa que um blecaute acarreta. O país viveu um racionamento em 2001, mesmo negado até algumas horas antes de ser anunciado pelo então governo do Fernando Henrique Cardoso.

As equações sobre a oferta e demanda ainda fecham com saldo positivo, mas a curva da distância entre os dois pontos está cada vez mais próxima da convergência e preocupa. As poucas chuvas que caem sobre as regiões brasileiras deixam os reservatórios das hidrelétricas abaixo do nível mínimo estipulado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) como limite para ligar a luz de alerta para a capacidade de geração hídrica.

Sempre que os níveis dos reservatórios estão muito baixos as termelétricas são acionadas para compensar pelo menos parte da oferta deixada pelas hidrelétricas. O problema é que o suprimento térmico tem como maior fonte de geração o gás natural, que também apresenta problemas com o volume disponível, além da dificuldade de operacionalização de algumas usinas.

Sistematicamente vem sendo divulgado que em médio prazo o Brasil continuará sendo dependente da importação boliviana de gás natural. O país vizinho não tem produção suficiente para atender a todos os contratos de maneira igualitária. Portanto, a situação do mercado de energia no país é delicada.

In: Risco ganha adepto no governo. A Gazeta (MT), Opinião, 11.janeiro..2008.

Referências

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