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FUNDAMENTOS E IMPORTÂNCIA EM LOGÍSTICA

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FUNDAMENTOS E IMPORTÂNCIA EM

LOGÍSTICA

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SUMÁRIO

Introdução ... 3

1. Conceitos básicos: ... 5

2. Evolução histórica da logística empresarial... 7

3. Evolução numa perspectiva historica ... 8

4. Evolução Logística no Brasil ... 10

5. Evolução Histórica da Logística Empresarial ... 14

6. A Logística como fator diferenciador ... 16

7. A necessidade da logistica / Supply Chain Management ... 17

8. Logística integrada ... 22

9. Logística integrada e Supply Chain Management ... 25

10. Logística Lean ... 32

10. 1 Histórico da Logística Lean ... 36

11. Estudo de caso: a cadeia logística da Samsung Holding Company ... 45

12. Considerações finais ... 54

13. Bibliografia ... 56

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INTRODUÇÃO

Com a evolução da humanidade, com suas necessidades e/ou desejos a serem satisfeitos, surgem um desafio às empresas: disponibilizar seus produtos, ao menor custo possível, no momento e no local adequado de forma que seus clientes possam consumir seus produtos satisfazendo, assim,suas necessidades e/ou desejos.

Atualmente, com a economia cada vez mais globalizada e altamente competitiva, as empresas têm enfrentado descontinuidades e expectativas muitas vezes conflitantes (fornecedores, clientes, acionistas) que exigem uma gestão organizacional muito mais eficiente e eficaz do que no passado. Trata- se de gerenciar essas mudanças organizacionais de forma que as empresas estejam preparadas para enfrentar tais descontinuidades e expectativas de forma rápida, flexível e que proporcione ganhos a todos os envolvidos.

Buscar a satisfação do cliente é o objetivo de toda organização, para atingir o nível de serviço adequado a logística deve considerar a redução do tempo total do ciclo do pedido e as atividades de processamento dos pedidos respondem pela maior parte do tempo total do ciclo do pedido.

O gerenciamento da cadeia de suprimentos abrange o planejamento e a gerência de todas as atividades da logística. Inclui também a coordenação e a colaboração com parceiros da cadeia, como os fornecedores, distribuidores e clientes.

Nessas atividades existem inúmeros desperdícios como, por exemplo:

 Estoques de segurança e pulmão devido à ineficiência, falta de confiabilidade nos processos, variação errática e artificial da demanda;

 Transportes a longas distâncias devido à falta de planejamento de rotas, equipamentos subutilizados na planta pela inexistência de uma adequada engenharia de processos, pagamento de taxas por atraso de entrega devido a não utilização de janelas de entregas programadas;

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 Áreas de estoques desnecessários, investimento em sistemas de armazenagem caros devido aos níveis elevados de estoque;

 Esperas com subutilização da mão de obra, equipamentos, materiais parados;

 Embalagens sendo solicitadas além da necessidade, ou transportando simplesmente “ar”, além de desperdícios por embalagens danificadas.

 Retrabalhos, entre outros.

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1. CONCEITOS BÁSICOS

“A Logística é o processo de gerenciar estrategicamente a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados (e os fluxos de informações correlatas) através da organização e seus canais de marketing, de modo a poder maximizar as lucratividades presente e futura através do atendimento dos pedidos a baixo custo”. (CHRISTOPHER, 1997).

“A Logística empresarial trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviço adequados aos clientes a um custo razoável”.

(BALLOU, 1995)

O Oxford English dicionário define logística como: "O ramo da ciência militar responsável por obter, dar manutenção e transportar material, pessoas e equipamentos".

Outra definição para logística é: "O tempo relativo ao posicionamento de recursos". Como tal, a logística geralmente se estende ao ramo da engenharia, gerando sistemas humanos ao invés de máquinas.

Existem muitas maneiras de definir o conceito de logística. Neste trabalho estaremos adotando o conceito de Logística definido pela organização Council of Logistics Management - CLM:

“Logística são os processos da cadeia de suprimentos (supply chain) que planejam, estruturam e controlam, de forma eficiente e eficaz, o fluxo de armazenamento dos bens dos serviços e da informação relacionada, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, para satisfazer o requisito do cliente.”

CLM (2000)

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Entre as atividades da logística estão o transporte, movimentação de materiais, armazenagem, processamento de pedidos e gerenciamento de informações.

Uma das principais ferramentas da logística é o WMS, Warehouse Management System, em português - literalmente: sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazém.

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2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL

A evolução da logística empresarial tem início a partir de 1980, com as demandas decorrentes da globalização, alteração estrutural da economia mundial e desenvolvimento tecnológico, tendo como consequência a segmentação da logística empresarial em três grandes áreas:

1. Administração de materiais: que é o conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-prima até a entrada na fábrica; em resumo é “disponibilizar para produção”; sendo que participam desta área os setores de: Suprimentos, Transportes, Armazenagem e Planejamento e Controle de Estoques.

2. Movimentação de materiais: transporte eficiente de produtos acabados do final de linha de produção até o consumidor; sendo que fazem parte o PCP (Planejamento e Controle da Produção), Estocagem em processo e Embalagem.

3. Distribuição física: que é o conjunto de operações associadas à transferência dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção até o local designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços competitivos; em resumo é “tirar da produção e fazer chegar ao cliente”. Participam os setores de Planejamento dos Recursos da Distribuição, Armazenagem, Transportes e Processamento de Pedido.

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3. EVOLUÇÃO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Ao longo do tempo, acompanhando a evolução das organizações, das tecnologias disponíveis e das necessidades do mercado, a logística mudou de ênfase, Desconsiderou-se, propositadamente, o período anterior ao século XX, uma vez que até então a logística era desenvolvida de forma totalmente pratica, sem outra preocupação que não fossem as questões relativas ao transporte e a logística de suprimentos nos exércitos.

Ao longo da história a logística recebeu denominações diversas:

distribuição, engenharia de distribuição, logística empresarial, logística de marketing, logística de distribuição, administração logística de materiais, administração de materiais, logística, sistema de resposta rápida, administração da cadeia de abastecimento, logística industrial. Embora denominações diferentes, as mesmas referiam-se sempre à mesma coisa: a gestão do fluxo de bens de um ponto de origem a um ponto de consumo.

Já no início do século XXI, com as profundas mudanças e a disputa por mercados que começam a se tornar uma necessidade das Nações, se pode perceber mais claramente a preocupação com as questões do espaço (onde alocar produtos) e temporais (quando disponibilizá-los) que são dois dos objetivos centrais da logística.

a) Período até os anos 40 – teve seu início situado na virada para o século XX, sendo a economia agrária sua principal influência teórica. A principal preocupação era com as questões de transporte para o escoamento da produção agrícola, uma vez que a demanda existente, na maioria dos casos, superava a capacidade produtiva das empresas.

b) Período dos anos 40 até os anos 60 – em função das duas grandes guerras, surge o termo “logístico” que teve suas raízes na movimentação e no suprimento das tropas durante as guerras. Aqui a ênfase era no fluxo de materiais, e em especial nas questões de armazenamento e transporte, tratadas separadamente no contexto da distribuição de bens.

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c) Período dos anos 60 até os anos 70 – começa uma visão integrada nas questões logísticas, explorando-se aspectos como custo total e uma visão sistêmica do processo produtivo. O foco deixa de recair na distribuição física para abranger um leque mais amplo de funções, sob a influência da economia industrial.

d) Período dos anos 70 até anos 80 – corresponde ao “foco no cliente”, com ênfase na produtividade e nos custos de estoques. Surgem modelos matemáticos sofisticados para tratar a questão estocástica, novas abordagens para a questão dos custos não só dos processos logísticos, mas ainda, da questão contábil.

e) Período dos anos 80 até anos 90 – retoma-se, com maior ênfase, a visão da logística integrada e inicia-se a visão da administração da cadeia de suprimentos – SCM, cujo pano de fundo é a globalização e o avanço da tecnologia da informação.

f) Período dos anos 90 até os dias atuais – apresenta um enfoque mais estratégico, em que a logística passa a ser vista como um elemento diferenciador para as organizações. Surge o conceito de Supply Chain Management, com a utilização das ferramentas disponibilizadas pela tecnologia da informação.

Fica claro que este período atual exige muito mais agilidade e flexibilidade por parte das empresas para que possam suprir adequadamente seus mercados, pois neste início do século XXI, as empresas são cada vez mais pressionadas pela necessidade da redução de custos aliada às mudanças nos desejos, necessidades e/ou expectativas dos clientes.

Esta exigência de rapidez e flexibilidade leva as empresas a buscarem a integração de seus canais de suprimentos de forma que possam atender adequadamente aos mercados em que atuam. Porém, para integrar canais de suprimentos, externamente, é necessária uma integração interna das diversas funções administrativas envolvidas pela logística.

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4. EVOLUÇÃO LOGÍSTICA NO BRASIL

Desde inicio, no século III a.C., na Grécia, conceituavam-se que Logística é a arte de calcular (aritmética aplicada). Há milhares de anos, o conceito tem tudo haver com o principal propósito da Logística, nos conceitos atuais (redução de custo sem perdas de eficiência no atendimento e qualidade do produto).

No inicio do século XVII, na França, foi introduzida pela primeira vez no mundo, o conceito logístico na guerra, em função dos crescentes problemas operacionais, criando assim a patente de General de Lógis (do verbo francês lôger, que significa alojar). “Parte da arte da guerra que trata do planejamento e organização do alojamento, equipamento, transporte de tropas, produção, distribuição, manutenção e transporte de material bélico e de outras atividades não combatentes relacionadas (definições do Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa Caldas Aulete)”.

Um dos primeiros homens da história a utilizar bem as estratégias da Logística foi Alexandre o Grande, que com um exercito de 35.000 homens, chegava a abater os exércitos inimigos de até 60.000 homens, perdendo apenas 110 homens, usando as estratégias Logísticas. Esse trouxe inspirações para outros heróis da historia como Napoleão, Luiz XIV, entre outros, que fez da Logística uma estratégia de guerra.

Só no inicio do século XIX, a Logística foi reconhecida do ponto de vista acadêmico, passando a ser estudada como ferramenta estratégica e introduzida nas organizações, após algumas modificações, do conceito original.

(arte de guerra).

No Brasil, a Logística surgiu no inicio da década de 80, logo após a explosão da Tecnologia da Informação.

Surgiram algumas entidades dando enfoque a Logística como:

 ASBRAS (Associação Brasileira de Supermercados),

 ASLOG (Associação Brasileira de Logística),

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 IMAM (Instituto de Movimentação e Armazenagem), entre outras,

Segundo a ASLOG, o conceito de Logística já definido como, o “Processo de planejar, implementar e controlar eficientemente, ao custo correto, o fluxo e armazenagem de matéria-prima, estoque durante a produção e produtos acabados, desde do ponto de origem até o consumidor final, visando atender os requisitos do cliente.”

Quanto ao seu processo de evolução até os dias atuais, existem algumas fases importantes:

 Na década de 80, apenas com o foco nas metodologias e modais de transportar, e armazenar;

 Na década de 90, começaram a se fazer cálculos, pois daí iniciou o conhecimento cientifico, estudos das relações, dispersões, movimentos etc., com foco em Administração de Matérias, Distribuição, Movimentação e Armazenagem de Matérias;

 Hoje muito mais complexo e amplo, com foco em Controle, Planejamento, Tecnologia da Informação, Finanças e Serviço ao Cliente.

Todas essas evoluções, aliadas ao processo de globalização, trouxeram novos desafios para as organizações, que é a competitividade no mercado globalizado. Daí surge a necessidade de se produzir e distribuir á custos mais adequados, sem perda de eficiências e qualidades do produto. A nova realidade exigiu uma mudança de comportamento nas organizações, chegando a fusão de algumas, como foi o caso da AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) que juntou as três principais marcas de cervejas do mercado, e tudo isso só foi possível mediante ao estudo de viabilidade Logística, fazendo assim com que as três marcas fossem produzidas em unidade fabris únicas espalhadas pelo Brasil, utilizando as mesmas tecnologias e mão de obra, este processo levou ao fechamento de algumas unidades fabris e uma seleção natural da mão-de-obra. Isso valeu o posicionamento entre as três maiores do mundo, tirando do ranking empresas tradicionais do Sistema Pilsen.

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A tecnologia tem um papel fundamental na evolução Logística, com o surgimento:

1. dos ERP´s (Enterprise Resource Planning ou Planejamento dos Recursos do Negócio) - esse trata da integração dos departamentos das organizações, facilitando assim o controle e planejamento;

2. WMS´s (Warehouse Management Systems ou Sistemas de Gerenciamento de Armazém) - utilizado para controlar e otimizar a movimentação de mercadorias;

3. Os sistemas de Rastreamentos (tecnologia embarcada) - utilizado para rastrear as unidades móveis de diversos tipos modais;

4. Roterizadores – utilizados para otimizar as rotas, proporcionando a menor dispersão de tempo e quilometragem possível;

5. Etiquetas RFID (Radiofrequency Identification Data ou Identificação Via Radiofreqüência) – Conhecido também como etiquetas inteligentes, utilizado para comunicação e identificação de produtos, via rádio frequência, bem como a separação de mercadorias por comando de voz, que utiliza a tecnologia RFID; RFDC - Radiofrequency Data Collection ou Coleta de Dados por Radiofreqüência; entre outros,

Essas tecnologias melhoraram bastante as relações entre fornecedores e empresas varejistas distribuidores e atacadistas, tornando possível interface na comunicação de dados, a ponto dos fornecedores controlarem on-line (tempo real) a necessidade do mercado, através do monitoramento dos estoques.

Aliado as ferramentas de marketing de relacionamento que tem como finalidade principal controlar o consumo de cada cliente final, a exemplo da utilizada pelo grupo Wall Mart (Bom Club), pode se chegar á variadas característica de consumo de um determinado mercado. Hoje podemos arriscar á afirmação de que a Logística está bem servida de tecnologias no Brasil.

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O ponto ainda vulnerável na Logística é o capital humano, que apesar do conceito, relativamente novo no Brasil, em função do pouco tempo, foi menos desenvolvido, que as tecnologias.

As organizações chegam a ponto de ruptura do desenvolvimento por falta destes profissionais. Somente ao final da década de 90 surgiram as graduações e especializações e até mesmo os cursos de aperfeiçoamentos na área especifica.

Ainda hoje são mais utilizadas as experiências práticas que o conhecimento cientifico, o que não é suficiente para atender o mercado competitivo e exigente que busca sempre a excelência e a eficácia no atendimento, essa mão-de-obra, busca o conhecimento e especialização neste novo conceito, o que facilitará bastante em função da experiência prática, mas a existência de entidades para esse fim ainda não é suficiente e fica limitado aos grandes centros.

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5. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LOGÍSTICA EMPRESARIAL

Até a década de 40 o mundo empresarial era caracterizado por:

• Alta produção;

• Baixa capacidade de distribuição;

• Despreocupação com custos;

• Inexistência do conceito de logística empresarial.

De 1950 a 1965 surge o conceito de logística empresarial, motivado por:

• Uma nova atitude do consumidor;

• Pelo desenvolvimento da análise de custo total;

• Pelo início da preocupação com os serviços ao cliente e de maior atenção com os canais de distribuição.

De 1965 a 1980:

• Consolidação de conceitos;

• Colaboração decisiva da logística no esforço para aumentar a produtividade da energia, visando compensar o aumento dos fretes, consequência:

• Crise do petróleo;

• Crescimento dos custos da mão-de-obra;

• Crescimento dos juros internacionais.

Após 1980:

• Desenvolvimento revolucionário da logística decorrente das demandas ocasionais:

• Pela globalização;

• Pelas alterações estruturais na economia mundial;

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• Pelo desenvolvimento tecnológico.

A evolução da logística empresarial tem início a partir de 1980, com as demandas decorrentes da globalização, alteração estrutural da economia mundial e desenvolvimento tecnológico, tendo como consequência a segmentação da logística empresarial em três grandes áreas:

1. Administração de materiais: que é o conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais e informações, desde a fonte de matéria-prima até a entrada na fábrica; em resumo é “disponibilizar para produção”; sendo que participam desta área os setores de: Suprimentos, Transportes, Armazenagem e Planejamento e Controle de Estoques.

2. Movimentação de materiais: transporte eficiente de produtos acabados do final de linha de produção até o consumidor; sendo que fazem parte o PCP (Planejamento e Controle da Produção), Estocagem em processo e Embalagem.

3. Distribuição física: que é o conjunto de operações associadas à transferência dos bens objeto de uma transação desde o local de sua produção até o local designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo garantir que os bens cheguem ao destino em boas condições comerciais, oportunamente e a preços competitivos; em resumo é “tirar da produção e fazer chegar ao cliente”. Participam os setores de Planejamento dos Recursos da Distribuição, Armazenagem, Transportes e Processamento de Pedido.

Atividades envolvidas

A logística é dividida em dois tipos de atividades - as principais e as secundárias (Carvalho, 2002, p. 37):

Principais: Transportes, Manutenção de Estoques, Processamento de Pedidos.

Secundárias: Armazenagem, Manuseio de materiais, Embalagem, Obtenção / Compras, Programação de produtos e Sistema de informação

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6. A LOGÍSTICA COMO FATOR DIFERENCIADOR

Nesse processo evolutivo se percebe que até a metade da década de 80 as avaliações tradicionais estavam em profundos conflitos, pois o Marketing era avaliado em relação a sua participação no mercado, Engenharia e Pesquisa &

Desenvolvimento eram avaliados pelo número de novos produtos lançados, a área de Distribuição avaliada pelo custo de transporte e armazenagem, a Administração de Pedidos sobre o índice de atendimentos, Vendas avaliadas pelo crescimento, Compras avaliadas pelo menor preço unitário, Finanças avaliadas pelo número de itens em estoques e a Manufatura avaliada pelos custos unitários de produção. Não existia uma lógica integradora nesse processo. Foi exatamente o surgimento do conceito de Supply Chain que veio trazer essa visão integradora ao processo logístico, em função de uma ótica centrada no atendimento ao cliente com eficiência e eficácia, aos menores custos possíveis, agregando valor aos produtos.

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7. A NECESSIDADE DA LOGISTICA / SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

A logística, a partir da abordagem do Supply Chain Management, é importante ferramenta para suportar as vantagens mercadológicas (Marketing) decorrentes da agilidade e flexibilidade demandadas pelas pressões ambientais, daí a necessidade de conhecer-lhe os conceitos básicos.

Conceitos de Logística Supply Chain Management (SCM)

Para compreender melhor porque SCM é mais que o conceito de logística e compreende a logística, é necessário conhecer alguns conceitos de logística, uma vez que, embora a logística tenha sido utilizada desde os primórdios da civilização, o seu conceito é moderno e não é específico para as atividades públicas ou privadas, mas aplicável a qualquer atividade que utilize seus conceitos básicos.

1) Previsão da Demanda é a tentativa de prever qual a quantidade de um determinado produto que os clientes deverão comprar em determinado período. Esse exercício é vital para todo planejamento empresarial, principalmente para o gerenciamento e manutenção de estoques.

Existem vários tipos de demanda variando de acordo com a natureza do produto. As técnicas aqui apresentadas têm por objetivo apresentar as formas de cálculo de previsão da demanda não se preocupando em definir qual técnica é melhor ou pior, pois isso irá variar caso a caso e deverá ser definido pelo Administrador que estiver prevendo a demanda do seu(s) produto(s).

Tipos de Demanda

 Demanda Permanente: o volume de consumo permanece constante, sem grandes variações no decorrer do tempo e não sofre influências conjunturais, ambientais e mercadológicas, mantendo-se um valor médio no decorrer do tempo. Como exemplo, podemos citar o creme dental Colgate, que se manteve no mercado por muito tempo e mesmo com as

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inúmeras variações cambiais e outros fatores externos, sua demanda continuou estável.

 Demanda de Produção: Toda organização industrial propõe-se a executar a produção e a comercialização de produto. O sistema de produção requer a obtenção e utilização dos recursos produtivos, que incluem: mão-de-obra, materiais, edifícios, equipamentos e capital. A comercialização exige a interação a outras atividades, tais como:

pesquisa de mercado, promoção, vendas, distribuição e pós-vendas.

Entretanto, tudo o que está envolvido na produção e na comercialização requer a utilização de recursos financeiros. Assim, a empresa deve financiar as fases de produção e comercialização, e isso resulta em uma terceira coisa que toda organização deve fazer: a adequação e gestão das necessidades financeiras.

2) Planejamento e controle de produção (PCP): O planejamento da produção é um conjunto de ações inter-relacionadas que objetiva direcionar o processo produtivo da empresa e coordená-lo com os objetivos do cliente; com essa afirmação podemos dizer que o planejamento está envolto por duas etapas importantes dentro do processo que são : a programação e o controle da produção.

O PCP é um sistema de transformações e informes entre marketing, engenharia, fabricação e materiais, no qual são manuseadas as informações a respeito de vendas, linhas de produto, capacidade produtiva, potencial humano, estoques existentes e previsões para atender às necessidades de vendas. Sua tarefa é transformar todos os planos em ordens viáveis de fabricação.

O Planejamento da produção é o principal elemento de coordenação das atividades de vários departamentos de uma indústria. Essa coordenação é particularmente importante entre os departamentos de vendas, produção e compras. Um planejamento feito sem os devidos cuidados impossibilita a adequada coordenação das atividades afins.

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A programação é a fase intermediária entre o setor de planejamento e o setor de controle, sendo, portanto, o setor que de acordo com a demanda do mercado, transforma os planos sob a forma de projeto do produto, roteiro de manufatura, lista de materiais etc, em uma agenda de operações que será base de emissão de ordens de fabricação. Essas funções colocam o Planejamento em uma atuação dinâmica e de controle, para que a emissão das ordens de fabricação atenda às necessidades de mercado e tenha uma posição em relação aos outros órgãos da empresa, de dependência e autoridade, possibilitando assim atingir os objetivos globais da organização.

Planejar a produção ou estabelecer uma agenda de produção é tarefa que requer a consideração de uma multiplicidade de fatores que influem na decisão sobre o que, quanto e quando produzir. Supondo que estejam disponíveis todas as informações no Planejamento, para elaborar a programação da produção necessitaremos considerar os seguintes fatores:

 Fatores Externos

1. Demanda de mercado;

2. Datas de entrega estabelecidas;

3. Estoque em poder de intermediários;

4. . Tempo necessário para obtenção de matéria-prima.

 Fatores Internos

1. . Estoque de produtos acabados;

2. . Equipamento disponível;

3. . Pessoal disponível;

4. . Materiais e ferramentas disponíveis;

5. . Lotes econômicos de produção;

6. . Regime de trabalho;

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7. . Tempo necessário para a execução das operações;

8. . Possibilidade de rejeições.

Até poucos anos atrás a logística empresarial, como estrutura organizada e integrada, era solenemente ignorada pela maioria das empresas manufatureiras e prestadoras de serviço no Brasil.

Com a abertura comercial, a partir do início da década de 90, tornou-se crescente a necessidade das empresas brasileiras desenvolverem maior competitividade nos mercados nacional e internacional.

O crescimento dos mercados nacionais e internacionais, a expansão das linhas de produtos e as possibilidades enormes das telecomunicações, fazem da distribuição e do processo logístico um conjunto importante das operações gerenciais. As chamadas fronteiras logísticas em geral são consideradas como as últimas etapas que podem ser exploradas para aumentar a praticabilidade das empresas de qualquer categoria de obter a manter vantagens diferenciais competitivas.

Ao analisar os conceitos básicos de logística que são utilizados no dia a dia das empresas, é necessário baseá-lo em uma estrutura teórica, estabelecendo um paradigma logístico, que podemos chamar de logística integrada.

As atividades logísticas afetam os índices de preços, custos financeiros, produtividade, custos de energia e satisfação dos clientes.

No clima econômico rigoroso de hoje, em que os mercados em expansão são poucos em que os novos concorrentes globais estão acirrando a competitividade, os negócios passaram inevitavelmente a enfatizar, como ponto central, as estratégias que estabelecem uma lealdade de longo prazo com o cliente.

O reconhecimento de que o relacionamento com o cliente é a chave para os lucros a longo prazo trouxe consigo a compreensão da importância crucial de estabelecer um serviço diferenciado ao cliente. Como os mercados apresentam cada vez mais características do alto consumo, em que os clientes

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veem pouca diferença entre as características físicas ou funcionais do produto, há vários produtos similares, é através da prestação especial de serviços, que cada organização faz a sua diferença.

Um serviço eficaz ao cliente não se consegue somente através de empregados motivados embora isso seja um pré-requisito, mas por meio dos sistemas logísticos que permitam a entrega do produto dentro dos padrões exigidos pelo cliente.

Outros historiadores defendem que a palavra logística vem do antigo grego logos, que significa razão, cálculo, pensar e analisar.

A logística empresarial estuda como a administração pode prover melhor o nível de rentabilidade nos serviços de distribuição aos clientes e consumidores, através de planejamento, organização e controles efetivos para atividades de movimentação e armazenagem que visam facilitar o fluxo de produtos. Ela trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem, que facilitam o fluxo de produtos desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis de serviços adequados aos clientes a um custo razoável.

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8. LOGÍSTICA INTEGRADA

Área de suprimentos: chamada de administração ou gestão de materiais atua de forma separada da área de Planejamento e Controle da Produção e da área de Distribuição (vista apenas como responsável pelo transporte e armazenamento de produtos acabados).

Integração de Suprimentos e Distribuição, em que se começa a visualizar o papel da Distribuição como sendo mais amplo. Percebendo-se uma interface maior entre a Logística e o Marketing e, consequentemente, estendendo-se mais o conceito de Distribuição de forma a abranger os Canais de Marketing,

Integração de Suprimentos e Distribuição e Planejamento e Controle da Produção, sem integrar Planejamento e Controle da Produção com a Distribuição, conforme se visualiza na figura abaixo Trata-se do estágio em que se busca resolver problemas durante o processo produtivo, garantindo- se prazos de entregas e qualidade dos materiais que entram no processo de produção.

Integração das três funções (Suprimentos, Distribuição e Planejamento e Controle da Produção. Nesse estágio, apresentado na figura abaixo surge o conceito de Logística Integrada, em que se busca uma visão mais abrangente da gestão logística e que a preocupação com o cliente final passa a ser muito mais abrangente e o nível de serviço assume papel de destaque com o conceito de produto ampliado.

Integração total da organização com a visão da logística como fator de diferenciação, existindo a preocupação com a integração do ambiente interno com o ambiente externo para otimizar processos e possibilitar maior agregação de valor ao longo de toda a cadeia produtiva. Este estágio pode ser visualizado na figura abaixo.

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Dentro da logística integrada temos que fazer uma diferenciação entre as variantes da logística:

 A logística de abastecimento

É a atividade que administra o transporte de materiais dos fornecedores para a empresa, o descarregamento no recebimento e armazenamento das matérias primas e concorrentes. Estruturação da modulação de abastecimento, embalagem de materiais, administração do retorno das embalagens e decisões sobre acordos no sistema de abastecimento da empresa.

 A logística de distribuição

É a administração do centro de distribuição, localização de unidades de movimentação nos seus endereços, abastecimento da área de separação de pedidos, controle da expedição, transporte de cargas entre fábricas e centro de distribuição e coordenação dos roteiros de transportes urbanos.

 A logística de manufatura

É a atividade que administra a movimentação para abastecer os postos de conformação e montagem, segundo ordens e cronogramas estabelecidos pela programação da produção. Deslocamento dos produtos acabados no final das linhas de montagem para os armazéns de produtos acabados.

 A logística organizacional

É a logística dentro de um sistema organizacional, em função da organização, planejamento, controle e execução do fluxo de produtos, desde o desenvolvimento e aquisição até produção e distribuição para o consumidor final, para atender às necessidades do mercado a custos reduzidos e uso mínimo de capital.

Um outro fator importante que surgiu com a evolução da logística foi a Logística Reversa, que é a área da logística empresarial associada a retornos de produtos, reciclagem, substituição de materiais, reutilização de materiais, descarte de resíduos e reformas, reparos e remanufatura.

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A missão do gerenciamento logístico é planejar e coordenar todas as atividades necessárias para alcançar níveis desejáveis dos serviços e qualidade ao custo mais baixo possível. Portanto, a logística deve ser vista como o elo entre o mercado e a atividade operacional da empresa. O raio de ação da logística estende-se sobre toda a organização, do gerenciamento de matérias-primas até a entrega do produto final.

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9. LOGÍSTICA INTEGRADA E SUPPLY CHAIN MANAGEMENT

O gerenciamento da cadeia de suprimentos no Brasil ou gestão da cadeia de fornecimento em Portugal ou ainda a expressão inglesa também muito utilizada no meio, supply chain management, ou SCM, é um sistema pelo qual organizações e empresas entregam seus produtos e serviços aos seus consumidores, numa rede de organizações interligadas [Poirier & Reiter (1996)]; lida com problemas de planejamento e execução envolvidos no gerenciamento de uma cadeia de suprimentos.

O grande objetivo da SCM é a redução de stocks, mas com a garantia de que não faltará nenhum produto quando este for solicitado (Gomes et al., 2004, p. 120). O desenvolvimento de técnicas e ferramentas para melhorar a gestão da cadeia de fornecimento contribui para uma melhor estratégia e prática. A aplicação dessas ferramentas leva a alternativas que permitem tomar melhores decisões (Shim et al., 1999, p. 9).

Os componentes de SCM são:

 Planejamento de demanda (previsão)

 Colaboração de demanda (processo de resolução colaborativa para determinar consensos de previsão)

 Promessa de pedidos (quando alguém promete um produto para um cliente, levando em conta tempo de duração e restrições)

 Otimização de rede estratégica (quais produtos as plantas e centros de distribuição devem servir ao mercado) - mensal ou anual

 Produção e planejamento de distribuição (coordenar os planos reais de produção e distribuição para todo o empreendimento) - diário

 Calendário de produção - para uma locação única, criar um calendário de produção viável. - minuto a minuto

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 Planejamento de redução de custos e gerência de desempenho - diagnóstico do potencial e de indicadores, estratégia e planificação da organização, resolução de problemas em real time, avaliação e relatórios contábeis, avalição e relatórios de qualidade.

Frequentemente, a metodologia de gerenciamento de cadeia de suprimentos encoraja a modelagem de processos reais para análise e otimização. Uma metodologia famosa é a SCOR, promovida pelo Supply Chain Council.

A partir dos anos 90 desenvolveu-se um novo conceito: Supply Chain Management. “São poucas as empresas, mesmo a nível internacional, que já conseguiram implementá-lo com sucesso, e a nível académico o conceito ainda pode ser considerado em construção”.

Existem duas versões distintas do conceito de SCM: se, por um lado, há profissionais que defendem o “SCM como apenas um novo nome, uma simples extensão do conceito de logística integrada, ou seja, uma ampliação da atividade logística para além das fronteiras organizacionais, na direção do cliente e fornecedores”; por outro lado, existe outro grupo de profissionais que não tem uma visão tão limitativa e restritamente relacionada com a logística integrada. Nesta versão existe uma “definitiva necessidade de integração de processos dentro da cadeia de suprimentos”.

O desenvolvimento de novos produtos é talvez o mais óbvio deles: o marketing para estabelecer o conceito; pesquisa e desenvolvimento para a formulação do produto; fabricação e logística para executar as operações;

finanças para a estruturação do financiamento “²; compras e desenvolvimento de fornecedores para operações a montantes e comercial para operações ajusante, junto dos clientes (Fleury, 1999) .

Em linhas gerais, o SCM requer uma sincronização, uma integração, uma sinergia e dinamismo entre as diversas áreas e atividades internas e externas.

Adaptar este modelo requer mudanças profundas nas práticas de gestão de uma empresa: - Quer internas - torna-se necessário quebrar as barreiras organizacionais, deixa de existir o conceito de departamento de compras,

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departamento de produção, departamento de logística, departamento comercial de forma isolada e individual, aqui, o resultado do conjunto é mais importante que o resultado das partes.

Os objetivos da adoção desta nova metodologia de gestão são:

1.Desenvolver equipas focadas nos clientes estratégicos;

2.Fornecer um ponto de contrato único para todos os clientes;

3.Captar, compilar e continuamente atualizar dados da procura;

4.Satisfazer e garantir a confiança do cliente, maximizando o valor percebido para o cliente, criando um diferencial com a concorrência (capacidade de resposta aos pedidos dos clientes, sem erros e dentro do prazo de entrega combinado, qualidade dos produtos e serviços, velocidade e qualidade na inovação de produtos);

5.Otimizar “stocks:” ter em armazém apenas o necessário para a satisfação das necessidades dos clientes. Estando o esquema de fluxo a jusante, interno e a montante planeado, implementado e controlado, é possível atingir este objetivo;

6.Desenvolver sistemas flexíveis de produção que sejam capazes de responder rapidamente às mudanças nas condições do mercado;

7.Racionalizar custos e aumentar a competitividade do produto:

- Os stocks absorvem capital que poderia estar a ser investido em outros projetos;

- Minimizar os custos financeiros, pelo uso de menos capital circulante.

- “50% do ativo circulante da empresa frequentemente está sob a forma de stocks” (Alves, 2008);

- Minimizar os custos operacionais, diminuindo desperdícios e evitando ao máximo atividades que não agregam valor ao produto, tais como esperas, armazenamentos, transportes, obsolescência (Alexandre da Silva; 2008; p 39).

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8.Gerir relações de parceria com fornecedores para garantir respostas rápidas e a contínua melhoria de desempenho e procurar o envolvimento dos fornecedores no desenvolvimento de novos produtos.

Cadeia de fornecimento é o grupo de fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na criação e no desenvolvimento dos seus produtos. Pode ser entendido também como uma forma de colaboração entre fornecedores, varejistas e consumidores para a criação de valor.

Pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento, cujo objetivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e serviços de vários fornecedores ligados.

A cadeia de fornecimento, no entanto, não está limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido Fornecedor→ Cliente. Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros, no sentido Cliente→ Fornecedor (Ayers, 2001, p. 4-5).

O Supply Chain Management (SCM) é a gestão da cadeia de fornecimento. Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar pontos fortes e pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que resultam na redução de custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferenciais em relação a concorrência (SHAPIRO, 2001, p.

4).

Os resultados que se esperam da utilização de sistemas que automatizem o SCM são:

Reduzir custos;

Aumentar a eficiência;

Ampliar os lucros;

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Melhorar os tempos de ciclos da cadeia de fornecimento;

Melhorar o desempenho nos relacionamentos com clientes e fornecedores;

Desenvolver serviços de valor agregado que dão a uma empresa uma vantagem competitiva;

Obter o produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e com o menor custo;

Manter o menor estoque possível.

Esses resultados são obtidos à medida que a gestão da cadeia de fornecimento simplificar e acelerar as operações que estão relacionadas com a forma como os pedidos do cliente são processados pelo sistema, até serem atendidos, e também, com a forma das matérias-primas serem adquiridas, e entregues, pelos processos de fabricação e distribuição.

Concluindo, é fundamental que as empresas se preocupem com a integração desses conjuntos de soluções de gestão, automatizadas através da tecnologia de informação (SIMCHI-LEVI, 2003), pois só assim será possível obter maior vantagem estratégica e competitiva.

Um bom gerenciamento da cadeia de suprimentos começa na avaliação dos gastos, no modelo atual de compras, na avaliação dos índices financeiros aplicados na renovação dos contratos por fornecedores e etc (SIMCHI-LEVI, 2003), não basta colocar um software de administração da cadeia, se não alterar o modelo de gerenciamento. A ideia do Supply Chain, é reduzir as atividades táticas, ampliando a ação estratégica.

A área de suprimentos hoje, diferentemente de ontem, é responsável pelos resultados da empresa, a sinergia - ação dos órgãos simultaneamente, desenvolvida entre os departamentos fortalece a área que hoje, não só acompanha a aplicação dos contratos, mas como é responsável por todo o período de negociação (CHAIB-DRAA, 2006). Os fornecedores nesse momento, passam a ser parceiros no desenvolvimento de produtos, a quantidade de fornecedores é reduzida e o controle dos KPI´s acordados

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passam a ser melhor administrados, vis a vis, a possibilidade de relatórios emitidos pela ferramenta utilizada, com equalizações e demonstrativos de resultados.

Abaixo um exemplo de cadeia de suprimentos, quanto aos gastos e despesas da empresa:

 Linha de processos envolvidos

 Marketing

 Planejamento/Controle/Produção (PCP)

 Fornecedores

 Almoxarifado/Armazenagem

 Produção

 Estocagem

 Administração do Pedido/Despacho

 Marketing (retorno)

Todos os processos envolvem clientes, distribuição, produção e fornecedores. Sendo:

 Marketing é essencialmente a arte de enviar uma mensagem aos clientes potenciais, e também aos que já fazem parte de sua carteira de clientes, para convencê-los a comprar de você. Envolvendo: faixa etária, poder aquisitivo, classe social, localização, concorrente; além da função de propaganda e sistemas promocionais. As empresas reconhecem a importância do marketing e direcionam uma boa parte de seus recursos humanos e financeiros a essa atividade.

 PCP (Planejamento/ Controle/ Produção): tradução, expectativa para a realização da produção. As peças necessárias, equipamentos, etc.

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 Fornecedores: fornecedores da matéria-prima devem ser tratados como parceiros, devendo até serem convidados a verem a produção; participar da produção, do dia a dia da empresa; já que ambos os conhecimentos podem atuar juntos, surgindo assim uma estrutura de competência altíssima.

 Almoxarifado/Armazenagem: sua atuação é importante no controle dos materiais que entram na empresa, vendo inclusive se os mesmos não estão em excesso.

Para melhor explorarmos a cadeia de fornecimento ou de suprimentos, entramos na logística empresarial que é o estudo da cadeia de suprimentos.

Temos então, as Atividades Primárias e as Secundárias.

 Atividades Primárias

o Transportes

o Manutenção de estoques o Processamento de pedido

 Atividades Secundárias

o Armazenagem

o Manuseio de materiais o Embalagem de materiais

o Obtenção (seleção de fontes, quantidades de compra)

o Programação do produto (distribuição - fluxo de saída - oriente programação PCP)

o Manutenção de informação (base de dados gerada pela cadeia - fonte de dados para futuros planejamentos.

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10. LOGÍSTICA LEAN

. Boisson (2007) relata que a utilização dos conceitos de Lean na produção já é uma prática bem conhecida, porém a sua aplicação na logística é uma novidade que pode trazer inúmeras vantagens para os operadores logísticos. Como esse conceito ainda é novo para executivos brasileiros, essa autora desenvolveu um estudo exploratório sobre o conceito de logística lean e aplicou esses conceitos em uma operação logística terceirizada de uma empresa do ramo de cosméticos Os resultados foram baseados nas análises da operação, sob a perspectiva do conceito, o desenvolvimento de um projeto de aplicação da logística lean, bem como a sua implementação parcial no centro de distribuição da empresa de cosmético.

O modelo lean manutence propõe uma manutenção enxuta com redução dos tempos de intervenção e aumento dos intervalos entre intervenções, o que reflete a substituição, a intervenção reduzida ao mínimo necessário, sem que venha causar prejuízo ao negócio como um todo.

De acordo com Có (2004) “[...] as ferramentas da Lean Production agem sobre os processos e não sobre os produtos, podendo, com maior ou menor dificuldade, serem empregadas em qualquer tipo de produção”.

No desenvolvimento do pensamento lean voltado para a manutenção esta filosofia foi usada com o objetivo de “enxugar” os tempos e eliminar movimentos desnecessários ou que não agregam valor ao produto. A gestão da manutenção na filosofia lean usa a logística para planejar e controlar as ações para que não sejam gerados tempos de retrabalho, de espera por sobressalentes e/ou ferramentas ou até mesmo espera por informações. Esses tempos refletem na interrupção da produção, ou seja, redução do tempo de máquina disponível para a produção e consequentemente de lucro.

Assim como na lean production, as técnicas também permitem dar embasamento para a lean manutence são: o JIT/TQC, Kanban, a relação produtiva com fornecedores, Kaizen (melhoria contínua) entre outras.

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A gerência de manutenção, de acordo com a criticidade dos equipamentos e necessidades da planta, deve monitorá-la. As manutenções não acontecerão nem antes nem depois do previsto, somente no momento ideal. O Kanban será a ferramenta usada para sinalizar este momento.

As ações logísticas dentro do modelo lean manutence terão como objetivo enxugar a manutenção. Enxugar, eliminando movimentos desnecessários, reduzindo estoque, e todas as ações que não agreguem valor ao produto final.

Como já foi dito anteriormente, para reduzir tempo de manutenção é necessário não só mão-de-obra qualificada como também treinada e capacitada. Ou seja, profissionais que conhecem a planta e o serviço que terá que executar.

Para gerenciar a cadeia de suprimentos de maneira lean, com menos desperdícios, é necessário ter uma logística lean, que está baseada em 3 conceitos fundamentais:

1. Reduzir o tamanho do lote

2. Aumentar a frequência de entrega 3. Nivelar o fluxo de entrega

Trata-se de implementar um sistema puxado com reposição nivelada e frequente em pequenos lotes, definidos entre as plantas ao longo do fluxo de valor da cadeia de suprimentos para trabalhar de forma mais sincronizada possível com o consumo real.

É comum observar empresas que são abastecidas por seus fornecedores através de entregas em grandes e inconstantes lotes, baseado em previsões de vendas.

As mudanças repentinas de pedidos tanto em volume como mix causam muitas vezes transtornos para todos os lados, gerando diversos tipos de desperdícios e aumento nos custos.

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Ao adotar uma logística lean, à medida que os produtos são consumidos pelo cliente, cria-se um sinal de puxada nas empresas informando a quantidade exata de produtos para ser reposto por seus fornecedores, que por sua vez, enviarão um sinal de puxada para seus sub-fornecedores informando a mesma quantidade consumida para repor e assim sucessivamente ao longo da cadeia.

A logística lean requer alguns elementos básicos tais como:

 Mecanismo de sinais de puxada como sistemas kanban, dispositivos sinalizadores que autorizam e dão instruções para a produção ou retirada de itens em um sistema puxado. Os cartões kanban são os exemplos mais conhecidos e utilizados.

 Dispositivo de nivelamento como heijunka box em cada etapa do fluxo de valor entre plantas, nivelando a demanda em incrementos pequenos de intervalo de tempo (a cada hora ou a cada turno, dia ou semana) e também por mix, garantindo que todos os produtos sejam produzidos e reabastecidos em ritmo constante, em pequenos lotes.

 Planejamento de rotas e entregas frequentes em pequenos lotes utilizando o milk run, um método de acelerar o fluxo de materiais entre plantas em que os veículos seguem uma rota para fazer múltiplas cargas e entregas em diversas plantas, em vez de esperar para acumular materiais para a expedição de carga direta com caminhão cheio. Desta forma é possível reduzir os estoques e o tempo de reação ao longo de um fluxo de valor. É semelhante ao conceito de rotas de movimentação de material dentro das plantas.

 Muitas vezes, é utilizado também o sistema cross-dock para consolidação das cargas, ou seja, uma instalação que seleciona e recombina uma variedade de itens que chegam de vários fornecedores a serem enviados para diversos clientes (outras plantas, distribuidores, revendedores etc.). Não é um armazém, pois sua função não é estocar materiais. Os produtos são apenas descarregados dos veículos que chegam e transportados aos veículos que os transportarão a outros

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locais. Se estas saídas forem frequentes é possível esvaziar o cross- dock a cada 24 horas.

2. Obstáculos à implementação

Apesar de todo o planejamento, existem alguns obstáculo, iniciando da premissa que não há logística lean que funcione se não houver certa estabilidade na demanda da cadeia de suprimentos. Tentar aplicar estes conceitos lidando com picos de demanda trimestral, mensal ou semanal fará com que mantenha estoque pulmão adicional para cobrir estas variações e não será possível realizar entregas niveladas e constantes. Analise o comportamento da demanda junto com a área de Vendas e a equipe Comercial, identificando os picos e principalmente as suas causas e gerando contramedidas para evitá-los ou minimizá-los.

Sabemos que é necessário um esforço na redução dos tempos de setup para diminuir o tamanho dos lotes (lotes mensais para semanais, semanais para diários, diários para horários). Isto já ajudará na prática do nivelamento e aumentar a frequência de entregas, contribuindo para a manutenção da uma estabilidade básica no sistema produtivo e no transporte.

Sem esquecermos também que o custo operacional é muito questionado pela Logística em relação à implementação do milk run, transportando menos volume e com mais frequência. Existe uma percepção de aumento no custo operacional da logística, que de fato é verdade. Como exemplo, cito o caso de uma empresa na qual os custos operacionais da logística representam 75,5%

do custo total logístico e os 24,5% restantes representam os custos em manter os estoques de produtos acabados, ao reduzir o custo de estoque em 50%

(resultado da implementação dos conceitos da logística lean), há um aumento de 5,1% no custo operacional, que equivale a 4,3% do custo total logístico.

Porém, o custo total logístico é reduzido em 9%. Portanto, é importante analisar os benefícios trazidos para o sistema como um todo e não somente analisar o aumento de custos de um ou outro departamento.

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