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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO

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Academic year: 2021

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ASSOCIAÇÃO EDUCACIONAL DOM BOSCO

Av. Cel. Prof. Antonio Esteves, nº 01, Campo de Aviação – Resende-RJ

CEP: 27.523-000 Tel./Fax: (24) 3383 -9000

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 2

Conteúdo Programático 2ª Bimestral 4.- Metodologia Científica e Tecnológica

4.1- Técnicas de Aprendizagem 4.2- Estudo

4.3- Trabalhos Acadêmicos e Científicos 4.4- Normas para redação

4.5- Ferramentas de Benchmarking 4.6- Questionário para Estudo

5.- Engenharia de Projetos e Manutenção

5.1- Gestão da Qualidade 5.2- Gestão Ambiental 5.3- Metrologia

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 3

4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA

4.- O Método Científico O método

Método segundo o dicionário Michaelis significa:

1. Conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um fim.

2. Ordem ou sistema que se segue no estudo ou no ensino de qualquer disciplina. 3. Maneira sistemática de dispor as matérias de um livro.

4. Maneira de fazer as coisas; modo de proceder.

5. Conjunto de regras para resolver problemas análogos.

6. Classificação ou distribuição sistemática dos diversos seres, segundo os caracteres ou semelhanças que apresentam.

O método em seu sentido mais geral é a ordem que se deve impor aos diferentes processos necessários para atingir um fim dado ou um resultado desejado. Nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos que o espírito humano deve empregar na investigação e demonstração da verdade.

O método não se inventa. Depende do objeto da pesquisa. Os sábios, cujas investigações foram coroadas de êxito, tiveram o cuidado de anotar os passos percorridos e os meios que o levaram aos resultados. Outro, depois deles, analisaram tais processos e justificaram a eficácia dos mesmos. Assim, tais processos, empíricos no início, transformaram-se gradativamente em métodos verdadeiramente científicos.

A época do empirismo passou. Hoje em dia não é mais possível improvisar. A atual fase é a da técnica, da precisão, da previsão, do planejamento. Ninguém se pode dar ao luxo de fazer tentativas ao acaso para ver se colhe algum êxito inesperado.

Deve-se disciplinar o espírito, excluir das investigações o capricho e o acaso, adaptar o esforço às exigências do objeto a ser estudado, selecionar os meios e os processos mais

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 4 adequados. Tudo isso é dado pelo método. Assim, o bom método torna-se fator de segurança e economia.

Definição do método científico

O método científico quer descobrir a realidade dos fatos e esses, ao serem descobertos devem, por sua vez, guiar o uso do método. Entretanto, como já foi dito, o método é apenas um meio de acesso: só a inteligência e a reflexão descobrem o que os fatos realmente são.

O método científico segue o caminho da dúvida sistemática, metódica que não se confunde com a dúvida universal dos céticos, que é impossível. O cientista, sempre que lhe falta evidência como arrimo, precisa questionar e interrogar a realidade.

O método científico mesmo aplicado no campo das ciências sociais deve ser aplicado de modo positivo, e não de um modo normativo, isto é, a pesquisa positiva deve preocupar-se com o que é e não com o que preocupar-se pensa que preocupar-se deve preocupar-ser.

Toda investigação nasce de um problema observado ou sentido, de tal modo que não pode prosseguir, a menos que se faça uma seleção da matéria a ser tratada. Essa seleção requer alguma hipótese ou pressuposição que irá guiar e, ao mesmo tempo, delimitar o assunto a ser investigado. Daí o conjunto de processo ou etapas de que se serve o método científico, tais como observação e coleta de todos os dados possíveis, a hipótese que procura explicar provisoriamente todas as observações de maneira simples e viável, a experimentação que dá ao método científico também o nome de método experimental, a indução da lei que fornece a explicação ou o resultado de todo o trabalho de investigação, a teoria que insere o assunto tratado num complexo mais amplo.

Conhecimento

O homem não age diretamente sobre as coisas. Sempre há um intermediário, um instrumento entre ele e seus atos. Isto também acontece quando faz ciência, quando investiga cientificamente. Não é possível fazer um trabalho científico sem conhecer os instrumentos. E esses constituem de uma série de termos e conceitos que devem ser claramente distinguidos, de conhecimentos a respeito das atividades cognoscitivas que

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 5 nem sempre entram na constituição da ciência, de processos metodológicos que devem ser seguidos, a fim de chegar-se a resultados de cunho científico e, finalmente, é preciso imbuir-se de espírito científico.

O conhecer é uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto conhecido. No processo de conhecimento o sujeito cognoscente se apropria, de certo modo, do sujeito conhecido.

Se a apropriação é física, sensível, por exemplo, a representação de uma onda luminosa, de um som, o que acarreta uma modificação de um órgão corporal do sujeito cognoscente, tem-se um conhecimento sensível. Tal tipo de conhecimento é encontrado tanto em animais quanto no homem.

Se a representação não é sensível, o que ocorre com realidades tais como conceitos, verdades, princípios e leis, tem-se então o conhecimento intelectual.

O conhecimento sempre implica uma dualidade de realidades: de um lado, o sujeito cognoscente e, de outro, o objeto conhecido, que está possuído, de certa maneira, pelo cognoscente. O objeto conhecido pode, às vezes, fazer parte do sujeito que conhece. Pode-se conhecer a si mesmo, pode-se conhecer e pensar os seus pensamentos. Mas nem todo conhecimento é pensamento. O pensamento é conhecimento intelectual. Pelo conhecimento o homem penetra nas diversas áreas da realidade para dela tomar posse. A própria realidade apresenta níveis de estruturas diferentes em sua própria constituição. Assim, a partir de um ente, fato ou fenômeno isolado, pode-se subir até situá-lo dentro de um contexto mais complexo, ver seu significado e função, sua natureza aparente e profunda, sua origem, sua finalidade, sua subordinação a outros entes, enfim, sua estrutura fundamental com todas as implicações daí resultantes.

Esta complexidade do real, objeto de conhecimento, ditará, necessariamente, formas diferentes de apropriação por parte do sujeito cognescente. Essas formas darão os diversos níveis de conhecimento segundo o grau de penetração do conhecimento e consequente posse mais ou menos eficaz da realidade, levando ainda em conta a área ou estrutura considerada.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 6 Com relação ao homem, por exemplo, pode-se considerá-lo em seu aspecto externo e aparente e dizer uma série de coisas que o bom senso dita ou a experiência cotidiana ensinou; pode-se, também, estudá-lo com espírito mais sério, investigando experimentalmente as relações existentes entre certos órgãos e suas funções; pode-se, ainda, questioná-lo quanto à sua origem, sua realidade e destino e finalmente, investigar a respeito de suas crenças e convicções religiosas e filosóficas.

Tem-se assim, quatro espécies de considerações sobre a mesma realidade; o homem, consequentemente o pesquisador, está se movendo dentro de quatro níveis diferentes de conhecimento. O mesmo pode ser feito com outro objetos de investigação.

Tem-se, então, conforme o caso: 1. conhecimento empírico; 2. conhecimento científico; 3. conhecimento filosófico; 4. conhecimento teológico.

Figura 1 – Os níveis de conhecimento

Conhecimento empírico

Conhecimento empírico, também conhecido como vulgar, é o conhecimento do povo obtido ao acaso, após inúmeras tentativas. É ametódico e assistemático.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 7 O homem comum, sem formação, tem conhecimento do mundo material exterior, onde se acha inserido, e de um certo número de homens, seus semelhantes, com os quais convive. Vê-os no momento presente, lembra-se deles, prevê o que poderão fazer e ser no futuro. Tem consciência de si mesmo, de suas ideias, tendências e sentimentos. Cada qual se aproveita da experiência alheia. Pela linguagem os conhecimentos transmitem-se de uma pessoa à outra, de uma geração à outra.

Pelo conhecimento empírico, o homem simples conhece o fato e sua ordem aparente, tem explicações concernentes à razão de ser das coisas e dos homens. Tudo isso é obtido das experiências feitas ao acaso, sem método, e de investigações pessoais feitas ao sabor das circunstâncias da vida ou então sorvido do saber dos outros e das tradições da coletividade ou, ainda, tirado de uma religião positiva.

O conhecimento científico

O conhecimento científico vai além do empírico, além do fenômeno, suas causas e leis.

Para Aristóteles o conhecimento só se dá de maneira absoluta quando sabemos qual a causa que produziu o fenômeno e o motivo, porque pode ser de outro modo; é o saber através da demonstração.

A ciência, até a Renascença, era tida como um sistema de proposições rigorosamente demonstradas, constantes e gerais que expressam as relações existentes entre seres, fatos e fenômenos da experiência.

O conhecimento científico era caracterizado:

1. certo, porque sabe explicar os motivos de sua certeza, o que não acontece com o empírico;

2. geral, no sentido que de conhecer no real o que há de mais universal e válido para todos os casos da mesma espécie. A ciência, partindo do indivíduo concreto, procura o que nela há de comum com os demais da mesma espécie;

3. metódico e sistemático. O cientista não ignora que os seres e fatos estão ligados entre si por certas relações. O seu objetivo é encontrar e reproduzir esse encadeamento. Alcança-o por meio do conhecimento ordenado de leis e princípios.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 8 A essas características acrescentam-se outras propriedades da ciência, como a objetividade, o desinteresse pela vaidade e o espírito crítico.

A ciência, assim entendida, era o resultado da demonstração e da experimentação, só aceitando o que fosse provado.

Hoje a concepção de ciência é outra. A ciência não é considerada como algo pronto, acabado ou definitivo. Não é posse de verdades imutáveis.

Atualmente, a ciência é entendida como uma busca constante de explicações e soluções, de revisão e reavaliação de seus resultados e tem a consciência clara de sua falibilidade e de seus limites.

Nessa busca sempre mais rigorosa, a ciência pretende aproximar-se cada vez mais da verdade através de métodos que proporcionem um controle, uma sistematização, uma revisão de uma segurança maior do que possuem outras formas de saber não científicas. Por ser algo dinâmico, a ciência busca renovar-se e reavaliar-se continuamente. A ciência é um processo de renovação.

Conhecimento filosófico

O conhecimento filosófico distingue-se do científico pelo objeto de investigação e pelo método. O objeto das ciências são os dados próximos, imediatos, perceptíveis pelos sentidos ou por instrumentos, pois sendo de ordem material e física, são por isso suscetíveis de experimentação (método científico = experimental). O objeto da filosofia é constituído de realidades mediatas, imperceptíveis aos sentidos e que, por serem de ordem suprassensíveis, ultrapassam a experiência (método racional).

A ordem natural do procedimento é, sem dúvida, partir dos dados materiais e sensíveis (ciência) para se elevar aos dados de ordem metempírica, não sensíveis, razão última da existência dos entes em geral (filosofia). Parte-se do concreto material para o concreto suprameterial, do particular ao universal.

Na concepção clássica, a filosofia era considerada a ciência das coisas por suas causas supremas. Modernamente, prefere-se falar em filosofar. O filosofar é um interrogar, é um questionar a si e à realidade. A filosofia não é algo feito, acabado. A filosofia é uma

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 9 busca constante do sentido, de justificação, de possibilidades, de interpretação a respeito de tudo aquilo que envolve o homem e sobre o próprio homem em sua existência concreta.

Filosofar é interrogar. A interrogação parte da curiosidade. Esta é inata. Ela é constantemente renovada, pois surge quando um fenômeno nos revela alguma coisa de um objeto e ao mesmo tempo nos sugere o oculto, o mistério. Este impulsiona o homem a buscar o desvendamento do mistério. Vê-se assim, que a interrogação somente nasce do mistério, que é oculto enquanto sugerido, Jasper em sua Introdução à Filosofia, coloca a essência da filosofia na procura do saber e não em sua posse. A filosofia trai a si mesma e degenera quando é posta em fórmulas.

A tarefa fundamental da filosofia resume-se na reflexão. A experiência fornece uma multiplicidade de impressões e opiniões. Adquirem-se conhecimentos científicos e técnicos nas mais variadas áreas. Têm-se aspirações e preocupações as mais diversas. A filosofia procura refletir sobre esse saber, interroga-se sobre ele, problematiza-o. Filosofar é interrogar principalmente sobre fatos e problemas que cercam o homem concreto, inserido em seu contexto histórico. Esse contexto muda-se através dos tempos, o que explica o deslocamento de temas de reflexão filosófica. É claro que alguns temas perpassam a história como o próprio homem; qual o sentido do homem e da vida? Existe ou não existe o absoluto? Há liberdade? Entretanto, no campo da reflexão ampliou-se muito nos nossos dias. Hoje, os filósofos, além das interrogações metafísicas tradicionais, formulam novas questões: o homem será dominado pela técnica? A máquina substituirá o homem? Também o homem será produzido em série, em tubos de ensaio? As conquistas espaciais comprovam que o poder ilimitado do homem? O progresso técnico é um benefício para a humanidade? Quando chegará a vez do combate contra a fome e a miséria? O que é valor hoje?

A filosofia procura compreender a realidade em seu contexto mais universal. Não há soluções definitivas para grande número de questões. Entretanto, habilita o homem a fazer uso de suas faculdades para ver melhor o sentido da vida concreta.

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Conhecimento teológico

Conhecimento revelado pela fé divina ou crença religiosa. Não pode, por sua origem, ser confirmado ou negado. Depende da formação moral e das crenças de cada indivíduo. Os estudiosos consideram o conhecimento teológico como produto da fé humana na existência de uma ou mais entidade divinas – a um deus ou muitos deuses ou seres divinizados, mitificados.

Geralmente atribuídos a revelações do mistério, do oculto, por algo que é interpretado como mensagem ou manifestação de alguma divindade. Criam-se tradições orais e ou escritas que atribuem tais revelações a alguém que se considera sagrado. Apresenta respostas para questões que os conhecimentos vulgar, filosófico e científico não conseguem responder satisfatoriamente.

Exemplo: Acreditar que alguém foi curado por um milagre; ou acreditar em duendes; acreditar em reencarnação; acreditar em espírito etc..

Leis

Lei, segundo o dicionário Michaelis, (exemplar UOL) significa:

 Preceito emanado da autoridade soberana;

 Prescrição do poder legislativo;

 Regra ou norma de vida.

 Relação constante e necessária entre fenômenos ou entre causas e efeitos.

 Obrigação imposta.

 Preceito ou norma de direito, moral etc.

 Religião fundada sobre um livro.

As leis científicas que o processo alcança são, nas palavras de Montesquieu, as relações constantes e necessárias que derivam da natureza das coisas. As leis exprimem quer relações de existência ou de coexistência (a água é um corpo incolor, inodoro, tendo tal densidade a tantos graus Centígrados, suscetível de assumir o estado líquido, sólido ou gasoso etc.), quer relações de casualidade ou de sucessão (a água ferve a 100 graus Centígrados, o calor dilata os metais etc.), quer enfim relações de finalidade (o pâncreas tem por função também regular a quantidade de açúcar no sangue)

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Teoria e Hipótese

O emprego usual do termo teoria opõe-se ao da prática. Nesse sentido, a teoria refere-se ao conhecimento (=saber, conhecer) em oposição à prática como ação (=agir, fazer).

Aqui, entretanto, o termo teoria é empregado para significar um resultado a que tendem as ciências. Estas não se contentam apenas com a formulação das leis. Ao contrário, determinadas as leis, procuram interpreta-las ou explica-las.

Assim surgem as chamadas teorias científicas, que reúnem determinado número de leis particulares sob a forma de uma lei superior e mais universal.

Ou, conforme Lahr: “Um conjunto de leis particulares, mais ou menos certas ligadas por uma explicação comum, torna o nome de sistema ou teoria, por exemplo, sistema de Laplace, a teoria da evolução...”.

Atualmente, porém, a teoria designa uma construção intelectual que aparece como resultado do trabalho filosófico ou científico (ou ambos). A teoria não pode ser reduzida, como alguns pretendem, à hipótese, mas é certo que as hipóteses – enquanto supostos fundamentais – não podem ficar excluídas da construção teórica.

A teoria distingue-se da hipótese, uma vez que a hipótese é verificável experimentalmente, e a teoria não. Todas as proposições da teoria se integram no mundo do discurso (conhecimento), enquanto a hipótese comprova a sua validade, submete-se ao teste da experiência.

A teoria é interpretativa, enquanto a hipótese resulta em explicação através de leis naturais.

A teoria formula necessariamente hipóteses, enquanto ao passo que essas subsistem independente dos enunciados teóricos.

Função das teorias:

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 são instrumentos preciosos do sábio, sugerindo-lhe analogias até então ignoradas e possibilitando-lhe, assim, novas descobertas.

Teoria e Fatos

O senso comum tende a considerar o fato como realidade, isto é, verdadeiro, definitivo, inquestionável e auto evidente. Da mesma forma, imagina teoria como especulação, ou seja, ideias não comprovadas que, uma vez submetidas à verificação, se revelarem verdadeiras, passam a constituir fatos e, até, leis.

Sob o aspecto científico, entretanto, se o fato é considerado uma observação empiricamente verificada, a teoria se refere a relações entre fatos ou, em outras palavras, à ordenação significativa desses fatos, constituindo em conceitos, classificações, correlações, generalizações, princípios, leis, regras, teoremas, axiomas etc.

Dessa forma conclui-se que:

Teoria e fato não são diretamente opostos, mas inextrincavelmente inter-relacionado, consistindo em elementos de um mesmo objetivo – a procura da verdade –, sendo indispensáveis a abordagem científica.

Teoria não é especulação, mas um conjunto de princípios fundamentais, que se constituem um instrumento científico apropriado na procura e principalmente na explicação dos fatos;

Ambos, teoria e fato, são objetos de interesse dos cientistas: não existe teoria sem ser baseada em fatos; por sua vez; a compilação de fatos ao acaso, sem um princípio de classificação (teoria), não produziria a ciência – ter-se-ia um acúmulo de fatos não sistematizados, não relacionados, mas amorfos e dispersos, impossíveis de serem interligados e explicados;

O desenvolvimento da ciência pode ser considerado como uma inter-relação constante entre a teoria e fato.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 13 Volte para sua disciplina e participe do Fórum de "Metodologia Científica e

Tecnológica"

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4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA

4.1- Técnicas de Aprendizagem Leitura

Para tirar proveito das riquezas literárias, o segredo está nas normas e técnicas da leitura inteligente. Quem não sabe ler cientificamente as obras escritas tampouco saberá tomar boas anotações.

Pode-se ler com distintas finalidades: para formar-se, para distrair-se ou para recolher informações. Em razão destas finalidades, pode-se classificar a leitura em três tipos: leitura formativa, leitura de distração e leitura informativa.

Esta última é feita com vista à coleta de dados ou informações que serão utilizados em trabalhos para responder a questões específicas. Deve-se sempre ter presente o objetivo da pesquisa, caso contrário, a leitura informativa torna-se distrativa ou passatempo. Expõe-se a seguir as fases das características da leitura informativa. Fases cronológica e lógica ao mesmo tempo, pois devem suceder-se uma após a outra e nesta sucessão temporal, o pensamento reflexivo percorre as etapas no termo das quais surge o conhecimento científico: visão global (sincrética), visão analítica, visão sintética.

Leitura de reconhecimento e pré-leitura

Na fase inicial da leitura informativa, o pesquisador deve certificar-se da existência ou das informações que procura, além de obter uma visão global das mesmas. São duas, pois, as finalidades desta leitura: em primeiro lugar, permitirá ao pesquisador selecionar os documentos bibliográficos que contém dados ou informações suscetíveis de serem aproveitados na solução dos problemas; em segundo lugar, dará ao pesquisador uma visão global do assunto focalizado, visão indeterminada, mas indispensável para poder progredir no conhecimento.

Faz-se a leitura de reconhecimento ou a pré-leitura examinada a folha de rosto, os índices, a bibliografia, as citações ao pé da página, o prefácio, a introdução e a conclusão. Tratando-se de livros, percorrem-se o capítulo introdutório e o final; para o

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 15 conhecimento de um capítulo estudem-se o primeiro e o último parágrafos. Tratando-se de artigos de revistas ou jornais, normalmente a ideias está contida no título do artigo e das partes. Os primeiros parágrafos trazem geralmente o conjunto dos dados mais importantes.

Leitura seletiva

Localizadas as informações, procede-se à escolha do melhor de acordo com os conhecimentos do trabalho. Selecionar é eliminar o dispensável para fixar-se no que realmente é interessante.

Dá-se o primeiro passo de uma leitura mais séria, embora não se trate ainda de um estudo exaustivo e minucioso. Para selecionar os dados e informações é necessário definir os critérios de seleção. Os critérios da leitura seletiva são os propósitos do trabalho: o problema formulado, as perguntas elaboradas quando se questionou o assunto ou, ou em outros termos, os objetivos intrínsecos do trabalho. Somente os dados que possam fornecer alguma luz sobre o problema, constituindo um elemento de resposta ou de solução, é que serão selecionados. Pode-se voltar várias vezes a um mesmo texto com propósitos distintos. São estes que determinam a importância e a significação dos materiais.

Leitura crítica ou reflexiva

Feita a seleção do material útil para o trabalho, o pesquisador ingressa no estudo propriamente dito dos textos, com a finalidade de saber o que o autor afirma sobre o assunto.

Nessa fase são necessárias certas atitudes, como culto desinteressado da verdade e ausência de preconceitos. Simultaneamente o pesquisador deve ter sempre presente diante de si os problemas que se dispõem a resolver através do estudo.

É uma fase de estudos, isto é, de reflexão deliberada e consciente (processo de aprendizagem); de percepção dos significados, o que envolve um esforço reflexivo que se manifesta através de operações de análise, comparação, diferenciação, síntese e julgamento (processo de apreensão); da apropriação dos dados referentes ao assunto ou problema (processo de assimilação).

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Esquema

A leitura é um método de estudo que tem como objetivos:

1. Favorecer a compreensão global do significado do texto; 2. Treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos; 3. Auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico;

4. Fornecer instrumentos para o trabalho intelectual desenvolvido nos seminários, no estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos, na confecção de resumos, resenhas, relatórios etc.

A seguir estão descritos os processos básicos, figura 2:

1. Análise textual: preparação do texto; trabalhar sobre unidades delimitadas (um capítulo, uma seção, uma parte etc., sempre um trecho com um pensamento completo); fazer uma leitura rápida e atenta da unidade para se adquirir uma visão de conjunto da mesma; levantar esclarecimentos relativos ao autor, o vocabulário específico, aos fatos, doutrinas e autores citados, que sejam importantes para a compreensão da mensagem; esquematizar o texto, evidenciando sua estrutura racional.

2. Análise temática: compreensão do texto; determinar o tema-problema, a idéia central e as ideias secundárias da unidade; refazer a linha de raciocínio do autor, ou seja, reconstruir o processo lógico do autor; evidenciar a estrutura lógica do texto, esquematizando a sequência das ideias.

3. Análise interpretativa: interpretação do texto; situar o texto no contexto da vida e obra do autor, assim como no contexto da cultura de sua especialidade, tanto do ponto de vista histórico quanto do ponto de vista teórico; explicar os pressupostos do autor que justifiquem suas propostas teóricas; aproximar e associar ideias do autor expressas na unidade com outras ideias relacionadas à mesma temática; exercer uma atitude crítica diante das posições do autor em termos de:

1. coerência interna da argumentação; 2. validade dos argumentos empregados;

3. originalidade do tratamento dado ao problema; 4. profundidade de análise do tema;

5. alcance das suas conclusões e consequências; 6. apreciação e juízo pessoal das ideias defendidas.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 17 4. Problematização: discussão do texto; levantar e debater questões explícitas ou implícitas no texto; debater questões afins sugeridas pelo leitor. (A leitura analítica é também fonte essencial da documentação. Cada uma das etapas fornece elementos que, de acordo com as necessidades de cada um, podem ser transcritos para a ficha de documentação).

5. Síntese pessoal: reelaboração pessoal da mensagem; desenvolver a mensagem mediante retomada pessoal do texto e raciocínio personalizado; elaborar um novo texto, com redação própria, com discussão e reflexões pessoais.

Figura 2 – Processos básicos de análise

Volte para seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões. Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

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4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA

4.2 - Estudo

Em primeiro lugar, é preciso que o estudante se conscientize de que daqui para frente o resultado do processo depende fundamentalmente dele mesmo. Seja pelo seu próprio desenvolvimento psíquico e intelectual, seja pela própria natureza do processo educacional desse nível, as condições de aprendizagem transformam-se no sentido de exigir do estudante maior autonomia na efetivação da aprendizagem, maior independência em relação aos subsídios da estrutura do ensino e dos recursos institucionais que ainda continuam sendo oferecidos. O aprofundamento da vida científica passa a exigir do estudante uma postura de auto atividade didática que será sem dúvida, crítica e rigorosa. Todo o conjuntos de recursos que está na base do ensino superior não pode ir além de sua função de fornecer instrumentos para uma atividade criadora.

Em segundo lugar, convencido da especialidade dessa situação, deve o estudante empenhar-se em num projeto de trabalho altamente individualizado, apoiado no domínio e na manipulação de uma série de instrumentos que devem estar contínua e permanentemente ao alcance de suas mãos. É com o auxílio desses instrumentos que o estudante se organiza na no estudo e disciplina sua vida científica. Este material didático e científico serve de base para o estudo pessoal e para complementação dos elementos adquiridos no decurso do processo coletivo de aprendizagem em sala de aula. Dado o novo estilo de trabalho a ser inaugurado pela vida universitária, a assimilação de conteúdos já não pode ser feita de maneira passiva e mecânica como costuma ocorrer, muitas vezes, nos ciclos anteriores. Já não basta a presença física às aulas e o cumprimento forçado de tarefas mecânicas: é preciso dispor de um material de trabalho específico à sua área e explora-lo adequadamente.

Processos lógicos de estudo

O trabalho científico implica ainda outros processos lógicos para a realização de suas vária etapas. Assim, para abordar determinado tema, objeto de suas pesquisas, reflexão e conhecimento, o autor pode utilizar-se de processos analíticos ou sintéticos.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 19 A análise de um processo de tratamento do objeto – seja ele um objeto material, um conceito, uma ideia, um texto etc. – pelo qual este objeto é composto em suas partes constitutivas, tornando-se simples aquilo que era composto e complexo. Trata-se, portanto, de dividir, isolar, discriminar.

A síntese é um processo lógico de tratamento do objeto pelo qual esse objeto decomposto pela análise é recomposto, reconstituindo-se a sua totalidade. A síntese permite a visão de conjunto, a unidade das partes até então separadas num todo que então adquire sentido uno e global.

A análise é pré-requisito para uma classificação. Esta se baseia em caracteres que definem critérios para a distribuição das partes em determinadas ordens. Não é outra coisa que se manifesta quando um texto é esquematizado, estruturado: as divisões seguem determinados critérios que não podem ser mudados arbitrariamente. Para se descobrir tais caracteres procede-se analiticamente.

A análise e síntese, embora se oponham, não se excluem. Pelo contrario, complementam-se. A compreensão das coisas pela inteligência humana parece passar necessariamente por três momentos, ou seja, para se chegar a compreender intencionalmente um objeto, é preciso ir além de uma visão meramente indiferenciada da sua unidade inicial, tal como a temos na experiência comum, uma consciência de um todo sem a consciência das partes; é preciso dividir, pela análise o todo, tendo-se plena consciência das partes que o constituem: é a síntese.

Conclusão

Para acompanhar o desenvolvimento do seu curso, o aluno deve preparar e rever aulas. O cronograma de estudo possibilita ao aluno maior proveito da aula, seja ela expositiva, um debate ou um seminário. Tratando-se de aula expositiva, até a tomada de apontamentos torna-se mais fácil, dada a familiaridade com a matéria que está sendo exposta; consequentemente, há melhores condições de selecionar o que é essencial e que deve ser anotado evitando-se a sensação de “estar perdido” no meio de informações aparentemente dispersas. Tratando-se de seminários ou debates mais necessário se faz ainda a preparação prévia do que se falará ulteriormente.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 20 A revisão da aula situa-se como a primeira etapa de personalização da matéria estudada. É o momento em que se retomam os apontamentos feitos apressadamente durante a aula e se dá acabamento aos informes, recorrendo-se aos instrumentos complementares de pesquisa após uma triagem que passarão definitivamente para as fichas de documentação. Não há necessidade, neste momento, de decorar os apontamentos: basta transcrevê-los, pensando detidamente sobre as ideias em causa e buscando uma compreensão exata dos conteúdos anotados. Rever essas fichas como preparação da aula seguinte é medida inteligente para o paulatino domínio do seu conteúdo. Na figura 3 é apresentado o fluxograma de vida de estudo.

Volte para seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões. Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 21

4.- METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA

4.3 - Trabalhos Acadêmicos e Científicos:

Os trabalhos científicos devem ser elaborados com normas preestabelecidas com os fins que se destinam. Serem inéditos ou originais e contribuírem não só para ampliação de conhecimentos ou compreensão de certos problemas, mas também servirem de modelo ou oferecer subsídios para outros trabalhos.

Os trabalhos científicos originais devem permitir a outro pesquisador, baseado nas informações dadas:

1. Reproduzir as experiências e obter os resultados descritos, com a mesma precisão e sem ultrapassar a margem do erro indicada pelo autor;

2. Repetir as observações e julgar as conclusões do autor;

3. Verificar a exatidão das análises e deduções que permitam ao autor chegar às conclusões.”

Tipos de trabalhos científicos:

1. Observações ou descrições originais de fenômenos naturais, espécies novas, estruturas e funções, mutações e variações, dados ecológicos etc.

2. Trabalhos experimentais cobrindo os mais variados campos e representando uma das mais férteis modalidades de investigação, por submeter o fenômeno estudado às condições controladas da experiência.

Trabalhos teóricos de análise ou síntese de conhecimentos, levando à produção de conceitos novos por via indutiva ou dedutiva; apresentação de hipóteses, teorias etc.”

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 22 Figura 3 – Fluxograma de vida do estudo

Os trabalhos científicos podem ser realizados com base em fontes de informações primárias ou secundárias e elaborados de várias formas, de acordo com a metodologia e com os objetivos propostos.

Conceito

A monografia é a descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer, dissertação ou trabalho escrito que trata especialmente de determinado ponto da ciência, da arte, da história etc. ou “trabalho sistemático ou completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento, mas não extenso no alcance” (American Library Association).

Trata-se, portanto, de um estudo sobre um tema específico ou particular, com suficiente valor representativo e que obedece a rigorosa metodologia. Investiga determinado assunto não só em profundidade, mas também em todos seus ângulos e aspectos, dependendo dos fins a que se destina.

(23)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 23 Tem como base a escolha de uma unidade ou elemento social, sobre duas circunstâncias:

1)ser suficientemente representativo de um todo cujas características se analisa; 2)ser capaz de reunir os elementos constitutivos de um sistema social ou de refletir as incidências e fenômenos de caráter autenticamente coletivo.

4.4.1.2 - Características

A monografia apresenta algumas características: a) trabalho escrito, sistemático ou completo;

b) ema específico ou particular de uma ciência ou parte dela;

c) estudo pormenorizado e exaustivo, abordando vários aspectos e ângulos do caso; d) tratamento extenso em profundidade, mas não em alcance (nesse caso, é limitado);

e) metodologia específica;

f) contribuição importante, original e pessoal para ciência.

A característica essencial não é a extensão, como querem alguns autores mas o caráter do trabalho (tratamento de um tema delimitado) e a qualidade da tarefa, isto é, o nível da pesquisa, que está intimamente ligados aos objetivos propostos para a sua elaboração.

A monografia implica originalidade, mas até certo ponto, uma vez que é impossível obter a total novidade em um trabalho; isto é relativo, pois a ciência sendo acumulativa, está sujeita a contínuas revisões.

4.4.1.3 - Estrutura da monografia

Os trabalhos científicos, em geral, apresentam a mesma estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão.

Pode haver diferenças quanto ao material, o enfoque dado, a utilização desse ou daquele método, dessa ou daquela técnica, mas não em relação à forma ou à estrutura.

(24)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 24 a) Introdução: Formulação clara e simples do tema da investigação; é a apresentação sintética da questão, a importância da metodologia e rápida referência a trabalhos anteriores, realizados sobre o mesmo assunto.

Quando for o caso, levanta o estado da questão, mostrando o que já foi escrito a respeito do tema e assinalando a relevância e o interesse do trabalho. Em todos os casos, manifesta as intenções do autor e os objetivos do trabalho, enunciando seu problema, sua tese e os procedimentos que serão adotados para o desenvolvimento do raciocínio. Encerra-se com uma justificação do plano de trabalho. Lendo a introdução, o leitor deve sentir-se esclarecido a respeito do teor da problematização do tema do trabalho, assim como a respeito da natureza do raciocínio a ser desenvolvido. Evitem-se intermináveis retrospectos históricos, a apresentação precipitada dos resultados, os discursos grandiloquentes. Deve ser sintética e versar única e exclusivamente sobre a temática intrínseca do trabalho. Note-se que é a última parte do trabalho a ser escrita.

b) Desenvolvimento: Fundamentação lógica do trabalho de pesquisa, cuja

finalidade é expor e demonstrar. O desenvolvimento corresponde ao corpo do trabalho e será estruturado conforme as necessidades do plano definitivo da obra. As subdivisões dos tópicos do plano lógico, os itens, seções, capítulos etc. surgem da exigência da logicidade e da necessidade de clareza e não de um critério puramente espacial. Não basta enumerar simetricamente os vários itens: é preciso que haja subtítulos portadores de sentido. Em trabalhos científicos, todos os títulos de capítulos ou de outros .itens devem ser temáticos e expressivos, ou seja, devem dar a ideia exata do conteúdo do setor que intitulam.

No desenvolvimento, podem-se levar em consideração três fases ou estágios: explicação, discussão e demonstração.

 Explicação "é o ato pelo qual se faz explícito o implícito, claro o escuro, simples o complexo" (Asti Vera, 1979:169).Explicar é apresentar o sentido de uma noção, é analisar e compreender, procurando suprimir o ambíguo ou obscuro.

 Discussão é o exame, a argumentação e a explicação da pesquisa: explica, discute, fundamenta e enuncia as proposições.

 Demonstração é a dedução lógica do trabalho; implica o exercício do raciocínio. Demonstra que as proposições, para atingirem o objetivo formal do trabalho e não se afastarem do tema, devem obedecer a uma sequência lógica.

(25)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 25

c) Conclusão: Fase final do trabalho de pesquisa, mas não somente um fim. Como

a introdução e o desenvolvimento, possui uma estrutura própria.A conclusão consiste no resumo completo, mas sintetizado, da argumentação dos dados e dos exemplos constantes das duas primeiras partes do trabalho. Da conclusão devem constar a relação existente entre as diferentes partes da argumentação e a união das ideias e, ainda, conter o fecho da introdução ou síntese de toda reflexão. É também a síntese para a qual caminha o trabalho. Será breve e visará recapitular sinteticamente os resultados da pesquisa elaborada até então. Se o trabalho visar resolver uma tese-problema e se, para tal, o autor desenvolver uma ou várias hipóteses, através do raciocínio, a conclusão aparecerá como um balanço do empreendimento. O autor manifestará seu ponto de vista sobre os resultados obtidos, sobre o alcance dos mesmos.

Tipos de monografia

Os estudantes, ao longo de suas carreiras, precisam apresentar uma série de trabalhos que se diferenciam uns dos outros quanto ao nível de escolaridade e quanto ao conteúdo. Via de regra, para o término do curso de graduação os estudantes têm o compromisso de elaborar um trabalho baseado, geralmente, em fontes bibliográficas, que não precisa ser extenso nem muito específico.

À medida que ascendem na carreira universitária, esses trabalhos vão exigindo maior embasamento, mais reflexão, mais amplitude e criatividade.

Alguns autores, apesar de darem o nome genérico de monografia a todos os trabalhos científicos, diferenciam uns dos outros de acordo com o nível da pesquisa, a profundidade e a finalidade do estudo, a metodologia utilizada e a originalidade do tema e das conclusões.

Dessa maneira, pode-se distinguir três tipos: monografia, dissertação e tese, que obedecem a esta ordem ascendente, em relação à originalidade, à profundidade e à extensão.

Há os que apresentam outra divisão:

 Monografias escolares ou trabalhos de caráter didático, apresentados ao final de um curso específico, elaborados por alunos iniciantes na autêntica monografia, ou de

(26)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 26 "iniciação à pesquisa e como preparação de seminários" (Salvador, 1980 p32). Também chamados trabalhos de média divulgação, porque são baseados em dados de segunda mão.

 Monografias científicas. Trabalhos científicos apresentados ao final do curso de mestrado, com o propósito de obter o título de mestre.

Escolha do tema

Na escolha, o estudante poderá tomar a iniciativa, selecionando um assunto ou problema de trabalho, de acordo com suas preferências, evidenciadas durante o curso de graduação. Pode aceitar o tema indicado pelo professor ou escolher um tópico, constante de uma relação oferecida pelo orientador, tendo sempre em vista o seu interesse.

O tema geral de um estudo também "pode ser sugerido por alguma vantagem prática ou interesse científico ou intelectual em benefício dos conhecimentos sobre certa situação particular", afirma SeIltiz (1965 p.33-4).

Escolhido o tema, a primeira coisa a fazer é procurar conhecer o que a ciência atual sabe sobre o mesmo, para não cair no erro de apresentar como novo o que já é conhecido há tempos, de demonstrar o óbvio ou de preocupar-se em demasia com detalhes sem grande importância, desnecessários ao estudo.

Este trabalho prévio abrange três aspectos:

 orientação geral sobre a matéria que vai ser desenvolvida;

 conhecimento da bibliografia pertinente;

 reunião, seleção e ordenação do material levantado.

A bibliografia relacionada com o estudo muitas vezes é indicada pelo próprio professor e/ou orientador. Nesse caso, o estudante tem à sua disposição o material necessário ao seu trabalho.

Outros pontos importantes a serem considerados: relevância do assunto, áreas controvertidas ou obscuras, natureza e extensão da contribuição.

(27)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 27 No conhecimento da bibliografia faz-se necessário consultar, ler e fichar os estudos já realizados sobre o tema, com espírito crítico, valendo-se da literatura especializada, a partir dos trabalhos mais gerais e indo a seguir para os estudos mais específicos.

Quanto ao assunto escolhido, devem-se ainda observar algumas qualidades importantes:

 ser proporcional (em suas partes);

 ter valor científico;

 não ser extenso demais ou muito restrito;

 ser claro e bem delineado.

As monografias referentes ao grau de conclusão do estudante universitário não podem ser consideradas verdadeiros trabalhos de pesquisa (para o qual os estudantes não estão ainda capacitados, salvo raras exceções), mas estudos iniciais de pesquisa.

O trabalho de investigação – teórico ou prático bibliográfico ou de campo – dá oportunidade ao estudante para explorar determinado tema ou problema, levando-o a um estudo com maior ou menor profundidade e/ou extensão. Possibilita o desenvolvimento da sua capacidade de coletar, organizar e relatar informações obtidas e, mais, de analisar e até interpretar os dados de maneira lógica e apresentar conclusões.

Artigos científicos

Os artigos científicos são pequenos estudos, porém completos, que tratam de uma questão verdadeiramente científica, mas que não constituem em matéria de um livro.

Apresentam o resultado de estudos ou pesquisas e distinguem-se dos diferentes tipos de trabalhos científicos pela sua reduzida dimensão e conteúdo.

São publicados em revistas ou periódicos especializados e formam a seção principal deles.

Concluído um trabalho de pesquisa – documental, bibliográfica ou de campo – para que os resultados sejam conhecidos, faz-se necessário sua publicação. Esse tipo de trabalho proporciona não só a ampliação dos conhecimentos como também a compreensão de certas questões.

(28)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 28 Os artigos científicos, por serem completos, permitem ao leitor, mediante a descrição da metodologia empregada, do processo utilizado e resultados obtidos, repetir a experiência.

Estrutura do artigo

O artigo científico tem a mesma estrutura orgânica exigida para trabalhos científicos. Apresentam as seguintes partes:

1. PRELIMINARES:

1. Cabeçalho – título (e sub título) do trabalho. 2. Autor(es).

3. Credenciais do(s) autor(es). 4. Local de atividades.

2. RESUMO

3. CORPO DE ARTIGO

1. Introdução – apresentação do assunto, objetivo, metodologia, limitações e proposição.

2. Texto – exposição, explicação e demonstração do material; avaliação dos resultados e comparação com as obras anteriores.

3. Comentários e Conclusões – dedução lógica, baseada e fundamentada no texto, de forma resumida.

4. PARTE REFERENCIAL 1. Referências

2. Apêndices ou anexos (quando houver necessidade). 3. Agradecimentos.

4. Data (importante para salvaguardar a responsabilidade de quem escreve um artigo científico, em face da rápida evolução da ciência e da tecnologia e demora de certas editoras na publicação de trabalhos). A divisão do corpo do artigo pode sofrer alterações, de acordo com o texto, e ser subdividido em mais itens. Por exemplo:

1. Introdução

(29)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 29 3. Resultados

4. Discussão 5. Conclusões

Todavia, não convém que os artigos sejam muito subdivididos, para que o leitor não perca a sequência. Quando necessário, a divisão deve obedecer a uma ordem lógica, em que cada parte forme um todo e tenha um título adequado.

Conteúdo do artigo científico

O conteúdo pode abranger os mais variados aspectos e, em geral, apresenta temas ou abordagens novas, atuais e diferentes. Pode:

1. versar sobre um estudo pessoal, uma descoberta, ou dar um enfoque contrário ao já conhecido;

2. oferecer soluções para questões controvertidas;

3. levar ao conhecimento do público intelectual ou especializado no assunto idéias novas, para sondagem de opiniões ou atualizações de informes;

4. abordar aspectos secundários, levantados em alguma pesquisa, mas que não seriam utilizados na mesma.

O estabelecimento de um esquema para expor de maneira lógica, sistemática, os diferentes itens do assunto, evita repetições ou omissões ao longo da dissertação.

O público a que se destina o artigo também deve ser levado em consideração; isso pode ser mais ou menos previsto, conhecendo-se de antemão a natureza da revista: científica, didática, de divulgação.

Informe científico

O informe científico é um tipo de relato escrito que divulga os resultados parciais ou totais de uma pesquisa, as descobertas realizadas ou os primeiros resultados de uma investigação em curso.

É o mais sucinto dos trabalhos científicos e se restringe à descrição de resultados obtidos através da pesquisa de campo, de laboratório ou documental.

(30)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 30 O informe consiste, pois, no relato das atividades de pesquisa desenvolvida, e é imprescindível que seja compreendido e aproveitado. Deve estar redigido de maneira que a comprovação dos procedimentos, técnicas e resultados obtidos, ou seja, a experiência realizada, possa ser repetida pelo participante que se interesse pela investigação.

Volte para seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões. Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

(31)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 31

4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA

4.4 - Normas para Redação A redação do texto

A fase de redação consiste na expressão literária do raciocínio desenvolvido no trabalho. Guiando-se pelas exigências próprias da construção lógica, o autor redige o texto, confrontando as fichas de documentação, criando texto redacional em que vão inserir-se. Uma vez de posse do encadeamento lógico do pensamento, esse trabalho é apenas uma questão de comunicação literária.

Recomenda-se que a montagem do trabalho seja feita através de uma primeira redação de rascunho. Terminada a primeira composição, sua leitura completa permitirá uma revisão adequada do todo e a correção de possíveis falhas lógicas ou redacionais. Apesar da clareza e eficiência que o método de fichas possibilita para a redação do trabalho, muitos aspectos desnecessários acabam sobrando no mesmo e só depois de uma leitura atenta podem ser eliminados.

Em trabalhos científicos, impõe-se um estilo sóbrio e preciso, importando mais a clareza do que qualquer outra característica estilística. A terminologia técnica só será usada quando necessária ou em trabalhos especializados, nível em que já se tornou terminologia básica. De qualquer modo, é preciso que o leitor entenda o raciocínio e as idéias do autor sem ser impedido por uma linguagem hermética ou esotérica. Igualmente evitem-se a pomposidade pretensiosa, o verbalismo vazio, as fórmulas feitas e a linguagem sentimental. O estilo do texto será determinado pela natureza do raciocínio específico às várias áreas do saber em que se situa o trabalho.

A construção do parágrafo

De um ponto de vista da redação do texto, é importante ressaltar a questão da construção do parágrafo. O parágrafo é uma parte do texto que tem por finalidade expressar as etapas do raciocínio. Por isso, a sequência dos parágrafos, o seu tamanho e a sua complexidade dependem da própria natureza do raciocínio desenvolvido. Duas tendências são incorretas: ou o excesso de parágrafos – praticamente cada frase é tida

(32)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 32 como um novo parágrafo – ou a ausência de parágrafos. Como a paragrafação representa, ao nível do texto, as articulações do raciocínio, percebe-se então a insegurança de quem assim escreve. Nesse caso é como se as ideias e as proposições a elas correspondentes tivessem as mesmas funções, a mesma relevância nos desenvolvimento do discurso e como se este não tivesse articulações.

A mudança de parágrafo toda vez que se avança na sequência do raciocínio marca o fim de uma etapa e o começo de outra.

A estrutura do parágrafo reproduz a estrutura do próprio trabalho; constitui-se de uma introdução, de um corpo e de uma conclusão.

Na introdução anuncia-se o que se pretende dizer; no corpo, desenvolve-se a ideia anunciada; na conclusão, resume-se ou sintetiza-se o que se conseguiu.

Dependendo da natureza do texto e do raciocínio que lhe é subjacente, o parágrafo representa a exposição de um raciocínio comum, ou seja, comporta premissa e conclusão.

Portanto, a articulação de um texto em parágrafos está intimamente vinculada à estrutura lógica do raciocínio desenvolvido. É por isso mesmo que, na maioria das vezes, esses parágrafos são iniciados com conjunções que indicam as várias formas de se passar de uma etapa lógica para outra.

Conclusão

A redação do trabalho exige o domínio prático de todo um instrumental técnico que deve ser utilizado devidamente. Como em outros setores da metodologia, aqui também há muitas divergências nas orientações. As diretrizes que seguem pretendem ser as mais práticas possíveis e visam atingir os trabalhos didáticos mais comuns à vida universitária. São normas gerais que, no caso de trabalhos científicos, como as dissertações de mestrado e as teses de doutoramento, precisam ser complementadas com as exigências que lhes são específicas.

(33)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 33 Volte para seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões. Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

(34)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 34

4. - METODOLOGIA CIENTÍFICA E TECNOLOGICA

4.5 - Ferramentas do Benchmarking Definição

Benchmarking é um processo contínuo, sistemático, para avaliar produtos, serviços e métodos de trabalho de organizações que são reconhecidos como representantes das melhores práticas administrativas, com o propósito de aprimoramento organizacional. É uma ferramenta viável a qualquer organização, e aplicável a qualquer necessidade.

http://www.coladaweb.com/administracao/benchmarking

Características do benchmarking

Benchmarking é... Benchmarking não é...

um processo contínuo. um evento isolado.

uma investigação que fornece uma informação valiosa.

uma investigação que fornece respostas simples e “receitas”.

um processo de aprendizado com outros. cópia, imitação. um trabalho intensivo, consumidor de

tempo, que requer disciplina.

rápido e fácil. uma ferramenta viável a qualquer

organização e aplicável a qualquer processo.

(35)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 35 O benchmarking necessita estar aberto para novas ideias e aprendizados do que os outros fazem de melhor, quer eles estejam dentro ou fora da indústria, nacional ou estrangeiro. Entendendo a fortes competições e como eles operam, permitirão você adaptar e construir em cima deles excelentes práticas para o uso da sua própria organização. O benchmarking ajuda a melhorar a efetividade da organização e fazer as mudanças necessárias para ser um líder mundial na indústria ou no segmento.

Fatores críticos no benchmarking

Os fatores críticos (facilitadores e dificultadores) devem estar centrados em esforços no sentido de:

 Posicionar o foco da empresa no ambiente externo reiterando a importância do Mercado e Clientes.

 Aumentar o conjunto de conhecimentos da empresa no sentido de aquisição de novas práticas capacitadoras para a competição.

 Ampliar os padrões internos de eficiência referenciados a melhoria dos padrões de competição.

 Acrescer valor à satisfação percebida pelo cliente final.

Produtos finais no processo benchmarking

 Medidas de avaliação comparativas entre empresas participantes do mesmo setor;

 Explicação das melhores práticas capacitadoras da empresa líder no setor.

(36)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 36

Sistema de gerenciamento de benchmarking Guia para Benchmarking

Este é um resumo do Guia PRM – Padrões de Referência de Mercado, contendo as principais informações para a realização de um Benchmarking bem sucedido. (O processo de Benchmarking é também conhecido como PRM, desta forma, você irá encontrar esta sigla ao longo do texto).

Benchmarking é a comparação de resultados, outputs, métodos, processos ou práticas de maneira sistemática.

Muitas pessoas identificam o processo de Benchmarking como a visita a outra empresas. Entretanto, a visita é apenas uma das etapas do processo. Um Benchmarking bem estruturado compreende várias etapas:

 Identificar o que comparar;

 Identificar qual é o benchmark, qual é o padrão de excelência e quem atingiu este padrão;

 Determinar como atingi-lo, que métodos ou processos produzem estes resultados e;

 Decidir fazer mudanças ou melhorias nas nossa própria maneira de fazer negócios a fim de igualar ou suplantar o benchmark.

(37)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 37 Quadrante 1 – PRM de quê?

O enfoque do primeiro quadrante é selecionar o assunto para o Benchmarking baseado no seu próprio output, resultados ou fatores críticos de sucesso. Sem dúvida, você já tem uma idéia do assunto para o Benchmarking, com base em um problema que tenha que resolver, um resultado que gostaria de alcançar ou uma melhoria que você gostaria de fazer no seu processo ou método de trabalho.

Nesta etapa, devem ser definidas as características mensuráveis dos seus outputs, resultados e fatores críticos de sucesso, escolhendo medidas que possam ser comparadas com outras empresas (dólar, percentual, etc.).

DICAS

 listar assuntos potenciais;

 definir bem as características mensuráveis que possam ser comparadas com outras empresas (dólar, percentual, etc.).

ERROS FREQUENTES

 escolher muitos assuntos diferentes;

 não manter o foco no objetivo do Benchmarking.

(38)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 38 O enfoque desse quadrante é a escolha da(s) empresas com quem você vai se comparar. Se você não está pesquisando características de um produto específico, empresas atuando em atividades diferentes da sua, podem ser uma rica fonte de parceiros para Benchmarking. Se você está, por exemplo, pesquisando um sistema de administração de estoque, nada impede que você escolha um supermercado. O importante é que você procure empresas eficientes nos resultados, outputs e fatores de sucesso ligados ao assunto escolhido no Quadrante 1.

DICAS

 fazer Benchmarking externo e interno também;

 preparar uma lista de empresas através de consultas a especialistas no setor, publicações e jornais, bibliotecas de negócios, etc.

ERROS FREQUENTES

 só escolher empresas similares a nossa;

 não incluir outras operações do mesmo grupo (nós também temos boas idéias).

Quadrante 3 – Como nós fazemos?

Conhecer bem o nosso processo de trabalho para posteriormente identificar as mudanças que nos levarão ao Benchmark.

O propósito é identificar que mudanças nos nossos processos , métodos e práticas nos levarão a resultados comparáveis ao benchmark. Para isso devemos compreender bem os nossos processos de trabalho.

Uma boa forma é documentar o processo / método através de fluxogramas, pois eles apresentam as seguintes vantagens:

(39)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 39

 mostram relacionamentos e interações;

 facilitam a localização de problemas;

 dirigem comparações com outros sistemas, etc.

DICAS

 documentar nossos processos de trabalho;

 utilizar fluxogramas;

 identificar que mudanças no nosso processo, métodos e prática nos levarão ao benchmark.

ERROS FREQUENTES

 não fazer planejamento do benchmarking (não se preparar antes).

Quadrante 4 – Como eles fazem?

Depois de ter seguido os três primeiros passos, cadê agora obter informações sobre os processos, métodos e práticas que fazem os resultados da empresa benchmark um padrão de excelência. Há vários métodos para conseguir informações sobre as melhores práticas, uma das mais comuns é a visita à empresa.

Entretanto, para que a coleta de informações através de uma visita seja eficiente, faz se necessário tomar as seguintes ações:

ANTES DA VISITA

 faça uma agenda junto a empresa que vai visitar;

 reveja suas perguntas, certifique-se de que não são do tipo que induzam uma resposta errada ou duvidosa.

 reveja as informações sobre a empresa que vai visitar;

(40)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 40

 certifique-se de que todos no grupo sabem seus papeis;

 faça um checklist dos assuntos a serem abordados, etc.

DURANTE A VISITA

 troque cartões de visita;

 diga o objetivo de visita;

 não use termos peculiares;

 evite discussões sobre dados privados;

 faça perguntas apropriadas – não fuja do propósito (mantenha o foco!);

 seja profissional e agradável (a empresa que você visita pode ser um cliente);

 não seja um sabe tudo ... deixe a outra empresa falar ... você ouve!;

 não confie na memória, tome nota de todas as informações importantes durante a visita;

 verifique se o checklist foi cumprido;

 esclareça todos os pontos que ficaram em duvidosos (testar o entendimento);

 ofereça para ser visitado, etc.;

DEPOIS DA VISITA

 Reúna o grupo que efetuou o Benchmarking e documente formalmente;

 Agradeça através de carta;

 Se for o caso, esclareça por telefone, carta, etc, pontos da visita que não ficaram claros, etc.

DICAS

 verificar se já existem estudos disponíveis sobre o assunto feitos pela nossa empresa;

 Determinar o melhor meio para a coleta de dados; visitas, entrevista telefônica, pesquisa pelo correio, publicações das empresas, seminários, palestras, artigos públicos, etc.;

(41)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 41

ERROS FREQUENTES

 fazer perguntas que não são relevantes ao assunto ou problema (mantenha o foco!);

 confiar na memória e não anotar nada;

 acreditar que o benchmarking se resume só na visita.

IMPLEMTENTAÇÃO

Agora, cabe a decisão das mudanças a serem feitas nas práticas e nos métodos a fim de se igualar ou suplantar os resultados encontrados na empresa que você visitou. O importante é ter em mente que as melhorias devem levar em conta a nossa própria maneira de fazer negócios.

Após a implementada a mudança, é interessante medir os resultados dos novos métodos e práticas para quantificar a melhoria e verificar se o objetivo do estudo foi atingido.

REGISTRO DOS ESTUDOS DO BENCHMARKING

Um risco que corre uma empresa grande é que as pessoas podem perder muito tempo buscando oportunidades de melhorias que foram alvos de estudo. Sua idéia para um estudo de benchmarking já pode ter sido iniciada (ou terminada) por alguém. Para que seja possível compartilhar os resultados de outras pessoas deve haver um local que concentre os históricos de todos os projetos.

Ao terminar o estudo de benchmarking, registre os resultados. Sistema de Gerenciamento de Benchmarking:

(42)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 42

Fluxo do processo:

Clique nos anexos abaixo para visualizar: Anexo A Anexo B Anexo C Anexo D Anexo E Anexo F Anexo G Anexo H Anexo I

Volte para seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões. Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

(43)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 43

4.-Metodologia Científica e Tecnológica

4.6.- Link de Perguntas para estudo....

http://ead.aedb.br/joomla/mat1/images/anexossegundobi/questionariodemetodocientific o.pdf

Volte para seu curso e participe dos fóruns que estão no bloco Fóruns de Discussões. Lembrando que sua participação é importante e vale ponto.

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Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 44

5.-Engenharia de Projetos e Manutenção

5.- Projetos Conceito

Projeto é entendido como um conjunto de ações, executadas de forma

coordenada por uma organização transitória, ao qual são alocados os insumos necessários para, em um dado prazo, alcançar um objetivo determinado. Um projeto é também um conjunto de atividades inter-relacionadas que tem por objetivo a execução de um produto, sistema, processo ou serviço. O projeto estabelece um conjunto de procedimentos e especificações que postos em prática, resultam em algo concreto ou em um conjunto de informações. Assim, o processo do projeto é a aplicação de uma metodologia de trabalho na resolução de problema.

Características do projeto

 É um evento único;

 Tem datas específicas para início e término;

 Tem orçamento definido;

 O escopo do trabalho é estabelecido por tarefas definidas;

 O produto final é preciso;

 Utiliza recursos.

Exigências legais de projeto

Qualquer projeto terá que ser elaborado em conformidade com códigos, leis ou normas pertinentes ao assunto e vigentes na esfera municipal, estadual ou federal. Embora exista hierarquia entre as três esferas, devemos considerar a prescrição mais

(45)

Núcleo de Educação a Distância – NEAD/AEDB 45 exigente, que eventualmente pode não ser a do órgão de hierarquia superior. Ex. Obedecer a lei orgânica municipal para o projeto de uma determinada edificação. Os documentos legais a serem observados são:

 NBR – 5984 – Norma Geral de Desenho Técnico;

 Disposições da ABNT;

 Códigos, Leis e Normas Municipais, Inclusive regulamentações de concessionárias;

 Códigos, Leis e Normas Estaduais;

 Códigos, Leis e Normas Federais.

Etapas de projeto

Os projetos são desenvolvidos basicamente em três etapas: Estudo preliminar; Projeto básico e Projeto executivo.

Estudo Preliminar

É um estudo técnico efetuado para determinar a viabilidade de uma solução. Visa a análise e escolha, dentre as alternativas de solução a que melhor responde, técnica e economicamente, aos objetivos propostos.

Projeto Básico

Definição técnica e dimensional da solução adotada, contendo a concepção clara e precisa do sistema proposto, bem como a indicação de todos os componentes, características e materiais a serem utilizados.

Projeto Executivo

Definição de todos os detalhes construtivos ou executivos dos sistemas objeto do projeto e sua apresentação gráfica, de maneira a esclarecer perfeitamente a execução, montagem ou instalação de todos os elementos previstos no sistema.

Gerenciamento de projetos

A gerência de projetos está dirigida para um fim, e não manter ou melhorar um conjunto de atividades repetitivas como o gerenciamento de uma fábrica. A gerência de projetos é uma combinação de planejamento estratégico, tático,

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