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PSICOPATOLOGIA E CONTEMPORANEIDADE. Tânia Maria José Aiello Vaisberg 1. Pontifícia Universidade Católica de Campinas

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PSICOPATOLOGIA E CONTEMPORANEIDADE Tânia Maria José Aiello Vaisberg1

Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Como sabemos, a Psicopatologia é uma disciplina teórica que fundamenta ações psiquiátricas, psicoterapêuticas, psicodiagnósticas e psicoprofiláticas. Os autores concordam em atribuir à obra de Jaspers (1913), Psicopatologia Geral, o papel de marco inaugural, o que nos permite considerar que se trata de uma ciência relativamente nova, com cerca de um século de existência.

Etimologicamente, o termo significa estudo do sofrimento psíquico. Trata-se, portanto, de um modo moderno de focalizar uma questão absolutamente antiga e essencial, a do sofrimento que parece inerente à condição humana (Ferry,2007). Entretanto, sendo, de fato uma ciência humana, a Psicopatologia não é um campo unificado de saber, mas abrange, antes, uma grande diversidade de hipóteses, explicações e teorias, que se vinculam a diferentes referenciais teóricos. Cada referencial, por sua vez, não se limita às suas afirmações manifestas, mas assenta-se sobre determinadas visões do que é o homem, do que é o mundo, do que é o processo de produção de conhecimento. Em outros termos, partem de

1 Livre Docente pela Universidade de São Paulo, Orientadora do Programa de Pós Graduação em

Psicologia da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Docente Aposentada Voluntária e Orientadora do Programa de Pós Graduação em Psicologia Clínica da Universidade de São Paulo, Coordenadora da Ser e Fazer: Oficinas Psicoterapêuticas de Criação do IPUSP e Presidente da NEW-

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ontologias,antropologias e epistemologias distintas. Deste modo, não nos deve surpreender o fato de terem sido identificados nada menos do que catorze enfoques teóricos da psicopatologia (Ionescu,1994).

Entretanto, um grande número de estudiosos reconhece que o campo pode ser bem organizado, em seu estado atual, a partir da distinção de três grandes correntes: a neurobiológica, a psicanalítica e a sociológica. Enquanto a primeira privilegiaria a importância causal da dimensão orgânica e a terceira apostaria na produção social do sofrimento psíquico, a psicanálise tanto ignoraria os determinantes somáticos como os sociais, para destacar o papel do aparelho psíquico. Estas três correntes são, muitas vezes, consideradas à luz das afinidades que mantém com ideologias políticas, de modo que os organicistas são considerados de direita, os sociólogos de esquerda e os psicanalistas como esquerdistas que tem deslizado, ao longo dos anos, para o centro (Zefaradian,1988).

Ainda que bastante popular, esta divisão em três correntes não deixa de ser simplista e até certo ponto ingênua, uma vez que tributária de uma visão positivista segundo a qual cada ciência tem direitos de exclusividade sobre determinados objetos. Além disso, está basicamente não atualizada, uma vez que não é correto identificar a Psicanálise à metapsicologia clássica. Assim, o ramo que detém o domínio do corpo biológico clamaria pela “posse” do fenômeno do sofrimento psíquico numa luta contra

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sociólogos e psicanalistas que, estudando a sociedade ou a mente inconsciente, fariam idêntica reivindicação. No entanto, se considerarmos que o fenômeno humano é uma complexidade não passível de ser reduzida a elementos mais simples, mas um todo, que deve ser abordado como tal, chegaremos à conclusão de que as diferentes ciências humanas, entre as quais se deveria incluir a biologia humana, lidam com um mesmo e único fenômeno (Bleger, 1963). Nesta perspectiva, cessam as disputas em favor do reconhecimento de que tanto há espaço para uma biologia, como para uma psicanálise ou uma sociologia voltadas, todas elas, ao estudo do sofrimento psíquico-emocional. Sendo assim, nenhuma descoberta em qualquer desses campos de conhecimento, anularia os outros dois, tornando-os inúteis ou supérfluos. Por outro lado, o uso ideológico de um ou outro modelo, seja para negar a concorrência das dimensões sociais, seja para negar o valor da subjetividade individual, seja para negar a importância do corpo, será mais facilmente neutralizado, se prevalecer uma lucidez epistemológica.

A constituição da Psicopatologia, como ciência moderna, ligou-se, fundamentalmente, à crença, já existente, de que o sofrimento psíquico teria, forçosamente, uma base material. Mais do que uma hipótese, esta era e é, para muitos, uma convicção que, entretanto, não garantiu a descoberta imediata da etiologia da maior parte das chamadas doenças mentais, cuja

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causalidade continua, em sua maior parte, obscura. Passaram-se algumas décadas antes que se tornasse aceita a idéia de que a sociedade desempenhava importante papel na produção do sofrimento psíquico (Miles,1981). Hoje é claro para a maioria dos estudiosos que o fato de existirem determinantes orgânicos não anula a importância das condições concretas da vida social no surgimento de manifestações psicopatológicas.

Deste modo, não surpreende que as relações existentes entre Psicopatologia e contemporaneidade possam interessar tanto a clínicos como a pesquisadores. Um fenômeno chama, desde o inicio, nossa atenção.Trata-se do fato de ocorrer uma relativa diminuição dos quadros mais conhecidos e melhor definidos, vale dizer, da neurose e da psicose, em favor de um aumento expressivo dos chamados quadros limites ou borderlines. O tema já foi bastante explorado por autores da estatura de um Bergeret (1974), que sistematizou uma Psicopatologia Psicanalítica tripartite, seguindo indicações freudianas, no interior da qual distinguia as estruturas neurótica e psicótica, ligadas fundamentalmente a angústias de fragmentação e castração, ao lado do que denominava organizações limites, que, possuindo caráter antidepressivo, exteriorizar-se-iam em termos clínicos como agressividade, adição, distúrbios alimentares, depressões, psicossomatoses e normopatias.

Encontramos uma organização similar, igualmente tripartite, no contexto do pensamento winnicottiano, o que,

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a nosso ver, pode ser considerado como uma Psicopatologia explícita. Aceita, assim, a existência de neuróticos, psicóticos e borderlines, mas afirma, curiosamente, que os neuróticos teriam simplesmente desaparecido na Inglaterra, pois já teriam feito um trabalho de desenvolvimento pessoal por meio do acesso a grandes obras, literárias e musicais, da cultura ocidental(Winnicott, 1963). Entretanto, pode-se captar, ao longo de sua brilhante obra, a vigência do que temos designado uma Psicopatologia implícita, no interior da qual os quadros conhecidos corresponderiam a arranjos de caráter meramente defensivo contra a impossibilidade de se sentir vivo, real e capaz de gestualidade espontânea transformadora de si e do mundo. Surge aqui uma contribuição inestimável à Psicopatologia Psicanalítica, que permite uma compreensão das demandas que nos chegam, atualmente, na clínica psicológica, em variados contextos institucionais, que ultrapassa a mera consideração do registro defensivo, neurótico, psicótico ou borderline.

Esta possibilidade de sentir-se vivo e real como condição de sanidade verdadeira surgiu, é importante lembrar, num contexto de teorização que retoma uma valorização do ambiente que a Psicanálise abandonara desde o tempo em que Freud substituiu a teoria da sedução para privilegiar as fantasias desejantes como elementos determinantes das neuroses (Laplanche e Pontalis,1967). Ora, como teoriza mantendo uma grande proximidade em

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relação ao acontecer clínico, Winnicott não pensa o individuo de modo abstraído das condições concretas nas quais sua vida tem lugar, evitando naturalmente abstrações metapsicológicas e enfatizando a importância do ambiente.

Como sabemos, Winnicott inspira-se no bebê para pensar o humano porque,em sua obra, o bebê é um dos modos de ser pelos quais a natureza humana se manifesta. Assim, não tem sentido, a nosso ver, pensar, como fazem alguns, que o ambiente só tem importância na vida do bebê e não na vida do adulto, como se tornar-se adulto pudesse significar transcender a dimensão de coexistência que caracteriza a condição humana. Entendemos que a contribuição winnicottiana sustenta que o ambiente é absolutamente fundamental ao longo de toda a vida individual.

Valorizar o ambiente significa, então, reconhecer que as condições concretas de vida, prevalentes na sociedade contemporânea globalizada, desempenham importante papel na geração do sofrimento psíquico emocional. Claro está que não queremos dizer que a vida tem sido fácil, no planeta, ao longo da História e que só hoje enfrentamos dificuldades. A leitura de um livro bastante atraente, na medida em que muito claro e simultaneamente rigoroso, o Aprenda a Viver: Filosofia para Novos Tempos (Ferry,2007) convence no sentido de lembrar como a condição humana, ao conjugar finitude e autoconsciência, é inerentemente geradora de sofrimento, o que, segundo este autor, motiva

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o nascedouro de duas importantes realizações humanas: a filosofia e a religião. Entretanto, muitos pensam que a vida atual, na qual os ideais estão ausentes e parecem substituídos por frenesis fundamentalistas de consumo (Santos,2001,1986), traz consigo um quadro novo, desconhecido em épocas históricas anteriores. A vida perde sentido e torna-se, deste modo, verdadeiramente absurda, o que gera sofrimento emocional importante. Não se trata, assim, de negar a importância de dimensões orgânicas, de amadurecimento emocional ou mesmo de exercício ético de escolha de posições existenciais mais construtivas e solidárias – que podemos presenciar mesmo em pessoas que se mantém a expensas de um falso self cuidador, mas de reconhecer que o mundo em que vivemos pode dificultar enormemente a constelação do sentir-se vivo e real numa vida que valha a pena.

Num primeiro momento, podemos pensar que o sentir-se vivo e real seja o que se pode chamar de “problema de foro íntimo”. Esta dissociação seria, assim, o mero descompasso entre o intelecto e a existir psicossomático, decorrente do fato de ter sido vitima de invasões ambientais que teriam interropido a continuidade do ser do bebê. Entretanto, se levarmos em conta que a vida transcorre no ambiente humano e interrogarmos mais detidamente o fenômeno da invasão ambiental que, em última instância, visa criar submissão, veremos que sentir-se vivo e real é algo que depende das condições concretas

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do viver, que depende da qualidade das relações humanas. Será, pois, fundamental, articular a possibilidade de sentir-se vivo e real com o ambiente familiar, lembrando que este último dependerá sempre das condições concretas da vida social.

Sabemos que desde o Renascimento, quando progressos científicos até então inimagináveis tiraram a sociedade de um cosmo fechado para um universo infinito, para adotar a expressão de Koyré (1973), os homens deixaram de encontrar sentidos na religião ou numa visão filosófica do mundo como todo harmonioso. Surgiram, assim, o humanismo e a filosofia moderna, inaugurando-se uma mudança profunda, a partir da qual os homens passaram a produzir os sentidos do viver, fundamentando-se não mais no cosmo ou em Deus, mas em si mesmos.

O projeto científico, como manifestação do humanismo, baseou-se em dois pressupostos. O primeiro deles diz respeito à crença de que a ciência emanciparia a humanidade de várias formas de superstição, obscurantismo e autoritarismos. O segundo é a convicção de que um aumento do domínio do mundo natural transformaria a vida humana, trazendo-lhe maior conforto, segurança e qualidade. Até aqui, navegava a cultura ocidental em mares nos quais se articulavam ideais de progresso das ciências com os de desenvolvimento da civilização. Entretanto, parece que a própria noção de progresso sofreu uma modificação drástica, que se liga,

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evidentemente, a vicissitudes do sistema capitalista, frequentemente designada como passagem da ciência à técnica, que consiste no desaparecimento dos fins em proveito dos meios. Evidentemente, trata-se de fenômeno dotado de alta complexidade, que merece ser estudado desde pontos de vista históricos, sociais, econômicos e filosóficos. Entretanto, tendo em vista nossos propósitos, que focalizam os efeitos destas transformações sobre as experiências emocionais de vida, basta levar em conta as linhas gerais deste movimento:

“Daí o formidável e incessante desenvolvimento da técnica preso ao crescimento econômico e largamente financiado por ele. Daí também o fato de que o aumento do poder dos homens sobre o mundo tornou-se um processo absolutamente automático, incontrolável e até mesmo cego, já que ultrapassa asa vontades individuais conscientes. É simplesmente o resultado inevitável da competição. Neste ponto, contrariamente às Luzes e à filosofia do século XVIII que, como vimos, visavam à emancipação e à felicidade dos homens, a técnica é realmente um processo sem propósito, desprovido de qualquer espécie de objetivo definido: na pior das hipóteses, ninguém mais sabe para onde o mundo nos leva, pois ele é mecanicamente produzido pela competição e não é de modo algum dirigido pela consciência dos homens agrupados coletivamente em torno de um projeto ,

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no seio de uma sociedade que, ainda no século passado, podia se chamar res publica, república, etimologicamente negócio ou causa comum” (Ferry, 2007, p.247).

O efeito da perda de ideais, sobre a experiência emocional individual, é, a nosso ver, devastador, porque torna a vida absurda, afetando o sentimento de que a vida valha a pena. Em ultima análise,como bem coloca Camus (1942), é o suicídio que se desenha no horizonte quando o absurdo ganha a cena, suicídio que tanto pode ocorrer de modo concreto como sutilizado sob diferentes roupagens sintomatológicas.

Tenho realizado, majoritariamente, dois tipos de investigação. O primeiro deles diz respeito à proposição de enquadres clínicos diferenciados, mediante os quais se possa estender os benefícios oriundos do conhecimento psicanalítico a populações tradicionalmente dele excluídas. Estes enquadres são, então, investigados em termos da detecção de sua eficácia clínica ou potencialidade mutativa. É claro que este tipo de pesquisa nos ensina sobre pessoas que buscam alguma forma de atendimento, mas não nos dizem muito sobre quem não se abre para este tipo de experiência. Nossa experiência tem comprovado a idéia de que predomina, no mundo atual, um sofrimento derivado da falta de ideais, esperanças e perspectivas, que afeta a capacidade de se sentir vivo, real e capaz de gestualidade espontânea e transformadora de si mesmo e do mundo.

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O segundo tipo de trabalho é conhecido como pesquisa psicanalítica de imaginários coletivos, iniciativa que abraçamos a partir da preocupação com os preconceitos existentes contra pessoas que necessitam de tratamento psiquiátrico. Assim, pesquisamos as concepções, crenças, idéias, sentimentos, fantasias de vários grupos da população, mais ou menos diretamente envolvidos com a problemática psiquiátrica, para detectar tanto como, e em resposta a que tipo de angústia, organizava-se seu imaginário. Pudemos entender que existe um grande medo sob a hostilidade, discriminação e preconceito contra o doente mental. Demo-nos, conta, então, de que havíamos desenvolvido uma metodologia de pesquisa que servia não apenas para a investigação do imaginário relativo ao doente mental, mas também a toda e qualquer figura humana, abrangendo todos os chamados excluídos sociais. Assim, passamos a investigar o imaginário de coletivos humanos sobre usuários de drogas, crianças com dificuldades escolares, crianças adotadas, obesos, deficientes, presidiários e muitos outros. Entretanto, ao realizar tais trabalhos, fomos nos dando conta de um fenômeno bastante interessante que consiste no fato dos grupos pesquisados trazerem sempre visões de vida fundamentalmente desanimadas, desesperançadas e carentes de perspectivas de futuro. A julgar pelo que temos encontrado nestas pesquisas, poderíamos afirmar que uma

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das formas mais comuns de sofrimento no mundo de hoje é a carência de sentido que impede o indivíduo de sentir-se vivo, real e capaz de gestualidade espontânea.

O quadro geral indica, a meu ver, que são inegáveis as relações entre o sofrimento humano e as condições concretas da vida contemporânea, de modo que se torna indispensável a constituição de projetos coletivos de produção de sentido e, em última análise, de esperança.

Referencias Bibliográficas

Bleger,J. (1963) Psicologia de la Conduta. Buenos Aires, Paidos,2001.

Camus,A. Lê Mythe de Sisyphe. Paris, Gallimard,1942. Ferry, L. Aprender a Viver: Filosofia para Novos

Tempos. Tradução Vera Lúcia dos Reis. Rio de Janeiro,

Objetiva,2007.

Ionescu,S. Catorze Enfoques de al

Psicopatologia.Mexico, Fondo de Cultura Econômica,1994.

Jaspers,K. Psicopatologia Geral.Tradução Samuel Penna Reis. Rio de Janeiro, Atheneu,1987.

Koyré,A. Du monde clos à l’univers infini. Paris, Gallimard, 1973.

Laplanche, J. e Pontalis, J.B. Vocabulário de

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Miles, A. The mentally ill in contemporary society. Oxford, Martin Robertson,1981.

Santos, M. Do Consumidor ao Cidadão. Tribuna da

Bahia.Salvador, p.10, 22 de abril de 1986.

Santos, M. Como Reverter a Globalização Perversa.

Caros Amigos, 8, p.7,2001.

Winnicott, D.W. (1963) Distúrbios Psiquiátricos e Processos de Maturação Infantil. O Ambiente e os

Processos de Maturação. Tradução Irineo Ortiz. Porto

Alegre, Artes Médicas, 1983.

Zefaradian,E. Les Jardiniers de la Folie.Paris,Odile Jacob,1988.

Referências

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