WebNovela “Ligadas pelo coração”
Capítulo 6
Cena 1 – Casa de Carolina/ Dia/ Interna
Os tios de Carolina ainda estão na varanda junto com ela e o marido, o telefone toca e Carolina vai atender
Carolina: Alô, quem fala
Telefone: Sua querida amiga
Carolina: Quem?
Beatriz: Não me diga que depois de 18 anos de amizade você me esqueceu? Carolina: Beatriz? É você?
Beatriz: Ah! Achei que não ia se lembrar de mim
Carolina nervosa, fica sem palavras, desliga o telefone e volta para a varanda. Maria Flor: Quem era?
Carolina com cara de paisagem responde Carolina: Parece que foi engano Maria Flor: Parece ou foi engano?
O telefone toca novamente e Carolina não se levanta da cadeira. Maurício: Deixa que agora eu atendo
Carolina levanta nervosa e da um grito Carolina: Não, deixa, eu vou atender.
Ela vai em direção ao telefone e morrendo de medo atende
As cenas alteram entre a Carolina e Beatriz
Carolina: Alô?
Beatriz: Nossa amiga, porque desligou o telefone na minha cara? Carolina: Porque você está ligando pra minha casa?
Beatriz: Vontade de rever as amigas de antigamente. Por quê?Não posso? Carolina: Depois do que você fez comigo e principalmente com a minha mãe você ainda tem coragem de me ligar?
Beatriz: Não posso fazer nada o erro foi todo seu era a minha ou a sua. Carolina entra em desespero e começa a chorar
Carolina: Para não faz mais isso comigo, eu já sofri muito com essa história. Beatriz: Quero me encontrar com você, vou me casar com um milionário. Carolina: Vai dar o golpe nele assim?
Beatriz: Me encontra no Arpoador, vamos colocar nossa história em pratos limpos.
Carolina: Não sei se eu vou, não sei
Beatriz e Carolina desligam o telefone, a cena volta somente para a casa de Carolina, ela volta para a varanda.
Carolina: Desculpa gente, mas não estou mais me sentindo bem, vou me deitar um pouco se quiserem ficar aqui com o Maurício fiquem a vontade vocês já são de casa.
Maurício: Ta sentindo alguma coisa meu amor? Carolina: Não, não só me deixa um pouco em paz.
Carolina vai para o quarto, fecha a porta e começa a chorar, ela vai ao guarda roupas pega três travesseiros e deita na cama abraçada a eles.
Cena 2 – Leblon/ Dia/ Externa
Depois de armar um plano para acabar com o passeio ciclístico da turma de Nayana, Laura permanece no meio da rua ainda rindo dos alunos correndo.
Laura (rindo): Bem feito pra santinha do pau oco, adorei, sou um gênio. Nayana vem furiosa na direção de Laura
Nayana: Cachorra, sua desgraçada eu te mato, você como uma policial nunca poderia ter feito isso, queria matar todo mundo.
Laura: Que isso senhora, eu sou uma agente, não pode falar assim comigo, posso considerar desacato à autoridade.
Nayana: Desacato, você vai ver o que é desacato.
Nayana parte para cima de Laura e as duas começam a se estapear, os passantes que estavam na rua começam a parar, mas não separam achando que a policial estava brigando com um bandido. Laura consegue dominar Nayana e a algema.
Nayana: Vai me prender é? Prende que seu maridinho, vai morrer de pena de mim e vai lá na cadeia me visitar, você vai ficar chupando dedo.
Laura: A senhora tem o direito de ficar calada, tudo que você falar, pode e será usado contra você no tribunal sua piranha.
Nayana: Vocês ouviram? Ela me chamou de piranha, vocês viram. Piranha ela me chamou de piranha.
Laura chama reforço e coloca Nayana dentro do carro. As duas seguem para a delegacia. Chegando lá Nayana começa a pedir seus direitos.
Nayana: Eu quero meus direitos, quero um telefonema. Laura a leva até o telefone
Laura: Você tem três minutos, nada mais do que isso. Nayana pega o telefone e disca um número
Nayana: Alô Cristiano, por favor vem aqui na 34º DP to presa Cristiano. As imagens alternam entre a delegacia e Cristiano no celular.
Cristiano: Na 34º? É a delegacia que a Laura trabalha, melhor vocês nem se encontrarem ai.
Nayana: Foi a louca da sua mulher que me prendeu, ela saiu no tapa comigo no meio da rua, sua mulher é louca.
Cristiano: Já to indo.
Nayana se encosta na parede e faz uma cara de satisfeita, coloca o dedo na boca e diz: Nayana: Brigada chefinho.
Cena 3- Terreiro de macumba/ Dia/ Externa Lunma, Painho e Lulu estão no terreiro.
Lunma: Uma semana e nada painho, onde é que ta esse ouro?
Painho: Calma minha filha, painho ta tendo interferência na conexão.
Lunma: Mas é só o que me faltava, interferência em ligação pro além. Aposto que painho fez gato.
Lulu: Uêpa, Painho fez gato nenhum não, é que essa hora tem uma gente conectada ai demora mesmo.
Lunma: Aposto que esse painho é o maior charlatão, cão consegue sentir é nada. Painho: Opa, Opa, que, que , que, Lunma, é ocê?
Lunma: Sim sou eu Genésio, pode falar to te ouvindo.
Painho: Minha fia, uhm quer dizer, meu amor, o seu tesouro ta enterrado sim, só não posso te dizer onde, mas o mapa está no meu coração que lhe deixei ao partir.
Lunma: Coração Gene? Que coração?
Painho: Agora cabe a você descobrir onde ele está.
Painho começa a pular e rodar no meio do terreiro, Lulu o acompanha e começa a cantar.
Lulu: Painho que voltar, vai embora encosto veio, painho quer voltar, vai embora encosto veio, painho ta voltando encosto veio indo embora, painho já chego, encosto se ferro.
Painho: Eita menina, sem palavrão.
Lunma: Painho o Genésio disse que o mapa ta no coração que ele me deixou após partir.
Painho: E que coração é esse?
Lunma: Não sei ele não me deixou nenhum coração, antes de morrer ele me deu de presente uma estrela, daquelas de colocar em arvore de natal, mas nem natal era.
Painho: Deve ser isso então uma estrela. Lunma: Mas ele disse coração.
Painho pega Lunma pela mão e sai andando lentamente com ela
Painho: Lunma deixa eu te contar uma coisa, Lulu deve ter te dito que as linhas hoje estão lotadas, então, ele queria dizer estrela, mas na conexão entrou um hacker ouvindo aquela musica “Coração para que se apaixonou por alguém que nunca te amou” então ele deve ter ouvido essa música e se confundiu.
Lunma: Mas será painho? Essa sua conexão é muito ruim vou procurar outro pai de santo com conexão banda larga.
Painho: Oxe, menina não diga mais isso, pare de besteira.
Lunma: Então eu vou para casa e vou ver nessa estrela, se não estiver nela eu largo o senhor pra lá e dou meu jeito pra descobrir onde está escondido esse bendito ouro.
Cena 4 – Casa de Bernadete (mãe de Beatriz) / Dia/ Interna Beatriz está deitada na cama, Pedro Antônio está saindo do quarto.
Beatriz: Obrigada pai
Beatriz espera ele sair e pega o telefone
Beatriz: Alô? Posso falar com o doutor Henrique. Atendente: Quem gostaria de falar com ele?
Beatriz: É Beatriz eu era uma paciente dele, gostaria de agradecer por tudo que ele fez por mim.
Atendente: Sim, vou ver se ele pode te atender.
Beatriz se levanta e tranca a porta. Volta apara a cama se senta e coloca o travesseiro entre as pernas.
Médico: Beatriz? Pensei que tinha dado errado.
Beatriz: Não, não deu tudo certo ele pensa que eu perdi a memória. Médico: Muito bom.
Neste momento cenas se alternam entre Beatriz no quarto e O médico em Londres no hospital
Beatriz: O acidente foi muito conveniente, mas se o senhor não tivesse me avisado que um homem que dizia ser meu marido tinha me levado para o hospital nada tinha dado certo deve muito a você.
Médico: Mas Beatriz, toma muito cuidado que depois que vocês foram embora, a polícia apareceu aqui no hospital para prender ele.
Beatriz: Prender por quê?
Médico: Parece que ele aplicou vários golpes em restaurantes e lanchonetes, típico ladrãozinho.
Beatriz: Golpes como assim golpes? Ele é rico, a família dele tem dinheiro que não cabe nos bancos.
Médico: É mas vieram prender ele. No hospital ouvisse
Enfermeira: Atenção Doutor Henrique Pontes, Atenção Doutor Henrique pontes o senhor está sendo aguardado na sala de cirurgia.
Médico: Beatriz vou ter que desligar, tenho uma cirurgia agora. Beatriz: Obrigada, Doutor Henrique.
Beatriz se levanta da cama e começa a andar de um lado para o outro no quarto Beatriz: A polícia atrás do Murilo. Quem diria.
Beatriz olha para o relógio e vê são cinco horas da tarde, ela se assusta. Beatriz: Cinco horas já, o Murilo vem me buscar às seis e meia. Ela abre a porta e vai em direção ao banheiro.
Bernadete: Minha filha, vai tomar banho, já são cinco horas. Beatriz: Já vou mãe, já vou.
Cena 5 – Casa da Carolina/ Dia/ Interna
Maurício: Desculpa gente, não sei mesmo o que aconteceu com a Carolina, ela trancou a porta do quarto.
Maria Flor: Que isso, ela deve ter se sentido mal deixe ela no quarto, daqui a pouco ela levanta e eu tenho mesmo que ir, vou gravar daqui a pouco. Nem Domingo eles me liberam
Os dois saem e entram no elevador, Maurício fecha a porta e vai em direção ao quarto. Maurício: Carolina, abre a porta a gente precisa conversar, porque ficou assim depois que desligou o telefone?
Carolina abre a porta com o olho inchado de tanto chorar Carolina: Entra
Maurício: O que que aconteceu meu amor? Carolina: A Beatriz me ligou quer me encontrar
Maurício: A Beatriz, mas porque ela te ligou depois de tanto tempo? Carolina: Ela quer conversar, não sei o que é.
Maurício: E você vai a esse encontro?
Carolina: Não sei, ela marcou no Arpoador de manhã. Maurício: No Arpoador? Estranho.
Carolina deita no colo de Maurício Carolina: Me abraça por favor.
Maurício: Claro, mas porque isso tudo? Que eu saiba foi você que me roubou dela.
Carolina: Por trás dessa História tem muita coisa que ninguém nunca pode imaginar que aconteceu.
Maurício: E é dessa história que eu tenho medo, nunca te vi assim tão abatida, sempre foi muito alegre, tão pra cima, vamos levanta, abriu um barzinho novo aqui perto vamos lá, vai ser melhor pra você esquecer um pouco dessa história.
Carolina: Não, não to no clima de barzinho.
Maurício: Mas você precisa sair de casa, você vai ficar o tempo todo deitada nessa cama? Não vamos levanta se arruma bem bonita, vamos dar uma volta na cidade.
Carolina: Você é muito chato sabia, mas vou aceitar o convite.
Carolina se levanta e vai tomar banho, Maurício volta para a varanda e começa a recolher as latas de cerveja e o prato que está em cima de um banquinho no meio da varanda, ele organiza as cadeiras e volta para o quarto, lá ele encontra Carolina vestindo a roupa, Carolina se assusta.
Carolina: Porque não avisa quando entra? Carolina rapidamente se cobre com a toalha
Maurício: Que isso Carolina? Não tem nada ai que eu nunca tenha visto. Carolina: Eu sei mas não gosto que você fique me olhando assim pelada. Maurício entra no banho e Carolina termina de se vestir, ela está se maquiando quando Maurício sai nu do banheiro com a toalha na mão.
Carolina: Se cubra com a toalha Maurício, é pra isso que ela serve
Cena 6 – Bar/ Noite/ Externa
Carolina e Maurício estão chegando no bar quando dão de cara com Beatriz e Murilo. Beatriz: Olha gente quem apareceu aqui
Carolina da as costas
Carolina: Vamos para outro lugar Maurício
Beatriz: Mentira, esse é o Maurício, então os boatos eram verdadeiros vocês se casaram mesmo.
Carolina: Não me diga que você não sabia?
Beatriz: Não juro que não sabia, passe oito anos em Londres, fiquei só dois anos no Brasil depois que minha mãe operou.
Neste momento Beatriz olha bem no olho de Carolina e da um sorriso de canto de boca. Carolina: Vamos embora Maurício, a conversa não está indo para um lado muito bom.
Murilo: Beatriz, não vai me apresentar.
Beatriz: Claro, Murilo estes é, Carolina e Maurício meus amigos. Murilo: Muito prazer conhecer vocês.
Beatriz: A Carolina tem uma magoa comigo mas nós vamos resolver tudo amanhã, não vamos Carol?
Carolina chama Maurício mais uma vez para ir embora Carolina: Vamos Maurício
Maurício: Desculpa gente, nós vamos ter que ir, foi um prazer te ver novamente Beatriz.
Beatriz: O prazer foi meu Mauricio
Beatriz da um beijo no rosto de Maurício e ele e Carolina saem Cena 7 – Estúdio de TV/ Noite/ Externa
Maria Flor está no Estúdio pronta para gravar o programa “Coisas de Casais” Diretor: Flor, vamos?
Maria Flor: Vamos Carlinhos. Diretor: E 3, 2 e fomos
Maria Flor: Boa noite, está começando agora o “Coisas de Casais”, de repente durante o seu casamento você percebe que seu marido já não liga mais pra você e só pensa em sair para jogar futebol com os amigos, você começa a desconfiar e segue ele achando que ele está te traindo com a sua melhor amiga, mas pega o safado no maior flagra com o melhor amigo dele. “Meu marido me trocou por outro macho” é o tema de hoje
A plateia aplaude Flor e ela chama a primeira convidada
Maria Flor: Vamos receber nossa primeira convidada, Julicélia, vem pra cá. A mulher entra e a plateia aplaude
Maria Flor: Julicélia, nome diferente sabe o significado?
Julicélia: Flor, meu nome é meia estranho minha mão queria Juliana e meu pai queria que eu me chamasse Célia, eles não entraram em um acordo ai juntaram os dois.
Maria Flor: Legal, muito legal, mas me conta o que aconteceu com o seu marido Julicélia: Aquele cachorro Flor, tava me traindo com o Jésus, peguei ele no flagra ele tava na minha cama com aquele homem.
A plateia começa a vaiar
Maria Flor: Vamos receber agora o Percival, Vem pra cá Percival. Ele entra e a plateia começa a gritar.
Plateia: Será que ele é? Será que ele é?
Maria Flor: Percival que isso meu filho, na cama da sua mulher?
Percival: Essa recalcada é louca, é pura mentira, só porque arrasei com as colegas dela numa festa ontem ela inventou essa história
Julicélia: Mentira é mentira dele, eu peguei ele com Jésus na cama. Maria Flor: Mas o senhor é gay seu Percival?
Percival: Que isso, desaquenda meu bem, sou muito macho. A plateia vai a loucura e começa a gritar
Plateia: Sim ele é, sim ele é.
Maria Flor: Vamos para os comerciais, já já nós voltamos Diretor: E corta. Muito bom Flor.
O telefone do Percival toca e ele atende Percival: Alô quem fala?
Telefone: Sou eu amor não me ligou
Percival: Ai não posso falar, a recalcada ta perto, depois te ligo, beijo, linda. Diretor: Vamos lá, vamos continuar. Gravando em 3, 2, 1
Flashes do sol nascendo na orla da praia, pessoas correndo no calçadão, algumas pessoas andando de bicicleta, outras caminhando na praia e alguns surfistas. Cena 8 – Praia do Arpoador/ Dia / Externa
Beatriz está sentada em um quiosque esperando Carolina, de longe Beatriz a avista procurando por ela.
Beatriz: Lá vem ela, vamos colocar tudo em pratos limpos. Fim do sexto capítulo
