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Você não está sozinho

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Academic year: 2022

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Você não está sozinho

Não sou muito afeita a me afogar em crises ou momentos difíceis. Minha amiga Susie, usa a parábola dos sapinhos para ilustrar os 2 tipos de comportamento diante de uma crise – seja ela de que tamanho for: o sapinho depressivo que, caindo em um balde de leite se lamenta alto dizendo que está cansado e vai se afogar. E se afoga. E o maníaco que, ao se ver dentro do leite começa a bater pernas frenético, sem pensar até que, o leite vira manteiga e ele, lépido, salta para fora.

Ela diz que eu sou o segundo – e concordo: crises tem que ser enfrentadas, administradas, contornadas, enfim: tudo menos nos afogar nelas. Tanto é assim que, de forma geral consegui passar pela vida (privilegiada, reconheço) sem me lamentar.

Nem mesmo das crises que, alegadamente todas as mulheres enfrentam.

Crise dos 30 – nem soube o que era – estava ocupada demais, me apaixonando, entre outras coisas boas.

Crise dos 40 – não percebi – estava terminando o meu terceiro

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livro e minha filha acabava de nascer.

Menopausa – nem liguei: detesto frio e o calor permanente nunca me incomodou demais.

Crise dos 50 – se não houve dos 30 e 40 por que raios eu haveria de me atrapalhar mais madura etc.?

Crise dos 60 – dei risada e achei que era com os outros.

A Real Idade – em 2020, a pandemia me pegou aos 61. Dois anos se passaram e várias vezes percebo que acordo com …78 talvez?

Sim, de repente me percebo com pensamentos soturnos, movimentos muito lerdos – alguns já dificílimos de fazer além de uma enorme dificuldade de ver algum sentido em desempenhar tarefas do dia a dia.

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Percebo um sem-fim de mudanças – para muito pior – até mesmo nos espíritos mais otimistas e doces: nossa alma está alterada, nosso futuro incerto, o presente embaralhado, o dia a dia difícil e o passado… ah o passado!

Nosso passado está como que invalidado: não mais isso, não mais aquilo, isso não pode mais e não sabemos se voltará a poder. Diálogo, encontros, abraços cancelados e restritos por tempo indeterminado. Limitados as telas e a comunicação virtual, pouco a pouco estamos ficando mais inseguros em vez de maduros.

Ok, você não tem nada a ver com minhas pseudocrises e dificuldades motoras. Massss se está sentindo um não pertencimento estranho, medos e incertezas inéditos e sente-se confuso saiba que não está sozinho. Estamos passando por aqueles momentos históricos de depuração de valores, rupturas e novos rumos. A confusão, portanto, faz parte. Resta saber se quando a poeira baixar e conseguirmos emergir para a superfície (ou para fora do balde da parábola de minha amiga) ainda teremos fôlego para respirar aliviados. E finalmente sorrir.

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Como fazer para não cair do

salto

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Sabermos que estética e vaidade levam a melhor sobre conforto e praticidade.

Mas acredite: a coluna vai entortando, forçamos articulações que nem imaginamos existir e, de repente, aos 30 anos nos encontramos com dores nas costas, ciáticos “pinçando”, cervical comprimida… Ufa!!!

Mas nem por isso deixamos de usar o salto! Afinal, queremos ficar bonitas, alongar a silhueta e aumentar a altura.

A boa notícia: hoje os saltos não apenas oferecem muito mais equilíbrio aos sapatos como também, a moda – já há algumas estações trazendo modelos de salto mais grosso – tem nos ajudado muito no quesito conforto.

É isso mesmo: há saltos grossos e retos, grossos e triangulares, grossos tipo “Anabela”, grossos altos e grossos médios.

Todos, de uma maneira geral, nos dão mais equilíbrio, fazendo com isso que não forcemos a coluna e, consequentemente,

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muitíssimo mais confortáveis. E bonitas !!

Você decide! Escolha entre saltos trabalhados como mosaicos, saltos com desenhos geométricos, outros com camadas de madeira em diferentes cores formando um degrade – e por aí vai. Mas é pra lá de importante escolher o salto certo, pois com tanto novidade fica fácil fácil cair em armadilhas do “muito original”.

Para ser realmente elegante – lembre que é fundamental manter a proporção: pernas, tornozelos e saltos devem estar em sintonia.

Atenção a isso pois pode fazer toda a diferença do mundo: a variedade é enorme e você pode se apaixonar por algum modelito lindo, mas que derruba o seu visual…

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Se você é alta – pode abusar de sapatilhas e confortáveis saltos médios.

Se você é alta com tornozelos largos – evite modelos com tiras ao redor da perna.

S e v o c ê é b a i x i n h a – prefira modelos cujos saltos são grossos, mas que sejam delicados em cima. Sapatos mais decotados darão continuidade a suas pernas e até um modelo Anabela pode funcionar.

Se você é baixinha com pernas grossas – esqueça anabelas. Use saltos mais altos, ainda que grossos e modelos decotados.

Se você tem perna fina – dê preferência a saltos de altura média ou modelos Anabela delicados. Se possível use saltos médios também na espessura.

Evite: Saltos com deslocamento ou seja, aqueles que atingem apenas a metade do pé dando um efeito de “balanço” no andar.

Não funcionam para o dia a dia e podem deixa-la com um andar levemente “manco”.

Boas alternativas de saltos para todo tipo de pernas e pés:

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Anabela com madeira em camadas – é original formando desenho de listras em tons degrade que dá um charme ao calçado.

Em pelica igual ao sapato – o salto continua o desenho do calçado e é ideal para quem não tem pernas muito longas.

Salto meia Anabela – é um salto com bom apoio apesar de só sustentar o pé até a metade.Alguns inclusive são fabricados de modo a, de costas, parecer um salto fino comum.

Finalmente, lembre-se que não apenas o salto deve ser confortável mas também o sapato em si. Esqueça bicos muito finos que comprometem o equilíbrio pressionando pontos do pé que depois refletem negativamente no resto do corpo.

Mulheres na liderança: sim

vamos insistir nisso!

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Graças a Deus, a discriminação por gênero perdeu espaço e, hoje, podemos encontrar mulheres em número igual ou até maior em diversas áreas e segmentos de mercado. E isso não demorou muito para se refletir em suas lideranças. Uhuuu! Porém, ainda não chegamos aonde queremos…

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O que se espera de um líder é um processo de evolução e compartilhamento de seus talentos e pontos forte, certo? E isso que as mulheres que estão no meio o corporativo têm buscado. Mostrando suas qualificações e incorporando conhecimentos que agregam novos diferenciais. Veja alguns:

Visão Sistêmica – é fato que as mulheres prestam mais atenção aos detalhes do que os homens. Então, acabam desenvolvendo uma visão sistêmica. Ou seja, a capacidade de enxergar a empresa de uma maneira integrada. Quer algo melhor que isso???

As empresas que tem mulheres como líderes tendem a ter uma comunicação mais efetiva, tanto no sentido de desenvolvimento da líder (competências e habilidades) quanto no aumento do desempenho de seu grupo de liderados.

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Às vezes, falta iniciativa das pessoas em expor-se e exercitar seus talentos, pontos fortes e ideais. Porém, como as mulheres – normalmente – tem mais talento para se comunicar de forma acessível, escutar e dosar as respostas, os colaboradores costumam se sentir mais à vontade em conversar. Conseguindo assim, que a empresa tenha funcionários mais “tranquilos”, digamos assim, para expor suas ideias.

Enfim, existe sim, um crescimento pequeno de mulheres na liderança, considerando que estamos em 2020. E sim, as empresas precisam ter um diálogo mais aberto com homens e mulheres para desafiar o status quo.

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Então… mulheres, vamos continuar correndo atrás porque, mais do que nunca existem muitas oportunidades! Os homens, não percam tempo e coloquem mulheres na liderança de sua empresa.

Estão esperando o que?

Incentivar a redução da desigualdade é também buscar um futuro melhor para todos. Entendem a abrangência de to-dos né?

NADA A COMEMORAR: CONTINUEMOS A RESISTIR

O dia 8 de março é considerado feriado nacional em vários países, onde as vendas nas floriculturas se multiplicam nos dias que antecedem a data, já que homens costumam presentear as mulheres com flores na ocasião.

Mas o dia 8 de março é dia de reivindicações e protestos em

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vários lugares do mundo. Um dia que não foi criado para o comércio, como várias datas comemorativas.

É muito comum (e está correto) relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens. O que finalmente trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.

Nos Estados Unidos, o mês de março é um mês histórico de marchas das mulheres. Em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York, mais de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho – na época, as jornadas chegavam a 16h por dia, seis dias por semana e, muitas vezes o domingo também. Praticamente trabalho escravo …

O impacto dessas primeiras marchas perdura até hoje: tanto que, até o presente momento, na China, as mulheres chegam a ter metade do dia de folga, por recomendação do governo (embora nem todas as empresas sigam isso). Mas era de se esperar num país onde o trabalho é prioridade absoluta.

O Dia Internacional da Mulher não é, e nunca foi um dia voltado simplesmente a homenagens triviais às mulheres, mas é sim um convite à reflexão: pensar em como a sociedade trata as mulheres tanto no campo do convívio afetivo, familiar e social quanto para as questões relacionadas ao mercado de trabalho.

Não temos o que comemorar, longe disso: a mulher ainda sofre discriminação, preconceito, desvalorização profissional, violência física e psicológica, assédio, entre outras injustiças. E como se fosse pouco, o feminicídio no Brasil aumentou em nada menos que 7 %. Previsível, em tempos de governantes que agridem verbalmente com palavras baixas e abusivas as mulheres. E com um Presidente que aprova e repete piadas de mau gosto incitando a violência de forma geral.

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C o m e m o r a r n a d a : c o m b a t e r e R e s i s t i r . C o n t r a o silenciamento que normaliza a desigualdade e as violências sofridas pelas mulheres. Apenas mais um dia – como todos os outros – em que é necessário repensar atitudes para construir uma sociedade mais justa – para todos.

Subindo no salto por decreto…

Essa afirmação é de ninguém menos que o ministro do trabalho do Japão.

Enquanto muitas mulheres usam saltos altos por diversão e auto expressão, outras os usam por causa dos padrões da indústria, por uma questão de dress codeda empresa e porque é o que seu

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chefe esperaria …

Submissão ou sabedoria?De verdade, não sei. Pode simplesmente ser um caso de estarmos culturalmente tão habituadas a esse incômodo que, sequer o percebemos.

Mas há quem se incomode, que não consiga usar e quem não goste e não se identifique com eles – e portanto, sofra com saltos altos e finos em sapatos de plataformas impossíveis com bicos finos e desconfortáveis…

Esse debate foi ressuscitado nesta semana, quando Yumi Ishikawa, escritora japonesa, enviou uma petição ao Ministério do Trabalho de seu país solicitando a proibição da exigência do uso de sapatos de salto alto pelos empregadores.

Seus esforços foram reforçados por uma hashtag inteligente:

#KuToo, um trocadilho com as palavras japonesas para sapato (kutsu ) e dor (kutsuu). Na última contagem, a petição acumulava mais de 23.000 assinaturas.

Mas nada é tão fácil: o Ministro do Trabalho e da Saúde já respondeu defendendo os locais de trabalho que exigem que as mulheres usem salto alto, descrevendo a prática como

“necessária e apropriada”. E ponto final.

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Os saltos altos são vistos como o equivalente feminino à gravata do empresário. Ok, se os homens são frequentemente obrigados a usar paletó e gravata, o que há de errado com um equivalente feminino? Há que nenhum item de roupas masculinas provoca tanto prejuízo aos movimentos ou dor física.

Ora, os saltos altos têm sido um componente-chave do poder feminino há décadas… O bestseller Dress for Success,dos anos 1970, alertou as mulheres americanas a nunca irem sem seus preciosos pisantes de salto alto se quisessem ser levadas a sério no local de trabalho.

Se usar saltos altos no local de trabalho fosse apenas aumentar a altura, mais pessoas usariam plataformas pois os homens, também se beneficiam profissionalmente por parecerem mais altos.

Se em pleno século XXI ainda temos que nos submeter a usar algo que nos tortura aos poucos para merecer respeito

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profissional, é porque o “empoderamento” das mulheres ainda tem muito a conquistar…Pensem nisso e #KuToo !!

Referências

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