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BRASIL CRANE CONEXPO 2020 A ÚLTIMA FEIRA ANTES DA QUARENTENA

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Academic year: 2021

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ANO IX NO 70 R$ 25,00 manuseio, movimenTAÇÃo e TRANSPORTE de cargas e materiais

BRASIL

CRANE

PLATAFORMAS

O americano que usou

um cesto aéreo para ver

a mãe em quarentena

TECNOLOGIA

Realidade virtual em

planos de içamento e

treinamento operacional

MERCADO

O que o Brasil ganha

com a integração entre

Mammoet e ALE

CONEXPO’2020

A ÚLTIMA FEIRA ANTES

DA QUARENTENA

Evento quase não aconteceu e terminou um dia antes,

mas não deixou de apresentar soluções inovadoras

ENTREVISTA

David Rodrigues, CEO da Makro: como reagir à pandemia

ENTREVISTA

David Rodrigues, CEO da Makro: como reagir à pandemia

A ÚLTIMA FEIRA ANTES

DA QUARENTENA

GUIA

CRANE

Sistemas de alarme

e monitoramento

em tempo real

GUIA

CRANE

(2)
(3)

CRANE

Brasil

&Revista HD

São publicações da Editora Facto dirigidas aos profissionais da área de movimentação e manuseio de cargas, construtoras, indústrias, projetistas, órgãos públicos, transportadoras,

locadoras, distribuidores e usuários de equipamentos.

Redação: Rua Pereira Stéfano, 114, conjunto 911,

CEP 04144-070 - Brasil – São Paulo (SP), (11) 3477-6768

Editor-Chefe: Wilson Bigarelli (MTB 20.183) editor@cranebrasil.com.br

Redação: Tébis Oliveira (Editora), Fernando Rezende e Marisa Santos Editor de Arte (Crane Brasil): Moacyr MW Editor de Arte (HD-Plataformas): Ari Maia

Fotografia: Gildo Mendes Publicidade:

Taís Malta (gerente comercial) tais@cranebrasil.com.br

(11) 3477-6768

Chegamos à edição nº 70 da Crane Brasil, e não imaginávamos que seria em meio a uma pandemia. E quem po-deria? Não há precedentes próximos e, dada a escala planetária que atingiu, talvez em toda a história. Mas ha-veremos de superar mais esta prova, com muita fé, e confiança na ciência. Aos médicos, portanto, a palavra, que essa área do conhecimento lhes pertence, e os re-presentantes do povo que tratem de segui-la. Tudo o mais que se diga é torpe, é cruel e dispensável neste momento trágico.

De nossa parte aqui, apuramos e reunimos, em arti-gos e reportagens, um número considerável de infor-mações sobre práticas e tecnologias (produtos diretos da experiência humana e da ciência) para os profissio-nais do setor, aos quais dedicamos nosso trabalho de jornalistas, lá se vão 12 anos.

Tivemos neste último mês uma experiência razoa-velmente feliz no trabalho à distância o que, sabemos, não é uma prerrogativa de todos. E contamos, como sempre, com a colaboração de especialistas do setor que mesmo agora, com toda essa incerteza rondando, dedicaram algumas horas de seu tempo para compar-tilhar o seu conhecimento com nossos leitores. Nesse mesmo sentido, aliás, gostaria de antecipar a todos que estamos empenhados em disponibilizar no novo website da Crane Brasil, agora totalmente responsivo para visualização mobile, o conteúdo jornalístico acu-mulado nesta trajetória de 12 anos. É um legado, que pertence a todos. Cuidem-se.

Wilson Bigarelli, editor@cranebrasil.com.br

BRASIL

CRANE

PERSEVERANÇA

?

ACESSE WWW.CRANEBRASIL.COM.BR

Nesta edição

WWW.REVISTAHD.COM.BR

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ENTREVISTA

David Rodrigues, CEO da Makro: Como reagir à pandemia

5

TELESCÓPIO

Saraiva perde seu idealizador e fundador

6

SEGUROS

Vício próprio e defeito latente

8

MERCADO

O que o Brasil pode ganhar com a integração da Mammoet e ALE

10

CONEXPO’2020

Novidades e negócios na última feira antes da quarentena

16

RIGGING

Realidade virtual em planos de içamento

17

APLICAÇÃO

Gruas ditam novo

ritmo de obra em Bagé (RS)

18

ACESSÓRIOS

Encurtadores para lingas de correntes

19

FROTA

Montcalm mobiliza novo ATF 130G-5 em Parauapebas

20

OFFSHORE

Lingas especiais e a nova NBR ISO 18264

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PLATAFORMAS

26

DICAS

A morte lenta dos soquetes de aço

27

REVISTA HD

O “Stepstar” da Goldhofer e os implementos made in USA

30

SEGURANÇA

Lingas de cabo de aço montadas na obra

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GUIA CRANE

Equipamentos, serviços e acessórios

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INFOCRANE

Capacitação com simulação de realidade Imagem de Capa: Divulgação: CONEXPO-CON/AGG Akira Koga, diretor da Mammoet no Brasil

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CRANE

BRASIL

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?

esta entrevista exclusiva, realizada à distância, no dia 30 de março, David Rodrigues, CEO da Makro Engenha-ria, mostra como uma das principais empresas do setor está procurando superar as limitações impostas pela pandemia de coronavírus.

Crane Brasil: Qual condição operacional vo-cês têm conseguido manter?

David Rodrigues: Definimos, no momento inicial, um rodízio de 50% do efetivo das áreas de suporte. Depois, esse percentual foi diminuindo, dependendo do setor e da necessidade. Hoje, es-tamos operando com vários departamentos 100% home office e outros com estrutura bem reduzida, para garantir que as operações não parem, tanto na matriz, quanto em nossas filiais. Os grupos de riscos indicados pelo Ministério da Saúde foram, desde o início, afastados.

Crane Brasil: Quais as principais medidas, internas ou externas, que vocês adotaram para evitar o contágio?

David Rodrigues: Produzimos um vídeo mostrando como nossos operadores, riggers e sinaleiros deveriam se cuidar durante toda uma jornada operacional. O objetivo era ter algo dire-cionado, pois existe um grande volume de infor-mações, mas não para a nossa operação. E depois pedimos que fosse compartilhado com amigos e colegas de outras empresas, clientes, fornecedo-res e concorrentes. Entendemos que, nesta hora, temos que estar todos unidos. Se essa iniciativa evitar que uma única pessoa se contamine, já foi válido o investimento. Tomamos também outras providências, como campanhas de esclarecimen-tos, informativos diários, alteração no espaçamen-to de nossos refeitórios das unidades e nas obras, reavaliação da logística de transporte, kit’s com álcool em gel, máscaras, luvas etc.

Crane Brasil: Em que medida é possível estabelecer um regime de trabalho à distância na atividade?

David Rodrigues: Estou muito orgulhoso dos nossos gestores por se adaptarem tão rapida-mente a essa nova realidade do isolamento e do trabalho home office. Na Makro, por termos ope-rações em várias regiões já tínhamos uma cultura

N

agilizando e digitalizando suas empresas e o que levaria anos, agora está sendo feito em semanas...

Crane Brasil: Quanto tempo você acredita ser possível manter a situação atual, antes de se tornar inevitável um processo drástico de enxuga-mento de quadros?

David Rodrigues: Estamos trabalhando com alguns cenários. Desde o conservador ao mais pessimista e iremos ajustar a estrutura com a necessidade. Estamos nos esforçando para preservar os empregos, mas, se essa crise perdurar, teremos que ajustar. Avaliamos qua-se que diariamente esqua-se assunto. Mas antes de gente, estamos agindo com o mercado finan-ceiro, fornecedores e parceiros.

Crane Brasil: A empresa, em alguma medida, está colaborando com as comunidades onde atua?

David Rodrigues: Somos uma empresa com uma forte crença cristã. Sempre estamos envolvidos com projetos sociais e ações com comunidades necessitadas. Neste momento, es-tamos atentos para a necessidade do próximo, mas a prioridade é focar nos nossos mais de 1000 colaboradores, em colaborar com a sua saúde e na preservação dos seus empregos.

Crane Brasil: Você é favorável à flexibilização da quarentena? Agora? Mais adiante? Em que ba-ses? Faixa etária?

David Rodrigues: Esse é um assunto bas-tante polêmico neste momento, pois existe uma disputa política nas ações. Porém, na nossa opi-nião, o Brasil por ter sido contaminado após vários países, tem que observar e fazer um benchma-rketing com as melhores práticas adotadas pelos países que já estão numa curva descendente do vírus. Mas, particularmente, acho que temos que começar a liberar o mais breve possível as pessoas fora de grupo de risco, mas sem correr o risco do avanço do vírus. Esse “timing” prefiro confiar nas orientações dos órgãos de saúde. Minha preocu-pação é a segunda onda que esse vírus vai gerar, que é uma crise financeira. Tem muitos setores que estão sofrendo muito mais que o nosso.

Crane Brasil:Em seu entender o ano de 2020, que começou com tantas perspectivas po-sitivas, está perdido? Ou ainda é possível manter o otimismo, caso haja um desfecho favorável, a curto e médio prazo, para a crise atual?

David Rodrigues: Procuro sempre olhar o lado positivo dos cenários. Este 2020 realmente

O IMPACTO DO

coronavírus no setor

de utilizar a vídeo conferência há bastante tempo, com reuniões de resultado, treinamento, fóruns entre setores e filiais. Mas ainda existia alguma resistência, principalmente quando tínhamos que envolver um cliente ou fornecedor. A grande sur-presa foi ver rapidamente fornecedores e clientes se adaptando a essa realidade. Hoje estamos pro-duzindo na mesma qualidade e em alguns casos sendo ainda mais produtivos. Pois antes gastáva-mos muito tempo em deslocamento para resolver um assunto com um cliente. Hoje, em minutos, nos conectamos e resolvemos a questão. Esse será um legado positivo que a crise vai deixar.

Crane Brasil:Qual a realidade atual do aten-dimento?

David Rodrigues: Todo dia temos novi-dades. Estamos conversando diariamente com nossos principais clientes. Mas já tivemos de tudo. Há casos em que o ritmo de trabalho é quase que normal, com baixo impacto. E casos de obras que foram 100% paralisadas.

Crane Brasil: A parada forçada pode ser uma oportunidade para reavaliação de processos inter-nos e reciclagem/treinamento de pessoal?

David Rodrigues:Nós da Makro contamos com uma vantagem. Já estamos, há quatro anos, investindo pesadamente na digitalização da em-presa. Criamos nesse tempo o nosso CCO, que mo-nitora em tempo real, através de telemetria, nossos equipamentos. Além do Makro Mobile, onde gran-de parte gran-de nossos processos é feita, através gran-de ta-blets e celulares: medição, logística, manutenção, contratos, segurança e saúde, dentre outros. E a Makro Academy, nossa plataforma de treinamento EAD, onde montamos um estúdio em nossa matriz e produzimos cursos e conteúdos específicos do nosso setor para capacitar nossa equipe.

Crane Brasil:O processo de digitalização foi então acelerado na conjuntura atual?

David Rodrigues: Nas últimas semanas, percebemos uma demanda enorme de clientes que estão querendo usar nossas ferramentas, para gerir seus ativos e capacitar suas equipes. Já estávamos com um projeto de transformar nossas plataformas em produtos e oferecer ao mercado, com o COVID-19 estamos acelerando nesse

senti-Entr

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O

GRUPO SANTIN, instalado há mais de 30 anos, em Américo Brasiliense, município localizado na região central do Estado de São Paulo, doou à prefeitura local um respiradouro (ventilador mecânico). O equipamento está sendo utilizado na sala de urgência e emergência do Hospital Estadual de Américo Brasiliense (HEAB), que atende pacientes de toda a micro-região de Araraquara. A cerimônia de entrega do respiradouro ocorreu dia 1° de abril no gabinete do prefeito Dirceu Pano (PSDB), com a presença da diretoria da Santin e da diretora de saúde municipal, Eliana de Oliveira Marsili.

As autoridades do município agradeceram a doação, lembrando a importân-cia que um equipamento como esse tem no tratamento de pessoas interna-das por conta da pandemia do novo coronavírus.

A

Hyva do Brasil aderiu à campanha “Caxias contra Covid-19”. A empresa já fez doação em dinheiro e também entregou 1.600 máscaras que recebeu da subsidiária da Hyva, na China. Segundo o vice-presidente para Américas da Hyva, Rogério De Antoni, “serão doadas mais 1.200 máscaras que estão a caminho do Brasil e 100 óculos de proteção. A Caxias contra a Covid-19 é uma iniciativa da CIC Caxias, sindicatos e empresas civis em prol da arrecadação de fundos que serão destinados aos sistemas públicos e privados de Caxias do Sul para combate ao coronavírus. Quem gerenciará a distribuição dos insumos será a própria secretaria da saúde da cidade, conforme as necessidades de cada hospital ou posto de saúde. Para ajudar, seja pessoa física ou jurídica, basta acessar https://caxiascontracovid19.com.br.

R

egistramos com pesar o falecimento, no último dia 5 de abril, de Mário Gilberto da Fonte Saraiva de Moraes, aos 82 anos. Foi ele o idealizador de uma pequena locadora de guindastes, em 1980, na cidade de Recife (PE), a MG Saraiva, posteriormente ampliada com a criação da Saraiva Equipamen-tos Ltda e Saraiva Transportes Técnicos Ltda. A expansão da SARAIVA come-çou no ano de 1992 quando foi aberta a filial de Maceió, e com a melhora na agilidade dos serviços, foram abertas, no ano de 1998, a Filial Mossoró, em 2000, a Filial da Bahia, em 2002, a Filial de Carmópolis, e a Filial Campina Grande, em 2009. Em 2010, expandiu-se com um filial em São Paulo e, no ano seguinte, com a filial do Rio de Janeiro. Passados 40 anos, no momento da partida de seu fundador, com todos os desafios e contramarchas vividos pelo Brasil, o Grupo Saraiva com filiais em Recife (PE), Carmópolis (SE), Fortaleza (CE), Mossoró (RN) e São Paulo (SP), mantse como uma da grandes em-presas do setor de guindastes e transportes pesados no país.

CRANE

BRASIL

5

Por Redação Crane Brasil

Respiradouro para

AMÉRICO BRASILIENSE

Grupo Saraiva perde o seu FUNDADOR

Telescópio

HYVA ADERE AO

“Caxias contra Covid-19”

? Fot os: Divulgação Fot o: Gildo M endes

iniciou sinalizando claramente que seria o início de uma retomada do nosso setor, com o volume de propostas, orçamentos, concorrências e projetos iniciando. Ainda muito distante do que o nosso setor necessita, para melhorar as taxas de ocupação e, por consequência, os preços, que estão muitos deprecia-dos, mas o ano se mostrava com uma tendência de melhora. Com o COVID-19, será um ano ruim, não só para o Brasil, mas para o mundo. Mas acredito que estamos preparados para enfrentar e, após as crises, sempre vem uma onda de crescimento. Nós da Makro estamos prontos para surfar nessa onda do crescimento. Há cinco anos, achávamos que seria em 2020, pelo visto vamos aguardar para 2021. Só tenho uma certeza, quando ela vier, nós surfaremos.

Intensificação de capacitação à distância

A plataforma Makro Academy permite que os colaboradores da Makro se capacitem, com diversos tipos de treinamentos, onde quer que estejam, em diversos locais do Brasil. Um aspecto importante é que os próprios usuários podem ser multiplicadores dos treinamentos, repassando seu conhecimento através da plataforma. A Makro já tinha tornado esse treinamento à distância obri-gatório e, agora, diante das circunstâncias atuais, com a proibição de cursos presenciais, ele tem sido decisivo para que a empresa não deixe de treinar, capacitar e orientar seus colaboradores. O Makro Academy hoje já treinou, de forma totalmente on-line, cerca de 400 colaboradores, que representam 36% de todo efetivo. Depois que começou a pan-demia do coronavírus, os acessos se intensificaram ainda mais e o conteúdo também passou a incluir medidas preventivas. A partir de 2021, está previs-ta a versão Makro Academy Cliente, para que par-ceiros e clientes possam ter acesso à ferramenta.

(6)

uero chamar atenção do leitor sobre a importância do entendimento de como o contrato de seguro “enxerga” os da-nos causados aos equipamentos, em caso de acidentes, cujo nexo causal tenha sido identificado por “eventos de causa interna”.

Vamos relembrar que a Cobertu-ra Básica paCobertu-ra Riscos Diversos paCobertu-ra Equipamento, e outras modalidades de máquinas, está definida nas Con-dições Gerais, como sendo:

Danos materiais diretamente cau-sados aos bens cobertos, em conse-quência de quaisquer “eventos de causa externa” e que a causa deter-minante do fato gerador não se rela-cione, direta ou indiretamente, com os eventos previstos na cláusula de Riscos Excluídos.

Da mesma forma, Evento de Causa Externa é definido como todo e qual-quer dano material causado ao bem segurado que não tenha se originado deste mesmo bem, mas, sim, de al-gum agente externo a ele.

Definidos os termos da apólice de seguro, vamos ao entendimento da Cláusula de Risco Excluído, onde a seguradora se apoia para a negativa de um eventual acidente provocado pela “falha do equipamento”.

Consideram-se riscos excluídos, dentre outros, o desgaste pelo uso, deterioração gradativa, vício pró-prio, defeito latente e desarranjo mecânico. Por vício próprio ou de-feito latente entende-se a falha ine-rente do bem, diretamente relacio-nada com a sua qualidade ou modo de funcionamento.

Outro preceito legal de interessante

Q

diminui ou prejudica a utilização da

coisa recebida por força de um con-trato comutativo.

“Assim, o incêndio provocado por terceiro, ventos fortes que causem danos ao equipamento e o acidente de trânsito que danifica o veículo, são exemplos de causas extrínsecas que autorizam o segurado a reclamar a indenização.

Por outro lado, se o fabricante do equipamento faz um recall por defei-to nos freios ou na suspensão, e o se-gurado continua rodando, sobrevin-do o sinistro em face de defeito de fabricação não declarado, o prejuízo dele decorrente não é indenizável.

Observe que o Art. 784 menciona vício intrínseco da coisa segurada, não declarado pelo segurado, ou seja, é elemento essencial deste tipo de pacto a boa-fé, se caracterizando pela sinceridade e lealdade nas informa-ções prestadas pelas partes ecumpri-mento das obrigações avençadas, nos termos do art. 422 da atual legislação civil.

Portanto, podemos concluir que a seguradora estará isenta de responsa-bilidades nos casos em que o prejuízo sofrido pelo bem é um vício intrínse-co do qual, intrínse-conforme determina a ju-risprudência, o segurado tinha ciên-cia e não comunicou à seguradora.E se o segurado não sabia? Vamos abor-dar este assunto na próxima edição.

* Alberto Garufi é

Engenheiro Mecânico e Consultor de Seguros, especializou-se em seguros para

máquinas e equipamentos. Trabalhou nas multinacionais Marsh e Zurich. Sugestões e comentários enviar para alberto@garufiseguros.com.br

Neste artigo

pretendo

abordar uma

das exclusões da

apólice de seguro

de Riscos Diversos

Vício próprio e

DEFEITO LATENTE

Por Alberto Garufi*

CRANE

BRASIL

6

Segur

clui na garantia o sinistro provocado por vício intrínseco da coisa segura-da, não declarado pelo segurado. Pa-rágrafo único. Entende-se por vício intrínseco defeito próprio da coisa, que não se encontra normalmente em outras da mesma espécie.

Para Gagliano e Pamplona (2008, p.514) o vício intrínseco compreen-de tanto o compreen-defeito aparente como o oculto, o redibitório – aquele que redação com relação ao contrato de seguro de danos é o disposto no arti-go 784 do Códiarti-go Civil, o qual traz disposições acerca da ocorrência de vício intrínseco: Art. 784. Não se

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ATF 400G-6

Guindaste Todo Terreno para 400 ton - Já disponível no Brasil Para mais informações, consulte:

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M

er

CRANE BRASIL 8

N

O que o mercado nacional ganha com a

integração entre a gigante holandesa e a ALE

o dia 8 de janeiro deste ano, Paul van Gelder, CEO da Mammoet, anunciou a conclusão do processo de aquisição da ALE. E antecipou os próximos passos para integração das duas companhias, formando um conglomerado com mais de 140 escritórios e subsidiárias para atendimento em nível global. Mammoet e ALE, que já eram grandes individualmente, passariam a ser, a partir daquele momento, incontestavelmente, o maior grupo mundial de engenharia

foca-do em içamentos pesafoca-dos e transportes especiais.

Paul van Gelder deixou claro também que, apesar do gigan-tismo e complexidade alcan-çados, a nova Mammoet não poderia perder de vista seus padrões operacionais, e de se-gurança, em particular. E mais ainda: que era preciso manter o compromisso de “entender o negócio de seus clientes, independente do seu porte, segmento de mercado ou localização, melhor do que eles próprios”. Van Gelder resumiu em três palavras o atendimento que almejava daí por diante: “smar-ter, safer e stronger”.

O “mundo” Mammoet, a exemplo do planeta, também foi dividido em cinco divisões opera-cionais: Ásia e Pacífico (APAC), Europa e Rússia (EU/R), América Latina (LATAM), Oriente Médio e África (MEA) e América do Norte (NA). No caso do Brasil, que naturalmente estará na órbita da Divisão LATAM, é importante destacar que tanto a Mammoet quanto a ALE já tem um histórico de realizações no país.

O importante é saber o que os contratantes de serviço, e o mercado nacional em geral, ganha com essa fusão das duas companhias.

Essa foi a pergunta básica que fizemos a Akira

Koga, diretor geral da Mammoet Brasil Guindas-tes. Confira abaixo:

Crane Brasil: Qual a estrutura operacional de ambas as empresas no Brasil hoje?

Akira Koga: Temos toda uma estrutura no Brasil, que dá apoio a operações em toda a Amé-rica Latina. Há cerca de 50 profissionais e diversos equipamentos que atuam tanto no Brasil como em outros países.

Crane Brasil: O que significa para o mercado brasileiro a aquisição da ALE pela Mammoet?

Akira Koga: Estamos ansiosos para mostrar ao mercado o valor que essa aquisição agregará aos nossos serviços. O Brasil é um mercado es-tratégico para a Mammoet e acreditamos que a fusão das duas empresas nos levará a uma nova Mammoet literalmente mais inteligente, mais segura e mais forte.

Crane Brasil: A Mammoet obviamente agre-ga valor, pois incorpora ainda mais know-how em operações de içamento em nível global. O que poderá ser compartilhado com o contratante de serviços no Brasil. Mas ganha também estru-tura física (pessoal qualificado, equipamentos, instalações e escritórios para suporte e atendi-mento aos clientes)?

Akira Koga: Certamente, nossa frota

com-binada de recursos é, sem dúvidas, a maior do mundo. O reforço em nossa experiência e cober-tura global nos permite oferecer o apoio ideal, no momento certo e em qualquer lugar. Menores tempos de mobilização e custos mais competi-tivos para os nossos clientes. Isso aprimora nossa capacidade de operar de forma mais segura, efi-ciente e econômica possível.

Crane Brasil: Ambas tem capacitação técnica inegável. Mas há algumas particula-ridades, certas áreas em que uma ou outra é mais especializada? Nesse sentido, a fusão das operações poderia gerar uma sinergia maior

para os clientes, com contratos de serviços mais abrangentes sob responsabilidade de uma úni-ca empresa?

Akira Koga: As duas empresas sempre

com-petiram em todos os serviços, porém a Mammoet sempre foi muito focada em guindastes e projetos de grande escala, tendo há vários anos a maior fro-ta do mundo, inclusive com vários guindastes pro-jetados internamente. Já a ALE tinha um portfólio maior em transportes pesados e movimentações com equipamentos especiais (strand jacks, siste-mas de macaqueamento e deslizamento).

Crane Brasil: Sobre o trabalho de enge-nharia, planos de rigging, dimensionamento de equipamentos, gerenciamento de obras e de operações de içamento e transporte não há dú-vida em relação ao trabalho de ambas as empre-sas. Afinal, o portfólio mundial de projetos – em vários segmentos de mercado – é um referencial que sempre estará à disposição das equipes que atuam no Brasil. Mas qual será a disponibilidade de equipamentos no Brasil?

Akira Koga: Mantemos uma frota local de equipamentos atendendo aos principais projetos que vimos executando. Atualmente temos guin-dastes, linhas de eixo, pórtico de strand jacks e equipamentos hidráulicos. Nossa visão é interna-cional e temos a opção de alocar nossos recursos em vários países. Não faz sentido manter recursos ociosos, caso tenhamos oportunidades em outros mercados. O que também ocorre é que às vezes todo o planejamento contratual muda repentina-mente e não há tempo para escalonar o projeto apenas com recursos próprios. Há um exemplo recente onde, devido às adversidades do projeto, partimos de 36 linhas de eixo para 120 linhas em algumas semanas.

Crane Brasil: Mammoet e ALE desenvolvem

equipamentos próprios (incluindo os de maior capacidade de içamento). A fusão das operações

Akira Koga: “Brasil é um mercado estratégico para a Mammoet. Estamos ansiosos para mostrar ao mercado o valor que essa aquisição agregará aos nossos serviços”

A MAMMOET no Brasil

A MAMMOET no Brasil

(9)

CRANE

BRASIL

9 planejado e montado para atender a um projeto de grande complexidade e risco. O planejamento apurado e o desenvolvimento técnico do pro-jeto, resultando na redução dos equipamentos de apoio empregados e, em conseqüência, na otimização de custos e prazos para a contratan-te, foram outros diferenciais considerados, pela comissão julgadora.

Considerada a maior operação de içamento já realizada até então na indústria offshore, a operação viabilizou a elevação de um deckbox para acoplamento ao casco da plataforma P55 da Petrobras, no Estaleiro Rio Grande, localiza-do na cidade de mesmo nome, no Rio Grande do Sul. O volume total da carga movimentada foi de 17 mil t.

Em 2016, a Mammoet respondeu pela integra-ção da FPSO P-76, na Techint, com o seu PTC200 DS, um ring crane com capacidade para 5.000 t. Em 2019, estiveram a cargo da empresa todas as movimentações de transporte e içamento da UTE Novo Tempo, em Porto do Açu, no Rio de Janei-ro. Também participou das obras da UTE Porto de Sergipe, maior termelétrica a gás natural da América Latina.

A ALE Heavylift Brasil Movimentações, com escritório no Rio de Janeiro, do mesmo modo, realizou nos últimos anos importantes opera-ções no Brasil. Em 2014, por exemplo, fez a in-tegração do módulo de acomodação da P-74 no Inhaúma (RJ). Em 2015, o transporte do pórtico Goliath Crane do Estaleiro Jurong, no Espírito Santo. Em 2016, foi a responsável pela inte-gração dos módulos da FPSO P-74 na EBR Es-taleiros do Brasil, com o guindaste SK350, com capacidade para 5.000 t. E, mais recentemente, atendeu a Usina Termelétrica de Candiota (RS), fazendo a instalação de anéis internos da cha-miné, com uso de strand jacks e pórtico modular com sistema de guincho.

pode contribuir para uma maior oferta de equi-pamentos diferenciados no país?

Akira Koga: Certamente, sendo este um de nossos diferenciais. Somos a única empresa glo-bal de movimentação pesada a ter um expressivo Departamento de P&D completamente indepen-dente de nossas atividades operacionais. Isso permite que nossa equipe de P&D se concentre no desenvolvimento a longo prazo, para quebra de barreiras de mercado e em novos equipamentos. É o que fazemos melhor do que ninguém, nosso histórico prova isso. Isso nos permite oferecer ino-vação moldada às necessidades do mercado.

Crane Brasil: Ainda há restrição para impor-tação (mesmo que temporária) de equipamentos de içamento?

Akira Koga: As regras de importação são as mesmas há anos.

Crane Brasil: O processo de fusão das ope-rações entre as duas empresas já foi concluído no Brasil?

Akira Koga: Independente de qualquer

pendência, nossas operações seguem normais. Estamos muito bem alinhados e finalizando alguns detalhes mais burocráticos, como siste-mas de ERP, entidades legais etc. Nosso objetivo é seguir atuando com força total sem qualquer prejuízo dos serviços aos nossos clientes.

Crane Brasil: O país, pelas dimensões e potencialidades de seu mercado, irá coordenar as ações da nova Mammoet na América Latina?

Akira Koga: Dada a volatividade dos merca-dos da América Latina, não há regra de centrali-zação das operações da Mammoet. Pelo contrá-rio, atuamos de forma flexível e nos adaptamos a cada situação de mercado. Atualmente temos muitas atividades no Chile e Argentina, o que pode mudar completamente daqui a um ano.

Crane Brasil: Junto com a ALE, a Mammoet

poderá contribuir para que se estabeleçam no mercado nacional de içamento e transporte de cargas projeto novos patamares operacionais, de segurança, qualidade de projetos, compliance, sustentabilidade ambiental, tecnologias, etc?

Akira Koga: Desde sempre, a Mammoet

sempre focou em implementar as melhores práticas de mercado em todos os aspectos que você menciona. Por outro lado, o merca-do também deve evoluir e realmente valorizar estes pontos, não apenas o preço. Agora que temos talentos da Mammoet e ALE em uma única organização (engenheiros, operadores, supervisores e especialistas), certamente te-remos mais condições de seguir liderando o desenvolvimento do mercado global.

Histórico da Mammoet e ALE no Brasil

A Mammoet, embora já atuasse antes, passou a investir em instalações locais na América Latina, a partir de 1998. O grupo, que já tinha operações no Chile, Colômbia e Venezuela – também abriu, em 2002, escritórios na Bolívia e São Paulo.

São Paulo, no entanto, seria a sede das ope-rações na região. No estado, a Mammoet man-tinha uma parceria com a transportadora Irga e, portanto, contava com uma infraestrutura de oficina e equipamentos. Durante muitos anos, a joint-venture MIB (Mammoet Irga do Brasil) atuou em vários projetos. A Mammoet partici-pava de operações mais complexas de içamento, envolvendo guindastes treliçados com capacida-des acima de 600 t e transportes especiais com SPTM’s. Enquanto a Irga se concentrava mais em seu “core” tradicional, o transporte pesado e de cargas projeto. Embora individualmente, tam-bém realizasse içamentos, com equipamentos com capacidade entre 120 t e 500 t.

Em 2009, a subsidiária brasileira passou a se chamar Mammoet Brasil Guindastes Ltda. A parceria com a Irga foi finalizada em 2014 e, a partir daí, a Mammoet partiu para um voo solo, respondendo ela própria pela totalidade dos contratos.

Em 2013, a Mammoet Brasil Guindastes ga-nhou o Top Crane, na categoria Inovação Tec-nológica. O fator decisivo foi o emprego de um sistema de strand jacks, de macaqueamento, ainda pouco conhecido no Brasil, especialmente

Fot

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A última feira ANTES DA QUARENTENA

N

O evento em Las Vegas entrará para a história. Menos pela

grandiosidade e novas tecnologias apresentadas e muito mais

pelo fato de ter acontecido no ano de 2020

o dia 25 de fevereiro, Sandra Mason, diretora de Relações Pú-blicas da CONEXPO-CON/ AGG 2020, veio a público esclarecer qual era, naquele momento, a posição dos or-ganizadores em relação à realização da feira internacional de equipamentos de construção, programada para acontecer em Las Vegas (EUA), no período de 10 a 14 de março. A dúvida que pai-rava no ar, obviamente, era o avanço da epidemia do novo coronavírus. Em resumo, o comunicado oficial dizia que os organizadores – a AEM , associação de fabricantes de equipamentos – esta-vam cientes do risco de contágio entre os participantes do evento e que todas as providências seriam tomadas para higie-nização do ambiente e instalações.

E mais adiante que a decisão, to-mada em conjunto com a maioria dos expositores, era que a CONEX-PO-CON/AGG iria acontecer – até porque envolvera um planejamento de três anos, investimentos altíssi-mos e uma mobilização mundial de empresas e de equipamentos – mui-tos dos quais já montados ou em es-tágio avançado de montagem no lo-cal. Em favor dessa decisão, deve-se

considerar que, no dia 25 de feve-reiro, a epidemia parecia estar con-centrada somente na China (77.780 casos) e, em escala muito menor, na Coréia do Sul (977). A própria

Itália, onde o coronavírus teria um efeito devastador, a partir do início de março, não registrava, pelo me-nos oficialmente nenhum diagnósti-vo positidiagnósti-vo.

Por Wilson Bigarelli

Fot os: Divulgação CRANE BRASIL 10

CONEXPO 2020

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Os Estados Unidos, sim, já sinali-zavam alguns casos (53), em grande parte na costa leste. Nevada, do outro lado do país, parecia mais segura. E, assim, foi feito. Mas, por muito pouco, a feira não foi interrompida em pleno andamento. No dia 13 de março, com 1,8 mil casos confirmados, metade deles nas últimas 72 horas, o governo Estados Unidos começou a restringir aglomerações públicas. E a feira parou aí. Não houve sequer a tradicional sai-deira, o “grand finale”, no dia 14. A CONEXPO-CON/AGG 2020, pelo menos para quem é da área, passará para a história como a última feira a ser realizada na época da Covid 19. A partir de então, como se sabe, até

ca-samentos e batizados passaram a ser proibitivos e, pelo menos, metade do mundo entrou em quarentena, até que uma cura, ou terapia preventiva, seja alcançada.

Na edição n° 69 da Crane Brasil, an-tecipamos alguns lançamentos, e aqui também, concluindo o trabalho de re-portagem, publicaremos algumas sur-presas de última hora reservadas pelos expositores. A seguir, com ênfase nos “paliteiros” (as áreas de guindastes), al-gumas imagens que hoje soam surreais, dado o ajuntamento de gente. Mas que ficam como registro desse grande even-to que, com even-todas as limitações, con-seguiu, sem dúvida, entabular e gerar negócios entre os participantes.

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LIEBHERR:

lançamentos e entrega de chaves

A

Liebherr comemorou, na

Conex-po 2020, 50 anos de atividades diretas nos Estados Unidos. No segmento de elevação de cargas, a principal novidade da Liebherr foi o guindaste móvel LTM 1650-8.1, sucessor do LTM 1500-8.1, um dos guindastes mais bem sucedidos da marca, com cerca de 600 unidades comer-cializadas. Outro destaque no estande foi o guindaste sobre esteiras LR 1800-1.0, da classe de 800 t, projetado e potencializado para aplicações em projetos de construção pesada e na indústria petroquímica – com uso de lufting jib e sistema derrick.

Uma grande surpresa foi a apresentação do novo LTM 1120 4.1, que a Liebherr diz ser o guindaste móvel de 4 eixos mais poderoso de todos os tempos. O objetivo da marca é o de superar o desempenho do modelo atu-al, o LTM 1100-4.2, lançado em 2009, com capacidade de elevação de 10,2 t na lança telescópica de 60 m. O novo modelo, que a Liebherr deve começar a disponibilizar ainda em 2020, adiciona 18% a essa capacidade nesse comprimento e ainda pode estender sua lança telescópica até 66 m (9 t).

O LTM 1120 4.1 foi projetado para fazer frente a aplicações típicas de guindastes da classe de 200 t e com cinco eixos. As exten-sões de treliça permitem alturas de gancho

de até 94 m e raios de até 64 m. Para isso, é instalada uma extensão da lança em treliça, de 7 m, e uma lança dobrável dupla, de 10,8 a 19 m, que opcionalmente também pode ser ajustada hidraulicamente entre 0º e 40 º. Adicionalmente um jib de 2 m e um corredor, que pode ser girado para o lado também fo-ram incorporados ao novo equipamento.

A Conexpo 2020 foi uma grande oportu-nidade para a Liebherr entregar em mãos as chaves simbólicas de vários equipamentos para os seus clientes. Nesse sentido, o fato mais marcante, sem dúvida, teve como prota-gonista a Bigge Crane and Rigging, uma das maiores empresas de aluguel de guindastes do mundo. Com sede na Califórnia, é parceira de longa data da Liebherr, com mais de cem guindastes de esteira e móveis da marca em sua frota.Dentre os quais, o modelo sobre es-teiras LR 1300 SX. Não feira, foi feita a entrega oficial de 22 unidades do novo LR 1300.1 SX – que teve a Big Crane and Rigging como uma

das empresas que colaboraram com a Liebherr no seu desenvolvimento.

O modelo é equipado com ampla gama de sistemas de assistência.. Como resultado, não é somente mais fácil de operar, mas tam-bém garante maior segurança no canteiro de obras. Por exemplo, o “Luffing Assembly Assistent” auxilia o operador na montagem ou desmontagem da lança elevatória. Isso é feito por dispositivos de aviso e eventual bloqueio de controle se o guindaste se apro-ximar de uma área de tombamento insegura na tabela de carga. Esse sistema também orienta os operadores sobre o que precisa ser feito para voltar a uma posição segura, a fim de continuar a montagem ou desmontagem.

Por ocasião da Conexpo, a Dragados USA, divisão da Dragados Espanha que, atualmen-te, está trabalhando em grandes projetos de infraestrutura nos Estados Unidos, recebeu as chaves do novo HS8200. Inovação na série HS de guindastes sobre esteiras para opera-ções severas, o modelo HS 8200, na categoria de 200 t, é sucessor do HS 895 HD. A novida-de é o novo sistema novida-de direção, que aumenta a eficiência e a capacidade de carga em cerca de15%. É uma máquina versátil, para ser-viços de dragagem, escavação e fundações, por exemplo, que pode ser mobilizada com diversos tipos de acessórios e contrapesos.

Outra entrega feita pela Liebherr duran-te a Conexpo foi para SKV Crane & Rigging, locadora norte-americana de guindastes e equipamentos para mineração. A empresa adquiriu o guindaste LR 1800-1, de 800 t. O primeiro contrato do guindaste é um projeto eólico em Wyoming. Já os coreanos da loca-dora Crane Korea participaram de um novo marco histórico da Liebherr. Eles encomen-daram o modelo Liebherr LTM 1500-8.1, de número 600. Lançado em Bauma, em 1998, a 200ª unidade foi vendida em 2008 e a 300ª unidade quatro anos depois. Em 2013, foi entregue a 400 ª unidade e agora, em 2020, a 600ª unidade acaba de ser comercializada.

Fot os: Divulgação CRANE BRASIL 12

CONEXPO 2020

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A força da integração de TADANO E DEMAG

A

Tadano, que já tem grande

pre-sença na América do Norte, che-gou à Conexpo 2020 ainda mais fortalecida com incorporação da linha Demag de guindastes móveis. O lema atual “One Tadano” diz muito sobre o processo atual de integração das duas marcas. A aquisição adi-cionou cerca de 1.600 membros à corporação Tadano e o objetivo é o de alavancar siner-gias e potencializar toda a equipe e ampliar o atendimento aos clientes. “Tanto a Tadano quanto a Demag compartilham valores co-muns, como a paixão pelo setor de guin-dastes e o comprometimento com o melhor atendimento possível e o sucesso do cliente”, afirmou Kenichi Sawada, diretor comercial da Tadano. Ele lembrou que a Demag pertence agora a um grupo que se concentra apenas no setor de elevação. “Estamos avançando no sentido de sermos uma fonte única, com uma gama completa de soluções de elevação de cargas para o cliente”.

As duas marcas Tadano e Demag, no en-tanto, serão mantidas num futuro próximo e lançarão novos produtos. “Elas seguirão seu ciclo de vida normal e continuaremos a apoiar esses produtos e os clientes que os possuem”, garantiu Jeans Ennen, presiden-te e CEO da Tadano Demag GmbH e Tadano Faun GmbH.

As equipes de engenharia estão sendo integradas em Centros de Excelência, para o compartilhamento de tecnologias e acele-ração do ciclo de desenvolvimento de novos produtos. Já estão programados, inclusive, lançamentos de novos guindastes AT no segundo semestre para fechar as lacunas na linha de produtos. Na Conexpo 2020, a Tadano revelou também um novo guindaste telescópico sobre esteiras desenvolvido pela Demag, o GTC-1800EX, de 180 t, lançado com a marca Tadano. Ele é o melhor exem-plo da integração, incorporando o melhor das duas marcas – o caso, o Demag IC-1 Plus e o sistema de tecnologia telemática IC-1 Remote.

Como antecipado, a Tadano mostrou na Conexpo seus três novos guindastes para terrenos acidentados (RT). São dois modelos de 100 t (o GR-1000XLL-4 e o GR-1000XL-4) e um de 80 t (GR-800XL-4). Todos eles in-corporam as mais recentes atualizações da linha RT da Tadano, lançada em 2011, com

equipamentos das classes de 75 a 100 t. Na linha Tadano Mantis, a novidade foi o GTC-1600, de 145 t, com lança de seis se-ções (13,1 m – 61,0 m), complementada por um jib dobrável (10,3 m – 18,0 m), com angulações de 0, 20 e 40 graus. É possível um comprimento de lança de até 32 m, com inserção de duas treliças de 7 m. O GTC-1600 tem sistema de contrapeso auto-montável com controle remoto, macacos hidráulicos integrados e acoplamentos para conjuntos de mangueiras =- facilitando a remoção e manuseio da estrutura de esteira.

Na linha AT, a novidade foi o novo todo--terreno ATF 220G-5, com cinco eixos e grande versatilidade e capacidade de iça-mento de 220 t. Nesse modelo, o ordena-mento dos contrapesos foi aprimorado. O transporte e a mobilização também foram facilitados pela variedade de extensões para lança com livre combinação e pela

rapidez da montagem/desmontagem da lança principal para trajetos com limita-ção de peso.

Na linha Demag, além do guindaste so-bre esteiras CC3800-1, de 650 t a um raio de 12 m e momento de carga máximo de 9.152 mt, foram apresentados os guindas-tes da série City da Demag. O AC-45 City, inclusive, estreou no mercado norte-ame-ricano. Trata-se de um guindaste bastante compacto na categoria de 50 toneladas, com comprimento total de 8,68 m, largu-ra de 2,55 m e altulargu-ra de 3,25 m. O AC 45 City é capaz de trabalhar dentro de edifi-cações com vão livre baixo e ainda manter a lança principal empinada, içando cargas pesadas. Ele também consegue mover te-lescopicamente uma carga de até 21,72 t, o que equivale a um aumento de mais de 100% em comparação com o antecessor do modelo, o AC 40 City. Fot os: Divulgação CRANE BRASIL 13

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MANITOWOC

renova opções na Conexpo 2020

A

Manitowoc nem esperou a Co-

A

nexpo 2020 começar e lançou, dias antes, o seu novo guin-daste sobre esteiras, modelo MLC150-1. Sucessor do MLC100-1, ele oferece maior capacidade de carga (150 t), facilidade de montagem e uma cabine mais confortá-vel. O MLC 150-1 tem comprimento máxi-mo de lança de 78 m e um jib fixo de 24 m, com capacidade para 27 t – e um jib de lança de 52 m para 46 t. Durante a fei-ra, a fabricante apresentou dois modelos Grove AT. Um deles, o modelo GMK6400-1, de 400 t, teve um lançamento em reali-dade virtual através de projeções em uma cabine. Com lança de 60 m, ele pode atin-gir 136 m com seu conjunto completo de lança. Apesar disso, a Manitowoc enfatiza o projeto compacto do equipamento, com comprimento de 17,5 m e uma saliência de lança de 1,8 m. Ele também possui a opção de estabilizador MAXbase que permite maior flexibilidade no posiciona-mento no local.

Já o GMK5250XL-1, de 250 t, lançado na feira de Bauma no ano passado, já está incluído na linha de montagem da empre-sa. É uma evolução do GMK5250L, ao qual foi adicionado quase 8,5 m de lança para

Terex participou da Conexpo com todas as suas linhas de produto. Na linha de guindastes, os destaques foram o guin-daste industrial AT 22 da marca Franna, fabricado na Austrália, o modelo RT 80US e o guindaste de torre Flat Top CTT 472-20. O AT 22 é um guindaste industrial móvel de tamanho médio com capa-cidade máxima de içamento de 22 t a um raio de trabalho de 1,2 m. A altura máxima no gancho é de 17 m. É um equipamento que cobre uma ampla gama de aplicações. Uma de suas particularida-des é o limitador de momento de carga Dynamic patenteado pela Franna. O sistema calcula em ‘tempo real’ a capacidade nominal, considerando a configuração da lança, e também a articulação do chassi, ângulo de inclinação para a frente e para os lados, permitindo a avaliação contínua das limita-ções estruturais e a estabilidade frontal e lateral.

O modelo TRT 80US para terrenos acidentados, com capacidade para 75 t e lança de 42,1 m, é um equipamento fácil de transportar e operar. Tem lar-gura de apenas três metros e quatro modos de di-reção. Robusto e projetado para operações severas, é também o primeiro a usar o novo Terex Operating System (TEOS), que permite um controle preciso. O acesso ao sistema, que fornecesse um fluxo de informações, é feito através de uma tela sensível ao toque de 10 polegadas, com uma nova interface de usuário intuitiva, fácil de entender e sem complica-ções. A cabine é ampla com grande área envidraça-da e sem pontos cegos. Conta também com sistema obter maior alcance e realizar trabalhos

só possíveis anteriormente com guindas-tes de seis eixos.

Na feira, a Manitowoc também lançou a grua Potain MDT 569, o modelo mais recente da linha Topless. O seu projeto priorizou a otimização de pesos e dimen-sões para facilitar o transporte e a mon-tagem. O objetivo também foi o atender as expectativas no mercado por guindas-tes torre de maior capacidade. A MDT pode içar grandes cargas de material ao mesmo tempo. São três as opções para a capacidade máxima de elevação: 20, 25 e 32 t. O comprimento máximo de lança é de 80 m e de 4,2 t na ponta.

Além da exposição de outros produtos, a Conexpo também foi uma oportunida-de para a Manitowoc celebrar parcerias e novos negócios com clientes. Com a Ma-xim Crane Works, por exemplo, que ad-quiriu o primeiro Grove GMK5250XL-1 na América do Norte. Com a SCU Crane and Rigging, que comprou o novo guindaste telescópico Grove sobre esteiras GHC140. E outros, como a mexicana Maniobras, que encomendou um dos modelos em exposição neste ano, o Grove TMS500-2 montado sobre caminhão.

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CONEXPO 2020

Tecnologia e

funcionalidade

na linha TEREX

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CRANE

BRASIL

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XCMG:

Três novos guindastes

certificados nos EUA

C

om o lema “Inovação para o seu sucesso”, a XCMG levou 24 equi-pamentos, de seis diferentes linhas de produto, para a Conexpo 2020. Foram três os lançamentos, no mercado norte-americano, de sua linha de guindastes. Um guindaste so-bre caminhão, modelo XCT40_U, o todo ter-reno (AT) XCA110U e a nova opção da marca para terrenos acidentados (RT) XCR60L5U.

O XCT40_U em exposição na feira foi mon-tado com chassi universal utilizado nos EUA, no caso o T880 da Kenworth, com o segundo eixo móvel, e compatibilidade com as regu-lamentações estaduais de cargas por eixo no país. Trata-se de uma nova versão, atualizada tecnologicamente, do modelo XCT40U, que já havia sido apresentado na edição anterior da Conexpo. Segundo a XCMG, seu desempenho de elevação hoje é 10% superior aos modelos similares disponíveis no mercado e o novo sistema hidráulico para economia de energia reduz em 15% o consumo de combustível.

O todo terreno XCA110_U caracteriza-se pela grande mobilidade, graças a um sistema de suspensão original e independente, com uma capacidade de carga de 7,7 t. No caso integrado de ar condicionado para vários ambientes

e joysticks ergonômicos, ajustáveis às preferências do operador. O guindaste Terex 80US foi projetado para receber opcionalmente vários recursos adi-cionais. Tais como, jib adicional de 2 seções de 8 e 15 m e roldana simples, guinchos auxiliares, quatro câmeras integradas à tela principal, plataforma de telemática T-Link e radiocontrole remoto.

Já a grua Flat Top CTT 472-20 traz uma ino-vação importante em relação aos modelos an-teriores. O comprimento máximo do braço foi ampliado para 80 m. Tem onze configurações de braço, de 30 a 80m e uma tabela de carga ex-tremamente competitiva, permitindo até 4,48 t, com comprimento de braço máximo. Pode ser configurada com seções da lança Terex H20, HD23 e TS212 ou uma combinação delas usan-do seções de transferência, permitinusan-do alcançar grandes alturas livres. O novo sistema de con-trole oferece opções de configuração expandida e rápida montagem. E o recurso Terex Power Plus pode aumentar temporariamente o momento de carga máxima sob condições controladas, dando ao operador a condição de aumentar sua capacidade de içamento em mais 10%. A nova cabine Terex conta com monitor colorido de 18 cm e ar condicionado e calefação incorporados, que mantêm estável a temperatura. O transporte e instalação da grua também foram facilitados. Os segmentos da torre vêm pré-montados com escadas de alumínio, assim as seções do jib.

do RT, modelo XCR60L5_U, a XCMG destaca o raio de giro e a excelente capacidade de manobra para obter uma transferência mais rápida entre os canteiros de obras. A conflu-ência exclusiva da bomba dupla melhora o controle e a eficiência da operação, enquanto o sistema hidráulico de economia de energia e o controle ECO, o motor de partida-parada automática e o conversor de torque com fun-ção de travamento reduzem o consumo de combustível em até 20%.

Os três guindastes foram customizados para a América do Norte e estão certificados, tanto pela OSHA quanto pelo DOT, respec-tivamente, a agência de segurança e saúde ocupacional e o departamento de transporte dos Estados Unidos,

Durante conferência no evento, Xie Bin, gerente geral da XCMG North America, res-saltou a expansão internacional do grupo e sua consolidação na América do Norte, onde já está presente desde o ano de 2007. Ele lembrou que, após décadas de esforços e muito trabalho, a XCMG, de uma marca desconhecida passou a ser a empresa chi-nesa de equipamentos de construção mais popular na região. “No contexto atual de disseminação do coronavírus, chegamos aqui para mostrar plenamente nossa confiança e determinação em superar as dificuldades e buscar desenvolvimento juntos”.

Veja na seção Guia Crane (pg 32), mais lançamentos de equipamentos, serviços e acessórios para elevação de cargas

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pamentos podem praticar, antes mesmo de chegar ao local. Com isso, terão con-dições de avaliar a localização dos equi-pamentos no campo. E principalmente se alguma coisa mudou no ambiente de trabalho que poderá afetar a operação programada. “O compartilhamento do plano também favorece a comunicação com o cliente, os responsáveis pela se-gurança, fornecedores e outros presta-dores de serviços envolvidos”.

Recursos web para uso mobile

Novas ferramentas incorporadas ao software, com acesso também mobile, permitem que os usuários insiram ou coletem informações importantes sobre o planejamento da operação, sem antes ter que criar um plano completo.

Com o “Sketch Pad”, depois de inse-rir um endereço, um mapa do Google é exibido como pano de fundo. Nessa vista aérea, é possível observar o local do içamento, o da mobilização do guindas-te e outras informações específicas do local. São informações iniciais para uma estimativa do trabalho. O esboço pode ser salvo no 3D Lift Plan, que criará au-tomaticamente um plano de içamento para o usuário. O que reduz as etapas e simplifica a documentação.

Já o “Crane Comparison” permite que os usuários comparem até 10 grá-ficos de carga por vez, com visualiza-ção das capacidades em várias faixas de trabalho. Outra ferramenta, o “Load Chart Viewer”, importa as informações nos gráficos de carga tradicionais e as apresenta em forma de infográficos – uma representação visual dos dados dos gráficos de carga.

O 3D Lift Plan conta agora também

lizadores para a configuração específica do guindaste, novamente sem a neces-sidade de se criar um plano de elevação completo. Basta escolher o guindaste, a tabela de carga, o comprimento da lan-ça, o peso da carga e o raio, e o “calcula-tor” apresentará as informações críticas de configuração. O “Mat Calculator” é um recurso à parte, que pode ser usado em conjunto, para a seleção dos supor-tes de patolamento apropriados para a pressão de rolamento permitida no solo. É uma variação dos recursos integrados ao 3D Lift Plan em 2017, para mats projetados, como as almofadas Fiber-Max ou Safety Tech da DICA, tapetes de aço ou de madeira.

Por último, o “Rigging Designer” seleciona uma ampla variedade de fer-ramentas de Rigging e pode criar um plano de içamento personalizado. Ele pode ser salvo no 3D Lift Plan para a criação de uma lista de planos e de situ-ações críticas.

Outra novidade é a integração do 3D Lift Plan com o iCraneTrax. Isso permi-te que os usuários salvem os planos de içamentos 3D nos registros de tarefas do iCraneTrax e verifiquem a disponi-bilidade de um guindaste. Desse modo, o locadores podem melhorar a alocação da frota e gerenciar a documentação de um cliente em um só lugar.

O iCraneTrax também ganhou um aplicativo, o iTeleTrax, o qual facilita o acesso mobile a informações críti-cas aos operadores, técnicos ou

ge-Fot

os: Divulgação

as possibilidades de

uso mobile e trabalho

em rede – além de

integração com o

iCraneTrax

Realidade virtual em

PLANOS DE IÇAMENTO

Rigg

ing

m dos mais conhecidos sof-twares para planejamento de içamento de cargas, o 3D Lift, foi atualizado com novos recursos. A A1A Software, empresa sediada na Flórida (EUA), desenvolvedora do pro-grama, também criou condições para uma maior integração do 3D Lift com o iCraneTrax, ferramenta de gerencia-mento de frota e pessoal. A maior no-vidade no 3D Lift é o Vision Simulator, que permite ao usuário elaborar um pla-no de rigging tridimensional em modo VR, ou seja, usando realidade virtual.

“Cada içamento é tão único quanto o plano em que se ba-seia”, diz Tawnia Weiss, presi-dente da A1A Software. “Não há melhor maneira de visuali-zar o resultado de uma opera-ção do que permitir que o operador do guindaste e outros integrantes da equipe simulem em um ambiente virtual”.

O 3D Lift Vision é uma licença com-plementar aos usuários que já utilizam o 3D Lift Plan. Com a licença, ele já rece-be o fone de ouvido, compacto, portátil e sem fio. Ele é importante porque per-mite que pessoas em locais diferentes se envolvam simultaneamente na mesma simulação do 3D Lift Vision.

A condição multiusuário é fator ex-tra de aex-tratividade nessa nova versão do programa “Não há limite para o número de pessoas que podem se engajar no 3D Lift Plan. O departamento comercial das locadoras pode usá-lo para mostrar ao cliente onde os guindastes e o pessoal serão colocados. Bem como a sua capa-cidade de fazer a elevação de acordo com o plano de içamento proposto”, explica a presidente da A1A Software

Ela lembra que, para mitigação de ris-cos, o operador e toda a equipe de

equi-U

CRANE

BRASIL

16

(17)

?

Por Redação Crane Brasil

ACESSE WWW.CRANEBRASIL.COM.BR

17

CRANE

BRASIL

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Aplicação

Dallé Construtora, sediada em Bagé (RS), foi pio-neira em sua região ao utilizar, já no ano de 2013, paredes de concreto moldadas in loco na execução de seus empreendimentos imobiliários. Essa metodologia in-tegrava um programa amplo de melhoria de processos, eviden-ciado um ano antes com a conquista de importantes certifica-dos de gestão da qualidade, a IS0 9001 e o PBQP-H - nível A. Junto com as paredes de concreto, a engenharia da construtora intensificou o uso de guindastes de torre, ganhando velocida-de, racionalidade e eficiência em suas obras.

Essa filosofia de trabalho se mantém até hoje. Em um de seus empreendimentos atuais, o “Los Moros de La Inverna-da”, quatro torres residenciais, com 36 apartamentos cada, a Dallé Construtora utilizou, como equipamentos principais, dois guindastes de torre da marca Liebherr: o modelo flat-top 85 EC-B 5b e o guindaste de torre automontável 32TT. De forma combinada, e posicionados estrategicamente, eles res-ponderam pela movimentação de pré-moldados, formas para paredes de concreto e materiais de acabamento da obra.

O 85 EC-B 5b foi montado com 50 m de lança, sobre base cruciforme e com mais de 40 m de altura livre de gancho. Ele foi mobilizado desde a fundação e a execução do subsolo, com estruturas pré-fabricadas de concreto de até 2,5 t, e a construção dos nove pavimentos (mais térreo), com o trans-porte de formas de, aproximadamente, 1,5 t para paredes de concreto do residencial. Também operou na instalação das escadas, pré-fabricadas, que puderam ser utilizadas pelo pes-soal da obra quase que imediatamente após sua instalação, melhorando o fluxo de pessoas no local.

O 85 EC-B 5b, na verdade, realizou praticamente todas as atividades da obra, ficando para a bomba de concreto, o bombeamento do concreto para dentro das formas. Até mesmo a concretagem da fundação, que foi realizada em

A

uma época chuvosa, foi feita com o guindaste de torre

(utili-zando-se uma caçamba de concreto), evitando manobras de caminhões no canteiro de obra em terreno de terra molhada.

Já o modelo automontável, 32TT, com 12 anos de uso, foi utilizado principalmente para o abastecimento de mate-riais de acabamento da obra, que puderam ser rapidamente descarregados do caminhão e posicionados diretamente em plataformas na fachada do edifício, fornecendo material para diferentes andares. O equipamento conta com uma lança inclinada, o que permitiu utilização com altura livre de gancho de 31 m. O guindaste automontável 32TT, que opera com lança de 30 m de comprimento, foi patolado em uma rua com pouca circulação ao lado da obra.

Com a utilização desses dois métodos construtivos (pré--fabricados e paredes de concreto), a Dallé Construtora conseguiu reduzir sua mão-de-obra para 25 pessoas, man-tendo um ritmo de entrega de até 10 apartamentos por se-mana. Além de agilidade para a obra, com o guindaste de torre 85 EC-B 5b, a construtora teve uma sensível redução no número de afastamentos dos colaboradores (por questões ergonômicas), já que o equipamento se encarregou da parte pesada da obra. Também, com menos pessoas no canteiro e com o guindaste de torre para fazer o transporte de ma-terial, ganhou-se em organização do canteiro de obras. Na avaliação da construtora, a utilização desses equipamentos também contribuiu para a segurança e qualidade de vida no trabalho dos colaboradores da empresa.

Não é de hoje que se fala nas vantagens comparativas da utilização de guindastes de torre (gruas) na construção civil. A grande evolução da tecnologia de concreto e, consequente-mente, das novas metodologias construtivas, pode, no entan-to, dar um novo impulso a essa alternativa, mais rápida e segu-ra, de manuseio horizontal e vertical dos materiais da obra.

Construtora reduz mão de obra e

ganha ritmo de 10 apartamentos por

semana, em empreendimento de

quatro torres residenciais

Guindastes de torre Liebher 85 EC-B 5b e 32 TT operam em obra do Residencial Moros, em Bagé (RS)

PROTAGONISMO

dos guindastes de torre

Construtora reduz mão de obra e

ganha ritmo de 10 apartamentos por

semana, em empreendimento de

quatro torres residenciais

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CRANE BRASIL 18

A

cessór

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?

equilíbrio da carga é um dos fatores mais importantes em uma operação de içamento. Considerando que as cargas, em sua grande maioria, não são simétricas, é necessário ajustar o comprimento dos ramais das lingas, para alinhar o Elo de Sustentação ao centro de gravidade da carga, proporcionando o seu equilíbrio.

Os encurtadores têm a função de ajustar o comprimento dos ramais das lingas de correntes, tornando mais versátil e aumentando o seu cam-po de aplicação. Isso vai de encon-tro à necessidade dos operadores de guindastes, que se deparam diariamente com cargas diversifi-cadas e encontram dificuldade em encontrar a linga adequada em cada operação. Uma linga equipa-da com encurtadores proporciona uma grande variedade de configu-rações podendo ser utilizada em cargas variadas, respeitando sua carga máxima de trabalho.

Fabricados conforme a norma DIN 5692, podem ser dos tipo garra ou gan-cho encurtadores. A garra encurtadora pode ser montada em qualquer posição ao longo do comprimento do ramal da linga, trazendo maior praticidade no encurtamento da corrente. O gancho encurtador é montado no elo adjacente ao anel de carga principal exercendo a mesma função, tendo a profundidade

observar os ângulos de trabalho, pois, ao equilibrar uma carga assimétrica, os ângulos de cada ramal variam e estes devem ser considerados no cálculo da linga, determinando assim a carga es-pecífica para cada ângulo de inclinação. No mundo dos acessórios para movi-mentação de cargas temos uma varieda-de muito granvarieda-de varieda-de opções, que muitas vezes podem confundir e serem

aplica-dos de forma incorreta.Quando, porém, são usados de forma cor-reta, podem facilitar, trazer mais segurança e agilidade nas opera-ções de movimentação de cargas. Os encurtadores de correntes estão aí para isso, facilitam e po-dem ser usados em combinação com outros acessórios, como as cintas têxteis, por exemplo, am-pliando ainda mais as opções de aplicação dos encurtadores.

Referências Bibliográficas 3. Deustches ins-titut für nurming (2011). DIN 5692 – Round steel link chains – Forged steel com-ponents – Chain shortener, Grade 8.

O

Fot

os: Divulgação

ENCURTADORES para lingas de correntes

(*) Elias de Lima Oliveira , é

Engenheiro de Soldagem pela EscolaPoli-técnica da Universidade de São Paulo. En-genheiro Mecânico pela Universidade de Mogi das Cruzes, Licenciado em Matemática pela Universidade de Mogi das Cruzes e Supervisor de Engenharia da RUD Correntes Industriais Ltda. Coordenador do ABNT/CB50/SC2-CE3 - Correntes, Lingas de correntes e Acessórios. elias.oliveira@rud.com.br (11) 98974-6495

do berço sempre maior que cinco vezes o diâmetro da corrente. Com esse design a corrente nunca se solta do encurtador durante a movimentação da carga, garan-tindo total segurança na operação.

Muita gente acha que o encurtador pode reduzir a capacidade de carga da linga, mas a verdade é que não há redu-ção da capacidade de carga por conta do encurtador. No entanto, é importante

1 1 2 3 3 4 1 Encaixe da corrente 2 Largura do Berço 3 Profundidade do berço 4 Apoio da corrente Por Elias de Lima Oliveira *

Gancho Encurtador

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CRANE BRASIL 19 ?

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ota

Montcalm adquiriu, e re-cebeu no período de 2 a 6 de março, um guindaste Tadano All Terrain Crane (Made In Germany), modelo ATF 130G-5. Ele foi entregue diretamente em Paraua-pebas (PA) para atendimento de um contrato de montagem industrial, nas instalações de beneficiamento de minério de ferro em Carajás. Trata--se de um processo de ampliação das instalações e o ATF 130G-5 foi ime-diatamente mobilizado. E cumpre rotina operacional, participando de diversos içamentos de estrutura metá-licas pesadas e de grandes dimensões. Responde também pelo içamento de seções inteiras de estruturas e correias transportadoras. Bem como de novos equipamentos na ampliação da planta e extração de minério.

Segundo Paulo Simonsen, diretor da Montcalm Montagens Industriais, vá-rios fatores foram determinantes nessa aquisição. Entre os quais: qualidade do equipamento, custo de aquisição e prazo de entrega (o que permitiu sua mobilização imediata). Ele des-taca também a baixa manutenção e a expectativa de serviços pós-venda. “Já tivemos equipamentos Tadano e a

per-Empresa adquiriu ATF 130G-5, configurado para

montagens industriais pesadas, e o recebeu

diretamente no canteiro em Parauapebas (PA)

Por Redação Crane Brasil

formance sempre foi ótima.E, quanto ao suporte, temos visto que eles vem ampliando essa área para garantir um pronto atendimento”.

Ele conclui dizendo que a Mont-calm considera bastante oportuno po-der contar com mais um fornecedor de alto nível no Brasil. “Desde que foi feita a entrega técnica em Paraua-pebas, a máquina está performando além das expectativas”.

Recursos embarcados

O ATF 130G-5 caracteriza-se pela elevada potência e torque para direção segura e manobrabilidade no percurso e no canteiro de obras. O equipamen-to possui direção e tração em múlti-plos eixos. Adicionalmente, consegue trafegar em terrenos e estradas não pavimentadas (Off Road) –com a par-ticularidade de conseguir vencer mor-ros e rampas de ângulo acentuado.

O equipamento escolhido possui inúmeros sistemas de segurança para direção, içamento e frenagem. Apre-senta uma extensão de lança de 18 m

que é montada na lança principal de 60 m. Com um peso total de 60 t e carga por eixo de 12 t, a extensão de lança pode ser transportada junto com o guindaste. A extensão da lança pode ser usada como um jib de 3,8 m para trabalhos pesados ou como um jib de10/18 m, como exigido pelo tra-balho a ser executado. Isso significa que nem a extensão da lança nem o jib pesado precisam ser transportados separadamente e depois montados, o que gera uma economia significativa na redução dos custos do proprietário.

Finalmente, o sistema Lift Adjuster permite um melhor domínio sobre trabalhos difíceis e pesados com o guindaste. O Lift Adjuster é ativado pelo operador do guindaste e ajuda a prevenir que a carga balance, o que ocorre normalmente devido ao esforço de deslocamento da lança principal.

Isto significa que o operador do guin-daste pode focar a sua atenção na carga e no que o rodeia, inclusive os outros operadores envolvidos na execução.

MONTCALM mobiliza

novo equipamento

ACESSE WWW.CRANEBRASIL.COM.BR

MONTCALM mobiliza

novo equipamento

Junto com a equipe, Paulo Simonsen recebe a “chave” de Masatoshi Hirano, presidente da Tadano Brasil Junto com a equipe, Paulo Simonsen recebe a “chave” de Masatoshi Hirano, presidente da Tadano Brasil

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NBR ISO 18264, publicada em março,

estabelece os critérios técnicos para aplicação

dos cabos de fibra de alto módulo

CRANE

BRASIL

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a primeira parte dessa sé-rie de artigos sobre lingas especiais, foram apresenta-das as lingas fabricaapresenta-das com fibras de HMPE (polietileno de alto mó-dulo), que apresentam alta resistên-cia à tração e baixo peso, trazendo vários benefícios para alguns tipos de içamento offshore.

Apesar das lingas de cabo de aço dominarem o cenário offshore no Brasil, há cada vez mais embasa-mento técnico para aplicação dos cabos de fibra de alto módulo nas atividades de içamento. Prova disso é a publicação em março de 2020 da norma NBR ISO 18264 - Lin-gas têxteis - LinLin-gas de cabos de fi-bra para operação de içamento de utilização geral -

Polietileno de alto módulo (HMPE).

Esta norma bra-sileira, desenvol-vida pelo CB-50 (equipamentos e

estruturas offshore) contém o mes-mo texto da norma ISO, de abran-gência internacional, publicada em 2016, e especifica os requisitos quanto à fabricação, segurança, en-saios de determinação da carga de trabalho, utilização, inspeção, entre outros. Contempla lingas de uma a quatro pernas, com olhais ou laço sem fim (grommet), fabricadas com cabos trançados de 8 ou 12 pernas, bem como cabos com capa, fabrica-dos somente com fibras de HMPE.

A norma permite a combinação dos cabos com acessórios de iça-mento como sapatilhos, manilhas, pinos, anéis de carga entre outros.

Diferentemente das normas de lingas de cabo de aço e de cintas

têxteis convencionais, a NBR ISO 18264 estabelece equações para re-dução da Carga Máxima de Traba-lho (CMT) da linga em função da relação do diâmetro de dobramen-to do cabo e o diâmetro do próprio cabo, sendo que esta relação não pode ser menor que 1 em nenhu-ma hipótese. Quando essa relação é menor que 3, uma redução é neces-sária, podendo chegar a 50%. Com uma relação de diâmetros maior ou igual a 3, não é necessária redução, sendo uma vantagem em relação às lingas de cabo de aço, que nessa situação leva a uma perda de resis-tência de 17%.

Um ponto curioso da versão brasileira da NBR ISO 18264 é

que ainda não estabelece um coeficiente de segurança para o cálculo da CMT da linga, escla-recendo que está em desenvolvimento uma norma específica para isso. Como referên-cia, a União Europeia utiliza coe-ficiente de segurança 7, Japão 6 e Estados Unidos 5.

Com a evolução das normas in-ternacionais e aprendendo com as experiências bem sucedidas dos iça-mentos com lingas de HMPE em todo mundo, hoje temos mais uma opção para utilizar nos projetos brasileiros, trazendo mais eficácia aos içamentos offshore.

N

Fot

os: Divulgação

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para içamento

(*) Leonardo Roncetti,

engenheiro, é doutorando em iça-mento offshore pela COPPE-UFRJ, mestre em estruturas offshore pela COPPE--UFRJ, e diretor da TechCon Engenharia e Con-sultoria.Contatos:leonardo@techcon.eng.br

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Nº 7 – ANO II • MAR/ABR

O EQUIPAMENTO

CERTO PARA CADA

APLICAÇÃO

Genie amplia portfólio de produtos com

linhas complementares, para que as locadoras

possam oferecer soluções sob medida

CADERNO DE TRABALHO EM ALTURA DA REVISTA

CRANE BRASIL

CHARLEY ADAMS o americano que subiu

em um cesto aéreo para ver a mãe em quarentena

TRABALHO EM ALTURA o que muda com

a nova norma regulamentadora NR-18

Mercado

Case

Legislação

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Referências

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