António Ramos Rosa
POESIA PRESENTE
ANTOLOGIA
selecção
MARIA FILIPE RAMOS ROSA
prefácio
JOSÉ TOLENTINO MENDONÇA
SUB Hamburg
Í N D I C E
ADVERTÊNCIA 7
PREFÁCIO 9
O GRITO CLARO ( I 9 5 8)
[Em qualquer parte um homem] .... 19
O funcionário cansado 20
O boi da paciência ... 22
Poema . . .. .. 26
VIAGEM ATRAVÉS DUMA NEBULOSA (1960)
O grito claro ... .... .... . .. 29 [Náo posso adiar o amor para outro século] . .. 30 [Para um amigo tenho sempre um relógio] .... . . 31
Sílabas . . . 32
Telegrama sem classificação especial ... 33
VOZ INICIAL (1960)
O único sabor .. . . 37
[Terraço aberto] 39
[Casa de sol onde os animais pensam] .. . 40
Passagem .... 4l
SOBRE O ROSTO DA TERRA (1961)
Um caminho de palavras 45
OCUPAÇÃO DO ESPAÇO (1963) A pedra 49 Arvore 50 Animal olhar 51 TERREAR (1964) O esquiador 61
ESTOU VIVO E ESCREVO SOL (1966)
Estou vivo e escrevo sol 67
Horizonte imediato 68
A CONSTRUÇÃO DO CORPO (1969)
O papel, a mesa, o sol, a pena 71
A construção do corpo 73
Aqui mereço-te 74
NOS SEUS OLHOS DE SILÊNCIO (1970)
Onde é aqui 79
Da grande página aberta do teu corpo 80
A PEDRA NUA (1972)
No silêncio da terra 83
Um ponto 85
CICLO DO CAVALO (1975)
[Já alguém viu o cavalo' Vou aprendê-lo] 89 [Cavalo, cavalo de terra, saltas sobre] 90 [O vigor do cavalo, o rigor da palavra] 91 [A sombra do cavalo, o ócio retempera-se.] 92
[Há um sol de cavalo nas ruas e nos olhos ] 93 [Onde mora a memória obscura, onde] 94 [Os anjos que conheço são de erva e de silêncio] 95
[Aqui seria e é a força intensa] 96
BOCA INCOMPLETA (1977)
[Não encontrarás aqui a fluência] 99
As palavras no centro vazio 100
A NUVEM SOBRE A PÁGINA (1978)
Daqui deste deserto em que persisto 105
O momento de 109
[Semelhante à imóvel] 110
CÍRCULO ABERTO (1979)
O sol negro o sol branco 113
O INCÊNDIO DOS ASPECTOS (1980)
[Como dizê-lo. ei-lo, aqui] 117
O CENTRO NA DISTÂNCIA (1981)
Até onde vós estais 121
QUANDO O INEXORÁVEL (1983)
[Dizem que é jardim] 125
A palavra transfigurada. . .... 126
GRAVITAÇÕES (I 9 8 3 )
As palavras 129
MEDIADORAS (1985) Mediadora da água 135 Mediadora da coincidência 136 Mediadora sonâmbula 137 Mediadora do vento . 138 VOLANTE VERDE (1986)
Sem segredo algum 141
Escrevo-te com o fogo e a água. ... . . . 142
Entre duas páginas . 143
O jardim 144 A verdade. . . 145 A palavra .. . .. 146 A festa do silêncio. . 147 A mulher . . 148 Apenas um tremor . . .. . . 149 Um astro .... .. 150 CLAREIRAS (1986) Encontro. .... 153
Entre o papel e as árvores .... . . 154
NO CALCANHAR DO VENTO (1987)
O simples.. . . 157
Para além das palavras com as palavras 158
Nascimento último 159
Num poço de folhas . . 160
Arvores ... ... 161
O vento . . 162
O LIVRO DA IGNORÂNCIA (1988)
[Sei de beijos mais nocturnos do que a terra] 166 [Apreender com as palavras a substância mais nocturna] 167 [Como um trabalho que preparasse a festa] 168
[Onde estou aqui quisera estar] 169
O DEUS NU(LO) (1988)
[Alguém espera por mim,] 173
[As palavras começam a vibrar.] 174
TRÊS LIÇÕES MATERIAIS (I 9 8 9)
[O amor cerra os olhos,] 177
[As velhas constelações do mundo] 178 [Aceita, acolhe a minúscula astronomia de um jardim ] . . 179
ACORDES (1989) O mesmo arco 183 Quem escreve . • 184 Um mundo 185 O NÃO E O SIM (1990) Alma amante 189 Uma voz 191 Voz matinal 193
Voz entre as ervas 194
O deus que é transparência 195
Presença total. ... . . ... 196
FACILIDADE DO AR (1990)
Entardecer 199
OÁSIS BRANCO (1991)
[Nomes sem imagens] 203
[A pedra] 204
[Em qualquer lado] 205
[Nua] 206
A INTACTA FERIDA (1991)
[Não tenho lágrimas] 209
[Nunca será a hora nunca é a hora] 210
[Este gesto] 211
[Escrever] 212
[Quem escreve] 213
A ROSA ESQUERDA (1991)
[Em massas de duração] 217
[A noite chega com todos os seus rebanhos] 218
CLAMORES (1992)
[E a hora da lenta urgência do abandono] 221 [Ouço o galope surdo do cavalo do sangue] 223 [Estou cada vez mais cercado pelos astros] 225
LÂMPADAS COM ALGUNS INSECTOS (1992)
[A palavra é curva Nunca atinge] 229 [No fundo das imagens há um sopro solar] 230
O TEU ROSTO (1994)
À altura do teu rosto 233
Para a Agripina 234
[Não estou no centro não conheço o que é o centro] 235 [Vejo o teu rosto quotidiano] . . . 236
[Amo o teu túmido candor de astro] 238
[Tu procuras saber] 239
DELTA seguido de PELA PRIMEIRA VEZ (1996)
[Estar na montanha na imóvel ondeação] 243 [Era um fosso talvez com flores e urtigas] 244 [Quando o corpo é um sorriso aberto ao sol] 245 [Todo aquele que abre um livro entra numa nuvem] 246 [Há uma chama que queima que vai queimando o mundo] ... 248 [Não se podem abrir janelas para a morte] 250 [Cada homem é um ser de argda solar e vegetal] 251
VERSÕES/INVERSÕES (1997)
[Já todos os meus gestos têm a geometria de um desenlace] 255
À MESA DO VENTO seguido de AS ESPIRAIS DE DIONISO (1997)
[Nós queremos a tranquila duração a solidez do solo] 259 [Ninguém me pode conceder o tempo de arredondar essa pedra] 260 [Dançavam outrora os homens com os deuses] 261
PÁTRIA SOBERANA seguido de NOVA FICÇÃO (1999)
[Não choro pela pátria Ninguém chora pela pátria] 265 [Nós vivemos a violência dos sons da nulidade] 266 [Se a pátria é a indolência que dormindo navega] 267
O PRINCÍPIO DA ÁGUA (2000)
[Em abandono de lenta liberdade] 271
[Em suaves sílabas em ondulados dedos] 272 [A água é de si mesma o volúvel horizonte] 273
A S P A L A V R A S ( 2 0 0 l )
[A palavra é o desejo do espaço e o espaço do desejo] 277 [Não queiras mais que a gratuita lucidez] 278 [Escreve-se para que algo aconteça] 279 [Nenhuma rua do mundo vai dar fora do mundo] 280 [Para ser aéreo é preciso sentir os grãos de terra em cada passo] 281 [O que é a origem5 Poderão as mãos tocá-la?] 282
O A P R E N D I Z S E C R E T O ( 2 0 0 l )
[A textura mais secreta é o silêncio] ... 285 [O espaço, que ninguém pode desenhar,] . 286 [Há momentos em que a consideração da morte] 287 [Ao fim de cada construção diária,] . 288 [O construtor é um homem vazio,] .... 289
D E A M B U L A Ç Õ E S O B L Í Q U A S ( 2 0 0 l )
[Nós esperamos esse momento de altitude e transparência] 293 [Sei que nunca soube e que nunca saberei] 295
[Estou vivo] 296
[Talvez a minha vocação não seja esta] 297
O D E U S D A I N C E R T A I G N O R Â N C I A S e g u i d o d e I N C E R T E Z A S O U E V I D Ê N C I A S ( 2 0 0 l )
[Deus vê talvez com as pálpebras descidas] 301 [Deus é a última sede a mais silenciosa] 302 [Se eu sou nada esse nada deseja] 303 [O espírito divino é passividade pura] 304
O S O L É T O D O O E S P A Ç O (2OO2)
[Eu canto a ausência de mim mesmo] [Aquele que eu sou]
309 311
OS VOLÚVEIS DIADEMAS (Z002)
[Sou um homem vazio] 315
CADA ÁRVORE É UM SER PARA SER EM NÓS (2002)
[Cada árvore é um ser para ser em nós] ... 319
O QUE NÃO PODE SER DITO (2OO3)
[A palavra que não fulgura e rasa o muro] 323 [Ser silêncio, ser a sua plácida proa de sol e sombra,] 324
RELÂMPAGO DE NADA (2OO4)
[A relação do ser e do horizonte é circular ] 327 [Clareira, visão aberta e nua do espaço,] 328 [O que aparece preserva a sua sombra] 329 [Há uma certa cegueira vidente no poema] 330
PASSAGENS (2004)
Eternidade ardente 333
GÉNESE SEGUIDO DE CONSTELAÇÕES (2OO5)
[Quando o sossego é só sossego e a visão do mar espraia ] . . 337 [O mundo não é o mundo sem a cintilante caligrafia . ] 338 [Eis a página da cal sem constelações] 339
HORIZONTE A OCIDENTE (2OO7)
[O círculo, a pedra do mundo] 343
EM TORNO DO IMPONDERÁVEL (2OI2)
[O mais seguro abrigo] 347
[O poema deve] 348
[Vivi tanto] 349
NUMA FOLHA, LEVE E LIVRE (2OI3)
[Insiro o rosto] 353
[Grito o teu nome] 354
[Só o que náo pode falar] 355
[Ver] 356
[Quem fala] 357
[Quero dormir na água das palavras] 358