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A MÚSICA LITÚRGICA NO BRASIL 50 ANOS DEPOIS DO CONCÍLIO VATICANO II

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Academic year: 2021

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A MÚSICA LITÚRGICA NO BRASIL 50 ANOS DEPOIS DO CONCÍLIO VATICANO II

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• Vaticano II – 50 anos de ecumenismo na Igreja Católica, E. Wolff • Doutrina Social da Igreja e o Vaticano II, L. G. Scudeler • O Concílio Vaticano II e os pobres, M. C. Domezi

• Liturgia no Vaticano II – Novos tempos da celebração cristã, A. S. Bogaz / J. H. Hansen

• Vaticano II – Novos tempos e novos templos, A. S. Bogaz / J. H. Hansen • A religiosidade popular à luz do Concílio Vaticano II, M. A. Vilhena • A missão no Vaticano II, M. Restori

• Vaticano II e o diálogo inter-religioso, W. L. Sanchez

• O Vaticano II e a leitura da Bíblia, P. L. Vasconcellos / R. R. da Silva • A música litúrgica no Brasil, J. Fonseca / J. Weber

• Revelação e diálogo intercultural – Nas pegadas do Vaticano II, A. M. L. Soares Coleção M ar co c onciliar

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A MÚSICA LITÚRGICA

NO BRASIL

50 ANOS DEPOIS DO

CONCÍLIO VATICANO II

JOAquIM FONSECA, OFM

JOSÉ WEBER, SVD

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© PAuLuS – 2015

Rua Francisco Cruz, 229 04117-091 São Paulo (Brasil)

Fax (11) 5579-3627 • Tel. (11) 5087-3700 www.paulus.com.br

editorial@paulus.com.br ISBN 978-85-349-4224-9

Direção editorial: Claudiano Avelino dos Santos Assistente editorial: Jacqueline Mendes Fontes Coordenador de revisão: Tiago José Risi Leme Revisão: Manoel Gomes da Silva Filho

Iranildo Bezerra Lopes

Diagramação: Dirlene França Nobre da Silva Capa: Marcelo Campanhã

Ilustração da capa: Aurélio Fred Macena dos Santos Impressão e acabamento: PAuLuS

1ª edição, 2015

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Fonseca, Joaquim

A música litúrgica no Brasil: 50 anos depois do Concílio Vaticano II / Joaquim Fonseca, José Weber. — São Paulo: Paulus, 2015. — (Co-leção Marco conciliar)

Bibliografia.

ISBN 978-85-349-4224-9

1. Celebrações litúrgicas 2. Igreja Católica - Liturgia 3. Música - Brasil 4. Música litúrgica 5. Música sacra I. Weber, José. II. Título. III. Série.

15-07061 CDD-264.20981

Índices para catálogo sistemático:

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SIGLAS

CF - Campanha da Fraternidade

CAMS - Comissão Arquidiocesana de Música Sacra do Rio de Janeiro

CIMS - Consociatio Internationalis Musicae Sacrae CNBB - Conferência Nacional dos Bispos do Brasil ISPAL - Instituto de Pastoral Litúrgica

LH - Liturgia das Horas ML - Música Litúrgica

MS - “Musicam Sacram”, Instrução da Sagrada Congregação dos Ritos, sobre a música litúrgica (1967)

OTP - Oração do Tempo Presente ODC - Ofício Divino das Comunidades

SC - Constituição Sacrosanctum Concilium sobre a

liturgia (1963)

TLS - Motu proprio Tra le sollecitudini sobre a música

sacra, de Pio X (1903)

UL - Universa Laus, rede ecumênica internacional

fundada por J. Gelineau, na década de 1960.

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APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO

MARCO CONCILIAR

O

Concílio Vaticano II, concluído há cinquenta anos, refez a Igreja católica em muitos aspectos e, em certa me-dida, o próprio cristianismo. A intenção de João XXIII de promover um novo pentecostes na Igreja foi não somente anunciada em várias ocasiões, desde sua primeira inspira-ção, mas uma tarefa de construção assumida por ele; tarefa conduzida pela força de sua autoridade, mas também pelo vigor de seu carisma renovador. Sem a ousada inspiração e a liderança convicta e perseverante desse papa, certamente não teria havido o Vaticano II, ao menos com a dimensão e a profundidade que o caracterizou. Somente pela força carismática de líderes como João XXIII se pode pensar em mudanças como as proporcionadas pelo Concílio em uma instituição milenar com doutrinas e regras cristalizadas.

Esse grande Concílio, o mais ecumênico de todos, refez a rota fundamental da Igreja ao colocá-la de frente com o mundo moderno. A Igreja que estava distante da chamada modernidade e segura de sua posição e verdade, foi capaz de reposicionar-se e elaborar uma nova doutrina sobre o mundo e sobre si mesma. De isolada do mundo, assume-se como sinal de salvação dentro do mundo; de detentora da verdade, reconhece a verdade presente nas ciências e pas-sa a dialogar com elas; então definida como poder pas-sagrado, passa a compreender-se como servidora da humanidade. E o mundo torna-se o cenário do drama humano: lugar de pe-cado e de graça, porém inscrito no plano maior do amor de Deus, que nos cria e nos chama para a comunhão consigo.

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A m úsica litúr gica no Br asil – 5 0 anos depois do C oncílio V aticano II

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A Igreja e o mundo estão situados nesse plano misterioso de Deus, a ele se referem permanentemente e são compre-endidos como realidades distintas e autônomas, porém em diálogo respeitoso e construtivo.

O Vaticano II abriu uma temporada nova na Igreja como fruto de inesperada primavera, na intuição do Papa João XXIII. A essa primavera sucederam-se novos ciclos com climas diferenciados, sem nos poupar de invernos rigorosos. As decisões conciliares foram interpretadas e praticadas de diferentes modos nos anos que se seguiram à grande assembleia, em função de lugares e sujeitos en-volvidos no processo de aggiornamento. Por um lado, é fato que muitas renovações aconteceram em diversas frentes da vida da Igreja. Tanto no âmbito das práticas pastorais quan-to da reflexão teológica, o pós-Concílio foi um canteiro que fez a primavera produzir muitos frutos: renovação litúrgica em diálogo com as diferentes culturas, Igreja comprometi-da com os pobres, diálogo ecumênico e inter-religioso, dou-trina social da Igreja, experiência de ministérios leigos etc. O novo se mostrou vigoroso, sobretudo nas primeiras dé-cadas do pós-Concílio e particularmente no hemisfério sul nas Igrejas inseridas em contextos de pobreza e de culturas radicalmente distintas da cultura latino-cristã tradicional. Por outro lado, houve um esfriamento do carisma conciliar, na medida em que a história avançava impondo suas roti-nas, mas, sobretudo, uma leitura que buscava evitar a ideia de renovação-ruptura com a tradição anterior. Segundo essa leitura, o Vaticano II teria inovado sem romper com a doutrina tradicional, incluindo a doutrina sobre a Igreja. Essas perspectivas revelam na dinâmica pós-conciliar as lutas por construir o verdadeiro significado do Vaticano II, do ponto de vista teórico e prático. Trata-se de leituras lo-calizadas do ponto de vista geopolítico e teológico-eclesial, com sujeitos e ideias distintos, assim como marcadas por

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a present a ção d a coleção M ar co c onciliar

esforços de demonstração da intenção original das decisões dos padres conciliares.

Se esse dado revela, de um lado, as dificuldades cres-centes de um consenso, expõe, por outro, a atualidade do Concílio como marco eclesial e teológico importante para a Igreja. Pode-se dizer que o Vaticano II começou efetiva-mente no dia seguinte à sua conclusão, em 8 de dezembro de 1965. Na Audiência de 12 de janeiro de 1966, o Papa Paulo VI reconhecia esse desafio de colocar o Concílio em prática, comparando-o a um rio que iniciava seu fluxo e se dispunha para a Igreja como tarefa para o futuro. E esse rio avançou certamente por terrenos nunca previstos, fecundou novas terras e produziu frutos com sua água sempre viva. Por ou-tro lado, foi um rio represado por muitas frentes eclesiais que temiam sua força; foi desviado de seu curso e canaliza-do para diferentes direções. Contucanaliza-do, o rio jamais secou seu fluxo. Continua correndo na direção do Reino, levando sobre suas torrentes a frágil Barca de Pedro com seus viajantes, ora cansados e temerosos, ora destemidos e esperançosos.

O Vaticano II não foi somente um evento do passado, mas constitui, de fato, o hoje da Igreja católica, a fonte de onde a Igreja retira o sentido fundamental para sua caminhada his-tórica e para o diálogo com a realidade atual. Esse “Concílio em curso” completa cinquenta anos com uma história e um saldo que merecem ser visitados por todos os que estão aten-tos a sua importância para a Igreja em permanente sintonia com o mundo, que avança rapidamente em suas conquistas científicas e tecnológicas. Se a modernidade perscrutada pe-los padres conciliares já não existe mais, ela deixou, entre-tanto, suas consequências positivas e negativas para nossos dias; consequências que exigem de novo o olhar atento da fé cristã, que busca distinguir os sinais dos tempos e lançar os cristãos como sujeitos ativos no mundo: parceiros de busca da verdade e na construção da fraternidade universal.

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A presente coleção, planejada e oferecida pela Editora Paulus, pretende revisitar o Vaticano II por várias entradas e oferecer rápidos balanços sobre questões diversas, nes-ses cinquenta anos de prática e de reflexão. Cada uma das temáticas é abordada em três aspectos: a orientação conci-liar presente nos textos promulgados pelo grande Sínodo, o desenvolvimento da questão no período pós-conciliar e a análise crítica – balanço e prospectiva – da mesma. Esse trí-plice olhar busca conjugar o desenvolvimento da temática do ponto de vista teórico e prático, ou seja, os seus desdo-bramentos no âmbito do Magistério e da reflexão teológi-ca, assim como as suas consequências pastorais e sociais. A Igreja se encontra, nos dias atuais, em um momento fecundo de renovação de si mesma, após o conclave que elegeu o Papa Francisco. O Vaticano II se encontra, nesse contexto, em uma nova fase e deverá produzir seus frutos, em cer-ta medida cer-tardios, em muicer-tas frentes que ainda não haviam sido enfrentadas pelos Pontífices anteriores. A própria figu-ra do atual Papa remete pafigu-ra a eclesiologia do Vaticano II tanto em suas atitudes como em suas palavras. Está viva a Igreja povo de Deus, a Igreja dos pobres, a Igreja servidora, misericordiosa e dialogal. O Concílio tem fornecido, de fato, a direção das reformas enfrentadas com coragem pelo Papa a partir da Cúria Romana.

Esse contexto de revisão é animador e permite falar de novo do último Concílio como um marco histórico funda-mental para o presente e o futuro da Igreja. É tempo de ba-lanço e reflexão sobre o significado desse marco. Os títulos ora publicados pretendem participar dessa empreitada com simplicidade, coragem e convicção. Cada autor perfila a pro-cissão dos convictos da importância das decisões conciliares para os nossos dias, mesmo sendo o mundo de hoje em mui-tos aspecmui-tos radicalmente diferente daquele visto, pensado e enfrentado pelos padres conciliares na década de

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ta. O espírito e a postura fundamental do Vaticano II perma-necem não somente válidos, mas normativos no marco da grande tradição católica. Mas continua, sobretudo, um espí-rito vivo, na medida em que convida e impulsiona a Igreja para o diálogo com as diferenças cada vez mais visíveis e ci-dadãs em nossos dias e para o serviço desinteressado a toda humanidade, particularmente aos mais necessitados.

Das reformas trazidas pelo Concílio, a litúrgica foi, cer-tamente, a mais visível e, por essa razão, a de maior impacto junto do povo. Na memória popular, as mudanças dos ritu-ais para a língua vernácula ficaram gravadas como a grande modificação da Igreja. Ainda que se trate de uma memória somente da superfície da renovação litúrgica, ela expressa a importância do fato e abre inúmeras possibilidades em ter-mos de participação ativa dos fiéis nas assembleias litúrgi-cas. A passagem da missa em latim para a missa em verná-culo foi a porta de abertura para outras renovações eclesiais junto do povo; teve a função de inaugurar na estética e na comunicação uma nova postura da Igreja perante o povo: agora capaz de se comunicar com clareza e de convidar cada fiel à participação na vida da comunidade.

Este volume trata de um tema importante no âmbito da liturgia e que foi profundamente impactado pelas mudanças conciliares: a música litúrgica. No esforço de fazer da liturgia espaço de celebração da vida da comunidade, a renovação conciliar inspirou a criação de novas formas musicais que procuraram captar não só novos ritmos, mas também abrir--se a uma liturgia participativa e aberta aos novos tempos.

Era desejo dos padres conciliares “que todos os fiéis se-jam levados àquela plena, cônscia e ativa participação das celebrações litúrgicas” (SC 14). Dentro desse espírito, a mú-sica litúrgica no pós-Vaticano II trouxe para dentro da litur-gia as expressões mais profundas da experiência religiosa do povo. A música a partir de então dará à liturgia o

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mismo que vem do povo expressando as suas necessidades e suas lutas.

A música inspirada no Concílio trará para a liturgia o caráter festivo próprio da caminhada do povo no seu esforço de viver e anunciar o Evangelho:

A comunidade evangelizadora jubilosa sabe sempre “festejar”: celebra e festeja cada pequena vitória, cada passo em frente na evangelização (Papa Francisco, Evangelii Gaudium, 24).

João Décio Passos Wagner Lopes Sanchez

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INTRODUÇÃO

O

Concílio Vaticano II resgatou a função ministerial da música na ação litúrgica. Aliás, canto e música estão in-timamente ligados ao rito, ao primeiro sujeito da celebração (assembleia) e à Palavra de Deus proclamada e meditada.

Ao longo deste livro, o(a) leitor(a) perceberá que nem sempre isso era evidente para o clero e muito menos para o povo. Antes do Concílio, praticamente a assembleia só assis-tia, de forma passiva, aos diversos ritos. O canto era entoado por algum solista ou grupo de cantores, numa língua estra-nha, num espaço separado do dos demais fiéis.

O referencial de tudo o que vem expresso nesta obra é o Concílio Vaticano II, ficando assim distribuídos os temas: O canto e a música antes do Concílio Vaticano II (cap. I); O canto e a música a partir da Constituição sobre a Liturgia do Concílio Vaticano II (cap. II); O canto e a música depois do Concílio Vaticano II (cap. III); O canto e a música 50 anos depois do Concílio Vaticano II: desafios a serem enfrentados (cap. IV).

Nosso desejo é que este trabalho cumpra sua principal finalidade que é reafirmar e solidificar os princípios traça-dos pelo Concílio Vaticano II, no que tange à teologia e à espiritualidade do canto e da música no culto cristão, em terras brasileiras.

Referências

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