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Curso Online Pacote de Exercícios Comentados Escriturário Banco do Brasil CONHECIMENTOS BANCÁRIOS PROFESSOR CÉSAR FRADE

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CONHECIMENTOS BANCÁRIOS PROFESSOR CÉSAR FRADE

Vamos lá, galera!

Sei que não é fácil estudar esse monte de coisas em um espaço tão curto de tempo, mas vocês precisam tentar fazer isso e memorizar o máximo que puderem.

Como eu disse e tenho mostrado, citar a legislação e transcrevê-la além de dar maior legitimidade àquilo que estou fazendo também ajuda vocês a compreender a importância na prova.

As críticas ou sugestões poderão ser enviadas para:

cesar.frade@pontodosconcursos.com.br.

Prof. César Frade Janeiro/2011

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QUESTÕES COMENTADAS

Questão 78

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2001) – A obrigatoriedade do recolhimento do Depósito Compulsório incide sobre

a) todas as instituições componentes do Sistema Financeiro Nacional. b) grandes conglomerados financeiros.

c) sociedades de crédito, financiamento e investimento. d) instituições financeiras e múltiplas com carteira comercial. e) bancos comerciais e múltiplos com carteira comercial.

Resolução:

Os depósitos compulsórios e o encaixe obrigatório incidem sobre:

• os recursos à vista captados por bancos múltiplos e de investimento, titulares de conta Reservas Bancárias, bancos comerciais e caixas econômicas;

• adiantamentos relativos a operações de câmbio realizadas por bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de investimento, caixas econômicas e BNDES;

• os recursos de depósitos e de garantias realizadas por bancos múltiplos e bancos de investimento, não titulares de contas Reservas Bancárias, e sociedades de crédito financiamento e investimento;

• depósitos a prazo, recursos de aceites cambiais, cédulas pignoratícias de debêntures, títulos de emissão própria e contratos de assunção de obrigações vinculados a operações realizadas no exterior realizadas por bancos comerciais, bancos múltiplos, bancos de desenvolvimento, bancos de investimento, caixas econômicas e sociedades de crédito, financiamento e investimento;

• os recursos de depósitos de poupança captados por bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliário, bancos comerciais, sociedades de crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimo e caixas econômicas.

É notório ressaltar que, com muita freqüência, os ativos que compõem os depósitos compulsórios são alterados. Alguns sofrem alterações temporárias e

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outros permanentes. Portanto, é sempre importante estar atento a esse tipo de medida.

Dessa forma, a obrigatoriedade sobre empréstimos compulsórios não recai sobre todas as instituições componentes do Sistema Financeiro Nacional e nem somente sobre os grandes conglomerados financeiros.

Na verdade, a grande maioria desses grandes conglomerados efetuam depósito compulsório, mas o fato de ser um grande conglomerado não o obriga a efetuar esses depósitos. Eles o fazem porque detém várias dessas operações citadas como obrigatórias.

Assim sendo, a resposta pode ser tanto as sociedades de crédito, financiamento e investimento quanto os bancos comerciais e múltiplos com carteira comercial. Normalmente, esse tipo de questão leva em consideração o compulsório sobre depósitos à vista e, portanto, a letra E deve ser marcada como resposta. No entanto, cabe recurso com relação ao item C, conforme podemos ver acima.

Gabarito: E Questão 79

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2001) – Instrumento mais ágil de Política Monetária no qual o Banco Central vende títulos públicos federais quando há excesso de recursos na economia, ou resgata-os quando há ausência de recursos e é necessário aumentar a liquidez é

a) depósito compulsório. b) mercado interfinanceiro. c)) open market.

d) assistência financeira de liquidez. e) encaixe financeiro.

Resolução:

Três são os instrumentos clássicos de Política Monetária: Depósito Compulsório, Operações de Redesconto e Operações de Mercado Aberto.

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Os depósitos compulsórios são instrumentos “potentes” para se fazer uma política monetária tanto contracionista quanto expansionista. Com esse instrumento é possível retirar do mercado uma quantidade considerável de recursos com uma única medida, pois ele acaba atingindo os maiores conglomerados e onde ficam as maiores parcelas dos recursos.

No entanto, não é um instrumento ágil uma vez que demora um tempo relativamente grande para que entre em funcionamento de forma plena.

Entretanto, as operações de mercado aberto (Open Market) são instrumentos mais limitados no que diz respeito à quantidade que se consegue retirar ou colocar no mercado, mas extremamente ágeis.

Dessa forma, o instrumento mais ágil são as operações de mercado aberto. E o gabarito é a letra C.

Gabarito: C

Questão 80

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2001) – Os instrumentos clássicos utilizados pelo Banco Central para colocar em prática a Política Monetária são:

a) depósito compulsório, empréstimos de liquidez, open market e contingenciamento de crédito.

b) controle das taxas de juros, depósito compulsório, supervisão prudencial no Sistema Financeiro e fiscalização intermitente.

c) open market, controle no câmbio, emissão de moeda e controle nas taxas de juros.

d) fiscalização intermitente, controle sobre emissão de títulos da dívida externa, empréstimos de liquidez e controle sobre o crédito.

e) contingenciamento de crédito, supervisão bancária, emissão de moeda e controle no câmbio.

Resolução:

A Política Monetária no Brasil, desde 1986 com o fim da Conta Movimento, é executada apenas pelo Banco Central do Brasil.

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Ela consiste, principalmente, em “controlar” a liquidez no mercado para que alguns objetivos previamente traçados sejam alcançados. Um dos objetivos mais importantes é o controle efetivo da inflação. Esse controle da liquidez é feito com a retirada ou injeção de recursos no mercado com o único objetivo de controlar a quantidade de dinheiro que as pessoas e as empresas possuem em suas mãos.

É por meio dos instrumentos dessa Política Monetária que o Banco Central do Brasil coloca ou retira recursos de circulação. Para tal fato, ele se utiliza dos depósitos compulsórios, das operações de mercado aberto, dos empréstimos de liquidez ou redesconto e do contingenciamento do crédito. Dessa forma, o gabarito é a letra A.

Importante ressaltar que grande parte dos mais importantes autores de macroeconomia diz que existem apenas três instrumentos clássicos de Política Monetária, quais sejam: compulsórios, redesconto e mercado aberto.

Gabarito: A

Questão 81

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – Associe as afirmativas abaixo com as Políticas Monetária e Econômica.

I – Executada pelo Banco Central de cada país, o qual possui poderes e competência próprios para controlar a quantidade de moeda na economia. II – Ações do governo no sentido de controlar e regular a atividade econômica. III – São seus instrumentos, o conjunto de ações e medidas à disposição do governo para a regulação da atividade econômica.

IV – Quatro tipos de instrumentos: Política Monetária, Política Fiscal, Política Cambial e Política de Rendas.

V – São seus instrumentos clássicos de controle: recolhimentos compulsórios, open market, redesconto bancário e empréstimos de liquidez.

VI – Diz-se que é restritiva quando as autoridades monetárias promovem reduções dos meios de pagamento da economia retraindo a demanda agregada (consumo e investimento) e a atividade econômica.

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Resolução:

A Política Econômica é composta, basicamente, de quatro pilares: Política Monetária, Política Fiscal, Política Cambial e Política de Rendas. Dessa forma, a Política Monetária é um subconjunto da Política Econômica.

Enquanto isso, a Política Monetária é aquela executada pelo Banco Central e tem como objetivo precípuo o controle dos recursos financeiros disponíveis para a população. E para efetuar esse controle a autoridade monetária dispõe de alguns instrumentos como o depósito compulsório, o redesconto bancário, as operações de mercado aberto e os empréstimos de liquidez.

Portanto, os II, III e IV referem-se à Política Econômica, enquanto que os itens I, V e VI referem-se à Política Monetária.

Essa questão era uma associação, como ligar um lado ao outro. Como mudei o formato dela sem perder nada de seu objetivo, não tem como ter gabarito. Por isso está em branco.

Gabarito:

Questão 82

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – É objetivo possível de ser alcançado pelas operações de mercado aberto:

a) criação de liquidez para os títulos públicos, motivando as negociações com todos os demais títulos.

b) controle diário da moeda, em decorrência do controle dos gastos do governo.

c) controle diário do volume de oferta de moeda, para que a liquidez da economia não seja adequada à programação monetária.

d) liberalização das taxas de juros a curto prazo em decorrência do volume da oferta da moeda.

e) proibição às instituições para utilização de suas disponibilidades monetárias ociosas em aplicações de curto e curtíssimo prazo.

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Resolução:

As operações de mercado aberto (“open market”) são efetuadas pelo Banco Central com base na programação monetária, disponibilidade de recursos em poder do público (nesse se incluem todos os agentes com exceção dos Bancos Comerciais) e dados tais como inflação.

O Banco Central define a quantidade de recursos que pode continuar circulando na economia, tendo como base, entre outros fatores, a meta de inflação comparada com a inflação apurada. Portanto, as operações de mercado aberto tem por objetivo fazer um controle diário do volume de oferta de moeda, adequando a liquidez da economia à programação monetária. Observe que no item c, existe uma negação na frase, o que a torna falsa.

No entanto, como as operações de mercado aberto são feitas

exclusivamente com a compra e venda de títulos públicos, é inegável

que há a criação de liquidez para esses títulos. Como a questão pergunta sobre um objetivo possível, mesmo sendo o controle monetário o principal objetivo dessas operações, elas acabam gerando liquidez nos títulos públicos, pois esses são utilizados como veículos nessas operações. Sendo assim, a resposta correta seria a letra A.

Gabarito: A

Questão 83

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) é uma autarquia vinculada ao poder executivo (Ministério da Fazenda), que age sob a orientação do Conselho Monetário Nacional. Sua atuação abrange três importantes segmentos do mercado:

a) Banco do Brasil. Entidades Filantrópicas e Organizações não Governamentais.

b) autarquias, Instituições Financeiras e Seguradoras. c) firmas individuais, Retpvs e Banco do povo.

d) Sociedades por Quotas de Participação. Sociedades de Capital Fechado e Imobiliárias.

e) Companhias de Capital Aberto, Instituições do Mercado de Capitais e Investidores.

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Resolução:

A Comissão de Valores Mobiliários tem como objetivo organizar o mercado de capitais e seus agentes. Dessa forma, se sustenta sobre três pilares, quais sejam:

• as companhias de capital aberto, que são as empresas que podem ser negociadas em bolsas, apesar de que nem todas são negociadas em bolsas;

• instituições do mercado de capitais, que são o elo de ligação dessas empresas com os investidores; e

• investidores, pessoas que colocam recursos e compram pequenas parcelas das companhias de capital aberto, chamadas ações.

Dessa forma, o gabarito é letra E.

Gabarito: E

Questão 84

(Fundação Carlos Chagas – CEF – 2004) – Após o dano ou perda de um bem e graças ao pagamento antecipado de uma quantia que representa pequena parcela desse bem, é possível receber uma indenização que permita a sua reposição integral.

Em relação ao Sistema Nacional de Seguros Privados pode-se afirmar que

a) as Seguradoras são responsáveis pela regulação das operações de seguros e pela fixação das condições das apólices, dos planos de operação e valores das tarifas.

b) as Companhias Seguradoras são instituições administradoras de riscos, isto é, agências de ratings.

c) a Susep – Superintendência de Seguros Privados – é uma autarquia pública federal e tem como uma de suas principais atribuições fiscalizar a constituição, organização e funcionamento das sociedades do mercado segurador brasileiro, além de atuar em defesa dos interesses dos consumidores do mercado.

d) o Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP) controla e fiscaliza os mercados de seguros, resseguros, capitalização e previdência privada.

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e) as propostas de seguro podem ser encaminhadas às Seguradoras por qualquer cidadão que se achar competente para fazê-lo.

Resolução:

A Superintendência de Seguros Privados – SUSEP é a entidade responsável pela regulação e fiscalização das operações de seguros, previdência complementar aberta, títulos de capitalização e resseguro. Não existe nenhum tipo de relação entre as Companhias Seguradoras e as agências de ratings. As seguradoras são as empresas capacitadas a fazer planos de seguros que são negociados pelos corretores de seguros. As agências de rating são empresas que pesquisam acerca da capacidade de pagamento por parte dos emissores de títulos e países, são agências classificadoras de risco.

A SUSEP, por sua vez, é uma autarquia pública federal, com sede no Rio de Janeiro, que executa os serviços de secretariado do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, e possui as seguintes atribuições:

• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;

• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;

• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;

• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; • Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando

sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem; • Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado; • Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em

especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas;

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As propostas de seguro somente podem ser encaminhadas às Seguradoras pelos corretores de seguros especializados.

Em 1966 foi criada a SUSEP e o Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP. Este Conselho é composto por 6 membros:

• Ministro da Fazenda ou seu representante, na qualidade de Presidente; • Superintendente da SUSEP, na qualidade de Vice-Presidente;

• Representante do Ministério da Justiça; • Representante do Banco Central do Brasil;

• Representante do Ministério da Previdência e Assistência Social; e • Representante da Comissão de Valores Mobiliários.

São atribuições do CNSP:

• Fixar as diretrizes e normas da política de seguros privados;

• Regular a constituição, organização, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades subordinadas ao Sistema Nacional de Seguros Privados, bem como a aplicação das penalidades previstas;

• Fixar as características gerais dos contratos de seguros, previdência privada aberta e capitalização;

• Estabelecer as diretrizes gerais das operações de resseguro;

• Prescrever os critérios de constituição das Sociedades Seguradoras, de Previdência Privada Aberta e de Capitalização, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações;

• Disciplinar a corretagem do mercado e a profissão de corretor. Sendo assim, o gabarito da questão é a letra C.

Gabarito: C

Questão 85

(FCC – CVM – Analista – 2003) – Ao Banco Central do Brasil atribui-se a função de

a) fixar diretrizes e normas da política cambial. b) autorizar os limites de emissões de moeda. c) disciplinar todos os tipos de crédito do mercado.

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d) deliberar sobre a constituição das instituições financeiras. e) realizar operações de compra e venda de títulos públicos.

Resolução:

Observe que os verbos dos itens a, b, c e d não dão idéia de ação, mas sim de um agente legislador. E dessa forma, essas seriam funções do CMN. A realização de operações de compra e venda de títulos públicos é uma das formas clássicas de se fazer política monetária, também chamada de operações de mercado aberto.

Os artigos 10 e 11 da Lei 4.595/64 dispõe as funções do Banco Central: “Art. 10. Compete privativamente ao Banco Central da República do Brasil:

I - Emitir moeda-papel e moeda metálica, nas condições e limites autorizados pelo Conselho Monetário Nacional

II - Executar os serviços do meio-circulante;

III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras, seja na forma de subscrição de Letras ou Obrigações do Tesouro Nacional ou compra de títulos da Dívida Pública Federal, seja através de recolhimento em espécie, em ambos os casos entregues ao Banco Central do Brasil, a forma e condições por ele determinadas, podendo:

a) adotar percentagens diferentes em função: 1. das regiões geoeconômicas;

2. das prioridades que atribuir às aplicações; 3. da natureza das instituições financeiras;

b) determinar percentuais que não serão recolhidos, desde que tenham sido reaplicados em financiamentos à agricultura, sob juros favorecidos e outras condições por ele fixadas.

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IV - Receber os recolhimentos compulsórios de que trata o inciso anterior e, ainda, os depósitos voluntários à vista das instituições financeiras, nos termos do inciso III e § 2º do art. 19.

V - Realizar operações de redesconto e empréstimos a instituições financeiras bancárias e as referidas no Art. 4º, inciso XIV, letra " b ", e no § 4º do Art. 49 desta lei;

VI - Exercer o controle do crédito sob todas as suas formas;

VII - Efetuar o controle dos capitais estrangeiros, nos termos da lei; VIII - Ser depositário das reservas oficiais de ouro e moeda estrangeira e de Direitos Especiais de Saque e fazer com estas últimas todas e quaisquer operações previstas no Convênio Constitutivo do Fundo Monetário Internacional;

IX - Exercer a fiscalização das instituições financeiras e aplicar as penalidades previstas;

X - Conceder autorização às instituições financeiras, a fim de que possam:

a) funcionar no País;

b) instalar ou transferir suas sedes, ou dependências, inclusive no exterior;

c) ser transformadas, fundidas, incorporadas ou encampadas;

d) praticar operações de câmbio, crédito real e venda habitual de títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal, ações Debêntures, letras hipotecárias e outros títulos de crédito ou mobiliários;

e) ter prorrogados os prazos concedidos para funcionamento; f) alterar seus estatutos.

g) alienar ou, por qualquer outra forma, transferir o seu controle acionário.

XI - Estabelecer condições para a posse e para o exercício de quaisquer cargos de administração de instituições financeiras privadas, assim como para o exercício de quaisquer funções em

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órgãos consultivos, fiscais e semelhantes, segundo normas que forem expedidas pelo Conselho Monetário Nacional;

XII - Efetuar, como instrumento de política monetária, operações de compra e venda de títulos públicos federais; - grifo meu

XIII - Determinar que as matrizes das instituições financeiras registrem os cadastros das firmas que operam com suas agências há mais de um ano.

§ 1º No exercício das atribuições a que se refere o inciso IX deste artigo, com base nas normas estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, o Banco Central da República do Brasil, estudará os pedidos que lhe sejam formulados e resolverá conceder ou recusar a autorização pleiteada, podendo incluir as cláusulas que reputar convenientes ao interesse público.

§ 2º Observado o disposto no parágrafo anterior, as instituições financeiras estrangeiras dependem de autorização do Poder Executivo, mediante decreto, para que possam funcionar no País

Art. 11. Compete ainda ao Banco Central da República do Brasil; I - Entender-se, em nome do Governo Brasileiro, com as instituições financeiras estrangeiras e internacionais;

II - Promover, como agente do Governo Federal, a colocação de empréstimos internos ou externos, podendo, também, encarregar-se dos respectivos serviços;

III - Atuar no sentido do funcionamento regular do mercado cambial, da estabilidade relativa das taxas de câmbio e do equilíbrio no balanço de pagamentos, podendo para esse fim comprar e vender ouro e moeda estrangeira, bem como realizar operações de crédito no exterior, inclusive as referentes aos Direitos Especiais de Saque, e separar os mercados de câmbio financeiro e comercial;

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IV - Efetuar compra e venda de títulos de sociedades de economia mista e empresas do Estado;

V - Emitir títulos de responsabilidade própria, de acordo com as condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional;

VI - Regular a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis;

VII - Exercer permanente vigilância nos mercados financeiros e de capitais sobre empresas que, direta ou indiretamente, interfiram nesses mercados e em relação às modalidades ou processos operacionais que utilizem;

VIII - Prover, sob controle do Conselho Monetário Nacional, os serviços de sua Secretaria.”

Gabarito: E Questão 86

(CESPE – CEF – 2009) – Instituições financeiras estrangeiras somente podem funcionar no país mediante prévia autorização formalizada em

a) portaria da Superintendência de Seguros Privados. b) normativo do BACEN.

c) decreto do Poder Executivo. d) normativo da CVM.

e) resolução do Conselho Federal de Contabilidade.

Resolução:

Para que uma instituição financeira possa funcionar no país há a necessidade de autorização do BACEN e Decreto do Poder Executivo.

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“Art. 18. As instituições financeiras somente poderão funcionar no País mediante prévia autorização do Banco Central da República do Brasil ou decreto do Poder Executivo, quando forem estrangeiras.”

Aparentemente, o Poder Executivo poderia efetuar a autorização independentemente do BACEN. No entanto, há a necessidade de entendermos o momento em que foi criada a Lei. Era no Regime Militar.

Com a Constituição de 1988, em seu artigo 192 diz que há a necessidade de Lei Complementar para regulamentar o Sistema Financeiro Nacional, como descrito abaixo:

“Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram.”

No entanto, o artigo 52 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias diz que:

“Art. 52. Até que sejam fixadas as condições do art. 192, são vedados:

I - a instalação, no País, de novas agências de instituições financeiras domiciliadas no exterior;

II - o aumento do percentual de participação, no capital de instituições financeiras com sede no País, de pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no exterior.

Parágrafo único. A vedação a que se refere este artigo não se aplica às autorizações resultantes de acordos internacionais, de reciprocidade, ou de interesse do Governo brasileiro.”

O entendimento que se tem acerca do assunto é que há a necessidade de autorização do BACEN

E

de Decreto do Poder Executivo.

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Com isso, o gabarito é a letra C.

Gabarito: C

Questão 87

(ESAF – BACEN – 2002) – Na atual estrutura do sistema financeiro nacional, assinale, dentre os órgãos abaixo indicados, aquele ao qual foi concedido o exercício exclusivo da competência da União para a emissão de moeda.

a) Tesouro Nacional.

b) Ministério do Planejamento. c) Casa da Moeda.

d) Banco Central do Brasil.

e) Superintendência da Moeda e do Crédito.

Resolução:

O artigo 164 da Constituição Federal, em seu Caput, diz que “a competência da União para emitir moeda será exercida exclusivamente pelo Banco Central” –

grifo meu.

É necessário definir alguns conceitos e esclarecer algumas dúvidas sobre o assunto. A Casa da Moeda é uma empresa pública vinculada ao Ministério da Fazenda. Sua função é produzir ou fabricar a moeda que vai ser utilizada em alguns países e também no Brasil. Enquanto isto, o Banco Central do Brasil – BACEN é uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda. Uma de suas funções é a de controlar a oferta de moeda na economia.

Enquanto a Casa da Moeda fabrica o papel-moeda que será utilizado pelos brasileiros em suas transações comerciais, cabe ao BACEN definir a quantidade que deverá ser colocada em circulação, ou seja, a quantidade que será emitida. Portanto, emitir moeda é o ato de o Banco Central colocar o papel-moeda em circulação. Não existe nenhuma relação entre o Banco Central e a Casa da Moeda a não ser um contrato que define que o papel-moeda fabricado pela Casa da Moeda será “vendido” ao Banco Central.

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Gabarito: D

Questão 88

(NCE – CVM – Agente – 2005) – A Comissão de Valores Mobiliários – CVM – tem, além de outras, as seguintes responsabilidades:

I – promover a expansão e o funcionamento eficiente do mercado de capitais; II – atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua através das operações de seguros, previdência privada aberta e de capitalização;

III – assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão.

A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são somente: a) II; b) II e III; c) I e II; d) I e III; e) I, II e III. Resolução:

Vamos, para resolver essa questão, usar o macete que ensinei a vocês. O item I é função da CVM pois ela fiscaliza esse mercado, portanto, deseja o seu pleno funcionamento e sua expansão.

O item II está errado pois operações com seguros, previdência privada aberta e capitalização não é função da CVM, mas da SUSEP. E, essa autarquia, tem a preocupação de proteger a poupança popular. Não confunda poupança popular com caderneta de poupança. Quando se fala em poupança popular, está fazendo referência à economia dos recursos da população.

Funcionamento eficiente dos mercados de bolsa e balcão também é função da CVM. Vejam, bolsas que são os locais em que se efetivam os negócios.

O artigo 4˚ da Lei 6.385/76 dispõe que:

“Art. 4º O Conselho Monetário Nacional e a Comissão de Valores Mobiliários exercerão as atribuições previstas na lei para o fim de:

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I - estimular a formação de poupanças e a sua aplicação em valores mobiliários;

II - promover a expansão e o funcionamento eficiente e

regular do mercado de ações, e estimular as aplicações

permanentes em ações do capital social de companhias abertas sob controle de capitais privados nacionais;

III - assegurar o funcionamento eficiente e regular dos

mercados da bolsa e de balcão;

IV - proteger os titulares de valores mobiliários e os investidores do mercado contra:

a) emissões irregulares de valores mobiliários;

b) atos ilegais de administradores e acionistas controladores das companhias abertas, ou de administradores de carteira de valores mobiliários.

c) o uso de informação relevante não divulgada no mercado de valores mobiliários.

V - evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço dos valores mobiliários negociados no mercado;

VI - assegurar o acesso do público a informações sobre os valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido; VII - assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;

VIII - assegurar a observância no mercado, das condições de utilização de crédito fixadas pelo Conselho Monetário Nacional.”

Observe que o item I fala em estimular a formação de poupanças (economias) mas para aplicação em valores mobiliários.

(19)

Gabarito: D

Questão 89

(NCE – CVM – Agente – 2005) – Compete à CVM:

a) fiscalizar e inspecionar as companhias abertas, dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório;

b) inspecionar o balanço financeiro de qualquer empresa nacional;

c) examinar os registros contábeis, livros ou documentos de qualquer empresa;

d) fiscalizar as atividades do mercado de seguros;

e) suspender e cancelar os registros das empresas comerciais.

Resolução:

Vamos tentar fazer da mesma forma que fizemos a questão anterior. Veja, fiscalizar companhias abertas é função da CVM pois ela está entre os agentes citados, quais sejam, companhias abertas, investidores, corretoras e bolsas. Logo, esse item é verdadeiro.

Inspecionar o balanço de qualquer empresa nacional, não é função da CVM pois ela se importa apenas com as Cia abertas. Portanto, o item b é falso.

Pelo mesmo motivo apresentado no parágrafo anterior, a CVM não examina os livros de todas as empresas, apenas as abertas.

A fiscalização do mercado de seguros é função da SUSEP, o que faz com que o item d também seja falso.

Não cabe à CVM suspender ou cancelar registros de empresas comerciais. Dessa forma, a resposta é a letra A.

O artigo 8˚ da Lei 6.385/76 informa as competências da CVM, conforme descrito abaixo:

(20)

“Art . 8º Compete à Comissão de Valores Mobiliários:

I - regulamentar, com observância da política definida pelo Conselho Monetário Nacional, as matérias expressamente previstas nesta Lei e na lei de sociedades por ações;

II - administrar os registros instituídos por esta Lei;

III - fiscalizar permanentemente as atividades e os serviços do mercado de valores mobiliários, de que trata o Art. 1º, bem como a veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participem, e aos valores nele negociados;

IV - propor ao Conselho Monetário Nacional a eventual fixação de limites máximos de preço, comissões, emolumentos e quaisquer outras vantagens cobradas pelos intermediários do mercado;

V - fiscalizar e inspecionar as companhias abertas dada prioridade às que não apresentem lucro em balanço ou às que deixem de pagar o dividendo mínimo obrigatório1. (grifo meu)

§ 1o O disposto neste artigo não exclui a competência das Bolsas de Valores, das Bolsas de Mercadorias e Futuros, e das entidades de compensação e liquidação com relação aos seus membros e aos valores mobiliários nelas negociados.

§ 2o Serão de acesso público todos os documentos e autos de

processos administrativos, ressalvados aqueles cujo sigilo seja imprescindível para a defesa da intimidade ou do interesse social, ou cujo sigilo esteja assegurado por expressa disposição legal.

§ 3º Em conformidade com o que dispuser seu regimento, a Comissão de Valores Mobiliários poderá:

I - publicar projeto de ato normativo para receber sugestões de interessados;

(21)

II - convocar, a seu juízo, qualquer pessoa que possa contribuir com informações ou opiniões para o aperfeiçoamento das normas a serem promulgadas.”

Gabarito: A

Questão 90

(FCC – CVM – Analista – 2003) – A CVM NÃO tem atribuições de disciplinar a) a emissão e distribuição de valores mobiliários no mercado.

b) a organização e funcionamento das bolsas de valores. c) a negociação e intermediação no mercado de derivativos. d) as operações no âmbito do mercado de títulos cambiais. e) a administração de carteira e custódia de valores mobiliários.

Resolução:

Observe que a questão pergunta o que a CVM disciplina. Em uma leitura rápida você pode se equivocar, por exemplo, na letra c. Pois poderia pensar que a CVM não efetua a negociação e intermediação no mercado derivativos. No entanto, ela disciplina esses itens.

Lembre-se que o artigo 2˚da Lei 6.385/76 determina o que são valores mobiliários, mas o parágrafo primeiro deste artigo diz:

Ҥ 1o Excluem-se do regime desta Lei:

I - os títulos da dívida pública federal, estadual ou municipal;”

Dessa forma, disciplinar o mercado de títulos cambiais não é função da CVM, uma vez que esses títulos, por serem federais, não são considerados valores mobiliários.

Assim sendo, o gabarito é a letra D.

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Questão 91

(FCC – CVM – Analista – 2003) – A CVM caracteriza-se como a) entidade autárquica, vinculada ao Ministério da Fazenda. b) administração subordinada ao Banco Central do Brasil. c) órgão regulador do Sistema Financeiro Nacional.

d) agente de Política Monetária, Cambial e de Crédito. e) instituição subordinada ao Ministério do Planejamento.

Resolução:

O artigo 5˚da Lei 6.385/76 diz que:

“Art. 5o É instituída a Comissão de Valores Mobiliários, entidade

autárquica em regime especial, vinculada ao Ministério da Fazenda, com personalidade jurídica e patrimônio próprios, dotada

de autoridade administrativa independente, ausência de subordinação hierárquica, mandato fixo e estabilidade de seus dirigentes, e autonomia financeira e orçamentária.” – grifo meu

LEMBRE-SE: GRANDE PARTE DAS QUESTÕES PODEM SER

ENCONTRADAS NA LEI.

Abaixo segue uma espécie de resumo da 6.385/76 que se encontra na página da CVM e destaca os principais pontos da Lei do ponto de vista da Instituição.

“A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado.

Seu poder normatizador abrange todas as matérias referentes ao mercado de valores mobiliários.

Cabe à CVM, entre outras, disciplinar as seguintes matérias:

• registro de companhias abertas;

• registro de distribuições de valores mobiliários;

(23)

de carteiras de valores mobiliários;

• organização, funcionamento e operações das bolsas de valores;

• negociação e intermediação no mercado de valores mobiliários;

• administração de carteiras e a custódia de valores mobiliários; • suspensão ou cancelamento de registros, credenciamentos ou

autorizações;

• suspensão de emissão, distribuição ou negociação de

determinado valor mobiliário ou decretar recesso de bolsa de valores;

O sistema de registro gera, na verdade, um fluxo permanente de informações ao investidor. Essas informações, fornecidas periodicamente por todas as companhias abertas, podem ser financeiras e, portanto, condicionadas a normas de natureza contábil, ou apenas referirem-se a fatos relevantes da vida das empresas. Entende-se como fato relevante, aquele evento que possa influir na decisão do investidor, quanto a negociar com valores emitidos pela companhia.

A CVM não exerce julgamento de valor em relação à qualquer informação divulgada pelas companhias. Zela, entretanto, pela sua regularidade e confiabilidade e, para tanto, normatiza e persegue a sua padronização.

A atividade de credenciamento da CVM é realizada com base em padrões pré-estabelecidos pela Autarquia que permitem avaliar a capacidade de projetos a serem implantados.

A Lei atribui à CVM competência para apurar, julgar e punir irregularidades eventualmente cometidas no mercado. Diante de qualquer suspeita a CVM pode iniciar um inquérito administrativo, através do qual, recolhe informações, toma depoimentos e reúne provas com vistas a identificar claramente o responsável por práticas ilegais, oferecendo-lhe, a partir da acusação, amplo direito de defesa.

O Colegiado tem poderes para julgar e punir o faltoso. As penalidades que a CVM pode atribuir vão desde a simples advertência até a inabilitação para o exercício de atividades no mercado, passando pelas multas pecuniárias.

(24)

A CVM mantém, ainda, uma estrutura especificamente destinada a prestar orientação aos investidores ou acolher denúncias e sugestões por eles formuladas.

Quando solicitada, a CVM pode atuar em qualquer processo judicial que envolva o mercado de valores mobiliários, oferecendo provas ou juntando pareceres. Nesses casos, a CVM atua como "amicus curiae" assessorando a decisão da Justiça.

Em termos de política de atuação, a Comissão persegue seus objetivos através da indução de comportamento, da auto-regulação e da auto-disciplina, intervindo efetivamente, nas atividades de mercado, quando este tipo de procedimento não se mostrar eficaz.

No que diz respeito à definição de políticas ou normas voltadas para o desenvolvimento dos negócios com valores mobiliários, a CVM procura junto a instituições de mercado, do governo ou entidades de classe, suscitar a discussão de problemas, promover o estudo de alternativas e adotar iniciativas, de forma que qualquer alteração das práticas vigentes seja feita com suficiente embasamento técnico e, institucionalmente, possa ser assimilada com facilidade, como expressão de um desejo comum.

A atividade de fiscalização da CVM realiza-se pelo acompanhamento da veiculação de informações relativas ao mercado, às pessoas que dele participam e aos valores mobiliários negociados. Dessa forma, podem ser efetuadas inspeções destinadas à apuração de fatos específicos sobre o desempenho das empresas e dos negócios com valores mobiliários.”

Fonte: www.cvm.gov.br

Gabarito: A

Enunciado para as questões 92 e 93

A SUSEP é o órgão responsável pelo controle e pela fiscalização dos mercados de seguro, previdência privada aberta, capitalização e resseguro. Autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, foi criada por decreto que também instituiu o Sistema Nacional de Seguros Privados, do qual fazem parte o Conselho

(25)

Nacional de Seguros Privados (CNSP), o IRB Brasil Resseguros S.A. (IRB Brasil Re), as sociedades autorizadas a operar em seguros privados e capitalização, as entidades de previdência privada aberta e os corretores habilitados. Com relação às áreas de atuação dessas instituições, julgue os itens seguintes.

Questão 92

(Cespe – Banco do Brasil – 2003–3) – A SUSEP é administrada por um conselho diretor, composto pelo superintendente e por seis diretores. Também integram esse colegiado, com direito a voto apenas em questões atinentes à estrutura organizacional, o secretário-geral e o procurador-geral. Compete ao colegiado fixar as políticas gerais da autarquia, com vistas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência.

Resolução:

“Na verdade, a SUSEP é administrada por um Conselho Diretor, composto pelo Superintendente e por quatro Diretores. Também integram o Colegiado, sem direito a voto, o Secretário-Geral e Procurador-Geral. Compete ao Colegiado fixar as políticas gerais da Autarquia, com vistas à ordenação das atividades do mercado, cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e aprovar instruções, circulares e pareceres de orientação em matérias de sua competência.”

Dessa forma, vemos que o enunciado está incorreto pelos motivos grifados na questão.

Observe que o órgão examinador apenas abriu o site da SUSEP (na parte de ESTRUTURA) e colocou o que estava escrito lá na prova. Já sei. Vocês estão pensando que isso é um absurdo. Pois é, mas várias, várias questões são feitas dessa forma. E assim fica muito complicado para acertar, concordam? Aposto que devem estar se perguntando se eu acertaria a questão mesmo sem ter lido isso antes. Acertaria. Guardem. As Diretorias Colegiadas dos órgãos, normalmente, possuem uma composição idêntica às encontradas nas Agências, ou seja, são cinco membros sendo um deles o Presidente. Em geral,

(26)

por motivos jurídicos, o Procurador-Geral do órgão participa das reuniões. Além desses, é comum a participação do Secretário-Geral e do Assessor de Imprensa. No entanto, esses dois últimos, normalmente, são ouvintes.

Gabarito: E

Questão 93

(CESPE – Banco do Brasil – 2003–3) – Compete ao Conselho Monetário Nacional prescrever os critérios de constituição das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização, das entidades de previdência privada aberta e dos resseguradores, com fixação dos limites legais e técnicos das respectivas operações.

Resolução:

Ao Conselho Monetário Nacional compete a prescrição de constituição das instituições financeiras, bolsas de valores, sociedades corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários, dentre outros. Ou seja, cabe ao CMN a regulamentação dos órgãos que são fiscalizados por Banco Central do Brasil e Comissão de Valores Mobiliários.

As sociedades seguradoras, sociedades de capitalização, entidades de previdência privada aberta e resseguradores são agentes fiscalizados e normatizados pela SUSEP. Dessa forma, seus critérios de constituição competem ao órgão que normatiza a atuação da Superintendência de Seguros Privados, ou seja, o Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP.

Gabarito: C

Questão 94

(CESPE – Banco de Brasília – 2001) – É atribuição da Superintendência de Seguros Privados (Susep)

I – fiscalizar a constituição, a organização, o funcionamento e a operação das sociedades seguradoras, das sociedades de capitalização, das entidades de

(27)

previdência privada aberta e resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP).

II – atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que se efetua por meio das operações de seguro, de previdência privada aberta, de capitalização e resseguro.

III – zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o mercado. IV – disciplinar e acompanhar os investimentos das entidades privadas de seguro, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas. A quantidade de itens certos é igual a

a) 0. b) 1. c) 2. d) 3. e) 4. Resolução:

São atribuições da SUSEP:

• Fiscalizar a constituição, organização, funcionamento e operação

das Sociedades Seguradoras, de Capitalização, Entidades de Previdência Privada Aberta e Resseguradores, na qualidade de executora da política traçada pelo CNSP;

• Atuar no sentido de proteger a captação de poupança popular que

se efetua através das operações de seguro, previdência privada aberta, de capitalização e resseguro;

• Zelar pela defesa dos interesses dos consumidores dos mercados supervisionados;

• Promover o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos operacionais a eles vinculados, com vistas à maior eficiência do Sistema Nacional de Seguros Privados e do Sistema Nacional de Capitalização; • Promover a estabilidade dos mercados sob sua jurisdição, assegurando

sua expansão e o funcionamento das entidades que neles operem;

• Zelar pela liquidez e solvência das sociedades que integram o

mercado;

• Disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades, em especial os efetuados em bens garantidores de provisões técnicas;

(28)

• Cumprir e fazer cumprir as deliberações do CNSP e exercer as atividades que por este forem delegadas;

• Prover os serviços de Secretaria Executiva do CNSP.

Dessa forma, todos os itens estão corretos. Poderia ser questionado o último item, pois a Lei determina que é atribuição da SUSEP disciplinar e acompanhar os investimentos daquelas entidades e a questão menciona entidades privadas de seguro. No entanto, as entidades privadas são uma das entidades citadas como “daquelas entidades”, logo como não existe menção restritiva às entidades privadas, o item deve ser considerado correto.

Gabarito: E

Enunciado para as questões 95 a 97

(Cespe – BB – 2002) – Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu habeas corpus a Abrahão Zarzur, ex-diretor-presidente do Banco Mercantil de Descontos (BMD). O executivo era réu em uma ação penal movida pelo Ministério Público Federal (MPF) em São Paulo a partir de uma autuação do BACEN, que apurou irregularidades no balanço da instituição financeira em 1994. O julgamento de 12 de março, cujo acórdão ainda não foi publicado, abre um importante precedente sobre o trancamento de uma ação penal após um órgão administrativo – BACEN – concluir que não houve irregularidades e extinguir o processo administrativo que originou a ação penal.

De acordo com o exposto pelo advogado de Zarzur no pedido de habeas corpus, o seu cliente estaria na iminência de ser submetido ao constrangimento do processo criminal em virtude de comportamento reconhecido pacificamente como lícito pelo BACEN, cuja decisão foi confirmada pelo Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN). Para o advogado, se a independência entre as instâncias penal e administrativa for interpretada restritivamente, acaba por subordinar-se o julgador à autoridade administrativa, não nas suas decisões finais e bem discutidas, mas nos erros que comete.

Valor Econômico, 18/3/2002, ano 3, n.º 468 (com adaptações).

(29)

Questão 95

Ao CRSFN compete julgar, em primeira instância, os recursos das decisões proferidas pelo BACEN em processos administrativos instaurados contra instituições financeiras, seus administradores e membros de seus conselhos, em que, cautelarmente, se impuserem restrições às atividades das instituições financeiras.

Resolução:

São atribuições do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional - CRSFN julgar em segunda e última instância administrativa os recursos interpostos das decisões relativas às penalidades administrativas aplicadas pelo Banco Central do Brasil, pela Comissão de Valores Mobiliários e pela Secretaria de Comércio Exterior.

A legislação vigente diz que:

“São atribuições do Conselho de Recursos2: julgar em segunda e última instância administrativa os recursos:

I – previstos:

no § 2o do art. 43 da Lei no 4.380, de 21 de agosto de 1964; no art. 74 da Lei no 5.025, de 10 de junho de 1966;

no § 2o do art. 2o do Decreto-Lei no 1.248, de 29 de novembro de 1972; e

no § 4o do art. 11 da Lei no 6.385, de 7 de dezembro de 1976.”

Observe que todos os itens acima são previstos em Lei ou Decreto-Lei. O Decreto-Lei, como todos sabemos, possui status de Lei e só pode ser alterado por outra Lei.

O Decreto-Lei 1.248, que consta no item b, versa no artigo 2˚:

“Art.2º - O disposto no artigo anterior aplica-se às empresas comerciais exportadoras que satisfizerem os seguintes requisitos mínimos:

(30)

I - Registro especial na Carteira de Comércio Exterior do Banco do Brasil S/A. (CACEX) e na Secretaria da Receita Federal, de acordo com as normas aprovadas pelo Ministro da Fazenda;

II - Constituição sob forma de sociedade por ações, devendo ser nominativas as ações com direito a voto;

III - Capital mínimo fixado pelo Conselho Monetário Nacional.

§ 1º - O registro a que se refere o item I deste artigo poderá ser

cancelado, a qualquer tempo, nos casos:

a) de inobservância das disposições deste Decreto-Lei ou de quaisquer outras normas que o complementem;

b) de práticas fraudulentas ou inidoneidade manifesta.(grifo meu) § 2º - Do ato que determinar o cancelamento a que se refere o parágrafo anterior caberá recurso ao Conselho Monetário

Nacional, sem efeito suspensivo, dentro do prazo de 30 (trinta) dias,

contados da data de sua publicação.(grifo meu)

§ 3º - O Conselho Monetário Nacional poderá estabelecer normas relativas à estrutura do capital das empresas de que trata este artigo, tendo em vista o interesse nacional e, especialmente, prevenir práticas monopolísticas no comércio exterior.”

Já a Lei 5.025/66, em seu artigo 74, diz que:

“A aplicação das penalidades administrativas a que se referem os arts. 66, 67, 68, 71 e 73, serão processadas e julgadas pela

CACEX, cabendo recurso sem efeito suspensivo para o Ministro da

Indústria e do Comércio.”

Sendo assim, cabe ao CRSFN o julgamento de itens correlatos à SECEX, sendo que a instauração do processo não cabia a essa Secretaria.

(31)

Questão 96

A decisão do STF, comentada no texto, está coerente com a legislação que ampliou a competência do CRSFN, que recebeu igualmente do CMN a responsabilidade de julgar os recursos interpostos contra as decisões do BACEN relativas à aplicação de penalidades por infração à legislação cambial, de capitais estrangeiros, de crédito rural e industrial.

Resolução:

A Lei 9.069/94, em seu artigo 81 diz que:

“Art. 81. Fica transferida para o Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, criado pelo Decreto nº 91.152, de 15 de março de 1985, a competência do Conselho Monetário Nacional para julgar recursos contra decisões do Banco Central do Brasil, relativas à aplicação de penalidades por infrações à legislação cambial, de capitais estrangeiros e de crédito rural e industrial.

Parágrafo único. Para atendimento ao disposto no caput deste artigo, o Poder Executivo disporá sobre a organização, reorganização e funcionamento do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, podendo, inclusive, modificar sua composição.”

Gabarito: C Questão 97

O presidente e o vice-presidente do CRSFN são, respectivamente, o ministro da Fazenda e o presidente do BACEN.

Resolução:

O Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional é constituído por oito Conselheiros, possuidores de conhecimentos especializados em assuntos industriais. Até agosto de 2010, era observada a seguinte composição:

I - um representante do Ministério da Fazenda (Minifaz); II - um representante do Banco Central do Brasil (Bacen);

(32)

III - um representante da Secretaria de Comércio Exterior (MIDIC); IV - um representante da Comissão de Valores Mobiliários (CVM);

V - quatro representantes das entidades de classe dos mercados afins, por estas indicados em lista tríplice.

No entanto, o Decreto 7.277 de agosto de 2010, substituiu o representante do MDIC3 por um segundo representante do Ministério da Fazenda. Além disso, o

artigo 2˚ desse Decreto informa que:

“Art. 2o Os representantes da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, designados conselheiros titular e suplente do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional, continuarão exercendo as suas funções nesse colegiado até a designação dos novos conselheiros titular e suplente do Ministério da Fazenda.

Parágrafo único. Os recursos distribuídos ao conselheiro da Secretaria de Comércio Exterior, pendentes de julgamento, serão automaticamente redistribuídos ao novo representante do Ministério da Fazenda, assim que designado na forma do Regimento Interno do Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional.”

As entidades de classe que integram o CRFSN são as seguintes: Abrasca (Associação Brasileira das Companhias Abertas), Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), CNBV (Comissão de Bolsas de Valores), Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos), Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing), Adeval (Associação das Empresas Distribuidoras de Valores), AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), sendo que os representantes das quatro primeiras entidades têm assento no Conselho como membros-titulares e os demais, como suplentes.

3

Em conversa por telefone com um Conselheiro com o qual trabalhei, me foi dito por ele que há muito tempo não havia qualquer tipo de recurso contra o MDIC mas era importante a participação daquele Ministério com o intuito de auxiliar em eventuais dúvidas afetas a ele. Portanto, tendo em vista o fato de que não havia muitas demandas na área do MDIC foi, de comum acordo, redesenhando o Decreto para que houvesse a retirada daquele Ministério do CRSFN sem que houvesse nenhuma alteração quanto às matérias por ele, Conselho, julgadas. Há um documento, mas de uso interno do CRSFN que mostra as mudanças provocadas por este Decreto e que deixa claro que não há alteração de matéria. Entretanto, apesar de ter havido uma autorização por parte do Conselheiro para que esta nota fosse escrita não foi

(33)

O representante do Ministério da Fazenda é o presidente do Conselho e o vice presidente é o representante designado pelo Ministério da Fazenda dentre os quatro representantes das entidades de classe que integram o Conselho.

Gabarito: E

Questão 98

(ESAF – BACEN – 2002) – Com relação às funções e objetivos do Banco Central do Brasil, avalie as afirmações a seguir e assinale com V as verdadeiras e com F as falsas. Em seguida, assinale a opção que contém a seqüência correta de avaliações.

( ) O Banco Central do Brasil cumpre e faz cumprir as normas expedidas pelo Conselho Monetário Nacional.

( ) O Banco Central do Brasil possui a responsabilidade do financiamento à atividade agrícola.

( ) O Banco Central do Brasil é o depositário e administrador das reservas internacionais do País.

( ) O Banco Central do Brasil é o depositário e administrador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).

a) V, V, F, F b) V, V, V, F c) V, F, V, V d) V, F, V, F e) V, V, F, V Resolução:

O Banco Central do Brasil é um dos órgãos executores da política traçada pelo Conselho Monetário Nacional, e para tanto, cumpre e faz cumprir as normas emanadas pelo CMN. Na verdade, existem vários órgãos que têm por obrigação cumprir e fazer cumprir essas determinações sendo que o Banco Central é o maior de todos eles. Lembre-se que, em questões de aplicação dos recursos, cabe também tanto à SUSEP quanto à PREVIC fazer cumprir as determinações do CMN. O item é VERDADEIRO.

Todos os Bancos com carteira Comercial, sejam eles públicos ou privados, possuem certa responsabilidade do financiamento à atividade agrícola uma vez

(34)

que 25% dos recursos captados sob a forma de depósito à vista devem ser empregados no crédito rural a uma taxa máxima de 6,75% ao ano. Recentemente essa taxa foi reduzida em 2 pontos percentuais, caindo de 8,75% para 6,75%. Portanto, todos os Bancos Comerciais que captam por depósito à vista possuem uma certa responsabilidade no financiamento agrícola. No entanto, o Banco do Brasil é o principal executor dessa política. O item é FALSO.

As reservas internacionais do País são os recursos que a União mantém aplicados no exterior. Veja que o proprietário desses recursos é a União e eles servem para conter um possível ataque especulativo à moeda brasileira. Se os investidores estrangeiros começarem a sair do País, caberá, em última instância, que o Governo Federal troque os reais que eles possuem aqui por dólares. Como não temos como produzir dólares, cabe ao Governo Federal acumular esses dólares ao longo dos anos para que em momentos de dificuldade eles sejam trocados com os investidores. O importante nisso tudo é que se o investidor estrangeiro, em algum momento de crise, optar por sair do país e o Governo Federal não lhe der condições de saída com a venda dessa moeda, dificilmente ele voltará a aplicar seus recursos no País. Essas reservas, mesmo sendo de propriedade do Governo Federal, são aplicadas e administradas pelo Banco Central do Brasil. O item é VERDADEIRO.

O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS é depositado pelas empresas na Caixa Econômica Federal e por ela administrado. O item é

FALSO.

Com isso, vemos que combinação que nos informa a resposta correta é a letra

D.

Gabarito: D

Questão 99

(ESAF – BACEN – 2002) – Em relação às condições para o Banco Central do Brasil conceder autorização para funcionamento de instituições que pretendem atuar no Sistema Financeiro Nacional, é correto afirmar que:

(35)

a) a autorização para o funcionamento de instituições financeiras concedida pelo Banco Central do Brasil independe da existência de restrições cadastrais por parte dos futuros controladores.

b) a autorização para o funcionamento de instituições financeiras concedida pelo Banco Central do Brasil é condicionada à comprovação, por parte dos futuros administradores, de situação econômica compatível com o empreendimento.

c) a autorização para o funcionamento de instituições financeiras concedida pelo Banco Central do Brasil independe da comprovação da origem dos recursos utilizados pelos controladores para fazer face ao empreendimento. d) a autorização para o funcionamento de instituições financeiras concedida pelo Banco Central do Brasil é condicionada à participação máxima de 50% de participação estrangeira no capital do empreendimento.

e) a autorização para o funcionamento de instituições financeiras concedida pelo Banco Central do Brasil é condicionada à integralização de capital em valores iguais ou superiores aos limites mínimos definidos para cada tipo de instituição.

Resolução:

É importante esclarecer que qualquer instituição que queira se tornar um Banco deverá, antes de mais nada, se dirigir ao Banco Central do Brasil para solicitar uma autorização. Essa autorização precede qualquer início de atividade e deverá ter um rito a ser seguido,descrito em regulamentação.

Serão duas autorizações necessárias. Em primeiro lugar, deverá ser solicitada a autorização para constituição e, posteriormente, a autorização para funcionamento.

Para que uma autorização para funcionamento seja concedida a uma instituição, ela deverá percorrer um longo caminho que se iniciará com a declaração de propósitos, passando por um projeto de viabilidade financeira, plano de negócios além da demonstração de capacidade econômica-financeira compatível com o empreendimento e a autorização expressa para a Secretaria da Receita Federal e Banco Central de acesso às informações de caráter fiscal e de qualquer banco de dados no Brasil. Depois de efetuado este percurso e o BACEN estar de acordo com o que foi relatado será entregue à instituição uma autorização para constituição. Observem que são cinco itens

(36)

que devem ser cumpridos sem falar em algumas exigências menores que devem ser observadas. Há uma espécie de receita dos passos a serem seguidos na regulamentação pertinente.

Concedida a autorização para constituição, em 90 dias o agente deverá abrir conta Reserva Bancária, caso seja obrigatório, e integralizar o capital, além de demonstrar a origem dos recursos que estarão sendo empregados no empreendimento. Somente assim, lhe será entregue uma autorização para funcionamento.

Importante esclarecer que se houver qualquer tipo de restrição cadastral a qualquer um dos sócios ou algum de seus diretores não será dada a autorização. Logo, há a necessidade de inexistência de restrição cadastral. Quando há a autorização para constituição os administradores já comprovaram que possuem situação econômica compatível com o empreendimento. Quando da autorização para funcionamento, eles não só comprovaram (pois a autorização para constituição precede a autorização para funcionamento) como também já efetuaram a integralização do capital. Portanto, o item b não está errado mas pode ser que tenha alguma resposta melhor.

Com o intuito de evitar a lavagem de dinheiro, qualquer comprovação depende da origem dos recursos. Em geral, essas comprovações são feitas com a abertura do sigilo fiscal dos futuros sócios, dando acesso aos funcionários do Banco Central às declarações de renda junto à Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Atualmente, não há limite para participação de estrangeiros no capital de uma instituição financeira. No entanto, além desse trâmite necessário para qualquer instituição, se ela for estrangeira terá que contar ainda com um Decreto do Presidente que afirma se de interesse do País a instalação daquela instituição. Interessante também é que qualquer instituição financeira, nacional ou estrangeira, que opte por abrir seu capital na Bolsa de Valores do Brasil também deverá ter Decreto do Presidente salientando o interesse. Isto ocorre porque não é possível controlar na Bolsa se as ações serão compradas por nacionais ou estrangeiros e como a participação estrangeira no capital

(37)

necessita de Decreto. A totalidade das ações do Banco que fizerem parte do “free-float”4 deverão ser objeto de Decreto.

Tendo em vista as explicações acima, vemos que o gabarito correto é a letra E.

Gabarito: E

Questão 100

(CESPE – Senado Federal – 2002) – O ano de 2000 foi marcado pelo esforço conjunto do governo, em seus diversos níveis, para desenvolver o mercado de capitais e devolver-lhe sua função principal de constituir-se em uma real e efetiva alternativa de financiamento ao crescimento das empresas. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) participou ativamente desse esforço, focando em uma política de maior proteção ao investidor minoritário. Tal política deverá ter continuidade ao longo do ano de 2001, pois acredita-se que os investidores, ao sentirem-se mais protegidos, tendem a pagar mais pelas ações, diminuindo o custo de capital das empresas. Esse processo deverá ajudar a transformar o mercado de capitais em importante canal de captação de poupança para o setor produtivo e em verdadeira fonte de crescimento econômico.

A CVM pretende marcar o ano de 2001 com o mesmo ritmo de iniciativas e esforços implementados em 2000, colaborando para a consolidação desta política prioritária de desenvolvimento do mercado de capitais. A agenda de reformas é marcada por propostas que contemplam os seguintes objetivos:

• regulação que proporcione maior proteção aos investidores;

• desenvolvimento de uma cultura própria de governança corporativa no país;

• maior transparência;

• aplicação mais eficaz da lei (enforcement), inclusive com agilização da punição dos infratores.

A lei que criou a CVM, Lei nº 6.385/1976, e a Lei das Sociedades por Ações, Lei nº 6.404/1976, disciplinaram o funcionamento do mercado de valores mobiliários e a atuação de seus protagonistas, assim classificados: companhias abertas, intermediários financeiros e investidores e outros cuja atividade gire

(38)

em torno desse universo principal. A CVM tem poderes para disciplinar, normatizar e fiscalizar a atuação dos diversos integrantes do mercado.

Relatório anual da CVM, 2000 (com adaptações).

Em face do texto acima, é correto afirmar que, dentre as matérias que cabem à CVM disciplinar, inclui-se o (a)

a) registro de sociedades de cotas por responsabilidade limitada. b) credenciamento de auditores internos.

c) suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário.

d) credenciamento de administradores de carteiras de valores mobiliários. e) negociação e intermediação no mercado mobiliário.

Resolução:

A Comissão de Valores Mobiliários – CVM deverá disciplinar os itens necessários para o bom funcionamento do mercado de capitais do País, ou seja : companhias abertas, bolsas de valores e de mercadorias e futuros, intermediários das operações (corretoras, distribuidoras e bancos de investimento), além dos investidores. Dessa forma, cabe à CVM disciplinar, dentre outras, o registro de sociedades abertas, o credenciamento de auditores externos, a suspensão de emissão, distribuição ou negociação de determinado valor mobiliário, credenciamento de administradores de carteiras de valores mobiliários e a negociação e intermediação no mercado mobiliário. Lembre-se que a pergunta versa sobre o disciplinamento por parte da CVM e não sobre execução. Sendo assim, os itens a e b estão errados e os restantes corretos.

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