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(1)

19/02/2021

Número: 1049204-26.2019.8.11.0041

Classe: RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Órgão julgador: 1ª VARA CÍVEL DE CUIABÁ Última distribuição : 30/10/2019

Valor da causa: R$ 1.000.000,00 Assuntos: Recuperação extrajudicial Segredo de justiça? NÃO

Justiça gratuita? SIM

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? SIM

Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso PJe - Processo Judicial Eletrônico

Partes Procurador/Terceiro vinculado

VERDE TRANSPORTES LTDA (AUTOR(A)) Danny Fabrício Cabral Gomes (ADVOGADO(A))

ARIES TRANSPORTES LTDA - ME (AUTOR(A)) Danny Fabrício Cabral Gomes (ADVOGADO(A))

VIACAO ELDORADO LTDA (AUTOR(A)) Danny Fabrício Cabral Gomes (ADVOGADO(A))

TIM - TRANSPORTES INTEGRADOS MATOGROSSENSES EIRELI - EPP (AUTOR(A))

Danny Fabrício Cabral Gomes (ADVOGADO(A))

EDER AUGUSTO PINHEIRO EIRELI (AUTOR(A)) Danny Fabrício Cabral Gomes (ADVOGADO(A))

Credores (REU) IONARA PASQUALOTO (ADVOGADO(A))

DAYANE DIAS DA SILVA (ADVOGADO(A))

MAICON MARTINS PINHEIRO QUEIROZ (ADVOGADO(A)) FABIOLA BORGES DE MESQUITA registrado(a) civilmente como FABIOLA BORGES DE MESQUITA (ADVOGADO(A)) CRISTIANA VASCONCELOS BORGES MARTINS

(ADVOGADO(A))

JACKSON MARIO DE SOUZA (ADVOGADO(A))

CELSON JESUS GONCALVES FALEIRO (ADVOGADO(A)) WIDSON VILELA CAVALCANTE (ADVOGADO(A))

wilson massaiuki sio junior (ADVOGADO(A)) BANCO SANTANDER (BRASIL) S.A. (TERCEIRO

INTERESSADO)

WILLIAM CARMONA MAYA (ADVOGADO(A))

BANCO VOLVO (BRASIL) S.A (TERCEIRO INTERESSADO) FABIOLA BORGES DE MESQUITA registrado(a) civilmente como FABIOLA BORGES DE MESQUITA (ADVOGADO(A))

SCANIA BANCO S.A. (TERCEIRO INTERESSADO) RODRIGO SARNO GOMES (ADVOGADO(A))

KARINA RIBEIRO NOVAES (ADVOGADO(A)) JS DISTRIBUIDORA DE PECAS S/A (TERCEIRO

INTERESSADO)

DOUGLAS MARTINHO DAMASCENO VILELA (ADVOGADO(A))

AUTO SUECO CENTRO-OESTE - CONCESSIONARIA DE VEICULOS LTDA (TERCEIRO INTERESSADO)

RENATO VALERIO FARIA DE OLIVEIRA (ADVOGADO(A))

BANCO MERCEDES-BENZ DO BRASIL S/A (TERCEIRO INTERESSADO)

PRISCILA KEI SATO (ADVOGADO(A))

EVARISTO ARAGAO FERREIRA DOS SANTOS (ADVOGADO(A))

Banco Bradesco S/A (TERCEIRO INTERESSADO) CRISTIANA VASCONCELOS BORGES MARTINS

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AGRITEX COMERCIAL AGRICOLA LTDA (TERCEIRO INTERESSADO)

CAMILA SCHNEIDER GARCIA SALAMONI (ADVOGADO(A))

VILLELA & BRASIEL ADVOGADOS (TERCEIRO INTERESSADO)

JOAO ROBERTO MACHADO NEVES DE OLIVEIRA (ADVOGADO(A))

BYANCA FORGIARINI BASTOS ANICETO (TERCEIRO INTERESSADO)

TRIANA CAMPANA MICHELIS (ADVOGADO(A))

CGMP - CENTRO DE GESTAO DE MEIOS DE PAGAMENTO S.A. (TERCEIRO INTERESSADO)

EDUARDO TADEU GONCALES (ADVOGADO(A))

P. R. EMBALAGENS LTDA - ME (TERCEIRO INTERESSADO) NUBIA DE SOUZA FERREIRA (ADVOGADO(A)) WIDSON VILELA CAVALCANTE (ADVOGADO(A)) DIVINA DIAS DE MORAIS (TERCEIRO INTERESSADO) SUELI VIEIRA DE SOUZA (ADVOGADO(A))

wilson massaiuki sio junior (ADVOGADO(A))

OI S.A (TERCEIRO INTERESSADO) MAURICIO SANTANA DE OLIVEIRA TORRES

(ADVOGADO(A))

FLAVIA NEVES NOU DE BRITO (ADVOGADO(A))

CAIADO PNEUS LTDA (TERCEIRO INTERESSADO) ROGERIO APARECIDO SALES (ADVOGADO(A))

NERY SOCIEDADE DE ADVOGADOS (TERCEIRO INTERESSADO)

ANA LUIZA BARRETO DE ANDRADE FERNANDES NERY (ADVOGADO(A))

NELSON NERY JUNIOR (ADVOGADO(A)) VALOR ADMINISTRACAO JUDICIAL - SERVICOS LTDA

(ADMINISTRADOR(A) JUDICIAL)

VICTOR ANDRADE COSTA TEIXEIRA (ADVOGADO(A))

Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 47383 593 20/01/2021 18:59 Certidão Certidão 47383 611 20/01/2021 18:59 1049204-26.2019.8.11.0041 CC Documento de comprovação 47619 018

25/01/2021 16:01 Pedido habilitação Petição de habilitação nos autos

47619 020

25/01/2021 16:01 2020-08-P.-Habilitação dentro RJ-Verde Manifestação

47619 022

25/01/2021 16:01 Doc. I Documento de Identificação

47619 023

25/01/2021 16:01 Doc. II Procuração

47619 025

25/01/2021 16:01 Doc. III Documento de comprovação

47619 026

25/01/2021 16:01 Doc. IV Documento de comprovação

47619 028

25/01/2021 16:01 Doc. V Documento de comprovação

48615 688

09/02/2021 15:15 Petição Petição

48617 934

09/02/2021 15:16 Petição - 2 Lista de Credores AJ1 Manifestação

48624 894

09/02/2021 15:16 VERDE - Edital - 2 Lista de Credores Outros documentos

49321 513 18/02/2021 15:55 Certidão Certidão 49321 530 18/02/2021 15:55 1049204-26.2019.8.11.0041 - CC Documento de comprovação 49323 153 18/02/2021 16:04 Certidão Certidão 49323 752

18/02/2021 16:04 1049204-26.2019.8.11.0041 comprovante deposito trt Documento de comprovação

49323 753

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PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE MATO GROSSO COMARCA DE CUIABÁ - DESEMBARGADOR JOSÉ VIDAL

1ª Vara Cível da Capital

CERTIDÃO DE JUNTADA

Certifico que realizei nesta data a juntada do malote digital CR 30020201314033.

Felipe Coelho de Aquino

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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL PODER JUDICIÁRIO

MALOTE DIGITAL

Tipo de documento: Informações Processuais Código de rastreabilidade: 30020201314033 Nome original: CC 173106_OFIC_19395.PDF Data: 22/10/2020 14:21:57

Remetente:

DINALVA TEIXEIRA GOUVEIA

****PROTOCOLO FÓRUM DA CAPITAL**** TJMT

Prioridade: Alta.

Motivo de envio: Para providências.

Assunto: Enviado para a 1ª Vara Cível - Assunto: Ofício comunicando decisão no CC 173.106 MT

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Ofício n. 019395/2020-CPPR

Brasília, 22 de outubro de 2020. CONFLITO DE COMPETÊNCIA n. 173106/MT (2020/0153911-3)

RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI

PROC. ORIGEM

: 00002347820165230026, 2347820165230026,

10492042620198110041

SUSCITANTE : VERDE TRANSPORTES LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL

SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CÍVEL DE CUIABA - MT

SUSCITADO : JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE BARRA DO GARÇAS - MT

INTERES. : RENILDO APARECIDO ATANAZIO

Senhor(a) Juiz(a),

De ordem do(a) Senhor(a) Ministro(a) Relator(a), encaminho a Vossa Excelência, para conhecimento e providências, cópia da decisão exarada nos autos do processo em epígrafe.

Os autos do processo podem ser acessados na íntegra na Central do Processo Eletrônico, por meio do link https://cpe.stj.jus.br/#/chave, onde deve ser informado apenas o número da chave de acesso constante do rodapé deste ofício, dentro do seu prazo de validade. Por meio desse mesmo link, poderão ser também encaminhadas respostas a eventuais informações solicitadas.

Respeitosamente,

Dinhenny Karin Almeida Galvão Nascimento

Técnico Judiciário da Coordenadoria de Processamento de Feitos de Direito Privado

A Sua Excelência o(a) Senhor(a)

JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CÍVEL DE CUIABA - MT (Malote Digital)

www.stj.gov.br

SAFS - Quadra 06 - Lt. 01 - Trecho III - CEP: 70095-900, Brasília - D F PABX: (061) 3319-8000

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CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 173106 - MT (2020/0153911-3) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI

SUSCITANTE : VERDE TRANSPORTES LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL ADVOGADOS : THIAGO AFFONSO DIEL - MT019144

LUIS GUSTAVO BANZI TONUCCI - MT019000

SUSCITADO : JUÍZO DE DIREITO DA 1A VARA CÍVEL DE CUIABA - MT SUSCITADO : JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE BARRA DO GARÇAS - MT INTERES. : RENILDO APARECIDO ATANAZIO

ADVOGADOS : ANDREIA OLIVEIRA MENDONÇA - MT017086

WELITON MARCOS RODRIGUES DE OLIVEIRA - MT014005

EMENTA

CONFLITO POSITIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO TRABALHISTA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL. COMPETÊNCIA DO JUÍZO RECUPERACIONAL PARA A PRÁTICA DE ATOS EXECUTÓRIOS OU CONSTRITIVOS.

1. Nos termos da jurisprudência consolidada desta Corte, é competente o juízo universal para a prática de atos de execução que incidam sobre o patrimônio de sociedade em processo falimentar ou de recuperação judicial, incluindo-se a deliberação acerca da destinação dos valores atinentes aos depósitos recursais feitos em reclamações trabalhistas, ainda que efetivados anteriormente à decretação da falência ou ao deferimento da recuperação.

2. Conflito conhecido. Estabelecida a competência do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível de Cuiabá/MT.

DECISÃO

Trata-se de conflito positivo de competência, com pedido liminar, em que consta VERDE TRANSPORTES LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL como suscitante, o JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DE CUIABÁ/MT e o JUÍZO DA VARA DO TRABALHO DE BARRA DO GARÇAS/MT como suscitados.

Ação em trâmite no Juízo de Cuiabá: recuperação judicial da suscitante. Ação em trâmite na Justiça do Trabalho: reclamatória trabalhista

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ajuizada por RENILDO APARECIDO ATANAZIO, autos n. RTOrd 0000234-78.2016.5.23.0026.

Conflito de competência: alega, em síntese, que o juízo onde se processa a ação de recuperação judicial é o único competente para dispor sobre o acervo patrimonial da devedora.

Tutela antecipada: deferida parcialmente às fls. 761-762, e-STJ.

Informações: o Juízo de Cuiabá noticiou que foi deferido o pedido de recuperação judicial da suscitante em 06/12/2019. Sem informações da Vara do Trabalho.

Parecer do MPF: manifestou-se pelo conhecimento do conflito a fim de ser declarada a competência do juízo da recuperação, Juízo de Direito da 1ª Vara Cível de Cuiabá/MT.

É O RELATÓRIO. DECIDO.

Depreende-se dos autos que o processo de recuperação judicial da empresa VERDE TRANSPORTES LTDA - EM RECUPERAÇÃO JUDICIAL está em regular andamento perante o Juízo de Direito da 1ª Vara Cível de Cuiabá/MT.

Como é sabido, a jurisprudência desta Corte pacificou-se no sentido de que os atos de execução dos créditos individuais promovidos contra empresas falidas ou em recuperação judicial, sob a égide do Decreto-lei nº 7.661/45 ou da Lei nº 11.101/05, devem ser realizados pelo juízo universal, ainda que ultrapassado o prazo de 180 dias de suspensão previsto no art. 6º, § 4º, da Lei 11.101/05, incluindo-se a deliberação acerca da destinação dos valores atinentes aos depósitos recursais feitos em reclamações trabalhistas, ainda que efetivados anteriormente à decretação da falência ou ao deferimento da recuperação.

Sobre o tema, confiram-se: AgInt nos EDcl no CC 165.079/SP, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 08/05/2020; AgInt nos EDcl no CC 165.415/SP, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 02/12/2019; EDcl no CC 133.470/SP, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 03/09/2015; CC 101.477/SP, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 12/05/2010.

Dessa forma, o Juízo perante o qual tramita o processo de recuperação judicial da empresa devedora é o competente para o exame de quaisquer atos que impliquem em constrição ou expropriação patrimonial da massa, sendo certo que os valores

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eventualmente constritos pelo Juízo laboral devem ser colocados à disposição do Juízo Universal, a quem competirá analisar eventual pedido de levantamento.

Outrossim, "Ao juízo universal compete a análise do caráter

extraconcursal das dívidas da empresa em recuperação, (...) bem como o exame da essencialidade, para as atividades da sociedade recuperanda, dos bens pretendidos pelo credor" (AgInt no CC 143.203/GO, SEGUNDA SEÇÃO, DJe 30/05/2018).

No mesmo sentido, ressaltou o Parquet em sua promoção, que “Outrossim,

no entendimento consolidado da jurisprudência deste Colendo Sodalício, os atos judiciais de constrição dos bens da empresa recuperanda devem ser submetidos ao crivo do Juízo Universal, à luz do princípio da igualdade de condições entre os credores, par conditio creditorum. Portanto, à Justiça do Trabalho, cabe tão somente apurar o respectivo crédito, não podendo praticar quaisquer outros atos tendentes a combalir o patrimônio da empresa".

Forte nessas razões, CONHEÇO do conflito para declarar a competência do Juízo de Direito da 1ª Vara Cível de Cuiabá/MT.

Publique-se. Intimem-se. Comunique-se.

Brasília, 01 de outubro de 2020.

MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA PRIMEIRA VARA CÍVEL DA COMARCA DE CUIABÁ ESTADO DE MATO GROSSO

Processo Recuperação Judicial nº 1049204-26.2019.8.11.0041

MARCOS ANTONIO MARCHIORO JUNIOR, brasileiro,

maior, solteiro, engenheiro agrônomo, portador da cédula de identidade R.G. n.º 1928527-2 expedida pela SSP/MT e inscrito no C.P.F. n.º 034.847.651-51, com domicílio Avenida Perimetral s/nº, Centro de Boa Esperança do Norte, 78.890-000, Município de Sorriso, Estado de Mato Grosso, e-mail: marcos.marchioro.05@gmail.com, e telefone (66) 9 9648-1359 (Doc.

I), por seus advogados que ao final subscrevem (Doc. II), e que, para efeito do artigo 77, inciso

V, do Código de Processo Civil, informam ter escritório profissional com endereço na Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Bairro Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso-MT, tel.: (66) 3544-4236, endereços eletrônicos (e-mails): andre.stein@advsassociados.com.br, sarahgodoi@advsassociados.com.br, catia.b@advsassociados.com.br, higor.albuquerque@advsassociados.com.br e ionara.pasqualoto@advsassociados.com.br, onde recebem as informações/intimações necessárias, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, no âmbito da Recuperação Judicial ajuizada pelo “Grupo Verde”, já devidamente qualificada, requerer, com fundamento na Lei n.º 11.101/2005, HABILITAÇÃO DE

CRÉDITO, pelas razões de fato e de direito a seguir expostos: I. DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA

O Requerente, de início, declara que, em razão de sua condição

financeira atual, não tem condições de arcar com as custas e despesas processuais e demais cominações legais sem que haja prejuízo da sua própria atividade.

Para fins de comprovação, com presunção legal expressa de

veracidade, nos termos do artigo 99 do CPC1, junta aos autos Declaração de Hipossuficiência (Doc.

III), onde declara não possuir condições financeiras para arcar com as custas e despesas

processuais.

Por conseguinte, assim como previsto na Constituição Federal pátria, especialmente em seu artigo 5º, inciso LXXIV (LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica

integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos) e no artigo 98 e seguintes, do Código

1 Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser formulado na petição inicial, na contestação, na petição para

ingresso de terceiro no processo ou em recurso.

(11)

End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Página 2 de 3 de Processo Civil (Lei n.º 13.105, de 16 de março de 2015), e na Lei n.º 1.060/50, requer os benefícios da JUSTIÇA GRATUITA, e que este benefício abranja todos os atos do processo.

II. DOS FATOS

O Requerente é credor da empresa em recuperação judicial em virtude de sentença judicial, transitada em julgado, proferida nos autos nº. 1005842-45.2017.8.11.0040, que tramitou perante a Vara Especializada dos Juizados Especiais da Comarca de Sorriso, Estado de Mato Grosso, conforme sentença anexa e acórdão proferido em razão da interposição de Recurso Inominado pela recuperanda, nos quais houve a condenação da empresa em recuperação judicial ao pagamento de danos morais no valor de R$ 3.000,00 (Doc. IV).

Nestes termos, o Requerente é credor da empresa em recuperação judicial na importância de R$ 4.011,82 (quatro mil e onze reais e oitenta e dois

centavos), conforme cálculo atualizado anexo (Doc. V), o qual foi atualizado em respeito ao

disposto no artigo 9º, II, da Lei 11.101/2005, ou seja, somente até a data do pedido de

recuperação judicial.

Em atendimento ao artigo 9° da Lei n.º 11.101/052, o Requerente apresenta os dados necessários:

1-Nome do credor: MARCOS ANTONIO MARCHIORO

JUNIOR, portador da cédula de identidade R.G. n.º 1928527-2 expedida pela SSP/MT e inscrito no C.P.F. n.º 034.847.651-51.

2-Endereço do credor: Avenida Perimetral s/nº, Centro de Boa

Esperança do Norte, 78.890-000, Município de Sorriso, Estado de Mato Grosso.

3-Endereço para comunicação de qualquer ato do processo:

Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Bairro Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso-MT, tel.: (66) 3544-4236, e endereços eletrônicos (e-mails): andre.stein@advsassociados.com.br, sarahgodoi@advsassociados.com.br,catia.b@advsassociados.com.br,higor.albuquerque@advs associados.com.br e ionara.pasqualoto@advsassociados.com.br.

4-Valor do crédito atualizado até a data do pedido de recuperação judicial: R$ 4.011,82 (quatro mil, onze reais e oitenta e dois centavos);

5-Origem: Processo n.º 1005842-45.2017.8.11.0040;

Classificação: Quirografário;

6-Documentos comprobatórios do crédito: Sentença e acórdão

proferidos no processo de referência nº. 1005842-45.2017.8.11.0040, que tramitou perante a Vara Especializada dos Juizados Especiais da Comarca de Sorriso, Estado de Mato Grosso (Anexo VI);

2 Art. 9o - A habilitação de crédito realizada pelo credor nos termos do art. 7o, § 1o, desta Lei deverá conter:

I – o nome, o endereço do credor e o endereço em que receberá comunicação de qualquer ato do processo; II – o valor do crédito, atualizado até a data da decretação da falência ou do pedido de recuperação judicial, sua origem e classificação;

III – os documentos comprobatórios do crédito e a indicação das demais provas a serem produzidas; IV – a indicação da garantia prestada pelo devedor, se houver, e o respectivo instrumento;

(12)

End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Página 3 de 3

7-Dados Bancários para Depósito do Crédito: Banco Itaú,

Agência n.º 8218, Conta Corrente n.º 19701-3, de titularidade da Requerente, CPF n.º 034.847.651-51.

À vista do exposto, requer seja seu crédito acima apontado incluído no respectivo quadro geral dos credores da empresa que realizou o pedido de recuperação judicial, requerendo que todas as intimações sejam procedidas na pessoa dos advogados signatários da presente, no endereço indicado anteriormente.

IV. DOS PEDIDOS

Em razão do que foi acima exposto, com base nos fatos e fundamentos jurídicos dispostos, requer:

IV.i. A concessão ao Requerente dos benefícios da justiça

gratuita, por não possuir condições de pagar as custas processuais;

IV.ii. O recebimento do presente pedido de habilitação, com a

inclusão do crédito supra identificado no quadro geral de credores da recuperanda.

Requerem, ainda, para que todas as intimações via imprensa oficial sejam dirigidas, sempre e cumulativamente, aos advogados André Luis Stein Fortes

(OAB/MT 16.367) e Higor Henrique de Albuquerque Silva (OAB/MT 23.412), sob pena de

nulidade (CPC, art. 272, § 5º).

Nestes termos, Pede-se deferimento.

Sorriso/MT, 25 de janeiro de 2021. Sarah de Moraes Godoi Catia Bergamaschi

OAB/MT nº 24.807 OAB/MT nº 23.398

Higor H. de Albuquerque Silva Ionara Pasqualoto3

OAB/MT nº 23.412 OAB/MT nº 28976

André Luis Stein Fortes OAB/MT nº 16.367

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End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Doc. I

(14)
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End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Doc. II

(16)
(17)
(18)
(19)

End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Doc. III

(20)
(21)

End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Doc. IV

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25/01/2021 Número: 1005842-45.2017.8.11.0040

Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Órgão julgador: JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SORRISO Última distribuição : 14/11/2017

Valor da causa: R$ 14.000,00

Assuntos: Inadimplemento, Bancários Segredo de justiça? NÃO

Justiça gratuita? NÃO

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso PJe - Processo Judicial Eletrônico

Partes Procurador/Terceiro vinculado

MARCOS ANTONIO MARCHIORO JUNIOR (RECONVINTE) ANDRE LUIS STEIN FORTES (ADVOGADO(A)) VERDE TRANSPORTES LTDA (EXECUTADO) THIAGO AFFONSO DIEL (ADVOGADO(A))

Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 14899 407 03/09/2018 14:21 Sentença Sentença

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO

JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SORRISO

Processo: 1005842-45.2017.8.11.0040.

REQUERENTE: MARCOS ANTONIO MARCHIORO JUNIOR REQUERIDO: VERDE TRANSPORTES LTDA

Decido a lide, com dispensa do relatório (Lei n.º 9.099/95, art. 38).

Narra a parte autora que embarcou no ônibus da requerida na cidade de Sinop/MT, tendo como destino a cidade de Rondonópolis/MT. Afirma ter despachado uma bagagem na cidade de embarque e ao chegar ao destino final foi informado que a bagagem havia sido extraviada.

A requerida diz que não houve comprovação do conteúdo da bagagem extraviada. Afirma não ter havido comprovação dos bens supostamente extraviados.

Entendo inegável que o autor embarcou no ônibus no trecho referido, pois demonstrado na passagem (ID10702894), bem como despachou bagagem, como demostra o comprovante de ID10702911. A reclamação de extravio de bagagem (ID 10702936), confeccionada logo após o desembarque em Rondonópolis demonstra que a empresa logo teve ciência do extravio da mala.

O art. 14 do CDC, o qual estabelece a responsabilidade objetiva do fornecedor de serviços.

A teoria da responsabilidade objetiva, embora dispense a prova da culpa, permitiria à requerida afastar a sua responsabilidade nos casos de exclusão do nexo causal – fato exclusivo da vítima, caso fortuito, força maior e fato exclusivo de terceiro. No entanto, a demandada não logrou êxito em comprovar as excludentes da ilicitude, porquanto se limitou a contestar os fatos sem justificar o extravio da bagagem e sem comprovar o ressarcimento ao autor pela falha na prestação do serviço.

Por conseguinte, restam afastadas as excludentes de ilicitude, pois todo aquele que se disponha a exercer alguma atividade no mercado de consumo, não comprovando a exclusão do nexo causal, tem o dever de responder pelos eventuais vícios ou defeitos dos bens e serviços fornecidos, independentemente de culpa.

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A exigibilidade das provas do alegado, ainda mais no âmbito de incidência das regras de Direito do Consumidor, deve ser sopesada de acordo com as circunstâncias do caso concreto. Embora como regra geral, não se possa exigir de ninguém a constituição de prova sobre fato negativo, a reparação dos danos materiais, decorrentes de extravio de bagagem, dadas as peculiaridades envolvidas, não depende, com exclusividade, da demonstração cabal de cada item que a guarnecia. Até porque não se pode exigir a apresentação de robustas provas do exato conteúdo da bagagem de cada pessoa.

Ao se preparar para uma viagem, ninguém elabora um inventário escrito, acompanhado de fotografias, notas fiscais e rol de testemunhas, de todos os objetos que está colocando na mala. Por esta razão, nestes casos, a prova do conteúdo da bagagem se dá por estimativa, cabendo apenas avaliar se as pretensões deduzidas em juízo guardam estrita consonância com as circunstâncias em que foi prestado o serviço.

Assim, analisando os itens descritos na inicial pelo autor, verifica-se que são próprios de serem levados em viagem de trabalho, condizentes ainda com a vestimenta de um engenheiro agrônomo que faria visita a clientes na cidade de destino. Os bens relatados pelo autor que estavam na mala eram:

Descrição do conteúdo da bagagem: 05 (cinco) calças da Pool, 04 (quatro) camisas da Ellus e Pool, 04 (quatro) camisetas da Pool, 05 (cinco) cuecas, 03 (três) meias, perfume Antonio Bandeira, chinelo, Coturno impermeável Timberland, cinto da Ferrarini, carregador Sansung, 12 (doze) camisas uniforme – TMG. Bens avaliados em R$ 4.000,00 (quatro mil reais).”

Assim, não constato qualquer abusividade no pleito indenizatório, pois em rápida pesquisa ao buscador “Google” verifico o preço de alguns dos itens que o autor diz que possuía na mala, sendo o coturno da marca Timberland de preço mínimo de R$500,00, camisas da Ellus de R$160,00 a unidade, camisas Pool de R$40,00, perfume Antonio Banderas R$130,00, cinto com preço variável de R$80,00 a R$100,00 sendo estes apenas alguns dos itens que constavam na bagagem.

Ainda, o autor comprovou gastos de R$450,23 com roupas que teve que comprar em situação de urgência (ID1339322), para que tivesse o que vestir nos dias que passou em Rondonópolis. Desse modo determino o pagamento de R$4.000,00, não considerando tal valor exorbitante, a título de indenização pelos danos materiais de bens perdidos e dos bens que o autor teve que comprar para vestir.

Por sua vez, o dano moral está presente, uma vez que a frustração e o abalo emocional vivenciados pela parte autora são evidentes, tendo em vista que inegável o abalo decorrente da perda definitiva de sua bagagem contendo pertences pessoais, causando enorme frustração e estresse. Nessa toada, considerando a condição econômica das partes, o grau da ofensa, assim como o caráter punitivo/educativo da indenização do dano moral, reputo razoável a tal título o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais).

O decote da pretensão, todavia, não interfere no grau de procedência do pedido, como preconiza a Súmula n. 326 do Superior Tribunal de Justiça.

Ante o exposto, opino por julgar parcialmente procedente o pedido para o efeito de condenar a requerida a pagar à autora:

(25)

INPC e acrescidos de juros legais, a partir da data da citação;

b) a título de danos morais, o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), a ser atualizado pelo INPC a contar da data de ajuizamento da reclamação e acrescido de juros legais a contar da data do evento danoso (Súmula 54 do STJ).

Sem honorários e custas (Lei n.º 9.099/95, art. 55). Publique-se. Registre-se. Intimem-se.

Sorriso/MT, 22 de agosto de 2018.

Janaína L. Franz Tartari Juíza Leiga.

Vistos, etc. HOMOLOGO O PROJETO DE SENTENÇA do (a) juiz (a) leigo (a), na forma do artigo 40 da Lei nº 9.099/95, para que produza seus jurídicos e legais efeitos. Cumpra-se.

(26)

25/01/2021 Número: 1005842-45.2017.8.11.0040

Classe: CUMPRIMENTO DE SENTENÇA

Órgão julgador: JUIZADO ESPECIAL CÍVEL E CRIMINAL DE SORRISO Última distribuição : 14/11/2017

Valor da causa: R$ 14.000,00

Assuntos: Inadimplemento, Bancários Segredo de justiça? NÃO

Justiça gratuita? NÃO

Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO

Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso PJe - Processo Judicial Eletrônico

Partes Procurador/Terceiro vinculado

MARCOS ANTONIO MARCHIORO JUNIOR (RECONVINTE) ANDRE LUIS STEIN FORTES (ADVOGADO(A)) VERDE TRANSPORTES LTDA (EXECUTADO) THIAGO AFFONSO DIEL (ADVOGADO(A))

Documentos Id. Data da Assinatura Documento Tipo 35995 888 13/12/2019 16:39 Acórdão Acórdão

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ESTADO DE MATO GROSSO PODER JUDICIÁRIO

TURMA RECURSAL ÚNICA

Número Único: 1005842-45.2017.8.11.0040 Classe: RECURSO INOMINADO (460)

Assunto: [Bancários, Transporte Rodoviário] Relator: Des(a). LUCIA PERUFFO

Turma Julgadora: [DES(A). LUCIA PERUFFO, DES(A). ALEX NUNES DE FIGUEIREDO, DES(A). EDSON DIAS REIS, DES(A). GONCALO ANTUNES DE BARROS NETO, DES(A). LAMISSE RODER FEGURI ALVES CORREA, DES(A). MARCELO SEBASTIAO PRADO DE MORAES, DES(A). NELSON DORIGATTI, DES(A). PATRICIA CENI DOS SANTOS, DES(A). SEBASTIAO DE ARRUDA ALMEIDA, DES(A). VALDECI MORAES SIQUEIRA, DES(A). VALMIR ALAERCIO DOS SANTOS, DES(A). VIVIANE BRITO REBELLO ISERNHAGEN]

Parte(s):

[MARCOS ANTONIO MARCHIORO JUNIOR - CPF: 034.847.651-51 (RECORRENTE), ANDRE LUIS STEIN FORTES - CPF: 019.968.661-09 (ADVOGADO), ANDREI RAISER - CPF:

030.758.041-50 (ADVOGADO), VERDE TRANSPORTES LTDA - CNPJ: 01.751.730/0001-97 (RECORRIDO), THIAGO AFFONSO DIEL - CPF: 032.550.891-74 (ADVOGADO)]

A C Ó R D Ã O

Vistos, relatados e discutidos os autos em epígrafe, a TURMA RECURSAL ÚNICA do Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso, sob a Presidência Des(a). LUCIA PERUFFO, por meio da Turma Julgadora, proferiu a seguinte decisão: POR UNANIMIDADE,

CONHECEU DO RECURSO E DEU-LHE PARCIAL PROVIMENTO.

E M E N T A

EMENTA

RECURSO INOMINADO – RELAÇÃO DE CONSUMO – SERVIÇO DE TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE PASSAGEIROS – ALEGAÇÃO DE FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – EXTRAVIO DEFINITIVO DE BAGAGEM – PLEITO DE DANO MATERIAL E MORAL – SENTENÇA DE PARCIAL PROCEDÊNCIA – INSURGÊNCIA DA PARTE PROMOVIDA – PLEITO DE IMPROCEDENCIA DA AÇÃO OU REDUÇÃO DO VALOR DA CONDENAÇÃO – EXTRAVIO COMPROVADO - FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO – DANO MORAL

(28)

CONFIGURADO – INDENIZAÇÃO FIXADA DE FORMA RAZOÁVEL – DANO MATERIAL NÃO COMPROVADO – NECESSIDADE DE EXCLUSÃO -SENTENÇA PARCIALMENTE REFORMADA – RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.

O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor em decorrente de falha na prestação do serviço ainda que se trate de concessionária de serviços públicos.

O extravio definitivo de bagagem configura falha na prestação do serviço, nos termos do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor e, portanto, frustra a expectativa do consumidor depositada no serviço prestado, o que é suficiente para causar danos morais.

O valor da indenização por dano moral deve ser fixado em consonância com os critérios de proporcionalidade e razoabilidade, de modo que deve ser mantido quando fixado segundo tais critérios.

Entretanto, o dano material é aquele essencialmente comprovado sobre o qual não se admite presunção. Assim, não restando comprovado o dano material alegado, de rigor a sua exclusão.

Sentença parcialmente reformada. Recurso parcialmente provido.

R E L A T Ó R I O

RELATÓRIO

Egrégia Turma:

Trata-se de RECURSO INOMINADO interposto pela parte promovida, ora Recorrente, contra a sentença prolatada nos autos supramencionados, a qual julgou parcialmente procedente a pretensão inicial e a condenou ao pagamento de indenização por dano moral (R$ 3.000,00) e a restituir o dano material suportado (R$ 4.000,00) em razão de falha na prestação do serviço consistente em extravio de bagagem, conforme dispositivo que cito:

Ante o exposto, opino por julgar parcialmente procedente o pedido para o efeito de condenar a requerida a pagar à autora:

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a) a título de danos materiais, o valor de R$4.000,00 (quatro mil reais), corrigidos monetariamente pelo INPC e acrescidos de juros legais, a partir da data da citação;

b) a título de danos morais, o valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), a ser atualizado pelo INPC a contar da data de ajuizamento da reclamação e acrescido de juros legais a contar da data do evento danoso (Súmula 54 do STJ).

Sem honorários e custas (Lei n.º 9.099/95, art. 55).

A parte promovida, nas razões recursais, sustentou a necessidade de reforma da sentença afirmando que não restaram comprovados os alegados danos materiais e que estes não podem ser presumidos.

Afirmou que não há qualquer prova que indique os itens efetivamente existentes no interior da mala supostamente extraviada, bem como não há qualquer prova acerca do valor dos itens supostamente extraviados e que não restaram comprovados os alegados danos morais.

Requereu o provimento do recurso com a improcedência da ação, afastando o dano material e moral pleiteado e, alternativamente a redução do valor da condenação.

A parte Recorrida, em contrarrazões, requereu o desprovimento do recurso.

Éo relatório.

V O T O R E L A T O R

Recurso Inominado: 1005842-45.2017.8.11.0040

Origem: JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DE SORRISO Recorrente(s): VERDE TRANSPORTES LTDA

(30)

Recorrido(s): MARCOS ANTONIO MARCHIORO JUNIOR Juíza Relatora: LÚCIA PERUFFO

Data do Julgamento: 12/12/2019

VOTO

Colendos Pares;

O caso posto a julgamento se trata de pleito de dano material e moral decorrente de extravio definitivo de bagagem ocorrida em transporte rodoviário.

Afirma o promovente que embarcou no ônibus da requerida na cidade de Sinop/MT, tendo como destino a cidade de Rondonópolis/MT e que despachou uma bagagem na cidade de embarque e ao chegar ao destino final foi informado que a bagagem havia sido extraviada.

Importante destacar, que é incontroverso nos autos que a parte promovente embarcou no ônibus no trecho referido, pois demonstrado na passagem juntada aos autos, bem como que despachou bagagem, como demostra o comprovante.

Além do que, a reclamação de extravio de bagagem, confeccionada logo após o desembarque em Rondonópolis demonstra que a empresa logo teve ciência do extravio da mala.

O artigo 14 do Código de Defesa do Consumidor atribui ao fornecedor de serviços a responsabilidade objetiva quanto aos danos causados ao consumidor em decorrente de falha na prestação do serviço.

O extravio definitivo de bagagem configura falha na prestação do serviço, nos termos do artigo 14, do Código de Defesa do Consumidor e, portanto, frustra a expectativa do consumidor depositada no serviço prestado, o que é suficiente para causar danos morais.

Entretanto, com relação ao dano material, entendo que a sentença merece reparos, porquanto o mesmo deve ser essencialmente comprovado.

(31)

O dano material é aquele essencialmente comprovado sobre o qual não se admite presunção.

Não se presta a comprovar o alegado dano material decorrente do extravio, as informações do próprio promovente informando o conteúdo da mala, posto que registra informação unilateral.

Registro que na reclamação de extravio de bagagem não há informação acerca do valor da mala extraviada, de modo que deve ser extirpada a condenação imposta a título de dano material.

Ante o exposto, conheço do recurso interposto, posto que tempestivo e, no mérito, DOU-LHE PARCIAL PROVIMENTO para o fim de excluir a indenização por dano material, mantendo a sentença nos demais termos, com fulcro no artigo 46, da Lei nº 9.099/95.

Deixo de condenar a parte recorrente a pagar honorários advocatícios por ter sido dado provimento em parte substancial do recurso.

Écomo voto. Lúcia Peruffo Juíza de Direito Relatora

(32)

End.: Rua Edgar Garcia de Siqueira, n.º 593, Sala 04, Centro, CEP. 78.890-000, Sorriso/MT. Tel.: (66) 3544-4236.

Doc. V

(33)

RS ADVOGADOS

(Não vinculado ao sistema)

Processo: Nome Parte: Parte Adversa:

Nome Cálculo: MARCO MARCHIORO JUNIOR

Elaborado por: ANDRÉ LUIS STEIN FORTES

Data Impressão: 30/11/2020 14:53:08 Juros: 1 % Período: Mensal Tipo: Simples Início juros: 04/09/2017

Índice: INPC Honorários: 0 % Multa: 0 % Pró Rata Die: Não

Multa sobre juros: Não Honorários sobre multa: Não Ignorar negativos: Sim DEMONSTRATIVO ANALÍTICO

PRINCIPAL

Desde Até Descrição Valor Nominal Corrigido Juros Total

14/11/2017 30/10/2019 R$ 3.000,00 R$ 3.209,46 R$ 802,36 R$ 4.011,82 Resumo Principal: R$ 4.011,82 Amortizado: R$ 0,00 Subtotal: R$ 4.011,82 Custas: R$ 0,00 Multa: R$ 0,00 Honorários: R$ 0,00 Total Geral: R$ 4.011,82

(34)
(35)

AO JUÍZO DA 1ª VARA CÍVEL DE CUIABÁ-MT,

Autos nº 1049204-26.2019.8.11.0041

VALOR ADMINISTRAÇÃO JUDICIAL - BRASIL, pessoa jurídica especializada em processos de Falência e Recuperação Judicial, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, apresentar o julgamento das habilitações e divergências de crédito, nos termos do artigo 7º, § 2º, da Lei 11.101/05.

I- DA INTRODUÇÃO

1. Após a publicação do Edital previsto no artigo 52, § 1º, contendo a relação nominal de credores que instruiu a petição inicial do pedido de Recuperação Judicial, conforme exigência do artigo 51, III, ambos da

(36)

Lei 11.101/05, esta Administração Judicial julgou as Divergências/Habilitações de Crédito apresentadas.

2. Acerca da relação de credores que instruiu a inicial, vale dizer que esta Administração Judicial solicitou aos recuperandos os documentos comprobatórios de todos os créditos nela inseridos, a fim de verificar a existência de lastro de cada um deles e a sua correspondência com o valor e natureza informados na primeira lista de credores.

3. Tal medida se faz necessária não só para

subsidiar as decisões tomadas quanto aos incidentes apresentados pelos próprios credores, mas também para conferir maior confiança jurídica e transparência ao Quadro de Credores, porquanto a conformidade dos créditos é que conferirá aos seus detentores interesse jurídico, legitimidade e representatividade na exata medida de seus direitos.

4. Por outro lado, a verificação do valor real dos créditos confere aos credores condições e meios concretos para análise e acompanhamento do trâmite processual, ao passo em que terão dados concretos e verificados acerca do endividamento dos recuperandos e poderão subsidiar todas as decisões que terão que tomar, sobretudo quanto ao Plano de Recuperação Judicial, pois na Assembleia Geral de Credores farão um juízo de valor e conveniência individual acerca dos termos do Plano ou outra questão de interesse que porventura venha à tona.

(37)

5. Sobre esse aspecto, esta Administração Judicial esclarece que a verificação dos créditos foi realizada com base nos documentos obtidos dos recuperandos e nas habilitações e divergências apresentadas pelos credores, e que estarão à disposição para consulta dos interessados, no prazo comum de 10 (dez) dias, contados da publicação do Edital (art. 7º, § 2º, da Lei 11.101/2005).

6. Diante disso, esta auxiliar do juízo já adianta que os créditos com lastro jurídico não comprovado documentalmente foram excluídos do quadro de credores.

II- DAS HABILITAÇÕES E DIVERGÊNCIAS DE CRÉDITO

7. Quanto as Habilitações e Divergências de Créditos

apresentadas administrativamente pelos credores, o § 1º, do artigo 7º, da Lei 11.101/05, assim estabelece:

§ 1º Publicado o edital previsto no art. 52, § 1º, ou no parágrafo único do art. 99 desta Lei, os credores terão o prazo de 15 (quinze) dias para

apresentar ao administrador judicial suas

habilitações ou suas divergências quanto aos créditos relacionados.

8. O Edital foi publicado no IOMAT no dia

23/10/2020, de modo que o prazo para apresentação das habilitações/divergências se encerrou em 09/11/2020, considerando a contagem do prazo em dias corridos, conforme determinado na decisão proferida no Id. 26974127.

(38)

9. Considerando a contagem do prazo em dias corridos, os seguintes incidentes foram apresentados de forma intempestiva, razão pela qual não foram analisados:

 Gabriel Soares Bonette  Dayane Dias Da Silva  Júlio Barbosa Soares

10. Listamos abaixo os credores que apresentaram

divergências/habilitações de crédito a esta Administração Judicial, por e-mail e pessoalmente, de forma tempestiva:

 Anivaldo Dantas de Queiroz  Arildo Santiago Junior

 Banco Alfa de Investimento S/A  Banco Bradesco S/A

 Banco Mercedes Benz do Brasil S/A  Banco Santander (Brasil) S/A

 Banco Volvo (Brasil) S/A

 Bismarck Leandro Pereira da Silva  Bruno Euzébio Codignolo Amaral  Buzetti Pneus Cuiabá Ltda  Cacio Galdino

(39)

 Carlos Alberto dos Santos Advogados Associados  Centro de Gestão de Meios de Pagamento Ltda  Chriseldison Soares

 Cuiabá Diesel  Divina Dias

 Evangelista Rodrigues da Silva  Francisco Bizerra Lima

 Hermes Faria Correa  Jair Martinez

 João Divino de Medeiros

 Joana da Cruz Barros Araújo e Jullia Bheatriz e Eliane Martins

 Luciano de Souza

 Luismar Martins dos Santos

 Mauricio Magalhães Faria Junior Advocacia S/S  Odenil Marques da Cunha

 P.R Embalagens Eireli  Paulo Alves Carneiro

(40)

 Scania Banco S/A  Sebastião Velasco

 SINART - Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico Ltda

 Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário e Motoristas Profissionais de Barra do Garças e Região - SINTTRO

 Sindicato dos Trabalhadores no Transporte

Rodoviário do Norte de Mato Grosso –

SINTTRONORMAT

 Villela, Machado & Brasiel Advogados  Vinicius Vasconcelos de Souza

III- DOS CRÉDITOS ALTERADOS NA RELAÇÃO DE CREDORES

11. Com base nos incidentes apresentados pelos

credores apurou-se a existência dos créditos apontados e, constatou-se que, em alguns casos, os seus valores são divergentes dos informados pelos recuperandos na petição inicial.

12. Assim, esta Administração Judicial apresenta,

nesta petição, o julgamento das divergências/habilitações de crédito apresentadas.

(41)

13. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Anivaldo Dantas de Queiroz objetivando a retificação do valor inserido na relação de credores.

14. Observa-se que na relação de credores que

instruiu o pedido de recuperação judicial a recuperanda informou que o valor devido ao credor é de R$ 3.870,22 (três mil oitocentos e setenta reais e vinte e dois centavos).

15. Em suas razões, o credor pontuou que há processo

trabalhista pendente de julgamento

(0000433-36.2020.5.23.0002 - 2ª Vara do Trabalho de Cuiabá-MT) e que apresentou o presente incidente visando resguardar o seu direito de futura habilitação.

16. Pois bem.

17. Observa-se que a ação trabalhista movida em face

dos recuperandos ainda se encontra pendente de julgamento (autos nº 0000433-36.2020.5.23.0002), o que inviabiliza a inclusão/alteração dos valores indicados na relação de credores ante a ausência de sentença judicial transitada em julgado.

18. Convém salientar que a não inclusão/alteração neste momento não importará em prejuízo ao credor, haja vista que na ocasião do julgamento e posterior trânsito em julgado da sentença, este poderá habilitar o seu crédito, conforme prevê o art. 10, da Lei 11.101/2005.

(42)

19. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Arildo Santiago Júnior objetivando a retificação do valor inserido na relação de credores.

20. Observa-se que na relação de credores que

instruiu o pedido de recuperação judicial a recuperanda informou que o valor devido ao credor é de R$ 1.830,08 (um mil oitocentos e trinta reais e oito centavos).

21. Em suas razões, o credor pontuou que há processo

trabalhista pendente de julgamento

(0000599-68.2020.5.23.0002 - 2ª Vara do Trabalho de Cuiabá-MT) e que apresentou o presente incidente visando resguardar o seu direito de futura habilitação.

22. Pois bem.

23. Observa-se que a ação trabalhista movida em face

dos recuperandos ainda se encontra pendente de julgamento (autos nº 0000599-68.2020.5.23.0002), o que inviabiliza a inclusão/alteração dos valores indicados na relação de credores ante a ausência de sentença judicial transitada em julgado.

24. Convém salientar que a não inclusão/alteração neste momento não importará em prejuízo ao credor, haja vista que na ocasião do julgamento e posterior trânsito em julgado da sentença, este poderá habilitar o seu crédito, conforme prevê o art. 10, da Lei 11.101/2005.

BANCO ALFA DE INVESTIMENTO S.A.:

25. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Banco Alfa de Investimento S.A. alegando que os

(43)

instrumentos firmados com a recuperanda são garantidos por alienação fiduciária, razão pela qual não podem ser incluídos na classe de credores com garantia real.

26. A instituição financeira firmou com a recuperanda

os seguintes instrumentos:

 Contrato de Abertura de Crédito Fixo com

Garantia Real Firmado entre o Agente

Financeiro e Beneficiária Final – Proposta de

Abertura de Crédito Fixo (PAC) nº

2015/301.8/25.038-4;

 1º Aditivo Contrato de Abertura de Crédito Fixo com Garantia Real Firmado entre o Agente Financeiro e Beneficiária Final – Proposta de

Abertura de Crédito Fixo (PAC) nº

2015/301.8/25.038-4;

 Contrato de Abertura de Crédito Fixo com

Garantia Real Firmado entre o Agente

Financeiro e Beneficiária Final – Proposta de

Abertura de Crédito Fixo (PAC) nº

2015/301.8/25.038-4, 2015/301.8/25.039-2,

2015/301.8/27.983-8, 2015/301.8/27.984-6,

2015/301.8/27.985-4 e 2015/301.8/27.986-2;  1º Aditivo Contrato de Abertura de Crédito

Fixo com Garantia Real Firmado entre o Agente Financeiro e Beneficiária Final – Proposta de Abertura de Crédito Fixo

(44)

 2º Aditivo Contrato de Abertura de Crédito Fixo com Garantia Real Firmado entre o Agente Financeiro e Beneficiária Final – Proposta de Abertura de Crédito Fixo (PAC).

27. A análise dos referidos contratos demonstra que estes se encontram garantidos por alienação fiduciária de bens móveis.

28. A regra do artigo 49, caput, da Lei n°

11.101/2005 é de que “Estão sujeitos à recuperação

judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos”.

29. Ocorre que o §3° do referido artigo excepciona a

regra geral, determinando que:

§3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou

imóveis, de arrendador mercantil, de

proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula

de irrevogabilidade ou irretratabilidade,

inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4° do art. 6° desta Lei, a venda ou a retirada do

(45)

estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.

30. Dessa forma, como a instituição financeira é credora titular da posição de proprietária fiduciária de bens móveis, seus créditos não se submetem aos efeitos da

recuperação judicial, nos termos do artigo

supramencionado.

31. Pelas razões apresentadas, esta Administração

Judicial entende que os créditos referentes aos contratos acima citados devem ser excluídos da recuperação judicial, não podendo, portanto, figurar na classe de credores com garantia real.

BANCO BRADESCO S/A:

32. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Banco Bradesco S/A objetivando a retificação do valor arrolado na relação de credores.

33. Observa-se que na relação de credores que

instruiu o pedido de recuperação judicial a recuperanda Verde Transportes inseriu crédito de R$ 141.972,45 em favor da instituição financeira.

34. O credor apresentou a esta Administração Judicial

os contratos firmados com as empresas comprovando que, efetivamente, o valor de seu crédito diverge do informado.

35. Ante a apresentação da fatura relativa ao cartão

de crédito nº 5592-xxxx-xxxx-1909, emitido em favor da empresa Tim Transportes Integrados Matogrossenses Eireli,

(46)

conclui-se que, na classe quirografária, deverá constar a importância de R$ 9.035,95 (nove mil trinta e cinco reais e noventa e cinco centavos).

36. Em relação ao contrato de n° 449/4162152 firmado

com a empresa Tim Transportes Integrados Matogrossenses Eireli, a instituição financeira enviou apenas a planilha com os saldos atualizados.

37. Ante a ausência do instrumento contratual, não há

como se aferir a legitimidade da cobrança, razão pela qual esta Administração Judicial não incluiu o crédito do referido contrato na relação de credores.

38. Por fim, passa-se a análise dos créditos que, segundo a instituição financeira, não se sujeitam à recuperação judicial.

39. O banco firmou com as recuperandas os seguintes contratos:

• Cédula de Crédito Bancário – Empréstimo – Capital de Giro nº 351-6412170;

• Cédula de Crédito - Abertura de Crédito Fixo – BNDES Finame nº 308813/001.

40. A análise dos referidos contratos demonstra que estão garantidos por alienação fiduciária de bens móveis (veículos).

(47)

41. A regra do artigo 49, caput, da Lei n° 11.101/2005 é de que “Estão sujeitos à recuperação

judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos”.

42. Ocorre que o §3° do referido artigo excepciona a

regra geral, determinando que:

§3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de

imóvel cujos respectivos contratos

contenham cláusula de irrevogabilidade ou

irretratabilidade, inclusive em

incorporações imobiliárias, ou de

proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4° do art. 6° desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.

43. Dessa forma, como o banco é credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis, seu

(48)

crédito não se submete aos efeitos da recuperação judicial, nos termos do artigo supramencionado.

44. Em relação ao contrato de n° 215/308812, a

instituição financeira não enviou o instrumento firmado entre as partes, de modo que não há como analisar o pedido da instituição financeira de não submissão do crédito à Recuperação Judicial.

45. Todavia, esta decisão não é exauriente, haja vista que havendo eventual discordância, o credor possui legitimidade para apresentar impugnação judicial no prazo do artigo 8°, da Lei 11.101/2005, podendo, então, instruir com os documentos que ora não se fizeram presentes.

46. Ante as razões expostas, e com base nos

documentos apresentados pela instituição financeira comprovando a existência do crédito em valor divergente do informado na relação que instruiu a petição inicial, necessária se faz a alteração do montante para constar a importância de R$ 9.035,95 (nove mil trinta e cinco reais e noventa e cinco centavos), na classe quirografária, referente ao cartão de crédito de nº 5592-xxxx-xxxx-1909. BANCO MERCEDES BENZ DO BRASIL S/A:

47. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Banco Mercedes Benz do Brasil S.A. alegando que os contratos firmados com a recuperanda são garantidos por alienação fiduciária, razão pela qual não podem ser incluídos na classe de credores com garantia real.

(49)

48. A instituição financeira firmou com a recuperanda Verde Transportes Ltda os seguintes instrumentos:

 Cédula de Crédito Bancário BNDES Finame PSI n° 9790030576;

 Cédula de Crédito Bancário BNDES Finame PSI n° 9790030592;

 Cédula de Crédito Bancário BNDES Finame PSI n° 9790030924;

 Cédula de Crédito Bancário BNDES Finame PSI n° 9790030932.

49. A análise das referidas cédulas demonstra que estas se encontram garantidas por alienação fiduciária de bens móveis.

50. A regra do artigo 49, caput, da Lei n°

11.101/2005 é de que “Estão sujeitos à recuperação

judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos”.

51. Ocorre que o §3° do referido artigo excepciona a

regra geral, determinando que:

§3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou

imóveis, de arrendador mercantil, de

proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula

de irrevogabilidade ou irretratabilidade,

(50)

proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4° do art. 6° desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.

52. Dessa forma, como o banco é credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis, seu crédito não se submete aos efeitos da recuperação judicial, nos termos do artigo supramencionado.

53. Pelas razões apresentadas, esta Administração

Judicial entende que os créditos referentes às cédulas acima citadas devem ser excluídos da recuperação judicial, não podendo, portanto, figurar na classe de credores com garantia real.

BANCO SANTANDER (BRASIL) S/A:

54. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Banco Santander (Brasil) S.A. alegando que o contrato firmado com a recuperanda é garantido por alienação fiduciária, razão pela qual não pode ser incluído na classe de credores com garantia real.

55. A instituição financeira firmou com a recuperanda

(51)

 Cédula de Crédito Bancário – CDC – Crédito

Direto ao Consumidor de nº

00331684860000001990.

56. A análise do referido contrato demonstra que este

se encontra garantido por alienação fiduciária de bem móvel.

57. A regra do artigo 49, caput, da Lei n°

11.101/2005 é de que “Estão sujeitos à recuperação

judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos”.

58. Ocorre que o §3° do referido artigo excepciona a

regra geral, determinando que:

§3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou

imóveis, de arrendador mercantil, de

proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula

de irrevogabilidade ou irretratabilidade,

inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4° do art. 6° desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.

(52)

59. Dessa forma, como o banco é credor titular da posição de proprietário fiduciário de bem móvel, seu crédito não se submete aos efeitos da recuperação judicial, nos termos do artigo supramencionado.

60. Pelas razões apresentadas, esta Administração

Judicial entende que o crédito referente ao contrato acima citado deve ser excluído da recuperação judicial, não podendo, portanto, figurar na classe de credores com garantia real.

BANCO VOLVO (BRASIL) S.A.:

61. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Banco Volvo (Brasil) S.A. alegando que os contratos firmados com a recuperanda são garantidos por alienação fiduciária, razão pela qual não podem ser incluídos na classe de credores com garantia real.

62. A instituição financeira firmou com a recuperanda

Verde Transportes Ltda os seguintes instrumentos:

 Cédula de Crédito Bancário n° 341329/001;  Cédula de Crédito Bancário n° 333367/001;  Cédula de Crédito Bancário n° 334811/001;  Cédula de Crédito Bancário n° 334864/001;  Cédula de Crédito Bancário n° 334894/001;  Cédula de Crédito Bancário n° 334904/001;

(53)

 Cédula de Crédito Bancário n° 341719/001 e aditamento;

 Cédula de Crédito Bancário n° 341744/001. 63. A análise das referidas cédulas demonstra que estas se encontram garantidas por alienação fiduciária de bens móveis.

64. A regra do artigo 49, caput, da Lei n°

11.101/2005 é de que “Estão sujeitos à recuperação

judicial todos os créditos existentes na data do pedido, ainda que não vencidos”.

65. Ocorre que o §3° do referido artigo excepciona a

regra geral, determinando que:

§3º Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou

imóveis, de arrendador mercantil, de

proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos contenham cláusula

de irrevogabilidade ou irretratabilidade,

inclusive em incorporações imobiliárias, ou de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, observada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 4° do art. 6° desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essenciais a sua atividade empresarial.

(54)

66. Dessa forma, como o banco é credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis, seu crédito não se submete aos efeitos da recuperação judicial, nos termos do artigo supramencionado.

67. Pelas razões apresentadas, esta Administração

Judicial entende que os créditos referentes às cédulas acima citadas devem ser excluídos da recuperação judicial, não podendo, portanto, figurar na classe de credores com garantia real.

BISMARCK LEANDRO PEREIRA DA SILVA:

68. Trata-se de Divergência de Crédito apresentada por Bismarck Leandro Pereira da Silva objetivando a retificação do valor inserido na relação de credores.

69. Observa-se que na relação de credores que

instruiu o pedido de recuperação judicial a recuperanda informou que o valor devido ao credor é de R$ 5.301,48 (cinco mil trezentos e um reais e quarenta e oito centavos).

70. Em suas razões, o credor pontuou que há processo

trabalhista em fase recursal (0000333-69.2020.5.23.0006 - 6ª Vara do Trabalho de Cuiabá-MT) e que apresentou o presente incidente visando resguardar o seu direito de futura habilitação. Além das quantias objeto da referida ação trabalhista, o peticionante sustenta possuir crédito decorrente do Acordo Extrajudicial com Extinção de Contrato de Trabalho (autos nº 0000907-32.2019.5.23.0005).

(55)

71. Pois bem.

72. Observa-se que a ação trabalhista (autos nº

0000333-69.2020.5.23.0006) movida em face da recuperanda ainda se encontra em fase recursal, o que impossibilita a inclusão de qualquer quantia ante a ausência de ordem judicial transitada em julgado.

73. No que concerne ao Acordo Extrajudicial com

Extinção de Contrato de Trabalho (autos nº 0000907-32.2019.5.23.0005), verificou-se que o feito se encontra na fase de impugnação de cálculos.

74. Dessa forma, diante da ausência de decisão

homologatória dos cálculos devidamente transitada em julgado, não há como aferir o real crédito do habilitante.

75. Convém salientar que a não inclusão, neste

momento, das quantias pleiteadas não importará em prejuízo ao credor, haja vista que após a homologação dos cálculos e posterior trânsito em julgado, este poderá habilitar o seu crédito, conforme prevê o art. 10, da Lei 11.101/2005. BRUNO EUZÉBIO CODIGNOLA AMARAL:

76. Trata-se de Habilitação de Crédito apresentada por Bruno Euzébio Codignola Amaral.

77. No intuito de comprovar o seu crédito, o

habilitante apresentou a esta Administração Judicial documentos oriundos dos autos judiciais de nº 12898-66.2013.811.0015, que tramitou perante a 4ª Vara Cível da Comarca de Sinop – MT, bem como planilha de cálculo

(56)

atualizada, no valor de R$ 16.666,00 (dezesseis mil seiscentos e sessenta e seis reais).

78. No entanto, esta Administração Judicial entende que, s.m.j., o valor a ser habilitado merece ressalva.

79. O pedido de recuperação judicial foi ajuizado em

30/10/2019, enquanto o despacho que determinou a intimação da empresa executada/recuperanda (Verde Transportes LTDA) para efetuar o pagamento do débito fixado na sentença, sob pena de aplicação das cominações previstas no art. 523, do Código de Processo Civil (multa de 10% e honorários referentes ao cumprimento de sentença, no percentual de 10%), foi proferido em 23 de outubro de 2019. Confira-se:

80. A referida decisão foi publicada em 28 de outubro

de 2019, ou seja, dois dias antes do ajuizamento do pedido de recuperação judicial e o prazo final para o pagamento do débito se deu em 19 de novembro de 2019.

81. Como o prazo para o pagamento do débito se encerrou após o ajuizamento do pedido de recuperação

(57)

judicial, esta auxiliar do juízo entende que, s.m.j., o adimplemento não poderia ser realizado em virtude de impedimento legal.

82. É que a Lei n° 11.101/2005 tipifica como crime o

ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador de obrigação destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos demais, após a recuperação judicial.

83. Confira-se:

Art. 172. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar plano de recuperação extrajudicial, ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador de obrigação, destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos demais:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o credor que, em conluio, possa beneficiar-se de ato previsto no caput deste artigo.

84. Como se pode ver, em razão da expressa vedação

legal as recuperandas estavam impossibilitadas de

cumprirem espontaneamente a sentença para que não incidisse a multa e os honorários (referentes ao cumprimento de sentença), ambos previstos no art. 523, §1º, do Código de Processo Civil.

(58)

85. Desse modo, em face das razões expostas, esta auxiliar não considerou a multa e os honorários referentes ao cumprimento de sentença (art. 523, §1º, do CPC).

86. Ante o exposto e considerando a documentação apresentada que demonstra a existência de crédito em seu favor, necessário se faz a inclusão do montante de R$ 13.773,56 (treze mil setecentos e setenta e três reais e cinquenta e seis centavos) na classe quirografária. 87. Por fim, observa-se, também, que o procurador pugnou pela inclusão de honorários advocatícios na classe trabalhista.

88. Em análise a sentença proferida nos autos acima citado, constata-se que houve a fixação de honorários advocatícios sucumbenciais no patamar de 10% sobre o valor da condenação.

89. De acordo com o artigo 85, §14, do CPC, os honorários advocatícios têm natureza alimentar e possuem os mesmos privilégios dos créditos oriundos da legislação do trabalho.

90. Confira-se:

Art. 85. A sentença condenará o vencido a pagar honorários ao advogado do vencedor.

(...)

§ 14. Os honorários constituem direito do advogado e têm natureza alimentar, com os mesmos privilégios dos créditos oriundos da

legislação do trabalho, sendo vedada a

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