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Central 135 INSS

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Academic year: 2021

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Capítulo I - Conhecimentos Introdutórios 1. Seguridade e Previdência Social

2. Composição da Previdência Social

3. Serviços realizados através da Central 135 4. Site da Previdência Social

5. Legislação Previdenciária

Capítulo II - Conhecimentos Específicos 6. SEGURADO

- Obrigatório - Facultativo

- Categorias de Segurado Obrigatórios: Empregado

Empregado Doméstico

Contibuinte Individual, Empreendedor Individual Trabalhador Avulso

Segurado Especial - Trabalhador Rural

7. FILIAÇÃO e INSCRIÇÃO - Quem pode se inscrever? - Como realizar a inscrição? 8. DEPENDENTES

- Dependência Econômica - Filhos e Equiparados - Emancipação - Menor sob Guarda - Dependentes Inválidos - Cônjuges e Companheiros(as) - Perda da Qualidade de Dependente 9. QUALIDADE DE SEGURADO

- Período de Graça: manutenção da qualidade de segurado - Perda da Qualidade de Segurado. Quando ocorre? 10. CARÊNCIA

11. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

- Definição de acordo com a categoria do segurado - Limite Mínimo

- Limite Máximo

12. SALÁRIO DE BENEFÍCIO

- Como é feito o cálculo para os inscritos até 28/11/1999 - Como é feito o cálculo para os inscritos a partir de 29/11/1999 - Renda Mensal Inicial

13. SALÁRIO FAMÍLIA - Quem tem direito?

- Quais os requisitos para receber o benefício? - Documentação necessária

- Valor

- Quem paga o benefício? - Início

- Suspensão - Cessação

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14. REPRESENTAÇÃO - Procuração

- Tutela - Curatela

15. CARTA DE AUTENTICIDADE - Aviso para Requerimento de Benefício 16. ALTERAÇÃO DE ENDEREÇO 17. RECURSOS ADMINISTRATIVOS

- Conselho de Recursos da Previdência Social

- Consulta às Decisões das Câmaras e Juntas de Recurso da Previdência Social 18. CERTIDÃO POR TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO

19. CERTIDÃO SAQUE PIS/PASEP/FGTS

20. DRSCI - Declaração de Regularidade de Situação do Contribuinte Individual

Capítulo III - Sistemas SABI e SAE

21. Sistema de Administração de Benefício por Incapacidade (SABI) - Requerimento Inicial de Auxílio Doença (AX1)

- Pedido de Prorrogação (PP) - Pedido de Reconsideração (PR) - Reexame Médico Pericial (R2) - Remarcação de Perícia Médica

- Consulta às Perícias Médicas Agendadas 22. Sistema de Agendamento Eletrônico (SAE) - Benefício e Serviços Agendáveis

- Agendar - Consultar - Remarcar - Cancelar

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Capítulo I

Conhecimentos Introdutórios 1. Seguridade e Previdência Social

A Constituição de 1988 adotou a expressão “Seguridade Social” para criação de um sistema de proteção destinado ao atendimento das necessidades e anseios da população, providenciando a manutenção de um padrão mínimo de vida digna.

Assim, a Seguridade Social Brasileira foi definida como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinados a assegurar os direitos à Saúde, à Previdência Social e à Assistência Social com a finalidade de alcançar a justiça e o bem estar social.

A Previdência Social faz parte deste sistema e é definida como um “seguro” que ampara seus benefíciários contra os “riscos sociais” (doença, acidente, gravidez, prisão, morte e velhice), buscando alcançar a proteção máxima dentro das possibilidades orçamentárias.

A Previdência Social é composta por dois regimes básicos: O Regime Geral de Previdência Social (RGPS) e os Regimes Próprios de Previdência Social (RPPS), sendo que a Central 135 de atendimento tem como objeto de trabalho apenas o RGPS, pois os RPPS's são Regimes destinados apenas aos servidores públicos. É importante saber que nem todos os Estados e Municípios possuem regimes próprios, pois para que isso ocorra é preciso que os mesmos tenham equilíbrio financeiro e atuarial, capaz de custeá-los.

O Regime Geral de Previdência Social é o regime que cuida dos trabalhadores da iniciativa privada (regidos pela CLT ou celetistas) e para os servidores públicos que não estejam vinculados a um Regime Próprio de Previdência e visa garantir o sustento básico para os segurados e seus dependentes. É administrado pelo INSS que é o gestor deste regime.

O INSS é uma autarquia. Autarquia segundo o dicionário Aurélio é uma Entidade autônoma, auxiliar e descentralizada da administração pública, sujeita à fiscalização e à tutela do Estado, com patrimônio constituído de recursos próprios, e cujo fim é executar serviços de caráter estatal ou interessantes à coletividade.

O Regime Geral de Previdência Social é compulsório, ou seja, todas as pessoas que exerçam atividade remunerada no país estão obrigadas a participar dele através do recolhimento de contribuições que se caracterizam pela solidariedade, assim, a contribuição de cada um servirá para proteção de todos.

2. Composição da Previdência Social

Ministério da Previdência Social – MPS : é o órgão que define as diretrizes e regulamenta as ações previdenciárias;

Instituto Nacional do Seguro Social – INSS: é a Autarquia responsável pela administração e execução das ações e do contato com os contribuintes e beneficiários da previdência social; O CNPJ do INSS é o 29.979.036/0001-40;

Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social – DATAPREV: é a empresa responsável pelo processamento do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS), do sistema de benefícios que gera mensalmente a folha de pagamento do INSS, atualização e manutenção do banco de dados /sistemas informatizados do INSS;

Unidades de Atendimento: a rede de atendimento da Previdência Social vai até onde o cidadão está. Esta rede é formada pelas agências e as inúmeras formas de atendimento criadas para ninguém ficar sem a proteção da Previdência Social, esteja onde estiver o segurado, quais sejam:

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Agências da Previdência

Social – APS; PREVMóvel. PREVBarco;

Central de Atendimento 135;

Central 135: as centrais de teleatendimento foram criadas pelo Ministério da Previdência Social, em 2006, com o objetivo de oferecer à população um serviço de melhor qualidade e garantir a segurança das informações. Atualmente significa o maior avanço ocorrido na Previdência Social no que toca à agilidade dos agendamentos, serviço mais humanizado de orientação e informação, além de efetuar registros de reclamação, sugestão, elogio e denúncia junto à ouvidoria, proporcionando ao segurado e seus dependentes mais eficiência, qualidade e, sem dúvida, maior comodidade.

A Central de atendimento 135 garante o acesso do segurado aos mais diversos serviços oferecidos pela Previdência Social.

Atenção! No momento em que o segurado ligar para realizar um dos procedimentos disponíveis pela Central 135, não cabe ao operador avaliar, enquadrar ou mesmo opinar se o mesmo terá direito ao benefício pretendido. Deverá apenas prestar esclarecimentos sobre os requisitos necessários para cada serviço/benefício. A análise da documentação, verificação do enquadramento dos requisitos e a decisão sobre o direito ao benefício são de competência dos servidores da Previdência Social.

3. Serviços realizados através da Central 135:

A Central 135 presta atendimento receptivo e/ou ativo, cabendo aos segurados, dependentes e/ou procuradores entrar em contato por meio telefônico e efetuar suas solicitações. Atualmente, os serviços disponíveis através da Central 135 são:

Utilizando o Sistema de Administração de Benefício por Incapacidade – SABI:

Requerimento de Auxílio-Doença, Pedido de Prorrogação, Pedido de Reconsideração, Consultas às Perícias Agendadas, Marcação de Exame Médico Pericial para fins de Auxílio Doença (R2) e Remarcação de Perícia Médicas;

Utilizando o Sistema de Agendamento Eletrônico – SAE:

Aposentadoria por Idade Rural, Aposentadoria por Idade Urbana, Aposentadoria por Tempo de Contribuição, Pensão por Morte, Auxílio Reclusão, Benefício Assistencial, Certidão por Tempo de Contribuição (CTC), Pecúlio, Salário-Maternidade, Acerto de Dados Cadastrais, Cadastramento de Senha (CADSENHA), Acerto de Atividade e/ou Acerto de Inscrição, Acerto de Guias de Recolhimento, Acerto de Vínculos e Remunerações, Recurso, Análise e/ou Conclusão de Processos Pendentes, Carga para Advogado Constituído, Devolução de Carga de Processo, Devolução de Documento do Segurado, Vistas de Processo de Benefício.

Utilizando o Sistema Plenus :

Consulta às informações dos segurados e dependentes que possuam qualquer benefício da previdência social.

Através do Site :

Inscrição na Previdência Social, Cálculo de Contribuições em Atraso, Remarcação de Perícias Médicas, Aviso para Requerimento de Benefício, Consulta às Decisãoes das Câmaras de Recurso, assim como prestar as mais diversas informações relativas aos benefícios e serviços disponibilizados na Página da Previdência, tais como: extrato de benefícios, guias de recolhimento e cálculo em atraso, extrato do CNIS, PSPS, Empreendedor Individual, dentre outros.

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4. Site da Previdência Social

A principal ferramenta utilizada para prestação dos serviços pela Central 135 é o site da Previdência Social, acessado através do endereço: www.previdenciasocial.gov.br. Nele realizaremos a marcação de agendamentos e requerimentos, execução de alguns serviços, como cálculo de contribuições em atraso, bem como, será possível realizar pesquisas para localização das Agências da Previdência Social - APS existentes no país, das espécies de benefícios atuais ou extintos e ainda de toda a legislação referente ao sistema previdenciário brasileiro.

Muitos dos serviços oferecidos estão disponíveis na página inicial do site, outros precisam ser localizados em outras janelas.

5. Legislação Previdenciária

O Regime Geral de Previdência Social é formado pelas seguintes normas:

▫ Constituição Federal de 1988, Art.194: alterado pela Emenda Constitucional nº. 20 de 1998: A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social.

▫ Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, DOU de 14/08/91: Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências.

▫ Lei 8.212, de 24 de julho de 1991, DOU de 25/7/91: Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

▫ Decreto 3.048 de 06 de maio de 1999, DOU de 7/5/99: Republicado em 12/05/1999 - Aprova o Regulamento da Previdência Social - RPS, e dá outras providências.

▫ Lei 8.742, de 07 de dezembro de 1993, DOU DE 08/12/93: Dispõe Sobre a Organização da Assistência Social e dá outras providências.

▫ Instrução Normativa INSS/PRES N.º 45, de 06/08/2010: Disciplina procedimentos a serem adotados pela área de Benefícios. Funciona como um manual a ser seguido pelos funcionários das Agências da Previdência Social.

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Todas as normas estão disponíveis no site da Previdência Social. Como localizar? Na página Inicial, clicar em:

Na janela seguinte, clicar em:

Na sequência, o sistema apresentará as possibilidades de consulta e acesso às mais diversas normas relacionadas com a Previdência Social:

Para fazer a pesquisa sobre a legislação desejada, basta direcionar o cursor sobre a opção escolhida, em seguida clicar sobre o ícone mais atualizado, lembrando que você deverá permitir que esta janela seja liberada no bloqueador de pop-up de seu computador.

Importante: mesmo com o acesso facilitado a toda legislação previdenciária, o repasse de informações deverá ficar restrito ao conteúdo ministrado em treinamento, ratificado pelos roteiros e comunicados internos disponíveis no Portal INSS.

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Capítulo II

Conhecimentos Específicos Benefício Previdenciário: o que é?

É a prestação que pode ocorrer na modalidade de benefício (valor pago em espécie) ou serviço (bem imaterial posto à disposição dos segurados, exemplo: habilitação, reabilitação profissional e serviço social). As prestações são obrigações a serem prestadas pela Previdência Social para os seus beneficiários (segurados e dependentes) quando houver necessidade decorrente de incapacidade, idade avançada, maternidade, encargos de família, reclusão ou morte daqueles de quem dependiam economicamente, garantindo assim meios indispensáveis à sua manutenção e/ou de sua família.

Beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS): segurados e dependentes São aqueles que fazem jus aos benefícios, pois têm o direito às prestações previdenciárias por haver preenchido os requisitos necessários para cada benefício e/ou serviço. Classificam-se em segurados e dependentes, que sempre serão as pessoas físicas – naturais – e nunca as pessoas jurídicas - empresas, sociedades, dentre outras - ainda que estas últimas efetuem contribuição.

6. SEGURADO

É toda pessoa física filiada e/ou inscrita no RGPS que exerça ou não, atividade remunerada, maior de 16 anos de idade, à exceção do menor aprendiz que pode filiar-se a partir dos 14 anos através de legislação própria.

Estão obrigados a contribuir para o RGPS todos os trabalhadores urbanos que exerçam atividade remunerada nas categorias de: empregado, empregado doméstico, avulso e contribuinte individual, bem como, todos os segurados que exerçam atividade no âmbito rural, nas categorias de empregado, avulso e/ou contribuinte individual e aqueles que exercem atividade rural e/ou artesanal individualmente ou em regime de economia familiar, caracterizados como “segurados especiais”.

Os servidores públicos não concursados (comissionados) e os trabalhadores contratados pela União, Estados ou Municípios através de contrato temporário, bem como aqueles servidores cujo estado ou município não possuam Regime Próprio, estarão sempre vinculados ao RGPS na categoria de empregado. “A Previdência Social será organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial” (Art. 201, CF/88).

Segurado Obrigatório: é todo aquele que, sendo pessoa física, maior de 16 anos (com exceção do menor aprendiz), exerça atividade remunerada efetiva ou eventual, com ou sem vínculo empregatício, filiado independentemente de sua vontade, com a obrigação de contribuir para a Previdência Social. São classificados nas seguintes categorias: empregado, empregado doméstico, contribuinte individual, trabalhador avulso e segurado especial.

Segurado Facultativo: todo aquele que, não exercendo atividade remunerada, se inscreve na previdência social, tornando-se desta maneira filiado ao RGPS, efetuando suas contribuições por vontade própria, ou seja, não está obrigado a contribuir, contribui voluntariamente. Assim, o que caracteriza este segurado é o fato de que não recebe remuneração por qualquer atividade. O segurado facultativo não tem categorias, portanto sua filiação é única. Em geral quem procura a Previdência para se filiar como facultativo são pessoas desempregadas, estagiários, bolsistas, donas de casa, estudantes, pois nenhum destes exerce atividade remunerada.

O Funcionário Público que contribui para Regime Próprio de Previdência não pode ser filiado ao RGPS na condição de facultativo, pois exerce atividade remunerada mesmo que seja em outro regime.

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Categorias de Segurados Obrigatórios - Empregado - Empregado Doméstico - Contribuinte Individual - Trabalhador Avulso - Segurado Especial A) Empregado:

É todo aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural, em caráter

contínuo à empresa, sob sua subordinação, mediante remuneração, inclusive como diretor empregado.

Ex

: Urbano : secretária, operador de telemarketing, recepcionista, executivo, tratorista; Ex

: Rural : safrista, tirador de Leite, vaqueiro, empregado de agroindústria.

Observação: o menor aprendiz está enquadrado na categoria empregado e pode filiar-se como tal dos 14 até os 24 anos, apesar da nomeclatura “menor”.

B) Empregado Doméstico:

É toda pessoa contratada para prestar serviços no âmbito familiar, ou seja, na residência de alguém, em atividades sem fins lucrativos para o empregador. Este empregado terá seu registro na carteira de trabalho.

Considera-se também como empregado doméstico: o motorista particular, a enfermeira particular, o caseiro (inclusive o que trabalha em área rural), o jardineiro, o vigia particular etc. A atividade doméstica é a única exclusivamente urbana mesmo que exercida no âmbito rural. Observação: a atividade de diarista está enquadrada na espécie Contribuinte Individual, não existe definição em lei relativa ao enquadramento da diarista como doméstica por exercer sua atividade em âmbito familiar independente da quantidade de dias de serviços prestados por semana.

C) Contribuinte individual:

É aquele que exerce atividade remunerada por conta própria, sem vínculo empregatício ainda que preste serviço à Pessoa Jurídica. Pode ser ser caracterizado por diversas situações, quais sejam:

▫ A pessoa física que de forma autônoma realiza atividades/serviços destinadas às pessoas físicas;

▫ A pessoa física que preste serviços a uma ou mais pessoas jurídicas;

▫ O empresário que recebe pró-labore pela atividade remunerada exercida ao longo do mês a empresa;

▫ O cooperado, que preste serviços através de cooperativa a pessoas jurídicas; ▫ Os sócios de sociedades em nome coletivo de capital e indústria;

▫ O ministro de confissão religiosa ou membro de vida consagrada.

Dentre tantos outros, tais como: o produtor rural ou pescador que tenham auxílio de empregados, pessoa física, proprietária ou não, que explora a atividade de exploração mineral, garimpo; o brasileiro civil que trabalha no exterior para organismo oficial internacional do qual o Brasil seja membro efetivo, ainda que lá domiciliado e contratado, salvo quando coberto por regime próprio de previdência social; o condutor e o auxiliar de condutor autônomo de veículo rodoviário; o notário ou tabelião e o oficial de registros ou registrador, titular de cartório; o pequeno feirante; aquele que edifica obra de construção civil; o médico-residente; o árbitro e seus auxiliares; o membro do conselho tutelar; o interventor, o liquidante, o administrador especial e o diretor fiscal de instituição financeira; o bolsista da Fundação Habitacional do Exército-Lei n.º 6.855/80; o incorporador (Incorporação imobiliária).

Contribuinte Individual x Empreendedor Individual

A partir de 01/07/2009, é considerado empreendedor individual a pessoa física que realize suas atividades na qualidade de contribuinte individual, prestando serviços nas atividades previstas no Anexo Único da Resolução CGSN 58, de 27 de abril de 2009 alterada pela Resolução CGSN 67, de 16 de setembro de 2009, além de ser optante pelo Simples Nacional, cuja renda anual não ultrapasse os R$ 36.000,00, podendo inclusive ser auxiliado através da contratação

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de no máximo 1 (um) empregado, cuja remuneração não ultrapasse 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.

A Lei Complementar n.º 128, de 19/12/2008 aprimorou a Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (LC 123/06), criando as condições para que o trabalhador conhecido como informal possa ser um empreendedor individual legalizado.

Poderá também se caracterizar como empreendedor individual, o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei 10.406, de 10 de janeiro de 2002, que atenda cumulativamente às seguintes condições:

I – tenha auferido receita bruta acumulada no ano-calendário anterior de até R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais);

II – seja optante pelo Simples Nacional;

III – exerça tão-somente atividades constantes do Anexo Único desta Resolução; IV – possua um único estabelecimento;

V – não participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador;

VI – não contrate mais de um empregado, que receba exclusivamente 1 (um) salário mínimo ou o piso salarial da categoria profissional.

Para aqueles que no ano calendário anterior não realizaram atividade nos 12 meses o limite será de R$ 3.000,00 (três mil reais) multiplicados pelo número de meses compreendidos entre o início da atividade e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.

Atenção! A Central 135 não efetuará o cadastramento do Empreendedor Individual. Existe um portal na internet (www.portaldoempreendedor.gov.br) específico para este fim. Assim, o Contribuinte Individual ao se cadastrar como Empreendedor Individual receberá de uma única vez um CNPJ, um número de inscrição para se cadastrar na Previdência Social (caso não possua) e um documento equivalendo a um alvará de funcionamento provisório (pois as regras de funcionamento deverão ser cumpridas de acordo com o definido nas leis municipais). Assim, o Empreendedor Individual não deverá se registrar se não estiver dentro dos requisitos municipais.

Antes de efetuar a regulamentação/formalização dessa atividade, o empreendedor individual poderá obter maiores esclarecimentos a respeito desse assunto através do Portal do Empreendedor, do SEBRAE ou das diversas empresas de contabilidade espalhadas pelo Brasil, as quais poderão realizar esse trabalho gratuitamente. (Para saber quais são essas

empresas, consulte o portal do empreendedor).

O Simples Nacional é uma forma de recolhimento de impostos arrecadados pela Receita Federal do Brasil, os quais poderão ser pagos de maneira simplificada, por meio de um único documento chamado DAS.

O DAS é o documento de arrecadação do simples nacional e pode ser gerado através da internet no portal do empreendedor, em boletos individuais, de uma só vez ou do ano inteiro, para que sejam pagos em qualquer agência bancária ou casa lotérica, mês a mês, com vencimentos até o dia 20 de cada mês.

Os prazos para a realização dessa formalização são:

- Para o empreendedor que está obtendo CNPJ a partir de 01/07/2009, a opção será simultânea e vale para o ano todo.

- Para o empreendedor que já possuía CNPJ, a opção somente poderá ser feita durante o mês de janeiro de cada ano.

Quanto custa? O ato da formalização está isento de todas as tarifas. Após a formalização, o empreendedor terá o seguinte custo mensal:

R$ 56,10 para o INSS (11% do salário mínimo vigente de R$ 510,00). R$ 1,00 para o Estado (ICMS) – se a atividade for comércio ou indústria. R$ 5,00 para o Município (ISS) – se a atividade for prestação de serviço.

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Caso possua empregado (restrito a apenas um), caberão os recolhimentos de INSS e FGTS sobre a remuneração desse empregado, a qual deverá ser de até um salário mínimo ou igual ao piso da categoria.

O empreendedor individual só será obrigado a emitir nota fiscal para consumidor pessoa jurídica. Como os recolhimentos previdenciários desse empreendedor serão feitos sobre a alíquota do PSPS, não caberá a concessão de aposentadoria por tempo de contribuição bem como emissão de CTC, exceto se complementados 9% (código de pagamento 1295) através de GPS.

Em cumprimento a outras obrigações junto à Receita Federal, Secretaria da Fazenda do Estado e Secretaria de Finanças do Município, o empreendedor individual deverá fazer anualmente uma declaração do faturamento (pela internet), onde esta deverá ser feita até o último dia de janeiro de cada ano.

Através do Portal do Empreendedor é possível verificar que atividades podem ser enquadradas como Empreendedor Individual.

D) Trabalhadores Avulsos:

É todo trabalhador que sindicalizado ou não, presta serviço de natureza urbana ou rural, sem vínculo empregatício, a diversas empresas tomadoras de mão-de-obra, obrigatoriamente intermediado pelo:

- Sindicato da categoria, quando a contratação não se efetuar nos termos da Lei n° 8.630/93; (ATIVIDADES FORA DA FAIXA PORTUÁRIA)

- Órgão gestor de mão-de-obra - OGMO, quando a requisição de trabalhador portuário avulso for efetuada em conformidade com a Lei no 8.630/93 - Regime Jurídico da exploração dos portos organizados e das instalações portuárias. (ATIVIDADES NA FAIXA PORTUARIA)

Características Importantes:

▫ O trabalhador avulso não tem vínculo empregatício com o Sindicato, Órgão Gestor ou empresa requisitante de mão-de-obra.

▫ A mão-de-obra avulsa é requisitada pela tomadora por intermédio do sindicato da categoria no caso de trabalhadores não portuários ou Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO) no caso de trabalhadores portuários;

▫ As atividades de trabalhador avulso são definidas pelo art. 10, VI do Decreto n° 2.173/97, bem como através de Portaria do Ministério do trabalho conforme descrito na alínea “m” do mesmo artigo.

a) o trabalhador que exerce atividade portuária de capatazia, estiva, conferência e conserto de carga, vigilância de embarcação e bloco;

b) o trabalhador de estiva de mercadorias de qualquer natureza, inclusive carvão e minério; c) o trabalhador em alvarenga (embarcação para carga e descarga de navios);

d) o amarrador de embarcação;

e) o ensacador de café, cacau, sal e similares; f) o trabalhador na indústria de extração de sal; g) o carregador de bagagem em porto;

h) o prático de barra em porto; i) o guindasteiro;

j) o classificador, o movimentador e o empacotador de mercadorias;

l) o trabalhador que até 10/06/73 (Lei n° 5.890/73) prestou serviço temporário a diversas empresas, sem vínculo empregatício, com intermediação de empresa locadora de mão-de-obra temporária, relativamente a esse período (ver item 5.6, “I’ da ON/SPS n° 08/97);

m) outros, assim classificados pelo Ministério do Trabalho. E) Segurado Especial

É a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo que exerça sua atividade em regime de economia familiar, individualmente ou com o auxílio eventual de terceiros, na condição de:

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a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade agropecuária em área contínua ou não de até quatro módulos fiscais e de seringueiro ou extrativista vegetal na coleta e extração, de modo sustentável, de recursos naturais renováveis, e faça dessas atividades o principal meio de vida;

Entende-se por:

▫ Produtor: aquele que, proprietário ou não, desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, por conta própria, individualmente ou em regime de economia familiar;

▫ Parceiro: aquele que tem contrato, escrito ou verbal, de parceria com o proprietário da terra ou detentor da posse e desenvolve atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando lucros ou prejuízos;

▫ Meeiro: aquele que tem contrato, escrito ou verbal, com o proprietário da terra ou detentor da posse e da mesma forma exerce atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, partilhando rendimentos ou custos;

▫ Arrendatário: aquele que comprovadamente utiliza a terra, mediante pagamento de aluguel, em espécie ou in natura, ao proprietário do imóvel rural, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira, individualmente ou em regime de economia familiar, sem utilização de mão-de-obra assalariada de qualquer espécie;

▫ Comodatário: aquele que, por meio de contrato, escrito ou verbal, explora a terra pertencente à outra pessoa, por empréstimo gratuito, por tempo determinado ou não, para desenvolver atividade agrícola, pastoril ou hortifrutigranjeira;

▫ Usufrutuário - aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural, tem direito à posse, ao uso, à administração ou à percepção dos frutos, podendo usufruir o bem em pessoa ou mediante contrato de arrendamento, comodato, parceria ou meação.

▫ Condômino: aquele que explora imóvel rural, com delimitação de área ou não, sendo a propriedade um bem comum, pertencente a várias pessoas.

b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida;

c) mariscador: aquele que, sem utilizar embarcação pesqueira, exerce atividade de captura ou de extração de elementos animais ou vegetais que tenham na água seu meio normal ou mais freqüente de vida, na beira do mar, no rio ou na lagoa;

d) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de dezesseis anos de idade ou a este equiparado do segurado considerado como produtor ou pescador, que comprovadamente, tenham participação ativa nas atividades rurais do grupo familiar.

É considerado como sendo Regime de Economia Familiar a atividade em que o trabalho dos membros da família é indispensável à própria subsistência e ao desenvolvimento sócio-econômico do núcleo familiar e é exercido em condições de mútua dependência e colaboração, sem a utilização de empregados permanentes, independentemente do valor auferido pelo segurado especial com a comercialização da sua produção, quando houver.

Considera-se segurada especial a mulher que, além das tarefas domésticas, exerce atividades rurais com o grupo familiar respectivo ou individualmente.

O falecimento de um ou ambos os cônjuges não retira a condição de segurado especial do filho maior de dezesseis anos, desde que permaneça exercendo atividade, individualmente ou em regime de economia familiar.

Não integram o grupo familiar do segurado especial os filhos(as )casados, os genros e as noras, os sogros(as), os tios(as), os sobrinhos(as), os primos(as), os netos(as) e os afins. Importante! Considera-se que o segurado especial reside em aglomerado urbano ou rural próximo ao imóvel rural onde desenvolve a atividade quando resida no mesmo município de situação do imóvel onde desenvolve a atividade rural, ou em município contíguo ao que desenvolve a atividade rural.

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A nomenclatura dada ao segurado especial nas diferentes regiões do país é irrelevante para a concessão de benefícios rurais, cabendo a efetiva comprovação da atividade rural exercida, seja individualmente ou em regime de economia familiar.

São os únicos segurados obrigatórios que tem a opção de: ou comprovarem tempo efetivamente exercido em regime de economia familiar - tendo nestes casos o valor de um salário mínimo para benefícios ou de contribuírem individualmente com a alíquota de 20% e, neste caso, ficará sujeito às regras inerentes ao contribuinte individual e somente desta forma terá ele direito à Aposentadoria por Tempo de Contribuição.

Informações Complementares

▫ Uma mesma pessoa não poderá ser filiado como segurado obrigatório e facultativo concomitantemente;

▫ Apenas o Contribuinte Individual (empresário) no mês que não realize atividade remunerada, poderá efetuar recolhimento como facultativo;

▫ É vedada a filiação facultativa ao RGPS de servidor público aposentado, qualquer que seja o Regime de Previdência Social a que esteja vinculado como aposentado;

▫ Pode acontecer de um mesmo segurado ser filiado e/ou inscrito em mais de uma categoria classificada como obrigatória. Nesse caso, deverá realizar a contribuição relativa a cada atividade;

▫ O aposentado que permaneça ou retorne ao exercício da atividade remunerada será considerado segurado obrigatório na categoria em que exerça a atividade laborativa, portanto, será obrigado a contribuir para a Previdência Social.

Trabalhador Rural

Aquele que exerça a atividade remunerada no âmbito rural poderá ser considerado como trabalhador rural, desde que enquadrado nas categorias previstas.

O que pode ser considerado como atividade de natureza rural? É de natureza rural a atividade exercida em imóvel que tem como destinação principal o cultivo da terra, a extração de matérias-primas de origem animal ou vegetal, a criação, a recriação, a invernagem ou a engorda de animais.

Quais as categorias em que o trabalhador rural está enquadrado?

▫ Empregado: é quem trabalha para empregador rural (empresa ou pessoa física), com vínculo empregatício, sob subordinação, em caráter não eventual, mediante remuneração;

▫ Contribuinte Individual: trabalhador que presta serviço a uma ou mais pessoas, sem vínculo empregatício, exercendo atividades eventuais, sendo eles: volantes, temporários ou diaristas; ▫ Trabalhador Avulso: é o trabalhador que sindicalizado ou não, presta serviço de natureza rural sem vínculo empregatício a diversas empresas (agropecuária, pessoas físicas etc.), com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria;

▫ Segurado Especial: a pessoa física que exerça sua atividade individualmente ou em regime de economia familiar, com ou sem auxílio eventual de terceiros no âmbito rural (art. 12, VII da Lei n º 8.212/1991 c/c art. 9 º, VII do RPS).

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7. FILIAÇÃO e INSCRIÇÃO

Filiação é o vínculo que se estabelece entre os segurados e a Previdência Social e decorre automaticamente do exercício de atividade remunerada, para os segurados obrigatórios ou da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição, para o segurado facultativo. Assim, a filiação é condição de toda pessoa que exerce atividade remunerada no país e não está vinculado a outro Regime de Previdência.

A princípio, toda pessoa que exerça atividade remunerada no país é considerada filiada à Previdência Social, mas para que passe a integrar o RGPS, tendo assim direito aos serviços e benefícios, deverá formalizar sua participação no RGPS através da inscrição.

Inscrição é o ato formal pelo qual o cidadão é cadastrado no RGPS, se transformando em segurado, mediante informações prestadas dos seus dados pessoais e de outros elementos necessários à sua caracterização. Através do cadastro será gerado um número específico para sua identificação junto ao CNIS, chamado Número de Inscrição do Trabalhador – NIT, PIS ou PASEP. É importante saber que a inscrição não garante direito a benefício.

A inscrição dos segurados contribuinte individual, empregado doméstico, segurado especial ou facultativo poderá ser feita com base nas informações que eles prestarem para identificação e classificação da categoria a que pertençam. Nestes casos, a apresentação de documentos não será exigida no ato da inscrição, podendo inclusive ser realizada através da Central 135 ou pelo site da Previdência Social. Assim, o segurado será esclarecido de que tais informações têm caráter meramente declaratório, são de sua inteira responsabilidade e que devem ser comprovadas através de documentos quando da solicitação de benefícios junto à Previdência Social.

De acordo com o art. 39, da IN 45, a inscrição dos segurados junto à Previdência Social será formalizada:

Para o empregado – pelo preenchimento dos documentos que o habilite ao exercício da atividade, formalizado pelo contrato de trabalho, efetuado diretamente na empresa;

Para o trabalhador avulso – pelo cadastramento e registro no sindicato ou órgão gestor de mão-de-obra;

Para o empregado doméstico – pela apresentação de documento que comprove a existência de contrato de trabalho, diretamente no INSS, ou através da Central 135 e site da Previdência Social;

Para o contribuinte individual – pela apresentação de documento que caracterize a sua condição ou exercício de atividade profissional, liberal ou não, ou através da Central 135 e site da Previdência Social;

Para o segurado especial – pela apresentação de documento que comprove o exercício de atividade rural, ou através da Central 135 e site da Previdência Social;

Para o segurado facultativo – pela apresentação de documento de identidade e CPF e declaração expressa de que não exerce atividade que o enquadre na categoria de segurado obrigatório ou através da Central 135 e site da Previdência Social. Este segurado é o único cuja inscrição é anterior à filiação, consequentemente o recolhimento da primeira contribuição em época própria é o que caracterizará sua filiação.

O Instituto Nacional de Seguro Social - INSS utiliza os recursos da tecnologia atual para facilitar a inscrição através do auto-atendimento. Um dos recursos é o CNIS – Cadastro Nacional de Informações Sociais. Trata-se de um banco de dados do Governo Federal criado em 1989, que armazena as informações necessárias para garantir direitos trabalhistas e previdenciários dos brasileiros. O CNIS recebe informações de diversos órgãos governamentais e da iniciativa privada. Além de permitir o reconhecimento automático de direitos previdenciários, dificulta a concessão de benefícios irregulares, permite melhor controle da arrecadação e serve como base ao planejamento de políticas públicas. Se a empresa omitir contratações poderá haver lacunas nos dados dos trabalhadores.

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Quem pode se inscrever?

▫ O trabalhador que não possui PIS/PASEP ou Número de Inscrição do Trabalhador - NIT. Caso já tenha efetuado recolhimentos, em qualquer época, através de Carnê/GRPS/GRCI/GPS, já está cadastrado na Previdência Social. Não há necessidade de novo cadastramento. Aquele que já estiver cadastrado no PIS/PASEP, deverá efetuar os recolhimentos das contribuições informando o número do mesmo na Guia da Previdência Social - GPS.

▫ Pessoas que exercem atividade a partir de 29/11/99 como Contribuinte Individual (empresário, autônomo ou equiparado), Empregado Doméstico ou Segurado Especial e que ainda não se inscreveram. Nesses casos, o INSS poderá solicitar a comprovação das informações prestadas na inscrição, quando do requerimento de qualquer benefício, se necessário. O segurado(a) que exerceu atividade em períodos anteriores a 29/11/99, a sua inscrição somente deverá ser efetuada nas Agências da Previdência Social. (verificar)

▫ A pessoa que queira filiar-se como segurado facultativo desde que não esteja exercendo atividade que a enquadre como segurado obrigatório do Regime Geral de Previdência Social e que seja maior de 16 anos. Os segurados facultativos que passarem a exercer atividade devem informar ao INSS a alteração de categoria.

Como realizar a inscrição?

Na página inicial do site da Previdência Social você vai encontrar o link apresentado pela figura abaixo. Na seqüência, basta clicar em “Faça aqui a inscrição” e prosseguir com o preenchimento do formulário. Para maiores esclarecimentos ou dúvidas, clicar em “Mais orientações”.

Para realizar o procedimento, será necessário que o segurado informe alguns dados. Sendo obrigatório o fornecimento do CPF e de um documento de identificação (Carteira de Identidade ou Certidão de Nascimento/Casamento). Para o empregado doméstico, no entanto, será obrigatória também a informação da numeração da Carteira de Trabalho e Previdência Social. O sistema permitirá a realização da inscrição com um número mínimo de dados, observadas as informações obrigatórias conforme explicado no parágrafo anterior, porém o cidadão deve informar seus dados pessoais da forma mais correta e completa possível, pois a solicitação de benefícios futuros dependerá desses dados.

Os dados informados têm caráter declaratório, ressalvado o direito do INSS solicitar comprovação das informações, sempre que necessário.

O sistema solicitará informação para cada um dos seguintes dados:

Nome Completo do Segurado(a): preencher com letras maiúsculas, evitando caracteres especiais

Sexo: masculino ou feminino

Data de Nascimento: dia, mês e o ano do nascimento no formato DDMMAAAA

Nome da mãe completo: informe o nome da mãe. Caso o nome da mãe seja desconhecido digite IGNORADO.

Grau de Instrução: selecione a opção desejada.

Carteira de Identidade: número carteira de identidade, órgão emissor e Unidade da Federação (UF)

Título de Eleitor: informe o número do título de eleitor

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Nacionalidade: selecione o país onde o segurado nasceu

Naturalidade: selecione a sigla do estado onde o segurado nasceu.

Data de chegada: informe mês e ano da data de chegada ao Brasil, se a pessoa for estrangeiro(a).

CTPS: informe o número/série/UF (estado onde a mesma foi emitida). Este dado é obrigatório para o cadastro do empregado doméstico.

CPF: informe o número do Cadastro de Pessoa Física emitido pela Receita Federal. Registro Civil: clique para escolha de opções e informe o número do Livro, folha e termo. Tipo de Contribuinte: selecione em que categoria o segurado deseja inscrever-se na Previdência Social. Se precisar de informações, consulte “Definições Básicas “.

Código de Ocupação: clique no botão para escolher o código da ocupação.

CEP: informe o número do Cadastro de Endereçamento Postal da rua do segurado e clique sobre o botão para validá-lo. Os dados do endereço serão preenchidos automaticamente. Informe o número, confira o endereço e se necessário atualize.

Logradouro: informe o nome da rua.

Número: informe o número de residência e complemento se tiver. Bairro: informe o nome do bairro da residência do segurado.

UF: informe a sigla do estado onde o mesmo reside ou clique para escolha de opção. Município: informe o nome do Município.

E-mail: informe o e-mail do segurado, caso o mesmo possua.

Telefone: informe o número do DDD (discagem direta á distância) e telefone. IMPORTANTE!

1. O número de inscrição gerado automaticamente, após o preenchimento do cadastro com as informações obtidas, SEMPRE deverá ser informado ao segurado no final do procedimento, sem necessidade de que o mesmo dirija-se a uma Agência da Previdência Social;

2. Caso o sistema apresente a seguinte mensagem “Sr.(a) Contribuinte seus dados já constam

no Cadastro Nacional de Informações Sociais sob o número de PIS/PASEP” essa numeração

não deve ser repassada. Deve-se orientar o segurado para que ele reveja documentos, como a CTPS, o Cartão Cidadão, Guias da Previdência Social dentre outros, para obter o número de inscrição;

3. Ao realizar a inscrição, caso o sistema migre da primeira tela para outra mensagem informando divergência de dados cadastrais não será possível a realização do procedimento devendo o mesmo seguir a orientação apresentada pelo próprio sistema.

4. O cadastramento após o óbito só é permitido para o segurado especial. Nesse caso, deve-se encaminhar o dependente para realizar a inscrição post mortem em uma Agência da Previdência Social da sua preferência.

5. Todo aquele que exercer concomitantemente mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social, será obrigatoriamente inscrito e filiado em relação a cada uma delas de acordo com o art. 31 da IN 20, e art. 18, § 3° do RPS;

6. A inscrição do segurado em qualquer categoria exige a idade mínima de 16 anos, exceto do menor aprendiz, que é permitida a partir dos 14 anos na condição de segurado empregado, em que a inscrição será – obrigatoriamente – feita pela empresa.

7. A inscrição perante o Regime Geral de Previdência Social independente da sua categoria. Ela é única e permanente, cabendo apenas alterações cadastrais quando necessárias.

8. Se o segurado precisar alterar os dados depois de concluído o cadastramento, deverá se dirigir a uma Agência da Previdência Social, agendando o Serviço de Acerto de Dados Cadastrais.

9. O funcionário público efetivo de RPPS exerce atividade remunerada e, como tal, não pode enquadrar-se como segurado facultativo no RGPS.

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8. DEPENDENTES

São beneficiários da Previdência Social, chamados indiretos já que não contribuem, mas que dependem economicamente do segurado. Em algumas situações essa dependência econômica será considerada presumida, não havendo a necessidade de comprovação. Desde que preenchidos os requisitos inerentes à concessão, terão direito ao benefício de pensão por morte ou auxílio reclusão, bem como ao serviço de reabilitação profissional.

Os dependentes estão discriminados claramente na Instrução Normativa N.º 45, art. 17, de acordo com o que está previsto na Lei 8.213 e o Decreto 3.048. São eles:

I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado de qualquer condição, menor de vinte e um anos ou inválido;

II - os pais;

III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de vinte e um anos de idade ou inválido.

Concorrem entre si, em igualdade de condições, os dependentes pertencentes à mesma classe, excluindo o direito às prestações os das classes seguintes.

Dependência Econômica

Os dependentes constantes na Classe I não precisam comprovar dependência relativa ao segurado, possuem dependência econômica presumida. No entanto, os dependentes das Classes II e III precisam comprovar, através de documentação, a dependência econômica com relação ao segurado mesmo que seja parcial, devendo essa dependência representar um auxílio substancial, permanente e necessário, cuja falta acarretaria desequilíbrio dos meios de subsistência do dependente.

Filhos e Equiparados

Filhos de qualquer condição são aqueles havidos ou não da relação de casamento, ou adotados, e possuem os mesmos direitos e qualificações dos demais, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Estes possuem dependência econômica presumida.

Os equiparados a filhos são aqueles que após a comprovação de sua situação e da dependência econômica, passarão a ter os mesmos direitos inerentes aos filhos, figurando como dependentes preferenciais. São eles: o menor sob tutela e o enteado. Assim, desde que consigam realizar a comprovação da sua condição, bem como, sua dependência econômica e no caso do tutelado não possua bens que garantam seu sustento e educação, passam a figurar como dependentes do segurado. Para caracterizar o vínculo é fundamental a apresentação da certidão judicial de tutela do menor e, em se tratando de enteado, da certidão de nascimento do dependente e da certidão de casamento do segurado ou de provas da união estável entre o(a) segurado(a) e o(a) genitor(a) desse enteado.

Os filhos e equiparados serão considerados como dependentes até os 21 anos. Após esta idade, salvo se inválidos, perdem a qualidade de dependente, ou seja, não mais terão direito a benefícios junto à Previdência Social. Atentar que existe também a emancipação, que é condição que poderá fazer com que o filho ou irmão do segurado deixe de ter direito aos benefícios como dependente antes mesmo dos 21 anos completos.

Emancipação

A emancipação é a aquisição de plena capacidade jurídica antes da idade legal, tornando possível ao emancipado exercer atos civis. É uma condição prevista no Parágrafo Único do artigo 5º do Código civil, que define quando uma pessoa entre 16 e 18 anos pode se tornar de maior, desde que aconteçam motivos que justifiquem esta condição. São cinco as causas que geram emancipação:

I - pela concessão dos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos;

II - pelo casamento;

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IV - pela colação de grau em curso de ensino superior;

V - pelo estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria.

O filho maior de 18 anos não tem aptidão jurídica para emancipar-se. Assim, se um dos motivos de emancipação ocorrer entre os 18 anos até os 21 anos, o dependente não perderá o direito aos benefícios, pois já é considerado de maior não podendo ser considerado “emancipado”.

Menor sob Guarda

A partir de 14 de outubro de 1996, data da publicação da Medida Provisória Nº 1.523, reeditada e convertida na Lei nº. 9.528, de 10 de dezembro de 1998, o menor sob guarda deixa de integrar a relação de dependentes para os fins previstos no RGPS, inclusive aquele já inscrito, salvo se o óbito do segurado ocorreu em data anterior.

Dependentes Inválidos

O artigo 325, § 2º, da IN 45 esclarece: o dependente que recebe benefício de pensão por morte na condição de menor e que se invalidar antes de completar 21 anos ou de eventual causa de emancipação, deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota se confirmada a invalidez, independentemente da invalidez ter ocorrido antes ou após o óbito do segurado.

Porém, no que diz respeito aos maiores inválidos, o art. 25 estabelece que o irmão ou o filho maior inválido será considerado dependente do segurado desde que a invalidez, concluída mediante exame médico pericial, seja anterior à data em que completou 21 anos ou eventual ocorrência de uma das hipóteses da emancipação, exceto colação de grau em instituição de ensino superior. O art. 320, da mesma Instrução Normativa, acrescenta a essas condições que a invalidez tenha ocorrido até a data do óbito do segurado para concessão da pensão por morte.

Atendidos os requisitos previstos, a dependência econômica do filho inválido maior de 21 anos será presumida, sendo desnecessária a efetiva comprovação dessa condição.

Cessa automaticamente a qualidade de dependente para o filho inválido quando cessada a sua invalidez, já que foi recuperada sua capacidade para o trabalho.

Cônjuges e Companheiros(as)

Cônjuges e companheiros(as) possuem os mesmos direitos na legislação atual, porém o companheiro ou companheira precisam comprovar a existência da união estável para figurar como dependente do segurado.

O cônjuge ou o companheiro do sexo masculino passou a ser considerado como dependente a partir de 05/04/1991. A partir dessa data também passa a integrar o rol de dependentes do segurado o companheiro ou a companheira homossexual, desde que comprovada a vida em comum, concorrendo, para fins de pensão por morte e de auxílio-reclusão, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei 8.213, de 1991.

O cônjuge, mesmo após separação judicial ou o divórcio, se receber Pensão Alimentícia, continuará a ser considerado dependente do segurado. Equipara-se à percepção de pensão alimentícia, de acordo com o art. 323, § 1º, da IN 45

Perda da Qualidade de Dependente

O dependente deixa de configurar como beneficiário a partir do momento em que perde sua qualidade. Para cada situação, existem as hipóteses previstas de acordo com o art. 26 da IN 45.

▫ Cônjuge: pela separação judicial ou o divórcio, desde que não receba Pensão Alimentícia, pela anulação do casamento, pelo óbito ou por sentença judicial transitada em julgado;

▫ Companheiro(a): pela cessação da união estável com segurado(a), desde que não receba Pensão Alimentícia;

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▫ Filho ou irmão: ao completar 21 anos, salvo se inválido (ver tópico anterior sobre dependente inválido), ao se emancipar, pelo óbito, pela adoção para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, exceto quando a adoção é feita pelo(a) companheiro(a) ou cônjuge, bem como pela cessação da invalidez;

▫ Dependentes em geral: pela cessação da invalidez ou pelo falecimento. 9. QUALIDADE DE SEGURADO

Agora que já sabemos quem são os segurados, é importante definir que quando uma pessoa passa a integrar o Regime Geral de Previdência Social (RGPS) ela adquire qualidade de segurado. Para ter direito aos benefícios da Previdência Social, o trabalhador precisa estar em dia com suas contribuições mensais, caso contrário, pode perder essa qualidade, requisito indispensável para fazer jus aos benefícios previdenciários.

Vimos também que a Previdência Social foi criada com o objetivo de proteger o trabalhador em momentos de infortúnio, assim sendo, quando ocorre a interrupção das contribuições, seja nos casos de desemprego, da não manutenção de atividade antes exercida, ou mesmo de doença, não se perde de imediato a qualidade de segurado. Nesses momentos o trabalhador tem sua qualidade mantida por um determinado período de tempo, conhecido como “Período de Graça”. Sendo assim, o período de graça é uma extensão de tempo previsto em lei para que o trabalhador permaneça amparado pelo sistema, embora não esteja contribuindo. Durante esse período ele terá mantido o direito a determinados benefícios previdenciários que, por ventura, venha a precisar.

Período de Graça: manutenção da qualidade de segurado

Você já sabe que a qualidade de segurado será mantida enquanto o segurado estiver efetuando suas contribuições. Além dessa, existem outras duas hipóteses:

▫ Quando estiver em gozo de benefício, sem limite de prazo, qualquer que seja o benefício; ▫ Quando estiver durante o período de graça que pode variar de três (03) a 36 (meses), conforme cada situação a seguir apresentada:

Situação 1: Para o segurado obrigatório, que deixar de exercer a atividade remunerada, após a cessação das contribuições ou após a cessação de benefício por incapacidade, será de até: 12 meses para quem possuir até 120 contribuições

24 meses para quem possuir mais de 120 contribuições

ATENÇÃO! Poderá haver acréscimo de 12 meses aos períodos anteriormente previstos quando, durante o período de graça, o segurado desempregado comprovar sua condição por registro em órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), mediante declaração expedida, recebimento do seguro desemprego e ainda pela inscrição cadastral no SINE (Sistema Nacional de Emprego). Dessa forma, o período de graça poderá ser estendido por até 36 meses, dependendo do caso:

12 (até 120 contribuições) + 12 (registro no MTE) = 24 meses de período de graça 24 (mais de 120 contribuições) + 12 (registro no MTE) = 36 meses de período de graça

O segurado facultativo, após a cessação de benefício por incapacidade, manterá a qualidade de segurado pelo prazo de 12 meses.

Situação 2: até 12 meses após cessar a segregação compulsória, para o segurado acometido de doença de segregação compulsória;

Situação 3: até 12 meses após o livramento do detido ou recluso;

Situação 4: até 03 meses após o licenciamento, para os incorporados às Forças Armadas para prestar serviço militar;

Situação 5: até 06 meses para o segurado facultativo após cessar suas contribuições. Perda da Qualidade de Segurado. Quando ocorre?

A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao término do prazo fixado para recolhimento da contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos estabelecidos pelo período de graça.

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A partir do momento em que o segurado volta a contribuir para a Previdência Social, ele passa a possuir qualidade de segurado novamente.

Exemplo: segurado tem como último mês do período de graça a competência JANEIRO. Ele tem até o dia 15 de MARÇO, considerando que seja dia útil, para fazer o recolhimento da competência relativa ao mês de FEVEREIRO. Caso não seja feita, a partir do dia 16 de março ele perde o vínculo com a Previdência Social após a perda da qualidade de segurado.

10. CARÊNCIA

A carência corresponde ao número mínimo de contribuições mensais efetuadas ao RGPS, em regra, indispensáveis à obtenção do benefício. Existem benefícios que são isentos de carência, portanto, não exigem um número mínimo de contribuições como requisito para sua concessão. Por exemplo, para que um segurado tenha direito ao auxílio-doença é requisito indispensável que já conte, em regra, com 12 meses de contribuições no fato gerador. Em algumas situações, essa carência pode ser dispensada. É importante informar que a carência exigida será aquela prevista na legislação vigente à época em que o interessado tenha implementado todas as condições para obtenção do benefício mesmo que, após essa data, venha a perder a qualidade de segurado. Durante os próximos módulos, à medida que os benefícios sejam apresentados, os detalhes sobre a carência exigida em cada caso será melhor detalhada. O período válido como carência será considerado de acordo com a filiação, a inscrição ou o recolhimento efetuado pelo segurado. Para cada categoria será contado de uma forma.

Atenção! Para as categorias que são responsáveis pelo seu recolhimento (Contribuinte Individual, Segurado Facultativo, Empregado Doméstico e o Segurado Especial que recolha efetivamente) o tempo contribuído só valerá como carência a partir da primeira contribuição em dia. Deste modo, todo tempo contribuído após uma contribuição em dia valerá como tempo de contribuição e carência, mesmo que os períodos posteriores sejam recolhidos em atraso. O período em que o segurado tenha efetuado pagamento atrasado, sem nenhuma contribuição anterior em dia, valerá apenas como tempo de contribuição.

JANEIRO FEVEREIRO MARÇO

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Exemplo: Ana Maria é contribuinte individual inscrita desde janeiro de 2008, e só realizava suas contribuições no dia 20 de cada mês. Assim, desde janeiro de 2008 até janeiro de 2009, efetuou recolhimentos sempre alguns dias após o vencimento. Em fevereiro de 2009, efetuou o primeiro recolhimento em dia e a partir de março voltou a pagar atrasado, continuando assim até junho de 2009, quando foi a uma Agência da previdência Social e deu baixa em sua inscrição de contribuinte individual, pois parou de exercer sua atividade remunerada. Analisando a situação, é possível verificar que Ana Maria, após 18 meses de contribuição conta apenas com 06 meses a título de carência.

A legislação previdenciária prevê a carência mínima exigida, em regra, para cada um dos benefícios conforme apresentado na tabela seguinte.

Importante!

▫ Todo período de carência deve ser entendido como período de tempo contribuído para o

INSS, mas nem todo tempo contribuído vale como carência.

▫ O período em que o segurado estiver em benefício por incapacidade não será considerado

para efeito de carência, apenas como tempo de contribuição, desde que intercalado por períodos de exercício de atividade remunerada com devido recolhimento para Previdência Social ou apenas pelo recolhimento no caso dos facultativos, desde que realizados durante o período de graça.

▫ Para o segurado especial que não efetua recolhimentos, o período de carência é contado a partir do efetivo exercício da atividade rural, mediante comprovação.

▫ Havendo perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores somente serão computadas para efeito de carência depois que o filiado contar, a partir da nova filiação, com no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência.

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11. SALÁRIO DE CONTRIBUIÇÃO

O salário de contribuição é a base de cálculo sobre a qual incidirá a contribuição para a Previdência Social, estando sujeito a um limite mínimo e a um limite máximo. O salário de contribuição é a referência utilizada para o cálculo do salário de benefício do segurado.

Definição de acordo com a categoria do segurado:

Para o empregado e trabalhador avulso: é a remuneração auferida em uma ou mais empresas, assim entendidas a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer título, durante o mês, destinados a retribuir o trabalho qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do empregador ou tomador de serviços nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa (Quadro 1);

Para o doméstico: é a remuneração registrada na Carteira de Trabalho e Previdência Social (Quadro 1);

Para o contribuinte individual: é a remuneração auferida em uma ou mais empresas ou pelo exercício de sua atividade por conta própria, durante o mês (Quadro 2);

Para o segurado facultativo: é o valor por ele declarado (Quadro 2) ▫

Para o segurado especial existirão duas formas:

- Quando estiver contribuindo como individual ficará sujeito às regras do contribuinte individual; - Quando estiver em situação de economia familiar ele não é obrigado a contribuir, porém quando o fizer a alíquota será de 2,1%, sendo 2,0% para a Seguridade social e 0,1% devido ao financiamento das prestações por acidente do trabalho, entretanto a base não é o salário de contribuição, mas sim a receita bruta da comercialização da produção rural. (Art. 200, Decreto 3048/99).

Limite Mínimo:

- Contribuinte individual e facultativo: o salário mínimo vigente;

- Segurado empregado, inclusive o doméstico, e trabalhador avulso: o piso salarial da categoria ou, na falta deste, os salários mínimos, tomados no seu valor mensal, diário ou horário, conforme o ajustado e o tempo de trabalho efetivo durante o mês.

- Segurado especial (que não esteja contribuindo efetivamente): o salário mínimo vigente. Limite Máximo: publicado mediante portaria do Ministério da Previdência Social, sempre que ocorrer alteração do valor dos benefícios. Atualmente o teto para fins de recolhimento da contribuição previdenciária é R$ 3.467,40.

Quadro 1

A contribuição será calculada aplicando-se a alíquota correspondente, de forma não cumulativa, sobre o seu salário de contribuição mensal, observando-se que quando houver mais de um vínculo empregatício as remunerações devem ser somadas respeitando-se o limite máximo de contribuição.

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Quadro 2

A partir da competência abril de 2007, entrou em vigor o PSPS (Plano Simplificado de Previdência Social), que permite a alíquota de contribuição de 11% para Contribuintes Individuais que trabalhem por conta própria (antigo autônomo), sem relação de trabalho com empresa ou equiparada, e para os Facultativos que recolham sobre o salário mínimo, condicionando-os a Aposentadoria por Idade.

O Contribuinte Individual que presta serviço à empresa(s) tem suas contribuições descontadas e arrecadadas pela empresa contratante sob a alíquota de 11% e não está enquadrado no PSPS.

O Contribuinte Individual que auferir no mês valores acima do mínimo e não tenha sua contribuição descontada por empresa, contribuirá sob a alíquota de 20%.

12. SALÁRIO DE BENEFÍCIO

É o valor básico utilizado para cálculo da renda mensal dos benefícios, exceto o salário-família, a pensão por morte, o auxílio reclusão e o salário-maternidade, além das pensões especiais (Talidomida, Hanseníase e hemodiálise) e do benefício assistencial (LOAS).

O salário de benefício é calculado a partir do salário de contribuição e funciona como base de cálculo para obter o valor do benefício a ser pago ao segurado, ou seja, a renda mensal inicial (RMI).

Como é feito o cálculo para os inscritos a partir de 29/11/1999:

BENEFÍCIO CÁLCULO

Aposentadoria por Tempo de

Contribuição – Fator Previdenciário Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a 80% de todo o período contributivo, multiplicada pelo Fator

Previdenciário. Aposentadoria por Idade – Fator

Previdenciário Opcional Aposentadoria por Invalidez

Média aritmética simples dos maiores salários de contribuição, correspondentes a 80% de todo o

período contributivo. Aposentadoria Especial

Auxílio Doença Auxílio Acidente

Importante! O Decreto 6939/09, de 18/08/2009, alterou o cálculo do auxílio-doença e da aposentadoria por invalidez do segurado que contava com menos de 144 contribuições mensais, e tinha o seu salário de benefício correspondente à soma dos salários de contribuição dividida pelo número de contribuições apurado. Assim, atualmente, independentemente do número de contribuições, o cálculo o salário de benefício consistirá na média aritmética simples dos maiores salários de contribuição correspondentes a oitenta por cento do período contributivo decorrido desde a competência de julho de 1994 até a data do início do benefício.

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Como é feito o cálculo para os inscritos até 28/11/1999:

Para os segurados inscritos até 28.11.99 o cálculo utilizará os valores contribuídos a partir da competência julho/1994 corrigidos mês a mês.

Nos casos das aposentadorias por idade, tempo de contribuição e especial, contando o segurado com menos de 60% no período de 07/1994 até a DIB, o divisor a ser considerado no cálculo da média aritmética não pode ser inferior a 60% desse período. Caso conte com o limite de 60% a 80% de contribuições de 07/1994 até a DIB, aplica-se a média aritmética.

Há situações em que os segurados eram regidos por leis que foram modificadas. Acontece que essas modificações não podem prejudicar as pessoas que já haviam atingido todos os requisitos exigidos na lei anterior. Para esses casos, ficam respeitados os direitos adquiridos. Exemplo: antes da Lei 9.876 de 29.11.99, as Aposentadorias por Tempo de Contribuição eram calculadas com base nos 36 últimos salários de contribuição efetuados pelo segurado. Se nos dias atuais, alguém que tenha esses requisitos queira se aposentar desta forma, poderá fazê-lo desde que dispense qualquer contribuição efetuada após a nova lei.

Renda Mensal Inicial

É o valor que substituirá o rendimento do trabalho do segurado de acordo com o resultado obtido no cálculo do salário de benefício. O percentual para cálculo da RMI é variável para cada benefício. Tomemos como exemplo o auxílio-doença que tem RMI de 91% do salário de benefício: calculado o salário de benefício e encontrado um valor de R$ 1.000,00, o segurado só receberá 91% desse valor, que corresponde a R$ 910,00.

BENEFÍCIO RENDA MENSAL DO BENEFÍCIO

Auxílio-Doença 91% do SALÁRIO DE BENEFÍCIO

Aposentadoria por Invalidez;

100% do SALÁRIO DE BENEFÍCIO Aposentadoria Especial;

Aposentadoria por Tempo de Contribuição - integral

Aposentadoria por Idade CONTRIBUIÇÕES MENSAIS ATÉ O LIMITE DE 100% 70% DO SB + 1% POR GRUPO DE 12 DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO

Aposentadoria por Tempo de Contribuição Proporcional - Inscritos até 16/12/98

70% DO SB + 5% POR GRUPO DE 12 CONTRIBUIÇÕES MENSAIS ATÉ O LIMITE DE 100%

DO SALÁRIO DE BENEFÍCIO Auxílio-acidente 50% do SALÁRIO DE BENEFÍCIO

Referências

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