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Psicologia da Educação II. Psicopatia. Leonardo Luiz de Godoy N.USP:

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Academic year: 2021

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Psicologia da Educação II 

 

 

 

Psicopatia 

 

 

 

 

 

Leonardo Luiz de Godoy  N.USP:9082496   

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Indice  

 

● O que é; 

 

● Diagnósticos e causa; 

 

● Graus da psicopatia; 

 

● Algumas características de um psicopata; 

 

● Psicopatia feminina; 

 

● Assassinos em série (serial killer); 

 

● Tratamento; 

 

● Conclusões; 

 

● Referências; 

 

 

 

 

 

 

 

 

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● O que é; 

Psicopatia ou sociopatia é a designação que podemos atribuir a um individuo que  apresenta um padrão comportamental caracterizado em maior parte por  comportamentos antissociais, baixa capacidade de empatia/remorso e baixo  controle comportamental. Ela está diretamente relacionada com o Transtorno de  Personalidade Antissocial, mas estas condições não podem ser consideradas  sinônimos visto que este é uma classificação médica e a psicopatia é uma  classificação de um padrão de comportamental cientifico. Ou seja, um portador de  Transtorno de Personalidade Antissocial não atende necessariamente os critérios  de um psicopata.   Na Classificação Internacional de Doenças, este transtorno é denominado por  Transtorno de Personalidade Dissocial. As taxas de pessoas que tem esse  transtorno na população fica em torno de 0,5% a 3%, mas sobe para 45% a 66%  entre os presidiários.  Então um sujeito que tem o quadro de psicopatia, tende a praticamente ter ausência  total de sentimentos. Suas atitudes são por impulso, tendem a ser violentos quando  confrontados. Essas características acabam relacionando estes a delinquência e  crimes cometidos por tais.         

● Diagnostico e causas: 

Muitos comportamentos associados às relações sociais são controlados pela parte  do cérebro chamada lobo frontal, que está localizado na parte mais anterior dos  hemisférios cerebrais. Todos os primatas sociais desenvolveram bastante o  cérebros frontal, e a espécie humana tem o maior desenvolvimento de todos.  Auto­controle, planejamento, julgamento, o equilíbrio das necessidades do indivíduo  versus a necessidade social, e muitas outras funções essenciais são mediadas pela  parte frontal do cérebro.  Então, o psicopata apresenta uma estrutura cerebral diferente. Segundo estudos  além de fisicamente diferentes dos de uma pessoa normal, eles ativam menos  certas partes do cérebro relacionadas a julgamentos morais. Isso explica a  incompetência em sentir o que é certo e errado.   Segundo estudos com ressonância magnética. Imagens com tensor de difusão (ou  DTI, um tipo de ressonância magnética que obtém imagens de tecidos biológicos a  partir da difusão da água entre as células) mostraram uma redução da integridade  estrutural das fibras de substância branca que ligam o vmPFC e a amígdala.  Imagens feitas com ressonância magnética funcional (fMRI), por sua vez,  mostraram menos atividade coordenada entre os dois. 

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Como podemos ver na imagem abaixo, temos a comparação do cérebro de uma  pessoa normal com o de um psicopata.        Uma imagem PET de diminuição na atividade neural (parte superior das imagens)  do cérebro de um paciente que sofreu trauma cranioencefálico (1A), e que  desenvolveu mudanças de personalidade. A Figura 1B mostra um cérebro normal  na mesma área.       

● Graus da psicopatia: 

Pode ser difícil de identificar um psicopata prontamente, pois geralmente ele não  demonstra todos os sintomas esperados de uma vez só. Pode muitas vezes ser  uma pessoa comum que está convivendo diariamente com os demais. Por isso as  pessoas podem ficar muito surpresas quando cometem um ato inaceitável ou  violento. Entretanto, um ponto muito comum entre os psicopatas é um ambiente  familiar conturbado, cheio de constantes discussões e brigas.  Então podemos encontrar dois níveis de psicopatia:  ● Nível I: Psicopata comunitário ou de grau leve ou Sociopatas:  São indivíduos carismáticos e muito abertos ao contato social. Conseguem  passar uma boa impressão de alegria e autoconfiança  Indivíduos desse grupo  costumam ter um egoísmo moderado e serem patologicamente narcisistas. Em sua 

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vida íntima, costumam ser ditadores e egoístas. Passaram por traumas em sua  infância e desenvolveram problemas comportamentais.  ● Nível II: Psicopata antissocial ou de grau moderado a grave:  São indivíduos socialmente excluídos que evitam estar em convívio  exageradamente social. Não são violentos e/ou totalmente isolados, contudo, são  mais difíceis de serem diagnosticados pois não são notados no ambiente social.  Geralmente possuem uma inteligência acima da média, são narcisistas,  dissimulados e manipuladores.   No ponto de vista infantil, muitas vezes passaram por traumas significativos  que possam ter sido agravantes para o desenvolvimento do transtorno, o levando de  um grau leve ao moderado a grave. Mas de forma geral, tiveram uma educação  aparentemente normal. E na maioria das vezes, exibem características antissociais  desde a infância. Optam por atividades mais monótonas e que não tenham contato  com outras crianças, brincadeiras como pega­pega, amarelinha, pique­esconde que  forçam um contato com outras crianças acabam sendo atividades que eles não  apresentam afinidade.  Foram crianças com um grande charme superficial, encantavam facilmente  adultos com a espontaneidade ou um vocabulário bem desenvolvido, mas já  apresentavam traços de apatia, crueldade  e autoritarismo. Esses traços podem ser  percebidos em condutas que exijam contato social como desrespeitar coleguinhas,  maltratar animais e mentir para os responsáveis ao quebrarem um objeto.  Eles podem demonstrar descontrole em destruir objetos, ignorar pessoas por  nenhuma razão aparentemente ou gritar. E possuem uma forte dependência de  objetos imateriais e sensações para aparentar estabilidade como escutar  determinado tipo de música, ler e escrever e ingerir bebidas alcoólicas ou  substâncias ilícitas.   Por serem muito racionais, geralmente dedicam seu tempo a algum hobby.  Não sentem culpa e o que as outras pessoas vêem como um empecilho, tal como  morte, tristeza ou decepção eles são totalmente conformados. E comumente não se  importam com convenções sociais como serem estereotipados de loucos, estranhos  e esquisitos.    

 

 

 

 

 

 

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● Algumas características de um psicopata: 

        Os psicopatas além de praticamente ter uma ausência total de emoções, eles não  conseguem no começo de sua vida reconhecer as emoções de outras pessoas que  nem as pessoas normais, pelo fato que eles não conseguem atingir esses mesmos  sentimentos que uma pessoa normal então não reconhecem naturalmente esses  mesmos sentimentos nas pessoas normais. Mas com o passar do tempo, eles 

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passam a aprender a ver esses sentimentos por prática, uma necessidade para  conseguir conviver ao meio da sociedade.  E pelo fato deles aprenderem a ver esse sentimentos das pessoas normais, eles  conseguem teatraliza­los muito bem, de forma que conseguem manipular muito bem  as outras pessoas, e passar por despercebidos na sociedade. Isso principalmente  os psicopatas de grau leve.  E devido a junção de todas as suas características, pode se tornar perigoso viver  próximo a um psicopata, tentar tratá­lo e ainda mais perceber que ele é um  psicopata, já que a maioria é de grau leve e está misturada ao meio da sociedade. E  por conta de eles terem o lado racional muito maior que o emocional, eles acabam  ocupando cargos altos nas empresas.   

● Psicopatia Feminina: 

A maioria das mulheres psicopatas tendem a apresentar um grau leve ou moderado.  As de grau alto da doença são bem raras.   As que têm um nível moderado a grave de psicopatia podem no começo da  adolescência ter um crescimento dos sintomas bem acentuado nessa fase, além de  terem sintomas como um humor deprimido, ou irritado, abusar do álcool e/ou  drogas, adquirir comportamentos autodestrutivos como auto mutilação, tentativas de  suicídio fracassadas, abuso de medicamentos, instabilidade emocional e, não é  raro, o aparecimento de sintomas histéricos (conversivos). Aliás, é muito mais  frequente nas mulheres psicopatas ocorrer a psicopatia juntamente com  características conversivas, como por exemplo, paralisias, dores de cabeça  constantes, náuseas, vômitos, afonia, dores constantes pelo corpo sem motivos  plausíveis etc.   

● Assassino em série (serial killer): 

Nem sempre o psicopata vai ser um assassino em série. Um psicopata pode ser  aquela pessoa simpática e sensata, mas não hesitaria na hora de cometer um  crime. E ao falar sobre seu crime, não vai sentir nem demonstrar culpa pelas suas  ações.   Apesar do ainda controverso tema da existência do instinto agressivo em nossa  espécie, pelo menos entre as teorias psicanalíticas não há dúvidas sobre a natureza  da compulsão à repetição e características sádicas de suas manifestações descritas  por Freud no célebre ensaio: Além do princípio do prazer, 1921.  Características dos assassinos organizados:  ● Não costumam deixar rastros, e se deixados, são pistas falsas;  ● São muito bons com álibis falsos;  ● Crimes planejados com antecedência;  ● Local do crime arrumado sem pressa ou preocupação;  ● Costumam usar instrumentos de tortura; 

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● Atraem a vítima conversando com ela antes;  ● Geralmente foram abusados na infância fisicamente ou sexualmente;  ● Aparentam serem normais e até mesmo bem agradáveis;  ● Tem uma estrutura familiar aparentemente;  ● São inteligentes e apreciam os estudos;  ● Preferem o sadismo ao invés do estupro;  Características dos assassinos desorganizados;  ● Agem por impulso;  ● Não se preocupam com o rastro que deixam para trás;  ● Estupram antes de matar;  ● Não é do costume ter um contato com a vítima antes do crime;  ● Usam qualquer ferramenta a disposição para os crimes;  ● São aptos a necrofilia, canibalismo e mutilação;  ● São considerados inadequados perante a sociedade;  ● Inteligência abaixo da média;  ● Mora ou trabalha próximo aos lugares do crime;  ● Não saem da cidade após o assassinato;  ● Ficam nervosos durante a execução;   

● Tratamento; 

As formas mais comuns de medicamentos utilizados em pacientes de transtornos de  personalidade são os neurolépticos, antidepressivos, lítio, benzodiazepínicos,  anticonvulsivantes e psicoestimulantes. Porém tratamentos medicamentosos  revelaram ser ineficazes no tratamento de psicopatia, porém poucos estudos foram  realizados adequadamente. Mesmo com poucos testes, sais de lítio são usados  frequentemente no tratamento de pacientes psicopatas, pois podem levar a uma  redução nos comportamentos impulsivos, explosivos e na instabilidade emocional.  Seus principais efeitos colaterais são sedação, tremores e problemas motores.  Mas pelo fato de ser uma disfunção em uma parte bem importante no cérebro, e de  o cérebro deles serem diferente do de uma pessoa normal, psicoterapia não  consegue tratar todos os sintomas apresentados, mas é possível diminuir a sua  impulsividade através de tal. Em psicoterapias aplicadas em pacientes com  personalidade violenta e em liberdade condicional, foi possível reduzir os índices de  reincidência para 20 e 30% comparado com 40 a 52% dos grupos de controle. A  personalidade dos pacientes não muda, mas eles aprendem a controlar melhor os  seus impulsos e passar a pensar nas consequências dos seus atos.   

● Conclusões; 

Psicopatas estão presentes em nossa sociedade todos os dias. Provavelmente são  nossos superiores ainda por cima no nosso emprego. Ainda mais que psicopatas de  grau leve podem ser considerados “melhores” que as pessoas normais por serem 

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muitas vezes mais competentes em cargos difíceis no mundo dos negócios. Se  tivesse um dois botões, um que dizimaria metade da população e traria a paz ao  mundo e o outro que deixa tudo como está, provavelmente quem teria coragem de  dizimar a população a fim de atingir a paz seria um psicopata, pois é uma solução  racional para ele, e ele praticamente não tem o lado emocional e não irá sentir  remorso com essa decisão.  Realmente, os psicopatas são bem diferentes das pessoas normais, seu cérebro é  diferente, então não é uma doença, e sim uma deficiência que ele não tem como  mudar, e por conta disso também não temos como curá­los. Mas provavelmente  eles não ligaram ou vão querer serem curados.  Psicopatas realmente podem ser perigosos, temos muitos casos de serial killers  entre nós, pessoas que até então pareciam normais, mas que do nada cometem  atrocidades que não conseguimos acreditar praticamente. Então, se um dia  conhecer um psicopata, corra!!!                                                       

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● Referências: 

● https://pt.wikipedia.org/wiki/Psicopata 

● http://www.cerebromente.org.br/n07/doencas/disease.htm 

● http://super.abril.com.br/blogs/como­pessoas­funcionam/entenda­melhor­com o­funciona­o­cerebro­de­um­psicopata/ 

Referências

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